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O Estudante O Tutor
Introdução...................................................................................................................................3
Conclusões................................................................................................................................10
Referências bibliográficas.........................................................................................................11
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Introdução
Sabe-se que a Natureza é tudo o que nos rodeia. O homem é parte integrante dela e, desde o
seu surgimento na Terra, sempre contou com o que ela lhe oferecia, como alimento, água e
abrigo, itens essenciais para sua sobrevivência. Em todas as etapas históricas a humanidade
fez uso da natureza, primeiramente para o seu próprio sustento e mais tarde para produzir
excedente, especialmente após a Revolução Industrial. As sociedades capitalistas, que buscam
incessantemente o lucro, extraem cada vez mais elementos da natureza, denominados de
recursos naturais. Portanto, vivemos de recursos naturais.
Diante deste contexto surge a necessidade de reflectir sobre o saneamento do meio ambiente
nas escolas uma vez que são locais onde ocorre grande fluxo de pessoas dentre professores,
alunos e outros funcionários em geral o que aumenta a exposição às doenças ligadas ao
saneamento básico como é o caso de diarreias, cólera, entre outras.
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1. Saneamento básico no local de trabalho
1.1 Conceito de saneamento básico
Saneamento Ambiental: “é o conjunto de acções socioeconómicas que têm por objectivo
alcançar Salubridade Ambiental, por meio de abastecimento de água potável, colecta e
disposição sanitária de resíduos sólido, líquidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária de
uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças transmissíveis”. (Fundação Nacional de
Saúde – Funasa, 2007).
MISAU (2016) vai mais longe ao argumentar que apesar disso, a incidência e prevalência de
casos de cólera e doenças diarreicas relacionadas ao saneamento do meio ambiente ainda
continua preocupante nos diversos bairros periféricos do país facto que transcende a dimensão
sanitarista dos programas da saúde e evoca a participação de outras áreas, tal como é o caso
da educação ambiental.
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No entanto, embora o MISAU aposte e confie na educação ambiental para minimizar
problemas relacionados ao saneamento do meio ambiente, algo que pode-se estimular nas
instituições de ensino já que as crianças que aprendem sobre água potável, saneamento e
hábitos de higiene na escola o que pode reforçar comportamentos positivos ao longo da vida
em suas casas e comunidades, um passeio pelas escolas permite-nos depararmos com casos de
instituições de ensino que estão fora dessa abordagem.
Através das visitas de campo pode-se constatar que em termos de saneamento, a situação da
EP1 de Tomboué pode ser classificada como precária. As casas de banho contem lixo, urina
estagnada e fezes; a escola, no desenvolvimento das suas actividades pedagógico-
administrativas, costuma gerar uma grande quantidade de resíduos que são descartados nos
arredores do pátio da escola, são resíduos provenientes de embalagens de produtos
alimentares, restos de alimentos, papéis utilizados nas actividades pedagógicas e
administrativas; causando danos ou riscos à saúde pública e impactos ambientais adversos; já
no poço da escola nota-se bichos dentro da água pelo que se pode concluir que a água não está
em boas condições para se beber.
Até que ponto surgem os problemas ligados ao mal-estar do meio ambiente na EP1 de
Tomboué?
Que medidas devem ser adoptadas com vista a minimizar os problemas associados ao
meio ambiente?
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1.3 Tipos de resíduos produzidos e tratamentos dados
As casas de banho contem lixo, urina estagnada e fezes; a escola, no desenvolvimento das
suas actividades pedagógico-administrativas, costuma gerar uma grande quantidade de
resíduos que são descartados nos arredores do pátio da escola, são resíduos provenientes de
embalagens de produtos alimentares, restos de alimentos, papéis utilizados nas actividades
pedagógicas e administrativas; causando danos ou riscos à saúde pública e impactos
ambientais adversos; já no poço da escola nota-se bichos dentro da água pelo que se pode
concluir que a água não está em boas condições para se beber, conforme ilustram as figuras
abaixo.
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Fonte: captado pelo autor deste estudo (2022)
A motivação para tratar este tema foi a necessidade de melhoramento das condições precárias
notáveis na área do saneamento dos alunos da EP1 de Tomboué. Sendo que este problema não
só afecta a escola, mas sim trata se de um mal que abrange todo o bairro onde a escola se
encontra inserida.
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medidas severas de prevenção, tendo como objectivo a melhoria da qualidade de vida,
melhores moradias e convivência salubre entre as pessoas e o meio em que vivem.
Estudos similares a este foram desenvolvidos em anos e lugares diferentes; ora vejamos:
Sampaio (2016) em seu estudo intitulado “Análise do Papel do Município da Cidade de Tete
na Melhoria do Saneamento do Meio no Bairro Josina Machel (2009-2014)” concluiu que os
principias problemas encontrados pelo CMT na prestação do serviço de saneamento de meio
no bairro Josina Machel são a falta de colaboração dos próprios residentes, a má localização
do bairro visto que este encontra-se numa zona rochosa, falta de um aterro sanitário para o
depósito do lixo que é removido do bairro e também a falta de uma estação de tratamento de
águas pluviais, actualmente essas são transportadas para o rio Zambeze o que não é nada bom
para o meio ambiente.
Bié (2018) em seu estudo intitulado “Avaliação da Percepção Ambiental dos Professores da
Escola Primária do 1º e 2º Grau 2 de Fevereiro na Gestão dos Resíduos Sólidos” concluiu que
a gestão inadequada de resíduos sólidos que se verifica na Escola Primaria do 1º e 2º grau 2
Fevereiro deve se por fraca sensibilidade dos professores por ambientes com resíduos sólidos
mal acondicionados bem como dos seus problemas associados e consequente negligência de
elementos que influenciam para uma gestão adequada de resíduos sólidos, facto que culmina
em: insuficiência de infra-estrutura para o processo de gestão de resíduos sólidos, em
particular os recipientes de lixo; deposição e acumulação de resíduos sólidos em pequenas
lixeiras a céu aberto pelo recinto escolar e períodos irregulares de recolha e eliminação de
lixo.
Portanto, há uma necessidade de fazermos este estudo na EP1 de Tomboué para apurar a
realidade deste fenómeno da actualidade, uma vez que ainda persistem casos de doenças
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diarreicas cujas causas estão sendo negligenciadas na sociedade, mesmo nos espaços públicos
onde temos educadores e membros que devem ser os principais promotores da preservação e
conservação do meio ambiente.
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Conclusões
Conclui-se que a maioria dos problemas sanitários que afectam a população mundial estão
intrinsecamente relacionados com o meio ambiente. Um exemplo disso é a diarreia que, com
mais de quatro bilhões de casos por ano, é uma das doenças que mais aflige a humanidade, já
que causa 30% das mortes de crianças com menos de um ano de idade. Entre as causas dessa
doença destacam-se as condições inadequadas de saneamento.
Diante deste contexto surge a necessidade de reflectir sobre o saneamento do meio ambiente
nas escolas uma vez que são locais onde ocorre grande fluxo de pessoas dentre professores,
alunos e outros funcionários em geral o que aumenta a exposição às doenças ligadas ao
saneamento básico como é o caso de diarreias, cólera, entre outras.
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Referências bibliográficas
Alkimin, G. D. & Dornfeld, C. B. (2013). A Educação ambiental sob a óptica dos alunos do
ensino médio no município de Ilha Solteira/SP, Rio Claro: UNESP, p.15.
Bié, H. dos S.A. (2018). Avaliação da Percepção Ambiental dos Professores da Escola
Primária do 1º e 2º Grau 2 de Fevereiro na Gestão dos Resíduos Sólidos. Maputo.
Cardoso, F. A.; Frenedozo, R. C. & Araújo, M. S. T. (2015). Concepções de meio ambiente
entre estudantes de licenciatura em ciências biológicas. Revbea, São Paulo, v. 10, n.
2, p. 95-112.
Ministério da Saúde (2010). Manual integrado de vigilância epidemiológica da cólera (2ª
Ed.). Brasília: DF
MISAU. (2016). Manual de prevenção e controlo da cólera e de outras doenças diarreicas
agudas. Maputo: Direcção Nacional de Saúde Publica.
Meirelles, M. S. & Santo, M. T. (2005). Educação Ambiental uma construção participativa
(2ª Ed.). São Paulo: Fundação Energia e Saneamento.
Nhampossa, L.F.S. (2016). Análise da Gestão do Saneamento do Meio Como Princípio
Fundamental para Garantia da Saúde Pública: Município da Cidade de Tete - bairro
Filipe Samuel Magaia (2015-2016). Tete-Moçambique.
Reigota, M. A. S. (2010). Meio ambiente e representação social (8ª Ed.). São Paulo: Cortez.
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