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Gordinho Salvador Pihale

Sistemas de Educação

Cadeira de Estudos Contemporâneos em Educação

Curso de Licenciatura em Ensino Básico

Frequência - IV Ano- II Semestre

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023

i
Gordinho Salvador Pihale

Curso de Licenciatura em Ensino Básico

Frequência: IV Ano- II Semestre

Cadeira de Estudos Contemporâneos em Educação

Sistemas de Educação

Trabalho Independente de Carácter


Avaliativo da Cadeira de Estudos
Contemporâneos em Educação, sob
orientação de Tutor: Adolfo Brides

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado,
2023
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Índice

Introdução........................................................................................................................................1
Objectivos........................................................................................................................................2
Geral................................................................................................................................................2
Específico........................................................................................................................................2
Revisão da Literatura.......................................................................................................................3
Conceito de Sistema de Educação...................................................................................................3
Diferentes Sistemas de Educação de Vários Países.........................................................................4
Sistema Educacional em Moçambique............................................................................................4
Sistema de Educacional em Angola................................................................................................5
Sistema Educacional em Malawi.....................................................................................................6
Sistema Educacional em Finlândia..................................................................................................7
Sistema Educacional em São Tomé e Príncipe................................................................................7
Educação Básica..............................................................................................................................8
A Educação Básica no Consenso das Nações..................................................................................9
Metodologia Usada para Elaboração do Trabalho.........................................................................11
Conclusão......................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas.............................................................................................................13

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1. Introdução

O presente trabalho de pesquisa científica pretende que se conheça o Sistema de Educação


Básica, na qual se diz que, ela é o nível de ensino correspondente aos primeiros anos de
educação escolar ou formal. Esta denominação corresponde, consoante o sistema educativo que o
ministra, a um conjunto específico de anos de escolaridade, correspondendo, na generalidade dos
casos, aos primeiros seis a nove anos.

Desta feita, este trabalho aborda os seguintes temas " Sistemas de educação; Diferenças os
sistemas de Educação de vários Países; A educação básica; A educação básica no consenso da
Nações", com o objectivo de reflectir sobre a pertinência da Educação Básica.

No consenso das Nações através deste trabalho, podemos entender que da educação básica é uma
oferta considerada como uma das principais prioridades para iniciar o processo de mudança
social e de desenvolvimento sustentado dos países em vias de desenvolvimento.

Para Ferreira e Ferreira (2007, p. 43-44) afirma que [...] cabe relembrar que as maneiras de
pensar e fazer a educação e a escola hoje contam com um determinante a ser destacado na
análise dessa política, que é o fato de a escola estar inserida num quadro em que prevalece o
modelo neoliberal de relação Estado-sociedade, no qual se age para que a educação básica seja
universalizada, não como um direito e uma necessidade constitutiva do homem, mas para dar
sustentação ao modelo da livre-iniciativa e às relações de competitividade. Universalização esta
que é instituída como se de natureza meramente contábil: mais alunos passando pelo sistema, por
mais algum tempo, chegando a níveis escolares mais avançados e ao menor custo possível,
independente da qualidade da formação.

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2. Objectivos

Os objectivos constituem os fins ou resultados previamente concebidos como projecto aberto e


flexível que guia a actividade do professor e dos alunos para alcançar as transformações
necessária no aluno.

2.1. Geral

 Compreender sobre os diferentes sistemas de educação

2.2. Específico

 Conceituar o termo Sistema de educação;


 Explicar sobre Diferentes Sistemas de Educação de vários Países;
 Conceituar o termo educação básica;
 Explicar sobre a educação básica no consenso da Nações.

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3. Revisão da Literatura

3.1. Conceito de Sistema de Educação

Sistema é um conjunto organizado e integrado de elementos que concorrem para o mesmo fim.
Numa abordagem educativa, diremos que:

O sistema educativo pode ser definido como um conjunto integrado de estruturas, meios e acções
diversificadas que, por iniciativa e sob a responsabilidade de diferentes instituições e entidades
públicas, particulares e cooperativas, concorrem para a realização do direito à educação num
dado contexto histórico. Manual de Estrutura e Funcionamento do Sistema Educativo -Destinado
aos alunos do Instituto Superior de Educação – revisto em Fevereiro de 2008.

Dito de outro modo, o sistema educativo vem a ser um conjunto de estruturas e instituições
educativas que, agindo umas sobre as outras de forma integrada e dinâmica, combinam os meios
e recursos disponíveis para a realização do objectivo comum que é ode garantir a realização de
um serviço educativo que corresponda, em cada momento histórico, às exigências e demandas de
uma sociedade.

A condução e a coordenação da política relativa ao sistema educativo, independentemente das


instituições que o compõem, incumbem ao ministério especialmente vocacionado para o efeito: o
ministério da educação.

Brandão (1986) afirma que educação é todo conhecimento adquirido com a vivência em
sociedade, seja ela qual for. Para ele, não existe um modelo nem uma única maneira para se
educar, uma vez que a educação ocorre a partir do momento em que se observa, entende, imita e
aprende-se. Este processo não ocorre somente dentro de uma sala de aula onde existe um
professor formado para educar. Em todos os povos, em todas as classes, a aprendizagem está
presente, de várias maneiras.
Na visão de Muniz (2002), a educação deve cultivar a moral, despertando para que o homem
tome consciência de que ela deve estar presente em todas as ações de sua vida, em todo o seu
desenvolvimento, em todo o ser e, por efeito, deixando raízes sobre o direito, que não subsiste
sem a moral.
Zacharias (2007), por sua vez, afirma que educar é construir; é libertar o homem do
determinismo, passando a reconhecer o papel da história e a questão da identidade cultural, tanto
em sua dimensão individual como social.

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Já a concepção de educação de Paulo Freire (2014) reconhece o homem como ser autônomo.
Esta autonomia está presente na definição de vocação antológica de “ser mais” que está
associada com a capacidade de transformar o mundo.

A tarefa da educação é formar para uma cultura cidadã, democrática com princípios de igualdade
para viabilizar a cidadania. A integração das tarefas e sua materialização são, então,
determinadas pelo imperativo categórico da ética.

A educação, enquanto formação de cidadãos traz a responsabilidade de situar os cidadãos como


sujeitos histórico-políticos, capazes de conscientemente operar mudanças significativas em toda
a realidade social.

A educação tem o papel de fazer com que as pessoas sejam conscientes da realidade vivida, com
o intuito de transformar para o bem comum. Por meio dos processos educativos, a pessoa
aprende a ser e a conviver de forma mais justa e humana.

O processo educacional do século XXI passou por transformações significativas. As mudanças


nos hábitos e comportamentos da sociedade, impulsionados principalmente pela ascensão dos
recursos tecnológicos, fez com que as escolas se renovassem.

3.1.1. Diferentes Sistemas de Educação de Vários Países

3.1.1.1. Sistema Educacional em Moçambique

Depois da aprovação da lei 18/2018, de 27 de Dezembro, o Ministério da Educação e


Desenvolvimento Humano foi implementando mudanças profundas no currículo, desde a 1ª a 5ª
classe.

Depois de várias fases de implementação, no ano lectivo 2022 é a vez da 6ª classe, que passa a
ser o último ano do 2º ciclo do ensino primário, ou seja, com a entrada em vigor da nova lei, a
sexta classe passa dos anteriores 3 ciclos (1ª e 2, 3ª a 5ª e 6 e 7ª classes) para apenas dois ciclos
(1ª a 3ª e 4ª a 6ª classes).

A nova Lei do Sistema Nacional de Educação introduz, entre outras alterações, a escolaridade
obrigatória da 1ª à 9ª classe, estando estas isentas, pois, do pagamento das taxas de matrículas.
As 12 classes continuam, mas a diferença é que, com o novo instrumento, cada nível de ensino
passará a ter seis classes e os alunos passam a ter possibilidade de completar o primeiro e o

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segundo ciclo do ensino primário na mesma escola, o que poderá contribuir para a redução das
desistências.

Com a entrada em vigor da nova lei do SNE, Moçambique passa a ser constituído por seis
subsistemas, nomeadamente, Educação Pré-Escolar, Educação Geral, Educação de Adultos,
Educação Profissional, Formação de Professores e Ensino Superior.

a) Estrutura do Sistema Nacional de Educação

Nos termos do artigo 6 da Lei 6/92, de 06 de Maio, o Sistema Nacional de Educação estrutura -
se em ensino pré - escolar, ensino escolar e ensino extra - escolar.

Nos termos do artigo 9 da lei 18/2018, de 28 de Dezembro, estabelece a seguinte estrutura: a)


Subsistema de Educação Pré-Escolar; b) Subsistema de Educação Geral; c) Subsistema de
Educação de Adultos; d) Educação Profissional; e) Subsistema de Educação e Formação de
Professores; f) Subsistema de Ensino Superior.

Nos termos artigo 11, da Lei 6/92 de 06 de Maio, estabelece que, ensino primário prepara os
alunos para o acesso ao ensino secundário e compreende as sete primeiras classes, subdivididas
em dois graus: a) 1.° Grau, da 1ª à 5ª classes; b) 2.° Grau, 6ª e 7ª classes.

Na mesma Lei acima citada, no seu artigo 8, preconiza que, o ensino escolar compreende: a)
Ensino geral; b) Ensino técnico - profissional; c) Ensino superior. Além do ensino ministrado nos
estabelecimentos de ensino referidos no número anterior, o ensino escolar integra também
modalidades especiais de ensino. As instituições de ensino consoante a sua propriedade são
estatais, cooperativas, comunitárias ou privadas.

3.1.1.2. Sistema de Educacional em Angola

O Sistema de Educação é laico pela sua independência de qualquer religião. A educação tem
carácter democrático pelo que, sem qualquer distinção, todos os cidadãos angolanos têm iguais
direitos no nosso acesso e na frequência aos diversos níveis de ensino e de participação na
resolução dos seus problemas.

De acordo com a Lei de Bases do Sistema de Educação-Lei nº 13/01, no seu Capítulo III,
organização do Sistema de Educação, Secção I Estrutura do Sistema de Educação, artigo 10
(Estrutura), informa que em Angola, a educação realiza-se através de um sistema unificado,

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constituído pelos seguintes subsistemas de ensino (Lei de Base do Sistema de Educação, 2001,
p.5):

a) Subsistema de educação pré-escolar;


b) Subsistema de ensino geral;
c) Subsistema de ensino técnico-profissional;
d) Subsistema de formação de professores;
e) Subsistema de educação de adultos.
f) Subsistema de educação superior; (Lei de Base do Sistema de Educação, 2001, p.5).

Desta feita, o sistema de educação passa a estruturar-se em três níveis:

a. Ensino primário;
b. Ensino secundário.
c. Ensino superior.

O novo organigrama engloba também a Educação extra-escolar - Educação especial e Educação


à distância. As alterações efectuadas pela reforma em curso residem na requalificação do ensino
secundário, dividido em dois ciclos, de quatro classes a seis classes passa o ensino primário; ou
seja, a obrigatoriedade do ensino passa ser de seis anos de escolaridade. Este prolongamento
permitiu alterar a carreira docente para o ensino primário. [...] Relativamente à 5.ª e 6.ª classes
onde as disciplinas anteriormente eram leccionadas por vários professores, tendo sempre em
atenção a formação profissional do docente, passam a ser leccionadas apenas por um docente -
monodocência. [...] Para o ensino superior, a novidade reside nos graus de mestrado e
doutoramento. (Michingi, 2013, p23-24.)

Dentre as varias mudanças promovidas pela reforma educativa em analise, nos anos ou classes
iniciais do sistema educativo, que passou então a ser designado de ensino primário unificado,
desfazendo assim a terminologia de 1º e 2º nível, que no sistema anterior representavam os seis
primeiros anos de ensino, divididos em 4 anos no primeiro, e os outros dois no segundo. Deste
modo, e segundo a LBSE (2001), o ensino primário, unificado pelas seis primeiras classes de
ensino passa a ser a estrutura basilar do ensino geral, sendo ele também a linha divisória para o
segmento a nível secundário. Este (ensino primário) por sua vez constitui o centro do presente
trabalho por ser ele que alberga quer a quinta como a sexta classes, e consequentemente a
monodocência, que é o modelo ou sistema de ensino em que na qual um único professor é o
único responsável por todas disciplinas que compõem determinadas classes, como nos é

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asseverado por (MED, apud Julião, 2019, p. 462) “a monodocência é um modelo de docência
característico da organização.

3.1.1.3. Sistema Educacional em Malawi

Malawi tem um sistema de educação 8-4-4 consistindo de escola primária (conhecido como
padrão de 1 a padrão 8), a escola secundária (conhecido como Forma 1 a 4) e ensino
universitário. A idade de entrada oficial para o ensino primário é de 6 anos. O ensino primário no
Malawi é obrigatório.

O governo estabeleceu o ensino primário gratuito para todas as crianças, em 1994, o que
aumentou as taxas de atendimento, segundo a UNICEF. Em 1994, a taxa de matrícula bruta
primária foi 133,9 por cento, e a taxa de inscrição primária líquida foi de 102,6 por cento. Em
1995, 62 por cento dos estudantes que entraram na escola primária atingiu grau dois, e 34 por
cento chegou a grau cinco. A taxa de abandono é maior entre meninas do que meninos

3.1.1.4. Sistema Educacional em Finlândia

A educação básica na Finlândia vai dos 7 aos 15 anos de idade, quando os finlandeses concluem
o ensino integral em um ciclo obrigatório de nove anos.

O sistema de educação na Finlândia funciona priorizando a educação humana para a vida em


sociedade. Na sala de aula os alunos são estimulados a interagir com os professores a fim de que
se tornem pessoas ativas no dia a dia.

Todas as escolas na Finlândia são gratuitas, embora existam escolas públicas e privadas no país,
no qual o governo financia o ensino, mesmo sendo oferecido por instituições particulares. Para
manter os alunos na escola as refeições são gratuitas e diárias.

A inclusão educacional é um dos pontos fortes do sistema finlandês, onde não há repetência e a
taxa de evasão na educação básica integral é menor que 1%. Lá, qualquer criança que não esteja
tendo um aprendizado satisfatório é vista como tendo necessidades especiais e recebe maior
suporte dos professores e da escola, que se adequa às necessidades dos alunos.

3.1.1.5. Sistema Educacional em São Tomé e Príncipe

Educação básica é formada por três etapas, educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. A
educação superior, por sua vez, abrange os cursos sequenciais, de graduação, de pós-graduação e de
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extensão. Em média, 87 % das crianças de São Tomé e Príncipe completam o Ensino Básico, 60 % o 1º
ciclo do Ensino Secundário e 29% o 2º ciclo do mesmo nível do ensino.

A análise do sistema educativo de São Tomé e Príncipe não pode desligar-se da sua história. Situado no
Golfo da Guiné, este pequeno país insular em desenvolvimento com todas as vulnerabilidades associadas
a este grupo de países, mas com importantes potencialidades agrícolas e petrolíferas descurou, desde o
início dos anos 90, o sector educativo e a formação dos seus recursos humanos.

Estrutura do Sistema de Ensino de São Tome e Príncipe

Ensino Básico 1º Ciclo 1ª a 4ª Classes

2º Ciclo 5ª a 6ª Classes

Ensino Secundário 1º Ciclo 7ª a 9ª Classes

2º Ciclo 10 a 12ª Classes

Ensino Superior Politécnico

Universitário

A primeira estrutura era muito limitativa, a 2ª continua a sê-lo, embora procure ir um pouco mais além.
Se, no caso da 1ª, o ensino obrigatório, abrangendo apenas as primeiras quatro classes, já era
condicionador do desenvolvimento do país, na prática a situação apresentou-se ainda mais preocupante
devido ausência de uma política coerente, orientada para o acesso universal a uma educação de qualidade,
conduziu à diminuição da taxa de escolaridade líquida e dos efectivos escolares logo no ensino primário
(1ª-4ª classes).

O andamento muito positivo sentido a partir de 2001 poderá não traduzir numa recuperação efectiva.
Dependendo do grupo etário de referência (por ex. 7-10 anos ou 7-14 anos) a mesma taxa poderá ter
valores bastante díspares para a mesma realidade.

3.1.2. Educação Básica

O termo educação refere à actividade oferecida pelas instituições escolares públicas e privadas e
pelas instituições não formais da sociedade. E o ensino se refere à actividade que decorre apenas
nas instituições públicas e privadas de forma sistemática e é monitorada e avaliada pelo Estado.
A Lei 18/2018 do Sistema Nacional de Educação que reorganiza a estrutura do Subsistema de
Educação Geral em 6 classes do Ensino Primário e 6 classes do Ensino Secundário e estabelece a
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educação básica gratuita e obrigatória até 9 anos de escolaridade. Para a produção do artigo,
recorreu-se a análise bibliográfica e documental e que se concluiu que o direito à educação se
assenta na igualdade e na expansão das oportunidades educativas para todos.

O artigo examina os desdobramentos da política de democratização do acesso à educação básica


e a contextualiza, analisando suas possibilidades futuras. A educação é entendida como um
processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a sua continuidade e o seu
desenvolvimento (Moçambique, 2003, p. 7) e a democratização do acesso à educação vai ser
entendida “[...] como estratégia de acesso do estudante [...] a esse nível de ensino” (Bittar;
Almeida; Veloso, 2008, p. 280), no caso em apreço, à escola básica. Nesse entendimento, a
escola “[...] assegura a todos a formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e
cidadão, possibilitando uma relação autónoma, crítica e construtiva com a cultura em suas várias
manifestações”. Nesta perspectiva, a escola básica que é o espaço onde ocorre a educação básica
(EB) “[...] mantém-se como instituição necessária à democratização da sociedade” (Libâneo,
2000, p. 7). Assim, no contexto do Sistema Nacional de Educação de Moçambique, a EB é
responsável por conferir

Competências fundamentais à criança, jovens e adultos para o


Exercício da cidadania, fornecendo-lhes conhecimento geral sobre
o mundo que os rodeia e meios para progredir no trabalho e na
aprendizagem ao longo da vida (Moçambique, 2018a, p.
20).

De acordo com Declaração Mundial sobre Educação para Todos (Jomtien, 1990). Enfatiza que a
educação básica é mais do que uma finalidade em si mesma. Ela é a base para a aprendizagem e
o desenvolvimento humano permanentes, sobre a qual os países podem construir,
sistematicamente, níveis e tipos mais adiantados de educação e capacitação.

3.1.3. A Educação Básica no Consenso das Nações

A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada no seio da UNICEF e da


Assembleia Geral das Nações Unidas em 1989, estabelece a educação básica como um dos
direitos inalienáveis das crianças, estabelecendo os padrões mínimos a que deve obedecer.

Segundo a cimeira da Declaração Mundial Sobre Educação Para Todos (Jomtien, Tailândia - 5 a
9 de março de 1990), diz que, a educação básica é mais do que uma finalidade em si mesma. Ela
é a base para a aprendizagem e o desenvolvimento humano permanentes, sobre a qual os países
podem construir, sistematicamente, níveis e tipos mais adiantados de educação e capacitação.

9
A oferta da educação básica universal é considerada como uma das principais prioridades para
iniciar o processo de mudança social e de desenvolvimento sustentado dos países em vias de
desenvolvimento, sendo por isso o objectivo do programa Educação para Todos (Education For
All) patrocinado pela UNESCO.

Múltiplos estudos provam que a expansão da educação básica se repercute diretamente na


melhoria dos padrões de saúde pública, na demografia e na economia. Outros benefícios da
escolarização, embora mais difíceis de medir, são a melhoria da governança e da estabilidade
política, resultando em geral, mas nem sempre, na criação de condições propícias ao
desenvolvimento de democracias representativas e na melhoria acentuada do respeito pelos
direitos humanos.

Os efeitos sobre a saúde pública incluem a redução da taxa de infeção pelo vírus causador da
SIDA, melhoria das taxas de vacinação e ganhos acentuados na prevenção e no tratamento das
doenças. Em associação com esses efeitos está em geral uma melhoria nas condições de higiene
e ganhos acentuados em matéria de nutrição.

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4. Metodologia Usada para Elaboração do Trabalho

Segundo Michaelis (2000), metodologia é a arte de guiar o espírito de investigação da verdade, é


um dos instrumentos utilizados para se conhecer a verdade e chegar ao conhecimento. A
metodologia usada para elaboração do presente trabalho foi do tipo exploratório, onde se usou
como ferramenta.

Para a obtenção de informações, a internet e manuais electrónicos (pdf), onde podem ser
consultados através da referência bibliográfica do presente no trabalho e concluiu-se que o
sistema educativo é caracterizado por estar presente durante toda a infância e adolescência dos
indivíduos que formam uma sociedade. De acordo com as necessidades e interesses de cada país,
o sistema educativo pode organizar-se em níveis mais ou menos abrangentes, geralmente, de 5 a
18 anos de idade. Isto pode, por sua vez, prolongar-se com as carreiras universitárias que são
opcionais, mas que ainda segue uma grande parte da população.

A Lei 18/2018 do Sistema Nacional de Educação que reorganiza a estrutura do Subsistema de


Educação Geral em 6 classes do Ensino Primário e 6 classes do Ensino Secundário e estabelece a
educação básica gratuita e obrigatória até 9 anos de escolaridade. Para a produção do artigo,
recorreu-se a análise bibliográfica e documental e que se concluiu que o direito à educação se
assenta na igualdade e na expansão das oportunidades educativas para todos.

Um Subsistema é um sistema que faz parte de um outro sistema. Sistema é um conjunto de


elementos, partes ou órgão dinamicamente relacionados e interdependente que desenvolvem uma
actividade ou função para atingir certos objectivos. Educação é um processo pelo qual a
sociedade forma seus valores, membros, imagem em função dos seus interesses. (Golias, 1993).

Segundo Chiavenato, Educação é toda influência que o ser humano recebe do meio ambiente,
durante a sua existência no sentido, de se adaptar as normas, valores sociais vigentes e aceites.

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5. Conclusão

Ultimamente, os governos de todos os países têm empreendido esforços que nos sinaliza que a
educação tem figurado que demanda por um novo modo de articulação entre a política
económica e social, mediante a garantia de direitos sociais. Trata-se, desse modo, da necessidade
de efectivar um sistema de protecção social que nas suas interacções com as transformações do
tecido económico, opere como um impulsionador para o crescimento deste, bem como, da
promoção da maior igualdade entre os cidadãos.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, se constituiu enquanto um marco dos
direitos universais inerentes a condição humana, dentre eles, a educação, que passou a ser
reconhecida, no cenário internacional, como um direito de todas as pessoas, independentemente
de suas condições físicas, sociais, territoriais, económicas, culturais, etárias, religiosas e de
género.

A Lei 18/2018 do Sistema Nacional de Educação que reorganiza a estrutura do Subsistema de


Educação Geral em 6 classes do Ensino Primário e 6 classes do Ensino Secundário e estabelece a
educação básica gratuita e obrigatória até 9 anos de escolaridade. Para a produção do artigo,
recorreu-se a análise bibliográfica e documental e que se concluiu que o direito à educação se
assenta na igualdade e na expansão das oportunidades educativas para todos.

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6. Referências

Brandão, C.R. O que é educação. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1986

Freire, P. Educação como prática da liberdade. 36. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2014

Gaspar, M.I. (1996) Princípios Orientadores e Objectivos do Ensino Secundário em Portugal


(policopiado)

Manual de Estrutura e Funcionamento do Sistema Educativo -Destinado aos alunos do Instituto


Superior de Educação – revisto em Fevereiro de 2008

Muniz, R. M.F. O direito à educação. Rio de Janeiro: Renovar, 2002

Zacharias, Vera Lúcia C. Paulo Freire e a educação. Centro de Referência Educacional, 2007.

Lei Nº 11.274, de 6 de Fevereiro de 2006.

Lei Nº 48/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do Sistema Educativo).

Legislação

Lei de base do sistema de educação. Luanda, 2001. https:// www.unicef.org/ angola/ sites/
unicef. org. angola;
Lei nº 18/2018, de 28 de Dezembro, do Sistema Nacional de Educação;
Lei de base do sistema de educação. Luanda, 2001. https:// www.unicef.org/ angola/ sites/
unicef. org. angola

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