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29/01/2022 01:56 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Preservação ambiental

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Preservaç…
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Moramos em um planeta que é único. Até hoje, os seres humanos ainda não conseguiram ob-
servar em nenhuma outra localidade do cosmo um local que exista vida como conhecemos
(Figura 1). Sondas já foram enviadas para alguns planetas do nosso sistema solar e o ser hu-
mano já visitou a Lua, mas mesmo com as análises das amostras trazidas do nosso satélite
natural, assim como dos testes realizados pelos laboratórios dentro dos Rovers, enviados pela
Nasa a Marte, ainda não foi possível confirmar vida fora do nosso planeta (Figura 2). Nem
mesmo em suas formas mais simples como bactérias e demais microrganismos.

Figura 1 – Floresta localizada no planeta Terra. Habitat de inúmeras espécies


Imagem de Christopher Kuszajewski por Pixabay

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Figura 1 – Floresta localizada no planeta Terra. Habitat de inúmeras espécies Figura 2 – Rover de exploração em
marte Imagem de WikiImages por Pixabay
Isso se deve ao fato de inúmeras circunstâncias que tornam a Terra única.  Primeiro sua locali-
zação dentro do sistema solar, que possibilita manter uma temperatura média de 25 Graus.
Essa temperatura faz que seja possível encontrar a água em forma líquida, essencial para
muitos processos metabólicos dos seres vivos.  

Além disso, a Terra é um planeta que apresenta interações entre diferentes fatores, que possi-
bilitam que a vida se manifeste. De acordo com a Política Nacional do Meio Ambiente, lei nº
6.938, de 31 de agosto de 1981 em seu artigo Art 3º, entende-se por: “meio ambiente, o con-
junto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que per-
mite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

 
Importância do Meio Ambiente

 
Conforme discutido anteriormente, o meio ambiente é essencial para manter a vida como co-
nhecemos. No Brasil, sua relevância é apresentada na Constituição Federal de 1988, que em
seu Art. 225, descreve que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”.

     Por ser tão único e essencial para a manutenção da vida, é crucial que o meio ambiente
seja preservado e conservado. Desde os primórdios é compreendido que o ser humano por
meios das suas ações, impacta o ambiente. Essas ações antrópicas promovem alterações
que pode apresentar diferentes consequências, como a extinção de espécies, potencialização
de desastres socioambientais, mudanças climáticas, entre outros fatores.

Portanto, deve-se deixar de lado apenas a visão ecológica, de preservar plantas e animais e
sim observar de forma crítica que basicamente todas as alterações realizadas promovem im-
pactos diretamente ao ser humano. É relevante observar que sem o meio ambiente não existe
o ser humano.

 
Conceitos ecológicos
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Alguns conceitos são importantes para a compreensão do meio ambiente e como suas intera-
ções acontecem, entre elas temos as biológicas sendo representadas pelas relações ecológi-
cas. De acordo com Zibetti e Lima (2013) inicialmente temos o organismo, um indivíduo per-
tencente a uma determinada espécie.  Cabe destacar que esse indivíduo naturalmente não se
reproduz com outras espécies e quando isso ocorre, seus descendentes são estéreis.

Na sequência temos a população, que basicamente é o conjunto de indivíduos da mesma es-


pécie, que pode estar localizada em macro-hábitats ou micro-hábitats. Por exemplo, a espécie
humana é distribuída de forma ampla geograficamente, já uma planta endêmica, ou seja, de
ocorrência restrita, é localizada por exemplo em uma região específica de uma floresta.   A co-
munidade por outro lado, é compreendida pelo conjunto de diferentes populações que reali-
zam interações entre si. (ZIBETTI; LIMA, 2013)

De acordo com a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, lei nº 14.119, de
13 de janeiro de 2021 em seu artigo Art. 2 temos a seguinte definição para “ecossistema:
complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microrganismos e o seu meio
inorgânico que interagem como uma unidade funcional”.

Nos ecossistemas, a ciclagem de nutrientes mantém uma rede de interação, por esse motivo
ações antrópicas podem causar graves modificações ambientais.

 
Por que temos a necessidade de preservar e conservar o meio ambiente?

 
Na proteção do meio ambiente, existem duas palavras importantes com significados diferen-
tes. Primeiro temos a preservação, que seria manter o ambiente em suas características
originas.

Podemos fazer uma analogia ao carro de um colecionador que procura preservar o veículo
com suas características de fabricação. No aspecto ambiental isto se reflete em manter
aquele ambiente intocável. Isso é comum em Área de Preservação Permanente, conhecidas
como (APP).

Por exemplo, um rio deve ter sua vegetação ciliar preservada (Figura 3).  Na questão da con-
servação ambiental, temos a visão de manter o ambiente equilibrado conservando suas ca-
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racterísticas, mas ao mesmo tempo utilizar os recursos de forma consciente. Neste caso te-
mos exemplo de algumas unidades de conservação (Figura 4).

Figura 3 – Preservação de vegetação rio Figura 4 – Parque Nacional Serra da Capivara, local onde é permitida a
visitação.
Lubos Houska por Pixabay

Figura 4 – Parque Nacional Serra da Capivara, local onde é permitida a visitação.


Wikimedia Commons
 Como preservar e conservar o meio ambiente

 
A preservação pode seguir diferentes caminhos, entre elas temos a manutenção de habitats,
fundamental para que processos ecológicos continuem acontecendo de maneira equilibrada.

Conservação de recursos hídricos, e neste sentido temos legislações ambientais como por
exemplo o novo código florestal LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, que apresenta me-
didas normativas para a preservação das nascentes e rios.

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Utilização da água de forma racional, apesar de ser um recurso abundante em nosso planeta
apenas uma parcela pequena é de água doce, própria para consumo. 

Redução do consumo, procure adquirir itens que sejam realmente necessários e preze pela
sua durabilidade e qualidade.  Se não for possível reduzir o consumo, priorize em reaproveitar,
ao reutilizar o item de outra forma. Caso contrário dar uma destinação correta para estes resí-
duos, principalmente com relação aos que podem ser reciclados.

De acordo com a lei 12.305, de 02 de agosto de 2010, os resíduos sólidos são compreendidos
como materiais, substâncias ou objetos oriundos das atividades humanas, que tem potencial
para serem reutilizados ou reciclados, além disso são considerados como um bem econômico
de valor social, que por meio de atividades como a reciclagem e reutilização possibilitam gerar
trabalho e renda.   Diferente deste, os rejeitos são os resíduos sólidos, que após esgotadas
todas as possibilidades para a sua reutilização, seguindo processos viáveis economicamente
de tratamento e recuperação, não apresentam outra possibilidade a não ser o seu descarte
final ambientalmente correto (BRASIL, 2010).

 Assim é importante realizar o descarte de resíduos ou rejeitos em locais apropriados, pois


apesar de parecer uma ação simples essas destinações equivocadas podem potencializar
efeitos catastróficos, especialmente quando observamos essa ação se repetindo de forma
coletiva.

 
Atividade extra

 
Assista ao documentário Rio de Lama em 360º Sobre a Tragédia em Mariana-MG disponível
em: https://youtu.be/YoG_msiQsKU

Assista ao vídeo: O Uso Racional da Água disponível em: https://youtu.be/JtshF-n-mis

 
 
 
Referência Bibliográfica
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BRASIL. Lei no 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set., 1981.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF:
Senado, 5 out., 1988.

______. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a política nacional de resíduos sóli-
dos, altera a lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 03 agosto, 2010.

______. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 maio, 2012.

______. Institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais; e altera as Leis nº
8.212, de 24 de julho de 1991, 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e 6.015, de 31 de dezembro
de 1973, para adequá-las à nova política. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jan., 2021.

ZIBETTI, V. K. L., ENDRIGO P. P. Fundamentos de Ecologia e Tecnologia de Tratamento


de Resíduos. Santa Maria, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, 2013

Estranhou essa explicação?

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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Aspectos …
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1 – Introdução

Entre outras questões que a humanidade busca respostas satisfatórias, está a problemática
ambiental, que ganha destaque. Explicar a necessidade de proteger, restaurar e recuperar o
meio ambiente é pauta recorrente e relevante em âmbito global, e podem ser viabilizadas por
meio de reflexões acerca da ideia de natureza e da relação entre homem e meio.

A legislação brasileira, apresenta a conservação do meio ambiente como a proteção dos re-
cursos naturais e seu uso racional, de modo a garantir sua sustentabilidade, preservação inte-
gral e saudável do meio ambiente às gerações futuras. Para que as futuras gerações possam
desfrutar do meio ambiente preservado, a utilização, ao longo dos tempos, deve ser equitativa
para que estejam bem conservados. Em síntese, a conservação do meio ambiente representa
o conjunto de ações que visam a manutenção da integridade do sistema com qualidade ambi-
ental. No que lhe concerne, a preservação objetiva garantir a integridade e perenidade do
meio ambiente.

Assim, proteger o meio ambiente é o exercício de cuidar, conservar e preservar o ambiente


natural, centrada nos níveis individuais, organizacional ou governamental em benefício dos
seres humanos e do próprio meio ambiente. Portanto, a proteção ambiental é fator essencial
para a perpetuação da vida. Afirmativa corroborada pela Constituição Federal do Brasil de
1988, que destaca em seu “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e fu-
turas gerações.” (BRASIL, 1988).

É direito e dever fundamental de todo cidadão conservar e proteger integralmente as áreas


naturais. No caso de interferência humana, esta deve ocorrer por manejo sustentável dos re-
cursos naturais com vistas a manter o equilíbrio ecológico, condições essenciais à sadia quali-
dade de vida. O manejo sustentável visa garantir as condições que possibilitam suprir as ne-
cessidades humanas, presentes e futuras, para o desenvolvimento socioeconômico e
ambiental.

Para tal, verifica-se a necessidade de conservar e proteger integralmente o meio ambiente,


contudo o crescimento populacional, industrial e agrícola demandam o aumento do uso dos
recursos naturais. Condição que aumenta a exploração da diversidade ecológica que continu-
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amente é reduzida e enfrenta ameaças. Mesmo no Brasil, um país com grande biodiversi-
dade, é preciso estar consciente sobre a forma como são administrados os recursos naturais,
e empregar, sempre que possível, alternativas ambientais sustentáveis e equilibradas de pro-
dução e consumo.

É necessário sensibilizar e conscientizar o homem sobre a importância da manutenção, con-


servação e proteção do ecossistema, bem como da recuperação de áreas degradadas e res-
tauração da vegetação.

 
2 – Diferenças entre recuperação e restauração ambiental

A abordagem dos conceitos de recuperação e restauração ambiental de áreas degradadas e


suas funções se fazem necessárias para que o leitor perceba e compreenda a diferença entre
elas, de modo a evitar conflitos de interpretação. Embora os conceitos de restauração e re-
cuperação ambiental sejam debatidos há muito tempo e pareçam semelhantes, é essencial
esclarecer e compreender que constituem diferentes significados na relação do Homem com
a Natureza.

Ambas, restauração e recuperação, indicam a reconstituição de uma área degradada.   O


conceito de degradação ambiental está definido no Decreto Federal no 97.632, de 10 de abril
de 1989, “Art. 2º, [...] os processos resultantes dos danos ao meio ambiente, pelos quais se
perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou capacidade
produtiva dos recursos ambientais.” (BRASIL, 1989). A degradação pode ocorrer por ação an-
trópica ou natural, intensificada pela ação humana, consequentemente, alterando suas carac-
terísticas originais e dificultando sua recuperação natural, havendo a necessidade de interven-
ção humana para recuperar-se.

Para realizar ações de recuperação ambiental é necessário elaborar um Plano (Programas ou


Projeto) de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs) que objetiva projetar a recuperação
da área, reestabelecer as características naturais de recomposição muito próximas as origi-
nais, de modo a recriar um ambiente equilibrado para proteger o solo. Conforme o Decreto no
97.632/1989, “Art. 3º A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a
uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, vi-
sando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente.” (BRASIL, 1989).

Assim, a recuperação deve iniciar pelo diagnóstico, seguida pelo plano de ação que atende os
aspectos socioambientais e estéticos, permite a recuperação da função da vegetação no local
(considerando ou não a composição florística local com espécies que compõe o ambiente);
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evita a erosão do solo; e regula o ciclo da água, do carbono e do nitrogênio (processos bioge-
oquímicos), e proporciona o reequilíbrio ecológico com retorno de sua forma natural.

No que lhe pertence, a restauração ambiental tem a função de promover o reestabelecimento


dos processos naturais e possibilitar o retorno da vegetação o mais próximo possível da sua
condição original (sem interferência antrópica). Restaurar o ambiente significa manter sua sin-
gularidade, de modo que só podem ser usadas espécies nativas.

O contexto evidencia a diferença entre ambas. Contudo, a restauração de áreas degradadas


tem maior enfoque e potencial, sob a ótica da preservação da biodiversidade, pois nela há
apenas a diversidade de espécies nativas locais (flora e fauna), que servirão de refúgio, ali-
mento e disseminação de sementes.

 
3 – Importância da Áreas de Preservação

Garantir a existência de espaços naturais protegidos contribui com a preservação e conserva-


ção do meio ambiente, condição essencial à manutenção da vida, uma responsabilidade de
todos. Nesse sentido, a Constituição Federal do Brasil de 1988, artigo 225, definiu critérios de
promoção à manutenção e conservação de áreas de preservação, conforme segue:

 
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a su-
pressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.

 
Para mitigar os impactos ambientais ocasionados pela ação natural e antrópica, o Novo
Código Florestal Brasileiro, Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, instituiu: “Art. 1º [...] normas
gerais sobre a proteção da vegetação, Áreas de Preservação Permanente e áreas de
Reserva Legal; [...]” (BRASIL, 2012), e as estabelece como essenciais. Ainda, encontra-se no
Código Florestal os conceitos e funções de ambas:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por: [...]

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II - Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou


não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos
hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das
populações humanas;

III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse


rural, delimitada nos termos do art. 12, com a função de assegurar o uso
econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxi-
liar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a
conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa; [...]. (BRASIL, 2012).

 
Em síntese, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) são constituídas a partir de carac-
terísticas específicas da sua geografia (áreas impróprias para uso devido declividade) ou hi-
drografia (nascentes), por isso não é obrigatória em todas as propriedades rurais. Mas toda
propriedade rural precisa manter sua Área de Reserva Legal (ARL), ou seja, área com cober-
tura vegetal nativa, e considerar os percentuais mínimos em relação à extensão do imóvel.

A rigor, significa dizer que ambas, APPs e ARLs, são espaços essenciais para a biodiversi-
dade, contribuem para o equilíbrio e manutenção dos sistemas que integram e exercem pa-
péis ecológicos importantes, proteger e manter os recursos hídricos, de conservar a diversi-
dade de espécies animais e vegetais, e de controlar a erosão do solo e os consequentes as-
soreamentos e poluição dos cursos d'água. 

Importante salientar que essas áreas, APPs e ARLs, não podem sofrer interferência humana,
condição essencial para potencializar sua capacidade de manutenção da biodiversidade, as-
segurar o equilíbrio ecológico e promover a manutenção da vida com qualidade. Contudo, por
vezes, essa condição e lograda pela ação antrópica, que prioriza o desenvolvimento
econômico.

 
4 – Relação do meio ambiente com a segurança do trabalho

Você sabia que meio ambiente e segurança do trabalho tem relação direta, inclusive com as
práticas sustentáveis que conduzem uma empresa?

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Isso mesmo! O meio ambiente e a segurança do trabalho são assuntos intimamente conecta-
dos. Lembrando que o risco está sempre presente, em todos os ambientes. Porém, o que não
pode ocorrer é a ameaça concretizar-se, tampouco deve haver exposição e vulnerabilidade,
tanto do homem, quanto do ambiente, condições que evita o risco transformar-se em
acidente.

Em geral, as normas regulamentadoras (NRs) consideram como meio ambiente o local de


atuação dos trabalhadores e seus arredores, visto que ambas (meio ambiente e segurança do
trabalho) refletem diretamente na saúde, bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores e
sociedade. Em relação ao meio ambiente do trabalho para salvaguardar a saúde e a segu-
rança dos colaboradores no ambiente de trabalho, a Constituição da Federal do Brasil de
1988, tutela:

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:

XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de


saúde, higiene e segurança;

Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições,


nos termos da lei:

VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do tra-


balho. (BRASIL, 1988).

 
A proteção do local de trabalho deve ser integrada e atender colaboradores, meio ambiente e
sociedade. Por isso, torna-se fundamental promover uma cultura empresarial que zela pela
proteção da saúde e integridade física dos funcionários e do meio ambiente, uma das finalida-
des básicas da segurança do trabalho. Também é necessário o alinhamento da sustentabili-
dade com as práticas empresariais implementadas, pois elas pesam na tomada de decisão
estratégica da empresa.

A sustentabilidade empresarial não se limita a responsabilidade socioambiental. Ela faz refe-


rência ao conjunto de ações que a empresa adota, com a finalidade de agir de maneira cons-
ciente, respeitando o meio ambiente e a sociedade em que está inserida. Para cumprir tais re-
quisitos a empresa utiliza-se das NRs, conforme atividade desenvolvida, que trazem em seu
escopo a regulamentação sobre as providências necessárias à prevenção do meio ambiente,
seja interno ou externo, visando manter o melhor nível possível de securitários nas atividades,
preservando a saúde e o bem-estar do trabalhador no ambiente laboral.
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A prevenção do meio ambiente está presente nas NRs, a exemplo da NR – 12 cujo objetivo é
garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros para o uso do trabalhador, pois tam-
bém causam interferência no meio ambiente e segurança do trabalho (BRASIL, 2019). Ainda,
a NR – 09 “9.1.1 [...] estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a
agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento
de Riscos – PGR, previsto na NR-1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os
riscos ocupacionais” (BRASIL, 2020). Exemplos que evidenciam a relação direta entre meio
ambiente e segurança do trabalho, também presente em outras NRs.  

Atividade extra

 
As Áreas de Conservação Ambiental: Uma visão multidisciplinar – Disponível em:
https://enanparq2016.files.wordpress.com/2016/09/s13-01-almeida-l.pdf.

A Lei da Água: Novo Código Florestal (2015) - documentário brasileiro que retrata a importân-
cia das florestas para o sistema hídrico do Brasil. Disponível em:
https://youtu.be/jgq_SXU1qzc.

Área de preservação Permanente e Reserva Legal – Disponível em:


https://youtu.be/GZ_f9yx3hlE

Especialista explica a importância da preservação de áreas verdes - Disponível em:


https://youtu.be/86sQvDQYhJI

 
Referência Bibliográfica

 
BRASIL. Ministério da Economia. Portaria no 6.735, de 10 de março de 2020 - Aprova a nova
redação da Norma Regulamentadora nº 09 - Avaliação e Controle das Exposições
Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
12 mar. 2020. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_Legislacao_Port
arias_2020/Portaria-SEPRT-n.-6.735-Altera-a-NR-09.pdf. Acesso em:24 mar. 2021.

 
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_____. Ministério da Economia. Portaria nº 916, de 30 de julho de 2019  - Altera a redação da


Norma Regulamentadora n.º 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 jul. 2109 - Seção 1. Disponível em:
<https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
regulamentadoras/nr-12.pdf/view>. Acesso em 24 mar. 2021.

 
_____. Presidência da República. Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a pro-
teção da vegetação nativa; [...] e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
28 maio 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2012/Lei/L12651compilado.htm>. Acesso em: 23 mar. 2021.

 
_____. Presidência da República. Decreto no 97.632, de 10 de abril de 1989. Dispõe sobre a
regulamentação do artigo 2°, inciso VIII, da Lei n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12 abr. 1989. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/d97632.htm>. Acesso em 22 mar.
2021.

 
_____. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
5 out. 1988. Disponível em:
<https://bvc.cgu.gov.br/bitstream/123456789/3363/1/constituicao_da_republica_do.pdf>.
Acesso em: 12 mar. 2021.

 
 
 
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29/01/2022 02:12 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Biodiversidade

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Biodiversi…
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1 – Introdução

Bem-vindo ao nosso estudo sobre Biodiversidade. Este estudo ajudará você a conhecer mais
sobre o tema Biodiversidade, sua importância e conservação. O termo biodiversidade (etimo-
logicamente, do grego biós significa “vida” e diversidade significa “variedade”, “multiplicidade”)
possibilita diferentes interpretações e seu conceito é relativamente novo.

A definição mais conhecida de biodiversidade foi definida pela Convenção sobre Diversidade
Biológica (CDB), o primeiro tratado intergovernamental que aborda especificamente o tema. A
Convenção está entre os principais instrumentos internacionais sobre meio ambiente, atual-
mente é o principal fórum mundial sobre as questão ambientais. A CDB foi lançada durante a
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), reco-
nhecida como Rio-92 o ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992, e pelo Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Ela (CDB) definiu, em seu artigo 2, o con-
ceito de termos, entre eles Diversidade Biológica ou Biodiversidade que significa:

“[...] a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreen-


dendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecos-
sistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compre-
endendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecos-
sistemas. (BRASIL, 2008, p. 13).

 
Portanto, biodiversidade é a multiplicidades de formas de vida que há no planeta e engloba a
riqueza de espécies, suas moléculas e genes, passando pelo nível de espécies e famílias, e
chega aos ecossistemas e biomas formados pelas comunidades de espécies, que abrange
microrganismos, fungos, insetos, plantas, aves, mamíferos etc. 

A Convenção estabeleceu três objetivos principais, a serem cumpridos, são eles: a conserva-
ção da diversidade biológica; o uso sustentável de seus componentes; e a partilha justa e
equitativa dos benefícios derivados dos recursos genéticos, e refere-se à biodiversidade em
três níveis: recursos genéticos, espécies e ecossistemas. (BRASIL, 2008).

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Muitos países têm dedicado esforços, desde a criação da CBD, no sentido de reconhecer, va-
lorizar e conservar a biodiversidade, zelando pelo uso sustentável dos recursos naturais. A bi-
odiversidade brasileira está entre as mais ricas do mundo, com impressionante número de es-
pécies da flora e da fauna, localizadas, principalmente, nos Biomas da Mata Atlântica, Floresta
Amazônica e Cerrado. Por isso, o Brasil é reconhecido o país da mega diversidade. 

 
2 – Papel da biodiversidade na qualidade de vida

As atividades humanas têm causado alterações nos ecossistemas naturais, pois perturbam,
alteram e até mesmo destroem a estrutura e a função do sistema natural, causando prejuízos
e perdas à biodiversidade, condição que reflete e impacta na qualidade de vida das popula-
ções. Com o reconhecimento das consequências causadas pelas ações antrópicas ao meio
ambiente e, consequente prejuízo a biodiversidade, surgiram as ações de importância e valo-
ração ambiental e do potencial da biodiversidade para a economia humana. Nesse sentido,
Alho (2012, p. 152) destaca que:

A importância da biodiversidade para o bem-estar e a saúde humana só ga-


nhou maior destaque quando o processo de perda da diversidade biológica
alertou para a necessidade da conservação e do uso racional dos recursos
vivos, com proteção ao fluxo de serviços dos ecossistemas naturais.

 
Portanto, é fundamental conservar a biodiversidade, para tal é necessário o esforço conjunto,
intergovernamental e interinstitucional, para preservar um patrimônio de valor inestimável, mas
que é colocado em risco cotidianamente, devido ações antrópicas. Nesse contexto, destaca-
mos que a biodiversidade tem papel fundamental no meio ambiente, ela envolve ações ativas
e dinâmicas na interação entre as espécies, entre elas e seus meios, constituindo-se em um
sistemas que fornecem serviços ambientais indispensáveis para a vida na Terra.

Esses serviços ambientais contribuem com a qualidade do ar e da água, equilíbrio do clima,


controle de eventos climáticos como estiagens, enchentes e outros desastres ambientais.
Além disso, a produção de fármacos, biomassa, alimentos, nutrientes para o solo, polinizado-
res, cultivos agrícolas, estão atrelados a conservação e qualidade da biodiversidade. Em sín-
tese, a sociedade depende da biodiversidade.  

 
3 – Indicadores ambientais  
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Atualmente o desenvolvimento sustentável tem sido foco de discussões em diversos setores


da sociedade e cada vez mais são cobradas medidas de controle em relação as atividades
poluidoras e que causam impactos ambientais. Desse modo, é necessário que as atividades e
seus processos sejam mensurados para que possam ser controlados, compreendidos e, prin-
cipalmente, aperfeiçoados. Para tal, são usados indicadores que servem para indicar, medir,
mensurar ou mostrar algo, ou seja, o indicador é uma ferramenta projetada para fornecer infor-
mações precisas e confiáveis. Todas as áreas de atuação podem usar indicadores, qualitati-
vos e quantitativos, para mensurar e aperfeiçoar seus processos. Existem indicadores econô-
micos, sociais, ambientais e outros. Aqui trataremos especificamente de indicadores ambien-
tais.  

Indicadores ambientais são informações estatísticas selecionadas e quantificadas que conce-


bem ou sintetizam determinados aspectos da situação que envolve o meio ambiente, os recur-
sos naturais e as atividades humanas relacionadas, conforme definição do Ministério do Meio
Ambiente. (BRASIL, s/d). Esses indicadores tem por objetivo indicar a responsabilidade da or-
ganização em relação a legislação ambiental vigente, além de outros objetivos como fortalecer
a marca, demonstrando o comprometimento com a preservação ambiental, com o desenvolvi-
mento da sustentabilidade, e crescimento no mercado, por exemplo.

Os indicadores ambientais são uma importante ferramenta, possibilitam sintetizar informações


sobre os impactos ambientais causados pelas atividades desenvolvidas e podem contribuir na
mitigação dos riscos. Eles retratam os resultados, das técnicas e dos processos empregados
pela organização, sobre o meio ambiente. A avaliação padronizada dos processos produtivos,
com foco na área ambiental, é realizada com base na série de normas do grupo da ISO
14.000, essencial para identificar, avaliar e monitorar os aspectos ambientais inerentes aos
processos produtivos, bem como os impactos causados.

Aplicar as normas do grupo ISO 14.000 é o ponto de partida para a elaboração de planos de
ação e tomada de decisões que possibilitarão mitigar impactos ambientais e alcançar a
sustentabilidade.

 
4 – Agrotóxicos e seus impactos      

O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos, atingiu 500 mil toneladas/ano em 2014
(LAZZERI, 2017; BOMBARDI, 2017), esse valor representa cerca de 20% do total de agrotóxi-
cos comercializados no mundo (BOMBARDI, 2017; VASCONCELOS, 2018), com tendências
de aumentar.

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O termo agrotóxicos é utilizado para definir os produtos ou substâncias químicas utilizados no


campo, principalmente pela agricultura, com o objetivo de controlar ou combater pragas, ervas
daninhas e doenças invasoras, em geral, considerado um insumo essencial para garantir a
produção e sua qualidade. Esses produtos são considerados eficazes no combate aos orga-
nismos indesejados que surgem nos cultivos, além de melhorar a eficiência da produção e ge-
rar crescimento econômico. Porém, o uso desenfreado e indiscriminado de agrotóxicos traz
consequências à saúde humana e ambiental, pois a substância não atingem somente os or-
ganismos-alvo, ela é dispersa no meio - pelo vento, pela água e acaba percolando o solo e
chega ao lençol freático, poluindo-os.

É importante destacar que a administração incorreta e uso excessivo de agrotóxicos está en-
tre as principais potencialidades de poluição do solo, dos recursos hídricos, de outros cultivos
e, devido a administração ou uso desses produtos, ocorre a contaminação humana, principal-
mente à dos agricultores ou trabalhadores rurais, devido à exposição. Por isso é importante
que todos os trabalhadores, em especial os agricultores, realizem os cursos e treinamentos
das Normas Regulamentadoras, nesse caso, em específico, a Norma Regulamentadora 31
(NR-31) aborda, entre outros temas, a prevenção de acidentes com agrotóxicos; treinamento
sobre segurança, saúde do trabalho e preservação do meio ambiente. A NR-31 objetiva:

[...] estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambi-


ente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvol-
vimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração flo-
restal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.
(BRASIL, 2013).

 
Caso os produtores rurais e trabalhadores agrícolas estejam informados, aumentam as possi-
bilidades de evitar riscos de acidentes, como contaminação humana e poluição ambiental. A
contaminação dos trabalhadores ocorre devido a exposição, por períodos prolongados, uso
contínuo, manuseio inadequado, alta toxicidade de muitos agrotóxicos, uso fragmentado ou
não uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Outros fatores que podem ter in-
fluência é falta de informação e treinamento, ausência ou má higienização dos equipamentos
e roupas do trabalhador, após contato com o produto, entre outros fatores, e a soma disso
gera consequências com efeitos danosos à saúde, como intoxicações devido a exposição ou
pelo consumo de alimentos e água contaminada com resíduos. Pesquisas tem revelado au-
mento da contaminação, por agrotóxicos, de alimentos e água, preocupando organizações e
sociedade.

Em geral, a contaminação humana, por agrotóxicos, ocorre pela exposição ocupacional, se-
guida pela exposição ambiental, que consiste na acumulação dos produtos químicos no ar,
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água e solo (SOARES; FARIA; ROSA, 2017). Outra forma de contaminação humana se dá
pelo consumo de alimentos e relações estabelecidas pelo homem com o meio ambiente, cau-
sando prejuízos no organismo humano, a curto e longo prazo. Assim, os agrotóxicos podem
gerar consequências à saúde, bem como, causar degradação ambiental e alterações signifi-
cativas nos ecossistemas.

Portanto, o risco de contaminação humana e poluição ambiental, por agrotóxicos, é uma pos-
sibilidade real com danos socioambientais e efeitos deletérios às populações, seja pela expo-
sição, contaminação do lençol freático, reservatórios de água potável, produção de alimentos,
indispensáveis para a manutenção da vida, existência e sobrevivência dos seres vivos.

 
5 – Riscos de acidentes de trabalho com animais

Entre os fatores que colocam em perigo e podem afetar a integridade física e moral do traba-
lhador estão os riscos de acidente por animais, principalmente peçonhentos, em geral, atrela-
dos as atividades de campo, floresta, fazenda, jardinagem, limpeza e outros.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Notificações de Agravos (SINAN), entre 2017 e
2018, as ocorrências de acidentes são mais comuns para picadas de cobras, aranhas e es-
corpiões. Os acidentes com cobras e, consequente envenenamento, são responsáveis por
mais de 38% dos casos de óbito (BRASIL, 2020a). Acidentes ofídicos demandam internações
hospitalares, por vezes, por longos períodos, inclusive em centros de tratamento intensivo,
além do risco de sequelas temporárias com reabilitação prolongada e, por vezes,
incapacitada.

Conforme informações do SINAN, nos últimos anos, tem aumentado significativamente o nú-
mero de acidentes com animais, principalmente peçonhentos. Entre os fatores dessa circuns-
tância estão as alterações causados pelo homem no meio ambiente, condição que modifica o
habitat natural dos animais e os leva a migrar, por exemplo. Para evitar ou mitigar os riscos de
acidentes com animais, os trabalhadores precisam estar equipados, ou seja, é essencial o uso
dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como botas cano alto, luvas de couro, per-
neira, por exemplo, atendendo as diretrizes da NR-31. De acordo com a Diretoria de Vigilância
Epidemiológica de Santa Catarina, o uso de botas pode impedir cerca de 80% dos acidentes
com cobras (SANTA CATARINA, 2018).

Oportuno salientar que, a NR-31.2 “[...] se aplica a quaisquer atividades da agricultura, pecuá-
ria, silvicultura, exploração florestal e aquicultura, verificadas as formas de relações de traba-
lho e emprego e o local das atividades.” (BRASIL, 2020b). Os trabalhadores precisam conhe-
cer e seguir as diretrizes da NR-31 que determina como medidas de proteção individual o for-
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necimento, obrigatório e gratuito, aos trabalhadores todos os equipamentos de proteção indivi-


dual (EPI), adequados aos riscos que o trabalhador está exposto e devem ser mantidos em
perfeito estado de conservação e funcionamento, pelo trabalhador. (BRASIL, 2020b).

O uso de EPIs possibilitará mitigar as ocorrências de acidentes com animais, em especial os


peçonhentos, visto que são os que mais ocorrem de acordo com o SISNAN, pois mitigando a
exposição e a vulnerabilidade, a ameaça não terá potencial de concretizar o risco em aci-
dente, pois o trabalhador estará protegido.

 
Atividade extra

 
BRASIL. Senado Federal. Convenção sobre Diversidade Biológica e Legislação Correlata.
Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. 87 p. (Coleção
Ambiental; v. 10). Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/182959>.
Acesso em 08 abr. 2021.

BRAUMANZ, K. A., et al. Global trends in nature’s contributions to people. Proceedings of the
National Academy of Sciences, vol. 117, n. 51, Dez. 2020, p. 32799-32805. Disponível em:
<doi.org/10.1073/pnas.2010473117>. Acesso em: 08 abr. 2021.

Cidadania - Diversidade Biológica. Disponível em: <https://youtu.be/r48OAJnO1cA>. Acesso


em 30 abr. 2021.

 
 
 
Referência Bibliográfica

 
ALHO, C. J. R. Importância da biodiversidade para a saúde humana: uma perspectiva ecoló-
gica. Estud. Av., São Paulo, v.26,  n.74,  p.151-166, 2012. Disponível em:
<https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_isoref&pid=S0103-
40142012000100011&lng=pt&tlng=pt>. Acesso em:  08 Abr.  2021. Próxima
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29/01/2022 02:12 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Biodiversidade

BOMBARDI, L. M. Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União


Europeia. São Paulo: FFLCH – USP, 2017.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. 2020a.


Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?
area=0901&item=1&acao=41>. Acesso em: 27 mar. 2021.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Legislação. Norma Regulamentadora 31.


Portaria n. 22.677, de 22 de outubro de 2020b. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-22.677-de-22-de-outubro-de-2020-
285009351>. Acesso em 27 mar. 2020

_____. Senado Federal. Convenção sobre Diversidade Biológica e Legislação Correlata.


Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2008. 87 p. (Coleção
Ambiental; v. 10). Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/182959>.
Acesso em 08 abr. 2021.

_____. Ministério do Meio Ambiente. Indicadores Ambientais.  s/d. Disponível em:


<https://antigo.mma.gov.br/informacoes-ambientais/indicadores-ambientais.html>. Acesso
em:09 abr. 2021.

LAZZERI, T. Agrotóxicos: Brasil libera quantidade até 5 mil vezes maior do que Europa.
Repórter Brasil. 2017. Disponível em:
<http://reporterbrasil.org.br/2017/11/agrotoxicosalimentos-brasil-estudo/>. Acesso em: 09 abr.
2021.

SANTA CATARINA. Diretoria de Vigilância Epidemiológica – Dive. Dive alerta para riscos de
acidentes por animais peçonhentos no verão. Notícias. 11 jan. 2018. Disponível em:
<http://dive.sc.gov.br/index.php/arquivo-noticias/635-dive-alerta-para-os-riscos-de-acidentes-
por-animais-peconhentos-no-verao>. Acesso em: 10 abr. 2021.

SOARES, D. F.; FARIA, A. M.; ROSA, A. H. Análise de risco de contaminação De águas sub-
terrâneas por resíduos de agrotóxicos no município de Campo Novo do Parecis (MT), Brasil.
Eng Sanit Ambient., v.22, n.2, mar/abr, 2017, pp. 277-284.

VASCONCELOS, Y. Agrotóxicos na Berlinda. Pesquisa FAPESP, Ed. 271, p. 18 - 27, set.


2018.

 
Estranhou essa explicação?
Próxima
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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Gestão A…
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O termo gestão, refere-se primeiramente a administração de algo, planejamento e organiza-


ção. Já o termo ambiente é apresentado como tudo o que está ao nosso redor, o local no qual
vivemos, nossas interações com os diferentes ecossistemas. Com base nessas informações,
podemos trabalhar com o seguinte princípio, a gestão ambiental é uma área de estudo que
procura correlacionar as atividades econômicas de forma a utilizar recursos da natureza de
forma adequada e racional (Figura 1).  

Figura 1 – Obtenção de energia de fontes renováveis


Imagem de Free-Photos por Pixabay
Portanto, a gestão ambiental visa manter o equilíbrio entre essas relações, pois a dinâmica
entre elas na maioria das vezes é unilateral, com o ser humano somente usufruindo do meio
ao seu redor, sem repor nada em troca (FORNO, 2017).

No que abrange as indústrias é possível descrever que a:

 
"Gestão ambiental envolve planejamento, organização, e orienta a empresa
a alcançar metas [ambientais] especificas, em uma analogia, por exemplo,
com o que ocorre com a gestão de qualidade. Um aspecto relevante da ges-
tão ambiental é que sua introdução requer decisões nos níveis mais eleva-
dos da administração e, portanto, envia uma clara mensagem à organização
de que se trata de um compromisso corporativo.Próxima
A gestão ambiental pode
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29/01/2022 02:25 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gestão Ambiental

se tornar também um importante instrumento para as organizações em suas


relações com consumidores, o público em geral, companhias de seguro,
agências governamentais, etc." (NILSSON, 1998 p. 134 apud Corazza
(2003 p.3).

 
Todavia, para que processo de conservação ambiental seja seguido é preciso normas que re-
gulamentem ações diretas ao ambiente. Assim, temos a Política Nacional do Meio Ambiente
(PNMA), de 1981, o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), o Conselho Nacional do
Meio ambiente (CONAMA) e vários outros órgãos estatais que auxiliam na implementação de
medidas para o controle da qualidade ambiental (FORNO, 2017).

Somente com leis e normas é possível gerenciar e organizar recursos tão valoroso como o
meio ambiente. A série das ISO 14000 é outra ferramenta, que auxiliam na manutenção de
um ambiente de qualidade. Composta por um conjunto de normas que exemplificam essa
questão, dentre elas a ISO 14001 na qual há um elaborado conjunto de itens a serem cumpri-
dos para o Sistema de Gestão Ambiental (SGA).

          A maneira mais simples de entender este sistema é que ele pertence a uma constante
cíclica, e deverá compreender etapas como planejamento, execução, verificação e ação e de-
pois deve retornar novamente ao primeiro item, ou seja, esse sistema deve ser constante-
mente reavaliado e aprimorado.

De acordo com Campus e Melo (2008, p. 541):

 
[...] o SGA segundo a norma NBR ISO 14001 (a mais difundida mundial-
mente), faz com que o processo produtivo seja reavaliado continuamente,
refletindo na busca por procedimentos, mecanismos e padrões comporta-
mentais menos nocivos ao meio ambiente.

 
De acordo com Druziam e Santos (2006) a norma ISO 14001:2004 apresenta os requisitos
para que um SGA possibilite as organizações desenvolver e implementar política e objetivos
que abordem os requisitos legais significativos e informações sobre aspectos ambientais.
Segundo os mesmos autores a NBR ISO 14001 detalha a metodologia conhecida como
(PDCA) do inglês Plan-Do-Check-Act que pode ser traduzida para o português como Planejar-
Executar-Verificar-Agir.  Esses processos podem ser compreendidos como:
Próxima
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29/01/2022 02:25 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gestão Ambiental

 
Planejar: Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os
resultados em concordância com a política ambiental da organização.
Executar: Implementar os processos. Verificar: Monitorar e medir os proces-
sos em conformidade com a política ambiental, objetivos, metas, requisitos
legais e outros, e relatar os resultados. Agir: Agir para continuamente melho-
rar o desempenho do sistema de gestão ambiental (DRUZIAM, SANTOS,
2006 p. 4).

 
Portanto é através de conjuntos de normas como as ISO 14000, que é possível se fazer cum-
prir os cuidados básicos com o meio ambiente no âmbito empresarial. Neste contexto, entram
as empresas e os seus trabalhadores. Todo ambiente de trabalho, principalmente seu entorno
é concebido pela gestão ambiental e para tanto, deve estar dentro das normas, visando evitar
impacto ao meio ou provocar o menor possível.

Atualmente, o mercado consumidor está preocupado se as empresas seguem as questões


ambientais, se são ecologicamente corretas. Então, além da empresa oferecer um bom ser-
viço ou produto, existe a necessidade de garantir que este é extraído da maneira adequada e
quais impactos geraram para serem produzidos.

É possível afirmar que com o avanço da tecnologia, está mais fácil encontrar estas informa-
ções. Principalmente com a internet, pois a partir do momento que existem leis e normas, elas
estão registradas, assim como o cumprimento ou não por determinada instituição economica-
mente ativa.

A diferença entre gestão empresarial e gestão ambiental é o foco dessa administração. Cada
um se propõe a realizar, desenvolver, rumar todas as suas forças objetivando o melhor de-
sempenho. Ou seja, todo o enfoque está direcionado na empresa ou no ambiente.

Quando confrontamos as duas gestões, ambas precisam caminhar lado a lado para coexistir.
Assim conforme descrito anteriormente é necessário a criação de normas para não ferir os ob-
jetivos uma da outra. Como no caso da gestão empresarial objetivar somente as intenções de
apenas uma instituição, e a ambiental ao contrário ser mais ampla, no sentido de estar pre-
sente não somente em um, mas vários contextos e situações. As normas são mais restritivas
no que diz respeito a gestão empresarial.

Traduzindo, toda empresa precisa desenvolver além da sua própria gestão empresarial, uma
parcela da gestão ambiental direcionada aos seus objetivos e possíveis impactos, seja por
Próxima
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29/01/2022 02:25 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gestão Ambiental

obrigação no cumprimento da lei, ou consciência ambiental.

 
 
Atividade extra

 
Assista ao vídeo: Importância do gerenciamento ambiental https://www.youtube.com/watch?
v=LbV8O4yWm10

Assista ao vídeo: Sustentabilidade - Enraizando #6 https://www.youtube.com/watch?


v=Qky8NVaAfK8

 
 
 
Referência Bibliográfica

 
CORAZZA, R. I. Gestão ambiental e mudanças da estrutura organizacional. ERA-eletrônica,
São Paulo, v. 2, n. 2, dezembro de 2003.

FORNO, M. A. R. D. Fundamentos em gestão ambiental. Porto Alegre: Editora da UFRGS,


2017. 86p.

CAMPOS, L. M. de S.; MELO, D. A. de. Indicadores de desempenho dos Sistemas de Gestão


Ambiental (SGA): uma pesquisa teórica. Produção, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 540-555, Dec. 
2008 .  

DRUZZIAN, E. T. V.; SANTOS, R. C. do. Sistema de gerenciamento ambiental (SGA): bus-


cando uma resposta para os resíduos de laboratórios das instituições de ensino médio e pro-
fissionalizante. Revista Liberato, v. 7, n. 7, 2006.

Próxima
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Estranhou essa explicação?

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29/01/2022 03:37 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Desenvolvimento sustentável

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Desenvol…
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1 – Introdução

O Desenvolvimento sustentável tem um conceito sistêmico, composto para fazer alusão ao


meio ambiente e à conservação dos recursos naturais. Ele corresponde a um modelo de de-
senvolvimento integral, na atualidade, sem esgotar a capacidade dos recursos naturais às ne-
cessidades das gerações futuras. Isso significa adotar um modelo de consumo e aplicação
dos recursos naturais extraídos do meio ambiente de modo a não interferir no futuro da huma-
nidade, congregado ao desenvolvimento socioeconômico, as realizações humanas e culturais,
e a preservação da natureza para o amanhã.

O meio ambiente é formado por recursos renováveis e não-renováveis. Os recursos naturais


renováveis, como o próprio nome enfatiza, tem capacidade de reposição. Contudo, sua explo-
ração econômica e uso indevido, pelas práticas humanas, podem extinguir sua disponibilidade
na natureza e desfavorecer sua renovação, tornando-os esgotáveis, exceto a luz solar e os
ventos, que não sofrem diretamente com as ações de exploração. Já os recursos não-renová-
veis, como o próprio nome sugere, consegue renovar-se naturalmente ou por intervenção hu-
mana, como, por exemplo, os combustíveis fósseis (carvão mineral, gás natural, petróleo,
etc.).

Por isso, torna-se indispensável adotar medidas de conservação desses recursos objetivando
sua disponibilidade futura, bem como mitigar, caso não seja possível extinguir os impactos
ambientais ocasionados pela exploração (ação humana). Nesse contexto, os elementos da
natureza (água, flora, fauna, solo, entre outros) carecem de cuidados e a adoção de medidas
de conservação, para que haja disponibilidade futura, mas também para mitigar, caso não seja
possível eliminar, os impactos ambientais ocasionados pela exploração predatória, e sem
ônus para o meio ambiente e a sociedade.

 
2 – Desenvolvimento sustentável: histórico do conceito

Em 1972, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, na
cidade de Estocolmo, por isso, Conferência de Estocolmo, onde foi oficialmente declarado o
conceito de Desenvolvimento Sustentável (DS). A elaboração do conceito de DS foi impor-
tante, tinha o proposito de vincular as noções de crescimento e desenvolvimento econômico
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29/01/2022 03:37 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Desenvolvimento sustentável

com a preservação da natureza, algo que, até então, eram questões vistas de forma
independente.

O termo Desenvolvimento Sustentável, foi concebido e formalizado em 1987, quando ocorreu


a elaboração do Relatório “Nosso Futuro Comum”, ou Relatório Brundtland, produzido pela
Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), pela
Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (em inglês World Commission on
Environment and Development – WCED) que conceituou Desenvolvimento Sustentável como
“A humanidade consegue idealizar o desenvolvimento sustentável para garantir que atenda às
necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atender
às suas necessidades.” (WCED, 1987, p. 16).

A comissão explicitou que “O conceito de desenvolvimento sustentável implica limites - não


limites absolutos, mas limitações impostas pelo atual estado de tecnologia e organização so-
cial sobre recursos ambientais e pela capacidade da biosfera de absorver os efeitos da ação
humana.” (WCED, 1987, p. 16). Ratificou ainda, que o homem pode gerenciar e aperfeiçoar a
tecnologia e a organização social, inovar os rumos para aprimorar o desenvolvimento econô-
mico. O reflexo das ações de mudança baseadas na sustentabilidade demandam estratégias
e técnicas que possibilitem atingir os padrões desejáveis para obter o desenvolvimento
sustentável.

Realizada no Rio de Janeiro, em 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, reconhecida como Rio-92 ou ECO-92, contou com cerca de
200 representantes governamentais (Chefes de Estado e delegações), evidenciando a rele-
vância das questões ambientais no início da década de 1990. A conferência foi palco de um
balanço das dificuldades existentes e os avanços atingidos, e culminou na elaboração de im-
portantes documentos que ainda são referências nas discussões ambientais. O principal obje-
tivo, da Rio-92, estava no propósito de que se todos os países fossem em busca do mesmo
padrão de desenvolvimento dos países ricos (considerados como desenvolvidos), não haveria
disponibilidade de recursos naturais para atender a demanda de todos sem causar prejuízos
irreversíveis ao meio ambiente.

Desse modo, a Conferência, concentrou esforços universais com a premissa de satisfazer as


necessidades atuais, sem comprometer a capacidade de suprir as necessidades futuras.
Nesse sentido, ficou estabelecido o apoio tecnológico e financeiro aos países em desenvolvi-
mento para que tenham condições de conseguir alcançar modelos de desenvolvimento sus-
tentável. O contexto do evento possibilitou que o conceito de Desenvolvimento Sustentável se
estabilizasse como princípio norteador das iniciativas entre desenvolvimento e meio ambiente.

Além da participação de representantes governamentais de todo o mundo, a Rio-92 reuniu


significativa presença de Organizações Não Governamentais (ONGs), que participaram, para-
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lelamente, do Fórum Global, outro importante acontecimento. Os principais resultados do


evento foram as aprovações de duas relevantes convenções:

- A Carta da Terra, rebatizada de Declaração do Rio, que estabelece maior responsabilidade


aos países ricos na questão da preservação do planeta; e

- A Agenda 21, cuja elaboração iniciou na Conferência de Estocolmo (1972), que traça o
plano de ações e metas que estabelecem avanços nas condições de proteção do planeta e
seu desenvolvimento sustentável.

Em relação ao DS, os princípios estão implícitos em muitas das conferências da Organização


das Nações Unidas (ONU), abrangendo: a Segunda Conferência da ONU sobre
Assentamentos Humanos (Istambul,1999); a Sessão Especial da Assembleia Geral sobre
Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Nova York, 1999); a Cúpula do Milênio
(Nova York, 2000) e seus Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, sendo que o sétimo obje-
tivo procura “Garantir a sustentabilidade ambiental”; a Rio+10 (Joanesburgo, 2002); a Reunião
Mundial de 2005; seguida pela Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável, a Rio+20 (Rio de Janeiro, 2012), onde nasceram os 17 Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS); e por último, a reunião da Cúpula de Desenvolvimento
Sustentável (Nova York, 2015), confirme ONU (s/d). Discutir

Atualmente, a gestão ambiental e o desenvolvimento sustentável, são considerados sinônimo


de sustentabilidade em qualquer empreendimento. Pois, o desenvolvimento sustentável busca
reconciliar as pressões conflitantes entre o desenvolvimento econômico, a proteção ambiental
e a justiça social. Todos os países membros da ONU estiveram reunidos no evento da Cúpula
de DS, em 2015, oportunidade em que foram definidos os novos ODS como elemento de uma
nova agenda, conhecida como Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que en-
volve a todos. O prazo estabelecido é 2030, contudo, os trabalhos iniciaram de imediato.

3 – Agenda 21

Inicialmente destacamos que o termo "agenda" está colocado no sentido de intenção de mu-
dança para um modelo de civilização no qual predomine o equilíbrio ambiental e a justiça en-
tre as nações (FIOCRUZ, 2000).

A Agenda 21 é considerada o principal documento produzido na Rio-92, ela contém uma série
de compromissos acordados entre os países participantes, que assumiram o desafio de incor-
porar os princípios do DS em suas políticas públicas. Com o reconhecimento mundial sobre a
necessidade de instituir o DS na relação entre desenvolvimento e meio ambiente, os governos
delinearam, na Agenda 21, um programa com uma série de ações para afastar-se do modelo
insustentável. Nesse viés, Oliveira Filho (2014, p. 6), corrobora relatando que:
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A Agenda 21 dedica-se aos problemas da atualidade e almeja preparar o


mundo para os desafios do século XXI. Ela reflete o consenso global e com-
promisso político em seu mais alto nível, objetivando o desenvolvimento e o
compromisso ambiental. A partir desse momento, começa a existir de ma-
neira globalizada, uma preocupação no que diz respeito à Gestão Ambiental
e o Desenvolvimento Sustentável tanto por parte das entidades governa-
mentais, das organizações públicas e privadas como dos consumidores
deste mercado global. (OLIVEIRA FILHO, 2004, p. 6).

 
Este documento (Agenda 21) instituiu a importância e necessidade de cada país comprome-
ter-se a refletir, global e localmente, sobre como governos, setor público e privado, organiza-
ções não-governamentais e demais setores da sociedade poderiam cooperar na busca de so-
luções e melhorias para os problemas socioambientais. Em outras palavras significa dizer
que, a Agenda 21 extrapolou as fronteiras ambientais para abordar os padrões de desenvolvi-
mento e suas consequências ao meio ambiente, convergindo para atividades que preservam
e recuperam os recursos naturais, dos quais dependem o desenvolvimento e crescimento
econômico.

O programa explicita, dentre as medidas que podem ser adotadas por governos e sociedade
civil em geral, para o desenvolvimento pautado na sustentabilidade, as áreas de ação: prote-
ger a atmosfera; mitigar ou eliminar o desmatamento, a perda de solo e a desertificação; pre-
venir a poluição da água e do ar; e impedir a destruição das populações de peixes e promover
o gerenciamento segura dos resíduos tóxicos. Ainda, fazem parte das ações a pobreza e a dí-
vida externa dos países em desenvolvimento; padrões insustentáveis de produção e con-
sumo; e pressões demográficas e a estrutura da economia internacional (ONU, s/d). Com a
finalidade de garantir apoio aos objetivos da Agenda 21, ficou estabelecido, em 1992, pela
Assembleia Geral, a Comissão para o DS.

A partir do compromisso assumido pelo Brasil durante a RIO-92, a Agenda 21 Brasileira, foi
elaborada em parceria entre governo e diferentes setores da sociedade brasileira. Seu pre-
paro ocorreu entre 1996 e 2002, e implementada em 2003, num processo de elaboração con-
duzido pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 Brasileira
(CPDS). A Agenda 21 nacional estabelece cinco temas básicos e 21 objetivos que tem possi-
bilidades de tornar o país um exemplo de proteção ambiental pelo fortalecimento da economia
e justiça social (BRASIL, 2004).

 
4 – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estão descritos na Agenda 2030, da


ONU e estão entre as mais recentes realizações básicas em sustentabilidade no mundo. Foi
pela união de esforços para compreensão e síntese, que a Cúpula Mundial do
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+10 (2002) encontrou um caminho para descrever que o
DS tem sua base formada por três pilares: econômico, social e ambiental, e um objetivo es-
sencial, a erradicação da pobreza.

Os ODS foram estabelecidos em 2015, oficialmente em vigor desde 2016 e, até 2030, deve-
rão ser cumpridos por todos os países. Vale lembrar serem fruto da Cúpula Mundial do
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 (2012), através de um grupo de trabalho que prepa-
rou o projeto da agenda. Nesse sentido, os ODS são um apelo universal da ONU como ação
para erradicar a pobreza, resguardar o planeta e assegurar que todas as pessoas tenham paz
e prosperidade.

Essencialmente, os ODSs podem ser considerados um guia aos países que se compromete-
ram com o desenvolvimento global até 2030. Eles foram desenvolvidos com a finalidade de
produzir um conjunto de 17 objetivos que possam suprir os desafios ambientais, políticos e
econômicos mais urgentes enfrentados pelo nosso planeta. Os objetivos são integrados, con-
dição que possibilita o envolvimento e a abordagem de questões frequentemente conexas
com outros.

São 17 objetivos da ODS - 16 temáticos e um (1) trata dos meios de implementação -, desdo-
brados em 169 metas e 253 indicadores, conforme o Relatório de Indicadores para os ODSs
(BRASIL, 2021a), juntos formam o núcleo da Agenda 2030. A seguir apresentamos a relação
dos 17 ODSs (Figura 1), elaborados na reunião da Cúpula de Desenvolvimento Sustentável
(BRASIL, 2021b).

São 17 objetivos para transformar nosso planeta. Juntos, os objetivos traçam um plano univer-
sal para alcançar um futuro melhor para todos. Pois, abarcam distintos aspectos do desenvol-
vimento social, crescimento econômico e preservação ambiental. Assim, as ações previstas
estabelecem um caminho a ser seguido, indicam onde devemos chegar em 2030, e exibem
novos mercados e oportunidades para empresas em todo o mundo. Contudo, o sucesso da
agenda está vinculado às políticas e programas de desenvolvimento de cada nação
signatária.

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Figura 1. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável


ONU Brasil. Disponível em: <https://odsbrasil.gov.br/>
O progresso das iniciativas e as ações dos ODS e suas metas são monitoradas e revisados,
ao nível global, usando o conjunto de indicadores globais, definidos pela Comissão de
Estatística da ONU. Além disso, os governos desenvolveram indicadores nacionais objeti-
vando monitorar o progresso ao nível local. Os objetivos equilibram as dimensões econômica,
social e ambiental do desenvolvimento sustentável, para que sejam alcançados, deve cada
um, governos, sociedade civil, setor público e privado, etc., faça sua parte. Inclusive você cida-
dão, estudante, profissional, conscientize-se e priorize práticas sustentáveis. 

 
5 – Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST)

O Decreto nº 7.602 de 7 de novembro de 2011 instituiu a Política Nacional de Segurança e


Saúde do Trabalhador (PNSST), que tem como objetivos e princípios:

I – [...] a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do tra-


balhador e a prevenção de acidentes e de danos à saúde advindos,
relacionados ao trabalho ou que ocorram no curso dele, por meio da
eliminação ou redução dos riscos nos ambientes de trabalho.
(BRASIL, 2011).

 
Para alcançar seu objetivo a PNSST deverá ser praticada em articulação contínua com as
ações de governo na área das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde,
com a adesão voluntária das organizações representativas de trabalhadores e empregadores,
conforme Art. III do Decreto nº 7.602/2011. (BRASIL, 2011). Sobre as ações, no âmbito da
PNSST, consta no Art. IV que estas devem estar presentes no Plano Nacional de Segurança e
Saúde no Trabalho (Brasil, 2011). Sobre as responsabilidades no âmbito do PNSST, constata-
se, Decreto nº 7.602/2011, no “Art. V -São responsáveis pela implementação e execução da
PNSST os Ministérios do Trabalho e Emprego, da Saúde e da Previdência Social, sem pre-
juízo da participação de outros órgãos e instituições que atuem na área” (BRASIL, 2011).

Em 2012 foi criado o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) em res-
Próxima
posta às orientações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), quanto à saúde e segu-

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rança do trabalho. A Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho, composta por


membros representantes do governo, de trabalhadores e empregadores, elaborou o projeto
do PNSST. A coordenadoria do projeto é de responsabilidade dos representantes do governo,
com rodízio anual.

Entre as ações propostas pelo PNSST, destacam-se como as principais: promover a saúde e
a qualidade de vida dos colaboradores; prevenir acidentes e doenças ocupacionais; evitar óbi-
tos; e eliminar e mitigar os riscos à saúde presentes nos ambientes de trabalho; e, ainda, pres-
tar auxílio aos acidentados. Por isso, é importante promover ações cotidianas que contribuam
com o melhor desempenho na área de Saúde e Segurança do Trabalho nas organizações.

Para isso, é preciso que as organizações se comprometam com o compromisso e promovam


ações em suas estratégias de negócio objetivando atender e promover os ODS, especial-
mente, aqueles que possuem relação com a Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho. A
Agenda 2030 é um convite para que cada um (governos, sociedade civil, setor público e pri-
vado, você, eu, etc.) desenvolva ações preventivas que permitam mitigar a exposição aos ris-
cos ambientais, de modo a reduzir os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais com o
objetivo de melhorar a qualidade e a vida dos cidadãos, na atualidade e no futuro.

Em relação ao objetivo do trabalho seguro que aborda a Saúde e Segurança do Trabalho,


constata-se a integração do PNSST à Agenda 2030 ou os ODS. Nesse contexto, deixamos
uma questão para reflexão. Quais ações ou estratégias você, profissional, tem realizado para
promover os ODS, no âmbito da organização que atua, especialmente aqueles relacionados a
qualidade de vida e saúde ocupacional dos colaboradores?

 
Atividade extra

FIOCRUZ. Agenda 21 do Brasil: Um projeto de Nação. Resumo. 2000. 70p. Disponível em:
<https://www.unicamp.br/fea/ortega/agenda21/brasil.htm>. Acesso em: 31 mar. 2021. 

_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável: Indicadores para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. ONU Brasil,
2021. Disponível em: < https://odsbrasil.gov.br/>. Acesso em 31 mar. 2021.

_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável: Relatório de Indicadores para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
ONU Brasil, 2021. Disponível em: < https://odsbrasil.gov.br/>. Acesso em 31 mar. 2021.

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29/01/2022 03:37 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Desenvolvimento sustentável

Agenda 21 Brasileira. Disponível em:


<https://www5.pucsp.br/ecopolitica/projetos_fluxos/doc_principais_ecopolitica/Agenda21%20B
rasil.pdf>.

 
 
 
Referência Bibliográfica

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável: Relatório dos Indicadores para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
ONU Brasil, 2021a. Disponível em: <https://odsbrasil.gov.br/relatorio/sintese>. Acesso em 31
mar. 2021.

_____. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável: Indicadores para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. ONU Brasil,
2021b. Disponível em: <https://odsbrasil.gov.br/>. Acesso em 31 mar. 2021.

_____. Presidência da República. Decreto nº 7.602 de 7 de novembro de 2011, dispõe sobre a


Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST. DOU no 214, Seção 1, 08 nov.
2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7602.htm>. Acesso em: 31 mar. 2021.

_____. Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 brasileira: ações prioritárias. Comissão de


Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21 Nacional. 2ª ed. Brasília: Ministério
do Meio Ambiente, 2004.

FIOCRUZ. Agenda 21 do Brasil: Um projeto de Nação. Resumo. 2000. 70p. Disponível em:
<https://www.unicamp.br/fea/ortega/agenda21/brasil.htm>. Acesso em: 31 mar. 2021. 

OLIVEIRA FILHO, J. E. Gestão ambiental e sustentabilidade: um novo paradigma eco-econô-


mico para as organizações modernas. Rev. Teor. Pol. Soc. Cidadania, Salvador, v. 1, n. 1, p.
92-113, jan./jun. 2004. Disponível em: <https://docplayer.com.br/5302875-Gestao-ambiental-e-
sustentabilidade-um-novo-paradigma-eco-economico-para-as-organizacoes-modernas.html>.
Acesso em: 31 mar. 2021.

ONU – Organização das Nações Unidas – Brasil. A ONU e o meio ambiente. s/d. Disponível
Próxima
em: <https://brasil.un.org/pt-br/91223-onu-e-o-meio-ambiente>. Acesso em 31 mar. 2021.
https://dex.descomplica.com.br/engenharia-de-seguranca-do-trabalho-versao-2/protecao-ao-meio-ambiente/protecao-ao-meio-ambiente-desenvo… 8/9
29/01/2022 03:37 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Desenvolvimento sustentável

___. Conferência das Nações Unidas Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.


Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. 2014. Disponível em:
<http://www.onu.org.br/rio20/img/2012/01/rio92.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2021.

WCED - World Commission on Environment and Development. Report of the World


Commission on Environment and Development: Our Common Future. Sustentable
Development Goals. Knowledge Plataforms. Oslo: WCED, 1988. Disponível em:
<https://sustainabledevelopment.un.org/milestones/wced>. Acesso em: 29 mar. 2021.

WORLD Summit on Sustainable Development. Plan of implementation. Johannesburgo.


2002.

 
 

Estranhou essa explicação?

Próxima
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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Legislaçã…
1 2 3 4 5 6

Para a proteção do meio ambiente no Brasil existem legislações específicas voltadas à con-
servação e preservação ambiental. O país apresenta considerável gama de leis. Essa ampli-
tude é pouco observada em outros países. Todavia apesar de ter uma das legislações ambi-
entais mais rigorosas do mundo, falha na aplicação e cumprimento das mesmas.

Conforme discutido em aulas anteriores, a conservação do meio ambiente é presente na


Constituição Federal de 1988. A constituição traz no artigo 255 diversas ações que promovem
essa proteção. No cenário nacional, existem outras leis que são de extrema relevância para a
manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado. 

Dentre as principais, é possível listar de forma cronológica a Lei 6.938 de 1981, que aborda a
Política Nacional do Meio Ambiente. Nesta política é apresentado no Art 6º  o Sistema
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), que por sua vez, descreve os órgãos e entidades da
União, dos Estados, do Distrito Federal, e dos Municípios, assim como suas funções instituí-
das pelo Poder Público, buscando a proteção e o melhoramento da qualidade ambiental
(BRASIL, 1981) (Figura 1).

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Figura 1 – Estrutura hierárquica do SISNAMA e responsáveis de cada órgão


(BRASIL, 1981)
Na sequência, temos a Lei 9.433 de 1997 que Institui a Política Nacional de Recursos
Hídricos, e cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. De acordo com
o Art. 2º da presente lei são objetivos da Política:

 
I - Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II - a utili-
zação racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte
aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem


natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. IV -
Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de
águas pluviais. (Brasil, 1997)

 
Essa política conhecida como Leis das Águas, apresenta aspectos relevantes para o uso ade-
quado deste recurso. Por exemplo, destinando como uso prioritário em períodos de estiagem
para seres humanos e dessedentação de animais.            

No ano de 2007, apresenta-se a Lei 11.445 que institui a Política Nacional de Saneamento
Básico. O Art. 1º afirma que a “[...] Lei estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento
básico e para a política federal de saneamento básico”.

Em 2010 surge a Lei 12.305 que traz a Política Nacional de Resíduos Sólidos. No Art. 4º é
apresentado que

 
[...] a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios,
objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo
Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito
Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao ge-
renciamento ambientalmente adequado dos resíduos Próxima
sólidos. (Brasil, 2010)
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29/01/2022 03:49 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Legislação Ambiental

 
Essa legislação apresenta as principais condutas que auxiliam de forma a organizar a destila-
ção dos resíduos com o intuito de minimizar os impactos ambientais.

 No quesito ambiental uma das leis mais recentes é de 2012, popularmente conhecido como
Novo Código Florestal Brasileiro, lei 12.651, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa.
Como objetivo o novo código apresenta:

 
Art. 1º-A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da vegetação,
áreas de Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal; a explora-
ção florestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controle da origem
dos produtos florestais e o controle e prevenção dos incêndios florestais, e
prevê instrumentos econômicos e financeiros para o alcance de seus objeti-
vos (Brasil, 2012).

 
A lei 12.621 apresenta normas para a proteção das vegetações que margeiam rios e nascen-
tes.  Proporcionando melhora na qualidade da água ao conservar essas localidades, bem
como melhora o fluxo gênico de espécies locais.

 
A relação das normas regulamentadoras e o meio ambiente.

 
Conforme descrito anteriormente, no Brasil existem várias leis que auxiliam na proteção ambi-
ental. No ambiente de trabalho temos as normas regulamentadoras (NRs). No total existem 36
normas e destas algumas têm ampla afinidade com os aspectos ambientais. Uma delas é a
NR 09 que apresenta a avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos,
químicos e biológicos. 

Essa norma estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a estes
agentes. Em outras palavras estabelece os requisitos para avaliar as exposições dos trabalha-
dores a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR) apresentado na NR 01. Tendo como meta a preservação da
Próxima
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29/01/2022 03:49 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Legislação Ambiental

saúde e da integridade dos trabalhadores (NRs 09). Vale destacar que além desta, outras NRs
incorporam o meio ambiente em suas análises.

 
 
Meio ambiente do trabalho

 
Conforme observado, nós seres vivos estamos dentro do meio ambiente. E isso não seria di-
ferente no local de trabalho, no qual os trabalhadores interagem diretamente com os fatores
ambientais.  Por isso, é muito comum encontrar a expressão meio ambiente do trabalho. De
acordo com Fernandes (2006, p.04 apud GIONGO, GIONGO, 2009, p. 120):

 
“O meio ambiente de trabalho é, na verdade, o local de trabalho do trabalha-
dor, podendo ocorrer em um meio ambiente artificial ou construído, ou
mesmo em um ambiente natural, embora sua ocorrência seja menos fre-
quente, haja vista a existência de alguma intervenção humana que possibi-
lite a sua fruição”.

 
Assim, podemos afirmar que o meio ambiente do trabalho é uma dimensão do ambiente. Por
isso, os princípios do direito ambiental, dentre eles precaução, prevenção e o poluidor-paga-
dor também são aplicáveis neste local.  Desta forma, para melhor qualidade de trabalho apli-
cam-se as leis descritas no início deste resumo.

 
Atividade extra

 
Assista ao vídeo sobre a lei das águas. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=bH08pGb50-k

Próxima
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29/01/2022 03:49 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Legislação Ambiental

Assista ao vídeo sobre os usos múltiplos da água https://www.youtube.com/watch?


v=FdL2yQoroag

 
 
 
Referência Bibliográfica

 
BRASIL. Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 2 set., 1981.

______. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF:
Senado, 5 out., 1988.

______. Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997.  Institui a Política Nacional de Recursos


Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o in-
ciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março
de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.Diário Oficial da União,
Brasília, 09 Jan. 1997

______. Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010.  Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 3 ago., 2010.

______. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o sa-
neamento básico; cria o Comitê Interministerial de Saneamento Básico; altera as Leis nos
6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de junho de 1993, e 8.987, de 13 de feve-
reiro de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978.          (Redação pela Lei nº
14.026, de 2020).  Diário Oficial da União 2007. 8 de janeiro:3.

______. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa;
altera as Leis nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis no 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e
Próxima
dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 maio, 2012.

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29/01/2022 03:49 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Legislação Ambiental

______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 – Programa de prevenção de riscos am-


bientais, 2019. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf
Acesso em: 27 abril 2021.

GIONGO, R. L. P.; GIONGO, R. C. P. Saúde e segurança no meio ambiente do trabalho como


garantia constitucional ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Revista da FAE, v. 12,
n. 2, 2009. Disponível em < https://revistafae.fae.edu/revistafae/article/view/303> Acesso em:
27 abril 2021.

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29/01/2022 12:26 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Licenciamento Ambiental

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Licencia…
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1 – Introdução

Bem-vindo ao nosso estudo sobre Licenciamento Ambiental. Este estudo ajudará você a co-
nhecer mais sobre o licenciamento ambiental, uma ferramenta empregada no território brasi-
leiro, tem por objetivo exercer o controle prévio e acompanhar o curso de atividades que utili-
zam recursos naturais, que tenham potencial ou sejam poluidoras, ou ainda, possam causar
degradação do meio ambiente, conforme a Lei n.º 6.938 de 1981 (BRASIL, 1981) que trata da
Política Nacional de Meio Ambiente. Sobre a definição de licenciamento ambiental o Conselho
Nacional do Meio Ambiente (Conama), na Resolução n.º 237, de 1997, Art. 1.º, destaca:

I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão


ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a ope-
ração de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as dis-
posições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.

II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental com-


petente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambien-
tal que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurí-
dica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou ativida-
des utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencial-
mente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar de-
gradação ambiental. (BRASIL, 1997).

 
Portanto, os procedimentos de licenciamento ambiental são emitidos pelo poder público, con-
cebido por órgãos ambientais. Ao empreendedor compete a obrigatoriedade e responsabili-
dade de buscar o licenciamento ambiental, desde as etapas iniciais de planejamento até a
efetivação da instalação e funcionamento, junto aos órgãos competentes. O licenciamento
ambiental é uma exigência legal, tem prazo de validade determinado e regras a serem segui-
das e configura-se uma importante ferramenta da Política Nacional de Meio Ambiente.

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29/01/2022 12:26 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Licenciamento Ambiental

Ao obter a licença, o empreendedor assume a responsabilidade e compromisso de conservar


a qualidade ambiental do local onde está instalado, harmonizando o desenvolvimento econô-
mico ao uso sustentável dos recursos naturais. Os licenciamentos possibilitam ao poder pú-
blico o controle das atividades que utilizam recursos naturais, especialmente aquelas com po-
tencial de interferência na qualidade ambiental.

  

2 – Tipos de licença e atividades sujeitas ao licenciamento

A solicitação do licenciamento ambiental é o primeiro passo para comprovar o compromisso


do empreendimento com a preservação ambiental e cumprimento da legislação vigente (Lei
no 6.938/1981), bem como dar ciência ao poder público sobre a atividade proposta.

Todas as empresas devem ter a licença ambiental para atuar, exceto aquelas que não estão
listadas no Anexo I - Resolução Normativa Conama n° 237/1997, como: empresas que reali-
zam atividades com baixíssimos impactos ambientais; ou ainda, aquelas que possuem com-
provante de dispensa do licenciamento, por órgão competente (BRASIL, 1997).

Conforme a Resolução Conama no 237/1997, em seu Art. 8.º, às três principais modalidades
de licenciamento ambiental são: licença prévia (LP), licença de instalação (LI) e licença de
operação (LO) (BRAISL, 1997). Essas três fases ou tipos de licenças diferem entre si, cada
uma refere-se a uma etapa distinta do processo, e segue uma sequência lógica e ordenada
de afazeres que possibilitam a empresa receber, dos órgãos fiscalizadores do meio ambiente,
em âmbito municipal ou estadual, a concessão de operação.

Quando ocorrer a solicitação de LI, ou licença de regularização de empreendimento em fase


de instalação, ou ainda, LO que não possui a licença, o órgão ambiental deverá especificar os
estudos ambientais que deverão ser realizados e apresentados como condição para a con-
cessão de licença. Os estudos ambientais serão realizados com o objetivo de avaliar os as-
pectos do meio ambiente relacionados a localização, instalação, operação e ampliação de um
empreendimento ou de uma atividade, elaborado com a finalidade de subsidiar a análise da
licença requerida, conforme Resolução Conama 237/1997, Art. 1.º, III. (BRASIL, 1997).

A eficiência do licenciamento ambiental está no conjunto de procedimentos adotados para o


desenvolvimento do processo de levantamento das informações, pelo órgão licenciador, obje-
tivando esgotar as informações e o conhecimento sobre o projeto, que lhe foi submetido.
Diante dos dados, fatos e argumentos deverá ser tomada a decisão possibilite o menor im-
pacto possível sobre o meio ambiente, considerando todos os elementos fornecidos pelo
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impactos Ambiental (RIMA), ou não.
Próxima
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29/01/2022 12:26 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Licenciamento Ambiental

 
  3 – Estudo de Impacto Ambiental (EIA)

As ações humanas tem potencial de gerar consequências ambientais. Para conter o potencial
de danos e garantir a conservação ambiental e de seus recursos ecologicamente equilibrados,
foram criadas diferentes leis e políticas ambientais. Neste cenário, o Estudo de Impactos
Ambientais (EIA) é uma das ferramentas de controle preventivo para medir e avaliar as impli-
cações e consequências ambientais resultantes de um determinado empreendimento, ação
ou projeto. 

O EIA, de acordo com o estabelecido pela legislação ambiental brasileira – normatizado pela
Resolução Conama n.º 001/1986, complementada, pela Resolução Conama n.º 237/1997 - é
um documento de natureza técnica, direcionado à sustentabilidade, que visa apresentar, em
detalhes, as informações sobre um conjunto de informações, levantadas por especialistas da
área, referentes ao empreendimento e o meio ambiente local.

A partir do EIA é possível fazer as recomendações sobre as condições de implementar a obra,


com vistas a mitigar, compensar e, até mesmo, eliminar as causas potenciais de impactos am-
bientais e garantir o uso sustentável dos recursos naturais. No decorrer da primeira fase do
processo de licenciamento ambiental a elaboração do EIA e respectivo Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA) são obrigatórios, sobretudo, se o empreendimento apresentar potencial de
degradação ou poluição ambiental.

No decorrer do EIA são levantadas as informações pertinentes ao empreendimento ou pro-


jeto, que serão especificadas em sua magnitude e apresentadas no laudo ou relatório.

 
4 – Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)

​  RIMA é estabelecido pela legislação ambiental brasileira – normatizado pela Resolução n.º
O
001/1986 do Conama e, complementarmente, pela Resolução n.º 237/1997 -, trata-se de do-
cumento ou relatório conclusivo do EIA. Este relatório faz a interação entre as etapas operaci-
onais do empreendimento e o Meio Ambiente. Ele reflete as conclusões relativas ao levanta-
mento de campo (EIA) para que o órgão responsável realize a análise com objetivo de apro-
var o licenciamento ambiental do empreendimento ou projeto.

Sempre que houver necessidade de produzir um EIA também haverá a necessidade de um


RIMA. Desenvolver um relatório de Impacto Ambiental não significa fazer um resumo do EIA,
nem poderia ser, pois, as demandas de ambos diferem, são dois documentos
Próxima distintos e cada

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29/01/2022 12:26 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Licenciamento Ambiental

um tem a função de atender diferentes demandas e particularidades, mesmo que os objetivos


sejam complementares.

No caso do EIA, seu objeto é realizar o diagnóstico das potencialidades naturais e socioe-
conômicas, bem como identificar possíveis impactos do empreendimento e as prováveis medi-
das propostas para mitigar, compensar e controlar esses impactos. Enquanto ao RIMA com-
pete apresentar as informações essenciais, de modo que a população tenha clareza e conhe-
cimento das vantagens e desvantagens do empreendimento e as consequências ambientais
de sua implementação.

De modo geral, o EIA é um documento técnico, o Rima um relatório gerencial. Ambos,


EIA/RIMA, são instrumentos presentes na avaliação de empreendimentos e projetos com
maior potencial de danos ao meio ambiente.

 
 
 
 
Atividade extra

Leitura do anexo da Resolução n. 237/1997 disponível em:


<http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em: 31 mai. 2021.

_____. Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. DOU,
Poder Executivo, Brasília, DF, 02 set. 1981. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021.

 
 
Referência Bibliográfica

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução no


237, de 19 de dezembro de 1997. DOU, Poder Executivo, Brasília, DF, 19 dez. 1997.
Próxima
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29/01/2022 12:26 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Licenciamento Ambiental

Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html>. Acesso em:


31 mai. 2021.

_____. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução


Conama n.º 1, de 23 de janeiro de 1986 que dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais
para a avaliação de impacto ambiental. DOU, Poder Executivo, Brasília, DF, 17 de fevereiro de
1986, Seção 1, p. 2548-2549. Disponível em:
<http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html>. Acesso em 14 abr. 2021

_____. Lei n.o 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. DOU,
Poder Executivo, Brasília, DF, 02 set. 1981. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 12 abr. 2021.
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29/01/2022 12:38 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gerenciamento de Riscos de Desastres

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Gerencia…
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Os desastres naturais e tecnológicos proporcionam grandes impactos na sociedade. Estes


eventos, podem causar grave perturbação ao funcionamento de uma comunidade, provo-
cando na sua grande maioria perdas e danos humanos, bem como nas esferas econômicas e
ambientais (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012). No Brasil, ocorrem diferentes
tipologias de desastres, em muitas localidades são comuns eventos de cheias, conhecidos
como inundações graduais ou popularmente definidas como enchentes (Figura 1).

Figura 1 – Evento de inundação


Imagem de Hans Braxmeier por Pixabay
Para compreender a concretização desses eventos, devemos conhecer como se originam os
riscos de desastres. Para tanto, é importante definir a palavra risco. De acordo com Porto
(2000) risco, no âmbito da segurança do trabalho, é apresentado como toda e qualquer possi-
bilidade existente para que um elemento ou determinada circunstância, num dado processo e
ambiente de trabalho, possa vir a causar danos à saúde. Esses danos podem ser originados
por acidentes, doenças ou ainda através da própria poluição ambiental.

No aspecto dos riscos de desastres, com base nesta mesma afirmação apresentada Porto
(2000) de que os riscos podem ser definidos como uma probabilidade da ocorrência de um
dano, temos a seguinte equação apresentada por Narváez, Lavell e Ortega (2009):

 
Risco = Ameaça x Vulnerabilidade x Exposição. Próxima
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29/01/2022 12:38 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gerenciamento de Riscos de Desastres

 
 Em outras palavras, podemos citar que para que um risco se consolide em um desastre, é
necessário existir uma ameaça, uma vulnerabilidade e a presença da exposição humana inte-
ragindo entre si.

Assim, a fórmula proposta por Narváez, Lavell e Ortega (2009), traz a seguinte situação: se
em determinada região acontecer um elevado evento de precipitação e nessa localidade o re-
levo com solo exposto apresentar uma considerável inclinação. A saturação do solo devido à
alta quantidade de água proveniente da chuva, pode ocasionar um deslocamento de massa e
assim promover o movimento do solo. Causando impactos locais para as espécies daquela
localidade.

Neste caso, podemos constatar que a alta taxa de precipitação é considerada como uma
ameaça, em virtude da inclinação do relevo, que configura uma vulnerabilidade.

No aspecto do desastre natural, além destes fatores, os seres humanos devem estar presen-
tes no sistema. Ou seja, se naquela região ocorrer em conjunto da precipitação elevada, re-
levo com solo exposto com considerável inclinação e a presença de humanos vivendo nas
proximidades, que poderiam ser nas encostas, temos o elo final para a concretização desta
cadeia de eventos.

Caso a localidade venha a deslizar o impacto será direto na população humana. Com base
nessa informação, podemos concluir que o desastre natural só se concretiza quando temos a
exposição da população.

Cabe enfatizar que no Brasil a Codificação Brasileira de Desastres COBRADE, define de


acordo com a normativa nº 01, de 24 de agosto de 2012, os desastres de maneira ampla
como resultado de eventos adversos, podendo ser naturais ou provocados pelos seres huma-
nos sobre um cenário vulnerável (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2012).

          Assim, os desastres podem ser classificados de acordo com a sua origem ou causa pri-
mária do agente causador. Podendo ser (1) desastres naturais, conforme descrito no texto an-
terior, aqueles deflagrados por processos ou fenômenos naturais. E (2) desastres tecnológi-
cos, conceituados como aqueles desencadeados por condições tecnológicas ou industriais,
incluindo neste grupo os acidentes, procedimentos perigosos, falhas na infraestrutura ou ativi-
dades humanas específicas, que podem gerar danos (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO
NACIONAL, 2012).

Por estarem presentes no cotidiano das sociedades, diferentes estratégias são apresentadas
para contrapor a problemática dos desastres. Dentre elas temos as ações da gestão de riscos
Próxima
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29/01/2022 12:38 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gerenciamento de Riscos de Desastres

de desastres, que são organizadas por um conjunto de cinco medidas que podem ser realiza-
das em conjunto com à comunidade, sendo (1) prevenção, (2) mitigação, (3) preparação, (4)
resposta e (5) reconstrução (BRASIL, 2012). De acordo com o decreto 10.593 de 24 de de-
zembro de 2020, compreende-se como ações de (1) prevenção, medidas direcionadas para a
otimização de ações que evitem a conversão de risco em desastre; (2) mitigação, medidas
aplicadas para reduzir ou evitar os riscos de desastres;  (3) preparação, medidas direcionadas
a potencialização de ações de respostas, as quais proporcionem minimizar danos e perdas;
(4) resposta, medidas emergenciais, empregadas durante ou após a ocorrência do desastre,
com o objetivo de socorrer a população e (5) recuperação, medidas aplicadas após a passa-
gem de desastre, com vistas a reestabelecer a normalidade no sistema impactado.

 Além destas ações, que são descritas na PNPDEC, Lei 12.608 de 2012, os autores Narváez,
Lavell e Ortega (2009) comentam sobre uma sexta ação, definida como geração de conheci-
mento. Esta por sua vez, é importante ao promover conhecimentos por meio das experiências
das demais ações descritas acima.

 
 
Atividade extra

 
Assista ao vídeo: Tragédia na região serrana do Rio completa 10 anos e 103 vítimas ainda es-
tão desaparecidas: <https://www.youtube.com/watch?v=vXShSwJiMvg>

Assista ao documentário: 

Brumadinho: o documentário da BBC (PARTE 1) Disponível em: <


https://www.youtube.com/watch?v=YIN02W40UTE> 

Brumadinho: o documentário da BBC (PARTE 2) Disponível em: <


https://www.youtube.com/watch?v=TUlq8pjOU4U>

 
 
 
Próxima
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29/01/2022 12:38 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Gerenciamento de Riscos de Desastres

Referência Bibliográfica

 
BRASIL.  Ministério do Trabalho e Emprego. NR 09 – Programa de prevenção de riscos
ambientais, 2019. Disponível em:
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-09-atualizada-2019.pdf
Acesso em: 27 abril 2021.

______. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012 - Institui a Política Nacional de Proteção e


Defesa Civil - PNPDEC. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11. abril, 2012.

______. Decreto nº 10.593, de 24 de dezembro de 2020. Dispõe sobre a organização e o fun-


cionamento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e do Conselho Nacional de
Proteção e Defesa Civil e sobre o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil e o Sistema
Nacional de Informações sobre Desastres. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 dez.,
2020.

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Manual de Desastres: Desastres Humanos.


Parte I – Brasília: MI, 2003.  Disponível:  http://www.defesacivil.rj.gov.br/images/sedec-
arquivos/7_destecnologicos.pdf

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL. Instrução Normativa no 01, de 24 de agosto de


2012. Estabelece procedimentos e critérios para a decretação de situação de emergência ou
estado de calamidade pública pelos municípios, estados e pelo distrito federal, e para o reco-
nhecimento federal das situações de anormalidade decretadas pelos entes federativos e dá
outras providências. Diário Oficial da União, 2012.

NARVÁEZ, L.; LAVELL, A.; ORTEGA, G. P. La Gestión del Riesgo de Desastres: Un enfoque
basado en procesos. 1a ed. Lima: Secretaría General de la Comunidad Andina, 2009.
Disponível em: <http://www.comunidadandina.org/predecan/doc/libros/procesos_ok.pdf>.
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Porto M. F. S. Análise de riscos nos locais de trabalho: conhecer para transformar. Cad
Saúde  Trab. 2000.  Disponível em: 
<http://normasregulamentadoras.files.wordpress.com/2008/06/riscos_trabalho.pdf> Acesso
em: 27 abril 2021.

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29/01/2022 12:53 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Poluição atmosférica

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Poluição …
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1 – Introdução

Bem-vindo ao nosso estudo sobre Poluição Atmosférica ou do Ar. Este estudo ajudará você a
conhecer mais sobre a poluição do ar, ocasionada pelo lançamento de alguma substância na
atmosfera, pela sua concentração apresenta potencial de contaminação humana e ambiental.
O homem que vive em sociedade, produz lixo continuamente, assim como outros resíduos
que poluem o meio ambiente, inclusive o ar.

O termo poluição refere-se às alterações provocadas no meio ambiente, gerada por um ou


mais fatores danosos, com capacidade de causar a degradação ambiental e perdas, ainda
que relativas, da qualidade de vida em consequência de alterações no meio natural.

De acordo com a Resolução nº 491/2018, Art. 2.º, a definição de poluente atmosférico é:

I – [...] qualquer forma de matéria em quantidade, concentração, tempo ou


outras características, que tornem ou possam tornar o ar impróprio ou no-
civo à saúde, inconveniente ao bem-estar público, danoso aos materiais, à
fauna e flora ou prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade ou às
atividades normais da comunidade; (BRAIL, 2018).

 
Há uma grande variedade de substâncias que podem causar a poluição atmosférica, desde
gases e partículas sólidas ou líquidas, de origem natural (vulcões, neblina, grãos de pólen, de-
composição e outros), ou artificial, resíduos das atividades antrópicas lançadas na atmosfera
(queima de combustíveis fosseis, mineração, queimadas, uso de aerossóis, etc.), que podem
ser nocivas à saúde humana e ambiental. Portanto, a poluição atmosférica é causada por múl-
tiplos fatores e está entre os maiores riscos ambientais. Poluente atmosférico é, portanto, toda
substância presente no ar com capacidade de torná-lo impróprio e prejudicial à saúde humana
e ambiental.

 
2 – Tipos de poluição do atmosférica
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29/01/2022 12:53 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Poluição atmosférica

 
O lançamento de substâncias na atmosfera ocasiona a poluição do ar pelos chamados polu-
entes atmosféricos. Eles existem em forma de gases ou partículas originárias, e podem ser
classificadas em fontes naturais (grãos de pólen) ou fontes artificiais, originadas pelas ativida-
des antrópicas (queimadas, gás metano resultante do processo digestivo de animais).

Sobre as formas de dispersão da poluição, elas dividem-se em duas formas: fontes fixas ou
estacionárias e fontes móveis ou difusas. As fontes fixas produzem cargas pontuais e concen-
tradas de poluentes, em local fixos. As fontes de poluição móveis, compostas por processos
naturais ou artificiais em movimento, emitem cargas difusas na atmosfera.

Entre as fontes mais significativas de poluentes atmosféricos encontra-se o material particu-


lado, originado pela queima de biomassa, com procedência animal e vegetal, bem como a
queima de combustíveis fosseis, petróleo e derivados, por veículos automotores e as indús-
trias presentes nos grandes centros urbanos.

A poluição atmosférica pode ocorrer em diferentes escalas, desde microambientes, por exem-
plo, residências, e pode estender-se em diferentes proporções até chegar a escala global,
como é o caso do efeito estufa e redução da camada de ozônio. Oportuno salientar que a di-
mensão do consumo humano, na sociedade moderna, predispõe as condições de ampliar a
emissão de poluentes atmosféricos com possibilidades de causar outros efeitos danosos, em
todos os níveis, inclusive globais. 

 
3 – Classificação dos poluentes atmosféricos

 
A variedade de substâncias poluentes que podem ser encontradas na atmosfera é vasta, con-
dição que dificulta a possibilidade de compor uma classificação (ESPIRITO SANTO, 2006). Os
agentes poluidores do ar podem ser divididos ou classificados em poluentes primários e se-
cundários, também são classificados por sua composição (orgânicos e inorgânicos) e seu es-
tado físico (material particulado, gases e vapores.

Os poluentes primários são aqueles emitidos e lançados diretamente por uma fonte de polui-
ção (veículos). Já os poluentes secundários formam-se na atmosfera, onde passam por rea-
ções químicas, ou seja, são formados a partir da interação do meio com o poluente primário,
portanto, constituintes naturais da atmosfera.
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Os poluentes atmosféricos orgânicos, tem como principal elemento de sua composição o car-
bono (por exemplo, os hidrocarbonetos compostos somente de carbono e hidrogênio). Em re-
lação ao estado físico, os gases, em condições normais de temperatura e pressão, não so-
frem condensação e são encontrados no estado gasoso.

Em condições normais de pressão e temperatura, os vapores têm possibilidade de condensa-


ção. Partículas, em estado sólido ou líquido, formam uma complexa mistura denominada ma-
terial particulado que pode ser formado na atmosfera ou por fontes poluidoras primárias. Para
quantificar o nível de poluição atmosférica, é necessário seguir a classificação das substân-
cias usualmente consideradas poluidoras.

Quando se determina a concentração de um poluente na atmosfera, mede-


se o grau de exposição dos receptores (seres humanos, outros animais,
plantas, materiais) como resultado final do processo de lançamento deste
poluente na atmosfera a partir de suas fontes de emissão e suas interações
na atmosfera, do ponto de vista físico (diluição) e químico (reações quími-
cas) (ESPIRITO SANTO, 2006, p. 13).

 
Portanto, as substâncias consideradas poluentes não são as únicas a ser consideradas no
processo de contaminação atmosférica, é necessário considerar outros parâmetros, também
relevantes, como: as fontes de emissão, o grau de exposição dos receptores, e a concentra-
ção dos poluentes e sua interação. 

 
4 – Padrões de qualidade do Ar

 
Os padrões de qualidade do ar referem-se a uma normatização ou regulamento que estabe-
lece as formas de gerenciar a qualidade do ar, definindo a concentração máxima permitida de
cada poluente atmosférico. São esses valores de concentração que estipulam os padrões de
qualidade ideias para a preservação da saúde humana e ambiental, devido os riscos da
poluição.

Cada nação tem seus padrões de regulamentação da qualidade do ar. O Conselho Nacional
de Meio Ambiente (Conama) é órgão responsável pela regulamentação dos padrões de quali-
dade do ar brasileiro. Compete ao Conama, cuidar da preservação ambiental e dos recursos
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naturais, criando normas, regulamentar e determinar os padrões de qualidade do ar, zelando


pela significativa qualidade de vida humana e ambiental.

A poluição atmosférica é assunto de longa data. No Brasil, a Resolução Conama no 05 de 15


de junho de 1989, dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da Poluição do Ar
(PRONAR) com a estratégia de “[...] limitar, a nível nacional, as emissões por tipologia de fon-
tes e poluentes prioritários, reservando o uso dos padrões de qualidade do ar como ação com-
plementar de controle.” (BRASIL, 1989). A Resolução no 491/2018, é complementar à
Resolução no 05/1989, e define em seu Art. 2º:

II - padrão de qualidade do ar: um dos instrumentos de gestão da qualidade


do ar, determinado como valor de concentração de um poluente específico
na atmosfera, associado a um intervalo de tempo de exposição, para que o
meio ambiente e a saúde da população sejam preservados em relação aos
riscos de danos causados pela poluição atmosférica; [...]. (BRASIL, 2018).

                                                 

A qualidade do ar é avaliada pelo Conama, por medições realizadas no ambiente para identifi-
car seu índice qualitativo. O levantamento quantifica a presença ou não de substâncias polui-
doras. São sete substâncias, classificadas entre agentes poluidoras primárias e secundárias,
consideradas as principais poluentes ao meio ambiente, denominadas indicadores. As subs-
tâncias agentes poluidoras são: partículas inaláveis (PM10) e partículas totais em suspensão
(PTS); bem como fumaça; dióxido de enxofre (SO2); monóxido de carbono (CO); e Dióxido de
Nitrogênio (NO2); além do Ozônio (O3).

Esse grupo de poluentes é usado como referência da qualidade do ar, pois seus malefícios à
saúde humana são comprovados e com base nesses parâmetros, são realizadas medidas
que objetivam monitorar a qualidade atmosférica. Caso uma das sete substâncias, considera-
das indicadoras, ultrapassarem o limite de concentração permitida de poluente, estará cau-
sando agravos à saúde pública, pois estarão em risco à integridade humana e ambiental.

Vale lembrar que a qualidade atmosférica é resultado dos processos dinâmicos e interativos
do sistema atmosférico, um complexo conjunto de fatores com destaque a dimensão das
emissões, topografia, relevo e meteorologia, condições que interferem na dispersão das
substâncias.

 
5 – Efeitos da poluição atmosférica na saúde humana e ambiental
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A poluição atmosférica está entre os principais fatores de risco à saúde, principalmente pela
expansão dos grandes centros urbanos e o crescimento populacional, o que contribui, e muito,
para a má qualidade do ar. É fato, todas as populações estão exposta aos poluentes atmosfé-
ricos, em menor ou maior proporção, dependendo do local que habita.

A interação entre as fontes de poluição e a atmosfera vão definir o nível de qualidade do ar,
responsável pelo aparecimento de efeitos adversos da poluição atmosférica sobre os recepto-
res (seres vivos e materiais). Diversos estudos que abordam a poluição atmosférica e seus
efeitos na saúde humana e ambiental comprovam que, as substâncias poluentes causam con-
sequências aos organismos vivos, ainda que as concentrações estejam em níveis inferiores
aos determinados pela legislação. Entre as substâncias poluentes, o material particulado des-
taca-se, está entre os principais, é extremamente nocivo à saúde humana.

Oportuno lembrar que, a exposição humana e ambiental aos poluentes atmosféricos tem im-
plicações acentuadas e plurais quanto à sua abrangência. Essa condição é global, está pre-
sente em países em desenvolvimento ou desenvolvidos, e a população, doentes ou não, sofre
as consequências, que podem levar a morte, devido os efeitos da poluição atmosférica no or-
ganismo. Entre as implicações à saúde estão, principalmente, doenças pulmonares crônicas,
enfisemas, cardiovasculares, além de câncer.   

Diante do cenário que envolve a poluição atmosférica e seus impactos à saúde humana e am-
biental, devido a exposição contínua, constata-se a necessidade urgente de ações e práticas
preventivas como economia de energia e otimização da estrutura energética; sensibilização,
conscientização e capacitação humana; monitoramento contínuo dos níveis de poluentes do
ar; e gerar novas tecnologias a fim de evitar o agravamento da situação. 

 
 
 
Atividade extra

Causas e consequências da poluição atmosférica para a saúde humana e o meio ambiente.


Disponível em: < https://youtu.be/Mpu0_QifoHo>. Acesso em: 14 abr. 2021.

O Relatório de Qualidade do Ar das regiões monitoradas no Estado do Espírito Santo.


Disponível Próxima em:

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<https://iema.es.gov.br/Media/iema/CQAI/Relatorios_anuais/IEMA_CQAI_Relat%C3%B3rio_A
nual_da_Qualidade_do_Ar_2019.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2021.

Anexo 1 - Resolução n.º 491, de 19 de novembro de 2018. Dispõe sobre padrões de quali-
dade do ar. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/web/guest/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content
/id/51058895/do1-2018-11-21-resolucao-n-491-de-19-de-novembro-de-2018-51058603>.
Acesso em: abr. 2021.

 
 
 
 
Referência Bibliográfica

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama.


Resolução n.º 491, de 19 de novembro de 2018. Dispõe sobre padrões de qualidade do ar.
DOU, 21 nov. 2018, 233, Seção 1, p. 155. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/web/guest/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content
/id/51058895/do1-2018-11-21-resolucao-n-491-de-19-de-novembro-de-2018-51058603>.
Acesso em: abr. 2021.

_____. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente – Conama.


Resolução no 05 de 15 de junho de 1989. Dispõe sobre o Programa Nacional de Controle da
Poluição do Ar (PRONAR). Disponível em: <http://www2.mma.gov.br/port/conama/>. Acesso
em: abr. 2021.

ESPIRITO SANTO. Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA.


Relatório da qualidade do ar na região da grande Vitória. IEMA. Cariacica (ES), 2005.

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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Poluição …
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O solo é um dos bens mais preciosos para a manutenção da vida na Terra (Figura 1). Muitos
seres vivos dependem exclusivamente deste recurso. Por isso, manter esse meio equilibrado
é fundamental para a manutenção da qualidade da vida.

Um dos maiores problemas está na poluição deste ambiente, que causa consequências de-
sastrosas, com impactos diretos na vida das populações humanas. Para minimizar essas
ações, algumas leis surgiram no Brasil com intuito de priorizar a manutenção da qualidade dos
solos.

Em 1975 surge a lei nº 6.225 que entre seus objetivos, descreve que algumas terras somente
poderão ser cultivadas ou utilizadas para fins econômicos mediante a aplicação de planos de
proteção ao solo, especialmente no que tange o combate à erosão (BRASIL, 1975).  

Atualmente o que vigora na proteção dos solos é o Programa Nacional de Microbacias


Hidrográficas (PNMH). Este programa é supervisionado pelo Ministério da Agricultura.   Seu
objetivo visa promover o aproveitamento agropecuário, por meio da adoção de práticas que
favoreçam o uso racional dos recursos naturais renováveis. Buscando evitar a sua degrada-
ção e ao mesmo tempo favorecer o aumento sustentável da produção e produtividade agrope-
cuárias (BRASIL, 1987).

Figura 1 – Solo sendo preparado para o plantio.


Imagem de StockSnap por Pixabay
Das atividades desenvolvidas no Brasil que impactam diretamente o solo, conforme discutido
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anteriormente, uma delas é a agropecuária.  Na agricultura alguns fertilizantes e pesticidas
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são utilizados para melhoramento das produções. Todavia, esses produtos trazem con-
sequências desastrosas, pois alguns elementos químicos podem ficar contidos no solo ou se-
rem carregados pela água.  

Um dos principais efeitos é o acúmulo de metais pesados no solo, que podem ficar na área
por anos ou podem ser bioacumulados por organismos dentro de uma cadeia alimentar.
Geralmente apresentando-se em maiores concentrações nos organismos do topo da cadeia
alimentar (predarores).  Esses elementos podem interagir de diferentes formas com os indiví-
duos, e no aspecto mais complexo podem causar graves danos que levam a morte.

Este é um dos motivos pelos quais os solos devem ser conservados, mantendo suas caracte-
rísticas naturais. Portanto, é necessário que sejam observados diferentes indicadores para
averiguar a qualidade do solo. Entre eles os principais são os biológicos, físicos e químicos.
Com base nestes indicadores é possível observar a atual qualidade do solo e procurar realizar
alterações necessárias para melhorá-la.

Um exemplo da grave consequência que a contaminação neste ambiente pode causar em um


local de trabalho, está na poluição provocada pela falta de saneamento básico. Partículas or-
gânicas ao serem lançadas diretamente sobre o solo sem ter o devido tratamento, podem pro-
vocar o acúmulo de microrganismos nocivos à saúde humana. Com as chuvas, o efeito da
percolação e lixiviação da água, promove que esses microrganismos como as bactérias
Escherichia coli possam ser levadas até lençóis freáticos e rios causando a contaminação
destes recursos.

Eventualmente se a água for utilizada para a irrigação de plantas ou para consumo, não
sendo previamente tradadas, podem causar a contaminação de trabalhadores provocando
consequências graves, como infecções intestinais e urinárias.   

Além da problemática da poluição do solo, que causam consequências diretas a saúde hu-
mana. Outro desafio está na manutenção da qualidade do solo. Muitas atividades humanas
estão constantemente causando impactos que promovem a destruição do solo. Dentre elas os
desmatamentos e queimadas, que possibilitam a desertificação. Bem como a aplicação de
técnicas de agricultura insustentáveis que promovem as escassezes de recursos, impossibili-
tam a manutenção do cultivo de algumas espécies vegetais. Apesar de não serem considera-
das formas de poluição essa degradação do solo promove impactos na qualidade de vida dos
trabalhadores. 

 
 
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Atividade extra

 
Assista ao documentário Rio de Lama em 360º Sobre a Tragédia em Mariana-MG disponível
em: https://youtu.be/YoG_msiQsKU

Assista ao vídeo: Vamos falar sobre solos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?


v=e8uqY0Aqcf0

Assista ao vídeo: Aprenda mais sobre Solos Disponível em: https://www.youtube.com/watch?


v=lBRFa_cMfG8

 
 
 
Referência Bibliográfica

 
ARAÚJO, E. A. de. et al. Qualidade do solo: conceitos, indicadores e avaliação. Revista
Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias, v. 5, n. 1, p. 187-206, 2012

BRASIL. Decreto nº 94.076, de 05 de março de 1987. Institui o Programa Nacio-nal de


Microbacias Hidrográficas e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa
do Brasil, Brasília, DF, 05 mar. 1987.

BRASIL. Lei nº 6.225, de 14 de julho de 1975. Dispõe sobre discriminação, pelo Ministério da
Agricultura, de regiões para execução obrigatória de planos de proteção ao solo e de combate
à erosão e dá outras providências. Diário Oficial [da] Republica Federativa do Brasil,
Brasília, DF, 14 jul. 1975.

IBGE. Sinopse do censo demográfico, 2021. Disponível em: <.


https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=4&uf=00>

Acesso em: 27 abril 2021

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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção do meio ambiente - Poluição …
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1 – Introdução

Bem-vindo ao nosso estudo sobre Poluição Hídrica ou da água. Este estudo ajudará você a
conhecer mais sobre as questões relativas à poluição hídrica. O ciclo hídrico é essencial para
os organismos vivos, garante a circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a at-
mosfera, tendo a energia solar como principal impulsionador, associada à gravitação e rotação
da Terra.

O conceito de ciclo hidrológico, fazer referência ao movimento e à troca contínua de água, nos
distintos estados físicos, que se dá na Hidrosfera, entre a água presente na atmosfera, no
solo, na flora, e as águas superficiais e subterrâneas.

O contínuo fluxo de troca de água está diretamente relacionado ao sol. Ele fornece energia
para o transporte da água presente na superfície terrestre para a atmosfera, processo denomi-
nado evaporação, e à gravidade, cujo processo faz com que a água condensada precipite, ao
atingir a superfície terrestre, escoa até os córregos, rios e oceanos; ou ainda, pode infiltrar ou
percolar no solo até atingir as águas subterrâneas. Contudo, uma parte da água que precipita
não chega ao solo, fica retida na vegetação e irá evaporar.

A água que infiltra no solo poderá evaporar diretamente para a atmosfera e ser absorvida pela
vegetação e, posteriormente, devolvida a atmosfera pela transpiração, processo denominado
evapotranspiração, que ocorre em áreas onde o ar e a água dividem espaços com as partícu-
las do solo. Além disso, parte da água infiltrada poderá atingir a zona saturada, entrar na circu-
lação subterrânea, recarregar os aquíferos e contribuir com o aumento da água armazenada.

 
2 – Poluição Hídrica

Água, um recurso natural renovável, essencial à vida, em abundância na natureza, entretanto,


a parte disponível para consumo humano e uso comum é muito pequena. Assim, a Lei
Federal nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997, conhecida como Lei das Águas, instituiu a Política
Nacional de Recursos Hídricos, criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos e classificou a água como bem de domínio público, um recurso natural limitado e do-
tado de valor econômico (art.1º, I e II). Ainda, é oportuno mencionar que esse recurso (água)
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também é essencial para o desenvolvimento socioeconômico e produção de energia, contudo,


enfrentamos um enorme desafio: a poluição desse recurso natural.

As ações antrópicas ocasionam contaminação e poluição dos recursos hídricos de forma de-
sordenada, principalmente nas últimas décadas. Sperling (1993, p. 54) destaca que “As conta-
minações são originárias, principalmente do lançamento de águas residuais domésticas e in-
dustriais em rios e lagos. A poluição em um ambiente aquático envolve, processos de ordem
física, química e biológica”. Portanto, a água torna-se poluída quando sofre alterações em sua
composição e torna-se inutilizada, sem serventia para o consumo humano e demais ativida-
des essenciais.

Neste sentido, andamos na contramão das prerrogativas da Declaração Universal dos Direitos
da Água, que destaca em seu “Art. 7º. A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem
envenenada.” Organização das Nações Unidas – ONU (1992). Significa dizer que a água
deve ser utilizada com consciência e discernimento, preservando-a de modo a manter a quali-
dade das águas disponíveis para que todos possam usufruir dela.

O percalço está nas ações e atividades humanas, pois a poluição da água está diretamente
relacionada às formas de uso e ocupação do solo, a urbanização, a geração de efluentes[1]
domésticos e industriais, aos processos produtivos da pecuária e agricultura. A relação das
atividades desenvolvidas na área de abrangência de uma bacia hidrográfica estão relaciona-
das a risco de poluição, pois tudo que é gerado neste espaço acaba escoando para o leito do
rio.

Entre os poluentes mais comuns dos recursos hídricos estão, principalmente, bactérias, vírus,
parasitas, fertilizantes, agrotóxicos, medicamentos, nitratos, fosfatos, plásticos, resíduos fecais
e metais pesados. Por vezes, esses elementos podem ser invisível ou inodoros, portanto, não
modificam a coloração ou sabor da água. Por isso, é importante realizar o biomonitoramento,
uma ferramenta de avaliação da saúde dos ecossistemas de rios, que fornecerá elementos
para uma análise integrada da qualidade hídrica. Os dados físicos, químicos e biológicos obti-
dos no diagnóstico possibilitam conhecer a qualidade das águas das bacias hidrográficas, em
geral, usadas para o abastecimento humano e demais usos essenciais.

As causas da poluição da água podem ocorrer por fatores naturais, por exemplo, a filtração de
mercúrio presente na crosta terrestre, com capacidade de contaminar córregos, rios, lagoas,
barragens, lençóis freáticos e oceanos. Já os fatores artificiais ou antrópicos, mais comuns,
ocorrem devido às ações humanas no meio ambiente, trazem consequências negativas à
saúde humana, ambiental e econômica, por exemplo, perda dos recursos hídricos para o
abastecimento humano e demais usos essenciais, perda de habitat de diferentes espécies,
algumas em risco de extinção, entre outros.

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Nesse sentido, Luz (2010, p. 43) destaca que “[...] o homem demanda água de qualidade e
produz efluentes poluídos e poluidores que são lançados em corpos de água como rios, mar e
lagos, incapazes, muitas vezes, de processar e purificar naturalmente esta carga excedente
de poluição”. Esse é um dos percalços, o despejo cotidiano de lixo e esgotos, não tratados,
nos leitos dos rios, é responsável por uma fatia significativa da poluição das águas superfici-
ais, além de que o lançamento desses produtos, nos cursos d’água, aumentam a quantidade
de nutrientes provenientes de materiais orgânicos e causa a eutrofização, em geral, responsá-
vel pela morte de muitos organismos vivos.

Os ecossistemas naturais têm capacidade de decompor, até certo limite, a matéria orgânica
gerada pelas atividades humana. Porém, quando a entrada de efluentes orgânicos (industri-
ais, domésticos e outros que podem ser líquidos ou gasosos) resultantes da ação artificial ou
antrópica, são maiores que a capacidade de decomposição que ecossistema aquático possui,
surgem as transformações negativas e as consequências no meio ambiente.

A água é o recurso mais importante para a vida na Terra, por isso, é essencial evitar a sua po-
luição que se constitui em um grave problema socioambiental e econômico, logo, demanda de
ações imediatas, das esferas governamentais e de toda população.

 
3 – Efeitos da poluição hídrica na saúde humana e ambiental

Atualmente, a sustentabilidade dos recursos hídricos é um grande desafios à humanidade. O


desenvolvimento humano e suas ações, são responsáveis pela maior parcela de degradação
dos recursos hídricos, seja pelo aumento da concentração humana ou devido ao crescimento
das atividades econômicas. Essa condição constitui-se em um sério problema ambiental e de
saúde pública, ocasiona à escassez de água e limita o desenvolvimento econômico.

Com o crescimento da população humana e suas tecnologias, os impactos gerados nos recur-
sos hídricos aumentaram e passaram por diversificação, desde a produção e lançamento de
esgotos domésticos e industriais, a erosão dos solos pelos processos agrícolas e urbaniza-
ção, a edificação de obras como usinas hidrelétricas, desassoreamento de rios, drenagem, ca-
nalização e produtos químicos tóxicos, além de outros processos que alteram a qualidade da
água.

Esses processos, originários da ação humana, andam a passos largos, e tem trazido con-
sequências para o próprio homem, como: águas contaminadas e poluídas, escassez e au-
mento nas doenças e produção de alimentos, além do gravame das doenças à população,
comprometendo a saúde e o bem-estar físico. Para Ribeiro (2014) os principais problemas de
saúde estão associados a qualidade da água disponível à população, aliados a outros fatores.
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Nesse sentido, as iniciativas e articulações para integrar as questões ambientais à saúde, são
de longa data, “[...] como é o caso de mobilizações da sociedade frente à poluição das águas
e à exposição humana decorrente da contaminação química ambiental [...]”. (BRASIL, 2007,
p. 19).

Há mecanismos de transmissão de doenças relacionados a qualidade da água, dentre eles


está “[...] a ingestão, por meio do qual um indivíduo sadio ingere água que contenha compo-
nente nocivo à saúde e a presença desse componente no organismo humano provoca o apa-
recimento de doença.” (BRASIL, 2007, p.24). Além disso, “Um segundo mecanismo refere-se
à quantidade insuficiente de água, gerando hábitos higiênicos insatisfatórios e daí doenças re-
lacionadas à inadequada higiene – dos utensílios de cozinha, do corpo, do ambiente domici-
liar.” BRASIL, 2007, p. 24). Ainda, “Outro mecanismo compreende a situação da água no am-
biente físico, proporcionando condições propícias à vida e à reprodução de vetores ou reser-
vatórios de doenças.” (BRASIL, 2007, p. 24).

Os problemas causados, ao homem, por organismos presentes em mananciais hídricos, em


sua maioria, são micro-organismos como vírus, bactérias, protozoários e helmintos (vermes
intestinais), responsáveis por causar enfermidades a partir da ingestão da água contaminada,
condição que pode ser mitigada a partir do tratamento adequado de saneamento. Em relação
à falta de água para higiene pessoal, pode ser sanada pelo abastecimento de água potável.
Portanto, existe a necessidade de proteger o meio ambiente, especificamente, os recursos hí-
dricos, para tal, é necessário, no mínimo, atender os parâmetros de qualidade da água, con-
forme os limites estabelecidos pela legislação vigente.

Diante do contexto, pode-se constatar que o homem pode ser acometimento de doenças pro-
venientes da falta de qualidade e quantidade de água disponível. Além de que é na água po-
luída que estão os maiores riscos à saúde humana, afinal, não é possível ter qualidade de
vida sem consumir água de boa qualidade. Muitas doenças que afetam a população tem ori-
gem ou são transmitidas pela água de qualidade insatisfatória, principalmente em áreas, locais
ou regiões onde a infraestrutura é precária, por exemplo, em países em desenvolvimento.

De modo geral, os efeitos da poluição dos recursos hídricos causam danos à saúde humana e
ambiental, desde o empobrecimento dos ecossistemas aquáticos à contaminação da cadeia
alimentar, além de doenças e mortalidade dos seres vivos, em geral. Ainda, aliada aos riscos
da poluição hídrica tem-se a falta de conhecimento e informação, que também tem relação
com a persistência de doenças infecciosas. Verifica-se, no contexto, que são necessárias
ações que possibilitem melhorias na qualidade da água e nas condições de saúde à popula-
ção, para tal, é importante que os órgãos governamentais criem estratégias e, em conjunto
com a sociedade, as coloque em prática, efetivando melhores resultados.

 
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4 – Proteção dos recursos hídricos

O tema é proteção dos recursos hídricos é relevante e está intimamente relacionado com a
preservação e manutenção da vida na Terra. É fato, os organismos vivos dependem da água,
com relação direta com a saúde e esta faz conexão com a qualidade do recurso hídrico.
Diante da relevante importância da água, bem natural de uso comum, contudo não entendido
mais como infinito e em abundância, entende-se o destaque dado à proteção do meio ambi-
ente no texto constitucional, Art. 225, no caput consta: “Todos têm direito ao ambiente ecologi-
camente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, im-
pondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as pre-
sentes e futuras gerações.” (BRASIL, 1988).

Cerca de uma década após, em 1997, foi criada a lei no 9.433 que instituiu a Política Nacional
de Recursos Hídricos (PNRH) possibilitando a criação de instrumentos legais para efetivar a
proteção, estabelecendo a efetiva atuação do Poder Público. Assim, fica explicito que, no
Brasil, existem águas de propriedade particular, e bem de domínio público (lei no 9.433/1997).

A legislação evidencia que a água é pública e, principalmente a água doce, por ser escassa,
em consequência ao uso e poluição irracional ao nível global, possibilita realizar uma tutela
mais rígida em relação à preservação e proteção desse recurso, em âmbito nacional, sendo
essencial conservar desse recurso natural e finito com qualidade para os usos comuns das
gerações atuais e futuras, visando a manutenção da vida em todas as suas formas.

É fundamental a proteção dos recursos hídricos em todos os setores da sociedade, os seres


humanos e animais dependem da água para as necessidades vitais, como dessedentação,
higienização, saúde e qualidade de vida. A indústria, agricultura e pecuária necessitam da
água para a produção da matéria-prima e produtos, sem a disponibilidade desse recurso ha-
verá consequências como: aumento dos preços dos produtos e desemprego. Tanto a socie-
dade, quanto a economia e a natureza são afetadas negativamente, caso haja escassez ou
falta de água.

Em suma, existe a necessidade de aplicar rigorosamente todos os instrumentos legais de pro-


teção dos recursos hídricos, bem como sensibilizar e conscientizar a população acerca da im-
portância dos recursos hídricos e sua preservação, essencial para garantir a manutenção dos
cursos d’água e dos ecossistemas, para podermos, no futuro, ter qualidade de vida.

 
[1] Efluentes são os resíduos líquidos e gasosos resultantes das atividades humanas.

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29/01/2022 14:28 Exercícios - Proteção do meio ambiente - Poluição hídrica

 
 
Atividade extra

 
Agência Nacional das Águas (ANA). Ciclo hidrológico. Disponível em: <https://youtu.be/vW5-
xrV3Bq4>. Acesso em: 19 abr. 2021.

Poluição das águas. 2017. Disponível em: <https://youtu.be/bgnyH9cCApQ>. Acesso em: 21


abr. 2021.

 
 
 
Referência Bibliográfica

 
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Subsídios para construção da
Política Nacional de Saúde Ambiental. Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde.
Brasília, Ministério da Saúde, 2007. Disponível em:
<https://conselho.saude.gov.br/biblioteca/livros/subsi_miolo.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2021.

_____. Constituição da República Federativa do Brasil. DOU, Brasília, DF, 5 out. 1988.
Disponível em:
<https://bvc.cgu.gov.br/bitstream/123456789/3363/1/constituicao_da_republica_do.pdf>.
Acesso em: 12 mar. 2021.

DECLARAÇÃO Universal dos Direitos da Água. Histoire de L´Eau, Georges Ifrah, Paris,
1992. Disponível em:
<http://www.dhnet.org.br/direitos/direitosglobais/textos/direitos_aguas.html>. Acesso em 05
fev. 2021.

LUZ, E. M.S. Sistema de Tratamento e Abastecimento. Caderno de Estudos. Palhoça, SC:


Unisul Virtual, 2010. Próxima
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29/01/2022 14:28 Exercícios - Proteção do meio ambiente - Poluição hídrica

RIBEIRO, H. Saúde Pública e Meio Ambiente: evolução do conhecimento e da prática, alguns


aspectos éticos. Saúde e Sociedade, v. 13, n. 1, p. 70 – 80, 2004.

SPERLING, E. V. Considerações sobre a saúde de ambientes aquáticos. Bio, v.3 n. 2, p. 53-


66, 1993.

 
 

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29/01/2022 14:40 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Biossegurança

Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Biossegur…
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No ambiente de trabalho existem diversos riscos pelos quais os seres humanos podem estar
expostos. Muitas vezes, esses eventos não são observados, pois alguns trabalhadores não
possuem a percepção de que esses riscos podem causar situações que provocam danos di-
retos às suas vidas (Figura 1).

Figura 1 – Funcionário desenvolvendo atividade com elevado risco


Imagem de Jon Kline por Pixabay
Uma área que trabalha com esses potenciais riscos e apresenta estratégias para preveni-los
ou minimizá-los é a área da biossegurança. De acordo com o Ministério da Saúde (2010), a
biossegurança compreende um conjunto de ações destinadas à prevenção, controle, mitiga-
ção de riscos e a atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida e a
saúde humana.  Segundo a norma Técnica de Biossegurança para Laboratórios de Saúde
Pública (Portaria Nº 3.204, de 20 de outubro de 2010) biossegurança é definida como:

[...] condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas


a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar os fatores de risco inerentes às ativi-
dades que possam comprometer a saúde humana, animal e vegetal, o meio
ambiente e a qualidade do trabalho realizado (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2010).

Em outras palavras, é possível enfatizar que a biossegurança possibilita utilizar estratégias


para prevenir eventuais riscos que trazem consequência negativas aos seres humanos. Vale
destacar, que indiferente do ambiente em que estiver trabalhando, o profissional estará ex-
Próximados riscos ocupacio-
posto a fatores, que podem ocasionar danos. Assim, temos a definição
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nais, que são todos os riscos pelos quais os profissionais estão expostos em seu ambiente de
trabalho.

Existem cinco grupos de riscos ocupacionais. Dentre eles temos os riscos físicos, biológicos,
de acidentes, químicos e ergonômicos.  No ambiente de trabalho é muito importante realizar o
mapeamento desses riscos. Uma estratégia para isso é a elaboração de mapas de risco, con-
forme estabelecido na NR 05, por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, po-
pularmente conhecida como CIPA. Esse mapa, expresso de forma gráfica, possibilita apresen-
tar aos trabalhadores,de forma simples, os principais riscos e o seu grau, aos quais eles estão
expostos.

Quando não é possível realizar a neutralização desses riscos no ambiente de trabalho, é rele-
vante que sejam utilizados equipamentos de proteção. Dentre eles temos duas categorias,
uma descrita como EPCs, os Equipamentos de Proteção Coletiva e outra descrita como EPIs,
os populares Equipamentos de Proteção Individual.

Vale destacar, que o uso do EPI é indispensável nos ambientes em que o risco não pode ser
neutralizado. O empregador deve estar ciente e comunicar sobre o uso desses equipamentos
aos seus funcionários. Somente com o uso adequado desses recursos será possível evitar
inúmeros problemas que podem ocasionar danos ou até mesmo a perda de vidas humanas.

Um exemplo prático das observações destes riscos, são as atividades realizadas na agricul-
tura. Nesta área, os funcionários estão expostos a inúmeros fatores, dentre eles podemos ci-
tar, riscos mecânicos, químicos e biológicos. Portanto, o uso adequado desses equipamentos
de proteção pode proporcionar maior segurança para o desenvolvimento destas atividades.

Além do uso dos equipamentos, para promover melhores condições de trabalho aos funcioná-
rios, algumas normas podem ser utilizadas, entre elas temos a NR 31, que apresenta a segu-
rança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e aquicul-
tura. O Brasil é um país que apresenta grande expansão do setor agropecuário. Nesse ramo
temos a agricultura. Uma das atividades que mais poluem o solo. Todavia, apesar de saber
deste fato, um dos principais problemas está na segurança da qualidade de vida dos funcioná-
rios ao realizarem a aplicação de agrotóxicos. Portanto o empregador deve fornecer capacita-
ções que possibilitem ao empregado noções de percepção dos potenciais riscos ao manipular
esses elementos.

Cabe enfatizar que no Brasil existe a Lei n° 7.802 de julho de 1989 que dispõem dentre outras
informações, sobre a embalagem e rotulagem de agrotóxicos.  Apresentando as principais in-
formações que devem estar presentes nas embalagens para evitar potenciais riscos à saúde
humana, e de demais seres vivos.  Todavia informações relacionadas especialmente aos im-
pactos provocados dentro das cadeias alimentares, ou seja, nas interações ecossistêmicas,
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29/01/2022 14:40 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Biossegurança

não são obrigatórias de estarem apresentadas nas embalagens. E descrito na lei a impotência
de mencionar os efeitos prejudiciais sobre a saúde do homem, dos animais e sobre o meio
ambiente. Contudo é relevante salientar que as substâncias constituintes dos agrotóxicos ao
serem absorvidas por organismos vivos, podem ser transferidas por meio das interações entre
as espécies, impactando toda uma cadeia de seres dependentes deste fluxo de energia.

 
 
Atividade extra

Assista ao vídeo: Técnica de lavagem correta das mãos passo a passo. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6EFG_u41LpE

Leitura: SCHNEIDER D. R.S; GERVANUTTI M. 2014.  Instruções Básicas para a elaboração


de mapa de riscos. Disponível em: 
https://www.cipa.unicamp.br/pdf/instrues%20bsicas%20para%20elaborao%20de%20mapa%2
0de%20riscos%20-%20ok072c.pdf

 
 
 
Referência Bibliográfica

BRASIL. Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a


produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a
propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e
embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
seus componentes e afins, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 12
set., 1989.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de


Acidentes. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 2019. Disponível em:
https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-05.pdf.
Acesso em: 9 out. 2015.

Próxima
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29/01/2022 14:40 Exercícios - Proteção ao meio ambiente - Biossegurança

______. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 31 – Segurança e saúde no trabalho na


agricultura, pecuária silvicultura, exploração florestal e aquicultura, 2020. Disponível em:
https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-31-atuali-
zada-2020.pdf Acesso em: 11 out. 2015.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Biossegurança em saúde: Prioridades e estratégias de ação. 


2010 Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_saude_prioridades_estrategicas_ac
ao.pdf Acesso em: 25 abr. 2021.

______. Portaria nº 3.204, de 20 de outubro de 2010. Aprova norma técnica de biossegu-


rança para laboratórios de saúde pública. 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt3204_20_10_2010.html Acesso em: 25
abr. 2021.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Portaria n.º 25, de 29 de dezembro de 1994


Disponível em: 
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Legislacao/SST_Legislacao_Port
arias_1994/Portaria-n.-25-Aprova-a-NR-09-e-altera-a-NR-5-e-16.pdf Acesso em: 11 out. 2015.

SCHNEIDER D. R.S; GERVANUTTI M. Instruções Básicas para a elaboração de mapa de


riscos. UNICAMP. 2014. Disponível em: 
https://www.cipa.unicamp.br/pdf/instrues%20bsicas%20para%20elaborao%20de%20mapa%2
0de%20riscos%20-%20ok072c.pdf Acesso em: 26 abr. 2021. Estranhou essa explicação?

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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Saneame…
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1 – Introdução

Bem-vindo ao nosso estudo sobre Saneamento Básico. Este estudo ajudará você a conhecer
mais sobre as questões relativas ao Saneamento Básico. O desenvolvimento do saneamento
remontam às mais antigas culturas, é assunto de interesse da sociedade, visto que impacta
diretamente na vida dos cidadãos. Essas ações têm como objetivo alcançar a salubridade e,
em decorrência, saúde da população. As atividades relativas aos serviços de saneamento são
essenciais e com características de universalidade.

Saneamento básico é definido pelo Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) como
“conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de: abastecimento de água po-
tável [...]; esgotamento sanitário [...]; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos [...]; drena-
gem e manejo de águas pluviais urbanas [...]” (BRASIL, 2019, p. 24). O intuito, conforme o
conjunto de serviços, é preservar ou transformar as condições do meio ambiente com a inten-
ção de prevenir enfermidades e promover a saúde, proporcionar melhorias na qualidade de
vida da população, e à produtividade do indivíduo, bem como facilitar a atividade econômica.

A importância do saneamento básico nos remete aos Objetivos do Desenvolvimento


Sustentável (ODS), adotados pelo Brasil e pelos países-membro da Organização das Nações
Unidas (ONU). Os ODS cotem 17 objetivos e 169 metas a serem alcançados até o ano de
2030, com especificidade, o ODS 6 visa, “Garantir a disponibilidade e manejo sustentável da
água e saneamento para todos.” (BRASIL, 2021), esse objetivo está diretamente relacionado
ao tema saneamento básico, contudo, outros também tem aderência ao tema.

O ODS 6, tem como proposito assegurar que todos tenham acesso à água potável e sanea-
mento, independente da condição social, econômica e cultural, conforme destacam a meta 1 –
“Até 2030, alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todos”, e
meta 6.2 – “Até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos
para todos, e acabar com a defecação a céu aberto, com especial atenção para as necessida-
des das mulheres e meninas e daqueles em situação de vulnerabilidade”. (BRASIL, 2021).

O ODS 6, reforça um direito já assegurado a população brasileira na Constituição Federal


(1988), e reafirmado no Novo Marco Legal do Saneamento Básico, lei no 14.026, de 15 de ju-
lho de 2020 que regulamenta o serviço de saneamento básico no Brasil, que alterou e revo-
gou a lei nº 11.445/2007, entre outras.
Próxima
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De acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico (lei no 14.026/ 2020), Art. 3º:

“I - saneamento básico: conjunto de serviços públicos, infraestruturas e ins-


talações operacionais de: a) abastecimento de água potável [...]; b) esgota-
mento sanitário [...]; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos [...]; d)
drenagem e manejo pluvial das águas urbanas [...];” (BRASIL, 2020).

 
Portanto, o setor de saneamento básico é responsável pelos serviços de abastecimento de
água potável, coleta e tratamento de esgotos, bem como a efetivar a limpeza e manejo de re-
síduos sólidos (lixo), com vistas a atender toda a população brasileira, como explicitado nas
metas do Novo Marco Legal do Saneamento Básico. A lei no 14.026/2020, define em seu Art.
11B, a universalização do fornecimento de água potável para 99% da população e atender
90% da população com coleta e tratamento de esgoto, além de garantir a intermitência do
abastecimento, até o final de 2033 (BRASIL, 2020). As atividades de saneamento básico são
essenciais e no Brasil ainda há muito o que avançar para atingir as metas propostas pelo
Novo Marco Legal.

A falta de saneamento básico causa diferentes impactos à saúde humana e ao ambiente natu-
ral, seus serviços são essenciais para o desenvolvimento global e local, o que possibilita me-
lhorar a qualidade de vida das pessoas. Sua universalização e aperfeiçoamento tem potencial
para contribuir com a área da saúde, por exemplo, na redução de doenças, mortalidade de
vulneráveis, principalmente crianças e idosos; educação, empregabilidade e o turismo. Ainda,
será benéfico para o meio natural, pois, serão mitigados os prejuízos à fauna e à flora.
Portanto, os impactos e as agressões, tanto ao homem, quanto ao meio ambiente, serão re-
duzidos, além das possibilidades de ampliar os benefícios que contribuem na melhoria da
qualidade de vida.

No nosso cotidiano, por vezes, não nos damos conta da relevância do saneamento básico,
tampouco de sua presença em nossa vida. Porém, é por meio dele que ocorrem os serviços
de tratamento e distribuição da água que recebemos em nossa residência, a qual passa por
processo de tratamento físico e químico, tornando-a segura para o uso e consumo.

Ele (saneamento básico) é responsável pela coleta, tratamento e distribuição da água, assim
como a coleta e tratamento de esgotos gerados nas indústrias, residências e outros imóveis,
mantendo-os distantes da população e tratando-os para evitar que polua os recursos hídricos
e prejudique o ecossistema aquático e terrestre. Ainda, é responsável pelo manejo da água
pluvial (chuva) que é drenada e transportada até os mananciais hídricos, por meio das gale-
rias, o que evita alagamentos; e também pela coleta de resíduos sólidos em todos os imóveis,
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com o objetivo de manter o ambiente limpo, os quais podem ser destinados para a recicla-
gem, aterro sanitário ou usados na produção de energia elétrica.

No Brasil, as atividades deste setor remontam à década de 1970, quando o serviço era pres-
tado por órgãos públicos. No ano de 1971, o governo federal criou o Plano Nacional de
Saneamento (PLANASA). Mais de três décadas depois, em 2007, foi aprovada a lei de
Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico n° 11.445/2007, que regulamentou e estabe-
leceu diretrizes para o saneamento básico brasileiro, com o estabelecimento de metas e
ações para atingir a universalização do saneamento até 2033.

Atualmente, os próprios municípios são responsáveis por elaborar seu Plano Municipal de
Saneamento Básico (PMSB), apresentando as políticas públicas, planos e metas a serem
aplicadas no serviço setor. Eles são fiscalizados pelas Agências Reguladores e pelo Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), a partir de dados disponibilizados pelos
prestadores de serviço.

O desenvolvimento do saneamento básico, no Brasil, atualmente enfrenta diversos fatores li-


mitantes, entre os problemas está, principalmente, a relação entre a carência de saneamento
básico e a saúde, que tem como consequência o crescimento de doenças relacionadas à falta
de água potável e deficiência nos serviços de esgoto. Por ser um serviço que depende da ad-
ministração pública, sofre com a carência de investimento financeiro, logo, apresenta cresci-
mento lento, o que impacta na universalização dos serviços até 2033, conforme objetivo esta-
belecido pelo PLANSAB. Por isso, deve haver investimentos públicos e privados no setor,
para poder desenvolver-se e beneficiar todos os brasileiros.

 
2 – Higiene e segurança do trabalho no saneamento

Higiene e segurança do trabalho visam oferecer um ambiente de trabalho seguro e, assim, ga-
rantir a saúde dos indivíduos trabalhadores. Nesse sentido, a saúde do trabalhador é norteada
pelos princípios do Direito Ambiental e, principalmente, pelo princípio da prevenção expressa
no art. 225 da Constituição Federal do Brasil (1988), e regulamentada na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), capítulo V, seção I, que trata da Segurança e da Medicina do Trabalho
(BRASIL, 2017).

Para suprir as demandas relativas a esta temática, foram criadas as Normas


Regulamentadoras - NR, atualmente existem 37 NR’s aprovadas pelo Ministério do Trabalho,
bem como a Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST), aprovada pela
comissão tripartite de saúde e segurança, com foco nas ações de promoção, proteção e pre-
venção acerca de acidentes e doenças do trabalho (BRASIL, 2011). Todas as NR’s focam na
Próxima
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saúde e segurança do trabalho, obrigatoriamente, devem ser observadas e seguidas, tanto


por empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração direta e indireta, e órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, que tiverem empregados regidos pela CLT.

É obrigação do empregador cumprir as disposições legais e regulamentares referente a segu-


rança e medicina do trabalho, do contrário, está sujeito a aplicação das penalidades previstas
na legislação pertinente. Ao empregado também compete o cumprimento de suas obrigações
relativas à segurança do trabalho, sob pena de falta grave, exceto com recusa justificada.

Para intender melhor, higiene e segurança do trabalho possuem o mesmo objetivo, por isso,
são tratadas como sinônimos, mas têm diferentes definições e funções. O termo higiene re-
mete as condições ou hábitos de limpeza que conduz ao bem-estar e à saúde; na área mé-
dica visa à preservação da saúde, ao estabelecimento de normas para prevenir doenças.
(DICIO, s/d).

A higiene ocupacional ou do trabalho está relacionada aos estudos dos ambientes de trabalho
e doenças ocasionadas por ele. Ela é definida como “[...] a ciência e arte que se dedica ao re-
conhecimento, avaliação e controle dos riscos ambientais (químicos, físicos, biológicos, er-
gonômicos) presentes nos locais de trabalho.” (PEIXOTO, 2012, p. 16). Vale destacar que, no
ambiente de trabalho, também estão presentes os riscos ergonômicos e mecânicos ou de aci-
dentes, os quais tem relação com as atividades, instalações e equipamentos ou máquinas.

A higiene e segurança do trabalho referem-se a prevenção dos riscos, e objetivam agir nos
ambientes de trabalho para identificar agentes nocivos, quantificar a magnitude e propor as
necessárias medidas de controle, assegurando condições seguras para a realização do traba-
lho e considerando impactos às comunidades e meio ambiente (PEIXOTO, 2012). Problemas
com higiene ou falta de saneamento básico podem ocasionar, como mencionado anterior-
mente, muitas doenças, inclusive fatais.

A avaliação e controle de riscos ocupacionais não se restringe ao ambiente de trabalho, relaci-


ona-se com toda a sociedade. Os resultados das ações de prevenção aos riscos ocupacionais
refletem no meio ambiente. No caso do saneamento, um promotor de saúde, suas interven-
ções no ambiente são multidimensionais (física, social, econômica, cultural) e intersetoriais.
Diversas são as NR’s que podem ser aplicadas, mas a ênfase está nas normas que seguem.
A NR 7 - Programa de Controle de Saúde Ocupacional (PCMSO) que objetiva monitorar cada
trabalhador exposto a agentes físicos, químicos e biológicos, os quais são definidos pela NR –
9 – Programa de Prevenção a Riscos Ambientais (PPRA), com vistas a preservar e promover
saúde ao conjunto de colaboradores.

A NR -9, torna obrigatória, aos empregadores, a elaboração e implementação do PPRA, com


a finalidade de preservar a saúde e integridade dos colaboradores frente aos riscos ambien-
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tais, existentes ou futuros, no ambiente de trabalho, além de considerar a proteção dos recur-
sos naturais e do meio ambiente, em sua totalidade. Além disso, essas ações visam garantir a
higiene e segurança dos colaboradores, mas que refletem na sociedade, pois os riscos ineren-
tes a atividade podem extrapolar para o meio, afetando a sociedade e o recursos naturais.

Se a aplicação das normas de higiene ocupacional forem seguidas com rigor, poderá contri-
buir significativamente na proteção humana e ambiental, preservando a saúde dos colabora-
dores e dos recursos naturais, promovendo o desenvolvimento socioeconômico e sustentável.
O profissional de segurança do trabalho deve estar legalmente instrumentado e pautar suas
ações nas normas regulamentadoras para apresentar bom desempenho profissional.

 
 
Atividade extra

 
Um Brasil sem o básico. Disponível em: <https://youtu.be/IQ4GHwNxoDc>. Acesso em: 23
abr. 2024.

Saneamento Brasil Rural. Disponível em: <https://youtu.be/iijiU2LNDVs>. Acesso em: 23 abr.


2024.

Saneamento Básico na Área Rural. Disponível em: https://youtu.be/QJbMx1M_ses>. Acesso


em: 23 abr. 2024.

Caminhos para ampliação do Saneamento. Disponível em: <https://youtu.be/dYQV8LeZSu8>.


Acesso em: 23 abr. 2021.

Mapa de risco. Disponível em: <http://static.sapucaia.ifsul.edu.br › Segurança>. Acesso em 24


abr. 2021.

 
 
Referência Bibliográfica

  Próxima
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BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Objetivos de Desenvolvimento


Sustentável: Indicadores para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. ONU Brasil,
2021. Disponível em: <https://odsbrasil.gov.br/>. Acesso em 31 mar. 2021.

_____. Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020. Marco legal do saneamento básico. DOU, ed.
135, seção 1, p. 1, 16 jul. 2020.  Disponível em: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/lei-n-
14.026-de-15-de-julho-de-2020-267035421>. Acesso em: 22 abr. 2021.

_____. Ministério do Desenvolvimento Regional. Plano Nacional de Saneamento Básico


(PLANSAB): Mais Saúde com Qualidade de Vida e Cidadania. Ministério do Desenvolvimento
Regional: Brasília, 2019. Disponível em: <https://www.gov.br/mdr/pt-
br/assuntos/saneamento/plansab>. Acesso em 22 abr. 2021.

_____. Senado Federal. Consolidação das leis do trabalho: CLT e normas correlatas.
Brasília: Senado Federal, Coord. de Edições Técnicas, 2017. 189 p.

_____. Presidência da República. Decreto nº 7.602 de 7 de novembro de 2011, dispõe sobre a


Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PNSST. DOU no 214, Seção 1, 08 nov.
2011. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7602.htm>. Acesso em: 31 mar. 2021.

DICIO. Dicionário Online de Português. Higiene. Disponível em:


<https://www.dicio.com.br/higiene/>. Acesso em: 24 abr. 2021.

GUIA Trabalhista. Normas Regulamentadoras: Segurança e Saúde do Trabalho. Guia


Trabalhista. s/d. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nrs.htm>.
Acesso em: 22 abr. 2021.

PEIXOTO, N. H. Higiene ocupacional I. Santa Maria – RS: UFSM, CTISM; Rede e-Tec Brasil,
2012. 92 p. Disponível em: <https://www.ufsm.br › uploads › sites › 2020/04>. Acesso em: 23
abr. 2021.

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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Gestão e …
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1 – Introdução

Bem-vindo ao nosso estudo sobre Resíduos Sólidos. Este estudo ajudará você a conhecer
mais sobre as questões relativas à gestão dos resíduos sólidos. No Brasil, a Lei no
12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), é o marco legal da
responsabilidade compartilhada entre a indústria, o comércio, os consumidores, os órgãos pú-
blicos e demais atores envolvidos na cadeia de resíduos, tornando-os corresponsáveis pelo
destino ambientalmente correto desses materiais, da geração até o destino final.

A PNRS articula-se com a Política Nacional do Meio Ambiente e com a Política Nacional de
Saneamento Básico, e apresenta como principais objetivos a não geração de resíduos, sua
redução, reutilização, reciclagem e tratamento, bem como a disposição final ambientalmente
adequada, com a inserção social dos catadores dos materiais recicláveis (BRASIL, 2010).
Além disso, outra referência comumente utilizada é Norma Brasileira Referencia – NBR
10.004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (2004), a qual classifica os re-
síduos sólidos, de modo a possibilitar gerenciamento apropriado, quanto aos riscos potenciais
à saúde pública e ambiental.

A referida norma, define resíduos sólidos como materiais em estado sólido e semissólido, deri-
vados das atividades humanas, de diferentes origens, como também disposto pela PNRS,
que podem ser de origem doméstica, industrial, comercial, agrícola, públicos (serviços, varri-
ção, natureza). (BRASIL, 2004; 2010). Esse material pode estar em estado sólido, semissólido
ou líquido que não possa ser lançado no meio ambiente.

Contudo, os resíduos sólidos podem ser classificados de diversas formas, baseadas em ca-
racterísticas ou propriedades específicas. Ela (classificação) é muito importante, auxilia na co-
municação e gerenciamento dos resíduos, facilita a separação e disposição adequada. Por
isso, para estruturar um plano de gestão de resíduos sólidos adequado, a primeira etapa é co-
nhecer a classificação dos resíduos sólidos quanto à origem (domestica, industrial, publica,
comercial) e periculosidade.

No caso de resíduos, a periculosidade corresponde a uma características que ele apresenta


em relação as suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas, com potencial para
apresentar riscos ao meio ambiente e à saúde pública, com potencial para ocasionar doenças
e até mesmo óbitos, quando o resíduo é manuseado ou não gerenciado de modo adequado.
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A PNRS classifica os resíduos sólidos quanto à sua periculosidade, em perigosos e não peri-
gosos (BRASIL, 2010). A NBR 10.004/2004 (BRASIL, 2004) classifica os resíduos sólidos de
forma ampla, com base no conceito de classe, diferenciando resíduos perigosos de não peri-
gosos, este com duas subclassificações, conforme exposto a seguir.

Resíduos Perigosos: classe I – aqueles que, como o próprio nome indica, tem potencial
de periculosidade, apresentam risco ao meio ambiente e à saúde pública em função de
suas propriedades físico-químicas ou infectocontagiosas.  Possuem, pelo menos, uma das
características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, ou
ainda, fazer parte dos anexos (A ou B) da Norma. (BRASIL, 2004). Essa classe de resí-
duos demanda maior zelo do gerador, ela está entre os resíduos que são responsável pe-
los acidentes mais graves e com maiores impactos ambientais.

Resíduos Não perigosos: classe II – esta classe está subdividido em:

Resíduos não perigosos: classe II A – Não inertes: Mesmo com o nome sugestivo “não
perigosos”, seu potencial de impactos não deve ser ignorado, pois, se descartados inade-
quadamente, é passível de causar danos ao meio ambiente. Devido às características
dos resíduos da classe II A não se enquadram na classificação dos resíduos da classe I –
Perigosos, tampouco na classe II B - Inertes, conforme Norma. Esses resíduos (classe II
A) podem ter uma ou mais propriedades como solubilidade, biodegradabilidade, combus-
tibilidade. Exemplos: restos de alimentos, lodo e papel. (BRASIL, 2004).
Resíduos não perigosos: classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos cujos constituintes em
contato com a água não são solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água, exceto aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor, logo, não ser solúveis
em água (BRASIL, 2004, anexo G).

Muitos resíduos sólidos podem causar danos à saúde pública e ambientais, por isso, é impor-
tante buscar alternativas para minimizar os impactos causados pelas diversas atividades
econômicas da sociedade. No caso brasileiro, tem sido definidas e implementadas leis e políti-
cas públicas adequadas com vistas a garantir melhorias na área, principalmente a destinação
adequada dos resíduos sólidos.

A Constituição Federal do Brasil (BRASIL, 1988) atribuiu, em seu Art. 225, ao poder público e
a coletividade (todos os cidadãos), o dever de defender e preservar o meio ambiente às gera-
ções presentes e futuras, considerando que todos tem direito ao meio ambiente ecologica-
mente equilibrado. A PNRS (Lei no 12.305/2010), instituiu um novo marco regulatório para a
gestão dos resíduos no país. Essa política reúne o conjunto de princípios, objetivos, instru-
mentos, e diretrizes com foco na gestão integrada e gerenciamento de resíduos sólidos ambi-
entalmente adequado, além de definir à quem competem as responsabilidades.

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A PNRS apresenta um avanço significativo, mas também um grande desafio à sociedade bra-
sileira. Ela inovou, em relação aos objetivos das etapas de gestão e gerenciamento dos resí-
duos, principalmente, em relação às aquisições e contratações governamentais, integração
dos catadores, rotulagem ambiental e consumo sustentável, conforme Art. 7º da PNRS.
Quanto às diretrizes aplicáveis aos resíduos sólidos e a gestão, e gerenciamento, definiu que
os geradores devem zelar, obrigatoriamente, pela não geração de resíduos e, ter consciência
que a vida útil de um produto encerra com a disposição final adequada, conforme Art. 9º da
PNRS.

Em 2020, foi instituída a Lei n° 14.026, que dispõe sobre a criação da Agência Nacional de
Águas e Saneamento Básico e institui o novo marco legal do saneamento. A Lei n° 14.026,
em seu Art. 11, alterou a PNRS (lei n° 12.305/2010), determinou que a periodicidade da revi-
são do plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, observe o período máximo
de 10 (dez) anos, em relação aos prazos para a disposição final ambientalmente adequada de
resíduos.

Ao longo dos tempos a preservação ambiental tem sido foco de constantes preocupações e
discussões sobre a conduta mais adequada que possibilitem minimizar os impactos que as
diversas atividades da sociedade possam causar ao meio ambiente e, consequentemente, à
saúde pública. Entre os impactos, está a geração de resíduos sólidos, considerado o mais
preocupante, pois está presente em quase todas, se não todas as atividades econômicas da
sociedade. Por isso, a gestão e o gerenciamento de resíduos são importantes ferramentas de
ação no processo dos resíduos sólidos, cada uma (gestão e gerenciamento) desempenham
funções essenciais.

“O conceito de gestão de resíduos sólidos abrange as atividades referentes à tomada de deci-


sões estratégias e à organização do setor para esse fim, envolvendo instituições políticas, ins-
trumentos e meios.” (SCHALCH et al., 2002, p. 75). Portanto, ela é responsável pelo mapea-
mento das atividades de produção da empresa, análise, classificação e quantificação dos resí-
duos gerados em cada processo, bem como do armazenamento e identificação dos resíduos
e, por fim, a destinação ambientalmente correta.

Os mesmos autores apresentam a definição para “[...] gerenciamento de resíduos sólido re-
fere-se aos aspectos tecnológicos e operacionais da questão, envolvendo fatores administrati-
vos, gerenciais, econômicos, ambientais e de desempenho: produtividade e qualidade [...].” 
(SCHALCH, 2002, p. 75). Ou seja, o gerenciamento de resíduos é responsável por minimizar
a geração de resíduos e realizar, de modo adequado, todas as etapas do processo de trata-
mento desses materiais, que passa pela coleta, transporte, separação, tratamento, destinação
e disposição final ambientalmente correta.

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A gestão integrada de resíduos sólidos está definida na PNRS, lei no 12.305/2010, e faz a arti-
culação das ações em diferentes áreas, normativa, operacional, financeira e de planejamento,
que são desenvolvidas pela administração municipal em relação ao processo de tratamento
dos resíduos. Ou seja, o poder público será responsável por coletar, tratar e dispor os resí-
duos sólidos, seguindo as normas e critérios sanitários, ambientais e econômicos, com base
nas características das fontes geradoras, o volume e tipos, tratamento e disposição final ambi-
entalmente correta.

Contudo, os geradores, empresas e população, tem a responsabilidade de realizar a gestão


de seus resíduos, zelando pela redução, reaproveitamento e destino correto, além de atribuir à
cadeia produtiva o compromisso de realizar a logística reversa. Entre os instrumentos da
PNRS, Art. 8, está “a coleta seletiva, dos sistemas de logística reversa e outras ferramentas
relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos pro-
dutos.” (BRASIL, 2010). A logística reversa e a responsabilidade compartilhada são temas ino-
vadores, inseridos pela PNRS, tem o compromisso de reduzir o volume de resíduos gerados,
e demanda a compreensão e comprometimento da sociedade como um todo.

O objetivo da responsabilidade compartilhada é, principalmente, auxiliar no cumprimento da


logística reversa, visto que se trata de um princípio norteador de ações singulares em prol da
coletividade.  Ou seja, a responsabilidade compartilhada é responsável por colocar em prática
as estratégias de organização e propostas de ações que viabilizem a redução dos impactos
ambientais ocasionados pela expansão da produção industrial. Visto que, cuidar do meio am-
biente é uma demanda que surge da necessidade de apoiar a economia e a sociedade a
manterem-se equilibradas. Enquanto a logística corresponde a um conjunto de atribuições e
responsabilidade sobre os produtos, de competência dos fabricantes, importadores, distribui-
dores, comerciantes e cidadãos, além dos serviços públicos (BRASIL, 2010).

Portanto, o manejo adequado dos resíduos é de responsabilidade compartilhada entre os ato-


res sociais, eles têm o compromisso de zelar pelos produtos desde sua produção até o rea-
proveitamento ou sua destinação final correta, empregando a logística reversa. Ela (logística
reversa) é uma ferramenta que tem o potencial para promover o desenvolvimento socioeconô-
mico e ambiental, a partir da coleta seletiva e retorno dos produtos ao setor produtivo para re-
aproveitamento, mitigando os impactos ambientais, contribuindo com uma melhor qualidade
de vida à população e contribuindo na projetação do desenvolvimento sustentável.

 
 
 
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Atividade extra

Gestão integrada de resíduos sólidos. Disponível em: <https://youtu.be/9WsiDNDTgYY>.


Acesso em: 27 abr. 2021.

Logística Reversa como um dos instrumentos da PNRS. Disponível em: <https://youtu.be/-


vb7NvgvIi8> Acesso em: 27 abr. 2021.

Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei n. 12.305/2010. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 23 abr.
2021.

Logística reversa - cases pós-consumo. Disponível em: <https://youtu.be/ftRbwBlDGi0>.


Acesso em: 23 abr. 2021.

 
 
 
Referência Bibliográfica

ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 10.004: Resíduos sólidos – clas-
sificação. ABNT, 2a ed. 2004.

BRASIL. Palácio do Planalto. Lei no 12.305 de 02 de agosto de 2010, institui a Política


Nacional de Resíduos Sólidos. DOU, Brasília: 03 ago. 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 25 abr.
2021.

_____. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, DF,
5 out. 1988. Disponível em:
<https://bvc.cgu.gov.br/bitstream/123456789/3363/1/constituicao_da_republica_do.pdf>.
Acesso em: 12 mar. 2021.

SCHALCH, V.; LEITE, W. C. A.; FERNANDES Jr., J. L.; CASTRO, M. C. A. de. Gestão e ge-
renciamento de resíduos. USP, São Carlos: 2002.
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Proteção ao Meio Ambiente /


Proteção ao meio ambiente - Tecnologi…
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As inovações tecnológicas vêm ganhando espaço no mundo moderno. Para melhorar a quali-
dade de vida, de trabalho e da saúde, novos recursos são criados visando aumentar a produti-
vidade e principalmente a sobrevida dos seres humanos.

No passado, muitas pessoas adoeciam e até morriam por falta de algum diagnóstico mais de-
talhado, que atualmente somente são possíveis graças aos avanços das tecnologias. Além
disso, cabe enfatizar que algumas atividades desenvolvidas com o auxílio das novas tecnolo-
gias potencializam ser realizadas com mais precisão (Figura 1). O que por sua vez não exclui
os riscos no ambiente de trabalho, mas auxiliam na sua minimização.

Figura 1 – Uso de drone em diferentes atividades


Imagem de S. Hermann & F. Richter por Pixabay
Países desenvolvidos investem uma parcela considerável de seus produtos internos brutos
(PIB) na área de desenvolvimento de novas tecnologias. Os resultados destas pesquisas pro-
porcionam retornos financeiros, além da melhoria em diversos setores, dentre eles a área da
segurança do trabalho.

 Para promover o avanço tecnológico é necessária grande quantidade de energia. Devido a


este fator, além da busca incansável para ser o melhor país com descobertas tecnológicas, é
de grande valia encontrar fontes que gerem energia de maneira eficaz e principalmente diante
do panorama atual de poluição ambiental, fontes que provoquem os menores impactos possí-
veis. Essa alteração também se justifica ao observar que os combustíveis fósseis não são fon-
tes renováveis, e, portanto, um dia vão faltar.

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O Brasil, por ser um país continental, apresenta diferentes formações geológicas, relevos e
variações climáticas que possibilitam empregar modelos variados de energia limpa. Como
exemplo, temos as hidrelétricas instaladas em regiões com grande disponibilidade de recursos
hídricos (PACHECO,2006).

Contudo, vale destacar que apesar de algumas das fontes de energia não produzirem emis-
são de poluentes durante o processo de obtenção de energia, elas podem impactar o meio
ambiente de outras formas, seja com a degradação da fauna e flora para sua implementação
e construção ou pela poluição sonora ou visual (SANTOS, et al., 2015). Por isso, sempre que
uma dessas novas estruturas forem sugeridas deve-se levar em consideração a relação des-
tes impactos.

No aspecto do avanço das demais tecnologias, outra área que vem ganhando destaque está
na implementação da robótica no meio agrícola. Esta área promove para os trabalhadores ru-
rais certa segurança no que tange a exposição aos agrotóxicos e trabalhos exaustivos sob
temperaturas elevadas, e aos empregadores redução com custos elevados pelo uso de
aviões pulverizadores.

A possível redução da expectativa de vida devido a cânceres de pele, intoxicações por fatores
exógenos e afastamentos por condições de trabalho, diminuem a produtividade e lucro do se-
tor agrícola o que contribui para o acelerado crescimento dos valores dos produtos oriundos
deste serviço.

Como a população mundial cresce exponencialmente a cada ano é imprescindível que este
setor acompanhe este crescimento. Para tanto, as inovações se fazem necessárias. Assim,
ao implementar recursos que possibilitem que o trabalhador tenha menor exposição a riscos,
consequentemente ele terá melhor qualidade de vida e sua capacidade produtiva será maior.
Por exemplo, recentemente observam-se pesquisas na área da robótica que levam para o
campo robôs com capacidade de realizarem atividade de elevado risco.

Este mesmo exemplo é observado na área da construção civil. Conforme apresentado na NR


35, um de seus trechos prevê a utilização de meios que evitem a realização de trabalho em
lugares de elevada altura, caso haja métodos que substituam a realização por humanos.

Recentemente, temos observado o uso dos drones que vem auxiliando o ser humano em vá-
rias tarefas que antigamente exibiam grande risco de vida ou custo. Por enquanto, ainda não
existem drones que excluam totalmente a ação do ser humano, mas o auxílio em algumas si-
tuações, vem se tornando essencial para a redução de riscos.

O profissional de segurança do trabalho é fundamental neste cenário de inovações. É ele


quem vai direcionar o trabalhador pelo meio mais seguro a se seguir.
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Tendo em vista que sempre surgirão novas tecnologias e aplicações nos meios de trabalho,
os profissionais de segurança no trabalho deverão estar em constante aprendizado, para que
só assim possam desempenhar seu papel com capacidade e confiança.

 
 
Atividade extra

 
Assista ao vídeo sobre a robótica na agricultura Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=SPowDY4pOHo

Assista ao vídeo o que é a agricultura 4.0 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?


v=fVoVEd0q7f0

 
 
Referência Bibliográfica

 
BRASIL.  Ministério do Trabalho e Emprego. NR 35 – Trabalho em altura, 2019. Disponível
em: https://sit.trabalho.gov.br/portal/images/SST/SST_normas_regulamentadoras/NR-35.pdf
Acesso em: 11 out. 2015.

MOTTIN A. C.; MIRANDA C. A. S.; GAMARANO D. S. - Projetos conceituais de design para


semeadura aérea e recuperação de ambientes desmatados. In:  Congresso Brasileiro de pes-
quisa e Desenvolvimento em Design, 11, 2014. Anais... Gramado, RS, 2014.

PACHECO, F. Energias renováveis: breves conceitos. Conjuntura e planejamento, n149. P4-


11, 2006. Disponível em: https://pet-quimica.webnode.com/_files/200000109-
5ab055bae2/Conceitos_Energias_renov%C3%A1veis.pdf  Acesso em: 27 de abril de 2021.

SANTOS, P. R. G dos et al. Fontes renováveis e não renováveis geradoras de energia elétrica
no Brasil. In: Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar, 2015.
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Anais... Santa Rosa do Sul, 2015. Disponível em: <http://eventos.ifc.edu.br/micti/wp-
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content/uploads/sites/5/2015/10/fontes-renov%c3%81veis-e-n%c3%83o-renov%c3%81veis-
geradoras-de-energia-el%c3%89trica-no-brasil.pdf> Acesso em: 26 de abril de 2021.

 
 
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