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Laboratório de

Farmacotécnica - UNILAB

Guia prático
de descarte de
resíduos

1a edição

Redenção/
CE

Instituto de
Ciências da Saúde
2023
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
-UNILAB-
Guia prático de descarte de
resíduos
Comissão organizadora
Comissão de Biossegurança para o Controle e Descarte
Correto de Resíduos( CBCDCR) do Instituto de
Ciências da Saúde
Sumário

06 Prefácio

07 Apresentação

08 Capítulo 1
Objetivo, abrangência, regulamentação
e responsabilidades

09 Capítulo 2
Caracterização dos resíduos

10 Capítulo 3
Orientações sobre equipamentos de
proteção individual - EPIs

11 Capítulo 4
Procedimentos de descarte dos resíduos
gerados no laboratório de
farmacotécnica

11 4.1 Grupo B
Resíduos infectantes

15 4.2 Grupo D
Resíduos químicos
Prefácio

O conhecimento científico e os avanços tecnológicos têm


desempenhado um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida
da humanidade. Os laboratórios, como espaços dedicados à pesquisa,
experimentação e descoberta, têm sido os pilares dessa jornada de
progresso. No entanto, em meio aos inúmeros benefícios
proporcionados pela ciência, surge uma questão crucial: o que acontece
com os resíduos e resíduos gerados nesses ambientes?

O descarte adequado dentro de um laboratório é uma preocupação que


vai além da mera conformidade com regulamentos e normas. Trata-se
de uma responsabilidade ética e moral compartilhada por todos os
envolvidos na busca pelo conhecimento científico. O descuido ou a
negligência na manipulação e no descarte de materiais pode ter
consequências desastrosas para o meio ambiente, para a saúde humana e
até mesmo comprometer a integridade de futuras pesquisas.

Uma das principais razões para a adoção de práticas de descarte correto


é a prevenção da contaminação ambiental. Muitos dos produtos
químicos, solventes, reagentes e materiais utilizados nos experimentos
em laboratórios podem ser altamente tóxicos e prejudiciais ao
ecossistema quando lançados indiscriminadamente no meio ambiente. O
descarte inadequado desses materiais pode contaminar o solo, os corpos
d'água e até mesmo a atmosfera, causando danos irreversíveis à
biodiversidade e colocando em risco a sustentabilidade do nosso
planeta.

Além disso, o descarte correto de resíduos laboratoriais também é


essencial para proteger a saúde e a segurança dos indivíduos envolvidos
nesses ambientes, bem como da comunidade em geral. Muitos produtos
químicos e materiais utilizados em laboratórios podem representar
riscos à saúde, como irritações, queimaduras ou até mesmo a indução de
doenças graves. A manipulação adequada e a disposição segura desses
resíduos minimizam a exposição a esses perigos, protegendo a saúde
dos pesquisadores, funcionários e da população em geral.

Outro ponto crucial é a preservação da integridade científica. A


contaminação cruzada de materiais ou a mistura inadequada de
substâncias podem comprometer a validade e a confiabilidade dos
resultados de experimentos e pesquisas científicas. O descarte
adequado, por sua vez, ajuda a garantir que os materiais utilizados em
um experimento sejam corretamente segregados e eliminados, evitando
interferências indesejadas e preservando a qualidade dos dados obtidos.

Em suma, a importância do descarte correto dentro de um laboratório


não pode ser subestimada. É uma responsabilidade que todos os
envolvidos devem assumir, desde pesquisadores e técnicos até gestores
e administradores de laboratórios. Ao adotar práticas de descarte
adequadas e conscientes, estaremos não apenas protegendo o meio
ambiente e a saúde humana, mas também preservando a integridade
científica e contribuindo para um futuro sustentável e seguro para as
gerações futuras.

6
Apresentação

A Diretoria Técnica do Instituto de Ciências da Sáude (ICS), da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira (UNILAB), comprometida com questões de biossegurança e com o atendimento à legislação vigente pela Agência de
Vigilância Sanitária (ANVISA), estabeleceu, em 2023, o desenvolvimento e a implantação do Programa de Gerenciamento de
Resíduos para todos os laboratórios da instituição.

O Guia Prático de Descarte de Resíduos do Instituto de Ciências da Saúde, em especial, do laboratório de Farmacotécnica,
possui um roteiro de procedimentos com a finalidade de orientar e padronizar o descarte correto, como também orientar sobre o
descarte incorreto e como isso pode colocar em risco todo em torno socioambiental da Universidade, bem como os riscos à
saúde e segurança do trabalhador.

A elaboração do Guia Prático contou com a participação de uma equipe composta pelos membros da Comissão de
Biossegurança para o Controle e Descarte Correto de Resíduos( CBCDCR) do Instituto de Ciências da Saúde, com profissionais
de formação multidisciplinar e multissetorial, comprometidos com as questões de biossegurança e adequação do complexo do
laboratório com às normativas vigentes.

Ressaltamos que este guia será avaliado periodicamente, visando adequações às normas ou legislações vigentes, assim como
àquelas que venham a ser publicadas. Dessa forma, o Guia Prático de Descarte de Resíduos surge como resultado de um
trabalho coletivo, necessitando da contribuição e da colaboração de todos para que seja constantemente aperfeiçoado, visando à
melhoria contínua do (CBCDCR).

7
1 1.1 Objetivo
O propósito deste Manual Prático
Objetivo, abrangência, sobre a Eliminação de resíduos tem
por finalidade descrever as diretrizes
regulamentação referentes ao manejo e descarte
apropriado dos resíduos gerados nas
e responsabilidades variadas atividades realizadas no
Instituto de Ciências da Saúde, mais
especificamente no laboratório de
Farmacotécnica. O intuito é fornecer
orientações a todos os participantes
do processo, com o objetivo de
prevenir consequências adversas ao
meio ambiente e salvaguardar a
saúde.

1.2 Abrangência
Todo o Laboratório de Farmacotécnica da
UNILAB.

1.3 Regulamentação
Este Guia Prático segue as regulamentações
indicadas abaixo:

- RESOLUÇÃO RDC Nº 658, DE 30 DE


Março DE 2022 Dispõe sobre as
Diretrizes Gerais de Boas Práticas de
Fabricação de Medicamentos.

1.4 - Responsabilidades

A responsabilidade pelo adequado


manuseio e descarte dos resíduos
originados no Laboratório de
Farmacotécnica é compartilhada por todos
os indivíduos envolvidos no processo. Isso
abrange desde o Diretor da Instituição até
os responsáveis pelas diferentes áreas,
facilitadores, pesquisadores, funcionários,
alunos e estagiários. Além disso, a
Comissão de Gerenciamento de Resíduos
e a equipe do Departamento de Gestão
Ambiental desempenham um papel
fundamental nesse contexto. Também é
importante destacar a participação das
empresas terceirizadas que prestam
serviços ao ICS, como aquelas
responsáveis pela limpeza, gerenciamento
de obras, coleta e disposição adequada dos
resíduos.

8
2 Os resíduos são categorizados
com base nos possíveis riscos que
Caracterização dos representam para o meio
ambiente e a saúde, levando em
resíduos consideração também sua
natureza e origem, conforme
definido pela norma ABNT NBR
10.004/2004. No que diz respeito
aos riscos, os resíduos sólidos
podem ser agrupados em:
a) Resíduos classe I – Perigosos;
b) Resíduos classe II – Não perigosos;
c) Resíduos classe II A – Não inertes;
d) Resíduos classe II B – Inertes.

São considerados resíduos


perigosos aqueles que
apresentam uma ou mais das
seguintes características:
inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e
patogenicidade:

No Laboratório de Farmacotécnica da
UNILAB, os resíduos são originados das
atividades desenvolvidas em pesquisas de
pesquisas e aulas práticas.

De acordo com a RDC 306 ANVISA (2004),


os RSS podem ser subdivididos em cinco
diferentes, porém no laboratório de
farmacotécnica é priorizados os grupos B e
D da classificação da ANVISA que ocorre de
A à E.

– Grupo B
Resíduos químicos: São aqueles que
apresentam riscos devido às suas caracte-
rísticas químicas. Estes podem ser divididos
em:
Perigosos: Apresentam características
de toxicidade, reatividade, inflamabilidade
e/ou corrosividade, já descritas anterior-
mente.
Não Perigosos: Resultantes de ativi-
dades laboratoriais de estabelecimentos de
prestação de serviços de saúde que não
apresentam características de toxicidade,
reatividade, inflamabilidade e/ou corrosivi-
dade, enquadrando-se no Grupo D.

– Grupo D
Resíduos comuns: não apresentam
risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares.
Ex.: sobras de alimentos e do preparo de
alimentos, resíduos das áreas administra-
tivas etc.

9
3 Orientações sobre
equipamentos de
proteção individual -
EPIs

De acordo com as diretrizes


estabelecidas na Norma
Regulamentadora NR-6,
presente na Portaria 3.214/78
do Ministério do Trabalho e
Emprego, os Equipamentos de
Proteção Individual (EPIs) são
definidos como:

Proteção Individual (EPI) Os


equipamentos de proteção
individual (EPIs) são
dispositivos ou produtos
utilizados por trabalhadores
para se protegerem contra
possíveis riscos que possam
ameaçar sua segurança e saúde
no ambiente de trabalho. No
campo da saúde, é fundamental
que os profissionais estejam
devidamente equipados com os
EPIs adequados, pois esses
itens são essenciais para
prevenir riscos ocupacionais e
acidentes.

É importante seguir as
instruções específicas para o
uso de cada EPI, garantindo que
sejam utilizados de acordo com
os riscos associados aos
resíduos que estão sendo
manuseados.

1
sério dos

4 Procedimentos de
descarte dos resíduos riscos que apresentam. São eles:
Classe 9 – Substâncias e artigos
gerados no peri- gosos diversos
Classe 1 – Explosivos
laboratório de – Subclasse 1.1: Substâncias e artigos
com risco de explosão em massa; A Tabela nº 4 apresenta as classes de
Farmacotécnica – Subclasse 1.2: Substâncias e risco, pictogramas e exemplos. classes de
artigos com risco de projeção, mas
sem risco de explosão em massa;
risco, pictogramas e exemplos.
4.1 Grupo B – Subclasse 1.3: Substâncias e artigos
com risco de fogo e com pequeno risco Procedimento de descarte
Resíduos Químicos de explosão ou de projeção, ou ambos,
mas sem risco de explosão em massa;
– Subclasse 1.4: Substâncias e 1 Segregação
artigos que não apresentam risco Os resíduos químicos devem ser
Resíduos Químicos são aqueles significativo; segregados nas unidades geradoras no
resultantes de atividades laboratoriais - Subclasse 1.5: Substâncias muito momento da geração.
de estabele- cimento de ensino, insensí- veis, com risco de explosão em
pesquisa, produção e extensão, massa;
podendo ser produtos químicos ou – Subclasse 1.6: Artigos Antes de segregar, leia o rótulo e a
medicamentos, fora de especificação, extremamente insensíveis, sem risco de Ficha de Informação de Segurança do
obsoletos ou alterados; excedentes, explosão em massa. Produto Químico (FISPQ) dos
vencidos ou sem previsão de utilização; reagentes, de modo a conhecer suas
produtos de reações químicas, resíduos Classe 2 – Gases características físico-
de análises químicas, sobras de – Subclasse 2.1: Gases inflamáveis;
amostras contaminadas, sobras da – Subclasse 2.2: Gases não
-químicas e sua periculosidade. A
preparação de reagentes, resíduos de inflamáveis, não tóxicos; FISPQ pode ser visualizada no site do
saneantes, desinfetantes; resíduos – Subclasse 2.3: Gases tóxicos. fabricante do reagente.
contendo metais pesados; efluentes de
processa- dores de imagens (reveladores e Classe 3 – Líquidos inflamáveis Durante a segregação, os resíduos
fixadores); frascos ou embalagens de
reagentes, resí- duos de limpeza de
químicos perigosos devem ser
equipamentos de labo- ratórios e Classe 4 – Sólidos inflamáveis; separados dos não perigosos,
materiais contaminados com substân- cias sujeitas à combustão lembrando que os resíduos químicos
substâncias químicas que oferecem espontânea; substâncias que, em incompatíveis NUNCA devem ser
riscos contato com a água, emitem gases misturados e, além disso, deve-se
à saúde humana e à qualidade do meio inflamáveis
ambiente. atentar à compatibilidade dos resíduos
Os resíduos químicos podem apresentar- – Subclasse 4.1: Sólidos inflamáveis, com os frascos de armazenamento.
-se na forma sólida, semissólida, substâncias autorreagentes e explosivos
líquida ou gasosa. Esses resíduos sólidos insensibilizados; – A compatibilidade química pode
podem possuir vários graus de – Subclasse 4.2: Substâncias ser consultada na Tabela n° 5.
periculosidade, de acordo sujeitas à combustão espontânea;
com suas características de
– Alguns reagentes químicos
inflamabilidade, corrosividade,
– Subclasse 4.3: Substâncias que, incompatí veis com PEAD (Polietileno
reatividade e toxicidade. em contato com a água, emitem gases de Alta Densidade), podem ser
No plano de segregação, inflamáveis; verificados também na rotina.
armazenamento e rotulagem do
Programa de Gerencia- mento de Classe 5 – Substâncias oxidantes Os resíduos químicos podem conter
Resíduos do Instituto Butantan, os
resíduos químicos foram classificados
e peróxidos orgânicos resí- duos de outros grupos, como
conforme ABNT-NBR-10004:2004:
–Subclasse 5.1: Substâncias oxidantes; infectantes ou radioativos. Nesses casos,
– Subclasse 5.2: Peróxidos orgânicos; deve-se proceder conforme a Tabela
a. resíduos 7.
classe I Classe 6 – Substâncias tóxicas e subs-
Perigosos tâncias infectantes
– Subclasse 6.1: Substâncias tóxicas;
b. resíduos classe – Subclasse 6.2: Substâncias
II
infectantes
Não Perigosos
De acordo com a Resolução
Classe 7 – Material radioativo
ANTT 420, os resíduos perigosos
são subdivididos em 9 classes,
de acordo com o risco ou o mais Classe 8 – Substâncias corrosivas

1
Tabela n° 4
Tabela de Pictogramas e Exemplos

Classe Exemplos de
Sub-classe Descrição Exemplos
pictogramas
1
Explosivos
1.1 Substâncias e artigos com risco de explosão em massa Trinitrofluorenona,
(uma explosão em massa é a que afeta virtualmente Perclorato de Amônio
toda a carga de modo praticamente instantâneo)

1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem cartuchos para armas,
risco de explosão em massa explosivos

1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com fogos de artifício, sinali-
pequeno risco de explosão e/ou de projeção, mas sem zadores
risco de explosão em massa

1.4 Substâncias e artigos que não apresentam risco signi- sinalizadores de fumaça,
ficativo ácido tetrazol-1-acético

1,5 Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão Artigos explosivos muito
em massa (com a probabilidade de iniciação ou de insensíveis
transição de queima para a detonação muito pequena)

1,6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de Artigos explosivos extre-


explosão em massa mamente insensíveis
2
Gases
2.1 Gases inflamáveis GLP, Propileno

2.2 Gases não inflamáveis, não tóxicos Nitrogênio, oxigênio


comprimido

2.3 Gases tóxicos Cloreto de nitrosila, Gás


cloro

3
Líquidos inflamáveis
3 Líquidos Inflamáveis Etanol, metanol

4
Sólidos Inflamáveis
substâncias sujeitas
4.1 Sólidos inflamáveis, substâncias autorreagentes e Ácido Pícrico, naftaleno
a combustão espon-
explosivos sólidos insensibilizados
tânea; substâncias que,
em contato com a água, Sulfeto de Sódio ou
4.2 Substâncias sujeitas a combustão espontânea
emitem gases inflamáveis potássio Anidro

4.3 Substâncias que, em contáto com água, emitem gases Borohidreto de Sódio,
inflamáveis Metildiclorossilano

5
Substâncias oxidantes e
peróxidos orgânicos
5.1 Substâncias oxidantes Permanganato de
potássio, dicromato de
amônio

5.2 Peróxidos orgânicos Ácido peracético


(Proxitane), peróxido de
ciclohexanona.

1
Tabela n° 5
Incompatibilidade Química

Substância
Incompatível com Substância Incompatível com
(Não devem ser armazenadas ou misturadas com) (Não devem ser armazenadas ou misturadas com)
Acetileno
Cloro, Bromo, Flúor, Cobre, Prata, Mercúrio Clorofórmio Bases fortes; Metais alcalinos; Alumínio; Magnésio;
Agentes oxidantes fortes
Acetona Ácido nítrico (concentrado); Ácido sulfúrico
(concentrado); Peróxido de hidrogênio Cobre metálico Acetileno; Peróxido de hidrogênio; Azidas

Acetonitrila Oxidantes, ácidos Éter etílico Acido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido sulfúrico;
Ácido fosfórico
Ácido Acético Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido perclórico;
Peróxido de hidrogênio; Permanganatos Fenol Hidróxido de sódio; Hidróxido de potássio; Compostos
halogenados; Aldeídos
Ácido clorídrico Metais mais comuns; Aminas; Óxidos metálicos;
Anidrido acético; Acetato de vinila; Sulfato de Ferrocianeto de potássio Ácidos fortes
mercúrio; Fosfato de cálcio; Formaldeído; Carbonatos;
Bases fortes; Ácido sulfúrico; Ácido clorossulfônico Flúor Isolar de tudo

Ácido clorossulfônico Materiais orgânicos; Água; Metais na forma de pó Formaldeído Ácidos inorgânicos

Ácido fluorídrico (anidro) Amônia (anidra ou aquosa) Hidrazina Peróxido de hidrogênio; Ácido nítrico; Qualquer outro
oxidante
Ácido nítrico (concen- Ácido acético; Acetona; Alcoóis; Anilina; Ácido crômico
trado) Hidretos Água; Ar; Dióxido de carbono; Hidrocarbonetos
clorados
Ácido perclórico Anidrido acético; Alcoóis; Papel; Madeira
Hidrocarbonetos (como Flúor; Cloro; Bromo; Ácido crômico; Peróxidos
Ácido sulfúrico Cloratos; Percloratos; Permanganatos; Peróxidos o benzeno, butano,
orgânicos propano, gasolina, etc.)

Metais alcalinos e alca- Dióxido de carbono; Tetracloreto de carbono e outros Hidróxido de amônio Ácidos fortes; Metais alcalinos; Agentes oxidantes
lino-terrosos (como o hidrocarbonetos clorados; Quaisquer ácidos livres; fortes; Bromo; Cloro; Alumínio; Cobre; Bronze; Latão;
sódio, potássio, lítio, Quaisquer halogênios; Aldeídos; Cetonas; Mercúrio
magnésio, cálcio) Não usar água, espuma, nem extintores de pó
químico em incêndio que envolvam estes metais. Hidroxilamina Óxido de bário; Dióxido de chumbo; Pentacloreto e
Usar areia seca tricloreto de fósforo; Zinco; Dicromato de potássio

Álcool amílico, etílico Ácido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido fosfórico Hipoclorito de sódio Fenol; Glicerina; Nitrometano; Óxido de ferro;
e metílico Amoníaco; Carvão ativado

Amônia anidra Mercúrio; Cloro; Hipoclorito de cálcio; Iodo Acetileno; Hidrogênio


odo,Bromo,Ácido fluorídrico, Prata
Líquidos Inflamáveis Nitrato de amônio; Ácido crômico; Peróxido de
Anidrido acético Ácido crômico; Ácido nítrico; Ácido perclórico; hidrogênio; Ácido nítrico; Peróxido de sódio;
Compostos hidroxilados; Etileno glicol; Peróxidos; Halogênios
Permanganatos; Soda cáustica; Potassa cáustica;
Aminas Mercúrio Acetileno; Ácido fulmínico (produzido em misturas
etanol--ácido nítrico); Amônia; Ácido oxálico
Anidrido maleico Hidróxido de sódio; Piridina e outras aminas terciárias
Nitratos Ácidos; Metais na forma de pó: Líquidos inflamáveis;
Anilina Ácido nítrico; Peróxido de hidrogênio Cloratos; Enxofre; Materiais orgânicos ou combustíveis
finamente divididos; Ácido sulfúrico
Azidas Ácidos
Oxalato de amônio Ácidos fortes
Benzeno Ácido clorídrico; Ácido fluorídrico; Ácido fosfórico;
Ácido nítrico concentrado; Peróxidos Percloratos Ácidos

Bromo Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Metano; Permanganato de Glicerina; Etileno glicol; Benzaldeído; Qualquer ácido
Propano; Outros gases derivados do petróleo; potássio livre; Ácido sulfúrico
Carbonato de sódio; Benzeno; Metais na forma de pó;
Hidrogênio Peróxidos (orgânicos) Ácidos (orgânicos ou minerais); Evitar fricção;
Armazenar a baixa temperatura
Carvão ativo Hipoclorito de cálcio; Todos os agentes oxidantes
Peróxido de benzoíla Clorofórmio; Materiais orgânicos
Cianetos Ácidos
Peróxido de hidrogênio Cobre; Crômio; Ferro; Maioria dos metais e seus sais;
Cloratos Sais de amônio; Ácidos; Metais na forma de pó; Materiais combustíveis; Materiais orgânicos; Qualquer
Enxofre; Materiais orgânicos combustíveis finamente líquido inflamável; Anilina; Nitrometano; Alcoóis;
-divididos Acetona

Cloreto de mercúrio Ácidos fortes; Amoníaco; Carbonatos; Sais metálicos; Prata e seus sais Acetileno; Ácido oxálico; Ácido tartárico; Ácido
Álcalis fosfatados; Sulfitos; Sulfatos; Bromo; fulmínico; Compostos de amônio
Antimônio
Sódio Tetracloreto de carbono; Dióxido de carbono; Água;
Cloro Amoníaco; Acetileno; Butadieno; Butano; Propano; Ver também em metais alcalinos
Metano;
Outros gases derivados do petróleo; Hidrogênio; Sulfetos Ácidos
Carbonato de sódio; Benzeno; Metais na forma de pó

1
Tabela no 7
Procedimentos para descarte de resíduos químicos contendo resíduos de diferentes grupos

Classe de resíduos Descartar como resíduo

Químico não perigoso Infectante


- Infectante
Químico perigoso* Infectante (exceto carcaças)
- Químico
Químico Radioativo
- Radioativo
Químico Infectante
Radioativo Radioativo
(perigoso ou não perigoso)

Os resíduos químicos devem ser armazenados em recipientes fornecidos pelo Setor de


Estoque/Almoxarifado do Instituto Butantan. Bombonas são utilizadas para líquidos, caixas de papelão
homologadas para sólidos e sacos plásticos laranja para embalagens vazias de plástico, luvas, papéis
contaminados, entre outros. As caixas de perfurocortantes também devem ser laranja e preenchidas até
2/3 de sua capacidade.

É proibido utilizar embalagens diferentes das fornecidas pelo Instituto Butantan, exceto para substâncias
incompatíveis com elas (conforme Tabela n° 6). Nesses casos, é necessário entrar em contato com o
Departamento de Gestão Ambiental (DGA). Os resíduos químicos perfurocortantes devem ser
acondicionados em recipientes rígidos, estanques, vedados, de cor laranja, identificados com símbolos
de substância tóxica ou RPM (resíduo perigoso de medicamento, da Resolução 420/2004 da ANTT). As
caixas de perfurocortantes laranja devem ser colocadas em sacos plásticos também laranja. Se os
perfurocortantes não couberem na caixa de 20 L, eles podem ser acondicionados em caixas pardo para
resíduos químicos sólidos. Após identificação, os sacos contendo resíduos químicos devem ser lacrados
com lacre de nylon.

Importante: Equipamentos com mercúrio devem ser separados dos demais e encaminhados ao DGA.
Em caso de vazamento, entre em contato com o DGA para que o químico responsável, utilizando EPIs
adequados, faça a coleta.

Os resíduos químicos vencidos devem permanecer em suas embalagens originais e ser acondicionados
em caixas de papelão homologadas.

 As caixas com frascos fechados de resíduos químicos vencidos, tanto sólidos como líquidos, e
frascos de vidro vazios devem permanecer abertas para conferência e serão fechadas pelo
químico responsável do DGA;
 Frascos vazios devem ser listados, juntamente com os cheios (considerando o conteúdo original)
e a compatibilidade química;
 As caixas com resíduos sólidos, como gel de acrilamida e agarose, vidrarias contaminadas que
não couberem na caixa laranja, sílica e alumina de cromatografia, e materiais contaminados com
produtos químicos devem ser fechadas pelo responsável do laboratório responsável pelo
descarte. Importante! Verificar a compatibilidade.
 Etiquetagem Cada recipiente destinado aos resíduos químicos deve ser devidamente identificado
com uma etiqueta fornecida pelo DGA, preenchida corretamente conforme o modelo a seguir.
 Transporte A remoção dos resíduos químicos deve ser solicitada preenchendo o formulário II
abaixo e agendando o procedimento com o DGA.

Os resíduos químicos serão transportados e armazenados em um local designado até a coleta externa.

 Coleta externa e tratamento. Os resíduos químicos serão coletados e enviados para empresas
especializadas em incineração, com exceção do mercúrio (Hg), que passará por um processo de
recuperação.

1
4.2
Grupo D
Rejeitos comuns
São considerados resíduos comuns aqueles que não apresentem risco bioló gico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares, como os gerados nas copas das unidades, no refeitório e na
creche. Ex.: sobra de alimento e guardanapo e papel sujos.

Orientações de segurança: Uso de EPIs necessários para realização do procedi- mento.

Procedimento de descarte

1 Segregação
O resíduo comum deve ser segregado sepa- radamente dos demais resíduos, inclusive dos resíduos recicláveis e
perfurocortantes, no momento da sua geração.

2 Acondicionamento
Os resíduos comuns devem ser acondicio- nados em saco plástico de cor preta, até atingirem o limite de 2/3 da capacidade.

3 Identificação
Identificar o saco, conforme etiqueta ao lado, em local de fácil visualização, com a etiqueta padrão fornecida pelo DGA, devi-
damente preenchida.

4 Transporte
O transporte da unidade geradora até o ponto de armazenamento temporário para acondicionamento nos contêineres de resí-
duos comuns deverá ser feito por funcioná- rios capacitados da empresa terceirizada de limpeza.

5 Disposição final
A coleta externa dos resíduos comuns é realizada diariamente por empresa tercei- rizada que se responsabiliza pelo encami-
nhamento dos resíduos ao Centro de Dispo- sição de Resíduos (CDR), para disposição final.

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