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Escola Superior de Criciúma

Curso Bacharelado de Arquitetura e Urbanismo


Trabalho Prática da Sustentabilidade

AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO

Bianca Borges Garciano


Aluna do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo na escola Superior de Criciúma. E-mail:
borgesgraciano2015@gmail.com

Débora Magalhães de Brida


Aluna do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo na escola Superior de Criciúma E-mail:
deboradebrida@gmail.com

Larissa Pereira Colares


Aluna do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo na escola Superior de Criciúma E-mail:
Larissapereiracolares.a@gmail.com

Rafaela Martinhago Pandini


Aluna do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo na escola Superior de Criciúma E-mail:
rafaelapandini@hotmail.com

Jamile Zanette
Professora no curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo E-mail:
Jamile.zanette@esucri.com.br

1. INTRODUÇÃO

A agricultura é a principal fonte de renda do Brasil, a respeito disso será


abordado um tema que está ligado diretamente, com a diminuição da emissão dos
gases de efeito estufa, que acabam poluindo cada vez mais o ecossistema, tornando
mais evidente a extinção no planeta terra.
O presente trabalho apresenta intempéries sobre a prática de
sustentabilidade, acerca do baixo carbono dentro da agricultura e seus aspectos
sociais e comportamentais. O ensaio teórico é dividido em quatro tópicos teóricos
que abordam a questão da agricultura sustentável no Brasil, o estudo sobre baixo
carbono atualmente, plantio e recuperação de espaços degradáveis na natureza.
O objetivo principal deste trabalho é a compreensão da agricultura de baixo
carbono aplicada diretamente na sociedade. Obtendo como objetivo específico,
analisar os fatores que fazem com que a sustentabilidade se aplique em torno do
baixo carbono na agricultura.
Nos presentes tópicos também é citado sobre as práticas e as soluções que o
tema de baixo carbono proporciona para a agronomia, sendo assim práticas
sustentáveis que são importantíssimas, para a vitalidade humana e para os
produtores rurais.
2. AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

A agricultura por sua vez foi responsável pela sobrevivência das pessoas no
mundo inteiro, eliminando os riscos de serem extintos, possibilitou aumento e
progresso da população, conectado diretamente com a construção da economia, na
qual foi desenvolvida pela necessidade que o homem tinha em adquirir alimentos
para sua família, com isso a agricultura possibilitou diversos tipos de trabalhos,
como comércio, artesanato e indústrias (PATERNIANI, 2002).
Segundo Ehlers (1994), a agricultura está ligada fortemente à
sustentabilidade, pois atrai um número considerável de profissionais pesquisadores
e produtores, sendo assim necessita de um novo padrão produtivo, que não polui o
meio ambiente, já que isso foi reforçado na conferência da nações unidas sobre
sustentabilidade. Nesta visão a agricultura sustentável necessitou de vários
aspectos de produção relacionada à agropecuária, com objetivo de englobar os
esforços dos agricultores a desenvolver sistemas eficientes para obter resultados
abrangentes e progressivos para o bem da natureza (VEIGA, 1994).
Neste sentido, se baseando na economia global, existem duas teorias
interessantes sobre sustentabilidade na agricultura, que seria uma sustentabilidade
que analisa os fatores do dinheiro que não permite a substituição de alguns
materiais do meio de produção, sendo que necessitam da conservação, sendo outro
fator teórico importante bem como o padrão que os agricultores já estão
acostumados a trabalhar, ou seja, o processo de plantio (COSTA, 2010).
Importante ressaltar que o cenário do Brasil sobre a agricultura
sustentável está totalmente longe de acontecer a longo prazo, pois a economia do
país é totalmente diferente apresentando peculiaridades, ou seja, enquanto nas
sociedades pós industriais estão utilizando estratégias de desenvolvimento
sustentável o Brasil ainda enfrenta problemas para que isso ocorra. (KITAMURA,
2003). Segundo Assis (2005), para os produtores se torna inviável estratégias
sustentáveis como agricultura orgânica com base em agroecologia, pois as
dificuldades são maiores, principalmente quando se nota que é preciso utilizar as
determinadas regras adotadas pelo agroecossistema do Brasil.
Para um país que é devidamente dominado pelo latifúndio, além se ser
notado pela devastação ambiental desde a colonização, não é tão simples como

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parece ser reformado o sistema e aplicar a sustentabilidade, pois apresentam
restrições e atritos de democratização do acesso e direito de território, isso se torna
aspecto negativo para seu planejamento sustentável (MACIEL, 1997).
Neste contexto o Brasil e demais países, estão em transição para
sustentabilidade de baixo carbono, ou seja, redução de emissões de gases de efeito
estufa, esses perdas de carbono resulta que o PIB cresça em uma taxa menor na
ausência de aspectos climáticos, atribuindo a regressão de impostos (GURGEL,
2012).
3. AGRICULTURA BAIXO CARBONO NO BRASIL

A Agricultura de Baixo Carbono (ABC) surge em 2009/2010 como alternativa


para reduzir a emissão de gases do efeito estufa (GEE) provenientes da agricultura
e pecuária, esse setor que cresce a cada dia mais e consequentemente acaba
sofrendo uma pressão maior dos órgãos governamentais para ajudar
significativamente nas metas do país. Uma vez que a alta emissão de carbono
contribui para o efeito estufa e consequentemente favorece grandes alterações
climáticas, o setor agrícola torna-se vulnerável aos impactos das alterações
climáticas trazendo dificuldades de desenvolvimento do setor.

O Plano para Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) é uma iniciativa


governamental elaborada de acordo com o artigo 3º do Decreto nº 7.390/2010 que
ganha visibilidade quando o país assume o compromisso na 15º Conferência das
partes (COP-15) em Copenhague, Dinamarca. (Brasil, 2010).

Durante o evento, o governo brasileiro firmou o compromisso de reduzir a


emissão de GEE entre 36,1% e 38,9%, em relação às emissões brasileiras
projetadas até 2020. Propôs inicialmente o programa de ações voluntárias, neste
ações foram incorporadas nos compromissos relativos à agropecuária. Essas ações
foram: adotar sistema de integração lavoura-pecuária- -floresta (iLPF); ampliar os
sistemas agroflorestais (SAF); e intensificar o processamento e tratamento de
dejetos animais.

O aumento da produtividade no campo pode interferir na diminuição do


desmatamento e a produção de biocombustíveis integra o leque de fontes

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renováveis que podem substituir o combustível fóssil. Há outras práticas
agropecuárias que combinam sustentabilidade e produtividade, como: o plantio
direto, a recuperação de pastagens degradadas.

3.1 PLANTIO DIRETO

Essa prática tem como objetivo evitar a aeração da camada inferior do solo. A
redução ou eliminação do movimento do solo evitaria a liberação de carbono do
solo, quando comparado ao cultivo convencional.
O Plantio Direto é uma prática consagrada de conservação
dos recursos naturais e maximiza a infraestrutura de mão de
obra e de maquinário disponível, o que dá maior
possibilidade de retorno econômico para o produtor.
(FEBRAPDP), Ivo Mello.

A capacidade de sequestro de carbono no solo está associada a uma série de


fatores ambientais e técnicos. O clima predominante da região, a variação climática,
variação de implementos, quantidade e qualidade na variação de resíduos culturais
(substâncias residuais de plantios anteriores), todos esses fatores associam-se à
fixação do carbono no solo.
O plantio direto é considerada a ação ambiental mais importante no Brasil,
atendendo às recomendações da Conferência das Organização das Nações Unidas
(ECO-92) e da Agenda 21 brasileira.

3.2 RECUPERAÇÃO DE PASTAGENS DEGRADADAS

A degradação das pastagens tem sido um grande problema para a pecuária


brasileira, que se desenvolve principalmente em pastagens. Se estima que 80 % de
50 a 60 milhões de hectares de pastos cultivados no centro do Brasil se encontram
em estado de degradação, quer dizer, em um processo evolutivo de perda de vigor,
sem possibilidade de recuperação natural e incapaz de manter os níveis de
produção e qualidade exigida pelos animais, bem como o controle dos efeitos
nocivos de pragas, doenças e plantas invasoras. Essa deterioração é resultado de
muitos fatores que atuam isoladamente ou em conjunto, como preparo inadequado

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do solo, seleção inadequada de tipos de alimentação, uso de sementes de baixa
qualidade, má formação inicial e mau manejo, e é o principal.
A recuperação de pastagens melhora o uso da área, recupera as propriedades
químicas, físicas e biológicas do solo e possibilita a produção de proteína animal,
devido ao aumento da capacidade de suporte, porém, evita novos desmatamentos,
preservando a fauna e a flora.
Em um sistema integrado de lavoura e pecuária (ILP), a inclusão de lavouras em
operações de reforma de pastagens é tecnicamente viável para a transição de
sistemas convencionais para sistemas integrados, de baixo custo, que produzem
pastagens de alta qualidade.(Cerri et al., 2009).

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil busca uma agricultura sustentável capaz de mitigar os efeitos do


aquecimento global, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e o
futuro das gerações futuras.O programa ABC é uma política pública federal que se
estende aos estados federais e tem como objetivo criar inovações tecnológicos,
independentes do perfil do produtor e do bioma, capazes de mitigar os impactos das
mudanças climáticas em curso na produção dos ecossistemas, mantendo a
produtividade sustentável e contribuindo para o desenvolvimento de agricultura de
baixo carbono.
A potencialização das contribuições da fixação biológica de azoto no sistema
solo-planta-bactéria depende de fatores bióticos e abióticos, exigindo um melhor
entendimento e quantificação dos benefícios e em ambos os casos o balanço
desses nutrientes no solo deve ser positivo para obtenção os benefícios ambientais
e econômicos esperados em cada sistema de produção.

5. REFERÊNCIAS

ASSIS, Renato Linhares de. Desenvolvimento rural sustentável no Brasil:


perspectivas a partir da integração de ações públicas e privadas com base na
agroecologia*. Campinas: Desenvolvimento Rural Sustentável no Brasi, 2005.

5
BRASIL. Decreto no 7.390, de 9 de dezembro de 2010. Regulamenta os Artigos 6o,
11 e 12 da Lei nº 12.187, de 29 de 2010.

Cerri, C. C.; Maia, S. M. F.; Galdos, M. V.; Cerri, C. E. P.; Feigl, B. J.; Bernoux, M.
Brazilian greenhouse gas emissions: the importance of agriculture and livestock. Sci.
Agric. Piracicaba: ESALQ. v.66, n.6, p.831-843. Nov./Dec. 2009.

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Plantio Direto traz


benefícios para agricultores e para o meio ambiente. Disponível em:
<https://cnabrasil.org.br/noticias/plantio-direto-traz-beneficios-para-agricultores-e-par
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COSTA, Ana Alexandra Vilela Marta Rio. AGRICULTURA SUSTENTÁVEL I:


CONCEITOS. Alto Douro: Revista de Ciências Agrárias, 2010.

EHLERS, Eduardo Mazzaferro. O Que se Entende por Agricultura Sustentável?


São Pulo: Procam - Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental, 1994.

FGV. Agricultura de baixa emissão de carbono: a evolução de um novo


paradigma. São Paulo: FGV. 204p. (Relatório de pesquisa) Observatório ABC -
Centro de Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo, FGV. 2013.

GURGEL, Angelo Costa. IMPACTOS DA ECONOMIA MUNDIAL DE BAIXO


CARBONO SOBRE O BRASIL. São Paulo: Escola de Economia de São Paulo,
Fundação Getúlio Vargas, 2012.

KITAMURA, Paulo Choji. AGRICULTURA SUSTENTÁVEL NO BRASIL AVANÇOS E


PERSPECTIVAS. Brasília: Agricultura Sustentável no Brasil: Avanços e
Perspectivas, 2003.

MACIEL, Caio. REFORMA AGRÁRIA, MOVIMENTOS SOCIAIS E AGRICULTURA


SUSTENTÁVEL NO BRASIL. Pernambuco: Professor Adjunto do Departamento de
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Mozzer, G. B. Agropecuária no contexto da economia de baixo carbono. In:


Seroa da Motta, R.; Hargrave, J.; Luedermann, G.; Gutierrez, M. B. S. (ed.).
Mudança climática no Brasil: aspectos econômicos, sociais e regulatórios. Rio de
Janeiro: IPEA. p.111-125. 2011.

PATERNIANE, Ernesto. Agricultura Sustentável nos Trópicos. São Paulo:


Estudos Avançados, 2001.

Pedreira, B. C.; Zimmer, A. H. Estratégias de recuperação de pastagens. Cuiabá:


Embrapa Agrossilvipastoril e Embrapa Gado de Corte, nov./2011. 164p. (mimeo)

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TADEU, W. et al. Pastagens degradadas e técnicas de recuperação: Revisão. [s.l:
s.n.]. v.11, n.10, p.1036-1045, Out, 2017.

VEIGA, Jose Eli da. O Problema de Transição à Agricultura Sustentável. São


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Embrapa Arroz e Feijão, nov./2011. 35p. (mimeo)

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