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Revista Brasileira de Geografia Física v. 16, n.05 (2023) 2609-2623.

Caracterização Morfométrica e Uso do Solo da Bacia Hidrográfica do Rio


Sirinhaém (BHRS), Pernambuco, Brasil

Leonel Vitório Esteves¹, Andressa Maria Silva Leite Esteves², Diogo Henrique Fernandes da Paz³, Artur Paiva Coutinho 4
1
Mestrando em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, campus Agreste. Email: leonel.esteves@ufpe.br
2
Mestranda em Engenharia Civil e Ambiental pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, campus Agreste. Email: andressa.esteves@ufpe.br
3
Docente doutor do programa de Pós graduação em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, campus Agreste
(PPGCAM). Email: diogo.henriquepaz@ufpe.br
4
Docente doutor do programa de Pós graduação em Engenharia Civil e Ambiental da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, campus Agreste
(PPGCAM). Email: arthur.coutinho@ufpe.br
Artigo recebido em 26/06/2023 e aceito em 20/08/2023
RESUMO
A caracterização morfométrica e a verificação do uso e ocupação da terra (LULC) são fundamentais para compreender o
comportamento hidrodinâmico e melhor gerir os recursos hídricos, para isso é fundamental o uso de geotecnologias que
reduz o grau de incertezas e subjetividade. O presente artigo tem como objetivo analisar a morfometria e LULC da bacia
hidrográfica do Rio Sirinhaém (BHRS) com o uso de geotecnologias para verificar a suscetibilidade a inundações e
enchentes. A metodologia foi subdivida em três passos: delimitação automática da bacia; processamento dos dados; e
determinação dos parâmetros, para isso utilizou-se os softwares QGIS 3.22.10, GRASS 7.0 e GDAL. As características
físicas indicaram baixa tendência a enchentes e cheias, porém a drenagem uma propensão ao acúmulo de sedimentos,
retenção de água, redução da velocidade de escoamento e potencialidade de cheias, com a densidade de drenagem média,
rio principal sinuoso e baixa razão de bifurcação. A declividade dominante é ondulada a forte ondulado que tendenciam
a erosão e escoamento superficial e as modificações altimétricas na parte superior da bacia propiciaram a geração de fluxo
e evapotranspiração, na qual tal fator são desfavorecidos na região inferior que apresentam os rios de maior ordem. Estes
permeiam ou transita adjacente as cidades presentes na BHRS, na qual podem estar sujeitas a inundação em eventos
extremos de chuva. Portanto, faz-se necessário outros estudos hidrológicos de simulação de ocorrências de desastres
naturais nestas cidades para que medidas de controle e monitoramento dos recursos hídricos sejam tomadas e assim
residências em riscos sejam alertados.
Palavras-chave: Geoprocessamento, Geotecnologias, Hidrologia, Morfometria, Susceptibilidade a inundação.

Morphometric Characterization and Land Use of the Sirinhaém River Basin


(BHRS), Pernambuco, Brazil
ABSTRACT
Morphometric characterization and verification of land use and occupation (LULC) are essential to understand the
hydrodynamic behavior and better manage water resources. The present article aims to analyze the morphometry and
LULC of the Sirinhaém River watershed (BHRS) using geotechnologies to verify the susceptibility to flooding. The
methodology was subdivided into three steps: automatic delimitation of the basin; data processing; and determination of
the parameters, for this the software QGIS 3.22.10, GRASS 7.0 and GDAL were used. The physical characteristics
indicated a low tendency to floods and floods, but the drainage was prone to sediment accumulation, water retention,
reduced flow velocity and flood potential, with medium drainage density, meandering main river and low bifurcation
ratio . The dominant slope is undulating to strong undulating that tend to erosion and surface runoff and the altimetric
changes in the upper part of the basin favored the generation of flow and evapotranspiration, in which this factor is
disadvantaged in the lower region that presents the rivers of greater order. These permeate or transit adjacent to the cities
present in the BHRS, which may be subject to flooding in extreme rainfall events. Therefore, it is necessary to carry out
other hydrological studies to simulate occurrences of natural disasters in these cities so that control measures and
monitoring of water resources are taken and thus homes at risk are alerted.
Keywords: Geoprocessing, Geotechnologies, hydrology, Morphometry, Susceptibility to flooding.

Introdução o gerenciamento dos recursos hídricos com intensa


A bacia hidrográfica são unidades físicas atividade humana (Rajasekhar et al., 2020; Santana
de reconhecimento, caracterização e avaliação para et al., 2022). Trata-se de áreas territoriais
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delimitada por um divisor topográfico (pontos mais Para os estudos morfométricos e do uso e
altos do terreno) de captação natural da água ocupação da terra faz necessário o uso de
precipitada que converge por escoamento por geotecnologias que reduz o grau de incertezas e
canais de drenagem para um único ponto de saída, subjetividade (Chagas et al., 2022). Para isso
chamado exutório (Rocha e Santos, 2018; Esteves utilização do Sensoriamento Remoto através de
et al., 2023). E assim pesquisas são necessárias ferramentas de geoprocessamento como o Sistema
para melhor monitorar o desenvolvimento de Informações Geográficas (SIG’s) abastecidos
sustentável dos recursos naturais e ambientais. por Modelos Digitais de Elevação (MDE) para a
Existem características físicas da bacia que formulação de mapas temáticos e processamento
não são alteradas, como: geomorfologia, de dados (Aires et al., 2021; Sankriti et al., 2021;
topografia, leito rochoso e litologia, mas Esteves et al., 2023).
influenciam diretamente no comportamento Dentre os SIG bastante utilizados para
hidrológico, transporte de sedimentos e nutrientes, geração de dados e mapas de drenagem,
e das atividades desenvolvidas. (Silva e Ferreira, declividade, relevo, grupo hidrológico do solo e
2019; Su et al., 2019; Waiyasusri e Chotpantarat, uso e ocupação da terra, o Quantum GIS (QGIS),
2020; Raiol et al.,2022). Outras como o uso e Geographic Resources Analysis Support System
ocupação da terra (LULC) são bastante (GRASS) e Geospatial Data Abstraction Library
modificadas por ações antrópicas para a prática de (GDAL), que são softwares livres e gratuitos que
agricultura, pastagem, uso comercial e habitacional refinam os dados vetoriais e matriciais e por
que varia o comportamento do ciclo hidrológico da comandos geram dados hidrológicos e dos solos.
bacia, alterando as capacidades de infiltração, Tais ferramentas e técnicas possibilita a eficiência
escoamento e evapotranspiração. Neste contexto, da geração de informações e baixo custo de
frisa-se a necessidade e importância de operação para assim realizar controle e
planejamento ambiental e ordenamento territorial monitoramento dos corpos hídricos. (Araújo et al.,
das bacias hidrográficas (Silva e Lima, 2019; 2021, Correia Filho et al., 2022).
Lopes et al., 2022; Martins et al., 2022) O gerenciamento dos recursos hídricos em
O levantamento da morfometria (físico, Pernambuco parte da regulação da Lei nº 9.433/97
hidrológico e de relevo) e o LULC são – Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNRH)
fundamentais para compreender o comportamento que orienta a gestão das águas no Brasil, com
hidrodinâmico e melhor gerir os recursos naturais. metas, programas e diretrizes para melhor
(Pereira et al., 2019; Asfaw e Workineh, 2019; segurança e disponibilização hídrica das águas
Costa, Galvanin e Neves., 2020). superficiais e subterrâneas, reduzir os conflitos
A caracterização morfométrica possibilita pelo uso da água e eventos críticos hidrológicos,
a verificação da suscetibilidade de inundações, conservação ambiental dos recursos naturais. E, a
enchentes ou seca, e degradação e erosão do solo, Lei nº 12.984/05 que dispõe a Política Estadual do
por meio de manejo integrado das sub-bacias Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos
hidrográficas, por meio do estudo da rede de hídricos do Estado de Pernambuco que visa
drenagem, declividade, relevo e pedologia assegurar a atual e futura disponibilidade
(Lacerda et al., 2019; Nobre et al. 2019; Silva e necessária do uso da água, conservá-la em
Farias, 2021). quantidade e qualidade, garantindo as condições
Com o crescimento populacional e para o desenvolvimento econômico e social, e
concomitantemente desordenado urbano e conservar o uso racional para o desenvolvimento
agroindustrial, tem favorecido para o uso sustentável.
desacerbado da ocupação do solo e ocasionando O nordeste brasileiro possui
impactos negativos sobre os recursos naturais, predominância no clima semiárido com registros
como: assoreamento dos rios, deslizamentos de de escassez hídrica, porém mais próximos do litoral
encostas, empobrecimento e impermeabilização o clima passa a ser tropical-úmido, com maiores
dos solos (Sampaio, Cordeiro e Bastos, 2016; registros pluviométricos anuais. A bacia do
Ykeizumi, Vieira e Kroth, 2020). A população está Sirinhaém desta pesquisa encontra-se nesta
crescendo e ocupando áreas próximas aos corpos localização, inserida na mata-atlântica e a grande
hídricos, na qual podem correr riscos de inundação, quantidade de chuvas pode causar elevadas
além disso, praticam queimadas, atividades enchentes em municípios próximo a margens de
agrícolas e de pastagem, desmatamentos, rios e desastres naturais.
apropriação de áreas de proteção permanente e uso Segundo Ferraz (2019), foram registrados
da água sem outorga. (Silva e Lima, 2019; Lopes et desde 1632 ocorrências de desastres oriundas de
al., 2022). intensas chuvas no Estado de Pernambuco, com
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destaque para os anos 2000, 2001, 2004, 2010, declividade, LULC e hidrológico dos solos da
2011 e 2017 sobre efeito na bacia do rio Sirinhaém, bacia; e (iii) determinação dos parâmetros
na qual grande parte das cidades foram inundadas. morfométricos.
E silva et al. (2023) relata sobre as chuvas intensas
de 2022 que gerou alagamentos generalizados. Área de estudo e delimitação automática da bacia
Portanto, para fomentar nas tomadas de A área pesquisada corresponde a bacia
decisão no controle e gerenciamento das bacias hidrográfica do rio Sirinhaém (BHRS), inserida
hidrográficas e proporcionar melhor eficiência, o integralmente na região da mata atlântica e três
presente artigo tem por objetivo realizar a mesorregiões pernambucana: metropolitana de
caracterização morfométrica e uso e ocupação da recife, zona da mata e agreste, envolvendo assim,
terra da bacia hidrográfica do Rio Sirinhaém com o dezoito territórios municipais: Água Preta,
uso de geotecnologias e modelos matemáticos de Amaraji, Barra de Guabiraba, Bonito, Camocim de
padronização de análise. São Félix, Cortês, Escada, Gameleira, Gravatá,
Ipojuca, Joaquim Nabuco, Primavera, Ribeirão,
Material e métodos Rio Formoso, Sairé, São Joaquim do Monte,
A metodologia está subdivida em três Sirinhaém e Tamandaré, sendo doze cidades
passos, sendo eles: (i) área de estudo e delimitação inseridas dentro da bacia, na qual encontra-se entre
automática da bacia; (ii) processamento e as coordenadas geográficas 08º 16’ 02” e 08º 42’
exportação dos dados de drenagem, relevo e 47” latitude sul e 35º 47’ 52” e 35° 00' 40”
longitude oeste, conforme Figura 1.

Figura 1 – Localização da bacia Hidrográfica do Rio Sirinhaém (BHRS).

Para a delimitação automática da bacia com resolução espacial de 30 metros, fornecido


utilizou-se o software QGIS 3.22.10 e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
complemento de processamento Geographic (INPE) definido o sistema de referência de
Resources Analysis Support System (GRASS) coordenadas (SRC) em SIRGAS 2000 e
abastecidos pelo Modelo Digital de Elevação reprojetados no fuso Universal Transversa de
(MDE) denominado quadrícula de altitude Mercator (UTM) 25S. Portanto, para a obtenção da
08S36_ZN, elaborados a partir dos dados da BHRS utilizou-se alguns comandos da caixa de
Missão Topográfica Radar Shuttle (SRTM) ferramentas de processamento do GRASS,
disponibilizados pelo United States Geological conforme a Figura 2, com entradas de arquivos
Survey (USGS) na rede mundial de computadores, produzidos até a geração do vetor da área limitante.

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Figura 2 – Delimitação automática da bacia processado por ferramentas do software GRASS.

Processamento e exportação dos dados


Para a elaboração dos mapas temáticos e informações no QGIS e o software GRASS para a
obtenção de dados foram utilizados o software exportação dos dados. E para a classificação
QGIS 3.22.10, GRASS 7.0 e Geospatial Data hidrológica dos solos, foi utilizado a pedologia
Abstraction Library (GDAL). O fluxograma do exportada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
procedimento é detalhado pela Figura 3. Estatística (IBGE).
Fez-se necessário para o processamento e Com o banco de dados do Mapbiomas,
exportação de informações de drenagem, relevo e IBGE e os gerados a partir do SRTM foi possível
declividade, os arquivos de entrada com depressão processar e exportar os dados para os devidos
corrigida e fluxo acumulado com SRC em UTM cálculos e análises. A drenagem foi extraída,
25S. Utilizou-se a metodologia de extração de vetorizada e suavizada, na qual uniu-se todos os
drenagem conforme Souza et al. (2021), na qual trechos e dividiu-se em semirretas definidas. A
foram eliminados os pixels de elevação sem valor declividade foi gerada em porcentagem e assim
e um reajuste limiar de 100 como acúmulo mínimo reclassificou-a, da mesma maneira o relevo que foi
e a classificação da declividade de acordo com a dividido em intervalos iguais. O mapa de LULC e
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária hidrológico dos solos foram exportados do
(EMBRAPA, 2013). Mapbiomas e IBGE respectivamente, na qual a
O processamento do uso e cobertura da ocupação utilizou-se o estilo de cores padronizado
terra foi desenvolvido pelo projeto MapBiomas pelo projeto e já os dados de pedologia foram
Brasil que disponibiliza mapas anuais de ocupação enquadrados a classe dos solos entre A, B, C e D,
do solo para todo o território brasileiro com conforme o potencial de geração de escoamento
resolução espacial de 30 metros entre os anos de superficial (Silva et al., 2022). O fluxograma da
1985 a 2021 (Souza et al., 2020), no entanto foi Figura 3, mostra resumidamente os passos
utilizado a coleção 7 para armazenamento de realizados para a saída de arquivos.

Figura 3 – Fluxograma resumindo os processos de dados geoespaciais.

Determinação dos parâmetros morfométricos temáticos de hierarquia fluvial, hipsometria,


Com a delimitação territorial da BHRS e declividade, LULC e hidrológico dos solos, e assim
exportação dos dados foram gerados os mapas gerou-se a curva hipsométrica da bacia e

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frequência acumulada da declividade dos rios para a Tabela 1 (Olabode et al., 2020; Lima, Pimentel e
complementar as informações para analisar a Vale, 2021; Vale et al. 2021; Silva et al., 2022).
morfometria. Portanto com as informações da área Foram calculados os parâmetros geométricos -
da bacia (A), comprimento do rio principal (L) e coeficiente de compacidade (kc), coeficiente de
talvegue (Lt), perímetro da bacia (P) e o axial (P’), forma (kf), índice de conformidade (Ic), taxa de
altitude (H) e somatório total da drenagem (Rd), alongamento (Re); relevo - inclinação média (Ip),
juntamente com os modelos matemáticos e razão de relevo (Rr); e drenagem - densidade de
ponderação propostos por I – Kirpich (1940), II – drenagem (Dd), Extensão do Percurso Superficial
Schumm (1956), III – França (1968), IV – Villela (Eps), constante de manutenção do canal (C),
e Mattos (1975), V- Christofoletti, 1980.VI – tempo de concentração do rio principal (Tc) e
Piedade (1980) e VII – Silveira (2005), possibilitou talvegue (Tc’), índice de sinuosidade (Is) e
a caracterização morfométrica da bacia, conforme sinuosidade (S).

Tabela 1: Parâmetros morfométricos da bacia.


Fórmula Descrição Intervalos
Geométrico
Conservação: >1,70
Verifica o quanto a forma da bacia tendencia a um
𝐴 Baixa: 1,50 a 1,70;
𝑘𝑐 = 2 círculo; quanto mais próximo de 1, maior a IV
𝐿 Média: 1,25 a 1,50;
semelhança.
Alta: 1,0 a 1,25
Conservação: < 0,30
𝑃′ Relaciona a forma da bacia a um quadrado; quanto Baixa: 0,30 a 0,50;
𝐾𝑓 = 0,28 ∗ IV
√𝐴 mais próximo de 1, maior a semelhança. Média: 0,50 a 0,75;
Alta: 0,75 a 1,0
Conservação: <0,40
Verifica o quanto a bacia tende a forma circular
𝐴 Baixa: 0,40 a 0,60;
𝐼𝑐 = 12,57 ∗ quando mais próximo de 1 e alongada à medida que IV
𝑃2 Média: 0,60 a 0,80;
diminui.
Alta: 0,80 a 1,00
Alongada: < 0,7
√𝐴
𝑅𝑒 = 1,128 ∗ Relação entre área e comprimento do eixo da bacia. Oval: <0,9 II
𝑃′ Circular: >0,9
Relevo
ΔH = 𝐻𝑚𝑎𝑥 − 𝐻𝑚𝑖𝑛 Variação extrema da altitude na bacia - II
ΔH
𝐼𝑝 = Declividade média do rio principal - IV
𝐿
𝐻𝑚á𝑥 Baixa: <0,10;
Expressa a direção do vale principal pela maior cota
𝑅𝑟 = Média: 0,11 a 0,30; VI
𝐿𝑝 do terreno e maior comprimento
Alta: 0,30 a 0,60
Drenagem
Baixa: <1,5;
Indicativo da maior ou menor velocidade com
𝑅𝑑 Média: 1,5 a 2,5;
𝐷𝑑 = com que a água deixa a bacia. Com isso, mostra o III
𝐴 Alta: 2,5 a 3,0
desenvolvimento da drenagem da bacia
Muito alta: >3,0
1 Representa a distância média percorrida pela água da
𝐸𝑝𝑠 = chuva que deveria escoar em linha reta até um canal - V
2 ∗ 𝐷𝑑 permanente.
1000 expressa a área mínima necessária para manter um
𝐶= - V
𝐷𝑑 metro de canal de escoamento
0,385
𝐿2 É o tempo de percurso da água precipitada mais
𝑇𝑐 = 57 ∗ ( ) - I
𝐼𝑝 afastado do rio principal até o exultório
1
𝐿𝑡 2 3 É o tempo de percurso reto da água do ponto mais
𝑇𝑐′ = 5,3 ∗ ( ) - VII
𝐼𝑝′ afastado do rio principal até o exultório
reto: <30%;
(𝐿 − 𝐿𝑡 ) Relaciona o quanto a drenagem tem característica
𝐼𝑠 = 100 ∗ divagante: 30 a 40%; V
𝐿 ondulada
Sinuoso: >40%
𝐿 Baixa: 1,0 a 1,5;
Relação entre o comprimento do canal principal e a
𝑆= Média: 1,5 a 2,0; V
𝐿𝑡 distância vetorial entre os extremos do canal
Alta: >2,0
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A classificação da hierarquia fluvial foi de uma baixa tendência a enchentes em condições


acordo com o método de Strahler (1952), que normais de precipitação.
denomina os canais extremos ligados as nascentes
como primeira ordem e na confluência entre dois Tabela 2: Parâmetros geométricos da BHRS.
canais de mesma ordem, acrescenta-se uma ordem Parâmetros valor classificação
ao trecho a jusante, e quando são de ordem Kc 3,15 conservação
diferente, mantém a maior ordem. (Lima, Pimentel Kf 0,27 baixa
e Vale, 2021; De lima et al., 2022; Turini et al., Ic 0,10 conservação
2022; Esteves et al., 2023). Com isso, determinou- Re 0,58 alongada
se a predominância das ordens dos rios na bacia. E
com a sobreposição e unificação das imagens foi A drenagem tem configuração exorreica
possível realizar o gráfico de declividade por por escoar de maneira continua até o mar
ondem dos rios. (Christofoletti, 1980), com uma classificação
hierárquica de 6º ordem, totalizando 3.684,60
Resultados e discussão metros de extensão de canais. Sendo o rio
A bacia hidrográfica do rio Sirinháem Sirinhaém o principal da bacia, na qual possui uma
possui uma área de 2.083,773 km, perímetro total extensão de 151,527 km e talvegue de 87,777 km,
de 514,164 km e comprimento axial de 88,268 km, com predominância na 6º e 5ª ordem,
com formato alongada definido pelos valores da respectivamente 46,54% e 44,06%, indicando que
taxa de alongamento e índice de conformidade. grande parte do seu percurso possui densas
Além disso, a bacia é dessemelhante a um círculo contribuições de canais e uma velocidade de fluxo
e quadrado. Portanto, todos esses fatores indicam mais alta (Silva et al., 2022), conforme Figura 4.

Figura 4 – Rede de drenagem e hierarquia fluvial da BHRS.


A maior concentração dos tributários estão para dissecação da bacia, Tabela 3. No entanto,
nas 1º e 2º ordem, totalizando 74,66% da extensão outros fatores como densidade da cobertura
dos canais, sendo 51,54% dos trechos em primeira vegetal, intensidade da precipitação e intervenção
ordem. Portanto, a bacia possui poucas passagens humanas favorecem para ocorrência de desastres
susceptíveis a enchentes ou cheia, com naturais (Harsha et al. 2020).
característica acima de quarta ordem somente
12,14% da extensão total (Pande e Moharir,2015). Tabela 3: Hierarquia da drenagem e a relação de
E segundo Olabode et al. (2020) os resultados da bifurcação dos canais da BHRS.
razão de bifurcação menores que 3 são baixos, Ordem
Extensão Nº de Relação
indicando a propensão ao acúmulo de água com do %
(km) trechos bifurcação
alto risco de inundação, por ser pouco propícios canal
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1º 1791,15 48,61 4359 2,30 na qual o escoamento e a infiltração encontram-se


2º 959,72 26,05 1898 1,73 em equilíbrio. Para a manutenção de um metro de
3º 486,44 13,20 1097 2,28 canal hídrico, necessita-se de uma área de 565,54
4º 204,17 5,54 481 1,11 m², valor considerado médio para o Cm que
5º 168,55 4,58 433 2,28 significa deficiência na capacidade de manutenção
6º 74,57 2,02 190 - da água (Raiol et al., 2022; Silva et al.,2022). A
Tabela 4, apresenta os valores calculados sobre a
Os parâmetros de sinuosidade drenagem da bacia.
apresentaram que os rios possuem uma
característica sinuoso moderado com Tabela 4: Parâmetros de drenagem da BHRS.
potencialidade tortuosa, que favorecem no Parâmetros valor classificação
acúmulo de sedimentos e redução na velocidade de Dd 1,77 km/km² média
escoamento do corpo hídrico, potencializando a Eps 0,28 km -
retenção da água. (Dos Santos et al., 2021; Lopes Cm 565,54 m²/m -
et al., 2022; Esteves et al., 2023). A densidade de Is 42,07 sinuoso
drenagem indicou uma média capacidade de S 1,73 média
escoamento, que favorece ao acúmulo de água e
infiltração. A característica da extensão do A declividade da BHRS apresentou uma
percurso superficial observada por Silva et al. distribuição espacial dos diferentes níveis de
(2018), Alves et al. (2020) e Raiol et al. (2022) inclinação existentes no terreno com hegemonia
foram semelhantes que resultou no valor mediano, ondulado e forte ondulado, Figura 5.

Figura 5 – Mapa de declividade da BHRS.


A declividade plana e suave ondulado
possui uma concentração na região central-sul com Tabela 5: Área das classes de declividade da
largura expressiva no percurso de drenagem da BHRS.
sub-bacia do rio Amaragi e seu afluente da sub- Classe Área (km²) Área (%)
bacia do rio Aritibu que desaguam no rio Plano 152,463 7,32
Sirinhaém, na qual ainda possui uma área Suave-ondulado 306,836 14,73
considerável nesta classificação. Pode-se observar Ondulado 819,816 39,34
que também possui uma vasta área na região Forte-ondulado 768,696 36,89
costeira. A BHRS possui 90,96 % de área Montanhoso 35,687 1,71
classificada entre suave a forte ondulado e quase Escarpado 0,275 0,01
ausência de forte-montanhoso, conforme Tabela 5. Total 2.083,773 100,00
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canal, maior é a velocidade de escoamento


Morbidelli et al., 2018, Silva et al. (2019) superficial e de sedimentos transportados a jusante
e Mahala (2020) afirmam que a declividade é um (Ulloa et al., 2018). Sendo que 85,73% da
fator crucial na análise morfométrica já que implica drenagem de 6º ordem e 72,96% de 5º ordem,
inversamente à infiltração e diretamente ao risco encontra-se na classe plana (0 – 5%), conforme
erosivo. Portanto, a BHRS que possui uma grande Figura 6. Vale ressaltar que 90,6% do rio
área tendenciosa a erosão e que favorece o Sirinhaém encontra-se nesta hierarquia.
escoamento superficial. Os canais de primeira ordem encontram-se
Toda a drenagem da bacia encontra-se na nas regiões com maiores altitudes, por conseguinte,
classe plana e suave ondulado com até 16% de tendencia na ocorrência de maiores declividades
inclinação. A BHRS apresentou que quanto maior (Olabode et al., 2020), conforme a Figura 6,
a ordem do rio menores são as declividades para a percebe-se que dentro as ordens de drenagem é a
mesma frequência, na qual implica diretamente no que mais possui maiores declives, sendo que suas
fluxo do corpo hídrico que recebem mais menores inclinações estão principalmente na
tributários, já que quanto maior a inclinação do região costeira e central sul.

100

80
Frequência Acumulada (%)

60

Ordem 6
40 Ordem 5
Ordem 4
Ordem 3
20
Ordem 2
Ordem 1
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Declividade (%)
Figura 6 – Distribuição de frequência da declividade dos canais de drenagem da BHRS.

A distribuição hipsométrica da BHRS precipitação e características do vento, que


representada por intervalos conforme a Figura 7, favorecem nos processos de modelagem de geração
mostra o quando as regiões ao norte predominam de fluxo e evapotranspiração (Mahala et al., 2020).
as maiores altitudes reduzindo-as no sentido a Portanto tais fenômenos são mais propícios a
região costeira (inferior), com uma alta amplitude região central a montante (norte) com variações de
entre as cotas 5 a 820 metros. 650 metros e bem distribuídos, já a parte inferior
As modificações da elevação estão varia 395 metros, com alta predominância das
diretamente relacionadas a temperatura do ar, regiões abaixo de 164 metros.

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Figura 7 – Mapa hipsométrico da BHRS.

Mais da metade da área da bacia está no 6°


intervalo até 164 metros, situados principalmente V
na região inferior e já a predominância do norte é o 5° IV
intervalo III, conforme tabela 6.
Hierarquia fluvial

4° III

Tabela 6: Área das classes hipsométricas da 3° II


BHRS. 2°
I
Área
Intervalos (m) Área (%)
(km²) 1°
I 0 - 164 1.130,430 54,25
0 200 400 600 800 1.000
II 164 - 328 285,938 13,72 somatório da extensão dos canais (km)
III 328 - 492 206,184 9,89 Figura 8 – Hipsometria dos canais de drenagem da
IV 492 - 656 327,595 15,72 BHRS.
V 656 - 820 133,626 6,42 Com a sobreposição do mapa de
Total 2.083,773 100,00 localização (Figura 1), hierarquia dos rios (Figura
4) e uso e ocupação da terra (Figura 9), observou-
O rio Sirinhaém possui 58,39% da sua se que o trecho de 6ª ordem do rio Sirinhaém
extensão no intervalo I, abrangendo todo o corpo permeia ou transita adjacente na cidade de Ipojuca,
hídrico de 6º ordem e aproximadamente um terço Rio Formoso, Gameleira, Sirinhaém e 5º ordem nos
do percurso de 5º ordem e os demais desta municípios de Barra de Guabiraba e Cortês. Além
hierarquia equivale a 32,03% que está entre os disso, sub-bacias de 5ª ordem pelo rio Aritibu
intervalos II e IV e os demais trechos do rio permeando a cidade de Ribeirão e rio Amoragi nos
principal com intervalos IV e V, sendo de 1 a 4º municípios de Amaraji e zona rural de Ribeirão. O
ordem. Já analisando a drenagem da BHRS através avanço da mancha urbana nas redondezas dos
da Figura 8, percebeu-se que a predominância em corpos hídricos em diversos pontos desmatando e
todas as ordens está no intervalo I e que a maioria habitando em áreas pertencentes a mata ciliar, que
dos 1º ordem situa-se na região inferior ou jusante contribuem para o processo erosivo, perdas
da bacia. Porém o segundo intervalo mais presente acentuadas de matéria orgânica, menor retenção e
na hierarquia está entre as cotas 492 a 656 metros, infiltração da água precipitada, com isso, aumenta
na região central a norte, confirmando que a bacia o risco de picos de inundação para as comunidades
possui 2 polos de drenagem. (Brown et al., 2018; Nilsson et al.,2018; Silva et al.,
2019; Turini et al., 2022; Sharpe et al., 2023).
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A justaposição do mapa de declividade inundação, estas cidades ainda possuem um fator


(Figura 5) e LULC (Figura 9), permite analisar que agravante, pois a sua montante também possuem
as cidades de Sirinhaém, Gameleira, Barra de estas característica de inclinação, propiciando a
Guabiraba, Cortês, Ribeirão e Amaraji possuem baixa drenagem e retenção do corpo hídrico
inclinações de até 20% e já Ipojuca e Rio formoso (Marth, Moura e Koester, 2016; Mahala, 2020;
estão sobre declividades de até 8% , na qual quanto Silva et al., 2022).
menor o valor, maior é a suscetibilidade a

Figura 9 – Mapa do uso e ocupação da terra (LULC) da BHRS.

Ao analisar o LULC da BHRS, observou- Tabela 7: Áreas do LULC da BHRS.


se uma grande área voltada para a agricultura Área Área
Classe
(principalmente para o cultivo da cana) e pastagem, (km²) (%)
totalizando 83,98% da área da bacia e somente Cana 711,894 34,164
14,79% para vegetação (Tabela 7). Agricultura Diversa 562,699 27,004
As classes de declividade escarpado, Lavouras Temporárias 2,210 0,106
montanhoso e fortemente ondulado totalizam Pastagem 473,094 22,704
38,61% da BHRS, indicando embasado por Silva Formação Florestal 289,207 13,879
et al. (2022), que 61,39% da área não limita a Mangue 13,568 0,651
atividade agrícola que conforme a Tabela 7, ainda Formação Savânica 5,324 0,255
com potencial de crescimento. Porém a alta Rio, lago e lagoas 6,603 0,317
utilização da terra para agricultura e pastagem Área pantanosa 5,006 0,24
aumenta o transporte de sedimentos e possibilita
Área não vegetada 0,133 0,006
maior escoamento e menos infiltração da água
Praia, duna e areal 0,077 0,004
precipitada, favorecendo a cheia dos corpos
Área urbana 13,958 0,67
hídricos (Anjinho et al., 2021). Percebe-se que a
Total 2.083,773 100,00
única mancha urbana que não está envolvido por
estas ocupações é a cidade de Ipojuca, porém com
áreas circunjacentes por Mangue, área pantanosa A pedologia da BHRS possui 7 classes e 4
ou alagadas e lagoas que dependendo da tipos hidrológico dos solos: Latossolo Amarelo
intensidade pluviométrica pode transbordar. Distrófico típico A moderada textura argilosa (A),
Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico A
moderada textura argilosa (A), Neossolos
Quartzarênicos Órtico típico A fraco (B),
Neossolos Flúvicos (C), Argissolos Vermelho-
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Amarelos (C), Gleissolo Sálico Sódico Típico (D) parte inferior devido o tipo de solo, no entanto,
e Neossolos Litólico (D) (Sartori; Neto; Genovez, desfavorável devido a predominância do uso do
2005). Portanto, os solos dos grupos hidrológicos solo ser para a produção agrícola. Já para a parte
da BHRS A, B, C e D, respectivamente superior tanto o tipo de solos quanto as altas
correspondem a 60,91%, 0,14%, 37,87% e 1,08% declividades e o uso do solo com prevalência à
da área da bacia. Logo, podemos afirmar que a pastagem, possibilitam altos escoamentos
BHRS possui um alto potencial de infiltração na superficiais (Figura 10).

Figura 10 – Distribuição dos grupos hidrológicos do solo da BHRS.

Conclusões
Com os dados processados devido ao uso elevação ocorrentes na parte central para a
das geotecnologias possibilitou analisar as montante ao norte, propicia aos processos de
informações morfométrica e de uso e ocupação da modelagem de geração de fluxo e
terra, na qual observou alta predominância de evapotranspiração, já a parte inferior desfavorece,
ordem hierárquica no rio principal Sirinhaém e que pois, possui uma homogeneidade de cotas baixas
permeia em várias cidades. Na bacia os fatores até 164 metros.
morfométricos físicos indicaram uma baixa Dessa forma, faz-se necessário simulação
tendência a enchentes e cheias, já os parâmetros de hidrológica para cheias principalmente nas cidades
drenagem indicam propensão ao acúmulo de de Amaraji, Barra de Guabiraba, Cortês,
sedimentos, retenção de água, redução da Gameleira, Ipojuca, Rio Formoso, Ribeirão,
velocidade de escoamento e potencialidade de Sirinhaém, por ter rios de alta ordem que os
cheias, com a densidade de drenagem média, rio permeiam ou transita adjacente e características
principal sinuoso moderado com potencialidade morfométrica de drenagem, relevo e declividade
tortuosa, baixa razão de bifurcação entre os corpos favorável a ocorrências pontuais de cheias a
hídricos. depender do evento hidrológico. Portanto esses
A classes de declividade como dominantes estudos servirão para alertar as áreas de riscos de
ondulado e forte ondulado tendenciam a erosão e inundações e propor soluções e melhorias de
ao escoamento superficial. Já as modificações de gerenciamento dos recursos hídricos.

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Agradecimentos Chagas,A.M.S, Montenegro, A.A., Farias,


Agradecimentos primeiramente a Deus C.W.L.A, Lins, F.A.C, & Silva, J.R.I. (2022).
pela Sua condução, aos docentes orientadores do Use of geotechnologies for morphometric
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu de analysis of experimental basin in the semiarid
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