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EBOOK

Didática do
Ensino Superior
ESTRATÉGIAS DE ENSINO EFICAZES
PARA O ENSINO SUPERIOR
Sumário

2
UNIDADE

INTRODUÇÃO
1 UNIVERSIDADE: PARA QUÊ SERVE O ENSINO SUPERIOR?
6

2 A DIDÁTICA NO ENSINO SUPERIOR


11

3 DOCÊNCIA E APRENDIZAGEM NO CENÁRIO CAPITALISTA


15
ESTRATÉGIAS DE
ENSINO EFICAZES
PARA O ENSINO
SUPERIOR
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, abordaremos as táticas de ensino que se mostraram bem-sucedidas
no contexto universitário. Analisaremos o tema desta seção para obter uma ideia do
que será discutido mais adiante neste conteúdo. Qual será a lista de estratégias que
esta seção apresentará? A figura a seguir pode fornecer algumas pistas.

FIGURA 1 – ESTRATÉGIA E XADREZ


FONTE: Pixabay (2023). https://pixabay.com/pt/photos/estrat%c3%a9gia-xadrez-jogo-de-
tabuleiro-1080527/
#PraTodosVerem: um homem realiza uma jogada de xadrez.

O que você vê na figura anterior? Você conhece o jogo de xadrez? Ao analisar a ima-
gem, podemos observar um indivíduo executando uma jogada em um dos jogos
mais conhecidos por exigir habilidades estratégicas. Você entende como o termo
“enxadrista” pode ser utilizado como sinônimo de uma pessoa que age com estra-
tégia? É sobre isso que discutiremos nesta unidade. Então, o que seria estratégia
para você? Quais tipos de estratégias você considera válidas e efetivas na atuação
docente no ensino superior?
Começamos nossa discussão entendendo a relevância das universidades e da edu-
cação superior na sociedade. No primeiro tópico deste material, estudaremos sobre
a finalidade do ensino superior, destacando a importância de situar a influência e a
necessidade do treinamento nesse nível em um contexto social e histórico.
Abordaremos organização do ensino superior, diferenciando-a da educação básica,
já preconizada em nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e,
também, apresentaremos um retrato sobre a forma como os estudantes matricula-
dos em nosso país têm acessado o ensino superior, a partir de pesquisas realizadas
pelo Ministério da Educação (MEC), e, além disso, também definiremos os tipos de
formação presentes no sistema brasileiro, bem como as áreas de atuação.
No segundo tópico, entenderemos como a didática pode contribuir para a rela-
ção entre ensino e ensino superior. Conheceremos alguns autores que abordam
a importância da formação de professores e da formação continuada para o de-
senvolvimento do pensamento crítico e do trabalho em equipe. Finalizaremos esta
segunda seção abordando a importância de políticas públicas pautadas na forma-
ção de professores e na progressão de carreira que estimulem a continuidade dos
estudos pelos docentes ao longo de sua vida, melhorando, assim, a qualidade da
educação ofertada.
No terceiro tópico desta unidade, trataremos das reflexões sobre o funcionamento
das universidades no cenário de acumulação capitalista. Entenderemos como esse
cenário tem influenciado a tomada de decisões governamentais, a fim de pautar
as avaliações educacionais estruturadas e observadas a partir de dados quantitati-
vos que estimulam o produtivismo acadêmico, incorrendo em um sistema de pre-
carização da educação superior no país. É importante que as universidades sejam
valorizadas por suas capacidades de impulsionar o desenvolvimento econômico e
social do país. No entanto, para isso, é necessário definir objetivos claros e limitar a
implementação de políticas neoliberais que visam privatizar a educação e explorar
excessivamente os professores.
1 UNIVERSIDADE: PARA QUÊ
SERVE O ENSINO SUPERIOR?
É um prazer tê-lo conosco neste tópico. Apresentamos para você algumas orien-
tações essenciais sobre como a educação superior deve ser estruturada e operada.
Primeiramente, é importante destacar que a nossa Constituição Federal garante o
direito à educação como um direito social aplicável para todas as pessoas. Acredita-
-se que, por meio da educação, é possível buscar um futuro com maior qualidade
de vida. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece as normas para
o funcionamento da educação em nosso país, enfatizando a importância do estu-
dante no processo educacional. É dever da família e do Estado promover o acesso
e a vinculação às unidades escolares. O Ministério da Educação (MEC) foi criado em
1930, proporcionando uma série de reformas, dentre elas, a publicação da primeira
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), após 13 anos de intensos de-
bates no período entre 1948 e 1961.
Muitas modificações foram promovidas a partir da publicação da primeira LDB, com
a promoção da separação entre Estado e Igreja, a Reforma Universitária que, em
1968 determinou a adoção dos ensinos público e privado no país, o ensino obriga-
tório para crianças entre 7 e 14 anos em 1971 e a inclusão das creches e pré-escolas,
formação continuada aos professores, a criação de um fundo para o financiamen-
to da Educação Básica, dentre outras medidas que foram implementadas a partir
da publicação de nossa LDB mais recente (BRASIL, 1996). A seguir, destacamos as
premissas apresentadas pela LDB acerca do estímulo à educação (BRASIL, 1996,
on-line):

estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do


pensamento reflexivo;
formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, que sejam ap-
tos para trabalhar em setores profissionais e atuar no desenvolvimento da
sociedade brasileira continuamente;
incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o de-
senvolver a ciência e a tecnologia, bem como incentivar a criação e difu-
são dos estudos sobre entendimento do homem e do meio em que vive;
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem o patrimônio da humanidade e a comunicação do saber
por meio do ensino, de publicações ou por meio de outras formas de co-
municação;
suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional,
além de possibilitar concretização desse aperfeiçoamento, integrando os
conhecimentos que vão sendo adquiridos em uma estrutura intelectual
sistematizadora do conhecimento de cada geração;
estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em parti-
cular, os problemas nacionais e regionais; prestar serviços
especializados à comunidade e estabelecer com ela uma relação de reci-
procidade;
promover a extensão, aberta à participação da população, visando a difu-
são das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pes-
quisa científica e tecnológica geradas na instituição;
atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação bási-
ca, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de
pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão
que aproximem os dois níveis escolares.

SAIBA MAIS
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional visa regularizar e sistematizar o
ensino no país, e está diretamente relacionada à nossa Constituição Federal. Atu-
almente, nós nos encontramos na terceira versão de nossa LDB, de modo que sua
primeira versão foi publicada em 1961, a segunda em 1971, e a terceira em 1996.

A educação básica constitui a Educação Infantil e os Ensinos Fundamental e Médio.


Por conseguinte, a Educação Superior se volta para o aperfeiçoamento das compe-
tências necessárias no mundo do trabalho e da pesquisa, relativos à uma cultura da
transformação que trabalha valores e atitudes práticas. Conforme já abordamos em
nossa primeira unidade, as universidades se desenvolvem a partir de atividades de
ensino, pesquisa e extensão. É importante salientar que essas atividades são pro-
postas, acompanhadas e avaliadas. Uma das mais importantes avaliações do Ensi-
no Superior no país é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade).
Na última avaliação do Enade, divulgada em 2021, foram avaliadas trinta áreas do
conhecimento, a partir de 492.461 inscrições. Essas inscrições se dividiram em Li-
cenciaturas (74%), Bacharelado (19%) e Tecnólogo (7%). Dentre os estudantes parti-
cipantes, “a maioria dos participantes são mulheres, têm mais do que 24 anos, são
solteiros, os pais não têm ensino superior, tem renda até 3 salários mínimos e traba-
lham mais de 20 horas semanais” (BRASIL, 2021, p. 20). Além disso, mais da metade
dos concluintes que prestaram o exame estudaram em cursos à distância (52%),
conciliando o trabalho e o estudo durante a realização dos estudos superiores (70%).
A seguir, indicamos o percentual de cursos por faixa na avaliação de 2021, conside-
rando que a nota cinco é a nota mais alta alcançada no exame.
FIGURA 2 – CURSOS POR FAIXA DO CONCEITO ENADE 2021
FONTE: Brasil (2022, p. 70).
#ParaTodosVerem: imagem de um gráfico que mostra os conceitos dos cursos do Enade 2021:
os conceitos variam de 1 até 5.

Algumas distinções ainda merecem destaque: as instituições que ofertam o ensino


superior em nosso país são classificadas em públicas (federais, estaduais e muni-
cipais) e privadas (comunitárias, confessionais, filantrópicas, dentre outras). O fun-
cionamento de cursos em ambos os segmentos está condicionado à aprovação
do MEC. Os estudos universitários são comprovados pela conclusão dos cursos de
graduação, que têm duração média de quatro a cinco anos e fornecem uma com-
binação de conhecimentos teóricos e práticos.

ATENÇÃO
Atualmente, é possível ingressar no ensino superior por meio de vestibular,
Enem e Sisu.

Os cursos de bacharelado visam formar pesquisadores e profissionais para atuação


no mercado de trabalho, enquanto as licenciaturas oferecem formação para o exer-
cício do magistério nos Ensinos Fundamental e Médio. Já os cursos tecnológicos,
embora tenham uma duração menor em comparação às licenciaturas e aos bacha-
relados, também conferem uma formação superior.
PÓS-GRADUAÇÃO
LATO SENSU

Abordando os próximos passos, após


os estudos superiores, temos as es-
pecializações, que se caracterizam
por serem cursos de pós-graduação
lato sensu. Em geral, esses cursos
possuem carga horária mínima de
360 horas, e são atestados a partir de
certificados, e não de diplomas.

PÓS-GRADUAÇÃO
STRICTO SENSU

Há, ainda, os mestrados e os doutora-


dos, cursos de pós-graduação stricto
sensu. Ambos são voltados para ativi-
dades de pesquisa para aqueles que FIGURA 3 – ORGANIZAÇÃO DO ENSINO
desejam seguir a carreira docente. SUPERIOR NO BRASIL
FONTE: elaborada pela autora (2023).
#PraTodosVerem: três quadros com
descrições que levam em consideração os
níveis acadêmicos disponíveis no Brasil:
Os mestrados possuem duração mé-
graduação, especialização e pós-graduação.
dia de 24 meses, e os doutorados du-
ram 48 meses. Nesses cursos, é preciso
A cada ano, são titulados muitos jovens
apresentar uma proposta de pesquisa
no país, sobretudo, nos cursos de mes-
pautada na temática de pesquisa do
trado e doutorado. No gráfico a seguir,
candidato ou em algum fator de inte-
indicamos a evolução entre titulados
resse da área, além disso, é necessá-
nos cursos de mestrado profissional e
rio que o cursista apresente sua prova
acadêmico, e doutorado, entre 1998 e
de proficiência em língua estrangeira
2020.
(duas línguas, no caso da seleção para
o doutorado), além de passar por uma
entrevista com uma banca sobre as in-
tenções de pesquisa do candidato.
Abaixo estão as informações detalha-
das sobre os níveis que compõem a or-
ganização do ensino superior no país:
FIGURA 4 – MESTRADO ACADÊMICO E PROFISSIONAL, E DOUTORADO: TITULADOS (1998-
2020)
FONTE: Inep (2023, adaptada).
#ParaTodosVerem: número de titulados em mestrado acadêmico e profissional e doutorado
entre 1998 e 2020.

No gráfico anterior, a diferença entre as categorias profissional e acadêmico, que


apresenta mestrados acadêmicos e profissionais divididos por titulação, correspon-
de a:

CATEGORIA ACADÊMICO

O curso forma um professor e um pesquisador da área.

CATEGORIA PROFISSIONAL

Enfoca na qualificação profissional e na prática da área em um nível mais téc-


nico.

Embora haja uma diferença de foco entre as categorias, não há impedimento para
que os estudantes de mestrado profissional que possuem formação acadêmica
possam se dedicar à pesquisa e iniciar um doutorado após a conclusão do mestra-
do. Além disso, é importante destacar que as carreiras do Ensino Superior são orga-
nizadas em diferentes blocos que contemplam as diversas áreas do conhecimento.
FIGURA 5 – CARREIRAS DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL
FONTE: elaborada pela autora (2023).
#PraTodosVerem: quadros indicativos das carreiras/áreas a partir dos quais se organiza o
ensino superior no país.

Nesse sentido, o ensino superior apresenta diferentes nuances e características, e,


por isso, pode ser considerado como um importante motor de desenvolvimento
em nosso país. Após finalizar os cursos de bacharelado, é possível se especializar e
se aprofundar na área escolhida por meio de especializações, mestrados e doutora-
dos. É crescente o número de titulados na pós-graduação stricto sensu no Brasil, e
esse crescimento se destaca pelo aumento nos investimentos em educação e pelo
desenvolvimento científico gerado por esses cursos no Brasil, que dotam nosso país
de representatividade nos cenários nacional e internacional.

2 A DIDÁTICA NO ENSINO
SUPERIOR
Até aqui, estudamos o tema da didática no Ensino Superior. Antecipamos que a
temática deve ser interpretada enquanto ciência que nos auxilia a compreender os
saberes indispensáveis para a atuação docente, que são capazes de influenciar a for-
mação de professores e impactar as ferramentas utilizadas nos processos de ensino
e aprendizagem. Ao pensarmos sobre a atuação no Ensino Superior, é relevante
trazer novamente os pilares indispensáveis para o funcionamento das universida-
des: ensino, pesquisa e extensão. Nesse sentido, na docência, esses elementos são
considerados, sobretudo, na formação de professores. Existem muitas críticas em
relação a essa formação, uma vez que alguns dos maiores problemas identificados
por estudantes em formação são dificuldades na didática.
Ao considerar a didática no Ensino Superior, estamos considerando estudantes de
cursos de graduação e pós-graduação que atuarão nas educações básica ou supe-
rior.
De acordo com Nóvoa (2009), a formação de professores deve se dar a partir do
trabalho com situações práticas e concretas que tragam inovação e potencializem
os conhecimentos. O trabalho em equipe deve ser valorizado, inclusive, na troca de
experiências entre professores mais e menos experientes. Outro ponto importante
destacado pelo autor é a capacidade de publicizar as boas experiências, a fim de
inspirar outras práticas e tornar visível seu trabalho.
Para que os docentes desenvolvam um trabalho consistente ao longo de sua atua-
ção, a formação continuada mostra-se um elemento indispensável. De acordo com
Morosini (2000, p. 12):

[...] quem é o professor universitário, no âmbito de sua formação


didática [...] parte-se do princípio de que sua competência advém
do domínio da área de conhecimento, na qual atua”. Nos cursos
de licenciatura, dentre as disciplinas específicas, uma de notório
destaque é a disciplina de Didática. Em Didática, os discentes,
futuros docentes, aprendem “técnicas” para o exercício da docência.
A Didática investiga os fundamentos, as condições e os modos de
realizar a educação mediante o ensino.

De acordo com o fragmento anterior, nos cursos de formação e nas formações con-
tinuadas, a didática é um elemento primordial e que deve ser destacado para que
os professores possam lidar de forma eficaz com as novas demandas da atualidade.
Gradativamente, novos paradigmas vão sendo quebrados e substituídos por outros
e, com a prática pedagógica, é possível que os professores atuem como verdadeiros
mediadores dos conhecimentos, compartilhando incertezas e aprendendo ao lon-
go dos processos de ensino e aprendizagem.Através da prática do diálogo, a troca
de informações é fundamental para estabelecer uma abordagem pedagógica co-
letiva e para permitir a avaliação da própria prática.
Ao longo dos momentos de aprendizagem compartilhada, de acordo com Tardif
(2002), docentes e discentes podem estabelecer parcerias válidas, com objetivos
concretos e práticos. Não basta que os saberes pedagógicos sejam desenvolvidos.
Para além deles, estão os saberes políticos, que levam em consideração análises
mais sistematizadas sobre a conjuntura social ante a conscientização das mazelas e
das dificuldades que nosso século enfrenta. Por esse motivo, a formação continuada
é considerada tão importante, uma vez que o desenvolvimento das potencialidades
docentes deve ser constante, acompanhando as mudanças e as novas perspectivas
que impactam o ensino.

SAIBA MAIS
Maurice Tardif é um importante pesquisador vinculado à Université de Montréal
(Universidade de Montreal) no Canadá, que se dedica às investigações relacio-
nadas às trajetórias docentes, profissionalização do ensino e aos movimentos de
valorização do magistério.
O principal objetivo da formação continuada é contemplar as três dimensões que
a abarcam: científica, pedagógica e pessoal. Por dimensão científica, entende-se a
busca pela compreensão sobre como o ser humano aprende e a importância da
atualização constante acerca das novas descobertas científicas. A dimensão peda-
gógica diz respeito à utilização de técnicas e metodologias capazes de melhorar as
estratégias de ensino e aprendizagem utilizadas. Por fim, a dimensão pessoal trata
dos indivíduos de suas crenças, de seus valores ou de suas atitudes, e faz isso a partir
de reflexões críticas e que problematizem a realidade.
A seguir, apresentamos um diagrama que resume as dimensões explicitadas ante-
riormente.

• Foco no compartilhamento de
Dimensão informações e aperfeiçoamento
científica

Dimensão • Foco nas técnicas,


pedagógica metodologias e ferramentas
de ensino e aprendizagem

Dimensão • Foco no indivíduo,


pessoal suas dificuldades,
potencialidades e
necessidades
formativas

FIGURA 6 – DIMENSÕES DA FORMAÇÃO CONTINUADA SEGUNDO TARDIF (2002)


FONTE: elaborada pela autora (2023).
#PraTodosVerem: quadros indicativos das dimensões da formação continuada descritas por
Tardif (2002).

Levamos em consideração a metodologia dialética para demonstrar que os conhe-


cimentos não são transferidos, mas construídos a partir das relações estabelecidas
entre os diferentes agentes em interação no mundo. Assim, cria-se uma nova con-
cepção para o que se entende enquanto indivíduo e também enquanto conheci-
mento, já que o ser humano passa a ser considerado um ser ativo por meio de suas
relações.
Os conhecimentos produzidos pelos indivíduos não são inventados, pois são frutos
de suas relações, suas experimentações, seus diálogos, entre outros elementos. Por
esse motivo, torna-se essencial o entendimento da didática como a área que busca
de todas as formas possíveis ensinar algo a alguém, considerando, inclusive, exem-
plos práticos que se aproximem da realidade dos indivíduos.

NA PRÁTICA
Como você deve ter percebido, as três dimensões da formação continuada
são muito importantes. Destacamos, sobretudo, a dimensão pessoal. Não é
possível que haja uma relação de respeito entre docentes e discentes se um
discente for interpretado por seu professor como incapaz de aprender, por
exemplo. De acordo com a dimensão pessoal, é imprescindível que os docen-
tes compreendam os contextos da vida dos estudantes e passem a considerar
suas histórias e suas experiências na redefinição de sua prática docente.
Chamamos a atenção para o cuidado Aperfeiçoamo-nos ao longo de toda
que o poder público deveria ter com a uma vida. Logicamente, o cenário no
formação em nível superior, sobretudo, qual nos encontramos impacta a for-
com as dimensões que abarcam esses ma como o docente atua, e é sobre isso
níveis: ensino, pesquisa e extensão. En- que falaremos na próxima seção, ao
tende-se, portanto, que a falta de des- abordar a docência e a aprendizagem
tinação de recursos, em muitos casos, no cenário capitalista, refletindo sobre
está relacionada a uma crença errônea os efeitos do capitalismo no contexto
de que o Ensino Superior não necessi- atual.
taria de tantos investimentos como na
educação básica, uma vez que no En-
sino Superior o corpo discente é com-
posto por adultos.
Em comparação aos adultos, as crian-
ças e os adolescentes demandam
maior atenção e dedicação do corpo
discente, além de demandar os investi-
mentos públicos de acordo com a fina-
lidade educativa. Não cabe estabelecer
um juízo de valor entre a educação bá-
sica e a educação superior. Ambas são
importantes e contemplam diferentes
fases de desenvolvimento humano, ca-
recendo, cada uma a seu modo, de de-
dicação e cuidado.
Como é possível visualizar ao longo
desta seção, é preciso que os educado-
res observem uma série de elementos
que os façam aperfeiçoar a dimensão
pedagógica, contribuindo com uma
aprendizagem mais efetiva e subs-
tancial. A atividade de ensinar envolve,
acima de tudo, a consciência de que o
aprendizado deve ser contínuo. É im-
portante buscar novas abordagens
para o processo de ensino e aprendiza-
gem constantemente, refletindo sobre
seus resultados na prática docente.
A universidade apenas abre as portas
para o início de nossas aprendizagens
quando iniciamos um curso. Contudo,
nossa formação não termina ao final de
um bacharelado ou de uma licenciatu-
ra.
3 DOCÊNCIA E APRENDIZAGEM
NO CENÁRIO CAPITALISTA
Conforme debatemos ao longo deste material, é notório que a educação superior
se expandiu a partir da intensificação do capitalismo no mundo com as institui-
ções de ensino superior privadas. A capitalização da sociedade faz com que passe-
mos a viver em uma realidade na qual a velocidade tem tônica constante, o capital
tem centralidade e as pessoas são facilmente substituídas. Por esse motivo, um dos
meios que se tem prezado para assegurar a qualidade do ensino ofertado é a qua-
lificação do corpo docente, que deve estar cada vez mais capacitado. Ao longo do
tempo, passamos a vivenciar um ensino compartimentado, fruto da superespecia-
lização dos conhecimentos, algo que tem sido combatido em prol da construção
plural e coletiva de saberes.
Em uma sociedade cada vez mais competitiva, é inegável que a formação busca,
em grande parte, atender às exigências do mercado, e isso impacta a atuação do-
cente, que deve instrumentalizar seus alunos para atuarem na sociedade. De acor-
do com Maués (2010), a atuação docente vem se reconfigurando desde meados de
1990, chegando à configuração atual, que entende que a educação está relacionada
ao desenvolvimento econômico dos países.
No Ensino Superior, essa responsabilidade se intensifica, já que esse nível de ensi-
no e as universidades são essenciais para os desenvolvimentos econômico e social,
considerando o avanço da ciência, o uso e o desenvolvimento de novas tecnologias,
e o destaque internacional. Conforme o fragmento a seguir aponta, hoje, a educa-
ção busca atender às exigências do mercado:

As recomendações emanadas de organismos internacionais (BM,


1994, OCDE, 2008) têm apontado para a adaptação dos sistemas
educacionais, sobretudo os de nível superior, às exigências do
mercado, colocando as universidades a serviço das empresas.
Nessa lógica de vinculação da educação ao mercado, o papel e as
funções das universidades passam a ser questionados e surgem
novas propostas que orientam as reformas desse nível de ensino.
Nesse contexto, o trabalho docente também é alvo das mudanças
e esse profissional passa por uma metamorfose que o distancia das
tradicionais funções pelas quais era responsável (MAUÉS, 2010, p.
142).

Ao mesmo tempo, o capitalismo também “invade” as práticas tipicamente acadê-


micas, interferindo nas identidades dos docentes. Para Maués (2010), a docência
passa por um processo que leva ao esgotamento típico do modelo taylorista-fordis-
ta-keynesiano.
Para se manterem na carreira, os professores necessitam se adaptar às regras de
produção científica, ao aumento das atividades de ensino, pesquisa e extensão, e à
busca por financiamento, que acabam por precarizar seu trabalho. De acordo com
Maués (2010) “a precarização do trabalho na Universidade vem aumentando. Os
contratos temporários, o número significativo de substitutos têm contribuído para
a intensificação do trabalho docente, exigindo deste a mais valia absoluta e relativa,
acirrando a competitividade e estimulando o aparecimento de ilhas de excelência”
(MAUÉS, 2010, p. 152).
Você consegue imaginar como o capitalismo e seus preceitos adentram as univer-
sidades? Conforme a figura a seguir, os docentes e os discentes passam a ser medi-
dos a partir de métricas quantitativas de resultado. Podemos comparar a produção
científica com o processo de acumulação de capital financeiro e suas operações
em bolsas de valores, por exemplo. Quanto mais se acumula capitais valorizados no
campo de atuação, maior será o prestígio e os benefícios recebidos pelos agentes
detentores dessa espécie de poder.

FIGURA 7 – CAPITALISMO ACADÊMICO


FONTE: Pixabay (2023). https://pixabay.com/pt/photos/empreendedor-id%c3%a9ia-
compet%c3%aancia-1340649/
#PraTodosVerem: seta apontando para cima com uma série de números ao fundo.

A capitalização da educação superior é determinada por índices de desempenho


que criam parâmetros capazes de premiar e também punir.
A Capes, agência governamental já citada neste material, é um dos órgãos que pos-
suem essa alcunha por aplicarem avaliações capazes de determinar financiamen-
tos a partir da distribuição de notas aos programas de pós-graduação brasileiros.
O produtivismo tem adentrado nas universidades modificando a cultura acadê-
mica e gerando competitividade e diminuindo o rigor da atuação docente. Outros
fatores corroboram esse quadro, como o número exacerbado de alunos nas salas de
aula, as limitações tecnológicas, o déficit mental de professores e estudantes como
resposta às demandas enfrentadas na atualidade, entre outros.

ENTENDA O CONCEITO
A cultura acadêmica é uma expressão que designa as práticas típicas do ambien-
te acadêmico, realizadas por discentes e docentes. Cada ambiente social deman-
da conhecimentos específicos para que os indivíduos lidem e transitem nele. Nas
universidades diversas, são as atividades que compõem a cultura acadêmica,
como a participação nas aulas, a realização de atividades nas disciplinas, a parti-
cipação em eventos acadêmicos, e a escrita do trabalho de conclusão de curso,
entre outras.

A partir da pressão pela produção científica exacerbada, o aumento da produção de


referências aligeiradas repercute na ‘supervalorização da produtividade’, em contra-
posição à busca pela qualidade das pesquisas produzidas. Nas instituições, existe a
corrida por mais títulos que possam causar distinção nos currículos a partir das ava-
liações essencialmente quantitativas, resultando em transtornos psicológicos como
a Síndrome de Burnout e o assédio moral nas relações entre os pesquisadores. As
exigências influenciam a percepção de tempo e espaço, impactando a separação
entre a vida acadêmica e a vida profissional, e levando à alienação e à exaustão.

SAIBA MAIS
Você pode ler mais informações sobre a Síndrome de
Burnout e o assédio moral causados pelo produtivismo
acadêmico a partir do estudo de Zandoná, Cabral e
Sulzbach (2014), no seguinte o link.

A partir do trabalho de Minto (2011), podemos considerar que a educação como um


todo está atrelada aos interesses das classes dominantes e, por isso, a autonomia,
algo sempre buscado no desenvolvimento das universidades, é tão utópica. A Re-
volução Burguesa no Brasil deixou marcas de uma educação conservadora que
acaba por reproduzir esse ideário de acumulação capitalista e competitividade.
No Brasil, a Revolução Burguesa ocorreu entre a Abolição da Escravatura e a Pro-
clamação da República, e visou a conciliação dos interesses da oligarquia e da bur-
guesia, impactando na modificação das estruturas política e econômica de nossa
sociedade. Nesse cenário, predominaram o modelo de dominação burguês
e o conservadorismo oligárquico, elementos que dificultaram a participação demo-
crática da sociedade.

SAIBA MAIS
Para saber mais sobre a Revolução Burguesa no Brasil, indicamos a obra de
Florestan Fernandes: “A Revolução Burguesa no Brasil” (FERNANDES, 1987). A
obra foi escrita por Florestan Fernandes (1920-1995), um sociólogo brasileiro,
considerado o patrono da sociologia em nosso país. Florestan é reconhecido
como um dos intelectuais mais influentes do século XX.

É evidente que o capitalismo também está relacionado à miséria e à desigualdade.


Nesse sentido, deve-se atentar para a forma como os docentes vêm se manifestan-
do ante tal realidade. “O tipo de intelectual predominante hoje é o do acadêmico
produtivista e alheio às lutas sociais, as quais são consideradas antiquadas, porque
despropositadas ou ineficazes, e/ou radicais, porque extrapolam o bom comporta-
mento acadêmico” (MINTO, 2011, p. 282).
A partir dos aspectos levantados nesta unidade, entendemos que as universida-
des se desenvolvem a partir de processos complexos e gradativos influenciados por
diferentes elementos internos e externos. Reconhecer a importância da educação
superior é, também, contribuir para o avanço da formação nesse nível e, por isso,
compreender como funcionam as universidades é de suma importância no enten-
dimento da didática do Ensino Superior.

VÍDEO
Vamos reforçar os conteúdos estudados nesta
unidade?

Vamos aproveitar para responder a algumas questões sobre os conteúdos


abordados nesta unidade?
AUTOATIVIDADES
1 - Na última avaliação do Enade, di- d) O público predominante no ensino
vulgada em 2021, foram avaliadas superior brasileiro é masculino, advin-
trinta áreas do conhecimento, a par- do de famílias muito escolarizadas, e
tir de 492.461 inscrições. Estas di- que realiza o curso em modalidade à
vidiram-se em Licenciaturas (74%), distância ao mesmo tempo em que
Bacharelado (19%) e Tecnológico trabalham.
(7%). Dentre os estudantes partici-
pantes, “a maioria dos participantes 2 - Ao longo dos momentos de
são mulheres, têm mais de 24 anos, aprendizagem compartilhada, de
são solteiros, os pais não têm ensino acordo com Tardif (2002), docentes e
superior, tem renda até 3 salários mí- discentes podem estabelecer parce-
nimos e trabalham mais de 20 horas rias válidas com objetivos concretos
semanais” (BRASIL, 2021, p. 20). Além e práticos. Não basta que os saberes
disso, mais da metade dos concluin- pedagógicos sejam desenvolvidos.
tes que prestaram o exame estu- Para além deles, estão os saberes
daram em cursos à distância (52%), políticos que levam em conta análi-
conciliando o trabalho e o estudo ses mais sistematizadas sobre a con-
durante a realização dos estudos su- juntura social ante à conscientização
periores (70%). das mazelas e dificuldades que nos-
so século enfrenta. Por esse motivo,
Considerando as informações apre- a formação continuada é conside-
sentadas, assinale a alternativa COR- rada tão importante, uma vez que
RETA. o desenvolvimento das potenciali-
dades docentes deve ser constante
a) O público predominante no ensino acompanhando as mudanças e as
superior brasileiro é feminino, advin- novas perspectivas que impactam o
do de famílias pouco escolarizadas e ensino.
realizando o curso em modalidade à
distância ao mesmo tempo em que Considerando as informações apre-
trabalham. sentadas, analise as afirmações a se-
b) O público predominante no ensino guir.
superior brasileiro é masculino, advin-
do de famílias pouco escolarizadas e I - O poder público deve se compro-
realizando o curso em modalidade à meter com o ensino superior, a fim
distância ao mesmo tempo em que de que os três pilares para a forma-
trabalham. ção das universidades possam con-
c) O público predominante no ensino tribuir de fato com transformações
superior brasileiro é feminino, advindo efetivas na sociedade.
de famílias pouco escolarizadas, e que II - É evidente que a falta de investi-
realiza o curso em modalidade presen- mento e de recursos, em muitos ca-
cial ao mesmo tempo em que traba- sos, está relacionada à uma crença
lham. errônea de que o ensino superior não
necessitaria de tantos investimentos
AUTOATIVIDADES
como na educação básica, uma vez que no ensino superior o corpo discente é
composto por adultos.
III - O poder público deve estabelecer um juízo de valor entre a educação bási-
ca e a educação superior, a fim de determinar quais recursos serão destinados
para cada modalidade de ensino.
É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) III, apenas.

3 - A ________________ é uma expressão que designa as práticas típicas do am-


biente acadêmico, realizadas por discentes e docentes. Cada ambiente social
demanda conhecimentos específicos para que os indivíduos lidem e transitem
nele. Nas universidades, diversas são as atividades que compõem a cultura
acadêmica como a participação nas aulas, como a realização de atividades nas
disciplinas, a participação em eventos acadêmicos, a escrita do trabalho de
conclusão de curso, dentre outras

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

a) Capitalização da educação.
b) Pós-graduação.
c) Cultura acadêmica.
d) Educação superior.
GABARITO
1 - Na última avaliação do Enade, di- d) O público predominante no ensino
vulgada em 2021, foram avaliadas superior brasileiro é masculino, advin-
trinta áreas do conhecimento, a par- do de famílias muito escolarizadas, e
tir de 492.461 inscrições. Estas di- que realiza o curso em modalidade à
vidiram-se em Licenciaturas (74%), distância ao mesmo tempo em que
Bacharelado (19%) e Tecnológico trabalham.
(7%). Dentre os estudantes partici-
pantes, “a maioria dos participantes 2 - Ao longo dos momentos de
são mulheres, têm mais de 24 anos, aprendizagem compartilhada, de
são solteiros, os pais não têm ensino acordo com Tardif (2002), docentes e
superior, tem renda até 3 salários mí- discentes podem estabelecer parce-
nimos e trabalham mais de 20 horas rias válidas com objetivos concretos
semanais” (BRASIL, 2021, p. 20). Além e práticos. Não basta que os saberes
disso, mais da metade dos concluin- pedagógicos sejam desenvolvidos.
tes que prestaram o exame estu- Para além deles, estão os saberes
daram em cursos à distância (52%), políticos que levam em conta análi-
conciliando o trabalho e o estudo ses mais sistematizadas sobre a con-
durante a realização dos estudos su- juntura social ante à conscientização
periores (70%). das mazelas e dificuldades que nos-
so século enfrenta. Por esse motivo,
Considerando as informações apre- a formação continuada é conside-
sentadas, assinale a alternativa COR- rada tão importante, uma vez que
RETA. o desenvolvimento das potenciali-
dades docentes deve ser constante
a) O público predominante no ensino acompanhando as mudanças e as
superior brasileiro é feminino, advin- novas perspectivas que impactam o
do de famílias pouco escolarizadas e ensino.
realizando o curso em modalidade à
distância ao mesmo tempo em que Considerando as informações apre-
trabalham. sentadas, analise as afirmações a se-
b) O público predominante no ensino guir.
superior brasileiro é masculino, advin-
do de famílias pouco escolarizadas e I - O poder público deve se compro-
realizando o curso em modalidade à meter com o ensino superior, a fim
distância ao mesmo tempo em que de que os três pilares para a forma-
trabalham. ção das universidades possam con-
c) O público predominante no ensino tribuir de fato com transformações
superior brasileiro é feminino, advindo efetivas na sociedade.
de famílias pouco escolarizadas, e que II - É evidente que a falta de investi-
realiza o curso em modalidade presen- mento e de recursos, em muitos ca-
cial ao mesmo tempo em que traba- sos, está relacionada à uma crença
lham. errônea de que o ensino superior não
necessitaria de tantos investimentos
GABARITO
como na educação básica, uma vez que no ensino superior o corpo discente é
composto por adultos.
III - O poder público deve estabelecer um juízo de valor entre a educação bási-
ca e a educação superior, a fim de determinar quais recursos serão destinados
para cada modalidade de ensino.
É correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) III, apenas.

3 - A ________________ é uma expressão que designa as práticas típicas do am-


biente acadêmico, realizadas por discentes e docentes. Cada ambiente social
demanda conhecimentos específicos para que os indivíduos lidem e transitem
nele. Nas universidades, diversas são as atividades que compõem a cultura
acadêmica como a participação nas aulas, como a realização de atividades nas
disciplinas, a participação em eventos acadêmicos, a escrita do trabalho de
conclusão de curso, dentre outras

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

a) Capitalização da educação.
b) Pós-graduação.
c) Cultura acadêmica.
d) Educação superior.
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de
1988. Brasília, DF: Presidência da República, [2020]. Disponível em: http://www.pla-
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da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, [2009]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 25 fev. 2023.

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matriculados e titulados nos cursos de mestrado e doutorado, ao final do ano, por
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mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/indicadores/paginas/recursos-humanos/paginas/
indicadores-sobre-o-ensino-de-pos-graduacao/3-5-2-brasil-alunos-matriculados-
-e-titulados-nos-cursos-de-mestrado-e-doutorado-ao-final-do-ano-por-grande-a-
rea-1998-2020. Acesso em: 27 fev. 2023.

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ção. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, 2000.

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ZANDONÁ, C.; CABRAL, F. B.; SULZBACH, C. C. Produtivismo acadêmico, prazer e


sofrimento: um estudo bibliográfico. PERSPECTIVA, Erechim. v. 38, n.144, p. 121-130.
2014. Disponível em: https://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/144_457.pdf.
Acesso em: 20 mar. 2023.
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