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Há também evidências sobre o papel da tecnologia no desempenho escolar.

Teoricamente, a tecnologia seria uma grande aliada por sua capacidade de diagnóstico,
individualização, personalização e interatividade ( SOSA; MANZUOLI, 2019 ; TENA; GUTIÉRREZ;
LLORENTE CEJUDO, 2019 ).

Uma opção para as famílias, em tempos sem aulas e para qualquer faixa etária, é a
leitura. A distribuição de livros antes das férias escolares gera impactos positivos em Leitura (
ALLINGTON et al., 2010 ; KIM; WHITE, 2008 ).

A pandemia também trouxe à tona as limitações do Ensino remoto, que pode


apresentar-se de distintas formas, como aulas on line , por correspondência, por televisão ou
videoconferências. Estudos que comparam o Ensino em sala de sala com o Ensino a distância,
principalmente, on line, apresentam uma grande heterogeneidade ( BERNARD et al., 2004 ;
CAVANAUGH et al., 2004 ; MEANS et al., 2009 ; MORGAN, 2015 ).

Estudos que comparam o Ensino em sala de sala com o Ensino a distância,


principalmente, on line, apresentam uma grande heterogeneidade ( BERNARD et al., 2004 ;
CAVANAUGH et al., 2004 ; MEANS et al., 2009 ; MORGAN, 2015 ).

Essa variação passa pela qualidade dos programas e de sua implementação,


especialmente, os problemas de frequência dos alunos, monitoramento do tempo gasto on line (
MORGAN, 2015 ; QUEEN; LEWIS, 2011 )

Alunos em turmas com tarefas bem selecionadas e desafiadoras aprendem mais que
seus pares ( DETTMERS et al., 2010 ).

Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias,


onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente (MORAN, José, p.1,
1994).

É ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão normalmente juntos,


fisicamente, mas podem estar conectados, interligados por tecnologias, principalmente as
telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser utilizados o correio, o rádio, a televisão, o
vídeo, o CD-ROM, o telefone, o fax e tecnologias semelhantes. (MORAN, José, p.1, 1994).

Hoje temos a educação presencial, [...] A presencial é a dos cursos regulares, em


qualquer nível, onde professores e alunos se encontram sempre num local físico, chamado sala
de aula. (MORAN, José, p.1, 1994).

Outro conceito importante é o de educação contínua ou continuada, que se dá no


processo de formação constante, de aprender sempre, de aprender em serviço, juntando teoria
e prática, refletindo sobre a própria experiência, ampliando-a com novas informações e relações.
(MORAN, José, p.1, 1994).

Na medida em que avançam as tecnologias de comunicação virtual (que conectam


pessoas que estão distantes fisicamente como a Internet, telecomunicações, videoconferência,
redes de alta velocidade) o conceito de presencialidade também se altera. (MORAN, José, p.2,
1994).
O conceito de curso, de aula também muda. Hoje, ainda entendemos por aula um
espaço e um tempo determinados. Mas, esse tempo e esse espaço, cada vez mais, serão
flexíveis. O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as
possibilidades que as tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder
mensagens dos alunos, criar listas de discussão e alimentar continuamente os debates e
pesquisas com textos, páginas da Internet, até mesmo fora do horário específico da aula. Há
uma possibilidade cada vez mais acentuada de estarmos todos presentes em muitos tempos e
espaços diferentes. Assim, tanto professores quanto alunos estarão motivados, entendendo
"aula" como pesquisa e intercâmbio. Nesse processo, o papel do professor vem sendo
redimensionado e cada vez mais ele se torna um supervisor, um animador, um incentivador dos
alunos na instigante aventura do conhecimento. (MORAN, José, p.2, 1994).

Haverá, então, uma grande reorganização das escolas. Edifícios menores. Menos salas
de aula e mais salas ambiente, salas de pesquisa, de encontro, interconectadas. A casa e o
escritório serão, também, lugares importantes de aprendizagem. (MORAN, José, p.2, 1994).

A Internet está caminhando para ser audiovisual, para transmissão em tempo real de
som e imagem (tecnologias streaming, que permitem ver o professor numa tela, acompanhar o
resumo do que fala e fazer perguntas ou comentários). Cada vez será mais fácil fazer
integrações mais profundas entre TV e WEB (a parte da Internet que nos permite navegar, fazer
pesquisas...). Enquanto assiste a determinado programa, o telespectador começa a poder
acessar simultaneamente às informações que achar interessantes sobre o programa, acessando
o site da programadora na Internet ou outros bancos de dados. (MORAN, José, p.3, 1994).

Teremos aulas a distância com possibilidade de interação on-line (ao vivo) e aulas
presenciais com interação a distância. (MORAN, José, p.3, 1994).

Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das


pessoas. Alguns estão preparados para a mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões
adquiridos (gerenciais, atitudinais) das organizações, governos, dos profissionais e da
sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar
o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às
tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados
para a sua utilização inovadora. (MORAN, José, p.3, 1994).

É certo que a Informatização traz muitos benefícios para o ser humano, como a rapidez
na troca de informações, a possibilidade de nos comunicarmos com qualquer pessoa em
qualquer lugar no mundo, além da agilidade na realização de tarefas e no pensar sobre as
coisas, na busca de dados, imagens, músicas ou cultura em geral e muitos outros benefícios
que fazem da informática hoje objeto indispensável na vida humana. (AMPARO, 2011, p 2).

A tecnologia sempre foi essencial ao desenvolvimento da sociedade em todos os


contextos e em todos os setores, seja no campo da medicina, das engenharias, no comércio ou
nas telecomunicações (CASTELSS, 1999).

De forma geral, as Tecnologias da Informação e da Comunicação que passaram a ser


empregadas no sistema educacional no Brasil partir da década de 1990 (CASTELLS,1999)

Para que haja a aprendizagem o aluno precisa dispor-se a aprender por entender que
ninguém poderá fazê-lo por ele, já que, como afirma Morais, “... a vida é um caminho e ninguém
pode caminhar pelo outro o caminho que é do outro”. Ainda, segundo o mesmo autor, “... só há
ensino quando há companheirismo entre ensinante e ensinando, educador e educando, pois o
que caracteriza o ensinar é a ultrapassagem da coexistência para a convivência” (MORAIS,
1986, p. 10).

(...) não passa de um grave equívoco a ideia de que se poderá construir uma sociedade
de indivíduos personalizados, participantes e democráticos enquanto a escolaridade for
concebida como um mero adestramento cognitivo. E urgente interferir...questionar convicções e
fraternalmente, incomodar os acomodados.” (PACHECO, 2014 p. 06).

Como diz Santos, “Os alunos [...], não querem mais ficar só escutando o professor,
querem falar, querem ser ouvidos, desejam ser mais participativos” (2003, p. 12). Se este é o
desejo de nós professores, se queremos alunos participativos e interessados, para que se
tornem bons cidadãos, é preciso permitir e incentivar que se expressem durante as aulas,
conforme afirma Lorenzato, “Permitir que os alunos se pronunciem é, antes de tudo, um sinal de
respeito a eles e de crença neles” (2006, p. 15).

Mudar, em educação, não depende apenas de teorias revolucionárias ou eficácia de


novos métodos. Diferentes de outros campos de atuação profissional, nenhuma transformação
substantiva, nessa área, prescinde do envolvimento dos educadores. Por isso mesmo, toda
mudança em educação significa, antes de mais nada, mudança de atitude. Rosa S.S. (1994)

Segundo Demo (1995, p.130) A velha aula vive ainda da quimera do “fazer a cabeça do
aluno”, via relação discursiva, decaída na exportação e na influência autoritária, sem perceber
que isto, no fundo, sequer se diferencia do fenômeno da fofoca. Educação encontra no ensinar
e aprender apenas apoios instrumentais, pois realiza-se de direito e de fato no aprender a
aprender. Dentro desse contexto, caduca a diferença clássica entre professor e aluno, como se
um apenas ensinasse, outro apenas aprendesse. Ambos colocam-se o mesmo desafio, ainda
que em estágios diversos. A pedagogia da sala de aula vai esvaindo-se irremediavelmente,
porque está equivocada na raiz.

Rosa, S.S.(1996, p.23) A educação brasileira precisa mudar. Ninguém discorda desta
afirmação. Vivemos, e não é de hoje, o que se costuma denominar de crise do ensino. Parece
haver, no entanto, uma espécie de sub-texto, aquele que permanece oculto, de domínio de
todos os que se referem à atual crise da educação brasileira. Não é difícil explicitá-lo. Trata-se,
em última análise, de um problema de qualidade. E aí concorrem inúmeros fatores: o chamado
nível dos alunos, a má formação dos professores, aliada à sua péssima remuneração,
repetência, evasão e por aí afora...

“[...] se a Computação se firmará como uma disciplina do currículo regular da Educação Básica,
ou será apenas disciplina em cursos profissionalizantes.”

“[...] perceberam que, além do domínio do conteúdos específicos da área de formação e dos
conteúdos de cunho pedagógico aprendidos ainda na formação, também existem certos
conhecimentos específicos de conhecimento de conteúdo e de estratégias pedagógicas que
interagem na mente dos professores.”

“[...] Shulman (2014) apresenta uma “base de conhecimento para o ensino”. Essa base seria
“um agregado codificado e codificável de conhecimentos, habilidades, compreensão e
tecnologias”(p. 200).”

“O professor continuará "dando aula", e enriquecerá esse processo com as possibilidades que as
tecnologias interativas proporcionam: para receber e responder mensagens dos alunos, criar listas
de discussão e alimentar continuamente os debates e pesquisas com textos, páginas da Internet, até
mesmo fora do horário específico da aula. ” (MORAN, José, p.2, 1994).
“ A pesquisa documental é realizada a partir de documentos considerados cientificamente
autênticos e é muito utilizada nas ciências sociais, afim de comparar fatos, estabelecendo suas
características [...]” (PÁDUA, 1997).

Para Martinelli (1999, p.115): A pesquisa qualitativa se insere no marco de referência da


dialética, direcionando-se fundamentalmente, pelos objetivos buscados. O desenho da pesquisa
qualitativa deve nos dar uma visibilidade muito clara do objeto, objetivo e metodologia, de onde
partimos e onde queremos chegar.

“Torna-se também imperativo fazer uso do potencial educativo


das tecnologias da informação e da comunicação, pois acreditamos que
sem o suporte tecnológico, ficam comprometidas as chances de aumentar
a variedade e as diversidades necessárias à sala de aula”. (COSCARELLI,
2006, p.27 apud GOMES; MOITA, 2016, p. 157).

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