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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

SOCIAIS E HUMANAS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ELABORADO POR: AGOSTINHA AMÉLIA KALIKI

LICENCIATURA: PSICOLOGIA

OPÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO

DISCIPLINA-SEMINÁRIO DE ESTÁGIO II

DOCENTE: FERNANDA ALMEIDA

BENGUELA, 2023

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 3

CAPÍTULO I- FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO5

1.1.1.Definição de palavras-chave ....................................................................................... 8

1.1.2.Área de Intervenção, Técnica e Modelo ..................................................................... 9

1.2. O PAPEL DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL .......................................................... 15

1.3. DESCRIÇÃO DO LOCAL ............................................................................................. 17

1.4. MOTIVO DE ESCOLHA DA INSTITUIÇÃO ............................................................ 18

1.5. PROJECTO DE ESTÁGIO……………………………………………………………18

1.6. O PAPEL DO ESTÁGIARIO ........................................................................................ 19

1.7. CARGA HORÁRIA ........................................................................................................ 21

CAPITULO II- DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES DO PROJECTO


DESENVOLVIDAS PELO ESTÁGIO................................................................................. 22

MODULO I: APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 23

MODULO II: OBSERVAÇÃO ............................................................................................. 27

MODULO III: PALESTRA .................................................................................................. 30

LEVANTAMENTO DE SINAIS........................................................................................... 32

MODULO IV: ESTUDO DE CASO ..................................................................................... 33

CONCLUSÕES E PISTA DE TRABALHO SOBRE O ALUNO...................................... 38

MODULO V: DIVERSOS ..................................................................................................... 39

CONCLUSÃO E APRECIAÇÃO CRÍTICA ...................................................................... 40

RECOMENDAÇÕES............................................................................................................. 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 43

APÊNDICE ............................................................................................................................. 44

ANEXO .................................................................................................................................... 55

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INTRODUÇÃO
A educação representa desde os primórdios e principalmente na actualidade o recurso
mais precioso numa sociedade, factor reforçado no mundo globalizado em que vivemos. As
gerações precedentes a nós fizeram muitos esforços para educar as novas gerações. Desse
modo, a Psicologia da Educação constitui um campo do conhecimento que historicamente
vem actuando no sentido de subsidiar a prática educacional em todos os contextos nos quais o
homem torna-se humano. O interesse pela educação, suas condições e seus problemas foi
sempre uma constante entre filósofos, políticos, educadores e psicólogos (Silva &
Orzechowsk,2009).

Segundo Ricardo.& Delgado O estágio supervisionado em psicologia é parte


integrante da estrutura curricular, do nosso curso de psicologia de educação e tem como
objectivo, proporcionar a formação técnica profissional, integrar a teoria e a prática através da
vivência de experiencia o mais próximo possível de situações reais.

Segundo Barroso, além disso, outro benefício é permitir ao estudante conhecer na


prática como é a actuação de cada área dentro da profissão escolhida. Isso facilita para o aluno
conhecer diferentes ocupações para depois entender em qual especialidade prefere trabalhar,
bem como ganhar prática na ocupação actual, caso já esteja actuando na área que deseja
seguir.

Escolher qual carreira ou profissão seguir não é uma tarefa simples, especialmente
levando em consideração que normalmente são levados a definir isso no final da adolescência
e começo da vida adulta. Ao terminar a escola existe o questionamento sobre nossa vocação,
Independente da faixa etária, as dúvidas e questionamentos acerca de qual será o caminho a
ser trilhado serão sempre de suma complexidade, dúvidas essas carregadas de
questionamentos e paradigmas.

Um momento crítico e de muito estresse: pressão absoluta. Muita cobrança para


alguém tão jovem, por mais base educacional ou cultural que tenha, a pressão estará sempre
presente, por maior ou menor que esta seja, independente de qual seja a sua vontade ou a sua
vocação. Para que a escolha seja feita, precisa haver um Eu". E, a partir da identificação e
aproximação desse Eu, o adolescente tem a oportunidade não apenas de reflectir sobre suas
escolhas profissionais, mas também de viver essa fase da vida de forma mais consciente e
autónoma. Lima (2018, p54).

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A informação sobre o mundo das profissões é, hoje, absolutamente necessária porque
o campo do trabalho é extremamente complexo e tende a diversificar-se, cada vez mais.
Profissões emergem, enquanto outras desaparecem ou se transformam. Se não for auxiliado,
dificilmente o jovem terá uma visão correta das oportunidades profissionais que existem
abertas à sua escolha.

Assim informando o indivíduo sobre a realidade do mundo escolar e profissional que a


cerca, informando-o sobre si mesmo, a Informação Profissional contribui para sua maior
adaptação a um mundo em que a mobilidade profissional é um fato. Aquele que tomou
consciência de algumas de suas possibilidades e limitações, de aspectos significativos de seu
ambiente, de algumas formas concretas de realização de suas aspirações, tende a ajustar-se
melhor consigo mesmo e com seu ambiente Lima (2018).

O nosso estágio está a ser realizado no complexo escolar BG-1079 da Casa do Gaiato,
sendo que o nosso trabalho foca-se na problemática da Orientação Vocacional: Caso dos
alunos da 9ª classe.

O mesmo está constituído por dois capítulos, onde no primeiro falaremos sobre
fundamentos científicos da psicologia da educação, Os modelos e técnicas utilizados, papel do
psicólogo educacional, papel do estagiário, carga horaria, motivo da escolha da instituição e
no segundo capitulo falaremos sobre Descrição das actividades do projecto desenvolvidas
pelo estágio onde encontraremos os respectivos módulos, recomendações ou sugestões,
Anexos e conclusão.

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CAPÍTULO I- FUNDAMENTOS CIENTÍFICOS DA PSICOLOGIA DA
EDUCAÇÃO

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A história da psicologia começa com os gregos no século III antes de Cristo. Os
avanços que os gregos produziram na arquitectura, agricultura, física, geometria, política
permitiram que o cidadão se ocupasse das coisas do espírito, como a filosofia e a arte. Entre
os filósofos gregos surge a primeira tentativa de sistematizar a psicologia.

Trabalhavam com a parte imaterial do ser humano sem considerar o pensamento, os


sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção.Com
Sócrates, Platão e Aristóteles observamos as primeiras reflexões sobre o estudo da mente e
alma humana. Os pensadores legaram à humanidade considerações importantes, de carácter
psicológico, sobre aprendizagem e o ensino, entre vários outros temas (Prado,2015).

O conhecimento dessa origem pode ser um importante subsídio para a compreensão


dos caminhos pelos quais seguiram as pesquisas sobre o processo de desenvolvimento e de
aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos, relevantes para o pensamento pedagógico
sobre a aprendizagem e o seu desenvolvimento.

Stanley Hall (1844-1924) e Edward Thorndike (1874-1949) aparecem com destaque


com mais contribuições para o desenvolvimento da Psicologia da Educação. A partir de 1905,
começam o uso de testes de inteligência para aferir o desempenho dos alunos. O teste criado
por Alfred Binet (1857-1911) e Théodore Simon (1873-1961), tinha a proposta de conseguir
separar os alunos que tinham um bom desempenho, daqueles que apresentavam dificuldades
de aprendizagem.

A Psicologia aparece neste momento como solução para os problemas da educação, o


que fez com que se tornasse uma espécie de mania nacional nos Estados Unidos, aparecendo
amplamente divulgada em periódicos científicos, revistas populares e em outros meios de
comunicação, como jornais locais. Já nas décadas de 20 e 30, a Psicologia atravessa um
período de questionamentos quanto a sua eficácia(Prado,2015).

Com a Segunda Guerra Mundial, novamente é cogitada para solucionar diversos


problemas. Especificamente no que se refere à Psicologia da Educação, observa-se sua
influência em diversos países, como por exemplo, a criação do Instituto de Pesquisa
Psicológica Jean Jacques Rosseau, na Suiça por Édouard Claparède (1873-1940),em
1912. O Instituto trabalhava na investigação e no ensino da psicologia e da psicopedagogia.
No decorrer da década de 50, inúmeras transformações ocorridas no mundo, como, por
exemplo, o final da guerra fria e a decorrente prosperidade económica do período,
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favoreceram novamente a Psicologia da Educação. Muitas questões aparecem levantadas pela
Educação em prosperidade e pela psicologia.

A partir da década de 70, a Psicologia da Educação começa a desenvolver estudos


mais intensos na área da aprendizagem, aproximando-se da Psicologia da Instrução que trata
dos aspectos instrumentais de todo o processo de aprendizagem, assim como esta última se
aproxima da Psicologia Cognitiva que estuda os processos mentais que estão por trás do
comportamento, examinando questões sobre a memória, atenção, percepção, representação de
conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.

Enfim, a Psicologia da Educação surge como resultado do esforço empreendido por


muitos psicólogos e pedagogos, preocupados em aplicar o conhecimento, os princípios, as
explicações e os métodos da Psicologia no campo das práticas da Educação. Assim, parece
lógico que, como fruto do trabalho de psicólogos e pedagogos, a história da origem e da
evolução da Psicologia da Educação confunde-se com a história da Psicologia científica. Até
por volta de 1890, ocorre a justificativa para o emprego do método da disciplina formal, que,
orientado pela principal finalidade que é de exercitar as faculdades humanas dos alunos como
a inteligência, memória, raciocínio, atenção, concentração etc., priorizou os conteúdos de
ensino(Prado,2015).

Nessa época, a teoria educativa vigente era a das faculdades ou funções cognitivas.
Considerando que em razão de tomar como objeto de estudo os aspectos psicológicos das
vidas humanas, o estudo do desenvolvimento pela Psicologia revela-se complexo. Ocorrendo
o mesmo com a teoria educativa. A Psicologia da Educação, uma área historicamente recente,
se delineia e se caracteriza como uma área para onde convergem interesses e questionamentos
sobre a aprendizagem e educação.

A Psicologia da Educação estuda as diferenças individuais, as mudanças de


comportamento do sujeito em situações educativas; a análise dos processos de aprendizagem,
desenvolvimento e socialização no ambiente educacional; desenvolvimento infantil. Esses
campos são fundamentais para a compreensão de sua natureza e dimensão nos estudos da
educação.

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1.1.1.Definição de palavras-chave

Orientação- É a acção e o efeito de orientar. Instrução que uma pessoa recebe ou


oferece para outra pessoa. Este verbo, por sua vez, refere-se ao ato de colocar algo numa
determinada posição relativamente aos pontos cardinais, informar alguém quanto aquilo que
ignora e deseja saber ou dirigir e encaminhar alguém ou algo em direcção a um determinado
local ou lugar. (FERREIRA, 2008)

Vocação- é o ato de chamar. Escolha, predestinação. Tendência, pendor. Talento,


aptidão. Vocacional.” (FERREIRA, 2008)

Orientação vocacional- É a actividade baseada em métodos psicológicos e


pedagógicos, que visa a ajudar (especialmente adolescentes) na descoberta de suas tendências,
aptidões e talentos relacionados à escolha profissional. Tem papel social importante tanto para
o indivíduo, na sua busca pessoal por uma actividade que o satisfaça financeira, social e
emocionalmente como também para a sociedade como um todo Rocha (2015).

Psicologia- O termo “Psicologia” tem origem grega, sendo derivado da junção de duas
palavras - Psyché e logos - significando o “estudo da mente ou da alma”. Psicologia, então, é
a ciência que estuda o surgimento e o desenvolvimento dos fenómenos e dos processos
psicológicos que motivam e orientam o comportamento humano.

Psicopedagogia - Psicopedagogia é uma área que estuda a relação entre


aprendizagem e a mente humana. O profissional trabalha tentando entender dificuldades
e melhorar os processos de assimilação de conhecimento.

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1.1.2.Área de Intervenção, Técnica e Modelo

A Orientação Vocacional e Profissional é uma área de intervenção que pretende dar


resposta às necessidades e indecisões que surgem em jovens ou adultos quanto à direcção a
dar à sua carreira académica e/ou profissional. É feita uma avaliação que permite analisar, por
um lado, tudo aquilo que o motiva (ou seja, os seus interesses), e por outro lado, tudo aquilo
para o que tem maior facilidade em aprender (ou seja, as suas aptidões).

A orientação vocacional pretende, enfim, valorizar a visão que o estudante tem sobre
si mesmo, quais os seus aspectos que considera mais importantes, e as suas expectativas em
relação ao futuro. Enfatiza-se a ideia de que a construção do futuro depende das suas
vivências e escolhas do presente.

As indecisões quanto à direcção a tomar relativamente à carreira académica e/ou


profissional podem acontecer em qualquer altura da vida de uma pessoa, pelo que não existe
“data marcada” para a necessidade de recorrer à orientação vocacional. No entanto, o período
correspondente ao final do terceiro ciclo (9º ano) é particularmente importante na vida do
adolescente, na medida em que será esta a primeira vez na vida em que terá de decidir sobre o
seu futuro profissional.

É também nesta fase do desenvolvimento que ocorrem as transformações cognitivas e


psicossociais mais visíveis e significativas e, ao mesmo tempo, em que o planeamento
vocacional se torna intimamente ligado à construção da identidade do adolescente. Trata-se de
uma escolha com grande impacto no percurso vocacional do adolescente e, portanto, é natural
que surjam muitas dúvidas e incertezas relativamente ao curso.

Modelo de Ajustamento (de Frank Person)

Segundo Ricardo Parsons considerava que o desempenho de uma ocupação em


harmonia com as aptidões, habilidades e interesses, tornaria o trabalho mais agradável, com
uma maior produtividade e eficiência, resultando em uma boa remuneração: “eficiência e
sucesso são extremamente dependentes da adaptação”. Partindo desse pressuposto, propôs
três princípios fundamentais para uma orientação vocacional:

1- Uma clara compreensão de si mesmo, de suas aptidões, capacidades, interesses,


ambições, recursos, limites e de suas causas;
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2-Um conhecimento dos requisitos e condições de sucesso, vantagens e desvantagens,
remuneração, oportunidades e das perspectivas nos diferentes tipos de trabalho;

3-Uma resultante verdadeira das relações entre esses dois grupos de factores.

Para o autor, todo jovem precisa de ajuda nos três pontos para poder realizar esta
grande decisão de sua vida que é a escolha vocacional. Todos necessitam do auxílio de um
orientador vocacional, pois uma escolha equivocada ou sem planejamento e reflexão pode
gerar ineficiência, insatisfação e prejuízos para a economia, de uma forma mais global.

Teoria da Personalidade (de John Holland)

Trabalha as personalidades vocacionais relacionadas aos estilos interpessoais. Tal


teoria determina que a harmonia entre personalidade e ambiente produz os resultados
almejados de satisfação e realização no trabalho, uma vez que a incongruência entre esses
factores gera o oposto.

Segundo Holland os indivíduos procuram ambientes e profissões que lhe permitam


exercer suas habilidades e capacidades, sem deixar de expressar suas atitudes e valores,
aceitando os papéis que forem convenientes, negando os que forem inadequados ou
desagradáveis. Partindo do pressuposto de que o comportamento de uma pessoa pode ser
explicado pela interacção de seu padrão de personalidade com seu ambiente de vivência, ou
seja, seu meio de convivência familiar.

Holland preocupou-se de enunciar padrões de ambientes e de personalidades, e só


assim, o “tipo de personalidade”, como o mesmo propõe, se revela a partir da semelhança do
sujeito com o tipo de modelo. De acordo com Levenfus (Rosane, 1997), podemos enunciar os
tipos de Holland da seguinte maneira:

1) O tipo realista: Masculino, estável, materialista. Evita metas intelectuais e sociais


subjectivas, em favor da manipulação objectiva. Holland enumera cerca de 30 ocupações
preferidas, citando, dentre elas, as ocupações técnicas e de Engenharia. Geralmente, os pais
são nascidos no estrangeiro, de educação sofrível, baixo status socioeconómico, com poucos
livros em casa.

2) O tipo intelectual: Lida com o meio mediante o uso da inteligência. Problemas são
resolvidos por meio da manipulação de palavras e ideias. Caracteriza-se pelos seguintes
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atributos: analítico, racional, radical, independente, introvertido, anal e crítico. Empiricamente
é definido como dando preferência às ocupações de médico, cirurgião e a maioria diversas
áreas das ciências. A respeito dos antecedentes familiares, sabe-se apenas que seus pais
tendem, de um modo geral, a apresentarem-se como pessoas bem-educadas.

3) O tipo social: Segundo Holland, este tipo lida com o meio utilizando recursos
sociais para controlar o comportamento dos outros. Tem necessidade de interacção social.
Confia mais nos sentimentos do que no intelecto para a resolução de problemas. Prefere
ocupações que envolvam orientação como assistente social, professor e psicólogo. Papéis
masculinos, envolvendo perigo e máquinas, não são de seu agrado. Costuma a apresentar
aptidão verbal acentuada, porém pouca habilidade matemática.

4) O tipo convencional: Para lidar com seu meio, selecciona metas, atitudes e valores
que sejam aceitos pela sociedade. É prático e correto. Assim, está demonstrado que trabalha
de maneira típica, como caixa bancário, estatístico, arquivista ou gerente. Identificam-se com
os chefes e agradam-se com actividades bem estruturadas. É inflexível, rígido e carente de
criatividade. Holland afirma que os familiares deste tipo são relativamente claros: uma mãe
restritiva que suprime o sexo e agressão, e um pai que atribui escasso valor à curiosidade e à
independência.

5) O tipo empreendedor: Este tipo é caracterizado como sendo aventureiro,


dominante, entusiasta, impulsivo e extrovertido. Demonstra maior aptidão às profissões que
requerem esses atributos, como vendedor, representante comercial, leiloeiro, produtor de
televisão. Valoriza assuntos políticos e económicos, gosta de papéis de liderança masculina e
de outras actividades em que possa satisfazer sua necessidade de dominação. É oriundo de
uma área urbana e de uma família com instrução.

6) O tipo artístico: Enfrenta o meio usando sentimentos, emoções, intuições e


imaginação. Caracteriza-se pela complexidade de suas perspectivas, originalidade e
introversão. Parece preferir trabalhar como “designer”, humorista, poeta, músico, escritor ou
figurinista. Identifica-se com os grandes artistas e intelectuais. Desagradam-lhe actividades
tipicamente masculinas. Sua aptidão verbal excede a matemática e, com frequência, é um
indivíduo excepcionalmente dotado em recursos perceptuais e motores.

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Modelo Ecológico (de Bronfenbrenner)

O ser humano, na perspectiva ecológica, é considerado indissoluvelmente unido a seu


meio, como uma ‘unidade em funcionamento’ (Bronfenbrenner, 1996). O ambiente é tão
activo e tão modificador de possibilidades e de projectos pessoais, como o sujeito capaz
também de modificar seu ambiente. A leitura separada de sujeito e meio, fragmenta a
realidade, descontextualiza o indivíduo do ambiente, e poderá levar a uma visão parcial do
fenómeno em estudo.

O Modelo Ecológico, criado por Urie Bronfenbrenner, é uma abordagem que procura
estabelecer uma melhor compreensão do desenvolvimento humano, sendo que, no seu livro de
1996, “A Ecologia do Desenvolvimento Humano: Experimentos Naturais e Planejados”, o
autor explica o desenvolvimento como um produto resultante da interacção entre o indivíduo
que se encontra em desenvolvimento, e o meio em que este se insere.

De acordo com Bronfenbrenner, a melhor forma de compreender o desenvolvimento,


passa por estudar o indivíduo nos variados contextos/ambientes em que se enquadra e se
desenvolve. Seguindo esta linha de pensamento, o autor identifica cinco níveis ou sistemas de
influência ambiental, os quais designa como microssistema, mesossistema, exossistema,
macrossistema e cronossistema.

O modelo ecológico se compõe de uma série de estruturas ou sistemas em forma


figurada de círculos concêntricos, que explicam os diferentes níveis da realidade. A estrutura
nuclear ou central é o Microssistema. Nele se processam uma série de actividades que o
orientando desenvolve conforme seu momento evolutivo e seu contexto (na família, por
exemplo, hábitos de higiene, organização, exploração; na escola: estratégias de aprendizagem,
hábitos de estudo, habilidades sociais...).

Em cada microssistema se assumem também papéis esperados e incorporados por


cada indivíduo de forma original, relativos a cada situação (de filho, de aluno, de amigo...). Se
desenvolvem, também, no microssistema, relações ou vínculos afectivos com pessoas ou
objectos do meio que vão construindo aspectos da personalidade e modificando a estrutura
sistémica. Neste processo desenvolvimental, de actividades, papéis e vínculos, vai-se
estruturando a identidade pessoal e vocacional do indivíduo.

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Em termos da orientação profissional, o orientando com suas características
peculiares, está inserido em vários microssistemas dos quais ele faz parte no seu dia-a-dia
(família, escola, comunidade...). Muitas das teorias vocacionais se inserem dentro desta
unidade de análise microssistêmica, como forma explicativa da escolha profissional.

Os Microssistemas se relacionam entre si, conformando um sistema de ordem


superior que chamamos de mesossistema. O Mesossistema se configura como unidade de
análise mais favorável para a orientação profissional. Uma visão integrada dos sistemas
familiar, escolar, de trabalho e social confere competência para facilitar os caminhos da
escolha e da inserção profissional.

Outro sistema que influi nos outros sistemas anteriores mas que procede de forma
indirecta, é o Exossistema. São ambientes experienciados por pessoas que estão no círculo de
influência do sujeito. Por exemplo, as experiências dos pais no seu trabalho; o grau de
satisfação/ insatisfação dos professores com as políticas educacionais, etc). Embora de forma
indirecta, o ambiente do sujeito é impactado por essas experiências, positivas ou negativas,
das pessoas significativas. É conhecida a forte influência das experiências profissionais dos
pais ou professores, como modelos de identificação, na escolha profissional.

O sistema que abrange todos os demais sistemas é o Macrossistema. Compõe o


macrossistema: o sistema político, económico, o sistema cultural, ideológico, religioso... nos
quais os indivíduos estão inseridos. Ele também é determinante do mercado de trabalho, das
oportunidades de emprego, dos recursos para formação, dos valores... Numa sociedade
globalizada, cada vez mais dependemos desses elementos macro-estruturais.

Anteriormente, a realidade profissional era mais estática e a orientação profissional se


voltava mais com o estudo do orientando e sua compatibilidade com alguns perfis elaborados
por testes vocacionais. Essa realidade mudou, e uma nova análise, a macrossistémico, se
insere no contexto da orientação profissional de forma relevante. Mesmo porque já estamos
entrando no novo milénio, as possibilidades de trabalho, emprego e formação entre os países
do Mercosul, poderá ser uma realidade a curto praço.

É evidente que um orientador profissional para o novo milênio deve-se preparar para
entender das diferenças entre culturas e subculturas, das características diferenciais das
mesmas profissões, das mudanças que alteram o mercado de trabalho e das diferentes relações
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de trabalho. Temos uma nova sociedade que não estará definida pelo emprego, porque não
existirá emprego para a maioria, levará a transformar a conceição do trabalho de forma mais
criativa para novos rumos desconhecidos.

Acredito que aprofundar na perspectiva ecológica da orientação profissional seja o indicador


mais saudável para criar uma nova mentalidade de cunho mais explicativo, integrativo e
criativo, que possa preparar orientandos para novos desafios.

O Questionário, segundo Gil (1999, p.128), pode ser definido “como a técnica de
investigação composta por um número mais ou menos elevado de questões apresentadas por
escrito às pessoas, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos,
interesses, expectativas, situações vivenciadas etc.”.

Assim, nas questões de cunho empírico, é o questionário uma técnica que servirá para
colectar as informações da realidade. Já as perguntas fechadas trarão alternativas específicas
para que o informante escolha uma delas. Têm como aspecto negativo a limitação das
possibilidades de respostas, restringindo, pois, as possibilidades de manifestação do
interrogado.

Elas poderão ser de múltipla escolha ou apenas dicotómicas (trazendo apenas duas
opções, a exemplo de: sim ou não; favorável ou contrário). O questionário poderá, ainda, ter
questões dependentes: dependo da resposta dada a uma questão, o investigado passará a
responder uma ou outra pergunta, havendo perguntas que apenas serão respondidas se uma
anterior tiver determinada resposta. Como dito inicialmente, o questionário pode buscar
resposta a diversos aspectos da realidade.

As perguntas, assim, poderão ter, segundo ensina Gil (1999, p.132), conteúdo sobre
fatos, atitudes, comportamentos, sentimentos, padrões de acção, comportamento presente ou
passado, entre outros. Para este trabalho utilizou-se questionário de tipo fechado.

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1.2. O PAPEL DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL

Compreender o papel do psicólogo na educação é um desafio recente, porem


extremante necessário para podermos entender a funcionalidade e a especialidade dessa
profissão no apoio aos estudantes, educadores, familiares e contexto escolar como um todo. O
papel do psicólogo na educação não é fazer terapia. Esse profissional está voltado a identificar
e orientar familiares e educadores em como lidar com determinados desafios e
comportamentos causados por dificuldades emocionais e/ou sociais no contexto escolar e
familiar, caso seja essa a situação.

De acordo com as autoras Antunes & Meira (2006), actualmente, o profissional de


psicologia no âmbito educacional é muito requisitado. Porem, sua intervenção ainda é
entendido erroneamente como aquele que irá tratar o aluno tido como problema. E, muitas
vezes, a causa não se encontra nesse aluno, o que ele apresenta é um sintoma, de não
conseguir aprender.

O papel do psicólogo na educação é também actuar em parceira. Esse profissional


actua dentro de uma equipe multidisciplinar (professores de diferentes áreas de actuação,
coordenadores, gestão, colaboradores de modo geral e até familiares),visando colaborar com
os conhecimentos psicológicos e, principalmente, mediando e investigando como
intervenções directas e indirectas podem causar impactos positivos em quem estiver
envolvido.

E mais, o papel do psicólogo na educação tem por objectivo agir de forma preventiva
e transformadora, buscando ajustes e mudanças para indivíduos ou grupos dentro da escola.
Dessa forma, o profissional age e contribui para o desenvolvimento cognitivo, humano e
social de toda a comunidade escolar por meio de projectos, acções, reflexões etc.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP,1992),mais do que impedir ou


prevenir problemas emocionais ou comportamentais, o psicólogo deve favorecer a criação de
oportunidades a fim de promover a saúde mental e o bem-estar de todos os que frequentam
uma instituição escolar. Muitas vezes, para alcançar esses resultados, é imprescindível o apoio
e intervenção com a família.

Para Maria Lúcia Weiss no que se refere ao aluno, engloba tantos aspectos emocionais
que estão relacionados ao desenvolvimento afectivo, assim como o processo para adquirir
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conhecimentos, deste modo reflectindo na produção escolar, o que remete as características
envoltas na forma de aprendizagem, cujo facto de dificuldade relacionada á aprendizagem
esteja estritamente na manifestação de problemas relacionais entre a criança, ambiente
familiar ou escolar.

Dessa forma, o psicólogo na educação contribui de forma activa e parceira com todos
que visam o desenvolvimento global do ser humano, incluindo acções inclusivas, respeitando
sempre toda individualidade e promovendo o debate e acções sobre a forma de gerarmos
educação socioemocional para todos, assumindo então, o papel de agente de mudanças e
profissional indispensável em todas instituições de educação.

Com a intervenção do psicólogo educacional pretende-se:

Promover a boa adaptação ao processo de aprendizagem e potenciar o sucesso


académico dos alunos;

Avaliar e prestar apoio psicológico e psicopedagógico junto dos alunos com


dificuldades de aprendizagem e com necessidades educativas especiais;

Desenvolver actividades de aconselhamento psicossocial e vocacional;

Auxiliar as crianças e jovens na resolução de conflitos, dificuldades de ajustamento


psicológico, bem como o fomentar competências escolares e melhorar as competências
escolares e melhorar as relações interpessoais;

Trabalhar com os pais, professores e educadores, no sentido de engendrar soluções


para problemas de aprendizagem e de comportamento;

Promover interajuda, compreensão e confianças entre a tríade pais , alunos e


professores;

Reforçar as relações de trabalho colaborativos e positivas entre pais, professores e


outros serviços da comunidade no apoio e bem-estar de crianças e adolescentes;

Contribuir para a construção de um clima escolar positivo e preventivo do


desajustamento e promocional de competências equilibradas.

Deste modo, as competências do psicólogo actualmente vão ao encontro da prevenção,


especialmente no sentido da melhoria da adaptação dos indivíduos, bem como na promoção

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do bem-estar. Importa, assim, mais do que curar as patologias, fomentar as competências
adaptativas, como a resolução de problemas, a tolerância á frustração, competências
relacionais e sociais, estratégias de tomada de decisão, de coping, regulação de expectativa,
resiliência, entre outras.

O âmbito da intervenção psicológica educacional é o domínio cognitivo, o emocional,


o comportamental, o motivacional e ambiental. O papel do psicólogo educacional é , assim,
identificar situações que estejam passíveis de ser melhoradas pela sua acção, bem como
resolver problemáticas identificadas, sempre privilegiando o trabalho em rede.

1.3. DESCRIÇÃO DO LOCAL

O complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato é uma instituição de ensino primário e


Secundário e faz parte do conjunto das escolas Missionarias da diocese e do país em geral e
por isso, para além de transmitir conhecimentos científicos e valores sociais, a instituição
transmite igualmente conhecimentos sobre a religião e cristianismo.

A Instituição foi fundada e erguida no espaço da obra da Rua da Casa do Gaiato no


Município de Benguela em 1965 pelo senhor Manuel António, um sacerdote português, sendo
assim foi denominado pelo estado Angolano como escola primaria do I e II níveis da Casa do
Gaiato, com o objectivo de formar apenas os alunos internos, sendo um internato que mais
tarde já a partir de 2010 a 2011 começou também a receber e a formar os alunos externos ou
seja crianças que fazem parte do bairro da Graça.

A Instituição foi aprovada e reconhecida no Diário da República pelo governo


angolano através do Decreto Executivo Conjunto nº 438/15 como escola primária e do I ciclo
do Ensino Secundário 1079-Casa do Gaiato, no dia 16 de Junho, no ano de 2017 passou a ser
denominada Complexo Escolar BG nº 1079 da Casa do Gaiato.

O complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato, localiza-se no Município de


Benguela, no bairro da Graça zona F, na aldeia Obra da Rua da Casa Gaiato. Sendo assim, a
Norte e Leste o seu limite é o bairro da Graça, a Sul o seu limite é a estrada que dá acesso a
escola da ADPP e a oeste o seu limite é a rua que dá acesso ao lar da terceira idade Ondjo
Yetu junto ao Complexo Escolar BG-1237.

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O organigrama do conselho de direcção do complexo está composto da seguinte
forma: Patrono da casa Padre Arnaldo Joaquim, Director Licenciado Manuel B. Kulevala,
Assembleia Escolar Coord.Donana Mendonça, Subdirector Administrativo Licenciado
Albano Ch. Palanga, Subdirectora Pedagógica Laurinda António, Chefe de secretaria Maria
da C. Varela, Estatístico Francisco Weyile, Arquivo, Coordenadores de Disciplina e
Coordenadores de Classe.

O complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato, é composta por doze salas de aulas,
sendo oito definitivas e quatro provisórias, uma sala para professores que é a mesma onde
funciona a secretaria-geral, três gabinetes sendo um do director, um do subdirector
pedagógico e o outro do subdirector Administrativo, quatro quartos de banhos. Das dozes
salas de aulas, sete possuem carteiras individuais e as restantes cinco possuem carteiras
corridas.

O complexo possui cinquenta e oito funcionários, dos quais trinta e cinco professores
efectivos, quinze professores colaboradores, quatro seguranças e igual número de auxiliares
de limpeza. Sobre os recursos financeiros, a escola depende de comparticipações dos
encarregados para pagar os trabalhadores eventuais e para a compra de materiais de trabalho
como giz, quadros apagadores, papéis, tinteiro porque da Direcção Municipal da Educação a
escola só recebe manuais e cadernetas para os alunos.

1.4. MOTIVO DE ESCOLHA DA INSTITUIÇÃO

A escolha da Instituição deu-se devida á ausência ou falta de estagiários de psicologia


na mesma, pela falta de conhecimento acerca da psicologia por parte dos alunos e de alguns
professores, bem como o elevado número de caso que a instituição apresenta.

Bem como na minha actuação, como estagiária de psicologia, abranger um conjunto


maior de temática e áreas de intervenção a fim de solucionar ou minimizar os factores que
condicionam o processo de ensino/aprendizagem, isto na área de orientação vocacional sendo
que a falta de conhecimento sobre a mesma tem levado muita agente a uma decisão errada
sobre o que ser e fazer.

18
1.6. O PAPEL DO ESTÁGIARIO

Segundo Ricardo & Delgado O estágio curricular em Psicologia Escolar permite que o
estagiário se coloque nesta prática e adquira noções de como actuar nela, sendo uma
importante maneira de aprendizado pessoal, profissional e técnico para uma futura colocação
profissional, após a formação no curso de Psicologia. Vale ressaltar, que o estágio colabora
para que a observação, o bom senso, o senso crítico, o respeito às regras, o trabalho em
equipa, a ética profissional, entre outras qualidades são amplamente apuradas com a execução
do estágio.

No ambiente escolar, que é alvo de uma vasta possibilidade de actuação do psicólogo,


o estagiário terá contacto com diversas pessoas, portanto, a criatividade e o desenvolvimento
de estratégias de intervenções serão estimulados, dentre os exemplos mais comuns, estão a
desmistificação do modelo clínico na escola, a medicalização excessiva, o relacionamento
interpessoal na escola, a inclusão social, a vitimização, o TDAH, entre outros. Dieguez
(2013).

O estágio contribui para o processo de formação do estudante, visto que as


experiencias vividas na sala de aula, as observações e interacções com os sujeitos escolares
são fundamentais para a compreensão do processo de ensino-aprendizagem.

Ricardo & Delgado afirmam que o estagiário é um grande mediador e promovedor do


processo de inclusão. Quando realizado de forma planejada e sistematizada, seu trabalho pode
contribuir grandemente para este verdadeiro processo e promover o desenvolvimento integral
do aluno bem como proporcionar para os alunos os instrumentos de preparação para a
introdução e inserção no mercado de trabalho, mediante ambiente de aprendizagem adequado
e acompanhamento pedagógico supervisionado pelo professor em sala de aula.

Segundo Silva & Vitor (2006), a experiencia do estagiário é diversificada, pois o


ambiente escolar pode ser acolhedor ou não.

Leal, Facci, Albuquerque, Tuleski e Barroco (2005) apontam algumas estratégias de


intervenções importantes que o estagiário de psicologia escolar pode realizar em suas práticas
de estágio, como por exemplo:

19
Com alunos, podem ser desenvolvidos grupos de apoio psicopedagógico para atendimento
às dificuldades de aprendizagem, avaliação criteriosa e encaminhamentos para profissionais
como psicólogos, fonoaudiólogos, assim como para ensino ou escola especial; observação,
dentro e fora da sala de aula, de alunos que são encaminhados para acompanhamento com
queixas de comportamento ou indisciplina; sondagem diagnóstica;

Exames de leitura e escrita, no caso de crianças com problemas de escolarização;


encontro com grupos de alunos para discussão de temas como adolescência, relações
humanas, orientação profissional, entre outros, sugeridos pela escola ou pelos próprios alunos;
encontros individuais para análise das queixas dos professores e atendimento individual para
orientações em relação ao processo de escolarização.

Com professores, podem ser realizados os encontros temáticos de formação e treinamento,


minicursos, reuniões com temas específicos, tais como: indisciplina, regras e limites,
aprendizagem, actuação docente, adolescência, orientações com referência às queixas de
dificuldades e distúrbios de aprendizagem.

Com a equipe pedagógica pode ocorrer o planejamento das actividades dos estagiários na
escola, assim como a organização dos encontros periódicos com professores e alunos, grupo
de estudo e sistematização de trabalhos na escola, em que os conhecimentos da psicologia
possam auxiliar o desenvolvimento das actividades pedagógicas.

Com pais, podem ser realizadas reuniões, palestras e orientações, abordando temas
solicitados pela escola ou pelos próprios pais; mini-cursos; entrevistas para coleta de dados de
alunos, assim como entrevistas devolutivas, no caso dos alunos acompanhados pelos
estagiários; ciclo de palestras e pesquisas com assuntos variados. Vale esclarecer que o
trabalho com os pais está sempre atrelado às actividades desenvolvidas na escola de uma
forma mais ampla.

Com funcionários, as actividades, em sua maioria, são pautadas por temas pertinentes às
relações humanas e de trabalho, por meio de cursos, palestras, reuniões e encontros de
treinamento, visando ao entendimento da especificidade da instituição em que estão inseridos.

20
1.7. CARGA HORÁRIA
O nosso estágio está a ser realizado nos dias abaixo.

Terça-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira

Entrada 12h15 Minutos Entrada 12h15 Minutos Entrada 12h15 Minutos

Saída 17h00 Minutos Saída 17h00 Minutos Saída 17h00 Minutos


Fonte: Elaboração própria

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CAPITULO II- DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES DO PROJECTO
DESENVOLVIDAS PELO ESTÁGIO

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MODULO I: APRESENTAÇÃO
A apresentação decorreu no período de 1 de Novembro de 2022 até 11 de Janeiro de
2023. A mesma foi realizada em diferentes sessões ou momentos, com intervenientes e focos
diferenciados. As sessões foram realizadas com a direcção, encarregados de educação,
professores e Alunos sendo este modulo resumido em 7 sessões.

Fundamentação Teórica: Apresentação do latim praesentatĭo, é a acção e o efeito de


apresentar ou de se apresentar (fazer manifestação de algo ou dá-lo a conhecer a alguém,
propor, introduzir alguém ou algo).

É um processo que permite exibir o conteúdo de um tema na presença de uma


audiência. Trata-se de oferecer informação ou torna-la pública através de um discurso, textos,
imagens, vídeos, áudios ou componentes multimídia.(Editorial,2013).

Sessão nº1: Apresentação aos membros da Direcção do complexo escolar BG-1079 da casa
do Gaiato.

Duração:30 minutos

Data:1.11.2022

Objectivo: Estabelecer o primeiro contacto com a Direcção.

Descrição: Chegamos a Instituição por volta das 7h45, fomos recebidos de forma
calorosa pelo director administrativo, em seguida apresentamo-nos e o mesmo fê-lo também.
O responsável do grupo falou do objectivo do estágio, actuação do psicólogo da educação
bem como o seu papel.

Na mesma senda o director administrativo forneceu-nos informações administrativas


sobre a instituição, desde o número de salas, funcionários, isto é professores, responsáveis
pela limpeza, administrativos, seguranças, apresentou-nos a responsável pela secretaria
mostrou-nos cada compartimento da Instituição e por ultimo levou-nos a sala de ofícios e a
visita aos cavalos, não tendo mais nada a se tratar despedimo-nos.

23
Sessão nº2: Apresentação da carta aos membros da Direcção do complexo escolar BG-1079
da casa do Gaiato.

Duração:30 minutos

Data:7.11.2022

Objectivo: Apresentar a carta

Descrição: Fez-se a entrega da carta vinda do Instituto Superior Politécnico Jean


Piaget de Benguela, a mesma foi recebida pelo Director do complexo escolar BG-1079 da
casa do Gaiato, o mesmo agradeceu pela escolha da Instituição e elogiou a iniciativa sendo
que eramos os primeiros estagiários de psicologia naquela instituição. Sem mais nada a se
tratar retiramo-nos.

Sessão nº3: Apresentação da estrutura do complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato.

Duração:45 minutos

Data:8.11.2022

Objectivo: Conhecer a estrutura do complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato.

Descrição: A Instituição apresenta condições ambientais favoráveis, onde a plantação


de árvores é visível. Algumas salas encontram-se em relento, sendo que alguns alunos acabam
se distraindo devido alguns estímulos externos como barulho, manga, amêndoa, passagem das
pessoas entre outros.

A mesma tem 7 salas definitivas, 4 campos de futebol, cinco casa de banho, jardim,
bebedor de água, uma secretaria, salas dos professores, sala de actividades, sala de
informática, gabinete do Director, sala de jogo, gabinete de psicologia, gabinete da directora
pedagógica, sala da área administrativa.

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Sessão nº4: Apresentação aos professores do complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato.

Duração:25minutos

Data:9.11.2022

Objectivo: Estabelecer o primeiro contacto com os professores.

Descrição: O encontro com os professores realizou-se na Instituição, isto é, numa das


salas, a mesma foi presidida pela professora Varela responsável pela secretaria da instituição.

Em seguida apresentamo-nos, o responsável do grupo e mais dois colegas, falaram


sobre alguns aspectos como, o que é a psicologia, a diferença entre psicologia escolar e da
educação, o papel do psicólogo da educação, projectos de intervenção de estágio,
principalmente sobre a dificuldade de aprendizagem.

Em seguida os professores apresentaram-se e alguns deram os seus contributos bem


como sobre as dificuldades que eles encontram em lidar com alguns alunos que apresentam
comportamento desviantes e dificuldades de aprendizagem.

Sessão nº5: Apresentação do projecto á Direcção do complexo escolar BG-1079 da casa do


Gaiato.

Duração:30 minutos

Data:14.11.2022

Objectivo: Apresentar o projecto de estágio

Descrição: O projecto de estágio foi recebido pelo Director da Instituição sendo


entregue pelo responsável do grupo de estágio. O director estava expectante com a nossa
chegada sendo que eramos os primeiros estagiários de psicologia.

Durante a entrega dos projectos de intervenção algumas temáticas ganharam destaque


como os meios de ensinos, as dificuldades de aprendizagem e orientação vocacional. Neste
mesmo encontro o director falou sobre a postura que se esperava de nós, isto é por parte dos
professores e alunos e aconselho-nos a sair da nossa zona de conforto e trabalhar.

O director desejou-nos muita força, coragem e dedicação, agradecemos pelas palavras


ditas pelo director e retiramo-nos.

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Sessão nº6: Apresentação aos alunos do complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato.

Duração: 25 minutos

Data:16.11.2022

Objectivo: Estabelecer o primeiro contacto com os alunos

Descrição: Fomos divididos pela Directora Pedagógica da Instituição em grupo de


dois para cada sala. Na sala de aula fomos recebidos pelos professores e em seguida
apresentamo-nos aos alunos. Interagimos com os mesmos a fim de sabermos se sabem ou já
ouviram sobre a psicologia ou psicólogo, alguns diziam que sim e outros não e foram dandos
os seus contributos.

Depois de ouvi-los falamos do nosso objectivo, papel e de uma forma simples


procuramos esclarece-los a diferença entre psicólogo e um professor. Depois da nossa
explanação a professora apresentou-nos alguns alunos que apresentavam algumas
dificuldades, pedindo o acompanhamento dos mesmos. Sem mais nada a dizer retiramo-nos.

Sessão nº7: Apresentação aos encarregados de educação do complexo escolar BG-1079 da


casa do Gaiato.

Duração:25 minutos

Data:11.1.2023

Objectivo: Estabelecer o primeiro contacto com os encarregados de educação

Descrição: Está sessão aconteceu na reunião com os pais e encarregados de educação,


onde deram-nos alguns minutos.

A mesma começou com uma oração em seguida tratou-se de alguns aspectos como
merenda escolar, higiene, aproveitamento dos alunos, atraso, propostas, comparticipação,
tarefas dos alunos e por fim diversos (notas).

Tratados esses pontos deram-nos lugar, apresentamo-nos, falamos do nosso objectivo


no estágio, projecto de intervenção e conselhos. Os encarregados de educação aplaudiram a
iniciativa, alguns deram contributos sobre o que sabiam acerca da psicologia /psicólogo.

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MODULO II: OBSERVAÇÃO

Fundamentação teórica: A observação ocupa um lugar significativo como método clínico e


de pesquisa, especialmente quando se pretende investigar a infância, os primórdios do
desenvolvimento e as relações precoces.

Conforme Pedinielli e Fernandez (2015) a palavra observação procede do latim "ob"


(diante, ao encontro de) e "servare" (olhar, proteger, conservar); e possui vários sentidos,
dentre os quais: portar atenção sobre, procedimento lógico utilizado para constatar
particularidades de um fenómeno. A observação está na base do conhecimento do mundo, dos
outros e da actividade científica. Ela supõe que a atenção esteja voltada para um objeto, além
da capacidade de discriminar as diferenças entre os fenómenos.

Por outro lado, a observação também é chamada de um dos primeiros passos de


qualquer investigação regida pelo método empírico-analítico, que é um modelo possível
do método científico , amplamente utilizado nas ciências naturais e nas ciências sociais .
Nesse sentido, a observação consiste na coleta directa de dados da natureza por meio de
trabalhos de campo ou de laboratório.

A observação é a acção de olhar com atenção os fenómenos para os descrever, estudar,


explicar. O processo de observação começa pelo olhar e requer um acto de atenção que
amplia ou tem seu foco na percepção de alguns objectos ou aspectos desses objectos. Além
disso, requer um ato "inteligente", "cognitivo", onde o observador vai seleccionar as
informações pertinentes a partir daquilo que se apresenta a ele no campo perceptivo. A
observação é guiada por princípios, responde a objectivos e opera uma escolha dos/nos
fenómenos quando da coleta de dados (Pedinielli e Fernandez, 2015).

A observação em psicologia tem por objectivo capturar o que não é visível a olho nu,
ou seja, o que determina, orienta e o que poderia explicar os comportamentos, o psicólogo é
responsável por estudar e analisar fenómenos psíquicos e de comportamento por meio das
emoções, pensamentos e valores do individuo, com base nisso, o profissional diagnostica e
previne ou trata doenças mentais, distúrbios emocionais e de personalidade. Com a
observação pretende-se constatar comportamentos, a partir dos quais se pode inferir e
confirmar os dados obtidos a partir de instrumentos que nos darão um indicativo do estado
mental de quem se observa.
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Sessão nº1: Observação geral da estrutura externa e interna do complexo escolar BG-1079 da
casa do Gaiato (Apêndice nº1)

Duração:45minutos

Data:1.2.2023

Objectivo: Conhecer a estrutura do complexo escolar

Descrição: As portas da Instituição abrem as 7h00 até as 17h00 bem como os serviços
administrativos, os seguranças fazem cumprir os seus deveres ou papel, não permitindo a
entrada de estranho, saída dos alunos antes do término das aulas, circulação dos alunos em
lugares impróprios, tendo enconta a higiene, a escola é limpa e organizada sendo que o
pessoal responsável pela limpeza chega cedo afim de mante-la limpa. As regras sobre
vestimentas, cabelo, calçado se fazem sentir apesar que á alguns alunos que não cumprem
com as regra impostas.

Algumas salas possuem poucas carteiras isto é as definitivas como as que se


encontram ao relento, os alunos sentam 2 á 3, situação que leva os alunos ao relento a lutarem
carteira ou mesmo procurar, devido ao sol os alunos movimentam as carteiras a fim de
encontrar sombra, o quadro as vezes cai devido ao vento. A casa de banho encontra-se com
mínimas condições.

Sessão nº2: Observação da chegada dos alunos ao complexo escolar BG-1079 da casa do
Gaiato (Apêndice nº2)

Duração: 25 minutos

Data:8.2.2023

Objectivo: Observar a chegada dos alunos

Descrição: Os alunos chegam as 12h15, alguns vêem a pé, outros de motorizada e


alguns de carro. Em seguida vão para cantar o hino nacional (matutino) cada um em fila nas
suas respectiva turmas, o matutino é dirigido por um professor onde vai dando alguns
conselhos, oração em conjunto depois o hino nacional. Terminado o matutino, fazem lista de
participação ao matutino em seguida são distribuídos por fila para as suas classes ou salas.

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Sessão nº3: Observação da saída dos alunos ao complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato.
(Apêndice nº3)

Duração: 30 minutos

Data:8.2.2023

Objectivo: Observar a saída dos alunos.

Descrição: Os alunos saem as 17h00, alguns regressam a pé, outros de mota e alguns
de carro. Devido ao atraso dos motoqueiros alguns alunos ficam a espera por muito tempo
com fome, outros ficam a brincar para se distraírem.

Sessão nº4: Observação do comportamento dos alunos durante o intervalo (Apêndice nº4)

Duração:30 minutos

Data:15.02.2023

Objectivo: Observar o comportamento dos alunos

Descrição- Durante o intervalo alguns alunos apresentam um comportamento


adequado, são respeitosos, obedientes e educados, lidam bem com os professores e colegas.
Tendo enconta as brincadeiras as meninas brincam zero, stop ninguém se mexe, corrida,
conversinhas e os meninos jogam bola, corrida, conversinhas, etc.

Alguns alunos não respeitam as regras da Instituição mesmo sabendo das dividas
punições, as brincadeira dos mesmos é baseado em luta, os abusos que podemos chamar de
bulling são frequentes, devido esse tipo de brincadeira alguns alunos acabam se ferindo.

Sessão nº5: Observação do comportamento dos alunos durante as aulas (Apêndice nº5)

Duração: 45 minutos

Data:18.04.2023

Objectivo: Observar comportamento dos alunos durante as aulas.

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Descrição- A participação dos alunos na sala de aula é boa, apesar que tem sempre
aqueles alunos que não falam ou participam pouco. Alguns alunos procuram competir na
participação da aula, procuram debater assuntos trazidos pelos professores, principalmente
quando é a aula de EMC. Alguns fazem barulhos ou brincadeiras a fim de sabotar a aula,
outros acabam sendo impulsos ou castigados devido a esses tipo de comportamento.

MODULO III: PALESTRA


Sessão n° 1 – Palestra com Professores do Complexo Escolar BG-1079 da Casa do Gaiato
(Apêndice nº1)

Tema: O papel dos Professores diante das dificuldades de aprendizagem específica;


Disgrafia, Dislexia, Disortografia, Discalculia)

Duração: 45 min

Data: 26/ 4 / 2023

Objectivo: Sensibilizar os professores

Descrição: O Complexo Escolar BG-1079 da Casa do Gaiato, é uma Instituição de ensino


Vocacionada ao processo de ensino e aprendizagem, dada as intervenções Psicológicas
realizadas no ámbito Escolar, achamos necessario realizar uma Palestra com a temática acima
descrita. Assim Neste dia solicitamos a Direcção Pedagógica afim de asegurar a Palestra, a
mesma teve início as 9horas.

A palestra começou com uma oração, em seguida o preleitor fez mensão à temática em
alusão, fez referência a todas dificuldadesdes de aprendizagem específica, a necessidade de
orientação Vocacional e outros transtornos Psicológicos que são alvo de acompanhamento
escolar.

Esta, contou com uma participação activa de 45 Professores do ensino primário e


secundário dos quais 30 do género femenino e 15 do género masculino. Em seguida abriu-se
uma Sessão de perguntas e respostas. Tendo terminado essa sessão a Dra Pedagógica,
agradeceu bastante e mostrou-se aberta para qualquer temática que venha melhorar o processo
de ensino e aprendizagem.

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Sessão n° 2 – Palestra com os alunos do Complexo Escolar BG-1079 da Casa do Gaiato
(Apêndice nº2)

Tema: Prevenção ao Abuso Sexual Infantil

Duração: 45 min

Data: 3 / 5 / 2023

Objectivo: Alertar os alunos sobre o abuso sexual

Descrição: A palestra ocorreu no periodo da manhã, com a presença dos membros da


direcção, professores e alunos, tendo como tema a Prevenção ao Abuso Sexual Infantil, neste
mesmo tema trato-se de alguns pontos, que de uma forma breve foram direcionados as
crianças ou alunos como:

Conversa com a criança sobre as partes íntimas do corpo, Explique a criança sobre os
limites do corpo, Não deixa a criança sozinha em casa ou em qualquer lugar quando os
adultos forem sair, Conheça os lugares e com quem a criança brinca, Alerta a criança a não
receber presentes de pessoas estranhas, Estimula a criança a falar sobre como foi seu dia,
Atenta-se as reacções da criança, Saiba identificar os possíveis sinais de abuso, O que fazer
em caso de abuso sexual? O que não fazer em caso de abuso sexual? E por fim
Recomendações.

A direcção e professores agradeceram pela iniciativa e pelo tema sendo que


últimamente tem se relatado muitos casos de abuso sexual contra menores e não só, melhor é
prevenir do que remediar. Sem mais nada a dizer, despedimos-nos.

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Sessão nº3: Palestra com os Pais e encarregados de educação do complexo escolar BG-1079
da casa do Gaiato (Apêndice nº3)

Tema: O papel dos pais e encarregados de educação no processo de ensino e aprendizagem)

Duração:45min

Data: 10/ 5/ 2023

Objectivo: Sensibilizar os pais e encarregados de educação

Descrição: A palestra começou por volta das 16h00, com a oração inicial devendo o regime
das Escolas Missionárias como havia citado na sessão anterior, a mesma contava com uma
agenda. Feíta a exposição da temática Abriu-se uma sessão de preguntas e respostas de modo
a esclarecer alguns assuntos que inquietaram os pais e encarregados de educação durante a
exposição, a palestra teve um fidback positivo e finalmente terminou com a oração final.

LEVANTAMENTO DE SINAIS
 Indecisão
 Insegurança
 Medo
 Incerteza
 Falta de conhecimento sobre os cursos
 Pouco conhecimento sobre si
 Ansiedade

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MODULO IV: ESTUDO DE CASO

Sessão nº 1- Apresentação, contrato e esclarecimento (Apêndice nº1)

Duração:25 min

Data: 12/ 5/ 2023

Objectivo: Apresentação do projecto

Descrição: Em primeiro lugar apresentamo-nos isto em ambas as partes, em seguida


falou-se o que era a orientação vocacional e o seu objectivo, apresentou-se o projecto de
intervenção explicando que seria um projecto breve, que contaria com o máximo de 6 sessões
programadas, as mesmas terão a duração de 45 minutos e seriam realizadas no gabinete
psicológico da Instituição.

Em seguida detalhamos como todo o processo aconteceria e o que se pretendia no


final com todo esse projecto de orientação vocacional, esclareceu-se algumas dúvidas vinda
do mesmo, falou-se das questões éticas e por fim a entrega do consentimento informado.

Sessão nº2-Entrevista (Apêndice nº2)

Duração:25 min

Data: 16/ 5/ 2023

Objectivo: Recolher informações

Descrição: A entrevista realizou-se no gabinete de psicologia da instituição, tendo começado


as 11h50. O aluno chama-se M.V. tem 15 anos de idade, vive com os seus pais e seus irmãos
no bairro Santa Teresa, o mesmo é o filho mais velho (tem 4 irmãos) e sente-se amado e
respeitado por todos. M começou a estudar com 6 no complexo escolar BG 1079 onde está
deste então a frequentar a 9ª classe, nunca reprovou, sendo sempre considerado como um dos
melhores alunos da escola.

Tendo enconta as disciplinas, M gosta de matemática, Língua Portuguesa, física,


Biologia, EMC, Química entre outras menos empreendedorismo. Questionado sobre o curso
que pretende fazer no médio, respondeu que queria fazer saúde ou engenharia mas estava
indeciso qual deles escolher.
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Sessão nº3-Aplicação da Anamnese (Apêndice nº 3)

Duração:45 min

Data: 19/ 05/ 2023

Objectivo: Recolher informações acerca do Aluno

Descrição: M nasceu ao 21 de Abril de 2008, tem 15 anos de idade vive no bairro da


Santa Teresa município de Benguela, natural de Benguela vive com os pais, está a frequentar
a 9ª classe no complexo escolar BG-1079 da casa do Gaiato, é filho de A.T e de M.V ambos
naturais de Benguela e residem em Benguela, estado civil solteiros.

A mãe de M tem 39 anos de idade, tem como profissão peixeira, a mesma fica fora de
casa 8h e passa a maior parte do seu tempo com o seu filho (10h), o pai tem 39 anos de idade
e passa a maior parte do seu tempo fora de casa, o mesmo tem 4 irmãos com idades
compreendidas entre 12,9,6 e 3.

M vive em uma casa com mínimas condições, com 4 compartimentos, coabitando 7


pessoas, o mesmo dorme conjuntamente com os seus irmãos, não tendo cama só para ele,
viveu sempre em Angola, nunca mudou de casa, cidade ou pais.

Segundo a mãe a gravidez de M foi desejada, sem complicações, sem ocorrências


traumáticas e sempre teve acompanhamento dos médicos a partir dos 3 meses, nunca
consumiu bebidas alcoólicas durante a gravidez sendo que a mesma não usa esse tipo de
substância. O parto teve o tempo completo, foi assistida pelo médico, o mesmo foi nascido no
hospital tendo um parto normal.

M nasceu com um peso de 3kg700g,chorou, sendo visto pela mãe ao nascer, foi
amamentado até aos 9 meses, mista desde os 5 meses e artificial até 1 ano e 6 meses. Foi
desmamentado aos 9 meses, reagiu bem ao processo, começou a comer sem ajuda aos 2 anos
e come 3 vezes ao dia. M começou a sorrir com 2 meses, sentou-se aos 4, gatinhou aos
5meses, ficou de pé com apoio com 5 meses, sem apoio com6 meses, começou a dar os
primeiros passos com 7 meses e andou livremente com 7 meses.

M usa a penas a mão direita, sempre manteve esse a tendência, o mesmo usava o bacio
desde os 11 meses e sempre as manhãs, nunca teve nenhuma regressão, usou fralda durante o
sono e acordava raramente durante a noite, nunca apresentou nenhum tipo de agitação durante

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o sono, dorme habitualmente 9horas, não dormia de dia. M começou o palrar aos 9 meses, a
mãe do mesmo falava com ele, a primeira palavra foi papá com 7 meses, começou a explicar-
se bem com 11 meses, articula bem as palavras, constrói bem as frases.

M deita-se por vezes as 21 e por outra as 22, e levanta-se normalmente as 6, o mesmo


nunca teve dificuldade em adormecer, nunca teve ou utilizou algo objecto para adormecer. M
nunca frequentou creche, no seu primeiro dia na escola M reagiu bem, desde os 6 anos tem
ido regularmente sozinho, demorou 3 meses para o mesmo se adaptar a escola. Segundo a
mãe, M é alguém muito interactivo (tem muitos amigos).

Sessão nº4- Autoconhecimento (Apêndice nº4)

Duração:45 min

Data: 26/ 05/ 2023

Objectivo: Obter informações sobre o autoconhecimento do aluno

Descrição: Nesta sessão procuramos saber se o estudante tem conhecimento de si


mesmo, com relação aos seus interesses aptidões, competências, personalidade, o que gostaria
de ser e como se vê. A sessão aconteceu em base de uma interacção ou conversa, durante a
conversa M relatou que não sabia muito sobre si ou melhor se conhecia pouco, as suas
respostas eram baseadas no achismo e no que as pessoas dizem sobre ele.

O mesmo disse que gosta de matemática, física, química, biologia, EMC, Informática,
Historia, Geográfica entre outras menos Empreendedorismo e mesmo não gostando sempre
deu o seu melhor para ter positiva na mesma, diz que segundo os seus colegas ele é inteligente
e quanto o questionei se ele acredita que ele é inteligênte, ele respondeu eu acho que sou.

M é considerado o melhor aluno da sua turma e um dos melhores aluno das escolas,
os seus colegas e professores confirmam, sendo que é o delegado da mesma. Quanto a
profissão ou curso, disse que queria fazer medicina ou engenharia no médio e na faculdade.

M é tímido, pouco conversativo, gosta de ouvir, mas procura interagir com as pessoas
e se envolver em certas actividades que sejam proveitosa para ele, com um temperamento do
tipo melancólico, com um olhar centrado na pessoa quando está fala com ele, gosta fazer
amizade de qualidade, não gosta repartir os seus amigos com ninguém sendo que os mesmos

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têm outras amizades, devido á isto ele sente-se que não tem amigos ou melhor considera-se
solitário e segundo ele, alguns dos seus colegas dizem o mesmo.

M diz que tem mais defeitos do que qualidades, é apaixonado por números, simpático,
gosta de jogar futebol, prestativo, atencioso, responsável e sempre se apresentou bem na sala
de aula assim como nas sessões.

Sessão nº5- Aplicação do questionário tipos de interesses (Apêndice nº 5)

Duração:25 min

Data: 02/ 06/ 2023

Objectivo: Conhecer o tipo de interesse do aluno

Descrição: Nesta sessão aplicou-se o questionário sobre os tipos de personalidade ou


interesses de Holland, que considera que as escolhas de orientação são uma das manifestações
da personalidade. O objectivo é saber e levar o mesmo a conhecer em que tipo de interesse ou
personalidade ele se encaixa.

Segundo o questionário aplicado M diz que se enquadra no tipo investigativo e social.


Com base nisto podemos perceber que M gosta de profissão que lida directamente com as
pessoas ou melhor interage com as pessoas, sem esquecer dos desafios que o mesmo pode
encontrar ao longo da caminhada e colocar em frente os seus objectivo e metas.

Sessão nº6- Projecto de Carreira (Apêndice nº 6)

Duração:45 min

Data: 09/ 06/ 2023

Objectivo: Orientar o aluno como fazer um projecto de carreira

Descrição: Com base a uma conversa procurou-se informar sobre como o M poderia
construir o seu projecto de carreira ou seja leva-lo a reflexão sobre o que realmente ele quer
para sua vida, sem esquecer dos seus interesses, aptidões, competências, valores, aspirações,
trabalho, família, entre outros aspectos e sem esquecer dos desafios que o mesmo pode
encontrar ao longo da caminhada e colocar em frente os seus objectivo e metas.

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Procurou-se também saber qual era o estado do aluno, tendo enconta as sessões
passadas. Se o mesmo está a colocar em prática o que ele aprendeu ou traçou para sua vida
durante o processo de orientação ou não.

O mesmo reconheceu que nunca pensou em algumas questões mencionadas e que


valeu apena ter o levado a reflexão sobre a vida ou o seu estado.

Sessão nº7- Tarefa para o Aluno (Apêndice nº 7)

Duração:15 min

Data: 13/ 06/ 2023

Objectivo: Recolher informações

Descrição: Foi dado uma folha com perguntas ao aluno a fim de responder cada
questão contida nela, o objectivo é fazer com que o aluno recolha informações necessárias,
tenha um contacto directo com alguém que esteja a fazer ou fez o curso que ele pretende
fazer, interagir com o mesmo e consigo mesmo e tomar uma decisão sobre o que quer ser e
faze.

37
CONCLUSÕES E PISTA DE TRABALHO SOBRE O ALUNO

M tem uma boa relação com os seus pais e irmãos. Apesar que o seu pai é um pouco
ausente. Sendo o irmão mais velho o mesmo procura ser responsável e exemplar para os seus
irmãos, a família e amigos são muito importante para ele.

M apresenta uma boa capacidade cognitiva, emocional, capacidade de liderança,


ajudador, muito comunicativo quando quer. É inteligênte, responsável, respeitoso, dedicado,
simples, tímido, sendo muito estimado pelos professores e colegas. Ele não abre mão daquilo
que tem um valor significativo para o mesmo, principalmente a confiança.

M apresentava pouca auto-estima e autoconfiança com relação ao que ele é. Para ele a
opinião dos outros com relação ao que ele é, é a mais importante, apresenta uma motivação
extrínseca. O reconhecimento dos seus familiares, amigos, professores e colegas
proporcionam-lhe uma autoconfiança, segurança, sentimento de pertença e importância no
meio dos mesmos.

Tendo em conta a profissão (olhando para o questionário de interesse), M tem uma


inclinação para a saúde ou profissão que lhe permita interagir ou lidar com as pessoas, sendo
que gosta de ajudar as pessoas, amar, cuidar, principalmente os necessitados, sendo assim M
deve escolher uma profissão que lhe permita ter contacto com as pessoas.

Segundo M, diz que houve uma grande melhoria na sua vida durante a participação do
estudo de caso, o mesmo afirma que não é a mesma pessoa, que pensa diferente com relação a
vida ou projecto de vida para si.

O mesmo mostra um nível auto de segurança, confiança e autoconhecimento com


relação as sessões passadas, o mesmo já sabe o que quer fazer depois de terminar ao 9ª classe
e acredita mais em si. Depois das sessões feitas podemos notar que houve melhoramento.

38
MODULO V: DIVERSOS

Fomos solicitados por uma professora da classe do módulo a fim de fazermos


uma intervenção ou acompanhamento em alguns alunos que apresentavam situações diversas,
essa que afectava o seus processos de aprendizagem. Situações como: problema de leitura e
escrita, separação dos pais, Bulling, Desvios comportamentais entre outros. Sendo solicitados
intervimos de modo a minimizarmos os problemas.

Nesta mesma turma houve o caso de uma menina que veste-se, comporta-se,
como rapaz, situação que deixou muito preocupada a professora e solicito-nos, durante a
primeira sessão a menina não colaborou connosco, simplesmente chorava quando era
questionada e dizia que não queria estar no gabinete e que foi obrigada estar no mesmo e
nunca mais apareceu nas sessões.

Intervimos numa outra turma onde a professora foi acusada de bruxa pelos alunos,
interviemos a fim de desconstruirmos a ideia ou pensamento que os alunos tinham em relação
a professora, fazendo entender o que é um boato, procuramos saber como, quem, quando
começou, sendo que devido á isto a professora não aparecia nas aulas ou na instituição e os
alunos tinham medo da mesma.

Intervimos também a nível de aconselhamento, principalmente situações amorosas e


relações interpessoais.

39
CONCLUSÃO E APRECIAÇÃO CRÍTICA

O estágio permite ao estudante conhecer na prática como é a actuação de cada área


dentro da profissão escolhida. Isso facilita para o aluno conhecer diferentes ocupações para
depois entender em qual especialidade prefere trabalhar, bem como ganhar prática na
ocupação actual, caso já esteja actuando na área que deseja seguir.

Surgiram algumas dificuldades no decorrer do estágio em algumas ocasiões,


principalmente no início do estágio, houve falhas na comunicação devido a falta de
conhecimento, orientação e compreensão da nossa função enquanto estagiários de psicologia
da educação. Fomos bem recebidos pela direcção da Instituição, professores e alunos mas no
princípio nos sentimos um pouco intimidados por alguns professores.

No princípio não sabíamos o que fazer, não tínhamos um lugar próprio, ficávamos no
pátio o tempo todo, os professores tinham medo de nós pensando que eramos a expensão
sendo que não tinham conhecimento sobre nós, a direcção pensava que o nosso trabalho era
dar aula sendo confundidos por professores, assim como os alunos.

A fim de acabarmos com as dúvidas de quem nós eramos e qual era o nosso objectivo,
criamos uma estratégias de passar em cada sala caso não tenham aula ou o professor atrase
para falarmos sobre a psicologia/psicólogo e alguns temas e ressoltou, sendo que os mesmos
acabaram por ter um conceito diferente. Passando algum tempo foi reaberto o gabinete de
psicologia da Instituição a fim de realizarmos os atendimentos psicológico ou as nossas
actividades e houve muita aderência por parte dos alunos sendo que já havíamos preparado os
mesmos quebrando o conceito de que psicologia é para malucos.

O primeiro contacto com o cliente ou paciente é marcado normalmente com


ansiedade, medo e insegurança. O primeiro contacto directo deu-se primeiramente pela
observação do aluno e posteriormente realizando sessões com eles, tendo sempre a orientação
e esclarecimentos da orientadora. O primeiro contacto com os alunos no gabinete deu-me
bases para o estudo de caso, sendo que cada modúlo foi único e desafiador.

A realização das sessões do modúlo 4 foram boas levando enconta as dificuldades que
encontramos como a ausência do aluno em alguns dias das sessões. Tivemos muitas
dificuldades na aplicação da anamnese devido a indisponibilidade dos encarregados do aluno.

40
Realçar também a ajuda, disponiblidade da direcção, professores, por abraçarem cada
actividade e ideias nossas.

Sendo assim, no fim deste estágio que é parte da nossa formação é possível reconhecer
um crescimento pessoal, confiança e segurança para a futura prática profissional. As
actividades realizadas contribuíram significativamente para a aquisição de conhecimento a
serem desenvolvidas ao longo de meu futuro profissional enquanto psicóloga. Foi possível
munir-se de ferramentas essenciais para os futuros desafios profissionais.

41
RECOMENDAÇÕES

Que o complexo escolar BG -1079 faça o esforço no sentido de colocar um psicólogo


na Instituição para melhor acompanhamento dos alunos.

Que o complexo escolar BG -1079 realize feira sobre a saúde mental nas suas
actividades académicas.

Que o complexo escolar BG -1079 inclua nas sua actividades académicas temas sobre
a orientação vocacional e profissional.

Que o complexo escolar BG -1079 realize actividades de modo a esclarecer o trabalho


do psicólogo.

42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Prado, M. S. M. Psicologia da educação. Cruz das Almas, BA: SEAD-UFRB, 2017. 42.

Psicologia – Teorias de Aprendizagem Universidade Federal do Recôncavo da Bahia-UFRB,


Superintendência de Educação Aberta e a Distância – SEAD. II.Título.

Silva, A. J. Orzechowski, S. T. Psicologia e educação: fundamento para a aprendizagem.


Guarapuava: Ed. da Unicentro, 2009.

Ricardo, A.L.S.& Delgado, C.O.O. O papel do estagiário na educação especial nas series
iniciais do ensino fundamental do município da serra: Descortinando as práticas.

Complexo Escolar BG-1079 da Casa do Gaiato

Www.itad.pt. O Papel do psicólogo Educacional.

Www.escolainteligencia.com.br. O papel do Psicólogo na Educação.

Equipe editorial de Conceito.de. (1 de Maio de 2013). Actualizado em 10 de Setembro de


2021. Apresentação - O que é, conceito e definição. Conceito.de.

Equipe editorial de Conceito.de. (30 de Julho de 2011). Actualizado em 31 de Janeiro de


2020. Orientação - O que é, conceito e definição. Conceito.de. https://conceito.de/orientacao

Ricardo C. S. Frank Parsons: trajectória do pioneiro da orientação vocacional, profissional e


de carreira. PPG Stricto Sensu em Psicologia. Universidade São Francisco. CEP 13045-510

M, A, R. & M, da C, C,U. Observação e escuta: recursos metodológicos de investigação em


psicologia no âmbito da saúde materno-infantil. Universidade de São Paulo, São Paulo

https://zenklub.com.br/blog/trabalho/orientacao-vocacional-teste-vocacional-psicologo/

Artigo publicado pelo Sei – Centro de Desenvolvimento e Aprendizagem. Estratégias


para Pais Orientação Vocacional

https://www.centrosei.pt/blog/orientacao-vocacional-o-que-e-e-para-que-serve

43
APÊNDICE

44
Apêndice 1-Apresentação aos membros da Direcção

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários Transporte


Direcção e
Apresentação 25 Estagiários
á Direcção

Encerramento 3 Estagiários
Fonte: Elaboração própria

Apendice2: Apresentação da carta aos membros da Direcção

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários Transporte


Carta
Entrega da carta 5 Estagiários

Dialogo 20 Direcção
Estagiários

Encerramento 3 Estagiários
Apêndice 3: Apresentação da estrutura do complexo escolar

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários Transporte


Carta
Apresentação da 40 Direcção
estrutura

45
Encerramento 3 Estagiários

Apêndice 4: Apresentação aos professores do complexo escolar

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários Transporte

Apresentação 10 Estagiários

Dialogo 10 Direcção e
Estagiários

Encerramento 5 Estagiários
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 5: Apresentação do projecto

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários Projecto

Apresentação do 20 Estagiários
projecto

Dialogo 5 Direcção e
Estagiários
3
Encerramento Estagiários
Fonte: Elaboração própria

46
Apêndice 6: Apresentação aos alunos

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários

Apresentação 10 Estagiários

Dialogo 10 Estagiários e alunos

3
Encerramento Estagiários
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 7: Apresentação aos encarregados

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2 Estagiários Projecto

Apresentação 10 Estagiários

Dialogo 10 Direcção e
Estagiários

Encerramento 3 Estagiários

Fonte: Elaboração própria

47
Apêndice 1: Observação geral da estrutura do complexo escolar

Actividades Duração Intervenção Recursos

Acomodação 5 Caderno,
esferográfica, lápis
Observação circular 40 Estagiários
pela escola

Encerramento 5
Apêndice 2: Observação da chegada dos alunos

Actividades Duração Intervenção Recursos

Acomodação 2 Caderno,
esferográfica, lápis
Observação no pátio 20 Estagiários
da escola

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 3: Observação da saída dos alunos

Actividades Duração Intervenção Recursos

Acomodação 3 Caderno,
esferográfica, lápis
Observação no pátio 25 Estagiários
da escola

Encerramento 2

48
Apêndice 4: Observação do comportamento dos alunos durante o intervalo

Actividades Duração Intervenção Recursos

Acomodação 3 Caderno,
esferográfica, lápis
Observação no pátio 25 Estagiários
da escola

Encerramento 2
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 5: Observação do comportamento dos alunos durante as aulas

Actividades Duração Intervenção Recursos

Acomodação 3 Caderno,
esferográfica, lápis
Observação na sala 40 Estagiários
de aula

Encerramento 2
Fonte: Elaboração própria

49
Apêndice 1: Palestra com Professores do Complexo Escolar BG-1079 da Casa do Gaiato

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2

Apresentação 5 Material de apoio


Estagiários Esferográfica
Abordagem da 30
temática

Esclarecimento 5

Encerramento
3
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 2: Palestra com os alunos do Complexo Escolar BG-1079 da Casa do Gaiato

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2

Apresentação 5 Material de apoio


Estagiários Esferográfica
Abordagem da 30
temática

Esclarecimento 5

Encerramento
3
Fonte: Elaboração própria
50
Apêndice 3: Palestra com pais e encarregados de educação

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2

Apresentação 5 Material de apoio


Estagiários Esferográfica
Abordagem da 30
temática

Esclarecimento 5

Encerramento
3
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 1: Apresentação, contrato e esclarecimento

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação 2
Consentimento
Apresentação do 15
projecto Estagiários e Aluno

Esclarecimento 5

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

51
Apêndice 2: Entrevista

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação e 2
acomodação Guião de entrevista

Dialogo 20 Estagiário e aluno

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 3: Anamnese

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação e 2
acomodação Anamnese

Dialogo 35 Estagiário e Mãe do


aluno
Esclarecimento 5

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

52
Apêndice 4: Autoconhecimento

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação e 2
acomodação Folha, lapiseira

Dialogo 35 Estagiário e aluno

Esclarecimento 5

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 5: Questionário tipo de interesse

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação e 2
acomodação Questionário

Esclarecimento 5 Estagiário e Aluno

Aplicação 15

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

53
Apêndice 6: Projecto de Carreira

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação e 2
acomodação Folha, lapiseira

Esclarecimento 10 Estagiário e aluno

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

Apêndice 7: Aplicação de Tarefa

Actividades Duração Intervenção Recursos

Saudação e 2
acomodação Folha, lapiseira

Esclarecimento 10 Estagiário e aluno

Encerramento 3
Fonte: Elaboração própria

54
ANEXO

55

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