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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA
INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

MEC0024 – SEMINÁRIOS TEMÁTICOS


Professor Marcos Garcias

Nome: Arcelo Luis Pereira


Resenha do texto: Determinantes do custo de oportunidade dos fazendeiros em
manterem a reserva legal – os casos paulista e mato-grossense.
O estudo objetiva mensurar os determinantes do custo de oportunidade
dos agricultores manterem a reserva legal (RL), bem como possíveis relações espaciais
que possam e existir nos períodos de 1995 e 2006. Preliminarmente o autor cita que os
produtores rurais conhecem a legislação, mas acham ela injusta para se manter sem
receber contrapartida. O autor utiliza um modelo econométrico espacial de painel de
dados, chamado de defasagem espacial geral (GNS), através de funções de renda
conforme o uso das terras (agropecuária e floresta nativa). Sugere-se que os produtores
irão desmatar as propriedades até que rª=rf (desmatamento), ou seja, se a RL não for
monetizada, rª=0, então rf também será igual 0. É destacado que a decisão em desmatar
tem relação direta com o lucro esperado, com o preço dos produtos, dos custos logísticos
e das características biofísicas (clima, relevo, qualidade do solo, etc.). O modelo
considera os efeitos diretos e indiretos para precificar os custos de manutenção da RL,
inclusive eventuais efeitos percolados (feedbacks), utiliza modelos complementares de
alcance global (irradia para todas as regiões/multiplicador espacial) e alcance local
(propriedades vizinhas/conforme a matriz criada). Para processamento do modelo, foram
adotadas variáveis de primeira (fonte do desmatamento e características dos agentes) e
segunda (mercadológicas, institucionais) natureza. Como resultados o estudo verificou um
aumentos dos custos entre 1995 e 2006. Os custos de oportunidade também dependem
das características das propriedades vizinhas. Municípios com menor área destinada a
agricultura apresentam maiores custos, ao passo que maiores áreas mitigam os custos
devido produção em escala, bem como também diminui a propensão a desmatar, visto os
menores preços. Propriedades maiores têm menores custos de manutenção da RL. Matas
nativas possuem maior custo de oportunidade que matas plantadas (exploração
econômica). Para incentivar a manutenção das RL, o autor sugere a criação de incentivos
na forma de menores taxas de juros e legislações ambientais remuneratórias.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA
INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Perguntas:

1) A comoditização da área verde já não é uma realidade (créditos de carbono, programa


produtor de água, bolsa verde, etc)? Quais dificuldades você acredita existir?

2) Não acredita que, eventualmente, o modelo monocultor em grandes propriedades


(plantation) que mitiga a diversificação produtiva e concentra a riqueza, torna os modelos
produtivos reféns dos grandes produtores de commodities, pode ser o verdadeiro
problema dos elevados custos de oportunidade?

3) É citado nas conclusões a importância das áreas verdes como produto social e para
manutenção da qualidade das águas. Por qual motivo o modelo não considerou variáveis
de águas e áreas húmidas?

4) Percebi muita preocupação com os custos de oportunidade pecuniários de se manter


áreas verdes, mas e os disfunções seculares nocivas causados pela própria degradação das
características biofísicas (pouca chuva, falta de água, calor, baixa produtividades, custos
com saúde, etc.)?

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