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Índice

Introdução ......................................................................................................................... 1

Objetivos........................................................................................................................... 1

Metodologia ...................................................................................................................... 1

Formação e evolução do solo ........................................................................................... 2

Composição do solo ......................................................................................................... 2

Formação do solo ............................................................................................................. 2

Fatores da formação do solo ............................................................................................. 3

Material de Origem ........................................................................................................... 4

Clima ................................................................................................................................ 4

Topografia (Relevo) ......................................................................................................... 4

Organismos vivos ............................................................................................................. 5

Tempo ............................................................................................................................... 5

Processos da formação do solo ......................................................................................... 6

Adição............................................................................................................................... 6

Remoção ou perda ............................................................................................................ 6

Translocação ..................................................................................................................... 6

Transformação .................................................................................................................. 7

Processos específicos da formação do solo ...................................................................... 7

Latossolização .................................................................................................................. 7

Podzolização ..................................................................................................................... 8

Salinização (ou halomorfismo)......................................................................................... 8

Hidromorfismo ................................................................................................................. 9

Evolução dos solos ........................................................................................................... 9

Importância da pedologia para o desenvolvimento rural................................................ 10

Conclusão ....................................................................................................................... 12

Referências bibliográficas .............................................................................................. 12


Introdução
No presente trabalho da cadeira de Pedologia, irei debruçar em torno dos conteúdos
ligados com a formação e evolução dos solos. Portanto, os solos configuram-se como um
importante recurso natural renovável que e utilizado pelas catividades humanas para fins
económicos, tendo uma notável importância nas práticas agropecuárias e na geração de
alimentos para a sociedade. Sendo assim surge a seguinte questão: como se forma o solo?
No entanto, neste trabalho procurarei trazer de forma clara e concisa os conteúdos ligados
com a formação e evolução dos solos, trazendo consigo os fatores e processos que estão
diretamente ligados com a formação e a evolução dos solos. Neste sentido, no debruçar
deste trabalho serão mencionados os fatores que influenciam diretamente na formação
dos solos tais como: relevo, tempo, clima e organismos vivos. No que diz respeito aos
processos da formação dos solos, de acordo com a leitura feita elas são agrupadas em
processos gerais e específicos.

Objetivos
Objetivos gerais
✓ Conhecer o processo da formação e evolução do solo.
Objetivos específicos
✓ Conceituar o solo;
✓ Mencionar os fatores que influenciam na formação do solo;
✓ Caracterizar os processos de formação do solo;
✓ Descrever a importância do solo.

Metodologia
No que tange as metodologias utilizadas importa destacar que, para elaboração do
trabalho, recorreu-se a metodologia pesquisa bibliográfica. A bibliografia usada centrou-
se em algumas obras que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica e ainda em pesquisas na internet.

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Formação e evolução do solo
Conceito do solo
Segundo SERRAT (2002), o solo corresponde a decomposição de rochas que ocorre por
meio de ações ligadas a temperatura, como o calor, alem de processos erosivos
provenientes da Acão dos ventos, chuva e seres vivos, tais como bactérias e fungos.
Contudo, pode ser visto sobre diferentes óticas. Para um engenheiro agrónomo o solo e a
camada na qual pode-se desenvolver vida (vegetal e animal). Para um engenheiro civil,
sob o ponto de vista da mecânica dos solos, solo e um corpo possível de ser escavado,
sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou material de construção.
Para um biólogo, através da ecologia e da pedologia, o solo infere sobre a ciclagem
biogeoquímica dos nutrientes minerais e determina os diferentes ecossistemas e habitats
dos seres vivos.

Composição do solo
A composição dos solos e assim considerada por quatro elementos principais: os minerais
(derivados da rocha que deu origem ao solo), a matéria orgânica (composta pela
decomposição de vegetais e animais), a agua (que fica retida nos poros do solo), e o ar
(que também preenche os espaços vazios do ambiente em que o solo se estabelece).

Formação do solo
O processo de formação dos solos, conhecido como pedogénese, consiste em um
gradativo processo em que uma rocha preexistente e desgastada e convertida em
fragmentos muito pequenos, chamados de sedimentos, que serão os constituintes iniciais
do solo. Com o tempo,
agregam-se os demais elementos alem dos minerais, quais sejam: o material orgânico e
os componentes químicos que conferem fertilidade ao local. (SERRAT et al., 2002)
O processo de desgaste de uma rocha matriz e chamado de intemperismo, e pode ocorrer
a partir de processos químicos (decomposição) e processos físicos (desagregação).
Quando mais intensa for a Acão do intemperismo sobre um ambiente, mais rápidos os
solos tendem a se formar e, portanto, mais profundos eles poderão se tornar com o passar
do tempo.
Para SERRAT (2002), os solos são formados por diferentes horizontes. Na verdade,
apenas os solos mais bem desenvolvidos irão apresentar todas as suas camadas, cujas

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principais são enumeradas a partir da nomenclatura abaixo. Os horizontes a seguir estão
enumerados do mais superficial ate o mais profundo.
Horizonte O: camada superficial do solo formada por material orgânico em
decomposição.
Horizonte A: segundo horizonte do solo, composto por partículas minerais e material
orgânico (húmus).
Horizonte B: formado pela acumulação de material proveniente dos horizontes
anteriores. Apresenta menor concentração de material orgânico e, portanto, menor
fertilidade, embora contenha mais água.
Horizonte C: horizonte posicionado logo acima da rocha mãe, muitas vezes composto
por grandes partículas de rochas, consideradas como material não consolidado ou em
processo de formação.
R: rocha mãe ou rocha matriz. A rocha que da origem ao solo, chamada de rocha mãe ou
rocha matriz, vai sendo inicialmente desgastada pelos agentes externos ou exógenos de
relevo, tais como as chuvas, os ventos, as mudanças climáticas e outros.
Os conjuntos de sedimentos resultantes do intemperismo da rocha matriz tornam-se ideais
para a ocupação de micro-organismos, seres vivos e restos orgânicos. Esses elementos
irão atuar no sentido de intensificar as intempéries sobre o leito rochoso, alem de irem
gradativamente deixando o solo mais fértil e apropriado para o cultivo e instalação de
espécies vegetais em geral.

Fatores da formação do solo

De acordo com LIMA (2001), em 1898, Dokuchaev consolidou a conceção de que as


propriedades do solo são resultado dos fatores de formação do solo que nele atuaram e
ainda acuam, a saber: material de origem, clima, organismos, topografia (relevo) e tempo.
Assim, temos que clima e organismos, controlados pelo relevo, atuando sobre um
material de origem, ao longo do tempo, geram uma situação de desequilíbrio que resulta
em intemperismo e formação de solos (pedogénese). Dentre os fatores de formação do
solo, o material de origem e o tempo são considerados fatores passivos, clima e
organismos são fatores ativos, e o relevo e facto controlador. Facto passivo de formação
do solo e aquele que não adiciona e não exporta material, nem gera energia que possa
acelerar os processos de intemperismo e pedogénese. Aos fatores ativos, se atribui o

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provimento de energia e compostos químicos que promovem os processos de formação
do solo.

Material de Origem
O material de origem e a matéria-prima a partir da qual os solos se desenvolvem, podendo
ser de natureza mineral (rochas ou sedimentos) ou orgânica (resíduos vegetais). Por
ocuparem extensões consideráveis, os materiais rochosos são, sem dúvida, os mais
importantes e abrangem os diversos tipos conhecidos de rochas.
Rochas com grandes quantidades de elementos nutrientes podem originar solos férteis,
ao passo que solos derivados de rochas pobres serão inevitavelmente de baixa fertilidade.
Solos derivados de arenito (rocha geralmente pobre em nutrientes) possuem baixa
quantidade de nutrientes (cálcio, magnésio, potássio), comparativamente aos originados
de basalto (rochas mais ricas em nutrientes).

Clima
O clima e o facto que, isoladamente, mais contribui para o intemperismo. Mais do que
qualquer outro fator, determina o tipo e a velocidade do intemperismo em uma dada
região.
Os dois parâmetros climáticos mais importantes são a precipitação e a temperatura,
regulando a natureza e a velocidade das reações químicas. Para que as reações químicas
de intemperismo ocorram, e necessário que exista água no sistema. Dessa forma, a água
esta envolvida diretamente no processo, seja como solvente, seja indiretamente,
favorecendo a instalação de seres vivos que irão acelerar o intemperismo. Uma vez
processadas as reações, a circulação de água exerce importante papel na remoção de
partículas solidas (erosão) e produtos solúveis (lixiviação) do intemperismo. Quanto
maior a disponibilidade de água e mais frequente for a sua renovação (drenagem), mais
completas serão as reações químicas do intemperismo. (SERRAT et al., 2002)

Topografia (Relevo)

A topografia regula a velocidade do escoamento superficial das águas pluviais (o que


também depende da cobertura vegetal) e, portanto, controla a quantidade de água que se
infiltra nos perfis, de cuja eficiência depende o fluxo vertical de solutos e coloides, assim
como o fluxo lateral de partículas solidas pela erosão. Dessa forma o intemperismo se

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acentua quanto mais a água se infiltrar pelo perfil do solo, levando os produtos mais
solúveis do intemperismo. Por outro lado, se as partículas solidas da superfície do solo
forem arrastadas pelo escorrimento lateral (erosão), o equilíbrio pedogénese/erosão se
deslocara no sentido de manter o solo com menor espessura, ou seja, mais próximo do
material de origem. Alem do controle do fluxo de água, o relevo também exerce um
importante papel no controle da intensidade de insolação das encostas.

Organismos vivos
Compreende os vegetais, animais, bactérias, fungos, líquenes, os quais tem influências
dinâmicas nos processos de formação do solo. Estes organismos exercem ações físicas e
químicas sobre o material de origem e continuam a atuar no perfil do solo. Estas ações
podem ser classificadas como conservadoras e transformadoras. Ações conservadoras são
por exemplo, a intercetação da chuva pela parte aérea dos vegetais, o sombreamento da
superfície (diminuindo a amplitude térmica), assim como a retenção de solo pelas raízes
das plantas. Entre as ações transformadoras se destacam a Acão dos organismos no
intemperismo físico e químico das rochas, a mobilização de sólidos (minerais e
orgânicos) por animais, e a reciclagem de nutrientes e incorporação de matéria orgânica
pelos vegetais.

Tempo
A rigor, o início da formação de um solo ocorre quando uma rocha são começa a ser
alterada, ou um evento de sedimentação se encerra, e a partir dai começam a ocorrer os
processos de formação do solo. Mas como existe a erosão atuando em sentido contrário
a pedogénese, e difícil precisar o início exato da formação do solo. Embora a sucessão de
eventos modeladores da superfície do planeta, estudados pela geomorfologia, nos de uma
ideia de sequência temporal dos materiais de solos dispostos na paisagem, não é comum
se pesquisar a idade de um Latossolo ou de um Camisolão, ate porque provavelmente
esses solos já passaram por várias fases de pedogénese, considerando a dinâmica da
superfície do planeta. O uso do termo tempo/idade em pedologia normalmente esta
relacionado a maturidade, ao grau de desenvolvimento de um solo, e não ao tempo
cronológico. Assim, quando se diz que um solo e jovem, isto significa que a pedogénese
foi pouco intensa (condições de relevo plano, clima frio ou seco), ou que a taxa de erosão
foi maior que a taxa de pedogénese (relevo acidentado), formando um solo pouco espesso,
podendo apresentar minerais ainda passiveis de intemperizacao. Ao contrário, a

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referência a um solo velho, indica tratar-se de um solo espesso, quimicamente pobre, com
minerais profundamente intemperados e acumulo de óxidos.

Processos da formação do solo


Processos gerais de formação

Na perspetiva de SERRAT (2002), são processos que produzem as modificações que


ocorrem no solo devido a atuação dos fatores de formação do solo. Consistem de adição,
remoção ou perda, transformação e translocação. A Acão mais ou menos pronunciada de
um ou mais desses processos gerais conduz aos chamados processos específicos de
formação do solo.

Adição

Compreende qualquer contribuição externa ao perfil do solo. Entre estas, consideram-se


a adição de matéria orgânica (restos orgânicos de animais e vegetais), poeiras e cinzas
trazidas pelo vento, materiais depositados tanto por enchentes como por movimentos de
massa nas encostas, gases que entram por difusão nos poros do solo (CO2, O2, N2),
adubos, corretivos, agrotóxicos, adição de solutos pela chuva, etc.

Remoção ou perda

Compreende as perdas de gases, líquidos ou sólidos sofridos por uma determinada porção
de solo, podendo ser em superfície ou em profundidade. As primeiras compreendem a
exportação de nutrientes pelas colheitas, perdas de compostos voláteis por queimadas,
perdas por erosão hídrica ou eólica, etc. As perdas em profundidade compreendem
lixiviação de solutos pelo lençol freático, perdas laterais de soluções com íones reduzidos
(Fe, Mn), etc.

Translocação
E caracterizada pelo movimento de materiais de um ponto para o outro dentro do perfil
do solo. São processos de translocação, entre outros, o movimento de argilas e/ou solutos
de um horizonte para o outro no perfil, o preenchimento de espaços deixados por raízes
decompostas, cupins, minhocas, formigas, etc., o movimento de materiais promovido pela

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atividade agrícola, e o preenchimento de vazios provocados pela contração de solos ricos
em argilas expansivas, como a montmorillonita).

Transformação
São processos que consistem na transformação física, química ou biológica dos
constituintes do solo, envolvendo síntese e decomposição. Transformações físicas
incluem quebras de minerais e rochas, umedecimento e secagem do solo com quebra de
agregados, compressão provocada pelo crescimento de raízes, etc. Transformações
químicas consistem dos processos de intemperismo químico já conhecidos, assim como
a neoformação de minerais da fração argila do solo.

Processos específicos da formação do solo


De acordo com PENA (2009), são caracterizados como processos específicos de
formação de solos, aqueles em que ocorre atuação destacada de um ou mais dos processos
gerais de adição, remoção, translocação ou transformação, de formação do solo. Os
principais processos específicos de formação do solo são: latossolizacao, podzolizacao,
hidromorfismo, salinização.

Latossolização
E o processo específico de formação dos latossolos, no qual sobressaem os processos
gerais de remoção e transformação. Nesse processo, os fatores ativos de formação do solo
(clima e organismos) apresentam uma Acão intensa por um longo tempo, em uma
condição de relevo que propicia a remoção de sais solúveis e a transformação acentuada
de minerais, em busca de uma condição de equilíbrio, resultando no acumulo de minerais
mais estáveis como argilominerais 1:1 (caulinita) e óxidos de Fe e Al. Neste processo,
com a perda de sais básicos (mais solúveis), o solo vai se tornando mais acido,
aproximando o seu pH ao pH onde ocorre a neutralidade de carga das argilas. Esta
aproximação da neutralidade de cargas no solo diminui o movimento das argilas,
provocado pela repulsão entre cargas de igual sinal, leva a floculação, e em seguida a
formação de agregados pequenos e de forma granular, que passam a ser fortemente
cimentados por óxidos de Fe e Al.
Portanto, esta estrutura permite que os latossolos apresentem uma alta permeabilidade e
arejamento, semelhante a solos arenosos, mesmo que contenham elevados teores de
argila. Os latossolos ocupam extensos chapadões planos onde a água em abundância se

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infiltro profundamente, causando intensa lixiviação e acentuado intemperismo. O
material intemperizado foi intensamente revolvido pelos organismos vivos (formigas,
cupins, raízes mortas etc.) e transportados a grandes distâncias na paisagem por ação dos
agentes erosivos (vento, chuvas, cursos d´água etc.). Esses agentes promovem mistura de
substratos de diferentes origens.

Podzolização
Este processo específico e caracterizado pela translocação de argila e de compostos
organominerais dentro do perfil. Mesmo que a translocação seja um processo de destaque,
os processos de adição, perda e transformação também ocorrem. Dois grandes grupos de
solos apresentam a Podzolização: os Argissolos (antigos podzolicos)1, Espodossolos
(antigos Podzois). Alem destes temos os Luvissolos (antigos Bruno não cálcicos) e
Planossolos. Nos Espodossolos e notável a translocação de complexos de matéria
orgânica e óxidos de ferro e/ou alumínio de um horizonte eluvial (E) para um horizonte
epódico (Bhs) onde estes complexos se precipitam. Estes solos são formados a partir de
material arenoso e sob condições que facilitam o acúmulo superficial de matéria orgânica
e a acidolise (baixas temperaturas ou hidromorfismo acentuado).
Os solos Argissolos apresentam translocação de argila dos horizontes mais superficiais
para um horizonte mais profundo (horizonte de acumulação de argila transcolada,
Horizonte B Textural – Bt). São bem mais argilosos do que os Podzois e são formados
em condições de alternância de ciclos de umedecimento e de secagem (clima com
estacoes seca e húmida definidas, ou posição na paisagem que permita tal alternância, tal
como sope de encostas). O movimento descendente da argila no perfil, leva ao
entupimento de macrósporos no horizonte Bt, facilitando a erosão no horizonte
superficial.

Salinização (ou halomorfismo)


E o processo específico de formação de solos que apresentam acumulação de sais no
perfil. E comum nesses solos o processo de adição de sais pelo lençol freático ou pela
erosão das elevações circundantes. Esses solos estão associados a planícies ou depressões
onde a drenagem e deficiente e a precipitação pluviométrica e menor do que a
evapotranspiração. O solo formado por esse processo tem suas características
diferenciadas conforme a assembleia de catiões (principalmente Ca+2, Mg+2, Na+, H+)
que satura as cargas de suas argilas e são reconhecidos pelos atributos:

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✓ Caracter sódico: saturação das cargas por Na > 15%.
✓ Caracter solodico: saturação das cargas por Na > 6% e < 15%.
✓ Caracter salino: condutividade elétrica > 4 ds/m2 e < 7 ds/m2.
✓ Caracter sálico: condutividade elétrica > 7 ds/m2.

Hidromorfismo

Neste processo específico de formação de solos, alguns horizontes do solo estão sujeitos
a submersão continua ou durante a maior parte do tempo. Os processos gerais de formação
do solo que mais se destacam são a transformação de minerais passiveis de redução, e a
adição de matéria orgânica, que se acumula devido a menor taxa de decomposição. A
menor quantidade de oxigénio do solo, causada pelo excesso de água, permite a
proliferação de organismos anaeróbicos que, neste ambiente de baixo potencial de
oxirredução, reduzem o Fe3+ dissolvido na solução do solo, usando-o como receptor de
elétron no processo de oxidação dos compostos de carbono.
No entanto, essa forma solúvel do Fe esta em equilíbrio químico com os óxidos de ferro
(Fe (OH)3 ↔ Fe3+ + 3OH-) e, uma vez consumida na solução, desloca a reação para
dissolução das formas minerais cristalizadas (hematita e goethita). Assim, as argilas
oxidicas ferruginosas vão sendo consumidas e o solo vai perdendo as cores vivas
(vermelha e amarela) dessas argilas. A cor esbranquiçada e acinzentada dos solos
hidromórficos reflete a redução do ferro férrico presente nos óxidos. Estes solos são
frequentemente escurecidos pela pigmentação da matéria orgânica que se acumula, uma
vez que os organismos anaeróbicos são menos eficientes na mineralização da matéria
orgânica, do que os aeróbicos.
Os solos onde o hidromorfismo e marcante são denominados Organossolos, Gleissolos e
Planossolos Hidromórficos. Os Neossolos Fluvicos, formados pela deposição de
sedimentos ao longo das margens dos rios, e por isso denominados sedimentos aluviais
antigos, estão muito frequentemente associados na paisagem a esses solos hidromórficos.
Entretanto, eles não são considerados solos hidromórficos por terem melhor drenagem ao
longo do perfil (geralmente arenoso), e apresentarem horizonte A sobre uma sucessão de
camadas de sedimentos que não tem relação pedogenetica entre si.

Evolução dos solos

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A formação do solo inicia-se a partir do momento em que a material de origem (rocha) e
exposto na superfície terrestre, quando, então, passa a sofrer ação de agentes do clima,
principalmente precipitação e temperatura, acionando processos de intemperismo
("apodrecimento" da rocha). (SERRAT et al., 2002).
A medida que se intemperiza, a rocha vai desagregando e ficando mais porosa, passando
a reter água e elementos químicos como cálcio, magnésio, potássio, sódio, ferro, e
oferecendo condições de colonização por organismos pioneiros, como musgos, líquenes,
algas, etc. Com o passar tempo, o solo vai ficando mais espesso, permitindo a instalação
de plantas de maior porte. Ao morrerem, esses organismos fornecem matéria orgânica
(adição), que passa a ser incorporada continuamente ao solo, alem de fornecer ácidos
orgânicos, que aceleram o intemperismo. (SERRAT et al., 2002).
Os minerais primários (oriundos da rocha) sofrem transformações, alterando-se química
e fisicamente e dando origem a novos minerais (minerais secundários), tais como:
minerais silicatados e óxidos de ferro e alumínio.
Abaixo da camada superficial mais escura do solo, a rocha continua se intemperizado e
apresenta coloração vermelha graças a presença do ferro. Parte dos nutrientes (cálcio,
magnésio, potássio, etc.), liberados desses minerais, também são "lavados" do solo
(perdas).
Pela ação da gravidade, partículas de argila suspensas em água e compostos orgânicos
podem deslocar-se pelos poros do solo, possibilitando algum acumulo em profundidade
(transporte descendente). Em climas secos, alguns sais são trazidos a superfície do solo
(transporte ascendente), graças a evaporação da água.

Importância da pedologia para o desenvolvimento rural


A importância da pedologia na agricultura

É por meio do solo que alguns animais se alimentam e que grande parte dos alimentos
são produzidos. Logo, o solo é o fundamento básico para a produção agrícola.

Ao consumir os alimentos, as vitaminas e minerais são absorvidos pelo corpo em razão


dessas substâncias terem sido retiradas da terra. O mesmo acontece quando nos
alimentamos de animais que, por sua vez, se alimentaram de plantas que absorveram as
vitaminas e minerais do solo.

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O solo também é importante para o desenvolvimento da urbanização, pois ele é uma
matéria-prima necessária para a construção de casas e edifícios. No entanto, o que muita
gente não imagina é que mediante o plantio vai acontecendo, o solo vai perdendo parte
dos seus nutrientes, a exemplo do cálcio e magnésio, e que eles precisam ser repostos
para dar lugar a novas plantações.

Esses nutrientes podem ser recuperados de diversas formas, através de compostos,


estercos ou resíduos de algumas plantas. Algumas técnicas de manejo devem sempre ser
usadas para melhorar e manter a fertilização do solo.

Entre elas estão: a análise da composição do solo, drenagem aragem, adubação, irrigação
da plantação, utilização de agrotóxicos, etc. Dessa forma, conclui-se que a importância
do solo está relacionada aos nutrientes que ele oferece para cada tipo de plantação.

Tem como importância identificar e avaliar as áreas que tem a maior e melhores
condições para produção prognóstica e o sistema de produção mais apropriado na qual
nos facilitara na transferência de tecnologia de uma dada área para a outra.

• Usar dados meteorológicos avaliando produtividade do potencial agrícola de


diferentes culturas em diferentes zonas.

• Definir zonas de sistemas agrícolas, os riscos associados, sua produtividade,


variabilidade, para o desenvolvimento de modelos produtivos para a produção
alimentares.

• Realizar investigação aplicada e adaptativa sobre tecnologias e conhecimentos


para fornecer resultados imediatos no aumento de produtividade.

• Reforçar a capacidade de investigação através da provisão de infraestruturas e


equipamento para uma investigação científica nas regiões agro-ecológicas.

• Meio para o desenvolvimento de plantas terrestre, fonte de recursos minerais e


matéria orgânica, para a produção de alimentos e fibras

• Suporte a estruturas e infraestruturas

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Conclusão
Com base na realização deste trabalho, conclui que a formação do solo se inicia a partir
do momento em que a material de origem, e exposto na superfície terrestre, quando, então,
passa a sofrer ação de agentes ou fatores como a do clima, principalmente precipitação e
temperatura, acionando processos de intemperismo ("apodrecimento" da rocha).
Portanto, a medida que se intemperiza, a rocha vai desagregando e ficando mais porosa,
passando a reter água e elementos químicos como cálcio, magnésio, potássio, sódio, ferro,
e oferecendo condições de colonização por organismos pioneiros, como musgos,
líquenes, algas, etc. Com o passar tempo, o solo vai ficando mais espesso permitindo a
instalação de plantas de maior porte. Ao morrerem, esses organismos fornecem matéria
orgânica (adição), que passa a ser incorporada continuamente ao solo, alem de fornecer
ácidos orgânicos, que aceleram o intemperismo.
Contudo, os minerais primários (oriundos da rocha) sofrem transformações, alterando-se
química e fisicamente e dando origem a novos minerais (minerais secundários), tais
como: minerais silicatados e óxidos de ferro e alumínio. Abaixo da camada superficial
mais escura do solo, a rocha continua se intemperizando e apresenta coloração vermelha
graças a presença do ferro. Parte dos nutrientes (cálcio, magnésio, potássio, etc.),
liberados desses minerais, também são "lavados" do solo (perdas). Pela ação da
gravidade, partículas de argila suspensas em água e compostos orgânicos podem deslocar-
se pelos poros do solo, possibilitando algum acumulo em profundidade (transporte
descendente). Em climas secos, alguns sais são trazidos a superfície do solo (transporte
ascendente), graças a evaporação da água.

Referências bibliográficas

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1. BRADY, N.C; WEIL, R.R. Elementos da Natureza e Propriedades dos Solos. 3a ed.
Tradução tecnica: Igo Fernando Lepsch. Editora Bookman, Porto Alegre, RS, 2013. 685
p.
2. LIMA, V.C. Fundamentos de pedologia. Fundamentos de pedologia Curitiba:
Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrarias, Departamento de Solos e
Engenharia Agrícola, 2001. 343p.
3. NJOS, L. H., FERNANDES, M. R., PEREIRA, M. G.; FRANZMEIER, D. P.
Landscape and pedogenesis of an Oxisol-Inceptisol-Ultisolsequence in Southeastern
Brazil.SoilScienceSocietyofAmericaJournal, 62(6), 1651-1658.1998.
4. PENA, Rodolfo F. Alves. "Fatores de formação dos solos"; Brasil Escola. Disponível
em:https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fatores-formacao-dos-solos.htm.
MOREIRA, João Carlos, SENE, Eustáquio de. Geografia volume único. São Paulo:
Scipione, 2009.
5. SERRAT, Beatriz Monte et al. Conhecendo o solo. Curitiba: Departamento de Solos e
Engenharia Agrícola, 2002. 27 p.
6. https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/o-solo.htm Acesso no dia 12 de Janeiro
de 2021, pelas 16:23.

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