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Direcção da Pós-graduação Pesquisa Extensão

Certificação B - Educação Profissional

FAZER A GESTÃO E A MANUNTENÇÃO DO AMBIENTE DE ENSINO-


APRENDIZAGEM

Trabalho apresentado a Unisave


Extensão da Maxixe para efeitos de
avaliação sobre a supervisão da
Professora Doutara Crisalita Djeco
Funes

Nome do Formando
Elias Henrique Jamine

Maxixe, 2020
2

Índice Geral
Índice de Tabelas..........................................................................................................3
1 Modelo de Gestão Descentralizada e Sistema de Garantir de Qualidade de
Formação......................................................................................................................4
1.1 Definição de conceitos-chave..........................................................................4
1.2 Princípios e Instrumentos de Gestão Descentralizada...................................5
1.3 Análise crítica de Projecto Educativo do Instituto Agrária Janila à luz da
legislação de Educação Profissional.........................................................................6
1.4 Sistema de Garantir de qualidade nas IEP.....................................................8
2 Liderança e processo de supervisão do trabalho Pedagógico............................10
2.1 Definição de conceitos-chave (Liderança e Supervisão)..............................10
2.2 Plano Pedagógico..........................................................................................11
2.2.1 Elaboração de um plano Pedagógico.....................................................11
2.2.2 Ideais Inovadoras Para o Desenvolvimento da Acção Educativa..........12
3 Gestão de recursos, materiais no ambiente de ensino-aprendizagem...............13
3.1 Definição de conceitos-chave (meios/recursos didácticos e ambiente de
ensino-aprendizagem).............................................................................................13
3.2 Elaboração de um plano de necessidades de recursos e matérias didacticos
para o Módulo de Identificar, Monitorar e Controlar Pragas e Doenças nas
Culturas usando Pesticidas e Pulverizadores Manuais..........................................14
3.2.1 Plano de Necessidades..........................................................................14
3.2.2 Plano de aprovisionamento dos recursos em falta.................................15
3.2.3 Normas de HST a serem tomadas Módulo de Aplicar Pesticidas usando
pulverizadores manuais.......................................................................................16
4 Projecto de Avaliação de risco durante as actividades produtivas no Instituto
Agrário Janila..............................................................................................................17
4.1 Conceitos-chave............................................................................................17
4.2 Metodologia para avaliação de Risco...........................................................18
4.3 Determinação do Nível de Risco...................................................................21
5 BIBLIOGRAFIA....................................................................................................27
3

Índice de Tabelas

Tabela 1: Plano de Actividades do I Semestre 2020.................................................11


Tabela 2: Plano de Necessidades do módulo número GR01308161 do nível IIII de
Agropecuaria...............................................................................................................14
Tabela 3: Controle de Stock.......................................................................................15
Tabela 4: Nivel de Deficiência (ND)...........................................................................19
Tabela 5: Nivel de Exposição (NE)............................................................................19
Tabela 6: Nível de probabilidade (ND*NE)................................................................20
Tabela 7: Nível de Consequência (NC)....................................................................20
Tabela 8: Nível de Risco (NR) e Nível Intervenção (NI)...........................................21
Tabela 9: Perigo, risco e consequência previstas para as oficinas do Instituto
Agrário Janila..............................................................................................................21
Tabela 10: Avaliação de Risco na oficina do Instituto Agrário Janila........................22
Tabela 11: Perigo, risco e consequência previstas para o laboratorio de informática
do Instituto Agrário Janila...........................................................................................24
Tabela 12: Avaliação de Risco na Biblioteca Informática Instituto Agrário Janila.....25
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1 Modelo de Gestão Descentralizada e Sistema de Garantir de Qualidade de


Formação
1.1 Definição de conceitos-chave

Na busca de suportes teóricos do conceito de gestão, CURY (2005:14) convida a


um recuo etimológico de gestão em que ensina que:

Gestão provém do verbo latino gero, gessi, gestum, gerere e significa: levar
sobre si, carregar, chamar a si, executar, exercer, gerar. Trata-se de algo que
implica o sujeito. Isto pode ser visto em um dos substantivos derivados deste
verbo. Trata-se de gestatio, ou seja, gestação, isto é, o acto pelo qual se traz
em si e dentro de si algo novo, diferente: um novo ente. Ora, o termo gestão
tem sua raiz etimológica em ger que significa fazer brotar, germinar, fazer
nascer. Da mesma raiz provem os termos genitora, genitor, germen.

Segundo o mesmo autor gestão:

Implica um ou mais interlocutores com os quais se dialoga pela arte de


interrogar e pela paciência em buscar respostas que possam auxiliar no
governo da educação, segundo a justiça. Nesta perspectiva, a gestão implica
o diálogo como forma superior de encontro das pessoas e solução dos
conflitos (CURY, 2005:14).

As palavras do autor remetem a perceber que se faz gestão quando se criam canais
eficientes de comunicação e de participação no processo de tomada de decisão nas
instituições do ensino técnico profissional. Um director que não se abre para o diálogo,
que não pauta pela transparência dos actos administrativos e financeiros do instituto,
que não estimula uma resolução colegiada de conflitos do instituto, afirmar-se que não
prática gestão.

Na óptica de OLIVEIRA (2002) apud MOREIRA (2012:2353) “a gestão está ligada a


defesa de mecanismos mais colectivos e participativos de planejamento e
administração escolar representando a luta pelo reconhecimento da escola como
espaço de política e trabalho”. Desta feita, a gestão materializa-se pela participação
consciente dos cidadãos nas organizações, na actuação activa de sujeitos no
processo de transformação da realidade que os circunda, isto é, visa à exercitação
da emancipação.

PARO (2000:7), esclarece que “a administração escolar é portadora de uma


especificidade que a diferencia da administração especificamente capitalista, cujo
objectivo é o lucro mesmo em prejuízo da realização humana implícita no acto
5

educativo”. O que implica que as instituições do ensino técnico profissional não


devem ser administradas segundo a velha administração patentes nos princípios de
administração de Frederick Taylor (1856-1915) , Max Webar (1864-1920), Henri
Fayol (1841-1925) mas sim, segundo as visões e contribuições de PARO (2001),
MARTINS (2004), HORA (2004), LÜCK (2006) em que se solicita uma maior
intervenção (participação) da comunidade na gestão pedagógica, financeira, politica
e administrativa do instituto.

Em conformidade com o artigo 4 coadjuvado com n o 3 do artigo 11 ambos da lei


4/2019, de 31 de Maio são objectivos da descentralização:

a) Organizar a participação dos cidadãos na solução dos problemas


da sua própria comunidade;
b) Promover o desenvolvimento local;
c) Aprofundar e consolidar a democracia no quadro da unidade do
Estado Moçambicano.

1.2 Princípios e Instrumentos de Gestão Descentralizada

Os princípios de gestão descentralizada segundo o artigo 7 da lei 4/2019, de 31 de


Maio são:

 Desenvolvimento local participativo;


 Colaboração;
 Transparência;
 Igualdade e proporcionalidade;
 Legalidade;
 Justiça e imparcialidade;

A participação sugere que os diferentes segmentos do Instituto tenham oportunidade


de participar do processo decisório do instituto. A participação é a principal bandeira
de uma gestão descentralizada em que os dos diferentes actores que constroem o
quotidiano do instituto tomam decisões em torno do destino do mesmo.

Gestão descentralizada é garantida pelos conselhos de Gestão em que segundo o


no 1 do artigo 13 do Diploma Ministerial 06/2017, de Setembro “…é um órgão de
governação participativa envolvendo parceiros sociais representados por
6

empregadores, trabalhadores, pais e comunidade local, bem como outras


personalidades interessadas nas actividades da instituição”.

Os conteúdos de gestão descentralizadas relacionados com a Educação


Profissional podem ser encontrados nos seguintes instrumentos normativos:

 Lei 4/2019, de 31 de Maio


 Lei 23/2014, de 23 de Setembro (Lei de Educação Profissional) republicada
na lei 06/2016, de 16 de Junho; e
 Diploma Ministerial 06/2017, de Setembro (Regulamento das Instituições de
Ensino Técnico Profissional); e
 Decreto 31/2017, de 17 de Julho (Regulamento do Fundo Nacional de
Educação Profissional).

Falta ainda o regulamento de constituição e funcionamento do conselho de gestão


do Instituto bem como a definição de critérios de elaboração do contrato-programa,
isto é, nota-se ainda uma dificuldade em transformar os Institutos em Unidade de
Gestão Beneficiaria (UGB) que ira conferir a maior autonomia administrativa e
financeira, sem contudo querer concordar que a autonomia cientifica e pedagógica
já estejam instaladas nos institutos, em outras palavras, ainda a um pequeno
esforço a ser feito para a sua concretização.

1.3 Análise crítica de Projecto Educativo do Instituto Agrária Janila à luz da


legislação de Educação Profissional

Para a concretização do objectivo proposto neste subcapítulo, deslocamo-nos para


uns dos Institutos Agrários da Província de Inhambane em que por razões éticas
atribui-se o pseudónimo de Instituto Agrário Janila. Foi no mesmo instituto que
apuramos o sistema de qualidade montado que é discutido no subcapítulo
procedente (subcapítulo 1.4) bem como a avaliação de riscos (capitulo 4).

No respectivo sumário executivo do documento consta que os aspectos prioritário do


Instituto, foram definidos através de um processo de diagnóstico participativo
envolvendo formandos, formadores, funcionário não docentes e pais e/ou
encarregados de educação. Nota-se aqui uma tentativa de garantia da participação
7

dos diferentes segmentos sócias com interesse no Instituto o que é consentâneo


com a demais legislação da Educação Profissional.

Seja por motivo de simples omissão ou esquecimento peca-se por não se incluir
representantes de empresas/empregadores, representantes do município ou
governo distrital, representantes da comunidade local, e um representante do
serviço provincial que super-entende o ensino técnico profissional como reza o
Diploma ministerial 6/2017, de Setembro.

O documento focaliza 5 (cinco) áreas, nomeadamente: Direcção, Sector


Pedagógico, Centro internato, Sector de Produção, Cultura, Desporto e Oficinas.

Sentimos a falta de área administrativa, isto é, a formação continuada de gestores e


formadores em Certificado A e B respectivamente, assim como a questão
relacionada com parcerias.

Consta no Projecto Educativo a missão, visão e um histórico do que foi a instituição


ao longo do tempo, sendo que, segundo a apreciação feita, a missão e a visão vão
ao encontro da missão e visão predefinidas nos instrumentos normativos da
Educação Profissional.

A estrutura orgânica do Instituto Agrário Janila considera o Conselho de Gestão


como o órgão máximo do Instituto segundo do Director este seguido pelos
Directores adjuntos. No Departamento de Produção preve-se dois adjuntos sendo
um para o sector agrícola e o outro para o sector pecuário. No sector Pedagógico
prevê-se o chefe de departamento das disciplinas gerais, chefe de departamento
das disciplinas técnicas e o chefe de departamento de estágios.

Esta estrutura apesar de considerar o conselho de gestão como o órgão máximo do


Instituto, não nos parece estar robustecida para responder aos desafios do ensino
baseado em padrões de competências porque não respeita a estrutura tipo proposta
pelo Diploma ministerial 6/2017, de Setembro em que a Direcção Pedagógico deve
conter o Departamento da área Vocacional, Departamento de Estágios Formativos e
Inserção Laboral, Departamento de Investigação e Extensão; Oficinas e
Laboratórios.

O Projecto Educativo prevê ainda:


8

 Uma serie de estratégias para melhorar a comunicação interna no instituto;


 Criar espaços de gestão democrática e transparente;
 Democratizar a gestão de fundos;
 Melhorar as relações com a comunidade circunvizinha;

Seria de sugeria a criação de indicadores para a medição do nível de alcance de


cada uma das estratégias desejadas bem como a calendarização da sua medição
(verificação).

O documento também apresenta estratégias para o sector pedagógico, de produção


Escolar, Cultura e Desporto que também carecem de indicadores de avaliação e sua
calendarização.

Deve-se ilustrar os resultados Smarts que se pretendem alcançar no final dos 3


anos com o projecto educativo e o respectivo orçamento.

1.4 Sistema de Garantir de qualidade nas IEP

O sistema de garantia de qualidade está previsto nos artigos 32 a 35 da secção XI


da lei 23/2014, de 23 de Setembro em que destaca-se:

 Quadro Nacional das Qualificação Profissionais (QNQP);


 Verificação e registo das propostas de criação das instituições de Educação
profissional;
 Certificação de formadores, avaliadores e verificadores de educação
profissional;
 Processo de Acumulação e Transferência de Créditos; e
 Sistema de acreditação das instituições de educação profissional.

Para o Instituto em alusão (Instituto Agrário Janila) observou-se que estava a dar
uma qualificação constante do QNQP nos níveis III e IV de Agropecuária
actualizados.

Solicitada a proposta de criação da respectiva Instituição foi-nos, devidamente


apresentando um documento da elevação do mesmo com data de 2012, isto é, em
2012 passou de Escola Agrária Janila para Instituto Agrário Janila.
9

No concernente aos formadores, o Instituto tem um efectivo de 43 formadores, dos


quais 6 (13,9%) são mulheres. Do total de formadores 16 (37,2%) são da área
específica em que 3 são mulheres. Em outras palavras estamos a dizer que os
formadores para módulo genéricos são a maioria correspondente a 62,8%.

Sendo uma instituição do ramo agropecuária o desejável seria ter uma maior
percentagem de formadores da área específica (formandos em agricultura e
pecuária ou ainda áreas afins) no sentido de garantir que a qualidade de formação
seja das melhores.

Dos 6 gestores do instituto (director do Instituto, 2 directores adjuntos pedagógicos


sendo um do médio e o outro do básico, director adjunto administrativo, director
adjunto de produção e director adjunto do internato) apenas o director do instituto é
quem esta a frequentar o Certificado A o que corresponde a 16,7%. Dos formadores
ninguém esta a frequentar o Certificado B.

Os dados apresentados são contraproducentes a qualidade da formação que se


deseja visto que é tácito na alínea a) do artigo 5 do decreto 28/2017, de 11 de Julho
que determina: “Os formadores de Educação Profissional N1, para leccionar os
níveis III, IV e V do QNQP, detenham uma habilitação académica de nível de
licenciatura na área de conhecimento técnico e cientifico afim, acrescido do
Certificado B”.

O mesmo pode se dizer do corpo directivo conforme a resolução 1/2019, de 30 de


Janeiro que determina que os membros do colectivo de direcção do Instituto já
aludidos, devem possuir formação em Certificado A. Ainda fixa que o Director do
Instituto e o Director Adjunto de Produção devem estar formandos na área da
especialidade que se ministra na instituição facto também não observável neste
Instituto.

São fraquezas e desafios que o Instituto deverá superar para que a formação que
ela prove para jovens seja realmente de qualidade conforme o plasmado nos
diferentes documentos normativos. Notou-se que o Instituto está consciente do seu
desafio dai que desenhou um plano de formação de gestores em Certificado A e de
formadores em Certificado B, tendo já solicitado apoio junto do Projecto GIZ-Pro
Educação.
10

Pela falta de domínio da filosofia pedagógica-didáctica da formação baseada em


padrões de competência a instituição não tinha os seguintes planos/instrumentos:

 Formulários de verificação interna;


 Plano Anual do Departamento de Estágio e Inserção Laboral;
 Plano Anual do Departamento Vocacional; e
 Plano Anual do Departamento de Investigação e Extensão.

Mediante estas fragilidades a qualidade esta de antemão comprometida, porém


salvar que o Instituto tem dois técnicos formandos para a gestão do Sistema
Electrónico de Gestão de Informação da Educação Profissional (SEGI-EP), e
também montou um sistema embora frágil de verificação interna e de conservação
das evidências.

No final do nosso trabalho aconselhamos a direcção do Instituto no que foi possível


sublinhando a imperativo de formação dos gestores e formadores em Certificados A
e B respectivamente bem com nos intercâmbios pedagógicos enquanto não se
obtêm fundos para uma formação mais consistente.

O Decreto 28/2017, de 11 de Julho define que para a acreditação de uma instituição


de Educação Profissional a mesma deve apresentar uma infra-estrutura
correspondente e apetrechada em laboratórios, equipamentos, oficinas etc.

O Instituto não dispõe de uma infra-estrutura razoável, de laboratórios que


respondem as demandas da qualificação ministrada.

2 Liderança e processo de supervisão do trabalho Pedagógico


2.1 Definição de conceitos-chave (Liderança e Supervisão)

Para GIL (2008:220) a “liderança é nada mais do que a forma de direcção baseada
no prestígio e na aceitação dos subordinados” dai que, os formadores e outros
funcionários da educação iram sentir-se como colaboradores do que meros
subordinados.

Em SILVA & TORRES (2010:154) “a liderança está mais relacionada com as


emoções, com mover pessoas, fazê-las empenharem-se numa visão e seguirem o
seu líder”. Em outro palavreado a liderança relaciona-se com a influência
11

interpessoal que o líder exerce nos membros da organização para levá-los a


desenvolverem de forma consciente e motivada pela causa "garantia de uma
aprendizagem mais significativa nos formandos".

Por outro lado a supervisão na óptica de Pawlas e Oliva (2007) apud PEREIRA
(:20), a conceptualização da palavra supervisão surge de “uma visão por cima” em
inglês “to oversee” ou seja, a capacidade de ver mais além, de maior conhecimento,
de sugerir, de analisar processos evolutivos de desempenho e até mesmo de dar
ordens.

OLIVEIRA-FORMOSINHO (2002) diz que a supervisão é vista como um processo


orientado para o questionamento e reflexão dos profissionais em todas as fases do
ensino, seja quando o professor pensa e planifica as actividades lectivas, durante a
realização das mesmas e no final da concretização destas.

2.2 Plano Pedagógico


2.2.1 Elaboração de um plano Pedagógico

O Plano de actividade que segue é um plano desenhado por um líder de uma


qualificação do nível III de Agropecuária, somente para o primeiro semestre do Ano
Lectivo de 2020. Deve-se considerar que o mesmo foi planificado fora do contexto
da pandemia da COVID-19.

Tabela 1: Plano de Actividades do I Semestre 2020


No Actividade Responsável Participante Prazo
1 Afectação de módulos Líder equipa Todos formadores e 13-17/01/2020
vocacionais de nível III da (Elias Jamine) avaliadores de
Qualificação de Agricultura módulos vocacionais
agendado para o I Semestre
aos formadores e respectiva
auscultação
2 Realização da logística (VI 10) Líder equipa Todos formadores e 13-17/01/2020
dos módulos vocacionais de (Elias Jamine) avaliadores de
nível III da Qualificação de módulos vocacionais
Agricultura agendado os para o
I Semestre
3 Coordenar a realização da pré- Líder equipa Todos formadores e 21-29/01/2020
leccionação de todos os (Elias Jamine) avaliadores de
módulos vocacionais de nível III módulos vocacionais
da Qualificação de Agricultura
agendado os para o I Semestre
12

4 Monitoria do preenchimento Líder equipa Todos formadores e 28-29/01/2020


dos relatórios da pré-avaliação (Elias Jamine) avaliadores de
(IV3) e a respectiva módulos vocacionais
conservação da evidência
produzida
5 Monitorar o preenchimento dos Líder equipa Avaliadores internos 21-29/01/2020
mapas de amostra de avaliação (Elias Jamine)
(VI6)
6 Planificar e monitorar as Líder equipa Todos formadores e 04/02-19/06/2020
Assistências mútuas (Elias Jamine) avaliadores de
módulos vocacionais
7 Supervisionar o cadastro dos Líder equipa Gestor do SEGI-EP 04/-22/02/2020
formandos no SEGI bem como (Elias Jamine) ao nível de Instituição
de outros aspectos iniciais de Educação
Profissional
7 Monitorar o processo de Líder equipa Todos formadores e 04/02-19/06/2020
avaliação e produção de (Elias Jamine) avaliadores de
evidências módulos vocacionais
8 Monitorar e supervisionar a Líder equipa Avaliadores internos 04/02-19/06/2020
efectiva realização da (Elias Jamine)
verificação interna
9 Monitorar e supervisionar o Líder equipa Todos formadores e 22-26/06/2020
processo de reavaliação dos (Elias Jamine) avaliadores de
formandos módulos vocacionais
10 Monitorar e supervisionar o Líder equipa Gestor do SEGI-EP, 29/06-17/07/2020
lançamento do resultado (Elias Jamine) fomadores e
pedagógico na plataforma do avaliadores
SEGI-EP
11 Monitorar e supervisionar a Líder equipa Todos formadores e 22-26/06/2020
organização das pastas de (Elias Jamine) avaliadores de
evidências módulos vocacionais
12 Preparação para os arranjos da Líder equipa Todos formadores e 29/06-17/07/2020
Verificação Externa (VI8) (Elias Jamine) avaliadores de
módulos vocacionais
Fonte: O Autor (2020)

2.2.2 Ideais Inovadoras Para o Desenvolvimento da Acção Educativa

Para o desenvolvimento da acção educativa queremos sugerir ao Instituto Agrário


Janila a desenvolver um aplicativo que garanta a planificação conjunta com outros
institutos da Província de Inhambane bem como com outras províncias.

Está actividade vai afiançar uma maior profissionalização dos formadores no


concernente ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação, outrossim no
desenvolvimento de competências adstritas a actividade do formador, isto é,
13

competências psico-pedagógicas (planificação, avaliação, organização do meio de


aprendizagem etc).

Esta é já uma prática na Europa através do aplicativo eTwinning em que diferentes


escolas desenvolvem projectos educativos de forma colegiada garantido o
intercâmbio de experiências formativas entre os formadores e de aprendizagem
entre os formandos.

Além de colocar formadores da educação profissional a trabalharem


colaborativamente através de aplicativos entre institutos, urge uma necessidade de
colocar os mesmos a elaborarem cenários de aprendizagem colaborativamente.

A outra inovação seria a introdução de cenários de aprendizagem em que


competências desenvolvidas em diferentes módulos são mobilizadas para levar a
cabo um determinado projecto.

Quando os formadores optarem por formar com recurso aos cenários de


aprendizagem estarão mais unidos garantido experiências de aprendizagem mais
significativas aos formandos. Tivemos oportunidade de participar de uma formação
online e desenhamos com outros formadores um cenário de aprendizagem
designado: Aplicação das TIC’s na Agricultura -Protecção de plantas e bio-
pesticidas.

Nesse cenário proporcionava-se aos formandos uma experiência educativa em que


desenvolvem-se competências de utilização de pacotes básicos de informática
(recolha de dados, sistematização, elaboração de gráficos e tabelas, preparação de
videis e apresentação do trabalho final) e agrícolas (identificar plantas com
propriedades bioinsecticidas, preparar bio-pesticidas com extractos vegetais e
aplicar o bio-pesticidas no controlo de pragas/doenças).

A mesma experiência pode ser capitalizadas para diferentes qualificações não se


esperando apenas o designado projecto integrado.

3 Gestão de recursos, materiais no ambiente de ensino-aprendizagem


3.1 Definição de conceitos-chave (meios/recursos didácticos e ambiente de
ensino-aprendizagem)
14

Segundo PILETT (1993: 151), os meios de ensino ou recursos de ensino “são


componentes do ambiente de aprendizagem que dão origem `a estimulação para o
aluno. Esses componentes podem ser o professor, os livros, os mapas, as
fotografias, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos naturais
e outros”.

Para LIBÂNEO (1994:173), “meios de ensino são todos os meios e recursos


materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para organização e condução
metódica do processo de ensino e aprendizagem.”

3.2 Elaboração de um plano de necessidades de recursos e matérias


didacticos para o Módulo de Identificar, Monitorar e Controlar Pragas e
Doenças nas Culturas usando Pesticidas e Pulverizadores Manuais
3.2.1 Plano de Necessidades

Para desenvolver as competências necessárias nos formandos no módulo de


Identificar, Monitorar e Controlar Pragas e Doenças nas Culturas usando Pesticidas
Manuais, será necessário adquirir os matérias/equipamentos que constam da tabela
que segue:

Tabela 2: Plano de Necessidades do módulo número GR01308161 do nível IIII de Agropecuária


Material/Equipament Quant Unidad Ob
N o Descrição . e Preço Valor s
Instrumento de
Chave dicotómica para identificação de
1 entomológica agrícola pragas agrícolas 20 Unidade 30 30.00  
Instrumento que
auxilia na
identificação de
2 Caixa entomológica praga 5 Unidade 1500 1500.00  
3 Fungicidas Maconzeb 15 Kg 350 350.00  
4 Insecticidas Cipermitrina 5 Litros 2500 2500.00  
Pulverizadores Pulverizador de
5 manuais soluções 5 Unidade 1700 1700.00  
25400.0
6 Atomizadores   2 Unidade 25400 0  
Pulverizar de
pesticida 17500.0
7 Polvilhadores granulado 5 Unidade 17500 0  
8 Ulvas Pulverizar de 5 Unidade 3500 3500.00  
15

ultra baixo
volume
9 Botas Vários Tamanhos 30 Pares 250 250.00  
Mascaras de
10 protecção   30 Unidade 350 350.00  
11 Luvas de protecção   30 Pares 90 90.00  
12 Óculos de protecção   30 Unidade 150 150.00  
13 Balança Analítica   2 Unidade 1300 1300.00  
Material de
Laboratório (Tubo de
14 ensaio)   20 Unidade 0 0.00  
Sub-Total 54620.00
Contingência (10%) 5,462.00
Total 60,082.00
Fonte: O Autor (2020)

3.2.2 Plano de aprovisionamento dos recursos em falta

Para aprovisionar os recursos didácticos necessário deve-se garantir em primeira


instância o uso racional do equipamento e consumíveis existentes, para o efeito,
deve-se fazer a gestão do stock o que passa, necessariamente, pela inventariação
do que existe na instituição seguindo a tabela proposta a baixo:

Tabela 3: Controle de Stock


Nome da Qualificação:___________ Nível:_______ Instituição:___________
N Designação do Unidade Quantidade Data
Inicial Entradas Saídas Saldo
material
1
2
3
(…)
Fonte: Adaptado pelo Autor (2020)

Na falta de algum consumível e/ou equipamento acima arrolado, sempre pode-se


vencer a limitação com recurso a parceiros da Instituição. O Instituto Agrário Janila
encontra-se inserido dentro de uma comunidade agrária e ao seu lado opera uma
empresa agrícola que coopera com a instituição. A Instituto tem cedido o seu tractor
e respectivas alfaias para auxiliar a empresa nos períodos de maior demanda de
trabalho e a empresa abre espaço para o estágio dos formandos o Instituto.

Isso leva a concluir que na falta de um equipamento e/ou um consumível para a


realização de uma aula prática guiada de formandos, esta pode ser programada
para ter lugar na unidade de produção da empresa com recurso e equipamento e
16

consumíveis da empresa. Nesta relação os formandos desenvolvem a competência


desejada e a empresa reduz os custos de produção.

O instituto também firmou parcerias com o Serviço Distrital de Actividades


Económicas. O Serviço Distrital de Actividades Económicas tem ajudado o Instituto
em insumos agrícolas (semente e pesticidas) nessa parceria o Instituto tem a
obrigação de transmitir a tecnologias de produção a comunidade local e pulverizar
as respectivas machambas, porém tem como ganho os pesticidas sem incorrer a
custos directos.

Com recurso a estas duas parcerias o Instituto tem conseguido suprir as


necessidades de pesticidas para a formação.

3.2.3 Normas de HST a serem tomadas Módulo de Aplicar Pesticidas usando


pulverizadores manuais

Para a sessão em que o formando deverá responder ao resultado “Aplicar pesticidas


usando pulverizadores manuais” deve observar as seguintes normas de HST:

A) Antes da pulverização
 Vestir um fato-macaco para sua protecção acompanhado de botas,
máscaras, e luvas;
 Fazer a leitura do rótulo no sentido de seguir as orientações;
 Manipular cuidadosamente os pesticidas;
 Fazer as misturas em um local seguro;
 Antes de colocar o pesticida deve colocar água no pulverizador;

B) Durante a pulverização
 Pulverizar em dias calmas sempre a favor do vento;
 Não comer e/ou beber durante a actividade;
 Evitar falar;
 Não soprar o bico do pulverizador pela boca; e
 Não tocar a vista e/ou o nariz durante a actividade de pulverização.
17

C) No fim da pulverização
 Lavar o equipamento com água e sabão longe de curso de água;
 A droga que restar deve ser descartada em locais seguros;
 Retirar o fato-macaco, mascaras e as luvas e lavar;
 Lavar-se com água e sabão; e
 Não comer ou beber antes de lavar-se.

4 Projecto de Avaliação de risco durante as actividades produtivas no


Instituto Agrário Janila

Antes de embrenhar-se no desenvolvimento deste subcapítulo, queremos em


primeira instância definir os conceitos-chave relacionados com a avaliação de risco
assim como percorrer a trajectória metodológica seguida para o mesmo.

O Ensino Profissional tem como objectivo fundamental produzir uma força de


trabalho capaz de responder as demandas das empresas galvanizando a economia
do país. Uma fracção significativa de experiências educativas neste subsistema de
ensino tem lugar em laboratórios, oficinas ou melhor ocorre num contexto real de
produção.

Nas qualificações do campo de hotelaria e turismo, agricultura e conservação da


natureza, manutenção industrial, Construção Civil e outras, o formando durante o
processo formativo corre o risco de contrair lesões, ferimentos ou mesmo encontrar
a morte se não observar cautelosamente as medidas de higiene e segurança do
trabalho.

4.1 Conceitos-chave

Na concepção de REIS (2015), acidente é todo o acontecimento não planeado, não


controlado e não desejado que interrompe uma actividade ou função, enquanto para
LOUSA (2014) é aquilo que produz directa ou indirectamente lesão corporal,
perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho
ou de ganho ou morte.
18

Em consonância com os dois actores aprende-se que o acidente é indesejado tem


como consequência a produção de lesões ou mesmo levar a morte ao trabalhar.
Para alem de danos físicos pode provocar problemas psicológicos, doenças o que
acarreta custos para a empresa.

Entende-se por perigo a situação potencial para causar lesão, ferimento, ou dano
para a saúde, ou ainda combinação destas ao trabalhador neste caso ao
formando/formador (REIS, 2015).

Risco profissional é a possibilidade de um trabalhador sofrer um determinado dano


provocado pelo trabalho. A sua qualificação dependerá do efeito conjugado da
probabilidade de ocorrência e da sua gravidade (FREITAS, 2008).

4.2 Metodologia para avaliação de Risco

A actividade de avaliação ou melhor análise de risco tem como baluarte responder a


seguintes questões:
 Quais os riscos presentes na instalação e o que pode acontecer de errado?
 Qual a probabilidade de ocorrência de acidentes devido a riscos presentes?
 Quais os efeitos e as consequências destes acidentes?
 Como poderiam ser eliminados ou reduzidos esses riscos?

Para a avaliação de risco existem muitas alternativas que se encontram


enquadrados nos seguintes métodos:

 Métodos de Avaliação Qualitativos;


 Métodos de Avaliação Quantitativos; e
 Métodos de Avaliação Semi-Quantitativos.
Para o presente trabalho socorreu-se do método semi-quantitativo proposto por
FREITAS (2008).

Equação 1:NR=NP∗NC Equação 1.1: NP=NE∗ND


Onde: Onde:
NR ⟹Nível de risco; NE ⟹Nível de Exposição; e
NP⟹ Nível de probabilidade; e ND ⟹ Nível de Deficiência.
NC ⟹Nível de consequência.
19

O nível de Deficiência (ND) refere-se a amplitude da articulação expectável entre o


conjunto de factores de risco considerados e a sua relação causal directa com o
possível acidente (FREITAS, 2008).

Tabela 4: Nível de Deficiência (ND)


Nível de Deficiência ND Significado
Muito deficiente (MD) 10  Foram detectados factores de risco significativos
que determinam a elevada probabilidade de
acidente.
 As medidas são ineficazes.
Deficiente (D) 6  Existe um factor de risco significativo, que
precisa de ser eliminado.
 A eficácia das medidas de prevenção vê-se
drasticamente reduzida
Melhorável (M) 2  São constáveis os factores de risco de
importância reduzida.
 A eficácia das medidas preventivas não é
globalmente posta em causa.
Aceitável (B) -  Não se detectou qualquer anomalia que caiba
referir.
 O risco está controlado.
Fonte: REIS (2015)

O Nível de Exposição (NE) é a medida da frequência com que ocorre a exposição


ao risco que é estimada em função dos tempos de permanência em áreas de
trabalho, operações com máquinas, etc.

Tabela 5: Nível de Exposição (NE)


Nível de Deficiência NE Significado
Continuada (EC) 4  Contínua várias vezes ao longo do período
laboral, com exposição prolongada.
Frequente (EF) 3  Várias vezes ao longo do período laboral ainda
que por curtos períodos.
Ocasional (EO) 2  Uma vez por outra, ao longo do período de
laboração, por um reduzido lapso de tempo.
Esporádica (EE) 1  Irregularmente.
Fonte: REIS (2015)

Lembrar que o Nível de Probabilidade (NP) de ocorrência do acidente é produto do


Nível de Deficiência (ND) e Nível de Exposição (NE), obtendo-se o resumo a baixo.
20

Tabela 6: Nível de probabilidade (ND*NE)


Nível de Muito alta Alta Média Baixa
Probabilidade
Valores (NPr) 24 à 40 10 à 20 6à8 2à4
Fonte: Adaptado de FRENTAS (2008)

Nível de consequência (NC) relaciona-se com o tipo de vento resultante da


ocorrência do acidente (morte, lesões graves que podem ser irreparáveis, lesões
com incapacidade temporária obsoleta e parcial e pequenas lesões que não
requerem internamento).

O resumo do nível de consequência nas perspectiva de BELLOVÍ e MALAGÓN,


(s/data) são apresentados abaixo.

Tabela 7: Nível de Consequência (NC)


Nível de NC Significado
consequências Lesões Danos materiais
Mortal ou 100 1 morto ou mais Destruição total do sistema
Catastrófico (M)
Muito Grave 60 Lesões graves, que podem ser Destruição parcial do sistema
(MG) irreparáveis (com reparação complexa e de
custos elevados)
Grave (G) 25 Lesões com incapacidade É necessário parar o processo
temporária absoluta ou parcial operativo

Grave (G) 10 Pequenas lesões que não Pode proceder-se à reparação


requerem internamento sem parar o processo.

Fonte:BELLOVÍ e MALAGÓN (s/data)

O Nível de riscos (NR) é o produto entre o Nível de Probabilidade (NP) e o Nível de


Consequência (NC) que por sua vez determinam o nível de intervenção conforme
apresenta-se na tabela 8 que segue.

Tabela 8: Nível de Risco (NR) e Nível Intervenção (NI)


Nível de Nível de Risco Significado
21

Intervenção (NP*NC)
I 600 à 4000 Situação crítica. Correcção urgente
II 150 à 500 Corrigir e adoptar medidas de controlo
III 40 à 120 Melhorar se for possível. Seria conveniente justificara
intervenção e a sua rentabilidade
IV 20 Não intervir, excepto se uma análise mais precisa o
justificar
Fonte: Adaptado de FRENTAS (2008)

4.3 Determinação do Nível de Risco

Para a determinação dos níveis de risco seleccionou-se o espaço da oficina e do


laboratório de Informática.

Tabela 9: Perigo, risco e consequência previstas para as oficinas do Instituto Agrário Janila
No Perigo Risco Tipo de Risco Consequências
1 Circulação de Atropelament Risco de  Fracturas,
tractores o acidente  Lesões graves
2 Utilização de Golpe, corte e Risco de  Lesões por corte
ferramentas perfuração acidente
3 Presença de Risco de Risco de  Queimaduras;
material explosão e acidente  Lesões graves; e
combustível incêndio  Danos matérias
no local
4 Falta de Risco de Risco de  Queimaduras;
extintores explosão e acidente  Lesões graves; e
incêndio  Danos matérias
5 Falta de Kits Variados Risco de  Agravamento das fracturas,
de 1ª acidente queimaduras sangramento etc.
Socorros
6 Presença de Inalação de Risco Químico  Intoxicação;
gases tóxicos tóxicos,  Asfixia;
poeiras e  Problemas respiratórios;
fumo  Lesões graves (cancro).
prejudicial a
saúde
7 Tecto da Desmoronar Risco de  Fracturas,
oficina do tecto acidente  Lesões graves
destruído
8 Ruído da Exposição ao Risco físico  Lesões auditivas
maquinaria ruído
9 Riscos Contacto Risco eléctrico  Electrocussão;
Eléctricos eléctrico  Choque eléctrico
 Queimaduras
10 Falta de Exposição Riscos múltiplos  Varias consequências
equipamento risco
de protecção
22

pessoal
11 Falta de Maior Riscos múltiplos  Varias consequências
sinalização exposição a
para todos riscos
diferentes referenciados
perigos
12 Falta de Contaminação Risco de saúde  Obstrução das vias respiratórias;
borrificadores com COVID-  Sintomatologia de gripe; e
com Álcool 19  Morte
13 Falta de pé de Contaminação Risco de saúde  Obstrução das vias respiratórias;
luvio na com COVID-  Sintomatologia de gripe; e
entrada 19  Morte
14 Alfaias Embate com o Risco de  Fracturas,
agrícolas ao equipamento acidente  Lesões graves;
relento  Depreciação rápida das alfaias
15 Um dos 3 Capotamento Risco de  Fracturas,
(três) tractores do tractor acidente  Lesões graves;
com uma das  Depreciação rápida das alfaias
rodas motrizes
mal
emendada
16 Área de Risco de Risco de  Fadiga;
trabalho acidente, por psicossocial  Desgaste psicológico;
desarrumado fadiga ou falta  Acidente por desconcentração
e de
desorganizado concentração

Fonte: O autor (2020)

Na oficina do Instituto Agrário Janila observando a tabela 9,apurou-se que das 16


situações de perigo, 8 (50,0%) causariam risco de acidente, 2 (12,5%) risco de saúde, 2
(12,5) risco múltiplos, 1 (6,25%) risco psicossocial, 1 (6,25%) risco eléctrico, 1(6,25%)
risco físico e 1 (6,25%) risco químico.

A respectiva avaliação para cada dos 16 casos identificados encontra-se detalhado na


tabela 10.

Tabela 10: Avaliação de Risco na oficina do Instituto Agrário Janila


Avaliação de Risco
Critérios de Avaliação
N
o Perigo Risco avaliação
ND NE NC ND*NE*NC Grau de
Risco
1 Circulação de tractores Atropelamento 2 3 60 360 Alto
23

2 Utilização de Golpe, corte e 2 3 10 Moderado


ferramentas perfuração 60
3 Presença de material Risco de 10 3 60 Muito Alto
combustível no local explosão e
incêndio 1800
4 Falta de extintores Risco de 10 3 60 Muito Alto
explosão e
incêndio 1800
5 Falta de Kits de 1ª Variados 10 3 60 Muito Alto
Socorros 1800
6 Presença de gases Inalação de 10 3 60 Muito Alto
tóxicos tóxicos, poeiras e
fumo prejudicial a
saúde 1800
7 Tecto da oficina Desmoronar do 10 3 60 Muito Alto
destruído tecto 1800
8 Ruído da maquinaria Exposição ao 2 3 10 Moderado
ruído 60
9 Riscos Eléctricos Contacto 2 3 25 Substancial
eléctrico 150
10 Falta de equipamento de Exposição de 6 3 25 Alto
protecção pessoal risco 450
11 Falta de sinalização Maior exposição 2 3 10 Moderado
para diferentes perigos a todos riscos
referenciados 60
12 Falta de borrificadores Contaminação 10 3 60 Muito Alto
com Álcool com COVID-19 1800
13 Falta de pé de luvio na Contaminação 10 3 60 Muito Alto
entrada com COVID-19 1800
14 Alfaias agrícolas ao Embate com o 2 3 10 Moderado
relento equipamento 60
15 Um dos 3 (três) tractores Capotamento do 6 3 60 Muito Alto
com uma das rodas tractor
motrizes mal emendada 1080
16 Área de trabalho Risco de 2 3 10 60 Moderado
desarrumado e acidente, por
desorganizado fadiga ou falta de
concentração

Fonte: O autor (2020)

Da análise de risco feita na oficina do Instituto Agrário Janila, apurou-se que 8 (50,0%)
aspectos são críticos, isto é, o risco é muito alto, 2 (12,5%) o risco é alto, 1 (5,25%)
substancial e 5 (31,25%) moderado.

Com base neste resultado podemos afirmar que cerca de 11 (68,75%) aspectos na oficina
merecem atenção para sua rápida correcção e/ou total eliminação.
24

Tratando-se cenários que colocam em um alto nível de perigosidade de pessoas


(formandos, formadores e pessoal não docente) e de perda de bens a há urgência para a
sua correcção.

Na tabela 11 que seguem, apresenta-se os riscos previstos e as respectivas consequências para o


laboratório de informática no Instituto Agrário Janila.

Tabela 11: Perigo, risco e consequências previstas para o laboratório de informática do Instituto
Agrário Janila
No Perigo Risco Tipo de Risco
Consequências
1 Falta de Risco de Risco de acidente  Queimaduras;
extintores explosão e  Lesões graves; e
incêndio  Danos matérias
2 Falta de Kits Variados Risco de acidente  Agravamento das fracturas,
de 1ª queimaduras sangramento
Socorros etc.
3 Tecto do Desmoronar Risco de acidente  Fracturas,
laboratório do tecto  Lesões graves;
de  Perdas do equipamento
informática informático
destruído
4 Sistema Contacto Risco eléctrico  Electrocussão;
eléctrico eléctrico  Choque eléctrico
danificado  Queimaduras
5 Utilização de Contacto Risco eléctrico  Electrocussão;
equipamento eléctrico  Choque eléctrico
electrónico  Queimaduras
6 Falta de Maior Riscos múltiplos  Varias consequências
sinalização exposição a
para todos riscos
diferentes referenciados
perigos
7 Falta de Contaminaçã Risco de saúde  Obstrução das vias
borrificadores o com respiratórias;
com Álcool COVID-19  Sintomatologia de gripe; e
 Morte
8 Falta de pé Contaminaçã Risco de saúde  Obstrução das vias
de luvio na o com respiratórias;
entrada COVID-19  Sintomatologia de gripe; e
 Morte
9 Falta de Inalação de Risco Químico  Asfixia;
limpeza poeiras  Problemas respiratórios;
sistemática  Redução da vida útil do
equipamento informático
25

10 Baixa Deficiência Risco em saúde  Problemas de visão


luminosidade visual
na sala de
informática
11 Sobrecarga Risco de Riscos Psicossociais  Desgaste psicológico;
porque acidente, por e Riscos de  Acidente por
somente um fadiga Acidentes desconcentração
técnico cuida
do
laboratório
informático
Fonte: O autor (2020)

Da tabela 11 afere-se que foram identificados 11 situações no laboratório de informática


que são potenciais para causarem acidente. Os riscos derivados são 3 (27,3%) de
acidente, 3 (27,3%) de saúde, 2 (18,1%) eléctricos, 1 (9,1%) químico, 1 (9,1%) múltiplo e 1
(9,1%) que combina psicossociais e por acidente.

A respectiva avaliação do risco para cada um dos 11 casos é ilustrada na tabela 12.

Tabela 12: Avaliação de Risco na Biblioteca Informática Instituto Agrário Janila


Avaliação de Risco
Critérios de Avaliação
N
o Perigo Risco avaliação
ND NE NC ND*NE*NC Grau de
Risco
1 Falta de extintores Risco de explosão 10 4 60 Muito Alto
e incêndio 2400
2 Falta de Kits de 1ª Variados 10 4 60 Muito Alto
Socorros 2400
3 Tecto do laboratório de Desmoronar do 10 4 60 Muito Alto
informática oficina tecto
destruído 2400
4 Sistema eléctrico Contacto eléctrico 2 4 25 Alto
danificado 200
5 Utilização de Contacto eléctrico 2 4 25 Alto
equipamento
electrónico 200
6 Falta de sinalização Maior exposição a 2 4 10 Substancial
para diferentes perigos todos riscos
referenciados 80
7 Falta de borrificadores Contaminação com 10 4 60 Muito Alto
com Álcool COVID-19 2400
8 Falta de pé de luvio na Contaminação com 10 4 60 Muito Alto
entrada COVID-19 2400
9 Falta de limpeza Inalação de poeiras 6 4 25 600 Muito Alto
26

sistemática
10 Baixa luminosidade na Deficiência visual 6 4 60 Muito Alto
sala de informática 1440
11 Sobrecarga porque Risco de acidente, 6 4 10 240 Alto
somente um técnico por fadiga
cuida do laboratório
informático
Fonte: O autor (2020)

Da análise de risco feita no Laboratório de Informático do Instituto Agrário Janila, apurou-se


das 11 situações de perigo, 7 (63,6%) a sua perigosidade é muito alta, 3 (27,3%) o risco é
alto, e 1 (9,1%) o risco é substancial.

Com base neste resultado podemos afirmar que as 11 (100%) situações que se
encontraram no laboratório de informática exigem uma correcção imediata.

Comparando a oficina e o laboratório de informática, o segundo oferece maior nível de


perigosidade, embora seria de esperar resultados contrários.

Sugere-se a realização da avaliação de risco no Instituto por uma equipa de pelo menos
três pessoas, visto que muitos aspectos podem escapar a um único olho que integra
membros do próprio Instituto, assim como a realização de uma entrevista semi-estruturada
aos utentes da oficina e do laboratório de informática para colher outras informações que
não foram possíveis de trazer neste estudo.

5 BIBLIOGRAFIA

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Editora, 1970.
27

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Mecânica, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa,2015.

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profissionais de TI. Porto, Informática Lda editora, 2010.

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