Você está na página 1de 11

O ENSINO DE GEOMETRIA ESPACIAL POR MEIO DE

HOLOGRAMA: UMA POSSIBILIDADE PARA O ENSINO NA


MATEMÁTICA
Emilly Gonzales Jolandek – emillyjolandek@gmail.com
Luiz Otavio Rodrigues Mendes – mendesluizotavio@hotmail.com
Ana Lúcia Pereira Baccon – ana.baccon@hotmail.com
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
Ponta Grossa – Paraná

Resumo: Este trabalho abordará a utilização do holograma na Matemática no ensino de


geometria espacial, podendo ser aplicada em forma de oficina, para alunos do Ensino
Fundamental e Ensino Médio. Busca mostrar como as utilizações das Inovações
Tecnológicas dentro da sala de aula podem contribuir na construção do conhecimento
matemático do educando. A pesquisa traz como objetivos, mostrar como a Matemática pode
estar presente nos telefones celulares, analisar figuras geométricas planas e figuras
geométricas tridimensionais, de forma a estudar sua área, volume e angulação e
proporcionar uma visualização matemática para os educandos, utilizando a tecnologia. Com
a realização desta atividade procura-se exibir um método diferenciado para se trabalhar de
forma lúdica e atrativa, buscando trazer para dentro da sala de aula recursos tecnológicos,
como a utilização de vídeos nos telefones celulares para a criação de hologramas,
trabalhando assim o Ensino da Matemática.

Palavras-chave: Ensino da Matemática, Geometria espacial, Tecnologia.

1 INTRODUÇÃO

O Ensino da Matemática por vezes é apresentada de forma abstrata, pronta e acabada,


com aulas expositivas, onde o aluno acaba se tornando um mero receptor de conhecimentos e
fórmulas. Isso acaba acarretando no educando dificuldades de entendimento e visualização
dos conteúdos. Certamente essa forma de ensino deve ser questionada, para que venha ao
encontro da aprendizagem, de forma que o aluno venha construir seu conhecimento a partir da
mediação do educador.
O presente trabalho traz como recurso metodológico a utilização da tecnologia em sala de
aula no Ensino da Matemática. Pois, na sociedade contemporânea, ela está inserida em todos
os ambientes do cotidiano. Uma das facilidades que os avanços tecnológicos trouxe e que de
certa forma facilitou e muito a vida das pessoas, foram os aparelhos celulares, e a sua
utilização acaba sendo indispensável por muitos, isso não é diferente para as crianças e
adolescentes.
D'Ambrosio (1989. p. 19) acredita que;
Metodologia de trabalho desta natureza tem o poder de dar ao aluno a autoconfiança
na sua capacidade de criar e fazer matemática. Com essa abordagem a matemática
deixa de ser um corpo de conhecimentos prontos e simplesmente transmitidos aos
alunos e passa a ser algo em que o aluno faz parte integrante no processo de
construção de seus conceitos.

É evidente a influência das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no dia a


dia destes jovens. Portanto, o presente trabalho busca apontar como a utilização de telefones
celulares podem se tornar um aliado no processo de ensino e aprendizagem no ambiente
escolar. Para isso, nossos objetivos consistem em mostrar como a matemática pode estar
presente e pode ser utilizada nos aparelhos celulares e influenciar no processo de ensino e
aprendizagem. Dentre as atividades que podem ser feitas, destacamos: analisar figuras
geométricas planas e figuras geométricas tridimensionais, de forma a estudar sua área, volume
e angulação, e proporcionar uma visualização matemática para os educandos, utilizando a
tecnologia.
A utilização da tecnologia como forma educacional, pode proporcionar resultados
positivos para o processo de ensino e aprendizagem da Matemática. Portanto, vamos abordar
a utilização do holograma na Matemática no ensino da geometria espacial, com a utilização de
vídeos nos aparelhos celulares para a criação de hologramas, podendo ser aplicada em forma
de oficina, para alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

2 TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Os recursos tecnológicos podem servir como um instrumento facilitador no ambiente


educacional, proporcionando tanto para o professor quanto pra o educando uma interação
diferenciada durante a aula. Uma aula realizada de forma dinâmica e moderna, com
instrumentos da TIC, pode servir como um grande auxílio para o processo de ensino e
aprendizagem, sabendo que não existe um único caminho para se ensinar.
Concordamos com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ao enfatizarem a ideia de
que “a tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente educacional, propiciando a
construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e criativa por parte de
alunos e professores” (BRASIL. 1998. p. 140). Assim, a tecnologia dentro da sala de aula só
terá sentido se oferecer um melhoramento para a qualidade do ensino.
Segundo Moran (1995, apud MAINART; SANTOS, 2010, p. 04):

A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e na


forma como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis. A
presença dos recursos tecnológicos na sala de aula não garante mudanças na forma
de ensinar e aprender. A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente
educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação
ativa, crítica e criativa por parte de alunos e professores.

Percebe-se então, que o principal propósito no processo de ensino e aprendizagem através


da tecnologia é formar um aluno mais ativo, dinâmico, crítico e criativo, de modo que possa
ocorrer uma relação entre a tecnologia, professor e aluno.
Para Almeida (2007. apud GARCIA. 2013. p. 32):

A utilização das tecnologias no processo educativo proporciona novos ambientes de


ensinar e aprender diferentes dos ambientes tradicionais, e as reais contribuições das
tecnologias para a educação surgem à medida que são utilizadas como mediadoras
para a construção do conhecimento.
A tecnologia utilizada de maneira adequada pode proporcionar um rico ambiente para o
processo de ensino e aprendizagem. Acreditamos que o professor pode e deve procurar
formas diferenciadas, para aproveitar esses recursos tecnológicos em sua prática pedagógica,
podendo enriquecer a qualidade de seu ensino. Ribeiro e Paz (2012. p. 19) destaca que:

Ninguém é capaz de ensinar aquilo que não aprendeu. Somente se ensina o que se
conhece. E, para se trabalhar com Novas Tecnologias é preciso ter conhecimento
técnico e, assim saber lidar como toda essa informatização de forma a produzir bons
frutos com essa prática que é tão prazerosa e nos mostra na prática o que a teoria nos
ensina.

Sabe-se que existe uma finidade de recursos tecnológicos que podem ser utilizados como
recursos pedagógicos, e que contribuem na construção do conhecimento dos educandos, de
forma mais atrativa, dinâmica, tornando a aprendizagem do aluno mais significativa.
Entretanto deve se ter um conhecimento técnico, para que a aula apresente bons resultados.
Por vezes professores, acabam não escolhendo essa metodologia por medo de não
saberem utilizar de forma correta, ou até mesmo medo, de que os alunos tenham mais
conhecimento em tecnologia que o próprio educador.
Ao trazer para sala de aula, um filme, um documentário, uma imagem, uma música, ou
até mesmo uma apresentação de slides, complementando a aula expositiva, gera uma atração,
chamando a atenção do aluno para aquele determinado conteúdo, contribuindo para a
construção do conhecimento do educado.

3 A IMPORTÂNCIA DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA

É importante destacarmos que as inovações tecnológicas não vêm para substituir o


clássico ensino na disciplina de Matemática, onde se trabalha muito com raciocínio lógico e
resolução de problemas. Ainda é necessário que o aluno saiba utilizar estratégias em seu dia a
dia, como o cálculo mental, contas, criação de gráficos, tabelas e figuras geométricas com
instrumentos como papel, lápis, borracha e régua, por exemplo, que são essenciais para o
desenvolvimento de seu conhecimento matemático. Todavia a utilização das Inovações
Tecnológicas pode servir como um facilitador para as aulas de Matemática.
Passerino (2001, p. 08) diz que “[…] não devemos esquecer que as crianças chegam na
escola “impregnadas” de tecnologia do seu dia a dia, e esperam que na escola elas possam
usar essa tecnologia para aprender… com parceria do professor”. O professor deve mostrar
para o aluno que essas ferramentas são úteis, para poupar tempo de operações demoradas, bem
como nas construções de gráficos, tabelas ou figuras.
É importante que o educando construa um conhecimento tecnológico, desde a Educação
Básica. Sabe-se que a sociedade e o mercado de trabalho já exigem um conhecimento
tecnológico, tanto para operar máquinas, até a construção de um gráfico ou planilha. Se o
aluno vem adquirindo esse conhecimento em suas aulas de Matemática, para a construção de
conceitos matemáticos, isso irá auxiliá-lo em sua vida profissional futura.
Para Ribeiro e Paz (2012. p. 14):

A Educação Matemática tem o objetivo de transformar o ensino em um saber lógico


por meio do exercício do raciocínio. Portanto, precisa oferecer uma aprendizagem
centrada nas evoluções tecnológicas e na interdisciplinaridade, formando seres
capazes e preparados para viver e agir nesse mundo cada vez mais complexo, onde
as coisas evoluem e modificam rapidamente.
As Inovações Tecnológicas na Educação Matemática devem ajudar na formação do
educando, formando pensadores, críticos e criativos, preparando o cidadão do futuro para uma
vida social e profissional de qualidade.
Os educadores devem reconhecer e utilizar as inovações tecnológicas no ensino da
Matemática é preciso que saibam da sua importância e utilizem os telefones celulares,
computadores e outras mídias, também em sala de aula, como um aliado do conhecimento
matemático, favorecendo aos alunos uma aprendizagem Matemática lúdica, e atrativa.
Segundo Gravina e Santarosa (1998. apud. KAMPFF. et al. 2004. p. 2) “a aprendizagem
da Matemática depende de ações que caracterizem o „fazer matemática‟: experimentar,
interpretar, visualizar, induzir, conjecturar, abstrair, generalizar e enfim demonstrar”.
Sendo assim, a aprendizagem matemática, motivada pelo uso das Inovações
Tecnológicas, pode proporcionar ao educando uma grande visualização, mostrando o porquê
das abstrações matemáticas.
Segundo Herbenstreint (apud. KAMPFF. et al. 2004. p. 2), “o computador permite criar
um novo tipo de objeto – os objetos „concreto abstratos‟. Concretos porque existem na tela do
computador e podem ser manipulados; abstratos por se tratarem de realizações feitas a partir
de construções mentais”.
Os aparelhos celulares hoje acabam tendo a mesma função do computador em sala de
aula, proporcionam também criação de objetos gráficos e resolução de contas matemáticas,
através de aplicativos. Utilizando o aparelho celular o aluno acaba se tornando um sujeito
ativo, investigando e explorando os conceitos orientados pelo professor.

4 GEOMETRIA ESPACIAL E O USO DAS TICS

As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) de Matemática (2008), apresenta os


Conteúdos Estruturantes e os Conteúdos Básicos de Matemática que devem permear o Plano
de Trabalho Docente dos professores da Rede Estadual de Educação. Os Conteúdos
Estruturantes de Matemática são: Números e Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometrias,
Funções e Tratamento da Informação.
As Diretrizes destaca que o Conteúdo Estruturante Geometrias, considera o espaço como
referência, no Ensino Fundamental, de modo que o aluno tenha condição de analisá-lo e
perceber seus objetos e representá-lo. Enfatiza ainda que neste nível de ensino, o aluno deve
compreender:
 Os conceitos da geometria plana: ponto, reta e plano; paralelismo e
perpendicularismo; estrutura e dimensões das figuras geométricas planas e seus elementos
fundamentais; cálculos geométricos: perímetro e área, diferentes unidades de medidas e suas
conversões; representação cartesiana e confecção de gráficos;
 Geometria espacial: nomenclatura, estrutura e dimensões dos sólidos geométricos e
cálculos de medida de arestas, área das faces, área total e volume de prismas retangulares
(paralelepípedo e cubo) e prismas triangulares (base triângulo retângulo), incluindo
conversões;
 Geometria analítica: noções de geometria analítica utilizando o sistema cartesiano;
 Noções de geometrias não-euclidianas: geometria projetiva (pontos de fuga e linhas do
horizonte); geometria topológica (conceitos de interior, exterior, fronteira, vizinhança,
conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados) e noção de geometria dos fractais
(PARANÁ, 2008, p. 56).

Em relação ao Ensino Médio, as Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) de Matemática


(2008), destaca que se deve garantir ao aluno um aprofundamento dos conceitos da geometria
plana e espacial, mais em um nível mais complexo de abstração.
Portanto, o conteúdo de geometria espacial constitui parte importante, do currículo de
Matemática na Educação Básica. Seu estudo é direcionado a área da matemática que estuda
figuras geométricas no espaço, ou seja, possuem mais de duas dimensões e ocupam lugar no
espaço. Esses objetos tridimensionais da geometria espacial podem ser nomeados de sólidos
geométricos e por meio de cálculos matemáticos é possível calcular o volume desses sólidos,
ou seja, o espaço ocupado por eles.

Para a compreensão da geometria espacial é necessário que se faça a conexão entre 3


habilidades-imagem mental, raciocínio visual, visualização geométrico-espacial
quando isso não ocorre, há uma deficiência na percepção do aluno e no
desenvolvimento da visualização espacial. Essas deficiências de percepção e
visualização comprometem todo o processo de construção da imagem mental.
(FAINGUELERNT; NUNES, 2012, p. 115)

Entende-se que quando o professor não desenvolve essas habilidades em suas aulas, o
discente acaba criando certa barreira em relação ao conteúdo, dificultando o processo de
aprendizagem.
Uma alternativa para que se desenvolvam essas três habilidades no ensino da geometria,
como as autoras citam, seria o uso das TICs em sala de aula.
As Diretrizes Curriculares Estaduais (DCE) de Matemática (2008) propõem ainda que se
devem articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos, buscando apontar
as “relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a
abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em
patamares distintos e sem vínculos” (p. 62) e para enfatiza que os conteúdos propostos devem
ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática que
fundamentam a prática docente, sendo eles: resolução de problemas; modelagem matemática;
mídias tecnológicas; etnomatemática; história da Matemática e investigações matemáticas.
No presente trabalho buscamos fazer essa articulação por meio do conteúdo estruturante
“geometrias” e a tendência metodológica “mídias tecnológicas”, onde destacamos que com a
sua utilização é possível trazer para a aula de geometria espacial uma ampla visualização
sobre o espaço tridimensional.
Softwares e app's com recursos de “figuras em movimento” são ferramentas que podem
contribuir, para o ensino de geometria, promovendo aos alunos, uma melhor assimilação das
propriedades geométricas e matemáticas, do espaço tridimensional. Essa assimilação ocorre:

[…] a partir de exploração experimental viável somente em ambientes


informatizados, os alunos conjecturam e, com o feedback constante oferecido pela
máquina, refinam ou corrigem suas conjecturas, chegando a resultados que resistem
ao “desenho em movimento”, passando então para a fase abstrata de argumentação e
demonstração matemática. (GRAVINA, 1996, s/p)

Para beneficiar na aprendizagem do conteúdo de geometria espacial, onde os alunos


consigam ter uma ampla visualização dos sólidos geométricos, foi planejada a criação de um
holograma, para representação das figuras tridimensionais. No qual o aparelho celular
também será utilizado para a exposição das imagens, para que possam ser projetadas no
holograma a ser construído. Com o holograma construído e com o auxílio do aparelho celular,
será possível ter uma visualização do objeto no espaço tridimensional, em movimento ou não.

5 DESENVOLVIMENTO

A realização da atividade aqui proposta pode ser desenvolvida tanto no Ensino


Fundamental, como no Ensino Médio, contanto que os alunos estejam estudando, ou já
tenham trabalhado o conteúdo de geometria espacial. Está atividade pode servir para
introduzir, complementar ou concluir o estudo de sólidos geométricos.
Inicialmente para a construção do holograma é necessário alguns materiais: plástico duro
transparente, régua, papel, tesoura, fita adesiva e o telefone celular. Esse material pode ser
pedido com antecedência para que os alunos tragam na aula. O trabalho pode ser realizado
individualmente, ou em grupos. Durante a construção do holograma será possível revisar
alguns conceitos de geometria plana.
Com o material necessário, os alunos terão que construir um molde no formato de um
trapézio na folha de papel, que terão as seguintes medidas; base maior 6 cm, base menor 1 cm
e atura 4 cm.

Figura 1 – Molde para a construção do holograma.

Fonte: Os autores.

Em seguida, esse molde deve ser passado para o plástico transparente, fazendo assim
quatro trapézios. Depois disso os quatro trapézios devem ser colados com a fita adesiva de
modo que forme uma pirâmide, especificamente um tronco de pirâmide de base quadrada.
Como mostra as figuras 2 e 3.

Figura 2 – Quatro trapézios.

Fonte: Os autores

Figura 3 – Tronco da pirâmide.


Fonte: Os autores.

Ao se construir o trapézio e o tronco de pirâmide já é possível, rever ou introduzir


conceitos da geometria. Portanto, pode se trabalhar com: vértices, faces, arestas, área e
volume.
Com antecedência é importante pedir para os alunos fazer o download de vídeo para que
possa ser projetado no holograma, que pode ser encontrado no link a seguir:
<https://www.youtube.com/watch?v=D1Q9Z1aT6Do>. Há uma finidade de vídeos que
podem ser escolhidos para ser projetado no holograma, entretanto escolhemos um, onde o
discente possa ter uma ampla visualização dos sólidos geométricos.
As imagens produzidas em um vídeo para ser projetada no holograma têm um formato
diferenciado, como mostra a figura 4.

Figura 4 – Imagem do vídeo para Holograma.

Fonte: < https://www.youtube.com/watch?v=D1Q9Z1aT6Do>

Todo o vídeo pode ser visto e trabalhado no aparelho celular. Neste formato, o tronco de
pirâmide será posicionado de forma que sua aresta de 1 cm fique ao centro das figuras.

Figura 5 – Tronco da pirâmide no celular.


Fonte: Os autores.

É preciso um ambiente um pouco mais escuro para uma melhor visualização, e obter um
bom resultado, da imagem projetada. Assim o efeito causado pela reflexão da imagem no
tronco de pirâmide transparente, será muito atrativo aos olhos dos educandos, mostrando para
eles uma diferente exemplificação do espaço tridimensional. Como mostram as figuras 6 e 7.

Figura 6 – Representação do cubo através do Holograma.

Fonte: Os autores.

Figura 7 – Representação do Tetraedro através do Holograma.


Fonte: Os autores.

Com os sólidos geométricos sendo projetados, é possível explicar os conceitos não só


matemáticos sobre eles. Dessa forma, acreditamos que além de terem a oportunidade de
participarem de uma aula diferente e dinâmica, os alunos poderão ter uma melhor fixação
sobre o conteúdo.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerado que a disciplina de Matemática é considerada por muitos, de difícil


compreensão, optou-se por mostrar uma nova proposta didática para o seu ensino. Sabe-se
que não existe um único caminho, considerado o melhor, para se ensinar. Vários podem ser os
recursos que o educador pode escolher, entretanto acreditamos que o professor deve buscar
sempre um método para que possibilite uma aprendizagem mais significativa por parte dos
educandos.
Assim, White (2007. p. 233) aconselha-nos que:
O professor deve constantemente ter como objetivo a simplicidade e a eficiência.
Deve fazer grande uso de ilustrações ao ensinar […]. A educação da criança, na
escola, não deve ser como o ensino dos mudos animais; pois as crianças têm vontade
inteligente, a qual deve ser dirigida de maneira a reger todas as suas faculdades,
onde o professor deve estudar cuidadosamente a disposição e o caráter dos
discípulos, a fim de adaptar os ensinos às necessidades peculiares aos alunos.

Acreditamos que o professor deve conhecer e adaptar-se às necessidades de seus alunos.


Uma das formas com que o professor pode proporcionar para isso, fazer com que os alunos
desenvolvam suas habilidades, é fazendo a utilização das tecnologias em sala de aula. A
utilização das TICs em sala pode proporcionar uma situação de prazer e aprendizagem
significativa nas aulas de Matemática.
Ao buscar alcançar os objetivos propostos nesta atividade, o professor pode mostrar como
os aparelhos celulares, podem ajudam no processo de ensino e aprendizagem, ampliando a
visualização matemática dos educandos, no conteúdo de geometria espacial.
O uso das tecnologias como metodologia de ensino, podem fornecer meios para
motivação da aprendizagem, fazendo com que os alunos sintam um apreço maior pela
disciplina e pelo conteúdo. Neste caso, pode-se dizer ainda que o uso dentro e fora da sala de
aula ocasiona uma maior facilidade na aprendizagem matemática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

D‟AMBROSIO, Beatriz S. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano
II. N2. Brasilia. 1989. P. 15-19

FAINGUELERNT, Estela K.; NUNES, Katia R..A. Matemática: práticas Pedagógicas para o
Ensino Médio.1a ed. Porto Alegre: Penso, 2012

GARCIA, F. W. A importância do uso das tecnologias no processo de ensino-


aprendizagem . In: Educação a Distância, Batatais, v. 3, n. 1. 2013. p. 25-48. Disponível em:
<http://www.claretianobt.com.br/download?caminho=upload/cms/revista/sumarios/177.pdf&
arquivo=sumario2.pdf.> Acessado em: 25. Jul. 2016

GRAVINA. M. A. Geometria dinâmica uma nova abordagem para o aprendizado da


geometria. In: VII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 1996, Belo Horizonte.
Brasil. Anais..., 1996. Disponível em: <http://www.unifal-
mg.edu.br/matematica/files/file/JOSECARLOS/INFORMATICA2013/Biblioteca/Gravina.pd.
> Acesso em: 27. Jul. 2016

KAMPFF, A. J. C.; MACHADO, J. C.; CAVEDINI, P. Novas Tecnologias e Educação


Matemática. CINTED-UFRGS. V.2 Nº 2. 2004. Disponível em: <
http://www.seer.ufrgs.br/renote/article/download/13703/16011>. Acessado em: 26. Jul. 2016

MAINART, D. A.; SANTOS, C. M. A importância da tecnologia no processo ensino-


aprendizagem. In: CONGRESSO VIRTUAL BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO, 7,
2010. Anais..., 2010. Disponível em: <http://www.convibra.
com.br/upload/paper/adm/adm_1201.pdf>. Acesso em: 25 Jul. 2016.

PARANÁ (Estado). Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação


Básica de Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

PASSERINO, L. M. Informática na Educação Infantil: perspectivas e possibilidades. In:


ROMAN, E. D.; STEYER, V. E. (Orgs.). A criança de 0 a 6 anos e a Educação Infantil: um
retrato multifacetado. Canoas: Editora da ULBRA, 2001. Disponível em: <http://
edu3051.pbworks.com/f/Infoedu-infantil-cap.pdf>. Acesso em: 25. Jul. 2016

RIBEIRO, F. M.; GORETTI, M. O ensino da matemática por meio de novas tecnologias,


In: Revista Modelos – FACOS/ CNEC Osório. Ano 2 – Vol. 2. 2012. Disponível em: <
http://facos.edu.br/publicacoes/revistas/modelos/agosto_2013/pdf/o_ensino_da_matematica_p
or_meio_de_novas_tecnologias.pdf>. Acessado em: 25. Jul. 2016

WHITE, E. G. Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes. Tatuí: Editora Casa


Publicadora Brasileira, 2007.
THE GEOMETRY TEACHING SPACE FOR HOLOGRAM MEDIA: A
CHANCE FOR EDUCATION IN MATHEMATICS

Abstract: This paper will address the use of the hologram in mathematics in the spatial
geometry of education and can be applied in the form of workshop for elementary school
students and high school. Seeks to show how the uses of Technological Innovations in the
classroom can contribute to the construction of mathematical knowledge of the student. The
research has as objective to show how mathematics may be present in cell phones, analyze
plane geometric figures and three-dimensional geometric figures, in order to study their area,
volume and angle and provide a mathematical visualization for students using technology.
With this activity seeks to display a different method to work in a fun and attractive way,
seeking to bring into the classroom technological resources, such as the use of video on
mobile phones to create holograms, and working Teaching Mathematics.

Keywords: Teaching Mathematics, Geometry Space Technology.

Você também pode gostar