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A FILOSOFIA AFRICANA
DOCENTE:
DISCIPLINA: FILOSOFIA
1.1. Objectivos.................................................................................................................... 1
3. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 6
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 7
1. INTRODUÇÃO
No presente trabalho, irei abordar assuntos relacionados à filosofia africana que
historicamente, o povo africano foi vítima da colonização europeia. Com as viagens apelidadas
de «Descobrimento», os europeus conheceram outros povos, que foram julgados em
comparação com os usos e costumes da cultura ocidental. Por isso, houve uma série de
filosofias concebidas por ocidentais que se esforçavam por denegrir a personalidade dos negros
no mundo. Os estudos da época, quer antropológicos, quer sociológicos, preocupavam-se em
provar, em todos os sentidos, a superioridade dos povos do Ocidente em relação aos outros
povos, sem que estes últimos, no entanto, tivessem respostas imediatas escritas para contrapor
as teses dos ocidentais. A Teologia, a Filosofia e o Direito desempenharam um papel
fundamental neste processo.
A Teologia definiu o povo negro como descendente de Cham, um homem que viu a nudez do
pai. Portanto, o homem negro aparece como símbolo de maldição. Neste caso, o negro
pertenceria à geração dos condenados de Deus.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
❖ Este trabalho detém como objectivo geral, falar sobre a filosofia africana.
1.2. Metodologia
Este trabalho foi orientado por uma abordagem qualitativa em que utilizaram-se livros,
pesquisas profundas feitas na internet e artigos baixados na mesma, métodos estes que
permitiram obter uma melhor compreensão do tema.
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2. A FILOSOFIA AFRICANA
A expressão filosofia africana é usada de múltiplas formas por diferentes filósofos. Embora
diversos filósofos africanos tenham contribuído para diversas áreas, com
a metafísica, epistemologia, filosofia moral e filosofia política, uma grande parte dos filósofos
discute se a filosofia africana de fato existe, embora o registro de pensamento africano remonte
a pelo menos cinco milénios atrás na filosofia egípcia antiga. Um dos mais básicos motivos de
discussão sobre a filosofia africana gira em torno da aplicação do termo "africano", ou sejaː se
o termo se refere ao conteúdo da filosofia ou à identidade dos filósofos. Na primeira visão, a
filosofia africana seria aquela que envolve temas africanos ou que utiliza métodos que são
distintamente africanos. Na segunda visão, a filosofia africana seria qualquer filosofia praticada
por africanos ou pessoas de origem africana.
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culturas africanas. Todavia, as suas pesquisas, que se apelidaram de Filosofia africana, foram
alvo de severas críticas , principalmente pelas seguintes razões . As abordagens feitas por tais
intelectuais descreviam, na sua maioria, práticas habituais dos africanos, afirmando-se como
Filosofia africana. Estes estudos, quando eram feitos por africanistas não-africanos , denegriam
o africano. O sacerdote belga Placide Tempels, por exemplo, dizia que o africano tinha uma
lógica menor.
Tempels dizia que existe uma filosofia do negro, só que esta é diferente na forma e no conteúdo
da Filosofia europeia. Por estas e outras razões, os críticos opuseram-se à existência de uma
Filosofia africana. Contudo, não podemos desprezar Tempels, pois a sua abordagem tinha
como fim o reconhecimento do negro como homem pelos colonizadores . Por conseguinte, os
seus estudos contribuíram bastante para a redefinição do relacionamento entre o Ocidente e o
povo negro.
1. Reivindicando que existe uma Filosofia africana, estamos a cair na ratoeira colonialista e
racista que insiste que um africano é diferente de um europeu. Portanto, qualquer referência à
Filosofia africana obriga-nos a definir África em relação à Europa. Logo, não podemos aceitar
que haja uma Filosofia africana que claramente nega a Filosofia em geral.
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2. Filosofia, no seu sentido restrito, é uma disciplina científica, teorética e individual, assim
como a Linguística, a Álgebra e portanto, não se pode substituí-la por crenças populares,
práticas tradicionais e comportamento popular de um povo qualquer. A Filosofia não se deve
identificar com o mito ou com a religião tradicional.
4. Todo o projecto de edificar uma Filosofia africana é um projecto europeu de demarcar a todo
o custo a civilização africana da europeia. Por isso, dizer que os africanos têm a sua própria
civilização quer dizer que a civilização africana é fixa e está mumificada nas tradições antigas,
que todo o poder do africano reside no passado, nas tradições dos seus antepassados. Os
filósofos que encaram a Filosofia a partir do ponto de vista do passado designam-se por
etnofilósofos e são europeus. Tentam sufocar a capacidade criativa dos africanos porque
esperam que os filósofos africanos sejam simples activistas das suas tradições culturais, em vez
de pensadores originais.
5. Todos concordamos que a Filosofia africana não pode nascer ex nihil (do nada) , mas que
necessariamente parte da herança cultural. Contudo, esta herança cultural não consiste apenas
em olhar para atrás. A Filosofia africana deve ser uma confrontação criativa das suas ideias
com o presente e o futuro.
6. O papel criador da Filosofia africana tem de ser desempenhado por filósofos africanos que
são sujeitos da actividade filosófica. A africanidade da Filosofia africana só emerge a partir de
uma actividade filosófica de discussão e crítica dos africanos que são filósofos. A africanidade
consiste na pertença dos filósofos ao continente africano. A africanidade não consiste em falar
da África ou em tratar de problemas africanos, pelo contrário, consiste na partilha e na conversa
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entre africanos que são filósofos qualificados e profissionais que usam a razão de maneira
crítica e criadora.
❖ Tempels (belga);
❖ Alexis Kagame (ruandês);
❖ John Mbiti (queniano) e;
❖ Vicente Mulago (congolês).
Estes pensadores queriam somente encontrar bases psicológicas para implantar o Evangelho
no terreno africano sem prejudicar ninguém.
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3. CONCLUSÃO
Tendo em vista o exposto, compreendi que os defensores da etnologia afirmam que não existe
filosofia africana porque em África os conhecimentos são transmitidos por meio da oralidade.
Estes conhecimentos encontram-se nos contos, provérbios, lendas, mitos.
A etnologia é ciência dos povos sem escrita, sem história. O que existe na Africa é etnologia,
não Filosofia.
E finalmente que para os etnólogos, África não tem Filosofia porque não escreveu os seus
conhecimentos, eles transmitem-se pela oralidade. O ocidente tem história porque escreveu.
Os seus conhecimentos são obtidos pela escrita.
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4. REFERÊNCIAS
(06 de Junho de 2022). Obtido de Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_africana
Geque, E., & Biriate, M. (2010). Pré-Universitário-12 (1ª ed.). Maputo, Moçambique:
Longman Moçambique.
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