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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

ENGENHARIA AMBIENTAL
CAMPUS DE PALMAS

FABRÍCIO KAUAN DA SILVA SANTOS


GIOVANNA CHAVES ALENCAR
ÍCARO THIAGO ALMEIDA TAVARES
ISADORA OLIVEIRA CABRAL
JULIO CESAR FIGUEIREDO DE OLIVEIRA
RAQUEL DA CRUZ SILVA
THALITA NAYARA ROCHA GODOY

COMPOSTEIRA E SEU USO NAS ESCOLAS

PALMAS – TO

2023
FABRÍCIO KAUAN DA SILVA SANTOS
GIOVANNA CHAVES ALENCAR
ÍCARO THIAGO ALMEIDA TAVARES
ISADORA OLIVEIRA CABRAL
JULIO CESAR FIGUEIREDO DE OLIVEIRA
RAQUEL DA CRUZ SILVA
THALITA NAYARA ROCHA GODOY

COMPOSTEIRA E SEU USO NAS ESCOLAS

Curso de graduação em Engenharia Ambiental


apresentando um relatório objetivando
aprendizado na componente curricular de
Introdução a Extensão, compondo uma parte da
nota do semestre.

Orientadora: Solange Aparecida Sagio

PALMAS-TO
2023
RESUMO
O presente relatório trata da instalação de uma composteira na escola Elizângela, realizada pelos
alunos e orientada pelos graduandos de Engenharia Ambiental, como uma forma de educação
ambiental, implementação da sustentabilidade e inclusão da matriz extensão na Universidade
Federal do Tocantins. O método apresentado é simples e prático, utilizando materiais baratos e
de fácil obtenção e terá sua fonte de matéria o refeitório. Essa atividade teve início no mês de
outubro, tendo sua primeira visita a escola de maneira a introduzir o conteúdo e a metodologia,
além de explicar a funcionalidade do projeto. Espera-se a continuidade da atividade após o
término do semestre pelos alunos da escola Elizângela e o futuro interesse dos mesmos pelas
práticas sustentáveis e pela ciência.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
2. JUSTIFICATIVAS E RELEVÂNCIA PARA A SOCIEDADE ................................... 6
3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 6
4. RESULTADOS E IMPACTOS ....................................................................................... 7
4.1. SMART ............................................................................................................................ 9
4.2. 5W2H ............................................................................................................................. 10
4.3. SWOT ............................................................................................................................ 11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 13
1. INTRODUÇÃO

No cenário educacional da Universidade Federal do Tocantins, a interseção entre


conhecimento teórico, práticas sustentáveis e extensão universitária se materializa por meio do
projeto de instalação de uma composteira na Escola Elizângela. Sob a orientação dedicada de
graduandos do curso de Engenharia Ambiental, esta iniciativa transcende a tradicional
abordagem acadêmica, emergindo como uma valiosa ferramenta de educação ambiental e
inclusão da matriz de extensão no contexto universitário. O cerne deste trabalho reside na
simplicidade e praticidade do método adotado, utilizando materiais acessíveis e de fácil
obtenção. O refeitório, fonte de matéria-prima para a compostagem, destaca-se como elo entre
a teoria acadêmica e a aplicação prática, consolidando a importância da sustentabilidade no
âmbito educacional.

A maioria dos resíduos coletados no Brasil, mais de 50% em peso úmido, é composto de
matéria orgânica facilmente putrescível, que pode ser compostada (FUNASA, 2014). A
composteira é um processo biológico de valorização e reciclagem da matéria orgânica em
caixas onde minhocas e microrganismos transformam resíduos de origem doméstica, gerados
na cozinha e quintal, em adubos.

O destino ideal para resíduos orgânicos é ser reciclado por meio de processos como a
compostagem ou a biodigestão, que praticamente eliminam os problemas encontrados em
lixões e aterros sanitários e devolvem aos resíduos orgânicos seu papel natural de fertilizar os
solos (EMBRAPA, 2021).

Dentre seus benefício podemos citar: diminui a quantidade de resíduos enviado aos aterros;
pode ser uma fonte de renda, pois resulta em adubo ecológico, utilizado no cultivo de alimentos
orgânicos e hortas; ajuda na proteção do solo contra a degradação; contribui com a melhoria
das condições ambientais e da saúde da população; ao manter uma composteira em casa (ou
escola), o mau cheiro do lixo doméstico diminui e, consequentemente, os insetos; aderir a
compostagem pode evitar até 30 anos de emissão de carbono; aumento na vida útil dos aterros
sanitários; contribuição na preservação do meio ambiente, já que no processo de decomposição
não ocorre a formação de gás metano (CH4).

Como futuros engenheiros ambientais, faz parte do nosso papel compreender as relações
homem/natureza e amenizar ou mitigar possíveis ações que afetem a ambos, pensando assim
num futuro promissor e que contenha os mesmos princípios básicos e necessários para os seres
humanos das próximas gerações. A compostagem oferece uma maneira sustentável de
manusear os resíduos orgânicos gerados a partir do consumo de alimentos. Portanto, é uma
oferta que tem muito a contribuir com o meio ambiente.

2. JUSTIFICATIVAS E RELEVÂNCIA PARA A SOCIEDADE

A atividade serviu como um meio de aprendizado com relação a nova modalidade de


extensão, como ele pode ser realizado e o que engloba. Portanto, foi oferecido um trabalho com
composteira que pode ser adequado à escola Elizangela, com o objetivo de promover a extensão
para a sociedade. Além de instigar o desenvolvimento de práticas sustentáveis e desempenhar
um papel de educação ambiental em um momento de transição aos alunos como seres humanos
dentro da sociedade (ensino médio).

Esta iniciativa proporcionou aos alunos tanto um aprendizado prático como teórico. No
prático foi ensinado como ser feito a composteira ao mesmo tempo em que foi explicado sua
importância para com o meio ambiente e a necessidade de práticas sustentáveis para que se
tenha um futuro melhor. Dito isso, foi de nossa responsabilidade educá-los de forma consciente
e ambiental, para que eles não só internalizem como também espalhem adiante. Adicional a
esses fatores, o projeto ainda reiterou a conexão entre novos alunos com os antigos, criando um
ambiente que possibilita uma visão ampla, nova e mesclada. A matriz extensão proporcionou
um contato direto entre instituição e comunidade, instigando os graduandos a terem uma
percepção da possível demanda que os aguarda como profissionais e a comunidade de conhecer
seus futuros trabalhadores, e o que é ofertado por eles.

3. METODOLOGIA

Para a realização da atividade, houve um planejamento antecipado a ida a escola, onde foi
necessário a criação de um cronograma a ser seguido pelos alunos, facilitando a execução
posterior do projeto. O cronograma contou com apenas 2 visitas feitas por nós, porém estará
detalhada para que os alunos do Elizangela consigam realizar o sistema com facilidade. Após
o planejamento, a execução contou com duas etapas, o teórico e a prática. Considerando que o
nosso grupo teve o intuito de apenas conceituar a composteira aos alunos, apresentaremos o
que foi explicado e o que deveria ter sido feito na prática com o outro grupo de extensão.
Na parte teórica será explicado o conceito de compostagem, seus benefícios, alguns detalhes
importantes a se considerar quando montar uma composteira e como realizá-lo. Já na prática
será apresentado uma alternativa de quais materiais usar e como ser feito. Comumente se
recomenda o uso de três caixas de plástico do mesmo tamanho, uma em cima da outra, na
vertical - para otimização de espaço. Também é possível usar caixotes de madeira, forradas
internamente com plástico; baldes ou latas de tinta. O recipiente de baixo é a caixa coletora,
que de preferência deve ter torneira; ela será responsável por coletar o líquido que escorre dos
resíduos orgânicos, conhecido também como chorume orgânico, que nada mais é do que
excesso de líquido presente nos alimentos. Basta diluir uma parte de composto líquido em 10
partes de água para regar as plantas. As duas caixas de cima são as caixas digestoras; é preciso
que faça furos para escoamento com a broca 4 ou broca 5. Na tampa e na lateral das caixas,
utilize a broca 1 ou 1,5, para ajudar na circulação de oxigênio. Na primeira caixa digestora, de
baixo para cima, disponha até dois dedos de altura com húmus de minhoca, terra adubada ou
terra de compostagem com serragem grossa. A forração é o que Cláudio chama de “cama de
minhocas”, um ambiente neutro e seguro, que não vai sofrer variação de temperatura da
fermentação e nem qualquer outra alteração brusca que possa prejudicá-las. Na segunda caixa
digestora, de baixo para cima, disponha os mesmos elementos mais as minhocas californianas,
espécie também conhecida como minhoca vermelha. E pronto, basta colocar a tampa.

4. RESULTADOS E IMPACTOS

Considerando o curto período de tempo que houve para a realização do trabalho, não foi
possível averiguar os resultados obtidos para com a atividade, contudo é possível discorrer
sobre os resultados esperados e os impactos que serão causados com essa prática.

Espera-se que os alunos tenham não apenas aprendido com a composteira, mas também se
divertido fazendo. Trazer uma nova visão de possibilidades diferentes e ao mesmo tempo
incentivá-los a terem ideias novas foi a principal motivação para a realização dessa atividade.
Compreende-se a necessidade de ensinar a futura geração a como cuidar de questões como
resíduos e “lixo”, que não necessariamente precisam ser descartados, mas podem ser
reaproveitados e alterados em novos produtos com diferentes utilidades.

Em um mundo onde cada vez mais há a produção de resíduos orgânicos, a composteira


oferece uma alternativa simples ao problema, podendo ser manuseada em largas escalas, não
apenas em ambientes escolares. Soluções sustentáveis costumam carregar impactos tanto
positivos quanto negativos sobre as pessoas. Apesar de haver aquelas que acreditam ser um
desperdício de tempo e dinheiro, haverá aquelas que partem dessa visão para inventar muitas
outras, ou que veem a importância desse costume e que ele deve ser apresentado e realizado o
quanto antes. Impactar a geração “pensante e ativa” se faz cada vez mais necessário diante da
necessidade de uma mudança iminente. Fazeres como esse não só trazem consciência, mas
também colocam ações em conjunto entre as comunidades, visto que é preciso da ajuda de todos
para se concretizar.
4.1. SMART

• Específico

Levar a educação ambiental e a visão de um futuro sustentável aos alunos da escola


Elizângela, assim como aprender a matriz de extensão na prática, compreender as
possibilidades e desafios. Uma prática realizada em conjunto entre os alunos da
engenharia ambiental de variados semestres.

• Mensurável

Alcançar uma taxa média de participação dos alunos na manutenção e monitoramento


da composteira, estabelecer e manter uma constância mensal de decomposição de
resíduos orgânicos durante o semestre.

• Atingível

A meta é atingível, os preços necessários são acessíveis, além de a composteira pode


ser feita inteiramente de materiais recicláveis, reintegrando a necessidade de uma
visão de mundo ecológica.

• Relevante

A atividade é de extrema relevância. É preciso lembrar que estamos falando de toda


uma futura geração, e a conscientização de uma parte dessa população é importante
para que se possa garantir um futuro melhor. Além de possibilitar uma expansão mais
rápida, considerando que estamos vivendo na era tecnológica.

• Temporal

Realizar essa prática de extensão até o final do semestre, quando acaba o ano e
consequentemente a matéria e chegam as férias, ou seja, não há como ter acesso as
escolas. Apesar disso, é possível ter o controle dos resultados, utilizando de cálculos
estatísticos e com base no volume de material orgânico disponível.
4.2. 5W2H

Ofertar uma possível demanda à escola, como forma de vincular a


O QUE universidade com a sociedade, projetando uma composteira que ajude tanto
com os problemas de resíduos orgânicos e degradação do solo, quanto na
expansão do conhecimento das práticas sustentáveis sobre a futura geração.

POR QUE Educação ambiental, sustentabilidade, aplicação da extensão

QUEM Graduandos da Engenharia Ambiental.

QUANTO R$ 225,00.

ONDE Na Escola Estadual Profª Elizângela Glória Cardoso e Universidade Federal


do Tocantins.

Nos meses de outubro (explicar o conceito de compostagem; suas vantagens


QUANDO e benefícios; o que pode ser usado como matéria orgânica e como montar a
composteira) e novembro (analisar o progresso da turma e ver o desempenho
com o projeto).

COMO Através de uma atividade envolvendo uma composteira, dividida por uma
etapa teórica e uma etapa prática.
4.3. SWOT

FORÇA FRAQUEZA
- Metodologia simples e prática; - Curto período de tempo para realização da
- Flexibilidade dos materiais e métodos; atividade;
- Possível controle dos responsáveis pela - Inexperiência;
ação. - Incapacidade de uso de qualquer material
orgânico.

OPORTUNIDADE AMEAÇA
- Vínculo entre a comunidade e a - Falta de interesse dos alunos;
universidade; - Feriados;
- Fácil destinação do adubo gerado; - Falta de transporte.
- Integração curricular;
- Aprendizado da futura demanda da vida
profissional
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando os resíduos facilmente degradáveis não recebem destinação adequada, sua


disposição a céu aberto pode causar poluição das águas e do solo, incômodos decorrentes do
odor, além de atrair e propiciar a proliferação de roedores e vetores de importância sanitária
(FUNASA, 2006). Portanto, a destinação final deles deve ser considerada de forma séria e com
uma visão voltada para o ambiental. Dessa forma, a composteira foi pensada como uma maneira
de descarte que é economicamente viável e possibilita o controle daqueles responsáveis pela
ação e dispõe não só uma alternativa sustentável, mas também uma alternativa que depende da
conscientização de todos e da compreensão da importância do método.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SÁ, Christianne Lopes de Sousa; SILVA, Thamirys Suelle da. 2.1 Percepção do
Aproveitamento dos Resíduos Orgânicos como Insumos para uma Composteira em
Escolas Públicas Municipais. Gampe/UFRPE Recife, 2023 1ª edição, 2023.

BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. DOU,
Poder Executivo, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm. Acesso em: nov. 2023

FUNASA. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Orientações Técnicas para Elaboração


de Propostas Para o Programa de Resíduos Sólidos. Brasília, 2014.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento


Básico: 2008. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Rio de Janeiro, 2010.

LANA, M. M.; PROENÇA, L. C. EMBRAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e


Abastecimento. Resíduos Orgânicos. Brasília, 2021.

Marca Ambiental, 2022. Disponível no site: <https://marcaambiental.com.br/compostagem-


conheca-os-beneficios-para-o-equilibrio-da-natureza/>.

MOREIRA, A. M. M.; CARVALHO, L. L.; GUNTHER, W. M. R. Composteira


Experimental em Ambiente Institucional: Instrumento de Educação Ambiental e Busca
da Sustentabilidade. ANAP, 2010.
SITEWARE, 2022. Disponível no site: <https://www.siteware.com.br/metodologias/o-que-e-
meta-smart/>.

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