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Gestão Ambiental

PROPOSTA PARA IMPLEMENTAÇÃO DE


SGA NO LABORATÓRIO DE EFLUENTES
Área de Estudos: (LabE/FAENG)
A ABNT NBR ISO 14001/2015

A ABNT NBR ISO 14001 foi elaborada no Comitê Brasileiro de


Gestão Ambiental (ABNT/CB-038), pela Comissão de Estudo de
Sistema de Gestão Ambiental (CE-038.001.001). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital no 08, de 26/08/2015 a 27/09/2015.
Um dos principais objetivos sugeridos para essa mudança de versão,
é buscar uma evolução dos sistemas de gestão atuais, baseando-se
nos avanços tecnológicos, mudanças climáticas e no aprimoramento
das práticas ambientais sustentáveis em todo o mundo, tendo em vista
o cenário socioeconômico e ambiental atual.
O QUE PRETENDE?
Implementação e a manutenção dos sistemas de gestão;
 Possibilidade de redução de custos;
 Alcançar resultados almejados;
Aprimoramento das praticas ambientais sustentável;

CARACTERSTICAS DA ISO

Desenvolvimento Sustentável: buscar do equilíbrio entre os três


pilares da sustentabilidade: meio ambiente, sociedade e economia.
Gestão Ambiental Estratégica: reconhecimento da importância da
Gestão Ambiental Estratégica.
Gestão de Risco: inclusão do conceito de risco ambiental e
oportunidades, de forma integrada com a ISO 30001:2009.
Melhoria Contínua: está voltada para a “melhoria do desempenho
ambiental”.
Abordagem de Ciclo de Vida: está relacionado aos bens e serviços
adquiridos, controle e influência para os aspectos ambientais
associados com a utilização de produtos, desde o desenvolvimento e
fabricação do produto utilizado, até o tratamento ou disposição final
dos mesmos.
Validade das Certificações ISO 14001:2004
Ficou definido que o prazo para início da vigência da nova
versão será de 3 (três) anos, a partir da data de publicação
da ISO 14001:2015. Logo, as certificações já existentes não são
mais válidas, ou seja, após 14/09/2018 todas as organizações
precisam ter migrado para a nova versão da 14001.
RESOLUÇÃO FAENG
Norma nacional identificada que aponta
para padrões de qualidade de água para
reuso é a NBR 13969 (ABNT, 1997).
Outro instrumento de orientação é o
Manual de Conservação e Reuso de
água da FIESP (FIESP, 2005)

No Brasil, tais diretrizes são representadas


por legislações municipais, como a Lei
nº. 10.785 de 2003, do município de Curitiba
e a Lei nº. 6.345 de 2003 do município de
Maringá, ambas no Estado do Paraná. A Lei nº. 10.785/2003, do
município de Curitiba, criou o Programa de Conservação e Uso
Racional da Água nas Edificações – PURAE, onde, em artigo 1º.,
determina que o objetivo deste é instituir medidas que induzam à
conservação , uso racional e utilização de fontes alternativas.
Laboratório de Qualidade Ambiental (LAQUA)
O Laboratório de Qualidade Ambiental, com área física de 417m², que
tem como foco atividades de ensino, pesquisa e extensão nas áreas de
Qualidade da Água e Biossólidos. O laboratório está capacitado para
realizar análises físico-químicas e microbiológicas em águas naturais,
água potável e efluentes domésticos e industriais, além de análises de
sedimentometria.
Laboratório de tratamento de efluentes (LabE)
São realizadas pesquisas relacionadas a efluentes de agroindústria e
saneamento focado em recursos. Este laboratório foi implementado em
2011, contando com uma sala climatizada para reatores e experimentos
em escala de bancada. Anexo ao LabE, foi instalada uma casa de
vegetação de 36 m2, com sistema de irrigação.
Obs: O LAB E não pertence ao Laqua, é apenas uma extensão.
IMPACTOS AMBIENTAIS
É notório que as atividades de operação dos campus geram resíduos
sólidos, efluentes líquidos, consumo de recursos naturais, emissões
de gases, dentre outros passíveis de impactos ambientais. Os
laboratórios são geradores de resíduos líquidos e
sólidos, de grande diversidade e potencial poluidor,
englobando, inclusive, alguns resíduos classificados
como industriais.

A preocupação com a gestão ambiental de processos em laboratórios


de ensino e pesquisa no Brasil iniciou-se a partir da década de 90, a
qual estabelece procedimentos como a proteção ambiental, saúde e
segurança do trabalhador, sendo importante principalmente para as
instituições que possuem esses laboratórios, de ensino e pesquisa.
IMPACTOS AMBIENTAIS

Impacto Ambiental - qualquer alteração das propriedades físicas,


químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma
de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta
ou indiretamente, afetem:
A saúde, a segurança e o bem estar da população;
As atividades sociais e econômicas;
A biota;
As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
A qualidade dos recursos ambientais.
IMPACTOS AMBIENTAIS
Existem algumas abordagens imprescindíveis para que as iniciativas
ambientais sejam expandidas e duradouras dentro de uma instituição:
Um suporte administrativo comprometido;
Uma coordenação dedicada e eficaz;
Comunicação efetiva;
Consenso geral antes da formalização de sistemas;
Busca de parceiros (inclusive estudantes, com responsabilidades e
remuneração adequadas);
Planejamento;
Métodos para eliminação de riscos;
Melhoria contínua;
Ações iniciadas a partir de questões visíveis a todos,
como: A gestão de resíduos e o consumo de água e energia elétrica e
a colaboração da comunidade acadêmica como um todo.
VISITA TÉCNICA AO LAB E

Laboratório de Efluentes
Banheiros experimentais
Casa de Vegetação
Área experimental
ORGRANOGRAMA DE FUNCIONAMENTO LAB E

Coordenador
Geral

Coordenador
Supervisor
do laboratório

Pós
Mestrando Doutorando
Graduando

Iniciação Iniciação
Científica Científica Voluntários
(PIBIC) (INCT)

RESPONSÁVEIS COMPOSIÇÃO DO CORPO DO LAB


PROFª PAULA LOUREIRO 10 PÓS GRADUANDO
PROFº MARC 7 DOUTORANDO
3 MESTRANDO
9 ESTAGIÁRIOS: 6 IN. CIENT. (PIBIC)
1 IN. CIENT. (INCT)
2 VOLUNTÁRIOS
PROGRAMAÇÃO FUNCIONAL

A programação dos laboratórios baseia-se em conceitos definidos na


Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 50 de 2002 da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária.
Nos laboratórios de análises de águas e de efluentes as atribuições
fim são: análises de água para consumo humano e análises de
efluentes.
As atribuições meio são: capacitação e treinamento, apoio técnico,
apoio logístico e apoio administrativo.

O desenvolvimento de cada atividade requer ambientes específicos,


com determinados equipamentos, instalações e características
físicas.
No planejamento do laboratório sua programação funcional é
estabelecida a partir da definição dessas atribuições, de suas
consequentes atividades e do seu desdobramento em sub-atividades.
Atribuições:
1. Análises de água
2. Análises de efluentes
3. Análises de alta complexidade de água e efluentes
4. Apoio técnico
5. Apoio logístico
6. Apoio administrativo
7. Capacitação e treinamento
Análises de efluentes
1. Análises Físico-Químicas
2. Receber e registrar amostras
3. Determinar concentrações de
parâmetros
4. Registrar resultados das análises
PROBLEMÁTICAS

 Descarte e segregação de resíduos sólidos;


 Descarte de resíduos perigosos; (referente ao descarte direto
dos produtos químicos na pia)
 Consumo excessivo de energia;
 Capacitação dos usuários do laboratório em relação à:
segurança do trabalho e manipulação dos produtos. (seria desde
os funcionários de limpeza aos usuários em sí)
 Armazenamento dos produtos químicos;
 Procedimentos de segurança
PROPOSTA PARA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
LAB E
Objetivo geral
Aumentar o desempenho ambiental dos laboratórios, através da
implementação, permanência e melhoramento continuo do sistema
de gestão.

Objetivos específicos Planejamento para alcançar os


objetivos:
Redução de energia
O que será feito?
Educação ambiental
Com quais recursos?
Controle e gerenciamento
Responsável?
de resíduos
Previsão de conclusão?
Método de avaliação? Indicadores?
 Descarte e segregação de resíduos sólidos

 Objetivo: Instruir os usuários, conforme o período de renovação


destes, à separação de cada resíduo de maneira adequada, de
acordo com suas características física e químicas.
 Meta: Aumentar a eficiência da prática dos usuários em relação a
separação dos resíduos.
 Por que? Reduzir os impactos sobre o meio ambiente.
 Como? Identificar e pontuar as falhas dos usuários em relação a
separação dos resíduos.
 Levantamento de cada tipo de resíduo produzido no laboratório e do
local mais apropriado para a disposição temporária destes.
 Executar um projeto de conscientização eficaz, através de um
treinamento dispondo as práticas mais adequadas para tais
procedimentos, utilizando ainda placas informativas indicando os
locais corretos de armazenamento provisório além de material
educativo para reforçar as orientações.
 Descarte de resíduos tóxicos

Objetivo: Orientar os usuários a respeito da destinação final


adequada aos resíduos químicos gerados no laboratório.
Meta: Analisar a possibilidade de tratamento químicos para eliminar
ou minimizar a periculosidade dos resíduos após a lavagem das
vidrarias.
Por que? Reduzir ao máximo a geração de resíduos perigosos.
Como? Levantamento e conhecimento da classificação dos
produtos químicos utilizados, criando-se então uma ficha técnica
destes, correlacionando então as técnicas de tratamento em
laboratório, como:
Neutralização;
Destilação;
Biodegradação, etc.
 Consumo excessivo de energia

Objetivo: Reduzir os gastos em energia elétrica


no anexo.
Meta: Desenvolvimento de programas adequados
para redução do consumo.
Por que? Minimizar os impactos sobre o meio ambiente.
Como?
Identificação de possíveis aparelhos e atividades que podem
gerar consumo em excesso de energia.
Criar um ciclo de manutenção dos equipamentos, delegando tal
função à um responsável.
Implantação de lâmpadas mais eficientes, que equivalem a rotina
do laboratório.
Utilização de placas em locais estratégicos com a função de
lembretes, referente a necessidade do uso consciente de energia.
 Armazenamento dos produtos químicos

Objetivo: Instruir aos usuários quanto ao armazenamento seguro


e adequado de produtos químicos.
Meta: Aumentar a proteção dos produtos.
Por que? Evitar a contaminação/ acidentes dos usuários e
visitantes do laboratório.
Como? Criação de placas com função de lembretes lembrando
aos usuários sobre trancamento de armários, após finalização
dos procedimentos.
 Procedimentos de segurança

Objetivo: Instruir aos usuários quanto as providencias


a serem tomadas de imediato em caso de acidentes.
Meta: Identificação do tipo de acidente.
Por que? Manter sinais vitais e evitar a piora do quadro no qual a
pessoa já se encontra.
Como? Levantamento dos acidentes que podem ocorrer com maior
frequência no laboratório.
Elaboração de material teórico contendo tal levantamento, descrição
dos sintomas e demais aspectos que contribuam para a identificação
do acidente além das descrições de medidas essenciais a serem
tomadas.
Manter números de telefones como bombeiros, posto médico,
hospitais e médicos mais próximos sempre
visíveis e facilmente acessíveis ao usuários
do laboratório.
 Capacitação dos usuários

Objetivo: Realização do trabalho com cautela e bom senso, de


acordo com as recomendações.
Meta: Instruir aos usuários com todas as medidas acima
mencionadas para utilização do laboratório.
Por que? Prevenção/ minimização dos efeitos nefastos decorrentes
de possíveis acidentes.
Como?
Elaboração de um “Manual de segurança do laboratório”.
Produção de ciclo palestras e treinamentos contendo os assuntos
necessários para atingir a prática mais adequado dentro do
laboratórios.
Implantação de formas eficientes de
conscientização, como placas educativas.
Segurança, sinalização e comunicações

Prever instalações físicas compatíveis com as regulamentações de


segurança do Corpo de Bombeiros local e com as Normas
Regulamentadoras NR 8:2011 – Edificações e NR 9:1994 – Programa
de prevenção de riscos ambientais, ambas do Ministério do Trabalho
e Emprego - MTE.

Deverá ser adotado sistema de proteção contra incêndio, com


alarmes, detectores e extintores apropriados e devidamente
localizados e sinalizados, em conformidade com a NBR 5419:2005 e a
NR 23:2011 – Proteção contra incêndios.

A sinalização de segurança deverá seguir a NR 26:2011- Sinalização


de segurança, do MTE e a NBR 7195:1995 - Cores para segurança.
Deve ser previsto sistema de comunicação visual, para orientação
dos técnicos e usuários, com adoção de símbolos e convenções
segundo as NBR 9050:2004 e outras
normas inerentes ao tema.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Philippi Jr, A.; Roméro, M. A.; Bruna, G. C. (eds). Curso de Gestão


Ambiental. Coleção Ambiental. Barueri: Editora Manole, 2004, 1045p.
Barbieri, José Carlos. Gestão ambiental empresarial: conceitos,
modelos e instrumentos. 3. ed. atual. e ampl. São Paulo: Saraiva,
2011-2013. 358 p.

NBR ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO
14001: Sistemas de gestão ambiental: requisitos com orientações
para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2004, 27 p.

NBR 9077:2001. Saídas de emergência em edifícios. Rio de Janeiro,


2004.
NBR 10844:1989. Instalações prediais de águas pluviais –
Procedimento. Riode Janeiro, 1989.
Serviço Público Federal Ministério da
Educação
Fundação Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul Faculdade de Engenharias,
Arquitetura e Urbanismo e Geografia - FAENG

Gestão Ambiental

ACADÊMICAS:
LAUANY ARANTES
MÁRCIA SOCORRO DOS SANTOS

Profª Paula Loureiro Paulo

Junho/2019

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