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Índice
1.Introdução ...................................................................................................................... 3
1.1.Objectivos ................................................................................................................... 4
3.Conclusão ..................................................................................................................... 14
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1.Introdução
IFP é uma das Instituições ou formas responsáveis de dar resposta às exigências da sociedade
promover o Homem, através da transmissão de valores e da própria visão de mundo, ou seja,
numa só palavra, à educação. A Educação e Desenvolvimento Humano tem a honra de colocar
à sua disposição o presente Plano Curricular do Ensino Primário. As Ciências Sociais tem como
proposta possibilitar ao futuro professor uma boa formação pedagógica no ensino primário, sem
deixar de formá-lo como um profissional de Ciências Sociais capaz de colocar-se de forma
criativa e crítica diante de demandas e desafios da sociedade actual.
As Ciências Sociais constituem num corpo de indagações a respeito da vida social e emergem
de uma pluralidade de sistemas de interpretações e prefigurações da vida social, a formação
psicopedagógica em Ciências Sociais deve ser ampla e pluralista, tanto teórica como
metodologicamente, tendo como suporte tanto os fundamentos epistemológicos da área, como
a formação do estudante em Ciências Sociais tem como proposta pedagógica possibilitar ao
futuro professor posicionar-se criticamente, com competência técnica e de maneira criativa
frente aos desafios profissionais decorrentes de demandas da sociedade contemporânea
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1.1.Objectivos
Tendo em consideração a importância do tema em estudo, e por se tratar de uma pesquisa
traçamos os seguintes objectivos.
1.1.1.Objectivo Geral
Habilitar a formação psicopedagógica em Ciências Sociais para desenvolver actividades
na área acadêmica dos professores de ensino médio;
Estimular o comprometimento com as realidades sociais, políticas e culturais nos
âmbitos global e local.
1.1.2.Objectivo Específicos
Desenvolver no estudante a habilidade de articular teoria, pesquisa e prática social; ;
Desenvolver no estudante uma capacidade análítica para estabelecer relações e
conexões multilineares em situações diferenciadas;
Formar o educador com base num projeto aglutinador das diferentes áreas do
conhecimento, propiciando o contato com atividades;
Orientar para a atuação no planejamento e avaliação das práticas educativas;
Privilegiar a compreensão da diversidade cultural e da complexidade organizacional da
sociedade.
A educação é problematizada por vários autores, mas, Machava (2015), serviu do nosso suporte
teórico para melhor abordagem deste assunto. A Estrutura Curricular abordam-se as áreas
Curriculares sobre as quais já me alonguei em páginas anteriores, designadamente, quando me
referi ao lugar comparativo que a História e a Geografia ocupam na respectiva Área de
Comunicação e Ciências Sociais no processo de ensino aprendizagem.
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2.Estrutura dos programas das Ciências Sociais
A disciplina de Ciências Sociais tenha sido concebida partindo, apenas, do pressuposto de
“junção” das disciplinas de História e Geografia do antigo currículo, por um lado.
Na linha de Bolacha (2013), por sua vez, diz que a educação é um processo que vai influenciar
o modo de ser, de pensar, de sentir e agir. Ela não é repetição de algumas informações
estruturadas num manual. A educação fundamenta-se na aquisição de estratégias,
conhecimentos, valores, habilidades que nos tornam mais humanos, cidadãos ativos de uma
sociedade complexa.
2.1.A Educação
A educação é um meio pelo qual a sociedade prepara os cidadãos para garantir a sua
continuidade e o seu desenvolvimento. Trata-se de um processo dinâmico que busca as
melhores estratégias para responder aos desafios que a sociedade impõe. No caso concreto da
sociedade moçambicana, a educação deve estar preparada para formar cidadãos capazes de
viver com as mudanças
2.1.1.Estrutura Curricular
O currículo do Ensino Primário organiza-se em três áreas de estudo, nomeadamente:
Seguindo a orientação das Diretrizes Curriculares propostas para de ensino de Ciências Sociais,
a estrutura curricular do curso é organizada em três eixos de formação:
a) Dimensão epistemológica
b) Dimensão profissionalizante.
A Lei nº 18/2018, de 28 de Dezembro, estende a Educação Básica para nove (9) classes e esta
“confere competências fundamentais à criança, jovens e adultos para o exercício da cidadania,
fornecendo-lhes conhecimento geral sobre o mundo que os rodeia e os meios para progredir no
trabalho e aprendizagem ao longo da vida”.
De acordo com esta Lei, a Educação Básica compreende o Ensino Primário da (1ª á 6ª classe)
e o 1º Ciclo do Ensino Secundário da (7ª á 9ª classe).
Cíclo, de 1ª a 3ª classe;
Cíclo, de 4ª a 6ª classe.
Neste contexto, entende-se como ensino de qualidade, na escola primária, aquele que contribui
para o desenvolvimento de práticas apoiadas na mobilização de um conjunto de saberes,
habilidades e valores, transformando-os em acção.
Os alunos aprendem a saber ser, saber relacionar-se, saber comunicar, saber partilhar, numa
perspectiva de desenvolvimento pessoal. As competências que o graduado da escola primária
deve desenvolver estão escalonadas em sete áreas, a saber:
Linguagem e comunicação;
Saber científico, técnico e tecnológico;
Raciocínio e resolução de problemas;
Relacionamento interpessoal;
Desenvolvimento pessoal e autonomia;
Bem-estar, saúde e ambiente;
Sensibilidade estética e artística.
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2.3.Estrutura e organização do currículo
O currículo do Ensino Primário organiza-se em três áreas de estudo, nomeadamente:
Comunicação e Ciências Sociais;
d) Línguas Moçambicanas
São as línguas faladas pela maior parte dos alunos, quando ingressa na escola. Estas são
maioritariamente de origem Bantu e a sua utilização na escola tem por objectivo permitir que
os alunos desenvolvam as competências linguísticas que já possuem para a iniciação à leitura e
escrita, desenvolver outras habilidades e assegurar a valorização dos conhecimentos e da cultura
que estas línguas veiculam.
As Línguas Moçambicanas são utilizadas nas escolas, no contexto do ensino bilingue que, de
acordo com a Lei 18/2018 de 28 de Dezembro, é ministrado “… em uma língua moçambicana,
incluindo a língua de sinais e em Língua Portuguesa”. Nas classes iniciais do ensino primário,
as línguas moçambicanas são um meio de ensino e disciplina curricular.
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Esta área é constituída pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Línguas Moçambicanas, Língua
de Sinais de Moçambique e Ciências Sociais. a) Língua Portuguesa É a língua oficial, de
unidade nacional em Moçambique, falada em quase toda a extensão do país, na Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa e em outras partes do mundo. Ela constitui um instrumento de
comunicação, de acesso à ciência e de intercâmbio social e cultural.
g) Ciências Sociais
Esta disciplina contribui para que o aluno conheça os seus direitos e deveres, respeite os direitos
e crenças dos outros e manifeste atitudes de solidariedade de tolerância ee financeira e de
cidadania responsável.
2.3.1.Regime de 2 Turnos
01 Língua Portuguesa 16 16 16 12 9 9
02 Matemática 10 10 10 8 8 8
03 Ciências Sociais
04 Ciências Naturais
06 Educação Física 2 2 2 2 2 2
Total 28 28 28 30 30 30
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2.3.2.Objetivos Gerais de Ciências Sociais
São chamados mediatos, porque só se conseguem alcançar a longo prazo.Sempre são
formulados visando o que se espera que seja aprendido ao término de um conteúdo ou unidade
temática programática.
O objectivo das Ciências Sociais é estudar, analisar e interpretar as ações dos seres humanos
quando estes interagem com a sociedade.
Por exemplo, os objectivos referidos num plano de curso de uma disciplina poderão ser
formulados da seguinte maneira: “Compreender o ensino de história como sendo importante
para o exercício da cidadania; ou poderia se dizer: conhecer a história como conhecimento
passado que facilita a compreensão do futuro.
São também chamados de imediatos, porque são muito pontuais em relação aos conteúdos
trabalhados aula por aula.
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Fornecer instrumentos para que os estudantes possam estabelecer relações entre a
pesquisa e a prática social;
Garantir oportunidades efetivas para o aprendizado de competências fundamentais para
o futuro exercício profissional dos alunos;
Promover a reflexão sistemática sobre o conhecimento adquirido através de
experiências práticas em conexão com conteúdos teóricos;
Promover a articulação entre as disciplinas, as linhas e os núcleos de pesquisa, as áreas
de formação e os projetos de extensão desenvolvidos pelos departamentos que atuam
no curso;
Conciliar a autonomia dos estudantes na composição de seu currículo com uma oferta
mais estruturada de disciplinas no sentido de concentração de esforços formativos;
Permitir e estimular o conhecimento sobre as possibilidades de inserção profissional e
identificação de novos campos de atuação.
As Ciências Sociais vão estudar as engrenagens que movem a sociedade desde os tempos
antigos até o contexto atual, abordando os agentes que foram modificando a sociedade ao longo
da história e moldando as relações humanas que conhecemos hoje.
Nas zonas libertadas um slogan da FRELIMO era educar ao homem para ganhar a
Guerra, criar nova sociedade e desenvolver o país; A novidade foi de ''criação de novas
A colonização portuguesa empreendida de modo sistemático a partir dos anos finais do século
XIX, teve como princípio ideológico norteador a civilização da população africana.
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Às disciplinas da Área de Ciências Sociais o PCESG atribui a missão de se orientar “para o
desenvolvimento de competências gerais relevantes para a vida (MOÇAMBIQUE/MEC/Inde,
2007, p. 41). 11
Preparação da criança para vida social, isto para os não indígenas, «Formar indígenas a
consciência de cidadão português e prepará-lo para a luta da vida, tornando-se mais útil à
sociedade e a si próprio. Nacionalizar o indígena das colónias, difundindo entre eles a língua e
os costumes portugueses» (Idem). Colonizar as culturas ditas tradicionais e substituí-las com
as modernas, formar os moçambicanos em verdadeiros portugueses, formar bons trabalhadores
agrícolas e artífices que viriam garantir rendibilidade da economia colonial.
Ao longo deste período, o sistema educativo sofreu várias reformas que tinham em vista
adequar a formação dos moçambicanos aos contextos sócio-políticos, económicos e
culturais, marcado pelo alcance da Independência, em 1975. Neste período, destacam-se como
principais marcos: o surgimento da lei 4/83; da lei 6/92; e da Lei 18/2028.
Antes do Sistema Nacional de Educação (1975–1982).
Segundo Uaciquete (2010), com a obtenção da independência do país em 1975, Moçambique
se deparou com uma estrutura patrimonial do sistema colonial, tanto material como humana,
assim como, também, com uma educação que foi implementada nas zonas libertadas.
De acordo com Departamento de Educação e Cultura (DEC), em 1973, Samora Machel afirma
que a educação deveria preparar os moçambicanos para assumirem a nova sociedade e as suas
exigências.
A educação, em 1981 ocorreram às primeiras iniciativas tomadas para uma planificação a nível
nacional, isto aconteceu devido à aprovação dos princípios e objectivos gerais de sistema
nacional de educação. As normas da política da educação concentravam-se na democratização
do ensino e na sua articulação com as políticas do desenvolvimento nacional e foi reafirmada a
importância da educação para o progresso econômico e social, onde alguns objetivos foram
estabelecidos, tais como:
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Inserir a obrigatoriedade da escola consoante o desenvolvimento do país, como sendo
o fator de garantir a educação básica para os jovens de Moçambique;
Formar os professores profissionalmente conscientes e educadores, com uma nova e
vasta organização política, ideológica, pedagógica e científica com capacidade de
educar outras pessoas através dos conceitos socialistas;
Formar especialistas bem qualificados para possibilitar o desenvolvimento científico
consoante o que o país necessita.
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3.Conclusão
Diante do exposto acima podemos conclui-se que as ciências sociais visa actualizar os
professores em exercício, capacitando-os permanentemente, para o sucesso do processo de
ensino-aprendizagem. Com efeito, é imprescindível que o professor adquira conhecimentos
científicos e pedagógicos, necessários para o exercício da docência e seja preparado para uma
atitude de análise crítica e sistemática da prática pedagógica, dos resultados obtidos, de modo
a permitir uma contínua inovação pedagógica adequada às necessidades dos alunos e da
sociedade em geral.
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4. Referências bibliográficas
1. MINED (2018). Educação Básica em Moçambique: Situação actual e Perspectivas.
Maputo;
6. BR nº 19, I série (1992). Lei 6/92 de 6 de Maio: Sistema Nacional de Educação. Imprensa
Nacional - Maputo.
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