Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTÓRIA DA PEDAGOGIA
YURAN BRÁZ
TEMA
HISTÓRIA DA PEDAGOGIA
DOCENTE:
DISCIPLINA: PSICOPEDAGOGIA
Não só me debruçarei do tema no geral, mas também irei focalizar da pedagogia em Moçambique.
2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo Geral
➢ Falar sobre a pedagogia.
2.3. Metodologia
Este trabalho foi orientado por uma abordagem qualitativa em que se utilizaram pesquisas
profundas feita na internet e artigos baixados na mesma, métodos estes que permitiram obter uma
melhor compreensão do tema.
1
3. CONCEITOS BÁSICOS
3.1. Pedagogia
Pedagogia é um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do ensino,
relacionados à administração de escolas e à condução dos assuntos educacionais em um
determinado contexto.
3.2. Pedagogo
Pedagogo é um educador profissional da Pedagogia, tal como o pedagogista, capaz de atuar em
espaços escolares e em não-escolares, na implantação do ensino de sujeitos em diferentes fases de
desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo apresentado
pelo pedagogista.
O termo pedagogo, como é patente, surgiu na Grécia Clássica, da palavra παιδαγωγός cujo
significado etimológico é preceptor, mestre, guia, aquele que conduz. Segundo Ghiraldelli Júnior,
o Pedagogo era o condutor da criança. Era ele, um paternal aio do jovem, quem a guiava até o
local de ensino e, metaforicamente, em direção ao saber.
2
4. HISTÓRIA DA PEDAGOGIA
O termo pedagogia surgiu na Grécia. Segundo Jaeger (1986), a origem da problemática pedagógica
também seria grega, com origem nos sofistas, que teriam trazido ao plano das ideias, da sua
elaboração consciente, o fazer da educação. Roma incorporou o termo e a problemática
pedagógica. Na língua latina, segundo Saviani (2008), essa problemática expressava-se pelas
palavras “paedagogatus” e também “institutio”, assumindo igualmente o significado de educação
ou formação. Esse autor ressalta, porém, que a trajetória histórica da problemática da pedagogia
não coincide com a trajetória do termo: vários educadores como Quintiliano, Montaigne, François
Mauriac, Santo Agostinho, Santo Thomas de Aquino escreveram obras sobre a problemática
pedagógica, sem recorrer ao termo “pedagogia”. Assim também Comenius, que representa um
marco no desenvolvimento da pedagogia, tomou a palavra “didática” para articular as suas
reflexões; Condorcet deu preferência a expressões tais como “método de ensinar”, “arte de
ensinar”, “instrução”. A partir do século XIX, graças, sobretudo, à contribuição de Herbart,
generalizou-se o uso do termo “pedagogia” para nomear a “conexão entre a elaboração consciente
da ideia da educação e o fazer consciente do processo educativo, o que ocorreu mais fortemente
nas línguas germânicas e latinas do que nas anglo-saxônicas” (SAVIANI, 2008, p.6).
Desde a Grécia antiga, houve uma dupla referência para o conceito de pedagogia, qual seja: a
reflexão ligada à filosofia, acentuando a finalidade ética presente na atividade educativa; e o
sentido empírico e prático inerente à “paideia”, entendida como a formação da criança para a vida,
reforçando-se assim o aspecto metodológico presente já no sentido etimológico da palavra.
Comenius procurou equacionar a questão metodológica do ensino, buscando a construção de um
sistema pedagógico articulado em que a consideração dos fins da educação se constituía como base
para a definição dos meios, sintetizados na didática como a arte de ensinar tudo a todos. Já Herbart
tentou unificar num sistema coerente os dois aspectos da tradição pedagógica, a reflexão teórica e
o sentido empírico e prático, salientando a necessidade de a pedagogia elaborar os fins da educação
a partir da ética; e os meios, com base na psicologia. No âmbito do idealismo, a pedagogia foi
identificada com a filosofia da educação, mas no âmbito do positivismo, como em Durkheim
(1965), a pedagogia é uma teoria prática, voltada à realização do fenômeno educativo, em
contraposição a uma teoria científica voltada ao conhecimento do fato educativo (sociologia da
educação). Segundo Saviani, a postura positivista resultou principalmente numa submissão da
3
pedagogia às ciências empíricas, que, sob essa influência, foram tomadas como modelo para a
pedagogia.
Libâneo e Pimenta (1999) e Franco (2003), assim como Saviani (2008), mostram que, a despeito
da discussão do conceito de ciência e de sua aplicabilidade se encontrar ainda hoje presente no
âmbito das ciências humanas e do questionamento de muitos intelectuais quanto à cientificidade
da pedagogia, a investigação científica do fenômeno educativo é uma realidade da qual os manuais
de História da Educação são testemunhos claros (LUZURIAGA, 1971; MANACORDA, 1989;
CAMBI, 1999).
Nas últimas décadas do século XX, é possível perceber que a pedagogia passa a adquirir maior
autonomia científica. Estudos de Schmied-Kowarzik (1983) tomam a pedagogia como uma ciência
prática. Genovesi (apud SAVIANI, 2007) acentua que a pedagogia é uma ciência autônoma porque
tem uma linguagem e um método próprios, o que lhe possibilita gerar um corpo de conhecimentos,
experimentações e técnicas para a construção de modelos educativos. Como ciência, oferece
modelos formais sobre a formação do indivíduo, justificados racionalmente e logicamente
defensáveis. Essa compreensão da pedagogia como ciência, segundo Saviani (2007; 2008), evoluiu
de uma compreensão dialética da relação entre a teoria e a prática: ainda que se constituam em
aspectos distintos, salienta-se a sua inseparabilidade. O ato de antecipar mentalmente o que será
realizado significa que a prática é determinada pela teoria, sendo que quanto mais sólida for a
teoria que orienta a prática, tanto mais consistente e eficaz será a atividade prática.
Como não poderia deixar de ser, a pedagogia pertence ao campo das disputas epistemológicas e
sociais. Tendências contrapostas têm atravessado o seu percurso e a sua experiência em busca da
hegemonia no campo educativo. Assim, pedagogia conservadora versus pedagogia progressista,
pedagogia católica versus pedagogia leiga, pedagogia autoritária versus pedagogia da autonomia,
pedagogia da essência versus pedagogia da existência, pedagogia tradicional versus pedagogia
nova.
5. OBJECTO DA PEDAGOGIA
O Pedagogo não possui quanto ao seu objecto de estudo um conteúdo intrinsecamente próprio,
mas um domínio próprio (a educação), e um enfoque próprio (o educacional), que lhe assegurara
seu carácter científico. O objecto de estudo do Pedagogo compreende os processos formativos que
4
actuam por meio da comunicação e intercâmbio da experiência humana acumulada. Estuda a
Educação como prática humana e social naquilo que modifica os indivíduos e os grupos em seus
estados físicos, mentais, espirituais e culturais.
Nesta ordem de ideia, o Objecto da Pedagogia é a prática educativa, ou seja, o fenómeno educativo.
6. RAMOS DA PEDAGOGIA
Aspectos fundamentais da Pedagogia
Aspectos científicos – apoiam se nos dados apresentados pelas ciências, pôs a Pedagogia moderna
procura estabelecer o que é educação. Se apoia principalmente nos dados da ciência que estudam
o comportamento humano.
Aspectos técnicos – refere se a técnica educativa, ao como educar. Situa se entre o filosófico e o
científico, isto é, entre o que deve ser e o que é, ligando o ideal ao real. Sob o aspecto técnico estuda
se:
5
➢ As normas e directrizes orientadoras da parte estática e dinâmica de cada Escola;
➢ Os métodos e as práticas de ensino;
➢ As técnicas do trabalho Escolar.
História da Educação
Filosofia da Educação
Aspectos Filosóficas
Educação Comparada
Política Educacional
Biologia Educacional
Sociologia Educacional
Administração Escolar
Higiene Escolar
Orientação Educacional
6
Libaneo, diz a Didáctica e as metodologias específicas das matérias de ensino formam uma
unidade, mantendo entre si relações recíprocas. Trata da teoria Geral de ensino. As metodologias
específicas, integrando o campo da Didáctica, ocupam-se dos conteúdos e métodos próprios de
cada matéria na sua relação com fins educacionais.
O método não diz respeito aos vários saberes que são transmitidos, mas sim, ao modo como
se realiza a sua transmissão. Podemos definir um método pedagógico como:
Uma forma específica de organização dos conhecimentos, tendo com conta os objectivos do
programa de formação, as características dos formandos e os recursos disponíveis.
7
7.1. Tipologia Dos Métodos Pedagógicos
Estamos longe de uma classificação universal dos métodos pedagógicos. Roger Mucchielli, por
exemplo, propôs uma classificação dos métodos baseada num "continuum" desde os
completamente "passivos" aos mais "activos". Pierre Goguelin agrupou-os em três grandes grupos:
Métodos Afirmativos (expositivos e demonstrativos), Métodos Interrogativos e Métodos Activos.
Actualmente esta classificação tende a ser feita em função do recurso pedagógico que é
particularmente valorizado.
8
3. Deve desenvolver, não apenas a sua formação intelectual, mas também as suas aptidões
manuais, assim como a sua energia criadora (educação integral);
4. A matéria de ensino deve ser organizada de uma forma que produza um efeito global na
formação do aluno (ensino global);
5. O ensino deve contribuir para a socialização do aluno, por meio de trabalhos em grupo,
respeitando e fortalecendo sempre a individualidade dos alunos. A educação é vida e
educar é preparar para a vida (ensino socializado).
Estes métodos tem vindo a impor-se devido a cinco razões essenciais: a)A crescente importância
dada às vivências individuais; b) O aumento da motivação ligada a actividades que envolvem
directamente o formando; c) A necessidade incrementar os hábitos de trabalho em grupo, para o
aperfeiçoamento das relações humanas; d) A mudança do papel do formador, este deixou de ser
visto como o detentor do saber, para ser encarado como um facilitador e animador; f) A evolução
dos métodos de controlo, que passaram de um sistema de autoritário, para outros baseados no auto-
controlo, auto-avaliação dos indivíduos e do grupo.
A escolha do método, como escreve Lucília Ramos, é tudo menos inocente. Esta escolha pode
determinar a "selecção" em termos de resultados finais. Não nos podemos esquecer que num grupo
de formandos existe uma enorme diversidade de estilos e de ritmos de aprendizagem, e através da
escolha e da aplicação correcta dos métodos, os formadores fazem a gestão destas diferenças.
Assim, se nenhuma escola é inocente, à partida qualquer escolha implica o sucesso ou o insucesso
de alguns formandos.
9
8. A HISTÓRIA DA PEDAGOGIA EM MOÇAMBIQUE
A educação em Moçambique não teve sempre as mesmas características, conforme constatou na
reflexão que acabou de fazer. Deste modo, considerando a Independência Nacional (1975) como
marco referencial, a caracterização da educação em Moçambique pode ser dividida em dois
grandes períodos: o período antes da Independência e o período pós-Independência.
Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária no
ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas primárias na
Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço Marques.
Em 1846 foi publicada a primeira providência legal para a organização da instrução primária no
ultramar português; depois de 1854 foram criadas, por decreto, as primeiras escolas primárias na
Ilha de Moçambique, no Ibo, Quelimane, Sena, Tete, Inhambane e Lourenço Marques.
A 30 de Novembro de 1869, foi reformado o Ensino Ultramar, onde se decretava o ensino primário
obrigatório, dividido em dois graus, com duas classes cada, em que as escolas estavam sob tutela
das missões católicas.
10
8.3. Dois Subsistemas De Ensino Do Sistema De Educação Colonial
Um dos maiores marcos da educação colonial em Moçambique é a vigência de dois subsistemas
de ensino, nomeadamente:
Neste sentido, o sistema de ensino em Moçambique era de dois tipos, correspondendo a duas
concepções de educação para indígenas e educação da elite, para o colonizador e assimilado.
Foi a partir de 1930, com a assinatura dos acordos missionários (A concordata em 1940 e o
Estatuto missionário em 1941) que o governo impôs uma política rigorosa de educação e
assimilação em Moçambique. Com a assinatura da Concordata e do Estatuto Missionário, o Estado
transferiu para a igreja a sua responsabilidade sobre o ensino rudimentar, comprometendo-se a dar
um apoio financeiro às missões e às escolas católicas.
Enquanto nas zonas rurais os moçambicanos dispunham de escolas das missões, os centros
administrativos dispunham de escolas oficiais e particulares para os brancos e assimilados. Era um
ensino relativamente evoluído em comparação com o ensino para indígenas.
11
A FRELIMO implementou um tipo de escola ligada ao povo, às suas causas e interesses. A
educação realizada nestas escolas era essencialmente política e ideológica, uma vez que estava
condicionada pelos factores que têm a ver com a natureza revolucionária da luta conduzida pela
FRELIMO.
12
9. CONCLUSÃO
Após ter feito pesquisas e apresentados as mais importantes relacionado ao tema foi possível
cincluir que a pedagogia se preocupa sempre com os estudos dos ideais de educação e dos
processos que envolvem técnicas para melhorar, aperfeiçoar e estimular capacidades. Graças ao
profissional de pedagogia que a formação profissional e pessoal de uma pessoa é moldada.
Além de instituições de ensino, é possível receber educação no ambiente familiar, em que os pais
ou responsáveis compartilham o conhecimento com os filhos. É possível também se autoeducar,
ou seja, buscar por si só o aprendizado. Essas situações configuram uma educação informal.
A importância da Educação vai além daquilo que é aprendido na escola, em que o indivíduo
adquire conhecimentos sobre diversas áreas do conhecimento. A Educação é o exercício do
conhecimento estabelecida por meio das interações sociais, fundamentais para a vida em sociedade
Ela é uma prática existente em qualquer sociedade ou cultura, desde os primórdios da humanidade,
uma vez que é responsável pela manutenção, organização, perpetuação, transformação e evolução
da sociedade.
13
10. REFERÊNCIAS
(17 de Abril de 2022). Obtido de sopra-educacao: https://sopra-
educacao.com/2021/02/13/conceito-objeto-e-objetivos-da-pedagogia/
FRANCO, A. M., LIBÂNEO, J. C., & PIMENTA, S. G. (2007). Elementos para a formulação de
diretrizes curriculares para cursos de Pedagogia (Vol. 37). São Paulo: Cadernos de
Pesquisa.
LIBÂNEO, J. C., & PIMENTA, S. G. (1999). Formação dos profissionais da educação: visão
crítica e perspectivas de mudanças (68 ed., Vol. 20). Educação e Sociedade Campinas.
SAVIANI, D. (2007). Pedagogia: o espaço da educação na Universidade (Vol. 37). São Paulo:
Cadernos de Pesquisa.
14