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500 anos: t6picas em Historia da Educacdo José G. Ganda’ VIDAL, Diana G., HILSDORE, Maria L. (orgs.). 500 anus: tpicas em Histéria da Educagdv. Sto Paulo: EDUSP, 2001, Questoes provocativas. Sel Upicas. Abordagens © necessaria. to 500 anos — Tépicas em Historia da Fducagdo, Argumentos refinados. O | organizado pelas professoras Diana Vidal © Maria Lucia Hilsdorf, pela focalizagio € pelo tratamento a que os problemas selecionados foram submetidos, impede qute 08 500 anos sejam representados sob © signo da festa, possibilitando uma teflexio aguda acerca das questoes presentes no livro. Assim, permite que educadores/as, de modo geral, € historiadores/as da educagdo brasileira tenham acesso a textos cuja marca os situa em uma fecunda regio de critica a historiografia mais consagrada da area de historia da educagio. Com esse trago, os onze ensaios do livro colaboram para recriar velhos objetos €, 20 mesmo tempo, valorizar outros que, com algum: freqiiéncia, sio relegados a um plano secundirio, © periode amplo © a perspectiva de sintese que o mesmo sugete nao tem lugar nessa coletinea. Ao escapar da légica do grande panorama, tal decisdo criow condigdes para que os autores pudessem aprofundar e prefigurar com mais preciso os recortes * Professor me Universidade do Rstaito de Riode Janeiro’ Doutor em Ruducagao na drea de Histiria da tducagde eHlistoringrafia pela Universidade de Sito Valo, Educacao em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dezi2001 £ = 3 2 232 tematicos, temporais, geogrificos ¢ conceituais sob a responsabilidade de cada um. A subversio assinalada, contudo, nao abandona a temporalidade dos cinco séculos, presente ¢ insinuada na organizagio da obra. Com isso, 0 leitor € remetido a questoes tipicas, a lugares de argumentacao sobre educacao de séeulo XVI ao século XX ou, caso prefiram, da Col6nia aos dias atuais. O mode como 0 leitor € remetido a essa temporalidade constitui-se em uma abordagem instigante, dilacerando marcos construidos € consolidados a partic da aderéncia &s clissicas sobredeterminagdes da politica e/ou da economia, com base nas quais, nessa perspectiva, a cducacao € dada a ler. Ao promover essa espécic de corrosdo, 0 fendmeno educacional é representado sem simplicidade ¢ sem simplificagdes, pois é reculocado na condigao de objeto que integra ¢ configura a culture de modo complexo, mediatizado por incontaveis e, por vezes, inesperadas conjuncdes. Nessa obra, a fé, © livro, © analfabetismo/ignorancia, a regiio, a raga, o tempo, a leitura, 0 trabalho, o género, a infaincia ea imprensa foram constituidos em lugares por intermédio dos quais a educacao se faz perceptivel, varidvel, compreensivel Ao enfrentar 0 desafio de discutit io e valor clementos da estrutura, funca da cultura escolar jesuitica do séeulo XVIL, Joao Hansen o faz considerando o presente daguele tempo, evitando ‘universalizar a matriz de interpretacao que tem como hase as categorias iluministas ¢ liberais. Ao evitar o anacronismo que denuncia, Hansen desenvolve seu estudo: tomando por base a concepgao de ensino exposta na Ratio Studiorum de 1599, explorande ao longo de seu trabalho a tese de que o modelo educative que a mesma procura instituir € a de que “o conhecimento deve ser produto da pritica coletiva dos padres que repetem saberes autorizados como aplicagio imediatamente itil.” Nesse sentido, a enciclica examinada é lugar no qual encontram-se condensados alguns dos tragos que tpificam a Companhia de Jesus, desde a sua fundaco, ao mesmo tempo que institui uma espécie de programa ou de “pregagao universal” que pautaria a agio pedagégica da propria ordem religiosa: os procedimentos, o regulamento, a estrutura do ensino, os contetidos ¢ finalidades, a reparticao do tempo, as rotinas, as regras de ensino, avaliagao e classificaciio dos alunos e a defesa de um ensino aproximade da experiéncia dos discipulos. Ao admitir que a historiografia constitui-se em uma invencao do século XIX, Andréa Daher provocativamente se propés a examinar um optisculo impresso Educacéo em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dez/2007 no século XVI, chamando atengdo para “a fungio teolégico-politica evidente no momento de sua producio ¢ consumo", ressaltando que o impresso de Pero de Magalhies Gandavo funciona, 20 mesmo tempo, como testemunho, imortalizando a histéria da nova terra e, tumbém como propaganda da descoberta e dos descobridores. Nesta linha, o impresso letia exercido um significative papel na produgio da meméria da prépria colonizacdo portuguesa, O jogo de luzes e sombras é a metifora que corta e organiza o texto de Maria Lucia Palkires-Burke. Podendo ser situado no cumpo dos estudos das idéias pedagogicas, esse texto incita o leitor a Promover uma revisio da historiografia que aborda o iluminismo, ao caracteriza- lo como um tempo e€ procedimentos recobertos por luz. ¢ sombra, traco que, segundo a autora, comparece, com variagées, também nos dias atuais. Se o ituminismo colaborou para construir a representagio do homem, de todo homem, como capaz de um aprimoramento continuado, ao mesmo tempo, promover o aparecimento do amalgama entre instruir e subverter, elemento que passou a fazer com que a educagio das massas ignorantes e iletradas fosse (e seja) objeto de postergacao. Evitando afirmagées ficeis, Burke examina essa hipétese por intermédio da analise de duas reformas: uma ocortida na Inglaterra e outra na Austria ¢ Pri: sia. Em ambas, a decisio. acerca da difusio plena do conhecimento foi matizada pelo receio de que a instrucko de todos pudesse representar © fim do sonho do projeto ituminista e, neste sentido, manter uma ignorancia sob controle teria sido uma estratégia da ilustragio, Reconhecendo um movimento de fertilizagdo na acca de Historia da Fducacio, expresso na formulacio de novas eixos de investigacio, fontes e de revalotizaco de periodos mais recuados, Maria Lucia Hisldorf debate 0 proceso de escolarizagio em Sie Paulo, tomande por base um rico patriménio documental ido de Sia existente no Arquivo do Est Paulo. Ao caracterizar esse material, a autora defende enfaticamente que apesar de ter como “origem a acao_politico- administrativa das autoridades governamentais”, seu contetido niio pode ser classificado como “meramente burocratico”, Nessa linha, a autora assinala que, devidamente interrogados, os documentos desse acervo referem-se os agentes da educacdo € ensino, as instituig6es desconhecidas ou desconsideradas e as multiplas préticas sociais, educacionais ¢ pedagogicas, o que, segundo ela, “permite ressignificar 0 que era o escolar e a nao escolar na educacio, Educagao em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dez/2001 . 6... . Resenhas 233 Resenhas 234 paulista da primeira metade do século XIX", A partic daf a autora realiza um esforco bem sucedido de discutit as praticas liberais ¢ ilustradas na Provincia de Sio Paulo na primeira metade do séeulo XIX, acompanhando a iniciativa de. dois paulistas ilustrados ¢ de uma instituigio voltada para a educagao feminina, apresentando um mapa de representagdes acerca da leitura, do cotidiano das aulas, da acto dacente, dos métodos, dos materiais pedagégicos ¢ do espaco escolar. Mapa que permite problematizar, por exemplo, a cléssica representacao dos docentes como ang rOnicos, incapazes € desligados da realidade social, mal remunerados, desassistidos, rotineiros e conservadores, bem como a educagio que era reservada as meninas. A trajetéria de um esctavo constitui- se no mote para que Cecilia Cortez reconsidere o cardter extraordinirio da mesma, inserindo-a como uma possibilidade experimentada por Luiz Gama, no ambiente cultural especifico de Sao Paulo, saturado pela questo, da escravidio € por ocupagées inéditas exercidas por negros e negras, inclusive aquelas associadas & leitura ¢ escrita ‘Tomando como fonte a carta autobiogrifica redigida pelo ex-escravo, Cecilia ndo perde a oportunidade de tematizar o cardter da escrita e dessa modalidade especifica de registro, ber como dos processes criminais nos quais Luiz Gama teve participactio. Com isso, tece uma rede de complexas relacdes experimentadas, devolvendo a trajetoria singular do negro-escravo ao interior dos movimentos mais amplos do grupo social de que fazia parte: Adotando a nogio de que © tempo é uma construgiio social, Luciano Mendes € Tarcisio Vago enfrentam o desafio cle refletir acerca da construgio do tempy escolar, tomande como referéncia reformas educacionais do inicio dos séculos XIX € XX. Nas reformas examinadas, a questio metodolégica recobre e legitima as Gecisdes relativas a distribuicho, reparticio uso do tempo no interior da organizagio escolar, Nesse sentido, vao sendo delineados 0 ano letivo, scus periados cle aula ¢ de férias, a semana escolar, © dia letive, com instalaciio dos marcos definidores de sua duracio, os turnos € também 0 hordrio dlestinado aos estucos © recreios, Delineia-se, deste modo, 0 proprio calendario escolar em seu sentido mais abrangente. Além disso, assinalam que © debate, os encaminhamentos e as decisdes relacionados a estas questées implicaram também na incorporagio, por parte da escola, de equipamentos voltacos para o controle da uniformizagio da rotina escolar, incluindo-se af os relégios, campainhas ¢ sinetas Educacao em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dez/2001 Tais demarcagdes supdem, igualmente, a produgio de uma estrutura de controle hierarquizada 4 qual compete controlar a execucio da reforma em seus mtltiplos desdobramentos, inclusive naqueles relativos ao tempo. No exame desse aspecto, os autores surpreendem poderes articulados, mas nem sempre sintonizados na mesma frequéncia. Por exemplo, ao flagar argumentos dissonantes dos inspetores de ensino ¢ professoras das escolus isoladus e diretoras dos grupos escolares, os autores indicam pistas em que se torna perceptivel que a letra da reforma nao € rebatida especularmente nas priticas escolares, localizandy, postanto, nos registros dos focos de agentes escolares problematizagdes em relacio a racionalidade que a reforma procura impor, No caso, podemos perceber que as professoras e diretoras reivindicam o Gireito de agirem como artesis do tempo na escola, impondo limites linearidade € uniformidade tipificadas © controladas no Ambito da reforma analisada. Assim, deslocando-se de uma reforma para outra, de um século para outro, os autores exploram com habilidade a tese da escola como uma invengao hist6rico- cultural em que os sujeitos a inventam e reinventam continuadamente; movimento este que, na 6tica dos autores, promove, simultaneamente, a Educagao em Revista, Belo Horizonte, n® 34, dez(2001 . reinvengao dos préprios sujeitos envolvidos com a escola, © que fica provocativamente demonstrado no modo peculiar como abordam a questio do tempo escolar. A questio da leitura, recortack pelo estudo dos impressos de destinagdo pedagégica, delineia o problema que Marta Carvalho enfrenta com aguda sensibilidade e cautela, Procurando problematizar as condi es de produgio, circulagio € apropriagao dos referidos impressos, a autora alerta que “se, por um lado, € necessirio situar o impresso de uso escolar relativamente as modalidades diferenciadas de concepgao, pedagégica que presidem a sua producto e distribuigao, por outro € necessario pensar que, uma vez produzido ¢ distribuido, o impresso pode ganhar vida propria, sendo objeto de usos nao previstos pelas regras que presidiram a sua producdo”. O que significa, para a autora, que “o impresso pode comportar usos muito diferenciados em tempos ¢ espacgos distintos”. A autora também chama a atencio para as situagdes em que © impresso € utilizado como fonte para a pesquisa. Neste caso, ela lembra que a sua credibilidade como fonte encontra-se “largamente dependente da possibilidade da circunscrever, com o recurso a outras fontes, situagdes de uso bem configuradas” Resenhas 235 Resenhas 236 Ancoracda nesses elementos, a autora procura examinar os discursos que buscaram legitimar-se como saber pedagégico de tipo novo, moderno, experimental ¢ cientifico. Para tanto, recorre ao exame da experiéneia paulista, na virada do século XIX para o XX, desenvolvendo reflexdes acerca da implintagdo da Escola Modelo, anexa a Escola Normal, ¢ da iniciativa de professores desta instituigio em criar uma revista, A Eschola Publica. E por intermédio do exame deste periddico, constituidle em documento-fonte, que a autor explora o modelo de pedagogia como “arte de ensinat” que 0 tal periddico procuta instituir ¢ legitimar Na conclusdo de seu estudo, a autora explora a inflexio ocorrida com a entrada em cena dos discursns da “escola ativa”, assinalando que « partir dai se estabelece uma outta relagia com o impresso, elegendo-se 0 livro e a biblioteca de educagio como novas estratégias de modelacio de uma nova cultura pedagégica. Criticando a historiografia existente acerca da historia da instrugie profissional, o estudo de Carmen S$. V. Moraes desenvolve uma reflexio instigante sobre esta modalidade de ensino ¢ seu processo de estruturagao e desenvolvimento no Estado de So Pauilo. Para tanto, ao longo dessa escrita o leitor € remetido ao estudo de um conjunto de instituigdes de formagio profissional, sendo colocado frente as representagdes de trabalho e de trabalhador que cada uma delas procurou instituir ¢ legitimar. A autora, entao, nao perde a oportunidade pura marcar e discutir a existéncia de um fluxo entre a ordem, a l6gica ¢ a racionalidade do mundo. do trabalho ¢ 0 que se processa no interior das escolas oficiais de formagao profissional. Fluxo este que sofre deslocamentos, com impactos conceituais e priticos, gerando, novas experiéncias © intervengdes no campo do ensino profissional. Partindo de um debate conceitual acerca a categoria género, amparadas em ‘uma bibliografia de primeira lint, as autoras do nono texto desenvolvem um esforco de localizé-lo no ambito do movimento observavel na historiografia da educacko brasileira. Além disso, selecionaram dua questoes delicadas, relutivas & construcio de representagdes acerca das competéncias e atividades femininas: o volo € 0 exercicio profissional A questio do voto feminino é discutida a partir do exame de teses sobre este ponto apresentadas na Il Conferéncia Nacional de Educagio (Belo Horizonte, 1928). De acordo com Diana Vidal © Marilia Carvalho, esta foi a vinica tese desse evento que provocou polémiea, fato que as autoras registraram com qualidade singular, promovendo uma fértil refle sobre a tensao evidenciada e as representagdes de mulher, feminino, Educagao em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dez/2001 homem e masculino presentes naquele debate caloroso e emblemiatico. O trabalho feminino fora do ambiente privado, doméstico, que constitui 0 segundo nUcleo de reflexo das autoras, € desenvolvido por intermédio de uma complexa conjungdo na qual os argumentos higiénicos, urbanos, morais, religiosys, sociolégicos e familiares sao mobilizados a favor ou contra o magistério feminino. Tal diseussio faz emergir a provocativa tese do celibato feminino, condigao necessaria para autorizar o trabalho da mulher como professora, scgundo seus defensores. Da reclusiio ao lar 20 exercivio profissional balizado pelo alendimento a certas exigéncias € condigées, as autoras produzem uma Fértil reflexto acerca do processo de ingresso das mulheres no magistério ¢ do fenémeno da feminizacao detectavel, em um primeiro momento, no nivel primdrio da escolarizagao, fundamento para que as autoras afirmem com propriedade que “ser professora, assim ser mulher professora, nem sempre foi 2 mesma coisa” Ao tematizar 2 inflincia e a legislacao correlata a sua escolarizacao, Tizuko Kishimoto possibilita que se perceba a lei como um discurso construido, o qual guarda uma intima relago com os escopos € representagdes culturais legitimados em um determinado periodo. Nessa linha, a autora examina um conjunto expressivo de representagdes construidas ¢ veiculadas acerca da infincia indicando como tais referéneias marcaram © produziram instituigoes e o proprio modo como a legislagio trata a questio. De Froebel 4 nova Lei de Diretrizes € Bases da Educagio Nacional (Lei 9394 de 20/12/1996), passando por Menczes Vieira, e John Dewey, a autora apresenta um panorama indicative dos movimentos pelos quais passou a formacio da criangu de 0a 6 anos de idade. Acentua que este debate fem impacto nas definigdes conccituais, legislativas ¢ institucionais tanto aquelas voltadas para 0 atendimento, como as de formacao de profissionais para a educacio infantil, por exemplo. Ao concluir, a autors no se furta de apontar uma série de desafios contemporiineos associacdos ao problema da infaneia, configucando uma espécie de agenda que deveria pautar os debates sobre 4 problemstica da inBincia nos dias atuais. © Ultimo texto do livro dedica-se ao debate acerca das fontes, da localizaciio e dla geragdo dos instrumentos de pesquisa, tomando como ponto de partida as possibilidades vislumbradas a partir da experiéncia com a pesquisa de revistas especializadas em educacdo “existentes no Estaclo de Sio Paulo”, que exigiu a identificagio das mesmas nos acervos dla cidade de Sido Paulo e em outns do interior do Estado, base pura o conhecimento das publicagdes pedagégicas ¢ posterior elaboracio de um Educagao em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dez/2001 . . . Fee Resenhas 237 Resenhas 238 catalogo dos periddicos ¢ guias de referencia temiticos acerca da formacio/ educacio feminina € formacio de professores/saberes pedaggicos. ‘Ao longo do texto, Denice Catani Cynthia de Sousa, °s autoras, dao noticias importantes acerca dis iniciativas mais expressivas ja desenvolvidas em outros paises (Belgica, Italia, Portugal © Franca), além de indicarem o estado da arte acerca desta questo no Brasil. Gonsiderando estes esforcos, as autoras narram as possibilidacles, limites e perspectivas que orientaram a condugo da investigagio por elas realizadas, além de indicarem a necessidade de empreendimentos para integrar sistematizar os estudos acerca da imprensa pedagégica brasileira desenvalvidos em outras instiruigdes Com base no esforgo descnvolvide, as autoras sublinham que, “sendo os sso tio periddicos uma via de act privilegiada as diversas configuragdes da vida no campo ecucacional e as varias dimensoes da cultura escolar, a multiplicagzo dos estudos que sistematizem informagdes sobre os periédicos, a prépria localizagao e estabelecimento do ciclo de vida dos mesmos torna-se vital para a Historia da Educacio”, Onze t6picas. Ao final o leitor ficari com a sensagao que, menos du que fragmentos, ele tem diante de si o objeto educacional recortado com refinamento, sugerindo intimeros e inesperados entrelagumentos, inclusive com questées ¢ problemas mio enfatizados ou até mesmo ausentes desse Jivro, como a questiio do espace escolar, dos processos de disciptinamento, da relacio entre higiene e educacio, da presenca cle agentes de modelagio como os partidos politicos, entidade académicas; de instituigdes de formacio ‘indicais, estudantis & como as religiosas, militares e comunitarias; dentre outras. As tépicas em Histéria da Educacio contempladas neste livra e o modo como foram abordadas, ao apontarem para uma outra possibilidade de cscrita ca histéria da educagio brasileira, sactam em parte a nossa fome ¢ sede de entendimento acerea das miltiplas faces do objeto educacional, ao mesme tempo em que abrem 0 apetite ¢ a curiosidade dos leitores, desafiando-os a reinventarem 0 proprio modo de conceber € de intervir na arena educacional. se . . Educagao em Revista, Belo Horizonte, n° 34, dez!2001

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