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CUSTOS DA EROSÃO DO SOLO

tiagotelles@yahoo.com.br

Apresentação Oral-Agropecuária, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentável


TIAGO SANTOS TELLES; MARIA DE FÁTIMA GUIMARÃES.
UEL, LONDRINA - PR - BRASIL.

CUSTOS DA EROSÃO DO SOLO


tiagotelles@yahoo.com.br

Apresentação Oral-Agropecuária, Meio-Ambiente, e Desenvolvimento Sustentável


TIAGO SANTOS TELLES; MARIA DE FÁTIMA GUIMARÃES.
UEL, LONDRINA - PR - BRASIL.

Custos da erosão do solo

Grupo de Pesquisa: Agropecuária, Meioambiente e Desenvolvimento Sustentável

Resumo
Os solos são um recurso estratégico, não renovável, de alta importância social, econômica
e ambiental. Entretanto, práticas agrícolas inadequadas são responsáveis em grande parte
pelo processo de erosão, contribuindo para o decréscimo da produtividade. A erosão
hídrica, principal forma de degradação dos solos no Brasil, resultante da ação conjunta do
impacto da gota de chuva e da enxurrada sobre o solo, além de partículas, transporta
nutrientes, matéria orgânica e defensivos agrícolas, causando prejuízos a atividade
agropecuária. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é responder, parcialmente, quais as
implicações dos custos da erosão hídrica e como é normalmente realizada sua mensuração.
Palavras-chave: Degradação do solo. Perdas econômicas. Manejo e conservação do solo.
Desenvolvimento rural.

Abstract
Soils are a non-renewable, strategic resource of high social, economic and environmental
importance. However, inappropriate agricultural practices are in large part responsible for
soil erosion, contributing to the drop in rural productivity. Water erosion, the main natural
form of soil degradation in Brazil, resulting from the collective impact of raindrops and
runoff over the soil, carries not only particles but also nutrients, organic matter and
agricultural defensives, harming rural activity. In this context, the objective this paper is to
go some way towards outlining the implications of water erosion costs and how they are
normally measured.
Key-words: Soil degradation. Economic losses. Soil management and conservation. Rural
development.

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Porto Alegre, 26 a 30 de julho de 2009,
Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
1. Introdução

Ao Brasil pertencem cerca de 20% dos solos agricultáveis do mundo (BATISTA


FILHO, 2007), um recurso estratégico, não renovável, de alta importância social,
econômica e ambiental. Entretanto, a produção agrícola causa vários impactos ao meio, o
que representa custos para os indivíduos e para a sociedade. Entre eles, pode-se citar a
degradação de solos, uma das consequências da utilização de métodos inadequados de
plantio e manejo (GARCIA et al., 2005). Isto ocorre, principalmente, porque o modelo
agrícola brasileiro, baseado na eficiência econômica, visa ganhos indiscriminados de
produção (RODRIGUES, 2001).
O manejo inadequado do solo o expõe a fatores intempéricos, induzindo à
destruição gradativa de suas propriedades físicas, químicas e biológicas, bem como ao
risco de erosão (CASSOL & LIMA, 2003). Além disso, práticas agrícolas inadequadas
contribuem para a baixa produtividade agrícola (BERTONI & LOMBARDI NETO, 1999).
A erosão do solo é um fenômeno complexo, envolve desagregação, transporte e
deposição de partículas (BERTOL et al., 2007), produzida, sobretudo, pela ação da água da
chuva e dos ventos (STROOSNIJDER, 2005). É influenciada pela chuva, pelo tipo de solo,
pela topografia, pela cobertura e sistema de manejo, além das práticas conservacionistas de
suporte (LAL, 2000). Para Pimentel et al. (1995), é uma das maiores ameaças para o
desenvolvimento sustentável e capacidade produtiva da agricultura.
A erosão hídrica, principal forma de degradação dos solos no Brasil, é resultante da
ação conjunta do impacto das gotas de chuva e da enxurrada que, além de partículas de
solo em suspensão, transporta nutrientes, matéria orgânica e defensivos agrícolas,
causando prejuízos à atividade agrícola (BERTOL et al., 2007). A integração desses
fatores contribui para o declínio acentuado da produtividade do solo, pelo surgimento de
condições que impedem ou retardam o desenvolvimento normal das plantas. Nesse
contexto, Bennett (1923) foi o primeiro autor a reconhecer, formalmente, a variabilidade
das propriedades do solo que influem nesse processo e associá-las a perdas econômicas.
As perdas de solo por erosão tendem a aumentar, em médio e longo prazos, os
custos de produção, pois demandam cada vez mais corretivos e fertilizantes, reduzem o
rendimento operacional das máquinas, inserindo dispêndios de práticas para controlá-las
(BERTONI & LOMBARDI NETO, 1999). Esse conjunto de fatores resulta em redução do
potencial produtivo deste solo, significando, em última análise, menor valor da terra.
Reconhece-se, assim, a urgência em prevenir e controlar os processos já instalados
de degradação do solo, sobretudo como forma de garantir a competitividade do setor
agropecuário. Diante desse cenário, Boardman (2006) argumenta que uma das questões
que demandam pesquisas na área de ciência do solo é a relacionada aos custos da erosão.
Neste contexto, o objetivo deste trabalho é responder, parcialmente, quais as
implicações dos custos da erosão hídrica para a atividade agropecuária e como
normalmente é realizada sua mensuração.

2. Os custos da erosão

A erosão não é somente um fenômeno físico, mas também um problema social e


econômico. Resulta, fundamentalmente, de uma inadequada relação entre o solo e o

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homem (PIMENTEL, 1997). Isso porque, o processo acelerado de erosão ocorre quando há
alteração do equilíbrio natural entre a perda e a recuperação do solo, potencializando
prejuízos, inclusive monetários (BENNETT, 1929). Sendo assim, para compreender o real
impacto da erosão do solo agrícola faz-se necessário a sua valoração econômica
(PIMENTEL et al., 1995; BERTOL et al., 2007).
A erosão hídrica do solo provoca efeitos negativos tanto dentro (on-site) quanto
fora (off-site) da unidade produtiva e esses efeitos podem ter consequências econômicas
relevantes para os produtores e para a sociedade (BENNETT, 1935). Os custos on-site, por
ocorrerem no interior da unidade produtiva, geram um custo direto ao produtor e indireto à
sociedade, que podem se ver, no futuro, sem o recurso natural (solo) necessário para a
produção de alimentos. E os custos off-site vão gerar externalidades, em relação à
propriedade agrícola, que irão incidir diretamente em custos sociais e ambientais.
Bennett (1933) foi um dos primeiro autores a visualizar a seriedade do problema,
sistematizando, desta forma, quais seriam os prejuízos gerados pela erosão do solo.
Relacionou problemas como a perda de matéria orgânica, de fertilidade e produtividade,
geradas pelo processo erosivo, a custos econômicos, além de indicar as despesas
necessárias para reverter o processo de degradação do solo. Suas pesquisas buscaram
alertar o Governo e os produtores rurais americanos sobre a importância das práticas
conservacionistas do solo, estudos necessários frente a uma situação catastrófica,
instaurada desde as primeiras décadas do século XX, naquele país. Apresentando as
economias geradas com as práticas conservacionistas do solo, bem como com seu
arcabouço teórico, convenceu o Estado a adotar políticas de incentivo à conservação do
solo (Bennett, 1940). Seus esforços lhe conferiram o título de Pai da conservação do solo.
Mais tarde, Baver (1951) questionou novamente a seriedade dos problemas gerados
pela erosão do solo, saindo dos USA e alertando o mundo todo. O pesquisador, também,
levantou a importância de se estudar os custos da erosão do solo de forma contínua,
buscando estabelecer uma base de dados internacional que precisasse o montante total
dessas perdas. Apresentou, ainda, os danos do processo erosivo ao valor das terras, que
seriam decrescentes conforme o grau de degradação do solo. Tudo isso culminando,
inclusive, em uma desvalorização imobiliária generalizada e num aumento dos preços dos
produtos derivados de commodities.
Barrowns e Kilmer (1963), Moe et al. (1967), Beasley (1974), Olson (1977) e Frye
et al. (1982) foram alguns dos pesquisadores que se dedicaram a estudar os custos da
erosão, direta ou indiretamente, através das perdas de nutrientes e produtividade, como
apresentadas por Bennett (1933).
Colacicco et al. (1989) apresentaram dois tipos de custos internos, analisando os
danos da erosão do solo na produtividade de grãos nos USA. O primeiro, permanente,
ocasionado pela diminuição da profundidade do solo e pela perda de sua capacidade de
reter água, causando uma redução da produtividade das terras agrícolas. O segundo,
temporário, ocasionando modificações no potencial produtivo do solo, pela perda de
nutrientes e outros elementos que podem ser repostos e que não causam redução sistêmica
da produtividade das terras agrícolas, bem como da renda do produtor.
Existem diferentes métodos de valoração que tomam como base a perda de renda
agrícola em função da reposição de nutrientes carregados pelo processo erosivo. Hertzler et
al. (1985), realizaram um estudo com base no custo do uso, dividido em três partes, sendo
estas: o custo da perda de fósforo, de potássio, e da ruína física do solo. As estimativas
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encontradas foram possíveis por meio das informações sobre o rendimento anual da
cultura, a profundidade inicial do solo, a umidade média anual do solo, o estoque de
fósforo e potássio, a taxa de erosão do solo, o estoque anual remanescente de fósforo e
potássio na camada superficial do solo suscetível à erosão e o preço dos fertilizantes
fosfatados e potássicos. Para tanto, utilizou-se uma função generalizada de Leontief para
calcular o custo de uso da perda de solo numa bacia do Estado de Iowa, USA.
Desta forma, a valoração da erosão, com base no conceito de reposição de
nutrientes, considerada como uma variável do valor do bem ou serviço que advém do
meio, mensura o custo necessário para repor os nutrientes perdidos, decorrentes do
processo, em equivalentes de fertilizantes na produção agrícola (HARTWICK, 1977).
No que se refere às perdas de nutrientes, por imposição do próprio método, que não
individualiza os tipos de solos existentes em cada região e nem considera as necessidades
de reposição em função do tipo de cultura, ressalta-se que estas guardam uma estreita
relação com os montantes relativos às perdas totais de terra, devido ao processo de erosão.
Da mesma forma, pode-se entender a necessidade de reposição de fertilizantes perdidos,
expressos por meio das perdas de nutrientes e de uma relação técnica de equivalência
(MARQUES, 1998).
No México, Van Tongeren et al. (1991) valoraram economicamente os totais de
solo perdido, através dos preços dos fertilizantes, utilizando as quantidades médias de
nutrientes por hectare, conforme o tipo de atividade. A perda de solo registrada foi
calculada pela subtração da superfície total pela superfície fertilizada, que foi multiplicada
pela quantidade de fertilizantes e pelo seu respectivo preço de mercado. Para que fosse
possível a aplicação do método, foram consideradas as perdas de nutrientes contabilizadas
somente nas áreas que não foram fertilizadas, além de não calcularem os custos de
aplicação dos fertilizantes, dentre outros componentes, já que são difíceis de avaliar.
Martínez-Casasnovas et al. (2006), utilizando-se do método do custo de reposição,
estimaram os custos da erosão em vinhedos na região de Penedes – Anoia (Espanha),
contribuindo para a conscientização de agricultores a respeito das consequências e de
algumas importantes implicações econômicas da erosão do solo, a fim de assinalar a
necessidade de implementar medidas de conservação. Além disso, mostraram que, embora
os custos de implementação da conservação do solo sejam imediatos, os benefícios
aparecerão em médio prazo. Mesmo procedimento utilizado por Thornes (2007), em área
de pastagem, na região Mediterrânea da Europa.
Pimentel et al. (1995) estimaram os custos da erosão considerando, além das perdas
de nutrientes, variáveis como tipo de manejo, perda de produtividade e qualidade dos
produtos agrícolas, bem como seus custos externos, estendendo suas estimativas para todo
o território americano. Esse trabalho teve grande repercussão no universo acadêmico,
incentivando uma série de novos estudos na temática. Este estudo levou outro renomado
pesquisador americano, Crosson (1995), a se questionar sobre os custos biológicos
associados ao processo erosivo, pois, embora “imensuráveis”, ao tentar-se determinar os
custos totais da erosão do solo, estes precisariam ser contabilizados, caso contrário, estar-
se-ia incorrendo em um grande erro.
Alfsen et al. (1996) estudaram os problemas macroeconômicos gerados pela erosão
do solo em Nicarágua. Para tanto, estudaram a perda de produtividade agrícola por esse
processo dentro de um modelo de equilíbrio geral, lançando luz sobre algumas das
múltiplas inter-relações entre a atividade agrícola e outros setores da economia,
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importantes para determinar o custo social da erosão do solo. Com base em modelo de
simulações, verificaram que a erosão do solo representa um considerável entrave à
economia nicaraguense, mas que o ônus da erosão do solo depende de condições e
políticas dos mercados não-agrícolas, bem como do mercado de trabalho. Perceberam que,
dentro do cenário macroeconômico, além de reduzir a produção de commodities, a erosão
implica em um retrocesso ao desenvolvimento econômico, na redução da produção de
diferentes setores da economia, redução na oferta de empregos, bem como na formação
dos salários, aumento nos preços dos produtos, aumento do desemprego e da migração, e
um desequilíbrio na balança de pagamentos (aumento de importações e redução de
exportações), gerando um déficit primário que, em última análise, implicará em uma perda
de competitividade e desconfiança do mercado frente às bolsas de valores e futuros deste
país. Entretanto, para os autores, o objetivo da pesquisa é algo limitado se comparado a um
estudo completo dos custos da erosão, devido à falta de dados sobre o custo-benefício da
conservação do solo na Nicarágua. Concluíram que a erosão afeta a composição setorial do
processo de desenvolvimento econômico, uma vez que as forças do mercado respondem de
forma negativa à degradação do solo.
Goldin e Resende (1993) afirmam que em épocas recessivas há uma tendência, de
curto prazo, verificada no setor agropecuário, de utilizar plenamente o seu estoque de
capital, dentre eles a terra. O solo agrícola, por não possuir uso fora da atividade
agropecuária, será sempre utilizado quando uma renda positiva, mesmo que ínfima, for
gerada. Os cortes de custos serão feitos sobre aquelas operações que, em um curto prazo de
tempo, menos interferirem na produção. Os retornos econômicos das práticas
conservacionistas, por exemplo, não possuem resultados imediatos, ou que sejam
percebidos imediatamente pelos agentes econômicos, portanto, seriam operações que
facilmente deixariam de ser alocadas.
A instabilidade macroeconômica gera fortes distorções na alocação de recursos de
uma economia, uma vez que frente a um ambiente de incertezas (com elevadas taxas
inflacionárias e de juros) o consumo presente é favorecido em detrimento do consumo
futuro (CAIRNCROSS, 1992). Do ponto de vista microeconômico, esta instabilidade
acaba gerando sérios problemas ambientais, pois, em períodos de preços elevados, os
produtores são estimulados a utilizar a base de recursos naturais acima da capacidade de
suporte para maximizar o seu fluxo de renda em curtíssimo prazo. Por outro lado, quando
os preços encontram-se deprimidos, o estoque de recursos é desvalorizado e a sua
conservação é desestimulada (CUNHA et al., 1993).
Entretanto, em ciclos recessivos da economia, apesar de a demanda do setor por
investimentos em bens de capital e insumos cair, o que reflete diretamente na queda dos
rendimentos físicos das culturas, o nível do produto agrícola poderia ser mantido
compensando a queda da produtividade pelo emprego mais intenso de mão-de-obra
(GOLDIN & REZENDE, 1993).
Seguindo os mesmos procedimentos do trabalho de Alfsen et al. (1996), Dissart et
al. (2000) realizaram estudo similar em Quebec, no Canadá, e Binh et al. (2008),no
Vietnam.
Bandara et al. (2001) tiveram como objetivo demonstrar que a liberalização do
comércio combinada a políticas de taxas e subsídios, reduziria os custos ambientais da
erosão do solo em países em desenvolvimento, como o Sri Lanka, sem perdas reais de
produção. Segundo os autores, o crescimento da população e a lenta absorção da mão de
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obra por setores como indústria transformadora e de serviços fez com que houvesse uma
intensificação na pressão sobre as terras para a agricultura durante o século passado,
principalmente nas últimas décadas. Como resultado, a área de cobertura florestal caiu de
80% em 1881 para apenas 24% em 1992.
Na contramão, as mudanças na utilização dos solos e do sistema de gestão de
culturas no Sri Lanka, influenciadas por alterações na estrutura de incentivos para a
agricultura familiar interpostas pelo governo, tiveram um impacto significativo sobre o
problema da erosão do solo nas últimas décadas.
Em outro ângulo, os pesquisadores avaliaram a eficácia das trocas de políticas
comerciais e instrumentos fiscais (impostos e subsídios), para a redução dos danos
ambientais causados pela erosão do solo, centralizando a análise em cinco possíveis opções
de políticas para a diminuição dos custos da erosão: (1) liberalização do comércio (um
corte tarifário de 25%), já que a liberalização do comércio tem resultados previsíveis sobre
as variáveis macroeconômicas e estrutura de produção; (2) introdução de um imposto sobre
a produção de culturas erosivas e uma bonificação de produção de culturas menos erosivas;
(3) introdução de um imposto sobre os terrenos de culturas erosivas e de bonificação de
terras de culturas menos erosivas; (4) introdução de subsídio para a exportação de culturas
menos erosivas e de uma taxa sobre a produção de culturas erosivas; (5) introdução de
subsídio à exportação de culturas menos erosivas e um aumento dos impostos nas terras
onde se produzem culturas altamente erosivas. O impacto da liberalização do comércio
sobre a economia do Sri Lanka — bem como uma gama de pacotes políticos selecionados
para resolver este problema — foi avaliado com um modelo de equilíbrio geral. Resultados
obtidos após avaliação pelo modelo mostraram que as perdas econômicas a partir da erosão
do solo no Sri Lanka são substanciais e que, embora a liberalização do comércio tenha um
impacto ambiental positivo, a sua magnitude é pequena. Outras políticas que atinjam
diretamente a erosão do solo, tais como instrumentos fiscais e subsídios, são necessárias
para alcançar uma redução mais substancial da erosão.
Percebemos que diferentes variáveis e metodologias vem sendo testadas em
diversos países, de acordo com a disponibilidade de informações, numa tentativa de incluir
o solo como proxy nas relações econômicas e sociais.

3. Os custos da erosão do solo no Brasil

No caso do Brasil, a avaliação econômica dos danos causados pela erosão à


atividade agrícola restringe-se à quantidade física e monetária do volume de solo levado,
juntamente com o equivalente-fertilizante, que se referem aos nutrientes contidos no solo
carreado.
Marques et al. (1961) se confirmaram como os primeiros pesquisadores a realizar
estudos empíricos relacionando perdas geradas pelo processo erosivo a custos econômicos,
no país. Os autores apresentaram os dados obtidos na primeira fase dos trabalhos da Seção
de Conservação do Solo, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no estado de São
Paulo, entre os anos agrícolas de 1943/1944 a 1958/1959. Em talhões experimentais, com
chuva natural, estudaram os efeitos sobre as perdas por erosão para: (1) tipo de solo, (2)
sistema de preparo do solo, (3) incorporação da matéria orgânica, (4) rotação de culturas,
(5) tipo de uso do solo, (6) tipo de cultura, (7) declividade, (8) práticas conservacionistas.
Comparando áreas de mata, pastagem, cafezal e algodoal, determinaram a perda de solo
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em toneladas por hectare ao ano, o valor dos elementos nutritivos (N, P e K) contidos em
forma assimilável na terra por hectare ao ano, o tempo gasto em anos para que ocorra o
desgaste de uma camada de 15 cm de profundidade e a perda de água em porcentagem
sobre a chuva anual. Desta forma, observaram que com a intensificação da atividade
agrícola a erosão passou a ser considerada, além de uma questão agrícola, um problema
econômico de grandes proporções.
A partir deste primeiro enfoque, uma série de trabalhos subsequentes, mesmo que
de forma indireta, foram realizados no país, principalmente no IAC (Lombardi Neto &
Pastana, 1971).
Em 1985, Silva et al., visando demonstrar de forma mais compreensível aos
agricultores os prejuízos decorrentes da erosão do solo, realizaram um estudo sobre os
efeitos da erosão na produtividade da cultura do milho em um Latossolo Vermelho-
Amarelo distrófico, localizado na Região do Ibiapabâ, Estado do Ceará, no qual se simulou
um grau de erosão ligeiro e outro severo, obtendo-se dados de produção e custos. [A
avaliação das perdas de solo, água, matéria orgânica e de nutrientes (N, P e K), foi
procedida pela utilização de um simulador de chuva em talhão, num primeiro momento,
submetido a práticas conservacionistas e, em outro, a uma aração e a duas gradagens sem
práticas conservacionistas. A proposta auxiliou na sistematização de dados relacionados
com a produção, despesas e declínio de rendimentos frente a erosão.
Sorrenson & Montoya Vilcahuamán (1989) e Montoya Vilcahuamán et al. (1993),
pesquisadores do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa), buscando uma padronização para este campo de estudo,
convencionaram chamar os procedimento utilizados para mensurar as perdas de
macronutrientes (N, P e K), de Método de Custo de Reposição (MCR). Seus estudos se
concentraram nas discussões em torno das perdas e custos dos nutrientes do solo para
diferentes sistemas de manejo, sendo favoráveis aos conservacionistas, e na mensuração
dos impactos externos à propriedade rural, como o assoreamento dos rios.
Em 1998, Marques apresentou um trabalho inovador, considerando os custos dos
efeitos internos e externos da erosão do solo, para estimar os custos ambientais decorrentes
deste processo, na bacia hidrográfica do rio Sapucaí. Para tanto, utilizou o MCR (N, P, K,
Ca e Mg) e o custo da produção sacrificada. Como custos externos, empregou os efeitos da
erosão nos sistemas de geração de energia elétrica. Neste contexto, utilizando-se de duas
bacias hidrográficas como estudo de caso, objetivou diagnosticar as perdas de solo por
erosão, efetuar a valoração econômica de perdas ambientais e evidenciar as vantagens da
adoção de bacias hidrográficas como unidade de planejamento e gestão de recursos
agroambientais (MARQUES & PEREIRA, 2004).
Dechen & Prochnow (2003) apresentaram uma relação da erosão com as perdas de
produtividade, tratando indiretamente dos custos da erosão do solo, bem como de seu
impacto sobre a sustentabilidade agrícola, trazendo inovações em relação à apresentação
dos resultados. O trabalho foi realizado no IAC, em um experimento de longa duração
(1987/1988 a 1995/1996), em parcelas experimentais, com chuva natural, munidas de
sistemas coletores de perdas de terra e água, estabelecidas em Latossolo Vermelho, em
Campinas (SP). Após sete anos consecutivos, nos quais essas parcelas foram deixadas
erodir, foi implantada a cultura de milho nos dois anos subsequentes. Os autores
verificaram efeitos negativos em relação às perdas de solo e água, sobre a produção e
qualidade da planta (calculou-se os macro e micronutrientes nas folhas) e de grãos, em
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relação aos nutrientes (P, K, Ca e Mg) na enxurrada, nos sedimentos e na qualidade do solo
e do ambiente em geral. Os pesquisadores ressaltaram a importância da adoção de manejos
conservacionistas para evitar a degradação do solo e os custos extremos.
Rodrigues (2005) teve por objetivo valorar economicamente os custos da erosão
para os sistemas de manejo convencional e direto, para as culturas de soja e milho em
região de cerrados. Problematizou a relação entre a eficiência na combinação de insumos e
seus custos privados com a geração das externalidades ambientais e seus custos sociais. A
partir da mensuração dos impactos ambientais, analisou o custo-benefício para cada um
dos manejos, quanto à sua eficiência econômica e social. Para a valoração econômica do
processo erosivo utilizou o MCR (efeitos internos e efeitos externos). Os custos internos do
processo de erosão foram calculados utilizando-se as perdas de solo por cultura,
transformadas em perdas de nutrientes, conforme a composição do solo.(§)
Como já foi destacado, existem vários efeitos externos associados ao processo de
erosão, sendo o mais significativo o assoreamento dos recursos hídricos. O processo de
assoreamento reduz a disposição de recursos hídricos para outros agentes econômicos que
compartilham do mesmo recurso ambiental. Dessa forma, o processo de erosão causa,
indiretamente, por exemplo, o aumento no custo de geração de energia elétrica, o aumento
no custo da captação de água para o abastecimento urbano e pode reduzir a disposição de
recursos hídricos para regiões que necessitam de projetos de irrigação.
Recentemente, Bertol et al. (2007) realizaram um estudo sobre prejuízos
financeiros causados pela erosão hídrica, seguindo a mesma linha, ou seja, pela perda de
nutrientes a ela associada. A pesquisa foi realizada com o objetivo de quantificar as perdas
de água, de solo, de P, K, Ca e Mg na água, de P disponível e de K, Ca e Mg trocáveis nos
sedimentos da enxurrada perdida por erosão hídrica, em um experimento realizado sob
chuva natural, entre novembro de 1992 e outubro de 2003, no sul do Planalto Catarinense.
Calculou-se o custo financeiro desses nutrientes, expressos na forma de superfosfato triplo
(P), cloreto de potássio (K) e de calcário (Ca e Mg), perdidos pela erosão, para um
Cambissolo Húmico alumínico léptico com declividade média de 0,10 m m-1, em três
sistemas de manejo do solo: preparo convencional (PC), preparo mínimo (PM) e
semeadura direta (SD). Os tratamentos de manejo foram aplicados em duplicata. Em uma
das repetições dos tratamentos de preparo cultivaram-se soja, trigo, milho, ervilhaca,
feijão, aveia, e nabo forrageiro, em sistema de rotação de culturas, enquanto na outra
repetição foram cultivados soja e trigo, em sistema de sucessão de culturas. As perdas de
solo foram fortemente influenciadas pelo sistema de manejo e variaram com os anos de
cultivo, enquanto as perdas de água variaram menos do que as de solo, tanto nos sistemas
de manejo do solo, quanto nos anos de cultivo. O valor monetário das perdas anuais de P,
K, Ca e Mg foi relativamente elevado, independentemente do sistema de manejo do solo.
A SD e o PM comportaram-se de modo semelhante em termos de valor monetário em
relação às perdas e foram expressivamente menores do que no preparo convencional.
Apesar de todos esses estudos, López e Shirota (1998) apontam que ainda são
poucos os trabalhos de pesquisa sobre os impactos econômicos da erosão realizados no
Brasil, refletindo, de maneira geral, um desconhecimento destas consequências.

4. Mensurações

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Cerca de 1,5 bilhões de hectares (aproximadamente 10% da superfície terrestre) já
foram irreversivelmente degradados pelo processo de erosão. Além disso, a produtividade
agrícola brasileira, de aproximadamente 20 milhões de t ha ano-1, pode ser reduzida a zero
ou tornar-se economicamente inviável devido à erosão ou degradação induzida pela erosão
(ROSA, 2000).
A partir das perdas de nutrientes, Colacicco et al. (1989) estimaram prejuízos para
o produtor, da ordem de US$0,06 a US$0,37 por tonelada de grãos.
Nesta mesma linha, Crosson (1995) estimou valores totais para as perdas de
nutrientes, da ordem de US$105 milhões para os Estados Unidos; Cavalcanti (1995), de
US$ 1,4 bilhão no Vale do Rio São Francisco; Castro e Valério Filho (1997), de US$ 1,7
bilhão no Estado de São Paulo, contabilizando-se os custos dos nutrientes perdidos pela
erosão do solo. Somente no Estado do Paraná, com seis milhões de hectares de área
agrícola, o prejuízo por perdas de nutrientes devido à erosão é da ordem de 121 milhões de
dólares por ano (DERPSCH et al., 1991). Com base em parâmetros obtidos na literatura e
nas perdas de solo, Bahia et al. (1992) estimaram que o prejuízo com as perdas de
nutrientes no Brasil é da ordem de 4 bilhões de dólares.
No Reino Unido, o valor da perda de nutrientes e matéria orgânica do solo —
causada por falhas no manejo do solo e perda da cobertura vegetal original — é de US$
13,8 /ha/ano (Pretty, 2000).
Sorrenson & Montoya (1989) utilizaram o método da reposição de macronutrientes
para estimar o custo interno da erosão do solo no Estado do Paraná, em 1984. Usando uma
taxa de erosão laminar da ordem de 20t/ha/ano, calcularam o custo interno da erosão em
sulcos e voçorocas. Obtiveram valores de US$ 242 milhões anuais em macronutrientes
perdidos por erosão laminar e US$ 34,5 milhões/ano pela redução da produção quando nos
estágios de sulcos e voçorocas, o que perfaz um total de US$ 276,5 milhões/ano de custo
interno.
Para Pimentel et al. (1995) as perdas de nutrientes representaram US$23/ha, os
prejuízos na produção chegaram a US$77/ha, entre outros custos, podendo atingir um valor
total de US$146/ha. Esta estimativa foi, então, multiplicada por 160 milhões de hectares,
ou seja, toda a área agricultável nos Estados Unidos, obtendo-se um custo total de 23
bilhões de dólares ao ano. Porém, Crosson (1995) criticou duramente esses valores,
alegando que se tratava de uma superestimação, embora reconhecesse que este trabalho
reafirmou a importância da discussão do tema em todo o mundo.
Hertzler et al. (1985) estimaram que o custo de uso marginal da perda de solo é de
aproximadamente US$70,00/ha. Os autores alertam para o fato de que o custo de uso não é
grande quando comparado com outros custos, sendo desconsiderado pelos agricultores que
produzem num ambiente econômico complexo.
Para Bertol et al. (2007), o valor monetário da perda anual por hectare de K foi
equivalente a 2,6 vezes daquele representado pelo somatório das perdas de P, Ca e Mg, na
média dos sistemas de manejo do solo. Na SD, essas perdas foram de US$ 14,83 por
hectare por ano, enquanto no PM foram de US$ 16,33 e, no PC, de US$ 24,94. Na média
destes sistemas de manejo do solo, o valor monetário total anual por hectare das perdas de
P correspondeu a 8,6 %, das de K, a 76,8 e das de Ca e Mg, a 14,6 %.

5. Valoração

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Para a valoração econômica do processo erosivo, normalmente, é utilizado o
método custo-reposição (efeitos internos e efeitos externos). O método do custo de
reposição (MCR) está baseado na reparação de algum dano aos recursos naturais, podendo
ser entendido como uma medida do seu benefício (RODRIGUES, 2005).
O MCR é utilizado empiricamente a partir da descrição das tecnologias de plantio
analisadas (plantio direto e convencional), enfatizando suas características técnicas e
econômicas; da análise das relações naturais entre causas e efeitos do processo de erosão
agrícola ocasionado pelo uso de tecnologias de cada sistema de plantio a ser analisado; da
valoração econômica dos efeitos do processo erosivo no custo de reposição de nutrientes
dos solos nas tecnologias de plantio abordadas (efeitos internos); e da descrição dos
impactos e dos custos da erosão, externos ao produtor rural (efeitos externos).
Para se realizar a valoração econômica dos efeitos do processo de
erosão/sedimentação é necessária uma compreensão prévia dos impactos ambientais
causados pelo agente degradante. O processo de erosão dos solos tem basicamente dois
tipos de efeitos: internos e externos. Os efeitos internos estão ligados à perda da eficiência
da produção agrícola associada ao processo erosivo. Nesse sentido, esses prejuízos são
absorvidos pelos próprios produtores rurais, aumentando assim seus custos de produção no
médio e longo prazo (GUNTERMANN, 1975).
Já os efeitos externos são absorvidos por outros agentes econômicos que sofrem
fundamentalmente com o processo, por exemplo, aqueles associados ao assoreamento dos
recursos hídricos, sendo que estas perdas não estão incluídas nos custos privados do
produtor/degradador (MARQUES, 1998).
Isto posto, os custos da erosão poderão ser calculados indireta ou diretamente. Os
métodos indiretos são aqueles que procuram relacionar as degradações do meio ambiente
com a capacidade de produção do sistema econômico. Avaliam-se os custos de reposição e
de produção sacrificada, quando os problemas ambientais são pontualmente localizados. O
método direto está centrado em informações do mercado, ou seja, nas preferências das
pessoas.
Para Rodrigues (2005), o valor da produção sacrificada passa a representar o custo
econômico da oportunidade de uso do meio ambiente. É importante ressaltar que este valor
não incorpora os custos associados às questões intertemporais que consideram a
disponibilidade dos recursos naturais para gerações futuras.
Para tal, seria necessário estimar os impactos econômicos futuros, no caso dos
recursos não renováveis, o que exigiria uma gama variada de informações pouco
disponíveis. Porém, sempre que tais custos diretamente estimados representarem pequena
parte dos custos totais, não autorizando uma tomada de decisões, outros procedimentos
devem ser adotados para avaliar o valor econômico dos custos da erosão. (RODRIGUES,
2005).
No custo de reposição de nutrientes, adaptado de Bertol et al. (2007), será avaliada
a quantidade física de erosão, associada à perda de nutrientes do solo carreada neste
processo (cálcio, fósforo, magnésio, nitrogênio e potássio). Esta perda é calculada com
base nos preços de mercado de fertilizantes comerciais e na quantidade necessária de cada
um para repor os nutrientes perdidos, além do seu custo de aplicação na área cultivada.
Segundo Rodrigues e Campanhola (2003), pode-se adotar um enfoque
simplificador e quantificar as externalidades ambientais negativas, de acordo com a
importância que o bem perdido ou deteriorado tem para o agrossistema. Neste caso, o custo
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da erosão seria dado pelo valor dos nutrientes contidos no solo que foi perdido, ou, em
outros casos mais graves, onde a área torna-se inapta para a agricultura, o custo é obtido
pelo preço de mercado da área de terra afetada. Entretanto, este tipo de abordagem não
mede os danos sobre outros bens e serviços ambientais, como perdas da biodiversidade e,
também, não mede os demais efeitos decorrentes do processo erosivo que afetam outras
partes do ecossistema, como por exemplo, a qualidade dos recursos hídricos (STEVENS et
al., 1991).
Desta forma, os custos internos do processo de erosão deverão ser calculados
utilizando-se as perdas de solo por cultura, transformadas em perdas de nutrientes,
conforme a composição do solo. Considera-se que toda a perda de terra representa também
correspondente perda de nutrientes. Tem-se, assim, a seguinte equação de determinação
dos custos internos (adaptada de Pimentel, 1995):

CUSTOS INTERNOS = ∑ Qn (Pn) + Ca + (Pp · Qp), onde:

∑ QN = diferentes fertilizantes carreados pela erosão (tonelada);


PN = preço dos fertilizantes ($);
CA = custo de aplicação dos fertilizantes ($);
PP = preço da produção agrícola ($);
QP = redução da produtividade de longo prazo em virtude da erosão (tonelada/ha).

6. Considerações finais

A partir das diferentes variáveis e possibilidades metodológicas apresentadas


observou-se que existe a possibilidade de realizar diferentes trabalhos relacionados aos
custos gerados pela erosão do solo. Notou-se, também, que é extremamente importante sua
mensuração para o desenvolvimento rural.
Ressalta-se, ainda, a utilidade da apresentação de dados econômicos aos
agricultores, o que facilita a compreensão sobre a importância da conservação do solo para
a sustentabilidade das atividades agropecuárias.

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