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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA
INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

MEC0024 – SEMINÁRIOS TEMÁTICOS


Professor Marcos Garcias
Nome: Arcelo Luis Pereira
Resenha do texto: O mistério dos benefícios que desaparecem
O artigo assume papel lúdico com a finalidade de imergir o leitor na problemática
proposta e facilitar a compreensão e aprendizado através da contextualização prática. No
desenrolar da narrativa, o autor dá vida a senhora Analista numa jornada para entender as
maneiras de avaliar um programa de transferência de renda dirigido ao público pobre com
filhos em idade escolar e, aprender os pontos fortes e fracos dos principais métodos de
avaliação de impacto desse programa. O programa possui o nome de Proscol e exige que
as famílias contempladas com o subsídio mantenham seus filhos na escola até os 18 anos.
O Banco Mundial, financiador do programas solicitou uma avaliação de seus impactos
para decidir em estendê-lo ou finalizá-lo. Para tanto, a senhora Analista foi delegada a
realizar o estudo, esta que visualizou dois possíveis contextos para acarear, se as famílias
de baixa renda estão sendo beneficiadas e como as matrículas escolares foram afetadas.
A analista tem acesso a diversas informações sobre o método de seleção do programa e
se questiona sobre o quão pobre as famílias realmente são e se eventualmente teriam ido
a escola mesmo sem receber o subsídio. Para analisar os impactos ela visa comparar os
resultados entre participantes e não participantes com fonte de dados alternativa. Em
pesquisa realizada previamente fora perguntado a 10 mil famílias se elas obtiveram renda
do Proscol. Com esses dados ela descobre que 30% dos mais pobres recebem 70% dos
recursos, contudo, as matrículas entre beneficiados e não beneficiados e a escolaridade
não se alteram muito. Com ajuda, determina o impacto médio condicional da participação
no programa, que é G=E(S1i-S0i|Pi=1). e a diferença na escolaridade média entre as
famílias participantes e não participantes D=E(S1i|Pi=1)–E(S0i|Pi=0), onde se Pi=1 a
criança participa, se =0, não. S0i escolaridade da criança que participa, S1i não participa.
D=L+B, onde B é o viés na estimativa e é dado por B=E(S0i|Pi=1)-E(S0i|Pi= 0). A
questão que surge é sobre a não aleatoriedade do programa e a subestimação dos
resultados de escolaridade, bem como superestimação dos financeiros, sendo possível
deduzir os prováveis ganhos auferidos se as crianças trabalhassem. Pondera realizar uma
regressão com variáveis de controle com a forma Si=a+bPi+cXi+εi, onde X são idade da
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criança e educação dos pais, tamanho da família, etc. Aplicando a regressão sem as
variáveis de controle os resultados são similares aos anteriores, ao contrário percebe um
acréscimo de 2 anos na escolaridade aos 18 anos. Mas há necessidade de tornar as
variáveis de controle mais dinâmicas de modo a melhor caracterizar as famílias, logo
inclui-se um termo extra para os efeitos de interação, onde b=a1-a0. Outra questão é se os
regressores são exógenos, não tendo correlação com o regressando. Durante a discussão
entendem ser melhor utilizar um modelo logit em vez do linear. Eliminar as observações
que comprometam a analogias de interesse, assim devem ter atenção ao viés de seleção.
Caso existissem dados antes e depois do programa, o modelo MQO pode ser adaptado e
controles de variação das características no tempo devem ser inclusos, SiA-
SiB=bPi+caXiA+cbXiBμiA-μiB. O viés de atrito é quando a dificuldade de
acompanhamento se torna um problema se existir tendência nos dados. Como eles não
existem, pode-se usar uma variável instrumental. Erros de medição também podem causar
o viés de atenuação, que tende o coeficiente da regressão a zero. Om a existência de uma
pesquisa sobre trabalho infantil, pode usar esses dados como renda perdida e determinar
a renda líquida. É possível então calcular a taxa de pobreza com e sem a existência do
programa. Não obstante, métricas relacionadas a educação também influenciarão nas
rendas futuras. Outras ponderações são feitas, quanto ao efetivo trabalho infantil e sobre
a pobreza em relação ao contexto locacional da família, gerando pobreza relativa.
Novamente a regressão é feita, agora considerando a dotação orçamentária por região e
não mais a real alocação, bem como as características da escola. Regressões estratificadas
também são feitas conforme sexo e escolaridade. Como método de controles futuros,
sugere que durante a seleção dos contemplados com o subsídio, seja realizada uma
exclusão aleatória, conforme os critérios eletivos. Isso seria uma variável instrumental
interessante. Três anos depois da última reunião de resultados, os programas sociais vem
sendo avaliados regularmente e, novas indagações emergem, como a necessidade de
realizar entrevistas casuais com as famílias para melhor compreender como o programa
funciona efetivamente em cada local. Por fim, uma limitação que se apresentou durante
o tempo foi a disponibilidade de dados tempestivos e confiáveis. Outra ponto importante,
é que a análise das características do programa são analisadas antes do trabalho com seus
números, sendo possível estruturar de uma melhor forma as respostas e resultados que se
deseja obter.

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