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Em seu livro Uma história da leitura, Alberto Manguel afirma que a leitura
começa com os olhos, visto que as letras são aprendidas pela visão. Segundo
ele, “lemos para compreender, ou para começar a compreender. Ler, quase
como respirar, é nossa função essencial”. Desde o passado, a prática da leitura
era vista como fortalecimento da memória e ampliação e transmissão do
conhecimento adquirido pelos leitores, que se deixavam envolver pelas
histórias e se apropriavam das reflexões dos autores.
- Até parte da Idade Média, tendo em vista que poucas pessoas sabiam ler, as
leituras públicas eram comuns e os textos medievais exigiam que os ouvintes
"prestassem ouvidos" à história.
- Durante o século XIV, ler livros deixa de ser uma prática exclusiva da nobreza
e do clero e passa a ser exercida também pela burguesia.
- Entre 1450 e 1455, Johann Gutenberg produziu uma Bíblia com 42 linhas por
página – o primeiro livro impresso com tipos – e levou as páginas impressas
para a Feira Comercial de Frankfurt, na Alemanha. Pela primeira vez, por meio
de máquinas impressoras, era possível produzir material de leitura rapidamente
e em grandes quantidades.
- Na metade do século XV, a leitura estava se tornando responsabilidade de
cada leitor individual, que devia ler por si mesmo.
- Ainda no século XIX, diversos livros costumavam ser lidos pelos burgueses
durante as longas viagens de trem. Em toda a Europa, o século XIX foi a “idade
de ouro” da leitura em público feita pelos próprios autores, tanto em residências
quanto em salas de assembleia, livrarias, escritórios, salões, entre outros
ambientes.