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c A informática educacional pode ser considerada uma área de estudo


que contribui para o desenvolvimento da educação escolarizada como um todo, que deve estar
de acordo com os objetivos definidos no plano pedagógico escolar e com as propostas da Lei
de Diretrizes e Bases da Educação. Ela visa propiciar a alunos e professores mais um
ambiente onde a aprendizagem pode ser estimulada através da união dos recursos da
informática com os objetivos particulares de cada disciplina ou visando o desenvolvimento de
projetos interdisciplinares e cooperativos.

Queremos mostrar que, a questão-chave da implantação de novas tecnologias de suporte à


educação é fazer com que o aluno tenha interesse e motivação para buscar a informação
desejada, transformando assim o paradigma tradicional da educação, de "depósito bancário,
fábrica", para a educação como entretenimento.

Entre outras características, a aprendizagem tradicional é racional (organizada, sintetizada,


hierarquizada) e lógico-matemática (dedutiva, sequencial, quantificável). A aprendizagem
virtual/interativa é intuitiva (conta com o acaso, junções não-lineares) e multissensorial
(dinamiza interações de múltiplas habilidades sensoriais).

A criatividade do estudante o conduzirá a soluções fascinantes e compensadoras para os


desafios que ele definir para si mesmo. No final de tudo, o verdadeiro valor de seu projeto será
medido pela resposta à pergunta: "Eu consegui contar a minha história com eficiência?". A
meta de seus esforços é compartilhar ideias e experiências com outras pessoas, de forma a
satisfazê-lo e comunicar a sua ideia da forma mais direta possível.

O computador, por si, não atende ao objetivo de formar o "homem social" com que sonha a
humanidade; o que formará o homem é a maneira como ele utilizará a máquina. Por isso, é
preciso que os objetivos do uso de computadores na educação em geral e na educação
especial sigam uma filosofia educacional mais ampla, que justifique sua aplicação.
Abordaremos o uso de computadores na educação a partir de uma perspectiva construtivista-
interacionista. Neste ponto de vista, o computador deve ser usado como um instrumento de
aprendizagem, em que o aluno atua e participa de seu processo de construção de
conhecimentos de forma ativa, interagindo com o instrumento de aprendizagem.

A partir dessas perspectivas, o computador poderá assumir o lugar de aprendiz, deixando para
o aluno o lugar de professor. Assim, ele vai aprender com seus próprios ensinamentos e
descobertas. O aluno adquire conhecimento a respeito de seu próprio pensamento,
possibilitando que construa sua aprendizagem de melhor forma. Portanto, o termo
construcionismo decorre da necessidade de caracterizar a interação aluno-objeto mediada por
uma linguagem de programação, como o Logo. O profissional que conhece Logo atua como
mediador dessa interação. A criança interage com o objeto, que usa métodos para facilitar a
aprendizagem e, principalmente a descoberta do aluno.

Há um argumento contrário à utilização da informática na educação: os professores ainda se


ressentem, achando que o computador ocupará seu lugar e que acabarão sendo dispensáveis.
Ora, é claro que o computador é capaz de armazenar realmente muitas informações e
organizá-las segundo seus parâmetros. Ele até é capaz de apresentá-las seguindo uma
programação predefinida, com animações, apelos sonoros, pequenos vídeos etc., mas não é
capaz de orientar um raciocínio ou conduzir uma discussão. Nem é capaz de relacionar
informações para as quais não foi programado. Assim, um computador nunca poderá ocupar o
lugar de um professor que não se limite a apenas transmitir informações. A utilização do
computador no ambiente escolar é feita para auxiliar o processo de aprendizagem, não para
conduzi-lo.

Há um argumento complicador no processo de introdução da informática educacional: a


dificuldade dos profissionais da escola e da comunidade em aceitar e empregar uma
abordagem educacional que eles mesmos não vivenciaram. A introdução da informática na
educação implica a criação de novas posturas dos profissionais da educação e sua formação;
este, sim, é o maior desafio a ser enfrentado.

Um enfoque teórico equilibrado não é simples de encontrar, principalmente porque estamos


lidando com uma situação escolar inédita e também porque nosso objeto de estudo está em
constante transformação, com o surgimento de novos computadores, novos softwares, novas
formas de relacionar esses elementos, novas políticas públicas voltadas para a área
educacional. Isso exige de nós, pesquisadores, uma atitude navegacional que permita ir e vir
por esses caminhos sem perder nosso rumo. Optamos por utilizar os estudos de Lev
Semenovich Vygotsky, no que tange ao interacionismo, para tentar amenizar algumas barreiras
citadas e fornecer um referencial teórico promissor à temática da informática educacional.c

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