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de Resíduos
Material Teórico
Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Revisão Técnica:
Prof. Dr. Eloá Cristina Figueirinha Pelegrino
a a
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Fátima Furlan
Gerenciamento de Resíduos Perigosos:
Técnicas de Tratamento
• Introdução;
• Resíduos Perigosos: Definições;
• Pilhas e Baterias;
• Pneus;
• Construção Civil;
• Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos;
• Considerações Finais.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
· Abordar as principais técnicas de tratamento e gerenciamento de
resíduos perigosos, estratificados nos seguintes grupos de resíduos:
– Pilhas e Baterias;
– Pneus;
– Construção Civil;
– Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE).
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Contextualização
Para iniciarmos esta unidade indico-lhe a breve leitura da matéria, cujo link está
disponível logo abaixo. Esta matéria contextualiza o surgimento das técnicas de
reciclagem, reaproveitamento e tratamento de resíduos perigosos, como no caso
específico dos Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE) ou “E-Waste”.
Esse grupo de resíduo perigoso também é denominado como “Lixo eletrônico”.
Explor
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Introdução
Na unidade didática anterior foram abordadas e descritas as técnicas de trata-
mento aplicáveis aos resíduos e rejeitos não perigosos, que por sua vez consistem
como uma das etapas de gerenciamento de resíduos e rejeitos.
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Segundo o Dicionário Aurélio a palavra Deletério é definida como aquilo que pode ocasionar
Explor
destruição e que seja pernicioso à saúde humana, ou seja aquilo que pode proporcionar
severos danos à saúde humana.
Pilhas e Baterias
A norma ambiental brasileira de esfera federal que rege o gerenciamento dos
resíduos perigosos tipificados como “Pilhas e Baterias” é a Resolução CONAMA
nº 401, de 4 de novembro de 2008. A referida Resolução estabelece as diretrizes
e padrões para o gerenciamento, ambientalmente correto, de pilhas e baterias.
Importante! Importante!
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Os organismos vivos contaminados por metais pesados estão suscetíveis a
severos danos à saúde. No caso dos seres humanos, uma vez contaminados por
esses compostos químicos, podem desencadear os seguintes sintomas e patologias:
bronquite, edema pulmonar, lesões renais, convulsões, alucinações, irritabilidade,
perda de memória, confusão mental, coma e morte.
Você poderá assistir o processo de reciclagem de pilhas por meio dos seguintes links:
Explor
https://youtu.be/tYgyqU3yKL4
https://youtu.be/CHVaMLzR0ag
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Mineralúrgica
É um processo de reciclagem adotado para baterias industriais de grande porte,
envolvendo, sobretudo, processos físicos de separação ou concentração dos
materiais que constituem as baterias, tais como: eletrólito, invólucro, plásticos,
isolantes, eletrodos e placas.
Esse processo de reciclagem pode gerar grande economia financeira para as
indústrias que as utilizam, pois ocorre uma significativa recuperação de diversos
materiais e a posterior reutilização na cadeia produtiva.
Pirometalúrgica
O processo de reciclagem classificado como “Pirometalúrgica” busca recuperar
os metais pesados presentes nas pilhas e baterias por meio da submissão desses
materiais a altas temperaturas. Isto é, após a separação dos componentes metálicos
e não metálicos desses resíduos (pilhas e baterias), os componentes metálicos são
aquecidos a temperaturas superiores a 1000 º C.
Hidrometalúrgica
Já o processo denominado como “Hidrometalúrgica” busca promover a recicla-
gem de metais pesados (mercúrio) constituintes de pilhas e baterias por meio da
dissolução ácida ou básica desses metais. Ou seja, o mercúrio presente em pilhas e
baterias é extraído por meio de um processo de aquecimento, sendo que esse metal
pesado é recuperado, posteriormente, por meio de eletrólise ou precipitação.
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Outro processo de reciclagem de pilhas, que envolve a separação de seus
componentes, pode ser visualizado por meio da ilustração abaixo:
https://goo.gl/rD2B5H
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Pneus
A norma ambiental brasileira de esfera federal que rege atualmente o gerencia-
mento dos resíduos perigosos tipificados como “Pneus” é a Resolução CONAMA
nº 416, de 30 de setembro de 2009. A referida Resolução revoga as Resoluções
anteriores nº 258/1999 e nº 301/2002, e estabelece as diretrizes e padrões para
o gerenciamento, ambientalmente correto, de pneus inservíveis.
“Danos infligidos ao meio natural por uma determinada atividade ou pelo conjunto das
ações humanas que podem ou não ser avaliados economicamente”.
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Técnicas de Tratamento de Pneus
Segundo a RECICLANIP, entidade criada, em 2007, pelos principais fabricantes
de pneus e vinculada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP),
o Brasil destinou mais de 183 mil toneladas de pneus inservíveis para o processo
reciclagem. Entretanto, embora esse número seja significativo, o Brasil ainda possui
um grande desafio no que tange ao gerenciamento desse tipo de resíduo, ou seja,
muitos pneus inservíveis ainda são dispostos, indevidamente, no meio ambiente.
Você poderá assistir o processo de reciclagem de pneus por meio dos seguintes links:
Explor
Carcaça de poliéster
Malha de aço
(“bolha”)
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Logo após a separação dos compartimentos básicos dos pneus, ilustrado aci-
ma, efetua-se a trituração de cada compartimento, transformando os em grãos. A
granulação desses compartimentos permite que cada grupo de grãos seja utilizado
para diferentes finalidades, isto é, cada substância é aproveitada como uma matéria
prima específica.
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Construção Civil
A norma ambiental brasileira de esfera federal que rege atualmente o
gerenciamento dos resíduos perigosos oriundos da construção civil é a Resolução
CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002. A referida Resolução estabelece as
diretrizes e critérios para o gerenciamento, ambientalmente correto, de resíduos
provenientes da construção civil.
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Embora se observe um interessante aumento no percentual de reciclagem desse
tipo de resíduo, nos últimos anos, estimam-se que mais que a metade do volume
desse resíduo ainda é destinada a aterros clandestinos (lixões e céu aberto). Essa
indevida disposição clandestina acarreta uma série de impactos ambientais, tais
como: enchentes, entupimento de galerias de esgoto, assoreamento de corpos
hídricos superficiais e diversas formas de poluições difusas. (PINTO, 1999 e
MIRANDA, 2009)
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Algumas de técnicas de tratamento dos RCCs podem ser conferidas no link a seguir:
Explor
https://youtu.be/Kn7OrCmUrG4
https://youtu.be/cgGGSrh3Vqg
https://youtu.be/DgvhfuKLrUw
Observamos que cada classe de RCCs deve ser submetida a uma técnica de
tratamento específica, sendo fundamental a segregação e separação de cada tipo
desses resíduos em sua fonte geradora, também conhecida como canteiro de obra.
Esse aspecto, corrobora com a necessidade de se implementar um sistema de
gerenciamento dos RCCs composto, basicamente, pelas etapas de por identificação,
segregação e tratamento.
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Em suma, o tratamento e reciclagem dos RCCs são processos de gerenciamento
que buscam atentar aos princípios ambientais como: Educação Ambiental, “3Rs”
(reduzir, reciclar e reutilizar), Prevenção, Responsabilidade Compartilhada (defini-
ção Unidade II), Gestão Integrada, etc.
D Logística reversa, incineração e aterros sanitários em conformidade com as normas técnicas específicas.
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Resíduos de Equipamentos
Elétricos e Eletrônicos
Estudamos na Unidade I que os “Resíduos de Equipamentos Elétricos e
Eletrônicos (REEE)”, também denominados como “Electronic Waste ou E-Waste”
(Resíduos Eletrônicos), são resíduos constituídos por uma grande diversidade de
materiais, sobretudo por metais pesados (mercúrio, berílio, chumbo e cádmio),
plástico e demais metais.
O Brasil, até o presente momento, não detém uma norma ou legislação ambiental
federal padrão que venha a reger as diretrizes operacionais para o gerenciamento,
ambientalmente correto, dos REEEs. Embora seja notório que a taxa de geração
desse tipo de resíduo apresente constante elevação a cada ano, em virtude do
acelerado processo de crescimento tecnológico da sociedade moderna.
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Observa-se que a cada ano ocorre o aumento da geração de REEEs, que por
sua vez configuram-se como um tipo, que apesar de perigosos, são compostos
por divesos materiais preciosos que podem ser reciclados e recuperados. Como
por exemplo as ‘Placas-Mães” que integram os computadores modernos possuem
diversos metais preciosos, conforme podem ser visualizados na Tabela 5 abaixo:
Identificação/Simbologia
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UNIDADE Gerenciamento de Resíduos Perigosos: Técnicas de Tratamento
Formas de destinação - Reciclagem, reutilização e logística reversa dos resíduos passíveis de reciclagem;
e ou disposição final - Disposição final dos rejeitos em aterros específicos.
Considerações Finais
Nessa unidade foi possível estudar as formas de tratamento, ambientalmente
corretas, dos resíduos sólidos considerados perigoso. Na próxima unidade,
estudaremos os mecanismos de tratamento e gerenciamento de resíduos sólidos
denominados como “Resíduos de Serviços de Saúde”.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Associação Brasileira de Empresas de Limpeza (ABRELPE). Dados institucionais.
http://www.abrelpe.org.br/
Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição (ABRECON). Dados institucionais.
http://www.abrecon.org.br/
Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP). Dados institucionais
http://www.anip.com.br/
RECICLANIP. Dados institucionais
http://www.reciclanip.org.br/
Livros
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América
Environmental Protection Agency (EPA). WasteWise Update: Electronics reuse and
recycling. EPA, 2000.
Relatório de Pesquisa Setorial 2015/2015
Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição
(ABRECON). Relatório de Pesquisa Setorial 2015/2015: A reciclagem de resíduos
de construção e demolição no Brasil. São Paulo, 2015.
Série Tecnologia Ambiental – Resíduos de Origem Eletrônica
Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). Série Tecnologia Ambiental - Resíduos de
origem eletrônica. Organizadores Fábio Henrique Silva dos Santos e Carlos Eduardo
Gomes de Souza Ministério de Ciência e Tecnologia, 2010
A Reciclagem de Resíduos da Construção e Demolição no Brasil
MIRANDA, L. F. R. A reciclagem de resíduos da construção e demolição no Brasil: 1986
– 2008. Revista Ambiente Construído v.9, n.1, jan/mar. Porto alegre, 2009. p. 57-71.
Metodologia para a Gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos da Construção Urbana
PINTO, T. P. P. Metodologia para a Gestão Diferenciada de Resíduos Sólidos da
Construção Urbana. São Paulo, 1999. 189 f. Tese (Doutorado em Engenharia) –
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.
Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil
PINTO, T. P.; GONZALES, J. Manejo e Gestão de Resíduos da Construção Civil:
manual de orientação: como implantar um sistema de manejo e gestão nos municípios.
Brasília: Caixa, 2005. v.1, 196 p
United Nations Environment Programme & United Nations University
UNEP, United Nations Environment Programme & United Nations University.
Sustainable Innovation and Technology Transfer Industrial Sector Studies. “Recycling
from E-Waste to resources. July, 2009.
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Vídeos
Biosfera - Reciclagem de Pilhas (1 parte)
https://youtu.be/tYgyqU3yKL4
Biosfera - Reciclagem de Pilhas (2 parte)
https://youtu.be/CHVaMLzR0ag
Reciclagem de Pneus no Recife
https://youtu.be/zebKMchcEzY
Borracha de Pneu Velho Vira Piso Ecológico
https://youtu.be/BxwveQ5u12U
Ecosólidos - Gerenciamento e Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil
https://youtu.be/Kn7OrCmUrG4
Alternativas para o Entulho
https://youtu.be/cgGGSrh3Vqg
Restos de Materiais de Construção são Reaproveitados em Minas Gerais
https://youtu.be/DgvhfuKLrUw
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Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Dados Institucionais.
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/
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