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Anita Casimiro Cebola

Dane Silvestre

Filó Atonio Nelson

Filomena Daniel

Juvêncio Lázaro Mkaima

Soares Junior Soares

Eliminação /Tratamento de resíduos laboratoriais

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
Anita Casimiro Cebola
Dane Silvestre
Filó Atonio Nelson
Filomena Daniel
Juvêncio Lázaro Mkaima
Soares Junior Soares

Licenciatura em Ensino de Química com Habilidades em Gestão Laboratorial

Eliminação /Tratamento de resíduos laboratoriais

Trabalho de RHSL, 1º semestre do 3º ano,


a ser apresentado á Faculdade de Ciências
Naturais para fins avaliativos e como
requisita para obtenção do grau de
Licenciatura sob orientação do

MCs: Afido Juma Pirilau

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2023
Índice
Introdução..........................................................................................................................3

1.0. Objectivos do Trabalho..............................................................................................3

1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................3

1.2. Objectivos Específicos...............................................................................................3

2.0. Metodologias..............................................................................................................3

3.0 Eliminação /Tratamento de resíduos laboratoriais......................................................5

3.1. Resíduos.....................................................................................................................5

3.1.1. Classificações do produtos e residuos químicos.....................................................5

3.1.2. Problemática da Contaminação por Residuos Químicos.........................................6

3.1.3. Perigos associados...................................................................................................6

3.2. Tratamento de Residuos Químicos.............................................................................7

3.2.1. Regra geral para o tratamento de resíduos químicos em laboratório......................8

3.2.2. Ácidos e bases (sem metais pesados)......................................................................8

3.2.3. Acidos (clorídrico, sulfúrico, nítrico, acético, perclórico, ácidos sólidos, etc.)......9

3.2.4. Bases (aminas, soluções de hidróxidos, soluções de alcoolatos, amônia, etc.).......9

3.2.5. Sais de chumbo........................................................................................................9

3.2.6. Sais de cádmio.........................................................................................................9

3.2.7. Sais de mercúrio....................................................................................................10

Conclusão........................................................................................................................11

Referência Bibliografica..................................................................................................12
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Introdução

Em laboratórios a manipulação inadequada de produtos químicos perigosos e


equipamentos operados de forma incorreta podem causar acidentes, independente da
atividade de pesquisa cientifica que esta sendo executada. Para trabalhar com segurança
em laboratórios, é fundamental estar informado sobre as propriedades e os perigos
associados à manipulação de todos os produtos utilizados. Muitos deles representam
perigos múltiplos à saúde, ao ambiente de trabalho e ao meio-ambiente (SCHNEIDER,
GAMBA, ALBERTINI, 2011). No entanto surge aqui a necessidade de estudar
Eliminação /Tratamento de resíduos laboratoriais, porque a tratamento de produtos
químicos é caracterizada principalmente por vantagens ambientais e econômicas, não
somente pela redução de residuos e diminuição de custos financeiros, mas também
devido ao importante papel em questões educativas socioambientals, quando
implementado em instituições acadêmicas (STEPNOWSKI et al, 2002).

1.0. Objectivos do Trabalho

1.1. Objectivo Geral

 Compreender processos envolvidos no tratamento/eliminanção dos resíduos


laboratoriais.

1.2. Objectivos Específicos

 Descrever perigos associados a resíduos laboratoriais


 Indicar tratamentos de algumas substâncias

2.0. Metodologias

Com propósito metodológico, recorreu-se a pesquisas bibliográficas que se


resumiu em visitar serviços electrónicos (internet) e a recolha de dados em diversas
obras e revistas, seguindo da compilação da informação recolhida. No entento revisão
bibliográfica foi a base técnica para a pesquisa e a obtenção de resultados credíveis.

Quanto a estrutura o trabalho apresenta, a introdução onde apresentou-se de


forma breve o tema, o desenvolvimento onde faz – se a descrição do assunto em
4

discussão, a conclusão onde faz-se a resenha de todo o trabalho, e a sua respectiva


referência bibliográfica.
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3.0 Eliminação /Tratamento de resíduos laboratoriais

3.1. Resíduos

Resíduos são materiais considerados sem utilidade por seu possuidor. Aqui se
incluem todo e qualquer tipo de resíduo, seja ele um produto químico, ou uma vidraria,
embalagens, luvas, mascaras, tocas e outros mais. É sempre importante ressaltar o fato
de que ser um resíduo não significa, que este não tem mais utilidade.

3.1.1. Classificações do produtos e residuos químicos

A Norma Brasileira NBR 7501/2011 da Associação Brasileira de Normas


Técnicas - ABNT sobre transporte de produtos perigosos - Terminologia, define
produtos perigosos como produtos que tenham potencial de causar dano ou apresentam
risco a saúde, segurança e meio ambiente. A ABNT NBR 14725-2/2009 sobre Produtos
quimicos classifica as substâncias químicas e misturas químicas.

Já a classificação de residuos sólidos segue a ABNT NBR 10004/2004 que


classifica estes quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública.
Para os efeitos desta Norma, os residuos são classificados em:

a) Residuos classe 1 - Perigosos: Aqueles que apresentam periculosidade, que é uma


característica apresentada por um residuo que, em função de suas propriedades fisicas,
químicas ou infectocontagiosas, pode apresentar:

 Risco à saúde pública, provocando mortalidade, incidência de doenças ou


acentuando seus indices;
 Riscos ao meio ambiente, quando o resíduo for gerenciado de forma inadequada;
 ou com características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade
e patogenicidade.

b) Residuos classe II - Não perigosos:

 Residuos classe II A- Não inertes: Aqueles que não se enquadram nas


classificações de residuos classe 1 - Perigosos ou de residuos classe II B. Os
resíduos classe II A Não inertes podem ter propriedades, tais como:
blodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;
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 Resíduos classe II B Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de


uma forma representativa, segundo a ABNT NBR10007/2004, e submetidos a
um contato dinámico e estático com água destilada ou deionizada, à temperatura
ambiente, conforme a ABNT NBR 10006/2004, não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de
potabilidade de água.

3.1.2. Problemática da Contaminação por Residuos Químicos

Um residuo químico descartado na pia, independente da quantidade, pode trazer


consequências graves, como risco à saúde da pessoa ao descartá-lo, risco da reação de
produtos incompatíveis, podendo causar explosão, destruição e entupimento de
encanamentos e contaminação de rios, mares e solos.

Em laboratórios a manipulação inadequada de produtos químicos


perigosos e equipamentos operados de forma incorreta podem causar
acidentes, independente da atividade de pesquisa cientifica que esta
sendo executada. Para trabalhar com segurança em laboratórios, é
fundamental estar informado sobre as propriedades e os perigos
associados à manipulação de todos os produtos utilizados. Muitos deles
representam perigos múltiplos à saúde, ao ambiente de trabalho e ao
meio-ambiente (SCHNEIDER, GAMBA, ALBERTINI, 2011).

A magnitude do impacto e o tempo de recuperação de um ambiente contaminado


estão associados a muitos fatores como tipo e quantidade do produto envolvido;
caracteristicas físicas do ambiente; comunidades biológicas incluindo suas
características reprodutivas e a presença de espécies sensíveis: condições climáticas;
época do ano, e o procedimento de limpeza aplicado (LOPES 2011),

3.1.3. Perigos associados

De acordo com FUNDACENTRO (2009), ao serem liberadas para o meio


ambiente os residuos, as substâncias químicas podem contaminar o ar, a terra e a água,
afetando todos os componentes dos sistemas naturais, incluindo seres humanos. Muitas
dessas substâncias liberadas persistem no meio ambiente por vários anos e se
movimentam continuamente entro o ar, a agua, os sedimentos, a terra e ao conjunto dos
seres vivos
7

Conforme o KORENAGA et al. (1994)

Os compostos químicos atuam no ambiente de forma direta e indireta,


ameaçando fortemente a saúde humana. O nivel de perigo para os seres
humanos após a entrada de substâncias químicas no ambiente depende
da toxicidade do produto quimico e da extensão da exposição humana.
Independentemente desses fatores, o mais importante é proteger
adequadamente a saúde humana, sendo, portanto necessária uma
avaliação de risco mais avançada visando o controle do produto
quimico aplicado.

Caso de acidente com produtos químicos, deve-se evitar a aproximação do local,


manter uma distância segura para evitar a inalação de gases ou vapores, já que algumas
substâncias são nocivas à saúde, mesmo em pequenas concentrações. Não ter contato
com um produto químico derramado é essencial para evitar mais perigos e deve-se
lembrar que certos produtos químicos podem reagir violentamente com a água.

Considera-se substâncias químicas perigosas aquelas que, puras ou em mistura,


possam acarretar efeitos prejudiciais aos organismos biológicos devido às suas
propriedades tóxicas, corrosivas, oxidantes e radioativas, podendo estar sobre forma
sólida, líquida ou gasosa (WHO, 2009).

Quando ocorre um acidente com produto perigoso as incertezas quanto aos próprios
efeitos sobre a saúde e o meio ambiente podem provocar sentimentos de medo,
insegurança, pânico e instabilidade social, conduzindo em alguns casos o estresse nas
populações expostas (FREITAS, PORTE, GOMEZ, 1995).

3.2. Tratamento de Residuos Químicos

No estudos pioneiros de STEPNOWSKI et al (2002). Sustenta que a recuperação


de produtos químicos é caracterizada principalmente por vantagens ambientais e
econômicas, não somente pela redução de residuos e diminuição de custos financeiros,
mas também devido ao importante papel em questões educativas socioambientals,
quando implementado em instituições acadêmicas.

Sempre que possível, existe um empenho na recuperação dos residuos gerados


por vários tipos de processos, objetivando torná-los úteis novamente. Os residuos
recuperados podem não somente ser sucessivamente reutilizados na mesmo processo em
que foram geradas, como também podem se transformar em matéria prima para outros
processos (AMARAL et al., 2001).
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Entre os tratamentos citados por Vogel (1981) e Di Vitta et al (2004), e também


nas recomendações demonstra-se a seguir alguns tratamentos que possuem fácil
aplicabilidade para tratamento infoco em laboratórios congelamento, secagem, extração
e adsorção, decantação, precipitação, filtração; degradação, eletrólise, destilação do
solventes orgânicos, neutralização, oxidação, redução, processos oxidativos avançados,
tratamento de soluções contendo iões metálicas (par exemplo, cromo, mercurio, prata).

Os métodos mais utilizados no tratamento de RSS são a esterilização a gás ou


vapor, desinfeção química por adição de peróxido de hidrogênio, hipocloritos, ácidos,
álcoois, compostos de amônio quaternário ou cetona e incineração, após a compactação
ou trituração dos resíduos se necessário. Esses resíduos podem, ainda, ser tratados por
ativação térmica, irradiação ou por plasma.

3.2.1. Regra geral para o tratamento de resíduos químicos em laboratório

Os resíduos que são passíveis de destruição/neutralização no próprio laboratório,


para posterior descarte na pia, não deverão ser acumulados. É sempre mais fácil e
menos perigoso o tratamento de pequenas quantidades dos resíduos. O tratamento destes
poderá ser feito no próprio laboratório que os gerou, sob a responsabilidade de um
Tecnico/docente.

Efetuar o tratamento químico para eliminação da periculosidade ou encaminhar


para descarte (incineração, aterro industrial, etc).

Procurar seguir as possibilidades de aplicação da política dos 3R’s (recuperar,


reutilizar, reciclar) às misturas ou contaminações passíveis de separação ou
descontaminação.

3.2.2. Ácidos e bases (sem metais pesados)

 Para sólidos: Bastas misturar com o mesmo volume de água e Ajustar o pH


entre 6 e 8;
 Para soluções concentradas: diluir até obtenção de solução com 50% de água e
para soluções diluídas ajustar o pH.
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3.2.3. Acidos (clorídrico, sulfúrico, nítrico, acético, perclórico, ácidos sólidos, etc.).

 Ver cuidados com fosfatos no item 2.


 Neutralizar com uma base (é sugerido o emprego de uma mistura de bicarbonato
de sódio + carbonato de cálcio),
 Acertar o pH entre 6,0 e 8,0 (verificar com papel indicador ou gotas de
fenolftaleína),
 Descartar o sobrenadante na pia sob água corrente. Se sobrar material sólido,
 Verificar se pode ser descartado no lixo, caso contrário, este deverá ser
acumulado e, posteriormente, enviado para tratamento ou descarte.

3.2.4. Bases (aminas, soluções de hidróxidos, soluções de alcoolatos, amônia, etc.)

 Neutralizar com um ácido fraco ou diluído (ácido acético, por ex.);


 Acertar o pH entre 6,0 e 8,0 e descartar em pia;
 Metais pesados (e seus sais) Identificar, precipitar (como sais insolúveis), filtrar
e recolher o sólido em recipientes separados;
 A precipitação poderá ser realizada com soda cáustica (NaOH + Na2CO3) em
excesso. Neutralizar o sobrenadante, verificar eficiência da precipitação e
descartar na pia sob água corrente.

3.2.5. Sais de chumbo

 Adicionar, sob agitação, uma solução 0,1% de metassilicato de sódio. Ajustar o


pH em 7,0 com ácido sulfúrico 2,0 mol L-1;
 Deixar a solução em repouso por uma noite;
 Filtrar o precipitado ou evaporar a solução na capela;
 Guardar o material sólido em recipiente de plástico. Verificar se sobraram íons
chumbo no sobrenadante;
 Repetir o procedimento até não apresentar mais precipitação. Descartar a fase
líquida na pia.

3.2.6. Sais de cádmio

 Adicionar, sob agitação, uma solução 0,1% de metassilicato de sódio à solução


que contém sais de cádmio;
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 Ajustar o pH em 7,0 com ácido sulfúrico 2,0 mol L-1;


 Aquecer a 80°C por 15 minutos, para que a reação seja completa;
 Filtrar o precipitado. Somente após verificar a eficiência do procedimento,
descartar o sobrenadante na pia;
 O precipitado deve ser guardado em recipiente de plástico;

3.2.7. Sais de mercúrio

 Ajustar o pH da solução que contém sais de mercúrio acima de 10; deixar


repousar por 12 horas para garantir a precipitação completa do hidróxido de
mercúrio.
 Filtrar e verificar se a precipitação foi completa adicionando uma solução 20%
de sulfeto de sódio ou cálcio ao líquido sobrenadante.
 Recolher o precipitado em embalagem especial (recipiente de plástico).
 Armazenar o mercúrio precipitado como hidróxido e como sulfeto em diferentes
recipientes para facilitar o processo de recuperação do material. A fase aquosa
deve ser tratada para retirada do excesso de sulfeto (ver item 6).
 O líquido sobrenadante deve ser diluído com água, em abundância, antes de ser
eliminado no esgoto.
11

Conclusão

Concluimos que é possivel reduzir ou eliminar a periculosidade de muitas


substâncias quimicas através de processos químicas e biológicas realizados no próprio
laboratório. Dentre os diversos métodos disponiveis pode-se destacar o tratamento
quimico uma opção barata para disposição de pequenas quantidades de residuos,
utilizado, especialmente, para carcinógenos como aflatoxinas, N-nitrosaminas, agentes
alquilantes, compostos halogenados e hidrazina e para mutágenos como o brometo de
etidio; a neutralização de ácidos e bases minerais os quais podem, após a realização
deste procedimento, serem lançados na rede de esgoto; a destilação de solventes e a
biodegradação, aeróbica ou anaeróbica, de substâncias químicas, como fenóis, álcoois e
cetonas.
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Referência Bibliografica

AMARAL, S. T. et al . Relato de uma experiência: recuperação e cadastramento de


resíduos dos laboratórios de graduação do instituto de quimica da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Química Nova, v. 24, n. 3. p. 419-423, 2001.

DI VITTA, P. B. et al - Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia em Residuos e


Desenvolvimento Sustentável, Florianópolis, Brasil, 2004

FREITAS, C. M.; PORTE, M. F. S.; GOMEZ, C. M. Acidentes químicos ampliados um


desafio para a saúde pública. Revista de Saúde Pública, v. 29, n. 6. p. 503-514, 1995.

FUNDACENTRO. Segurança quimica para trabalhadores, comunidade e meio


ambiente: Publicação especial sobre os temas abordados na Conferência Internacional
sobre a gestão segura e saudável dos produtos químicos Brasil. São Paulo, abril de
2009.

KORENAGA, T., TSUKUBE, H.; SHINODA, S., NAKAMURA, I. Hazardous Waste


Control in Research and Education. [s.1.1 CRC Press, 1994.

LOPES, C. F. Aspectos ambientais nas Emergências Químicas. Setor de Operações de


Emergência da CETESB, 2011. Disponivel em: http://www.cetesb. sp.gov.br/
emergencia/ artigos / artigos/ aspectos.pdf. Acesso em: 07 mar. de 2023.

NBR 7501 Transporte terrestre de produtos perigosos - terminologia Rio de Janeiro:


ABNT, 2011.

SCHNEIDER, R.P.; GAMBA, R.C: ALBERTINI, L.B. Manuseio de Produtos


Quimicos. Capitulo 2 Manuseio Seguro de Produtos Químicos Perigosos. São Paulo:
ICBII USP, 2011. 63p.

STEPNOWSKI, P: et al. Total recycling of chromatographic solvents-applied


management of methanol and acetonitrile waste. Resources. Conservation and
Recycling, v. 35, n. 3. p. 163-175, 2002.

VOGEL, A. I. Quimica Analitica Qualitativa (Tradução por Antonio Gimeno da), 5*


Ed. rev. Por G. Svehia - São Paulo: Mestre Jou, 1981.

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