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UNIASSELVI-PÓS
Programa de Pós-Graduação EAD
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (047) 3281-9000/3281-9090
Equipe Multidisciplinar da
Pós-Graduação EAD: Profa. Erika de Paula Alves
Profa. Cláudia Regina Pinto Michelli
Revisão de Conteúdo: Prof. Lírio Ribeiro
344.046
M958p Muller, Calani Helena Franz
Proteção do Meio Ambiente/ Calani Helena Franz
Muller. Indaial : Uniasselvi, 2013.
166 p. : il
ISBN 978-85-7830-865-0
1. Proteção Ambiental.
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Calani Helena Franz Müller
APRESENTAÇÃO...................................................................... 7
CAPÍTULO 1
Avaliação Ambiental..................................................................... 9
CAPÍTULO 2
A segurança do Trabalho nas Atividades que Envolvem
Resíduos Sólidos . .................................................................... 59
CAPÍTULO 3
Segurança do Trabalho e Saneamento Básico. .......................... 87
CAPÍTULO 4
Programas de Avaliação e Controle Ambiental........................ 127
APRESENTAÇÃO
Caro (a) pós-graduando (a), bem-vindo (a) a disciplina de Proteção ao
Meio Ambiente. Com este estudo você poderá compreender alguns conceitos
relacionados a temática ambiental e conhecer um pouco da legislação aplicada
ao assunto, além de estudar e interpretar o trabalho desenvolvido por pessoas
que labutam em setores responsáveis por solucionar ou minimizar os problemas
ambientais de empresas públicas e privadas e da população em geral.
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pela problemática ambiental, para a qual você, futuro Engenheiro de Segurança
do Trabalho, poderá apresentar algumas soluções viáveis.
A autora.
C APÍTULO 1
Avaliação Ambiental
Contextualização
A preocupação com a saúde e a segurança do trabalho, no Brasil, é recente,
mas percebe-se que vem aumentando, gradativamente, o interesse pelo assunto.
Com isso, são aprimoradas ou surgem novas leis, normas e regulamentações.
Sabendo que o homem faz parte do ambiente em que vive, torna-se necessária
a preocupação simultânea com a proteção do meio ambiente. Assim, além
das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, temos,
também, as Leis Ambientais e diversas resoluções do Conselho Nacional do Meio
Ambiente para auxiliar nas diretrizes do trabalho desenvolvido pelo Engenheiro de
Segurança do Trabalho.
Definições Técnicas
Meio Ambiente
em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo, recursos naturais,
flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações”. Ao interpretar essa definição,
podemos concluir que cada organização deve respeitar o meio ambiente,
cumprindo as legislações e as normas pertinentes e, consequentemente, não
causando poluição, pois é responsável pela “circunvizinhança”.
A Constituição Federal de 1988, no Art. 225, capítulo VI, diz: “Todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras
gerações”. (BRASIL, 1988).
Riscos Ambientais
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
• hidrocarbonetos (HC);
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Proteção do Meio Ambiente
• particulados.
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
• prejuízos materiais;
• desfiguração da paisagem;
• desvalorização de áreas.
Contaminação
• contaminação térmica;
• substâncias tóxicas;
• agentes tensoativos;
• agentes patogênicos;
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Proteção do Meio Ambiente
• partículas sólidas;
• substâncias radioativas.
Contaminação do solo
Aspectos Legais
O SISNAMA
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
Estrutura do SISNAMA:
O CONAMA
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Proteção do Meio Ambiente
Responsabilidades e Competências
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Proteção do Meio Ambiente
Composição e Funcionamento
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
• o Plenário;
• as Câmaras Técnicas;
• os Grupos de Trabalho;
• os Grupos Assessores.
O Plenário reúne-se no mínimo a cada três (3) meses para deliberar sobre
propostas de resolução anteriormente encaminhadas pelas Câmaras Técnicas.
Após a aprovação, essas Resoluções são publicadas no Diário Oficial da União e
os demais atos deste Conselho (CONAMA) são publicados no Boletim de Serviço
do Ministério do Meio Ambiente. Essa é a instância máxima do CONAMA.
25
Proteção do Meio Ambiente
ANVISA
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
• Agenda regulatória.
• Audiências Públicas.
• Câmara Setorial.
• Câmaras Técnicas.
• Conselho Consultivo.
• Consultas Públicas.
• Ouvidoria.
• Visa Mobiliza.
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
II - o zoneamento ambiental;
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Proteção do Meio Ambiente
Responsabilidades
Documentos Complementares
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
Estrutura do PPRA
Desenvolvimento do PPRA
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Proteção do Meio Ambiente
Saliba (2004) salienta que essa fase deve constar de alguns requisitos:
FONTE MEIO DE
AGENTE SETOR
GERADORA PROPAGAÇÃO
Ruído Furadeiras Pelo ar, incidindo nos
contínuo Esmerilhadeiras ouvidos e ossos da
ou Oficina Aparelhos de solda cabeça do trabalhador
intermitente Serra Manual
Torno
Ruído Pelo ar, incidindo nos
de Ferraria Marteleta ouvidos e ossos da
impacto cabeça do trabalhador
Radiações Rampa de
não manutenção Sol Raios ultravioleta
ionizantes
Agentes Limpeza de peças Solventes, óleos e graxas Contato da pele com o banho
químicos Estacionamento Resíduos de inseticidas, óleos Contato com a pele e absorção
e graxas nos equipamentos Via respiração
• Avaliação Qualitativa
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Proteção do Meio Ambiente
• Avaliação Quantitativa.
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
RISCO FÍSICO
FONTE MEIO DE AVAL. TEMPO DE
AGENTE SETOR
GERADORA PROPAGAÇÃO QUANT. EXPOSIÇÃO
estacionamento sol 8,8 h/dia,
Radiações rampa manut. sol raios ultravioleta quando
não-ionizantes oficina aparelho de solda necessário
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
c) ordem e limpeza;
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
AGENTE RUÍDO
NÍVEL DE LIMITE DE
NORMA CORRESPONDENTE
AÇÃO TOLERÂNCIA
85 dB(A) - 8 horas/
NR 15 Anexo 1 - Ruído contínuo/intermitente 80 dB(A)
dia
MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS
Uso obrigatório de protetor auricular para todos os funcionários, com NRR de 15 dB.
Evitar trabalhos próximos à fonte geradora.
AGENTE RUÍDO
NÍVEL DE LIMITE DE
NORMA CORRESPONDENTE
AÇÃO TOLERÂNCIA
NR 15 Anexo 2 - Ruído de Impacto 114 dB C 120 dB C
MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS
Uso obrigatório de protetor auricular com NRR de 15 dB.
Monitorar o ruído do equipamento.
AGENTE RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
NÍVEL DE LIMITE DE TOLE-
NORMA CORRESPONDENTE
AÇÃO RÂNCIA
NR 15 Anexo 7 ** **
MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS
Organizar o trabalho de forma que as atividades executadas ao ar livre
sejam desenvolvidas no período da manhã ou no final da tarde.
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Proteção do Meio Ambiente
Uso de EPI: óculos para proteção dos olhos contra respingos de produtos
químicos, respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias
contra poeiras e névoas, luva de segurança para proteção das mãos contra
agentes químicos.
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
RISCO BIOLÓGICO
MEDIDAS DE CONTROLE INDICADAS
Providenciar imunização do trabalhador exposto ao contato com dejetos e
água contaminada;
Fornecer treinamento quanto às medidas de segurança na manipulação de
excreções, incluindo a limpeza dos equipamentos contaminados.
Fornecimento de desinfetantes e de água suficientes para a adequada
higienização dos locais de trabalho.
Uso de EPI: luvas para proteção das mãos contra agentes biológicos.
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Proteção do Meio Ambiente
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Proteção do Meio Ambiente
Unidades de Medida
• Parte Por Milhão (PPM) = partes do contaminante por milhão de partes de ar.
Limites de Exposição
a) Limite de Tolerância
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
b) Valor Teto
c) Valor Máximo
valor máximo = LT X FD
em que:
LT ppm ou mg/m3 FD
0a1 3
1 a 10 2
10 a 100 1,5
100 a 1000 1,25
> 1000 1,1
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Proteção do Meio Ambiente
Em inglês, esse valor é conhecido como Short Term Exposure Limit (STEL).
Deve-se efetuar uma visita preliminar ao local a ser avaliado para conhecer-se
o processo industrial, a disposição dos equipamentos industriais nas instalações,
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
Análise
• Volume;
• Titulação;
• Gravimetria;
• Precipitação;
• Extração;
• Difração de Rx;
• Cromatografia Gasosa.
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
Atividade de Estudos:
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
Considerações Finais
Caro aluno! Chegamos ao final do primeiro capítulo, no qual tivemos a
oportunidade de conhecer e/ou aprofundar o estudo sobre a proteção ao meio
ambiente, por meio do conhecimento de algumas definições técnicas relacionadas
ao tema e, também, por intermédio dos aspectos legais em que aprendemos
como e onde são elaboradas as leis relacionadas ao meio ambiente e quem é
responsável pela fiscalização da aplicação e obediência à legislação ambiental.
É importante que você entenda que o meio ambiente não se resume à flora e
à fauna, mas que o ser humano está inserido nesse ambiente e, portanto, quando
afirmamos que atuamos na preservação do meio ambiente, queremos dizer que
estamos preservando, principalmente, a espécie humana.
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Proteção do Meio Ambiente
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NORMA ISO 14001: 2004.
Sistemas da gestão ambiental - Requisitos com orientações para uso. 31 de
dezembro de 2004.
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Capítulo 1 Avaliação Ambiental
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental brasileiro. 9 ed. São Paulo:
Malheiros, 2001.
SILVA, José Afonso da. Direito ambiental constitucional. 5. ed. São Paulo:
Malheiros, 2004.
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C APÍTULO 2
A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem
Resíduos Sólidos
Contextualização
Este capítulo foi reservado para o estudo de alguns aspectos relacionados
ao tema “resíduos sólidos”, um assunto atual e que envolve uma grande
problemática em relação à gestão de resíduos, conforme previsto na Lei nº 12.305
de 02 de agosto de 2010. Essa Lei foi responsável por apresentar, principalmente
aos governantes municipais, a Política Nacional de Resíduos Sólidos em que
estão enumeradas as responsabilidades do governo, da indústria, do comércio,
dentre outros. A lei também apresenta a responsabilidade da população, ou
seja, do consumidor final, denominando esse conjunto de “responsabilidade
compartilhada” quanto ao controle dos resíduos sólidos urbanos.
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Proteção do Meio Ambiente
Você sabia?
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Proteção do Meio Ambiente
Em que:
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
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Proteção do Meio Ambiente
São substâncias químicas que além de oferecer riscos à saúde pública, também
GRUPO B podem contaminar o meio ambiente. Ex.: reagentes de laboratório, medicamen-
tos, resíduos contendo metais pesados.
• geração;
• acondicionamento;
• coleta;
• processamento e recuperação;
• disposição final.
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Proteção do Meio Ambiente
AZUL Papel/papelão
VERMELHO plástico
VERDE vidro
AMARELO metal
PRETO madeira
Nesse sentido, os sacos plásticos sem retorno podem ser utilizados para
embalar o lixo domiciliar. A NBR 9.190, da ABNT (1993a), regulamenta as
características dessas embalagens:
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
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Proteção do Meio Ambiente
• não acumule pneus, encaminhe-os para coleta assim que cessar o seu uso;
• durante o acondicionamento, utilize depósitos em ambientes cobertos e
protegidos das intempéries;
• não queime pneus.
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
• tambores metálicos de 200 litros são utilizados para resíduos que não possuem
características corrosivas;
• bombonas plásticas de 200 ou 300 litros são utilizadas para resíduos corrosivos
e também resíduos semissólidos;
• sacos de polipropileno trançado (big-bags plásticos), com capacidade de
armazenamento superior a 1 m3;
• contêineres plásticos padronizados em 120, 240, 360, 750, 1.100 e 1.600
litros são utilizados para resíduos que permitem o retorno da embalagem de
acondicionamento;
• caixas de papelão, com capacidade de armazenar até 50 litros, são utilizadas
para resíduos destinados a incineração.
A ABNT, por meio das NBR 9.190 e 9.191 (ABNT, 1993a, 2000), regulamenta
o acondicionamento dos resíduos originados em serviços de saúde, prevendo que
estes sejam acondicionados diretamente em sacos plásticos adequados, evitando
o contato direto dos funcionários. Os sacos plásticos obedecem à especificação
de cores, sendo os transparentes utilizados para lixo comum reciclável; coloridos
opacos, para lixo comum não reciclável; e branco leitoso, para lixo infectante ou
especial, com exceção do lixo radioativo.
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
No caso do lixo gerado por estabelecimentos que produzem mais de 120 litros
de lixo por dia (grandes geradores), a coleta é realizada por empresas particulares,
que, necessariamente, precisam estar cadastradas e autorizadas pela prefeitura.
Temos como exemplo de “grandes geradores” os hotéis e os restaurantes
situados em cidades turísticas ou lugares de muito movimento. As indústrias
e os estabelecimentos de saúde também possuem coleta de resíduos realizada
por empresas particulares que mantêm contratos com compromissos de coleta e
transporte planejados em intervalos adequados ao tipo e ao volume de resíduo.
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
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Proteção do Meio Ambiente
escuros e mistos).
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
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Proteção do Meio Ambiente
• impermeabilização de fundo;
• setores de apoio;
• barreira vegetal;
• guarita de entrada;
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
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Proteção do Meio Ambiente
O trabalho com resíduos sólidos exige o uso de EPI, que não devem ser
negligenciados, ou seja, devem ser fornecidos e controlados, como calçados
adequados, uniformes, luvas, óculos, protetores auriculares e máscaras.
É, também, muito
importante adotar
campanhas de
educação ambiental
para conscientizar a
população usuária Fonte: Disponível em: <http://athotransportes.blogspot.
dos serviços com.br/>. Acesso em: 13 out. 2013.
de coleta de
resíduos quanto
aos benefícios A NR-24, norma regulamentadora do Ministério do Trabalho,
de praticar a também estabelece que o empregador deve propiciar condições
reciclagem na sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. Nesse caso, o
fonte, com a correta empregador precisa prever instalações para higiene dos trabalhadores,
segregação dos como, por exemplo, um local para o banho após a jornada de trabalho.
materiais.
É, também, muito importante adotar campanhas de educação
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
Atividade de Estudos:
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Proteção do Meio Ambiente
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Algumas Considerações
Caro aluno! Nesse capítulo, tivemos a oportunidade de conhecer um pouco
sobre o manejo dos resíduos sólidos provenientes de diversos setores, sendo
da indústria, do comércio, dos estabelecimentos de serviços da saúde, das
residências, dentre outros.
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Capítulo 2 A Segurança do Trabalho nas
Atividades que Envolvem Resíduos Sólidos
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004: Resíduos
sólidos – Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
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C APÍTULO 3
Segurança do Trabalho
e Saneamento Básico
Contextualização
A Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007, que traz as diretrizes básicas
nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento
básico, em seu art. 3º estabelece que o saneamento básico é o “[...] conjunto de
serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem
e manejo das águas pluviais urbanas” (BRASIL, 2007, p. 3). Ou seja, são ações
com o objetivo de alcançar um ambiente salubre e, consequentemente, uma
população saudável.
Boa Leitura!
Características da água
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Proteção do Meio Ambiente
• Cor – a água pura não possui cor. Esta é observada quando encontramos
substâncias em suspensão. Quando ocorre a presença de matéria orgânica,
de minerais, como ferro e manganês, ou despejos coloridos provenientes de
efluentes industriais, fica acentuada a presença de cor na água.
90
Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
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Proteção do Meio Ambiente
Tratamento de água
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
de areia, cascalho e antracito. Esses filtros podem ser lentos (taxa de filtração
de 3 a 9 m3/m2.dia) ou rápidos (taxa de filtração de 120 a 360m3/m2.dia), sendo
os primeiros indicados para cidades pequenas, quando a água não apresentar
turbidez muito elevada. Os filtros rápidos podem ser de fluxo ascendente ou
descendente.
Acima de
5.000 para
Grau 50 101 251 501 1.001 2.001 3.501 cada grupo
Nº de empregados
de a a a a a a a de 4.000
no estabelecimento
Risco 100 250 500 1.000 2.000 3.500 5.000 ou fração
acima de
2.000**
Técnicos
Técnico Seg. Trabalho - - - 1 1 1 2 1
Engenheiro Seg. Trabalho - - - - - 1* 1 1*
1
Aux. Enfermagem Trabalho - - - - - 1 1 1
Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1* -
Médico do Trabalho - - - - 1* 1* 1 1*
Técnico Seg. Trabalho - - - 1 1 2 5 1
Engenheiro Seg. Trabalho - - - - 1* 1 1 1*
2 Aux. Enfermagem Trabalho - - - - 1 1 1 1
Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1 -
Médico do Trabalho - - - - 1* 1 1 1
Técnico Seg. Trabalho - 1 2 3 4 6 8 3
Engenheiro Seg. Trabalho - - - 1* 1 1 2 1
3 Aux. Enfermagem Trabalho - - - - 1 2 1 1
Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1 -
Médico do Trabalho - - - 1* 1 1 2 1
Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3
Engenheiro Seg. Trabalho - 1* 1* 1 1 2 3 1
4 Aux. Enfermagem Trabalho - - - 1 1 2 1 1
Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1 -
Médico do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1
(*) - Tempo parcial (mínimo de três horas)
OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas
(**) - O dimensionamento total deverá ser feito
de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos
levando-se em consideração o dimensiona-
similares com mais de 500 (quinhentos) empregados
mento da faixa de 3.501 a 5.000 mais o dimen-
deverão contratar um Enfermeiro do Trabalho em tem-
sionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração
po integral.
de 2.000.
96
Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
Riscos Físicos:
• Umidade.
Riscos Químicos:
Riscos Ergonômicos
Riscos de Acidentes
• Contusões e quedas.
• Fornecer EPI para proteção da pele (creme com protetor solar), que seja
recomendado pelo médico, no PCMSO.
• Realizar uma campanha junto aos consumidores para a vacinação dos animais
(cães) e orientar para instalar o hidrômetro em local adequado, evitando o
contato do leiturista com o cão.
a) Tratamento preliminar:
b) Tratamento primário:
100
Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
c) Tratamento secundário:
d) Tratamento terciário:
101
Proteção do Meio Ambiente
Riscos Físicos:
• Umidade.
Riscos Químicos:
• Exposição ao gás metano, bem como ao gás sulfídrico, ambos formados nos
processos de digestão do lodo.
Riscos Biológicos
Riscos Ergonômicos
• Trabalho noturno.
Riscos de Acidentes
• Contusões e quedas.
• Fornecer EPI para proteção da pele (creme com protetor solar), que seja
recomendado pelo médico, no PCMSO.
105
Proteção do Meio Ambiente
Apesar de todos
• O empregador deverá fornecer condições físicas adequadas para
os riscos serem
importantes e que o trabalhador consiga manter hábitos rigorosos de higiene pessoal.
precisarem ser Exemplo: local para banho ao finalizar a jornada diária de trabalho.
monitorados,
precisamos • Realizar vacinação dos trabalhadores para a respectiva
monitorar imunização, conforme orientação dos profissionais da saúde.
e controlar,
adequadamente, os
riscos biológicos, • Realizar controle médico permanente e periódico com exames
por serem parasitológicos de fezes e outros que se fizerem necessários.
praticamente
invisíveis e, Apesar de todos os riscos serem importantes e precisarem ser
portanto, não monitorados, precisamos monitorar e controlar, adequadamente, os
receberem a
riscos biológicos, por serem praticamente invisíveis e, portanto, não
importância devida.
receberem a importância devida.
Para tratar do tema “resíduos sólidos”, no Brasil, temos uma legislação bem
ampla, composta por várias leis, decretos, resoluções, instruções normativas e
portarias. Mas, a partir da Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010, que institui a
Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), foi concretizado o gerenciamento
dos resíduos sólidos - essa lei dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos
e, também, sobre a gestão integrada e o gerenciamento dos resíduos sólidos,
determinando as responsabilidades dos agentes geradores e do poder público.
106
Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
107
Proteção do Meio Ambiente
3º – reutilização;
4º – reciclagem;
5º – tratamento;
insumos ou novos produtos. Essa etapa poderá ser realizada nas residências
(aproveitamento de óleo de cozinha usado para produção de sabão,
embalagens PET utilizadas para confecção de peças utilitárias e decorativas,
etc.) e por intermédio da coleta seletiva, gerando economia de energia e
matéria-prima e, também, diminuindo os custos com a coleta de resíduos e a
disposição final em aterros. A inclusão da coleta seletiva gera trabalho e renda
por meio da formação de microempresas e de cooperativas de catadores que
realizam a coleta e comercializam o material reciclável.
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
111
Proteção do Meio Ambiente
Riscos Biológicos
Riscos Físicos
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
várias situações, como, na rua, por ocasião da varrição e coleta; nas usinas
de compostagem; nas oficinas de manutenção, com o trabalho de solda.
Riscos Químicos
Riscos Ergonômicos
• Trabalho noturno.
Riscos de Acidentes
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
Você sabia?
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Proteção do Meio Ambiente
116
Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
• Recarga do aquífero;
• Solvente universal.
• mananciais de águas;
• abastecimento de água;
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
119
Proteção do Meio Ambiente
CARACTERÍSTICA
OBRAS FUNÇÃO EFEITO
PRINCIPAL
Armazenamento temporário Retardo e/ou redução
Pavimento com da chuva no local do próprio do escoamento pluvial
Pavimento
camada de base porosa pavimento. Áreas externas gerado pelo pavimento
poroso
com reservatório. ao pavimento podem e por eventuais
também contribuir. áreas externas.
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
Amortecimento de
Faixas de terreno
Faixas Área de escape para en- cheias
marginais a corpos
gramadas chentes. e infiltração de contri-
d´água.
buições laterais.
a) Pavimento da via.
b) Sarjetas.
c) Sarjetões.
d) Bocas de lobo.
e) Tubos de ligação.
f) Poço de visita.
g) Galerias.
h) Condutos forçados.
e) Estações de bombeamento.
nas casas e nas ruas”. (SILVEIRA, 2002, p. 7). Nesse sistema de drenagem,
o início ocorre nas edificações em que a água pluvial é recolhida nas áreas
de contribuição (telhados, pátios, etc.), por meio de calhas, e transportada por
tubulações e condutores até ser lançada nas galerias pluviais que conduzem até
o corpo receptor mais próximo (riachos, rios, lagos, etc.).
• bombas: mensal;
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Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
O trabalho em redes pluviais ainda não está bem definido, assim como
estão as atividades desenvolvidas dentro de indústrias, hospitais, etc., em que os
riscos já foram estudados e catalogados em diversas áreas. Cabe ao Engenheiro
de Segurança do Trabalho avaliar todas as operações/ações executadas nos
trabalhos ligados ao saneamento básico e, em especial, às redes pluviais,
comparando-os com as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho com
o objetivo de valorizar uma atividade laboral muito importante para a preservação
do meio ambiente e, certamente, para a preservação de vidas humanas e seus
respectivos patrimônios.
Atividade de Estudos:
123
Proteção do Meio Ambiente
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124
Capítulo 3 Segurança do Trabalho e
Saneamento Básico
Considerações Finais
Podemos dizer que o saneamento básico brasileiro está amparado por
meio de legislação própria. A Lei nº 11.445 de 5 de janeiro de 2007 é um marco
regulatório na história do saneamento. Essa lei estabelece as diretrizes básicas
em âmbito nacional e a política federal de saneamento básico.
Referências
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004: Resíduos sólidos
– classificação. Rio de Janeiro, 2004.
126
C APÍTULO 4
Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
Contextualização
Neste capítulo, estudaremos alguns Programas utilizados para a Avaliação e
Controle Ambiental, principalmente em relação aos resíduos sólidos gerados em
indústrias, comércios, estabelecimentos de saúde, dentre outros.
Boa leitura!
• Licença Prévia.
• Licença de Instalação.
• Licença de Operação.
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
Plano de Gerenciamento de
Resíduos da Construção Civil –
PGRCC
De acordo com a Resolução CONAMA nº 307 de 5 de julho de 2002, que
estabelece as diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos
da construção civil, todos os geradores de resíduos provenientes
de atividades relacionadas à construção civil devem elaborar e Este plano tem por
implementar o Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção objetivo principal
Civil (PGRCC). O poder público municipal é responsável pela a não geração de
resíduos, seguido,
elaboração de um Plano Integrado de Gerenciamento que incorpore
também, de outras
o Programa Municipal de Gerenciamento para pequenos geradores e ações, nesta
os projetos para fiscalização e aprovação dos empreendimentos com sequência: redução,
grandes volumes de resíduos. reutilização,
reciclagem e
destinação final
Este plano tem por objetivo principal a não geração de resíduos,
correta dos
seguido, também, de outras ações, nesta sequência: redução, resíduos.
reutilização, reciclagem e destinação final correta dos resíduos.
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Proteção do Meio Ambiente
Uma visão geral das etapas do PGRCC pode ser obtida por meio do
organograma apresentado a seguir:
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Proteção do Meio Ambiente
1. INFORMA- 3. COMUNICAÇÃO
2. ATIVIDADES 4. CRONO-
ÇÕES E
EDUCAÇÃO GRAMA
GERAIS DO PGRCC
AMBIENTAL
Reutilização e
reciclagem dos
resíduos
Transporte
externo dos
resíduos
acondicionamento
final dos resíduos
Transbordo dos
resíduos
Destinação
dos resíduos
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
Art. 11. Fica estabelecido o prazo máximo de doze meses para que
os municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Integrados
de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, contemplando os
Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos de Construção
Civil oriundos de geradores de pequenos volumes, e o prazo máximo
de dezoito meses para sua implementação.
Art. 12. Fica estabelecido o prazo máximo de vinte e quatro meses para
que os geradores, não enquadrados no art. 7º, incluam os Projetos
de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil nos projetos
de obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento dos
órgãos competentes, conforme §§ 1º e 2º do art. 8º.
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos – PGRS
O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, o qual estudaremos agora,
é utilizado por empresas dos ramos industriais, como indústrias alimentícias,
papeleiras, químicas, metalúrgicas, dentre outras. Os resíduos sólidos
provenientes dessas atividades apresentam características muito diversificadas
e, geralmente, apresentam toxicidade elevada. Exemplos de resíduos: lodos de
tratamentos de efluentes, óleos, cinzas, resíduos ácidos ou alcalinos, plásticos,
borrachas, vidros, cerâmicas, etc. Conforme já estudado no capítulo anterior e
como estabelece a NBR 10.004 da ABNT, esses resíduos podem ser classificados
em perigosos (classe I), não perigosos e não inertes (classe IIA) e não perigosos
e inertes (classe IIB).
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
IDENTIFICAÇÃO DO GERADOR
Nome fantasia:
Responsável legal:
Descrição da atividade:
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
Caro(a) aluno(a), apresento, a seguir, uma lista com algumas leis, normas,
decretos, com o objetivo de orientar e fornecer diretrizes para os procedimentos
necessários no manejo adequado dos resíduos sólidos.
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
Benefícios do PGRS
b) Redução dos gastos com a disposição final dos resíduos, por meio da
diminuição das quantidades enviadas aos aterros.
g) Cumprimento da legislação.
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
e Controle Ambiental
h) serviços de acupuntura;
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Proteção do Meio Ambiente
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Capítulo 4 Programas de Avaliação
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Proteção do Meio Ambiente
O Treinamento
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O Monitoramento
Atividade de Estudos:
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e Controle Ambiental
Considerações Finais
Podemos considerar que a Política Nacional dos Resíduos (PNRS),
estabelecida pela Lei nº 12.305/2010, é um marco na legislação brasileira de
resíduos sólidos, pois, a partir dela, ficou determinado que o gerenciamento dos
resíduos sólidos deve ser realizado com “responsabilidade compartilhada”, em que
o poder público, instituições governamentais e empresas privadas são responsáveis
pela gestão dos resíduos. Ao mesmo tempo, ela responsabiliza “todos” os
geradores, desde empresas até pessoas físicas, a separar o lixo na fonte.
Referências
BRASIL. RESOLUÇÃO CONAMA nº 09, de 6 de dezembro de 1990. Publicada
no Diário Oficial da União em 28 de dezembro de 1990. Seção I. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res90/res0990.html>. Acesso em: 24
set. 2013.
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Proteção do Meio Ambiente
LIMA, Rosimeire Suzuki; LIMA, Ruy Reynaldo Rosa. Guia para Elaboração
de Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil. CREA-
PR. Disponível em: <http://creaweb.crea-pr.org.br/WebCrea/biblioteca_virtual/
downloads/cartilhaResiduos_baixa.pdf>. Acesso em: 2 out. 2013.
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