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Professor. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Aquidauana, Cursos de Graduação e pós-graduação em Geografia, Rua Oscar
Trindade de Barros, 740, Bairro da Serraria, Aquidauana, MS, Brasil, CEP: 79200-000. emerson.leite@ufms.br. (Autor correspondente); 2Universidade
Federal da Grande Dourados – UFGD, Cursos de Graduação e Pós-graduação em Geografia. Dourados-MS, andreberezuk@ufgd.edu.br; 3Universidade
Federal da Grande Dourados, Cursos de Graduação e Pós-graduação em Geografia. Dourados-MS, charleisilva@ufgd.edu.br;
Artigo recebido em 30/03/2022 e aceito em 20/07/2022
RESUMO
A integridade funcional da paisagem das bacias hidrográficas depende de como se sustentam os elementos que a
compõem, como os de natureza físico - bióticos (Geologia, Geomorfologia, Pedologia, Fitogeografia e Clima) e os
elementos derivados das diferentes ações antrópicas. A estabilidade e vulnerabilidade a processos erosivos na bacia
consiste na análise integrada destes elementos, de forma a orientar os processos de exploração da área. Os resultados
encontrados apontam que a maior parte da bacia se enquadra na classe medianamente estável/vulnerável, correspondendo
a uma área de 27.859,35 km² (66,14% de toda a bacia). São áreas que merecem atenção em relação à ocupação,
principalmente na aplicação de técnicas de manejo que protejam o solo e os recursos hídricos. A metodologia utilizada
demonstrou-se eficiente e apropriada. A estabilidade e vulnerabilidade a processos erosivos para a bacia é um importante
indicador ambiental, resultando da interação entre os seus componentes naturais e a ação antrópica nas suas diversas
formas de exploração da área.
Palavras-chave: Rio Miranda, estabilidade vulnerabilidade, erosão.
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trabalho que deve ser considerada nos estudos que O conhecimento dos mecanismos que
envolvem os recursos hídricos, estudos atuam nas unidades de paisagem natural serve para
geoambientais, com vistas ao planejamento e orientar as dinâmicas dos polígonos de intervenção
manejo integrado dos seus recursos naturais (Back antrópica, de maneira a evitar agressões
et al., 2019; Braz et al., 2020; Souza et al., 2021). irreversíveis e obter maior produtividade, além de
As bacias hidrográficas têm demonstrado dirigir ações corretivas dentro daqueles polígonos
seu potencial enquanto unidade sistêmica, onde o uso inadequado provoca consequências
tornando-se objeto de estudo em inúmeros estudos desastrosas (Crepani et. al. 2001).
(hidrológicos ou geomorfológicos, como também Tricart (1977) já explanava que “o
para estudos relacionados a aspectos biológicos, conhecimento do quadro natural permite observar
socioeconômicos e socioculturais), e adotada como a acuidade do perigo de degradação, classificar as
tal numa diversidade de trabalhos em Geografia e unidades naturais em função de sua
áreas afins (Leite e Rosa, 2010; Materano e Brito, suscetibilidade”. Conforme Crepani et al. (2008), o
2020). conhecimento dos espaços, desde suas
A integridade funcional da paisagem das características físicas até seu estado atual de uso,
bacias hidrográficas depende de como se sustentam são desafios impostos pelo desenvolvimento
os elementos que a compõem. As intervenções nela sustentado, de forma que orientem os processos de
realizadas, que não consideram potencialidades e ocupação a partir das fraquezas e potencialidades
vulnerabilidades, a transformam em sistemas cuja evidenciadas.
funcionalidade é comprometida. Mendonça e Dias Aziz Ab’Saber nos lembra que herdamos
(2019) colocam que a dinâmica acelerada das paisagens e ecologias, pelas quais certamente
paisagens instáveis incita a discussão acerca dos somos responsáveis, ou deveríamos ser
impactos socioambientais que o mundo responsáveis, no sentido de utilização não-
experiencia há décadas. Diversas são as variáveis predatória dessa herança única que é a paisagem
que avaliam esse cenário e, dentre elas, a terrestre. E reforça a importância de conhecer as
concepção dos riscos e vulnerabilidades sociais e limitações de uso específicas de cada tipo de
ambientais. espaço e de paisagem, sempre procurando obter
Modificações do meio natural são indicações mais racionais, para a preservação do
invariavelmente necessárias para garantir o equilíbrio fisiográfico e ecológico (Ab’Sáber,
desenvolvimento socioeconômico e para dar 2003).
suporte ao crescimento populacional. Contudo, Esse entendimento se viabiliza a partir da
muitas dessas alterações do meio geram definição de unidades territoriais básicas, que são
desequilíbrio, dando origem a fenômenos como a as células elementares de informação e análise
erosão, o assoreamento, a escassez ou degradação […], são entidades geográficas que contêm
da qualidade da água etc. (Tavares et al., 2022). atributos ambientais que permitem diferenciá-las
Antecedendo qualquer ocupação, de suas vizinhas, ao mesmo tempo possui vínculos
deveríamos ter conhecimento dos componentes dinâmicos que a articulam a uma complexa rede
físicos - bióticos (Geologia, Geomorfologia, integrada por outras unidades territoriais (Becker;
Pedologia, Fitogeografia e Clima) que interagindo Egler, 1997).
são denominadas por Crepani et al. (2001) de Enquanto entidades geográficas, as
unidades de paisagem natural. Estas variáveis unidades territoriais básicas devem possuir
analisadas de forma integrada possibilitam obter contiguidade espacial, serem georreferenciadas e
um diagnóstico das diferentes categorias pertencerem a uma classificação tipológica que
hierárquicas de vulnerabilidade dos ambientes permita seu agrupamento em diversas ordens de
naturais (Spörl e Ross, 2004), importante subsídio grandezas, incluindo aqui as bacias hidrográficas,
ao processo de ocupação destes espaços. os municípios e unidades de paisagem (Becker;
Silva, Neves e Vendrusculo (2014) Egler, 1997).
também ponderam que a caracterização dos A análise da dinâmica das paisagens bem
atributos do meio físico (geomorfologia, geologia, como de sua configuração, o uso de mapeamentos
clima etc.), biológico (vegetação) e antrópico (uso e métodos preditivos a erosão são amplamente
da terra) na escala de bacia hidrográfica é uma empregados e tem contribuído ao planejamento de
importante contribuição na realização do bacias hidrográficas, ainda, evidenciando além de
diagnóstico básico imprescindível para análise dos suas características, suas vulnerabilidades (Manoel
conflitos, recomendação de soluções ou diretrizes e Nunes, 2019; Abreu e Vieira, 2020; Faria et al.,
e a tomada de decisão. 2021; Macêdo et al., 2021; Nörnberg e Rehbein,
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2021; Sales et al., 2021; Souza et al., 2021, Ecodinâmica de Tricart (1977), pautados numa
Medeiros e Salinas, 2021). unidade ecodinâmica que se caracteriza por certa
A vulnerabilidade é uma característica dinâmica do meio ambiente que tem repercussões
intrínseca dos mais diversos sistemas naturais ou mais ou menos imperativas sobre as biocenoses e
redes sociais, mas que a ação humana sobre esses tem sua base no “instrumento lógico de sistema, e
sistemas ou redes pode causar o agravamento ou a enfoca as relações mútuas entre os diversos
minimização desse grau de vulnerabilidade componentes da dinâmica e os fluxos de
(Aquino et al. 2017). Essa tem origem no potencial energia/matéria no meio ambiente”.
de perda e de impacto negativo destes sistemas e/ou A análise da paisagem por meio de
estruturas ao falharem (Cütter, 2015). Por sua vez, ferramentas de sistema geográfica de informação
a análise de vulnerabilidade ambiental permite que compreende trabalhar com um conjunto de
avaliar a fragilidade de sistemas ambientais frente hardware, software, peopleware e informação
a determinadas pressões. Essa informação é útil no espacial permitem e facilitam a análise, gestão ou
planejamento ambiental, possibilitando identificar representação do espaço e dos fenômenos
regiões onde a degradação ambiental resultante de geográficos que nele ocorrem (Back et al., 2019).
uma dada ação tem potencial de causar maior Dos modelos que sintetizam estudos de
impacto e desenvolver programas visando à vulnerabilidade ambiental e os transformam em
redução das fontes de pressão (Figueiredo et al., dados quantitativos são utilizados em grande parte
2010). nos trabalhos acadêmicos e na administração
De fato, a vulnerabilidade ambiental pode pública (Aquino et al. 2017) na atualidade. No caso
ser definida como o grau em que um sistema dos modelos de análise integrada da paisagem, sua
natural é suscetível ou incapaz de lidar com os grande contribuição é a de proporcionar uma maior
efeitos das interações externas. Pode ser decorrente agilidade no processo de tomada de decisões,
de características ambientais naturais ou de pressão servindo de subsídio para a gestão territorial de
causada por atividade antrópica; ou ainda de maneira planejada e sustentável, evitando
sistemas frágeis de baixa resiliência, isto é, a problemas de ocupação desordenada (Spörl e Ross,
capacidade concreta do meio ambiente em retornar 2004).
ao estado natural de excelência, superando uma
situação crítica (Aquino et al., 2017). Material e métodos
Nos estudos da vulnerabilidade dentre os
requisitos fundamentais, temos o conhecimento Na análise da vulnerabilidade ambiental
geoespacial e a investigação com base local da bacia hidrográfica do Rio Miranda, Mato Grosso
(Cütter, 2015; Manoel e Nunes, 2019) o que requer do Sul, utilizou-se os dados cartográficos temáticos
a delimitação do sistema ambiental em estudo, disponibilizados pelo IBGE (Brasil, 2020) no
assim como a identificação dos seus elementos formato shapefile. Estes dados foram obtidos e
constituintes (Figueiredo et al., 2010). A avaliação ajustados para o limite da bacia hidrográfica do Rio
qualitativa e quantitativa de sustentabilidade, Miranda, sendo eles os dos temas de Geologia,
vulnerabilidade e riscos ambientais, são Clima, Geomorfologia, Solos e Vegetação.
ferramentas para uma emergente transformação: a Os dados de uso e cobertura da terra
transformação ambiental. Essa, como outras foram obtidos do projeto MapBiomas. Foram
transformações, encontra resistência nos mais utilizados os dados da Coleção 5 para o ano de
diversos setores sociais, porém como está 2019, realizando um recorte do mosaico das
relacionada com a manutenção da vida de todos os matrizes de dados dos biomas Pantanal e Cerrado.
indivíduos, vem encontrando, rapidamente, A classe temática Arroz Irrigado foi incluída ao
diversos adeptos e a aprovação da opinião pública mapa utilizando-se da função edição matricial do
(Aquino et al. 2017). Spring/INPE. O “Projeto MapBiomas - é uma
Neste sentido, o objetivo deste artigo é iniciativa multi-institucional para gerar mapas
determinar e analisar vulnerabilidade ambiental da anuais de uso e cobertura da terra a partir de
bacia hidrográfica do Rio Miranda-MS processos de classificação automática aplicada a
considerando os resultados da aplicação da imagens de satélite”. A descrição completa do
metodologia de Crepani et al. (1996) e Crepani et projeto encontra-se em http://mapbiomas.org e em
al. (2001). De que forma se relacionam as variáveis Souza Jr. et al. (2020).
físicas para expressar os diferentes graus de O método aplicado segue as considerações
vulnerabilidade da bacia? Para responder esta de Crepani et al. (2001) onde o modelo é aplicado
questão, o método faz menção a conceitos de individualmente aos temas, Geologia,
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Resultados e discussão
A bacia hidrográfica do Rio Miranda está Bodoquena, Bonito, Campo Grande, Corguinho,
localizada na porção centro-oeste do Estado de Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da
Mato Grosso do Sul. Está situada entre os paralelos Laguna, Jaraguari, Jardim, Maracaju, Miranda,
de 19° e 22°S e entre os meridianos de 54° e Nioaque, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Negro,
57°30’W. Conforme observamos na Figura 2 e já Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e
citado em Mendes et al. (2004), dos 23 municípios Terenos), 15 possuem os núcleos urbanos inseridos
formadores da bacia do Miranda (Anastácio, na bacia.
Aquidauana, Bandeirantes, Bela Vista,
Esta bacia é parte da Bacia do Alto menores extensões e o Rio Nioaque que possui
Paraguai, tem grande importância por ser uma das alcance de 161,22 km. Já em sua margem esquerda
formadoras do Pantanal e tem relevante os principais contribuintes no que se refere a
importância para o ecoturismo na região (Pott et extensão são: Rio Salobra (160,61 km), Rio
al., 2014). Consistindo nesta forma, uma bacia que Formoso (94,75 km), Rio da Prata (90,37km), Rio
pela sua magnitude e localização geográfica Chapena (60,28 km) e Rio do Peixe (50,03 km)
expõem sua importância social, econômica e (Mato Grosso do Sul, 2016).
ambiental para o Estado de Mato Grosso do Sul.
Possui uma área de 42.124 km² conforme medida O fator geológico
obtida sobre o shapefile disponível na Base A Figura 3 apresenta os principais tipos de
Hidrográfica Ottocodificada da Agência Nacional rochas mapeados para a bacia hidrográfica do Rio
de Águas, nível 4 (8952). Miranda. Vê-se a variabilidade de litologias, e sua
O principal curso hídrico da bacia é o Rio contribuição para a análise e definição da
Miranda (756,65km de extensão) que dá nome a vulnerabilidade ambiental compreendem as
bacia hidrográfica. Sua nascente localiza-se nos informações relativas ao grau de coesão das rochas
limites municipais de Ponta Porã, Guia Lopes da que a compõem. O grau de coesão das rochas está
Laguna e Jardim e a foz em Corumbá desaguando relacionado à intensidade da ligação entre os
no Rio Paraguai. Destacam-se como principais minerais ou partículas que as constituem, de forma
contribuintes em sua margem direita o Rio que, uma rocha pouco coesa prevalece os processos
Aquidauana (684,00 km) que nasce no município modificadores das formas de relevo, enquanto nas
de São Gabriel do Oeste e recebe águas dos Rios rochas bastante coesas prevalecem os processos de
Dois Irmãos (177,06 km), Ribeirão Taquaruçu formação de solos (Crepani et all., 2001).
(146,89 km), Agachi (133,45 km) entre outros de Os Aluviões Holocênicos são
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caracterizados pelos depósitos aluvionares que espessuras das mais variadas, desde centímetros até
atualmente estão sendo depositados nas margens e dezenas de metros. Podem ser facilmente
leitos dos rios e córregos de maior porte que identificadas em dados de sensoriamento remoto
drenam a área. Apresentam cascalhos grosseiros por suas características típicas de planície fluvial,
mal selecionados, com seixos arredondados representadas por ilhas aluviais, diques marginais,
geralmente em nível inferior, sobrepostos por lagos de meandros em colmatagem, meandros
bancos essencialmente arenosos de granulação abandonados colmatados e barras em pontal
fina, contendo níveis siltosos. Apresentam (Brasil, 1982).
Dignos de registro são as aluviões do rio planície pantaneira. Na área em foco ela é
Nioaque e ribeirão Taquaruçu (Figura 4), no representada pela planície de inundação dos rios
quadrante centro-norte da área trabalhada. Miranda e Aquidauana com seus afluentes. A lenta
Pequenas drenagens a oeste da serra da Bodoquena subsidência da planície deu condições a que se
também comportam esses depósitos (Brasil, 2001). formassem as coberturas sedimentares, pouco
A Formação Pantanal tem sua origem espessas, que preenchem os vales dessas drenagens
relacionada com o processo de subsidência da (Brasil, 2001).
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Figura 4. Bacia hidrográfica do Rio Miranda: depósitos sedimentares no canal do Ribeirão Taquaruçu
(ECHEVERRIA, 2008).
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A Formação Caiuá é representada por uma dos arenitos da Formação Botucatu é uma de suas
característica de uniformidade de litologias, e características. Apresentam ainda estratificações
apresentam pacotes de no máximo 150 m de cruzadas de médio e grande porte, bem
espessura de arenitos bastantes porosos, facilmente caracterizadas, granulação média a fina, com boa
desagregáveis, e na maioria das vezes seus grãos seleção e arredondamento e marcante característica
encontram-se envoltos por uma película de eólica na superfície fosca dos grãos. Mostram-se
limonita (MS, 1990). como extensos chapadões arenosos, totalmente
São características da Formação Serra desagregados formando solos areno-argilosos sem
Geral os basaltos com aspecto maciço, afaníticos os caracteres da rocha original (Brasil, 1982).
ou finamente faneríticos, cores predominantes A Formação Aquidauana apresenta como
cinza-escuro a preto e esporadicamente com características os siltitos arenosos e arenitos finos a
amígdalas preenchidas por quartzo ou calcita. médios e até grosseiros, com predominância dos
Observações feitas por Beurlen (1956) citado por primeiros, mostrando estratificações nos termos
Brasil (1982) no Estado de Mato Grosso do Sul arenosos, chegando a 10 metros nos pacotes mais
mostraram maior espessura para os basaltos no sul espessos. Apresentam nos níveis grosseiros, grãos
do Estado, na região das cabeceiras dos rios Apa, de quartzo com alguns raros feldspatos
Miranda e Nioaque, a leste dos municípios de Bela caolinizados. A cor rosada a vermelho tijolo é
Vista e Nioaque e no município de Maracaju, praticamente constante nesses afloramentos
chegando a 250 metros. A espessura deste pacote (Brasil, 1985).
diminui do sentido Sidrolândia – Campo Grande, Conforme Lange (1942), Petri (1948) e
chegando a menos de 50 metros ao sul da cidade de Maack (1950) citados por Brasil (1982) as rochas
Camapuã. da Formação Furnas apresentam-se como arenitos
Para a Formação Botucatu, Beurlen (1956) predominantemente grosseiros, caliníticos, com
citado por Brasil (1982) caracterizou o Arenito estruturas pouco nítidas e regular grau de alteração.
Botucatu em MS como sendo constituído quase Contêm seixos miúdos, na maioria de quartzo e
que exclusivamente de grãos de quartzo de quartzito, com camadas de argilas ricas em palhetas
granulação média, bem rolados e arredondados, de mica de ocorrência ocasional. Cor branca,
com superfície lisa ou mesmo polida. Grãos de podendo apresentar camadas vermelha e amarela.
feldspato são muito raros e na maioria das vezes Ocorrem também finas camadas de folhelhos
faltam completamente. Apresentam cores claras, arenosos em diversos horizontes.
rosadas ou amareladas, as vezes vermelha pela A Formação Bocaina é constituída por uma
alteração da lava basáltica. O alto grau de alteração sequência de calcários dolomíticos e dolomitos que
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localmente podem apresentar finas intercalações de transicionam com teores crescentes em quartzo e
pelitos. São em geral de cor cinza escuro, feldspatos para tipos mais quartzosos ou
granulometria fina, com estratificação plano- arcoseanos (gnaisses micáceos) em fácies
paralela, desde fina a mais espessa (Brasil, 1982). anfibolito baixa a xisto verde alta. Ainda, é
Segundo Brasil (1982) foi Almeida (1965) composto por xistos, biotita - muscovita gnaisses e
que descreveu esta formação nas imediações da quartzitos micáceos, comumente granatíferos,
fazenda homônima, a cerca de 20km a NO da além de rochas metabásicas, em fácies anfibolito
cidade de Bonito. Constitui-se por uma sequência baixa (Godoy et al. 2009).
de sedimentos arenosos, argilosos, calcários, O Complexo Rio Apa constitui a unidade
dolomitos, siltitos, argilitos, margas, ardosias, mais antiga, ocorrendo em extensas áreas junto à
metargilitos, metassiltitos, folhelhos e camadas de fronteira Brasil - Paraguai ou exposto
sílex, com espessura máxima estimada em 600m. localizadamente entre os sedimentos quaternários
As rochas da Formação Puga são da Bacia do Pantanal (Godoy et al. 2009). As
constituídas por paraconglomerado rochas deste complexo são os Gnaisses que variam
epimetamórfico de cor cinza-escuro, ás vezes conforme sua composição, sendo alasquítica,
amarronzada, cuja matriz é fina, quartzo-argilosa e granítica, granodiorítica, quartzo-monzonítica,
foliada. A matriz é constituída predominantemente diorítica e tonalítica (Brasil, 1982).
por argilo-minerais, impregnada por hidroxido de
ferro vermelho, associadas as palhetas de sericita, O fator geomorfológico
lamelas de clorita, biotita e muscovita e algum O mapa geomorfológico foi obtido de
carbonato (Brasil, 1982). IBGE (2021) (Figura 6) e o Fator Geomorfológico
Em relação ao Grupo Cuiabá, os foi determinado por cruzamento matricial (Figura
micaxistos constituem as rochas mais comuns, 7). As informações morfométricas do cruzamento
contendo ainda em sua composição muscovita- matricial utilizadas são a amplitude de relevo, a
quartzo xisto, clorita-moscovita-quartzo xisto, declividade e o grau de dissecação da unidade de
biotita-calcoclorita-plagioclásio-muscovita- paisagem. Conforme explicam Crepani et al.
quartzo xisto entre outras (Brasil, 1982). (2001) a Geomorfologia oferece para a
Araújo et al. (1981) citado por Brasil caracterização da estabilidade das unidades de
(1982) denominaram a Suíte Intrusiva do paisagem natural, as informações relativas à
Alumiador para as rochas graníticas intrusivas morfometria, que influenciam de maneira marcante
formadoras das serranias que constituem a os processos ecodinâmicos.
cordilheira do Alumiador, as serras de São Miguel As características do relevo podem ser
e de São Francisco e aquelas situadas na borda usadas na estimativa da produção de sedimentos e
ocidental da serra da Bodoquena. É representada sucetibilidade à erosão (Back et al., 2019). Assim,
principalmente por granitos, granófiros e em unidades de paisagem natural que apresentam
granodioritos, é uma fase comagmática do Grupo valores altos de amplitude de relevo, declividade e
Amoguijá. grau de dissecação, prevalecem os processos
O Grupo Alto Tererê ocorre em exposições morfogenéticos, enquanto em situações de baixos
dominando toda a área leste da Depressão do valores para as características morfométricas
Paraguai, além de ocorrências nas áreas inundáveis prevalecem os processos pedogenéticos (Crepani et
da Planície Pantaneira na forma de pequenas al. 2001). Estas informações, quando
elevações que se destacam na paisagem. Esta correlacionada ao uso e cobertura da terra,
unidade vulcano-sedimentar constitui o “Cinturão proporciona informações sobre suas limitações de
de Dobramento Alto do Tererê” onde os xistos usos e indicativos de técnicas e práticas de manejos
pelíticos constituem as rochas dominantes com conservacionistas, visando à redução da ação
varições nas porcentagens de muscovita e ou erosiva e consecutiva perda de solo e de recursos
biotita, ou mesmo com a presença de ambas. Os hídricos, quer por quantidade ou qualidade
micaxistos são frequentemente granatíferos que (Medeiros et al., 2019).
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afetado por tectônica, como é o caso da escarpa da carste na região, bem como suas águas e a
Falha de Guaicurus (IBGE, 2021). economia da região. Para estes autores, o carste
Apesar de se caracterizar, de um lado, pela caracteriza-se como um geossistema com
existência de formas dissecadas de topo convexo interações mútuas e alta fragilidade diante de
(c12) e, de outro, pelos relevos conservados (Ep), a distúrbios ligados a uso antrópico. Sua
Serra da Bodoquena apresenta localmente formas complexidade está sujeita a pressões naturais
cársticas relacionadas às litologias calcárias certos, como a própria dinâmica da paisagem ou,
(Brasil, 1982). Medeiros et al. (2022) evidenciam principalmente, ações antrópicas.
que inúmeros problemas ambientais já afetam a
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Os Latossolos, por sua vez, são solos em regiões equatoriais e tropicais, em antigas
avançado estado de intemperização, muito superfícies de erosão, sedimentos e terraços
evoluídos devido ao resultado de enérgicas fluviais antigos, normalmente em relevo de
transformações no material constitutivo. Variam de ondulação suave ou plano. São os solos mais
fortemente a bem drenados, embora ocorram solos representativos do Brasil, ocupando
que têm cores pálidas, de drenagem moderada ou aproximadamente 39% da área total do país e
até mesmo imperfeitamente drenada, o que é distribuídos praticamente por todo o território
indicativo de formação em condições atuais ou nacional (Stein e Coscolin, 2020). Os latossolos
pretéritas com um certo grau de gleização. São apresentam reduzida suscetibilidade à erosão dada
normalmente muito profundos, sendo a espessura a sua boa permeabilidade e drenabilidade (Guerra
do solum raramente inferior a 1 metro. (Santos et. e Botelho, 2003).
al. 2018). São constituídos por material mineral, A classe de Chernossolos, compreendem
apresentando horizonte B latossólico solos constituídos por material mineral que têm
imediatamente abaixo de qualquer tipo de como características diferenciais: alta saturação
horizonte A, dentro de 200cm da superfície do solo por bases e horizonte A chernozêmico sobrejacente
ou dentro de 300cm, se o horizonte A apresenta a horizonte B textural ou B incipiente, ambos com
mais que 150cm de espessura. Os latossolos argila de atividade alta ou sobrejacente a horizonte
vermelhos, especificamente, são solos com matiz C carbonático, horizonte cálcico ou petrocálcico ou
2,5YR ou mais vermelho na maior parte dos ainda sobrejacente à rocha, quando o horizonte A
primeiros 100cm do horizonte B (inclusive BA) apresentar alta concentração de carbonato de cálcio
(Embrapa, 2005). (Santos et al. 2018). Chernossolos argilúvicos
São solos muito intemperizados, com incluem os outros solos com caráter argilúvico
predomínio de argila de baixa atividade e óxidos e abaixo do horizonte A chernozêmico (Embrapa,
hidróxidos de ferro e alumínio, com inexpressiva 2005).
mobilização ou migração de argila. São típicos das
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Os Nitossolos, por sua vez, são solos com atividade baixa ou caráter alítico na maior parte do
350 g/kg ou mais de argila, constituídos por horizonte B, dentro de 150cm da superfície do solo.
material mineral que apresentam horizonte B nítico Solos com matiz 2,5YR ou mais vermelho na maior
imediatamente abaixo do horizonte A ou dentro parte dos primeiros 100cm do horizonte B
dos primeiros 50 cm do horizonte B, com argila de (exclusive BA) (Embrapa, 2005).
Plintossolos 3
Gleissolos 3
Latossolos 1
Chernossolos 2
Nitossolos 2
Argissolos 2
Neossolos 3
Planossolos 2
Vertissolos 3
Figura 10. Bacia hidrográfica do Rio Miranda: Uso da terra e cobertura vegetal
Essa informação é determinada a partir do quando ocorre a retirada de tal cobertura vegetal,
uso da terra e cobertura vegetal. Conforme Crepani os solos ficam suscetíveis à erosão, e as gotas de
et al. (2001) estes apresentam as informações da chuva provocam o impacto direto no solo, além de
Fitogeografia, que se revestem da maior aumentar a velocidade de escoamento das águas, o
importância, pois a cobertura vegetal representa a que ocasiona no carreamento de sedimentos (Stein
defesa da unidade de paisagem contra os efeitos e Coscolin, 2020).
dos processos modificadores das formas de relevo O uso inapropriado de técnicas de queima
(erosão), evitando o impacto direto das gotas de da vegetação e a aragem excessiva do solo como
chuva contra o terreno, minimizando a energia forma de preparação para o cultivo reduzem a sua
cinética de desagregação das partículas. Ainda, a vida útil, pois os nutrientes localizados na
Fitogeografia local impede a compactação do solo superfície terrestre são retirados pela ação dessas
e aumenta sua capacidade de infiltração edáfica. práticas e pelo vento, proporcionando a ação direta
Fornece um suporte a vida silvestre que, pela do sol. Esses fatores em conjunto acabam
presença de estruturas biológicas como raízes de ocasionando a erosão e a perda da produtividade
plantas, perfurações de vermes e buracos de futura em novas plantações (Barsano e Barbosa,
animais, aumenta a porosidade e a permeabilidade 2019).
do solo (Crepani et al., 2001). Os impactos provenientes das atividades
Sabe-se que as plantas apresentam papel de agropecuárias provocam grave degradação da
extrema importância no reforço dos solos, que as qualidade da água e do solo por conta do
copas das árvores funcionam como “guarda- desmatamento, uso de técnicas agrícolas
chuvas” do solo e que a vegetação reduz a inadequadas, emprego descontrolado de
velocidade de escoamento das águas. Assim, agroquímicos (Philippi Jr et al., 2019).
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Tabela 4. Classes uso da terra e cobertura vegetal na bacia hidrográfica do rio Miranda.
Uso e cobertura Peso Área (km²) %
Formação Florestal 1.6 11.044,13 26,22
Formação Savânica 2.0 2.944,88 6,99
Campo Alagado e Área Pantanosa 0.0 1.334,22 3,17
Formação Campestre 2.8 2.235,74 5,31
Pastagem 2.8 21.263,12 50,52
Cana 3.0 25,96 0,06
Infraestrutura Urbana 2.0 54,50 0,13
Outras Áreas não vegetadas 3.0 26,55 0,06
Rio, Lago 0.0 81,29 0,19
Outras Lavouras Temporárias 3.0 400,70 0,95
Arroz Irrigado 3.0 103,46 0,25
Floresta Plantada 2.0 123,53 0,29
Soja 3.0 2.467,78 5,86
Total 42.124 km² 100%
Organização dos autores (2021).
Em relação ao uso da terra e cobertura Estas classes ocupam áreas ao longo dos cursos
vegetal para a bacia hidrográfica do Rio Miranda, d’água e/ou áreas com relevo acidentado ao longo
temos 13.989,01 km² (33,21%) como áreas de das serras e transições planalto-planície.
remanescentes de Formação Florestal e Savânica.
Figura 11. Remanescentes florestais no Parque Nacional da Serra da Bodoquena (Leite, 2019b).
Também, como no Pantanal, nestas áreas Estevan (2015) observou que mais da
as atividades econômicas caracterizam o uso e metade da BHRM encontrava-se desmatada, com
cobertura da terra pelo turismo, pela pecuária perda de sua vegetação nativa em 1.880 km² nos
extensiva e em menor proporção a agricultura últimos 10 anos, (4,4 % da área total),
comercial (soja, milho). A oeste da bacia, no considerando o período de 2002 a 2012. A autora
município de Miranda também se apresentam conclui que as tendências gerais de mudanças na
remanescentes florestais, uma área de relevo plano bacia ao longo dos 10 anos analisados foram de
e inundação periódica, características que tem redução da proporção de vegetação remanescente
impedido a ocupação definitiva. de vegetação nativa; diminuição do tamanho dos
Áreas de pastagem e formação campestre fragmentos e aumento de sua densidade;
são exploradas pela prática da pecuária extensiva diminuição da complexidade de formas dos
(criação de gado) e ocupam 23.498,86 km² fragmentos; diminuição da conectividade e
(55,83%) da bacia (Figura 12). O arroz irrigado é aumento do isolamento; e diminuição da
cultivado principalmente nos municípios de diversidade de hábitats (i.e. classes de vegetação).
Miranda e Bodoquena, com um total de 103,46 km² A agricultura, por sua vez, com cultivo de
(0,25%). Áreas com floresta plantada são soja, cana e outras lavouras temporárias são
encontradas em maior evidência nos municípios de destaque em toda a parte alta da bacia, se
Dois irmãos do Buriti, Anastácio e Nioaque estendendo no sentido sul-nordeste, envolvendo
(123,53 km²). áreas dos municípios de Ponta Porã, Maracaju,
Ao analisar mapas temáticos de uso do solo Sidrolândia, Terenos, Campo Grande, Jaraguari,
para a bacia hidrográfica do Rio Miranda no Bandeirantes e São Grabriel do Oeste. Ainda, na
período de 1973 a 2006, Ferraz (2006) notou que a porção sudoeste da bacia, a agricultura mecanizada
maior parte da área antropizada era composta por é destaque na área ocupada nos municípios de
pastagens, desde a planície pantaneira até as Jardim, Bonito (Figura 13) e Bodoquena. Somam
encostas dos morros. Para os autores na bacia não no total 2.894,44 km² de área na bacia do Rio
existiam, no período analisado, grandes centros de Miranda.
produção agrícola, assim constata-se que o Apesar dos altos índices do fator
percentual destas áreas é reduzido. geomorfológico na interface dos planaltos (da parte
alta da bacia) com o planalto dissecado da borda
2631
ocidental da bacia do Paraná, os topos com as novas forças que podem alterar, em escala variável,
formas tabulares, as baixas declividades e os solos as condições de equilíbrio do sistema representado
da classe latossolos favoreceram a implantação dos pela unidade de paisagem natural. A agricultura, a
usos agrícolas ligados ao cultivo de soja e outras pecuária, a silvicultura, a mineração e as obras de
lavouras temporárias. engenharia civil são exemplos de atividades que,
As atividades desenvolvidas dentro dos em maior ou menor escala, introduzem estímulos
polígonos de intervenção antrópica introduzem externos ao sistema (Crepani et al., 2001).
Desta forma, considerando Crepani et al. média anual e a duração do período chuvoso, têm-
(2001) que estabelecem a intensidade se: para os valores da precipitação média anual
pluviométrica como a relação entre a pluviosidade (PMA) 1550 mm (Normais Climatológicas,
2633
2634
medianamente estáveis/vulneráveis e áreas com Ab’saber, Aziz Nacib, 2003. Os domínios de natureza
moderada vulnerabilidade. Principalmente em no Brasil: potencialidades paisagísticas. São
relação às atividades ali desenvolvidas, de forma Paulo: Ateliê Editorial.
que adotem práticas de proteção ao solo e da água, Aquino, Afonso Rodrigues; Paletta, Francisco
como curvas de nível, por exemplo. O caráter Carlos; Almeida, Josimar Ribeiro de 2017.
mediano de vulnerabilidade destas áreas, Vulnerabilidade ambiental. Afonso Rodrigues de
demonstra a importância da manutenção de áreas Aquino, São Paulo: Blucher,. 112 p.
de preservação, sem a exploração direta, quer seja Aquino, Marisete Dantas; Mota, Suetônio.
pela agricultura e/ou pecuária. Reforça ainda que a Planejamento ambiental e ordenamento territorial
vegetação pode ser o elemento fundamental na em bacias hidrográficas. In. Philippi Jr., Arlindo.
estabilidade dessas áreas, diante da vulnerabilidade Sobral, Maria do Carmo. 2019. Gestão de bacias
de outros elementos do quadro natural. hidrográficas e sustentabilidade. 1.ed. Barueri,
Nos Pantanais, aqui considerados como SP: Ed. Manole,. pag. 3-18.
estáveis, por serem áreas de deposição, estes Back, Álvaro José; Ladwig, Nilzo Ivo; Schwalm,
processos erosivos ocorrem em uma escala de Hugo; Matos, Henrique; Pereira, Jori Ramos.
análise diferente da aqui aplicada. Porém, são áreas 2019, Características morfométricas da bacia
que devem ter atenção por conta de suas funções hidrográfica relacionadas à erosão hídrica. In.:
ecológicas. A estabilidade e vulnerabilidade a Poleto, Cristiano. Hidrossedimentologia.
processos erosivos para a bacia é um importante Editora Interciência. 281 p.
indicador ambiental, resultando da interação entre Barsano, Paulo Roberto; Barbosa, Rildo Pereira.
os seus componentes naturais e a ação antrópica 2019 Meio ambiente: guia prático e didático. 3.
nas suas diversas formas de exploração da área. São Paulo: Erica.
Seu conhecimento objetivou o entendimento Becker, Bertha; Egler, Claudio A. G. Detalhamento
desses processos de forma a fornecer informações da metodologia para a execução do zoneamento
que possam subsidiar as intervenções na área. A ecológico-econômico pelos Estados da Amazônia
metodologia utilizada demonstrou-se eficiente e Legal. Brasília-DF, 1997.
apropriada. Boin, M. N.; Martins, P. C. S.; Silva, C. A.;
Merece destaque que a metodologia Salgado, A. A. R.. 2019, The Pantanal: the
utilizada é amplamente aplicada e tem permitido brazilian wetlands. In: André Augusto
ajustes e adaptações em função das características Rodrigues Salgado; Leonardo José Cordeiro
da área analisada. Os recursos envoltos, os dados Santos; Julio César Paisani. (Org.). The
disponíveis na atualidade e as geotecnologias têm Physical Geography of Brazil: Environment,
facilitado e agilizado este tipo de análise, Vegetation and Landscape. 1ªed. Dordrecht:
garantindo a produção de produtos cartográficos e Springer, v., p. 75-91.
informações de qualidade, esses de grande Brasil, Embrapa. Centro Nacional de Pesquisa de
significância para a processo de gestão territorial e Solos (Rio de Janeiro, RJ). Sistema brasileiro de
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