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FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DO

ALTO SÃO FRANCISCO – FASF

CURSO DE FARMÁCIA

IVONE DE PAULA PIRES


JOSÉ GERALDO BRUNO DE OLIVEIRA

TESTES FARMACOPEICOS APLICADOS AO


CONTROLE DE QUALIDADE DO MEDICAMENTO MALEATO DE
DEXCLORFENIRAMINA

LUZ - MG
2017
IVONE DE PAULA PIRES
JOSÉ GERALDO BRUNO DE OLIVEIRA

TESTES FARMACOPEICOS APLICADOS AO


CONTROLE DE QUALIDADE DO MEDICAMENTO MALEATO DE
DEXCLORFENIRAMINA

Trabalho apresentado à Faculdade de


Ciências e Letras do Alto São Francisco –
FASF, como requisito parcial de avaliação na
Disciplina de Controle de Qualidade Físico e
Químico de Medicamentos e Cosméticos do
curso de Farmácia.

Orientadora: Dra. Bárbara Oliveira


Henriques

LUZ - MG
2017

SUMÁRIO
1.MELEATO DE DEXCLOFENIRAMINA COMPRIMIDOSError! Bookmark not defined.
1.1Teste de Identificação ............................................................................................................ 4
2.CARACTERISTICAS .......................................................... Error! Bookmark not defined.
2.1.Determinação de peso......................................................................................................... 16
2.2.Teste de dureza .................................................................................................................... 5
2.3.Teste de fiabilidade .............................................................................................................. 5
2.4.Teste de desintegração ..........................................................................................................6
2.5.Uniformidadede de dose unitaria...........................................................................................6
2.5.1.Uniformidade de conteúdo.................................................................................................6
2.5.2.Variação de peso.................................................................................................................7
3.TESTE DE DISSOLUÇÃO .................................................................................................... 7
4.TESTE DE FREQUENCIA BIOLOGICA...............................................................................7
4.1.Contagem do número total de micro organismo mesofilos...................................................7
4.2.Contagem por método de superfície .....................................................................................8
4.3.Pesquisa de microrganismo patogênicos .............................................................................11
5.DOSEAMENTO....................................................................................................................15
6. MELEATO DE DEXCLOFENIRAMINA............................................................................16
6.1.Teste de Identificação ......................................................................................................... 16
6.2.Ensaio e pureza ............................................................................................................... ...17
7.DOSEAMENTO....................................................................................................................18
8. MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA SOLUÇÃO ORAL.........................................19
8.1.Teste de identificação .........................................................................................................19
8.2.Caracterizaçao ....................................................................................................................19
8.2.1.Determinaçao do volume .................................................................................................19
9..TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA ......................................................................... 20
9.1.1Contagem em placa método profundidade .......................................................................20
9.1.2. Contagem por método superfície ....................................................................................20
10.PESQUISA DE MICRO-ORGANISMOS PATOGÊNICOS .............................................21
11.TESTE DE DOSEAMENTO .............................................................................................. 27
12.REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 29
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1.MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA COMPRIMIDOS

1.1.Teste de Identificação

A. Pulverizar, a pó fino, quantidade de comprimidos equivalente a 150 mg de maleato de


dexclorfeniramina.
B. Adicionar 100 mL de ácido acético M e agitar mecanicamente por 10 minutos. Filtrar
através de funil sintetizado de vidro. Ajustar o pH do filtrado em 11,0 com hidróxido de
sódio a 0,1% (p/v). Transferir para funil de separação e extrair com seis porções de 100
mL de hexano.
C. Filtrar cada extrato obtido utilizando meio adequado para permitir a eficiente separação
entre a fase orgânica e a fase aquosa. Reunir os extratos e concentrar em banho aquecido
até volume reduzido.
D. Transferir para recipiente menor e evaporar até o ponto em que os vapores de hexano
não sejam mais perceptíveis. Transferir o resíduo oleoso com o auxílio de quatro
porções de 3 mL de dimetilformamida para proveta de 15 mL com tampa, completar o
volume com o mesmo solvente e agitar.
Atenção: Centrifugar se necessário. O poder rotatório está compreendido entre +0,24° e
+0,35°.

OBS: tempo de retenção do pico principal do cromato grama da Solução amostra, obtida em
Doseamento, corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

2. Características

2.1 Determinação de peso

Pesar, individualmente, 20 comprimidos e determinar o peso médio. Pode-se tolerar não


mais que duas unidades fora dos limites especificados na abaixo, em relação ao peso médio,
porém, nenhuma poderá estar acima ou abaixo do dobro das porcentagens indicadas.
Critérios para avaliação de determinação de peso para formas farmacêuticas solidas em dose
unitária.
5

2.2 Teste de dureza

O teste é realizado com 10 comprimidos, eliminando qualquer resíduo superficial antes


de cada determinação. Os comprimidos são testados, individualmente, obedecendo sempre à
mesma orientação (considerar a forma, presença de ranhura e gravação). Nenhuma unidade
apresenta dureza inferior a 30 N.

2.3 Teste de fiabilidade

Para comprimidos com peso médio igual ou inferior a 0,65 g, utilizar 20 comprimidos.
Para comprimidos com peso médio superior a 0,65 g, utilizar 10 comprimidos. Pesar, com
exatidão, os comprimidos, introduzi-los no aparelho.
Ajustar a velocidade para 25 rotações por minuto e o tempo de teste para 4 minutos. Decorrido
o prazo, remover qualquer resíduo de pó da superfície dos comprimidos e pesar novamente.
Nenhum comprimido pode apresentar se, ao final do teste, quebrado, lascado, rachado ou
partido. São considerados aceitáveis os comprimidos com perda igual ou inferior a 1,5% do seu
peso ou a porcentagem estabelecida na monografia. Se o resultado for duvidoso ou se a perda
for superior ao limite especificado, repetir o teste por mais duas vezes, considerando-se, na
avaliação, o resultado médio das três determinações.
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2.4 Teste de desintegração

Utilizar seis comprimidos no teste. Colocar um comprimido em cada um dos seis tubos
da cesta, adicionar um disco a cada tubo e acionar o aparelho, utilizando água mantida a 37 ± 1
ºC como líquido de imersão, a menos que outro líquido seja especificado na monografia do
medicamento.
Ao final do intervalo de tempo especificado, cessar o movimento da cesta e observar o material
em cada um dos tubos. Todos os comprimidos devem estar completamente desintegrados.
Se os comprimidos não se desintegrarem devido à aderência aos discos, repetir o teste com seis
outros comprimidos, omitindo os discos. Ao final do teste, todos os comprimidos devem estar
completamente desintegrados.
O limite de tempo estabelecido como critério geral para a desintegração de comprimidos não
revestidos é de 30 minutos, a menos que indicado de maneira diferente na monografia
individual.

2.5 Uniformidade de doses unitárias

A uniformidade das doses unitárias de formas farmacêuticas pode ser avaliada por dois
métodos: Variação de peso e Uniformidade de Conteúdo.

2.5.1 Uniformidade de conteúdo

Para determinar a uniformidade de doses unitárias pelo método de uniformidade de


conteúdo separar, no mínimo, 30 unidades e proceder conforme descrito para as formas
farmacêuticas indicadas
Quando a quantidade de componente ativo de uma dose unitária for diferente do especificado
no doseamento, fazer os ajustes de diluição das soluções e/ou o volume das alíquotas de modo
a obter a concentração do componente ativo na solução final semelhante à do doseamento.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Triturar cada comprimido a pó fino, transferir
quantitativamente para balão volumétrico de 10 mL e adicionar 9 mL de mistura de água e
ácido tricloroacético (100:0,8). Prosseguir conforme descrito em Doseamento a partir de
“Agitar mecanicamente...”.
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2.5.2 Variação de peso

Pesar, exatamente e individualmente, 10 comprimidos. A partir do resultado do


doseamento e do peso individual de cada comprimido, estimar a quantidade de componente
ativo em cada unidade e expressar os resultados individuais em porcentagem da quantidade
declarada. Calcular o Valor de Aceitação (VA)

3. Teste de dissolução

Meio de dissolução: água, 500 mL


Aparelhagem: pás, 50 rpm
Tempo: 45 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de dissolução e filtrar. Prosseguir


conforme condições cromatográficas descritas em Doseamento. Preparar a Solução padrão
como descrito a seguir.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, de maleato de dexclorfeniramina
SQR em água e diluir adequadamente de modo a obter solução a 4 µg/mL
Injetar replicadas de 40 µL da Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicadas
dos picos registrados não é maior que 2,0%.
Procedimento: injetar, separadamente, 40 µL da Solução padrão e da Solução amostra, registrar
os cromato gramas e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de C16H19ClN2 .C4 H4
O4 a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade declarada de C16H19ClN2 .C4 H4 O4 se
dissolvem em 45 minutos

4. Testes de segurança biológica

4.1 Contagem do número total de micro-organismos mesofilos

Preparação da amostra
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 Transferir 10 g ou 10 mL da mistura de amostra do produto a ser testado para 90 mL de


solução tampão cloreto de sódio-peptona - pH 7,0 ou solução tampão fosfato - pH 7,2,
Caldo Caseína-soja ou outro diluente adequado.

Atenção: Caso seja necessário deve-se ajustar o pH para 6,0 a 8,0 com solução HCl
0,1 M ou NaOH 0,1 M.

 Preparar diluições decimais sucessivas com o mesmo diluente: 1:100, 1:1000 e 1:10000.

Contagem em placa: Método de Profundidade

 Adicionar 1 mL da amostra preparada como descrito no item 5.1 em placa de Petri e


verter, separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e, ágar Sabouraud-dextrose
mantidos a 45 - 50 °C. Atenção: deve-se utilizar duas placas para cada meio e
diluição!

 Incubar as placas contendo ágar caseína-soja a 32,5 °C ± 2,5 °C durante 3 - 5 dias e as


placas contendo ágar Sabouraud-dextrose a 22,5 °C ± 2,5 °C durante 5-7 dias para
determinação do número de micro-organismos aeróbicos totais e bolores e leveduras,
respectivamente. Somente as placas que apresentarem número de colônias inferior a 250
(bactérias) e 50 (bolores e leveduras) por placa deverão ser consideradas para o registro
dos resultados.

 Tomar a média aritmética das placas de cada meio e calcular o número de UFC por
grama ou mL do produto.

 Determinar o número mais provável de micro-organismos viáveis por grama ou mililitro


do produto, de acordo com as informações descritas na Tabela 2.

4.2 Contagem por Método de superfície

 Adicionar em placas de Petri, separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e ágar


Sabouraud-dextrose e deixar solidificar. Secar as placas.

 Adicionar à superfície de cada meio de cultura, 0,1 mL da amostra preparada como


descrito em Preparação das amostras. Incubar as placas contendo ágar caseína-soja a
32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3-5 dias e as placas contendo ágar Sabouraud-dextrose a 22,5
ºC ± 2,5 °C durante 5 - 7 dias para determinação do número de micro-organismos
aeróbicos totais e bolores e leveduras, respectivamente.
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 Tomar a média aritmética das placas de cada meio e calcular o número de UFC por
grama ou mL do produto.

 Determinar o número mais provável de micro-organismos viáveis por grama ou mililitro


do produto, de acordo com as informações descritas na Tabela 2.
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Tabela 2 – Valor do Número Mais Provável de Micro-organismos - NMP


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4.3.Pesquisa de micro-organismos patogênicos

Bactérias gram-negativas bile tolerantes


Preparo da amostra e pré-incubação –
Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de não menos que 1 g ou 1 mL do produto a
ser testado, conforme descrito em Contagem do número total de micro-organismos mesolíticos,
usando caldo caseína-soja (Diluição A) como diluente. Homogeneizar e incubar a 22,5 ºC ± 2,5
°C por 2 horas e não mais que 5 horas (tempo necessário para reativar a bactéria, mas não o
suficiente para estimular a multiplicação do micro-organismo).
Teste de ausência - Homogeneizar a Diluição A e transferir volume correspondente a 1
g ou 1 mL do produto para o Caldo de Enriquecimento de Enterobactérias segundo Mossel
(Aeromonas e Pseudômonas também podem crescer neste meio, bem como outros tipos de
bactérias). Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C por 24 a 48 horas. Preparar subcultura em placas contendo
Ágar Violeta Vermelho Neutro Bile Glicose. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.O
produto cumpre o teste se não houver crescimento de colônias.
Teste quantitativo (seleção e subcultura) - Diluir quantidade apropriada da Diluição A
para o Caldo de Enriquecimento de Enterobactérias segundo Mossel, de modo a obter diluições
contendo 0,1; 0,01 e 0,001 g (ou 0,1; 0,01 e 0,001 mL) do produto a ser testado. Incubar a 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 24 a 48 horas. Para cada tubo positivo, realizar subculturas em Agar Violeta
Vermelho Neutro Bile Glicose. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.
Interpretação - O crescimento de colônias bem desenvolvidas de bactérias Gram-
negativas, geralmente vermelhas ou avermelhadas, indica contaminação (resultado positivo).
Anotar os resultados positivos e negativos. Determinar o número mais provável de bactérias
por grama ou mililitro do produto segundo Tabela 3.
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Tabela 3 – Interpretação dos resultados do teste quantitativo para bactérias gram-


negativas bile tolerantes.

Escherichia coli

Preparo da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de não


menos que 1 g do produto a ser examinado conforme descrito em Contagem do número total
de micro-organismos mesolíticos.

Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo de Enriquecimento (Caldo Caseína-


soja), ou quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C
durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir 1 mL da amostra enriquecida para 100 mL de


Caldo MacConkey. Incubar a 43 ºC ± 1 °C durante 24 – 48 horas. Realizar subcultura em placa
de Agar MacConkey e incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 72 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias vermelhas, geralmente não mucosas, com


micro morfologia característica de bacilo Gram-negativo, indica presença provável de E.coli
que deve ser confirmada por testes de identificação microbiana. O produto cumpre o teste se
não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas microbianas forem negativas.

Salmonella

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 10 g, ou 10 mL do produto a ser examinado, conforme descrito em Contagem
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do número total de micro-organismos hemofílicos. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C


durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir 0,1 mL do conteúdo para 10 mL de Caldo


Enriquecimento Salmonela Rappaport Vassiliadis. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24
horas. Realizar subcultura em placa contendo Agar Xilose Lisina Desoxicolato e incubar a 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 18 a 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias bem desenvolvidas, vermelhas com ou sem


centro negro indica presença provável de Salmonela que deve ser confirmada por testes de
identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de tais
colônias ou se as provas microbianas forem negativas.

Pseudomonas aeruginosa

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinado, conforme descrito em Contagem do número
total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo de
Caseína-soja ou quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ±
2,5 °C durante 18 a 24 horas. Quando testar o dispositivo transdérmico, filtrar 50 mL de Caldo
Caseína-soja por membrana estéril e transferir a membrana para 100 mL de Caldo Caseína-
soja. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir uma alça para placa contendo Agar Cetrimida. Incubar
a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 – 72 horas. O crescimento de colônias indica presença provável
de Pseudomonas aeruginosa que deve ser confirmada por testes de identificação microbiana. O
produto cumpre o teste se não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas de
identificação forem negativas.

Staphylococcus aureus

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinada conforme descrito em Contagem do número
total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo de
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Enriquecimento (Caldo Caseína-soja) ou quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL.


Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Quando testar o dispositivo transdérmico, filtrar 50 mL de Caldo de Enriquecimento por


membrana estéril e transferir a membrana para 100 mL de Caldo Caseína-soja. Incubar a 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir uma alça para placa contendo Agar Sal Manitol.
Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 – 72 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias amarelas ou brancas rodeada por uma zona amarela
indica presença provável de S. aureus que deve ser confirmada por testes de identificação
microbiana.

O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas de
identificação foram negativas.

Clostridium

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra conforme descrito em


Contagem do número total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar duas frações iguais
correspondentes a não menos que 1 g ou mL do produto a ser examinado. Aquecer uma das
porções a 80 °C durante 10 minutos e esfriar imediatamente. Inocular 10 mL de cada fração
homogeneizada em 2 frascos contendo 100 mL de meio Caldo Reforçado para Clostridium.
Incubar em anaerobiose a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 48 horas.

Seleção e subcultura - Transferir uma alça de cada frasco para placa contendo Agar Columbia.
Incubar em anaerobiose a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias catalasenegativas, com micromorfologia de bacilo


Gram-positivo (com ou sem endósporos) indica presença provável de Clostridium. O produto
cumpre o teste se não for observado crescimento de micro-organismo anaeróbio ou se o teste
de catalase for negativo.
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Candida albicans

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g, ou mL do produto a ser examinada conforme descrito em Contagem do
número total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo
Sabouraud Dextrose. Incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3 a 5 dias.

Seleção e subcultura - Transferir uma alça para placa contendo Agar Sabouraud Dextrose ou
Agar Nickerson. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 24 – 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias brancas em Agar Sabouraud ou colônias


marrom/preta em Agar Nickerson indica presença provável de C. albicans que deve ser
confirmada por testes de identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for
observado o crescimento das colônias.

5. Doseamento

Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência. Utilizar


cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 262 nm; coluna de 150 mm de comprimento e
4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
octadecilsilano (5 µm) capeado, mantida à temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 0,8
mL/minuto.

Eluente A: mistura de água e ácido trifluoracético (100:0,05).


Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trifluoracético (100:0,05).
Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente linear, conforme tabela a seguir.
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Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente


a 10 mg de maleato de dexclorfeniramina para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 40 mL
de mistura de água e ácido trifluoracético (100:0,8). Agitar mecanicamente por 15 minutos.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar e filtrar. Diluir com água de modo
a obter solução a 40 µg/mL.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, de maleato de dexclorfeniramina


SQR em água e diluir adequadamente de modo a obter solução a 40 µg/mL.

Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
dos picos registrados não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 µL da Solução padrão e da Solução amostra,


registrar os cromatogramas e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de C16H19ClN2
.C4 H4 O4 nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
amostra.

6.MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA

6.1 Teste de Identificação

A. O espectro de absorção no infravermelho da amostra, dispersa em brometo de potássio,


apresenta máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de maleato de dexclorfeniramina
substancia química de referencia, preparado de maneira idêntica

B. O espectro de absorção no ultravioleta, na faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,002%


(p/v) em água, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos de onda e com
as mesmas intensidades relativas daqueles observados no espectro de solução similar de
maleato de dexclorfeniramina.
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6.2 Teste de Ensaio de Pureza

pH .( 4,0 a 5,0). Determinar em solução aquosa a 0,01% (p/v), utilizando água isenta de dióxido
de carbono.

Perda por dessecação. Determinar em 1 g da amostra. Dessecar em estufa a 65 °C, por 4 horas.
No máximo 0,5%.

Reduzir a substância a pó fino, caso se apresente na forma de cristais volumosos. Pesar,


exatamente, cerca de 1 a 2 g e transferir para pesa-filtro chato previamente dessecado durante
30 minutos nas mesmas condições a serem empregadas na determinação.

Após resfriamento em dessecador, pesar o pesa-filtro, tampado, contendo a amostra. Agitar o


pesa-filtro brandamente para distribuir a amostra da maneira mais uniforme possível, a uma
altura ideal de 5 mm.

Colocar o pesa-filtro na estufa, retirar a tampa, deixando-a também na estufa. Secar a amostra
(geralmente a 105 o C) e por um determinado prazo (geralmente 2 horas) especificado na
monografia.
Esfriar até temperatura ambiente em dessecador. Pesar. Repetir a operação até peso constante.

Observação: No caso de a substância fundir a uma temperatura mais baixa que a especificada
para a determinação, manter o pesa-filtro com seu conteúdo por 1 a 2 horas à temperatura de 5
a 10 o C abaixo do ponto de fusão, antes de secá-la à temperatura especificada. Quando a
substância se decompõe a temperatura de 105 o C, ela deve ser dessecada em uma temperatura
mais baixa. Em ambos os casos, pode-se realizar a secagem à pressão reduzida, em dessecador.

Cinzas sulfatadas. Determinar em 1 g da amostra. No máximo 0,2%.

Pesar exatamente de 1 a 2 g (ou a quantidade especificada na monografia) de substância


pulverizada, transferir para cadinho (como exemplo: platina, porcelana, sílica, quartzo)
previamente calcinado, esfriado em dessecador e tarado, e adicionar cerca de 1 mL de ácido
sulfúrico.
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Aquecer brandamente até carbonização em temperatura não superior a 600 o C ± 50 o C. Esfriar


e adicionar lentamente cerca de 1 mL de ácido sulfúrico para umedecer o resíduo, carbonizar e
incinerar com aquecimento gradativo até 600°C ± 50°C.

Esfriar, pesar novamente e incinerar por mais 30 minutos. Repita este procedimento até que a
diferença entre duas pesagens sucessivas não seja maior que 0,5 mg. Um equipamento
calibrado, por exemplo mufla, deve ser utilizado para o controle da temperatura.

Calcular a porcentagem de cinzas sulfatadas em relação à substância sob ensaio, utilizando o


seguinte cálculo:

em que:
P1 = Peso do cadinho após a calcinação e esfriamento (tara do cadinho);
P2 = Peso do cadinho com amostra após a calcinação e esfriamento em dessecador;
P3 = Peso da amostra inicial
100 = Fator de porcentagem.

7. Doseamento

Proceder conforme descrito em Titulações em meio não aquoso. Pesar, exatamente,


cerca de 0,4 g da amostra, previamente dessecada, e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial
anidro.

Titular com ácido perclórico 0,1 M SV determinando o ponto final potenciometricamente ou


utilizando 0,1 mL de cloreto de metilrosanilíneo SI até mudança de cor de azul para verde.

Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 19,543 mg de C16H19ClN2. C4 H4 O4.
19

8.MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA SOLUÇÃO ORAL

8.1 Teste de Identificação

A. Diluir o equivalente a 20 mg de maleato de dexclorfeniramina para 100 mL com


ácido clorídrico (1:120). Diluir 10 mL para 100 mL com o mesmo solvente. O espectro de
absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 a 400 nm, da solução amostra, obtida no
método A. de Doseamento exibe máximos idênticos aos observados no espectro da solução
padrão.

A. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma da Solução amostra, obtida no


método B. de Doseamento, correspondente àquele do pico principal da Solução padrão.

8.2 Características

8.2.1 Determinação de volume

Separar 10 unidades. Remover os lacres metálicos, quando for o caso. Retirar rótulos
que possam sofrer danos durante o teste. Pesar, individualmente, cada recipiente com as
respectivas tampas. Homogeneizar, remover e reunir os conteúdos e reservar para a
determinação da densidade de massa. Lavar os recipientes e as tampas com água e, em seguida,
com etanol. Secar em estufa a 105 ºC, por uma hora, ou em temperatura compatível com o
material do recipiente, até peso constante. Esfriar à temperatura ambiente, recolocar a tampa e
outras partes correspondentes e pesar novamente. A diferença entre as duas pesagens representa
o peso do conteúdo. Determinar os volumes individuais correspondentes (V), em mL, utilizando
a expressão:

V=m/ρ
em que
m = peso do conteúdo, em g;
ρ = densidade de massa do produto, em g/mL, determinada a 20 ºC.
20

A partir dos valores obtidos, calcular o volume médio das unidades testadas. O volume médio
não é inferior ao volume declarado e o volume individual de nenhuma das unidades testadas é
inferior a 95,0% do volume declarado.

9.Testes De Segurança Biológica

9.1 Contagem do número total de micro-organismos mesófilos

Com esse teste é possível determinar o número total de bactérias mesófilas e fungos em
produtos e matérias-primas não estéreis e é aplicado para determinar se o produto satisfaz às
exigências microbiológicas farmacopeicas.

Preparação da amostra

 Transferir 10 g ou 10 mL da mistura de amostra do produto a ser testado para 90 mL de


solução tampão cloreto de sódio-peptona - pH 7,0 ou solução tampão fosfato - pH 7,2,
Caldo Caseína-soja ou outro diluente adequado. Se necessário, ajustar o pH para 6,0 a
8,0 com solução HCl 0,1 M ou NaOH 0,1 M.

 Preparar diluições decimais sucessivas com o mesmo diluente: 1:100, 1:1000 e 1:10000.

9.1.1 Contagem em placa: Método de Profundidade

 Adicionar 1 mL da amostra preparada como descrito no item 5.1 em placa de Petri e verter,
separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e, ágar Sabouraud-dextrose mantidos a 45
- 50 °C. Atenção: deve-se utilizar duas placas para cada meio e diluição!

 Incubar as placas contendo ágar caseína-soja a 32,5 °C ± 2,5 °C durante 3 - 5 dias e as placas
contendo ágar Sabouraud-dextrose a 22,5 °C ± 2,5 °C durante 5-7 dias para determinação
do número de micro-organismos aeróbicos totais e bolores e leveduras, respectivamente.
Somente as placas que apresentarem número de colônias inferior a 250 (bactérias) e 50
(bolores e leveduras) por placa deverão ser consideradas para o registro dos resultados.

 Tomar a média aritmética das placas de cada meio e calcular o número de UFC por grama
ou mL do produto.

 Determinar o número mais provável de micro-organismos viáveis por grama ou mililitro


do produto, de acordo com as informações descritas na Tabela 2.

9.1.2.Contagem por Método de superfície


21

 Adicionar em placas de Petri, separadamente, 15 - 20 mL de ágar caseína soja e ágar


Sabouraud-dextrose e deixar solidificar. Secar as placas.

 Adicionar à superfície de cada meio de cultura, 0,1 mL da amostra preparada como


descrito em Preparação das amostras. Incubar as placas contendo ágar caseína-soja a
32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3-5 dias e as placas contendo ágar Sabouraud-dextrose a 22,5
ºC ± 2,5 °C durante 5 - 7 dias para determinação do número de micro-organismos
aeróbicos totais e bolores e leveduras, respectivamente.

 Tomar a média aritmética das placas de cada meio e calcular o número de UFC por
grama ou mL do produto.

 Determinar o número mais provável de micro-organismos viáveis por grama ou mililitro


do produto, de acordo com as informações descritas na Tabela 2.
22

Tabela 2 – Valor do Número Mais Provável de Micro-organismos - NMP

10.Pesquisa de micro-organismos patogênicos

Bactérias gram-negativas bile tolerantes

Preparo da amostra e pré-incubação –


23

Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de não menos que 1 g ou 1 mL do produto a


ser testado, conforme descrito em Contagem do número total de micro-organismos mesofílicos,
usando caldo caseína-soja (Diluição A) como diluente. Homogeneizar e incubar a 22,5 ºC ± 2,5
°C por 2 horas e não mais que 5 horas (tempo necessário para reativar a bactéria, mas não o
suficiente para estimular a multiplicação do micro-organismo).

Teste de ausência - Homogeneizar a Diluição A e transferir volume correspondente a 1


g ou 1 mL do produto para o Caldo de Enriquecimento de Enterobactérias segundo Mossel
(Aeromonas e Pseudomonas também podem crescer neste meio, bem como outros tipos de
bactérias). Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C por 24 a 48 horas. Preparar subcultura em placas contendo
Ágar Violeta Vermelho Neutro Bile Glicose. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.O
produto cumpre o teste se não houver crescimento de colônias.

Teste quantitativo (seleção e subcultura) - Diluir quantidade apropriada da Diluição A


para o Caldo de Enriquecimento de Enterobactérias segundo Mossel, de modo a obter diluições
contendo 0,1; 0,01 e 0,001 g (ou 0,1; 0,01 e 0,001 mL) do produto a ser testado. Incubar a 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 24 a 48 horas. Para cada tubo positivo, realizar subculturas em Agar Violeta
Vermelho Neutro Bile Glicose. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias bem desenvolvidas de bactérias Gram-


negativas, geralmente vermelhas ou avermelhadas, indica contaminação (resultado positivo).
Anotar os resultados positivos e negativos. Determinar o número mais provável de bactérias
por grama ou mililitro do produto segundo Tabela 3.

Tabela 3 – Interpretação dos resultados do teste quantitativo para bactérias gram-


negativas bile tolerantes.
24

Escherichia coli

Preparo da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de não


menos que 1 g do produto a ser examinado conforme descrito em Contagem do número total
de micro-organismos mesofílicos.

Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo de Enriquecimento (Caldo Caseína-soja), ou


quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante
18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir 1 mL da amostra enriquecida para 100 mL de Caldo


MacConkey. Incubar a 43 ºC ± 1 °C durante 24 – 48 horas. Realizar subcultura em placa de
Agar MacConkey e incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 72 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias vermelhas, geralmente não mucosas, com


micromorfologia característica de bacilo Gram-negativo, indica presença provável de E.coli
que deve ser confirmada por testes de identificação microbiana. O produto cumpre o teste se
não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas microbianas forem negativas.

Salmonella

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 10 g, ou 10 mL do produto a ser examinado, conforme descrito em Contagem
do número total de micro-organismos mesofílicos. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C
durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir 0,1 mL do conteúdo para 10 mL de Caldo


Enriquecimento Salmonella Rappaport Vassiliadis. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24
horas. Realizar subcultura em placa contendo Agar Xilose Lisina Desoxicolato e incubar a 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 18 a 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias bem desenvolvidas, vermelhas com ou sem


centro negro indica presença provável de Salmonella que deve ser confirmada por testes de
25

identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de tais
colônias ou se as provas microbianas forem negativas.

Pseudomonas aeruginosa

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinado, conforme descrito em Contagem do número
total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo de
Caseína-soja ou quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL. Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ±
2,5 °C durante 18 a 24 horas. Quando testar o dispositivo transdérmico, filtrar 50 mL de Caldo
Caseína-soja por membrana estéril e transferir a membrana para 100 mL de Caldo Caseína-
soja. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.
Seleção e subcultura - Agitar e transferir uma alça para placa contendo Agar Cetrimida.
Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 – 72 horas. O crescimento de colônias indica presença
provável de Pseudomonas aeruginosa que deve ser confirmada por testes de identificação
microbiana. O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de tais colônias ou se
as provas de identificação forem negativas.

Staphylococcus aureus

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g do produto a ser examinada conforme descrito em Contagem do número
total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo de
Enriquecimento (Caldo Caseína-soja) ou quantidade correspondente a 1 g ou 1 mL.
Homogeneizar e incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.
Quando testar o dispositivo transdérmico, filtrar 50 mL de Caldo de Enriquecimento por
membrana estéril e transferir a membrana para 100 mL de Caldo Caseína-soja. Incubar a 32,5
ºC ± 2,5 °C durante 18 a 24 horas.

Seleção e subcultura - Agitar e transferir uma alça para placa contendo Agar Sal Manitol.
Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 18 – 72 horas.
26

Interpretação - O crescimento de colônias amarelas ou brancas rodeada por uma zona amarela
indica presença provável de S. aureus que deve ser confirmada por testes de identificação
microbiana.
O produto cumpre o teste se não for observado crescimento de tais colônias ou se as provas de
identificação foram negativas.

Clostridium

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra conforme descrito em


Contagem do número total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar duas frações iguais
correspondentes a não menos que 1 g ou mL do produto a ser examinado. Aquecer uma das
porções a 80 °C durante 10 minutos e esfriar imediatamente. Inocular 10 mL de cada fração
homogeneizada em 2 frascos contendo 100 mL de meio Caldo Reforçado para Clostridium.
Incubar em anaerobiose a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 48 horas.

Seleção e subcultura - Transferir uma alça de cada frasco para placa contendo Agar Columbia.
Incubar em anaerobiose a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 48 horas.

Interpretação - O crescimento de colônias catalasenegativas, com micromorfologia de bacilo


Gram-positivo (com ou sem endósporos) indica presença provável de Clostridium. O produto
cumpre o teste se não for observado crescimento de micro-organismo anaeróbio ou se o teste
de catalase for negativo.

Candida albicans

Preparação da amostra e pré-incubação - Preparar a amostra usando a diluição 1:10 de


não menos que 1 g, ou mL do produto a ser examinada conforme descrito em Contagem do
número total de micro-organismos mesofílicos. Utilizar 10 mL da diluição para 90 mL de Caldo
Sabouraud Dextrose. Incubar 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 3 a 5 dias.

Seleção e subcultura - Transferir uma alça para placa contendo Agar Sabouraud Dextrose ou
Agar Nickerson. Incubar a 32,5 ºC ± 2,5 °C durante 24 – 48 horas.
27

Interpretação - O crescimento de colônias brancas em Agar Sabouraud ou colônias


marrom/preta em Agar Nickerson indica presença provável de C. albicans que deve ser
confirmada por testes de identificação microbiana. O produto cumpre o teste se não for
observado o crescimento das colônias.

11.Teste de Doseamento

A. Transferir quantitativamente volume da solução oral equivalente a 8 mg de maleato de


dexclorfeniramina para funil de separação de 250 mL e ajustar o pH da solução para 11,0
com hidróxido de sódio M.

Extrair com duas porções de 75 mL de hexano e combinar os extratos num segundo funil de
separação. Repetir a extração com três porções de 50 mL de ácido clorídrico (1:20),
completando o volume para 200 mL com o mesmo solvente.

Em outro recipiente, pesar 40 mg de maleato de dexclorfeniramina SQR, dissolver em água e


completar para 100 mL com o mesmo solvente. Transferir 10 mL desta solução para funil de
separação e ajustar o pH para 11,0 com hidróxido de sódio M.

Extrair com duas porções de 50 mL de hexano, agitando 2 minutos cada porção, antes da
separação das fases. Combinar os extratos num segundo funil de separação, extrair com duas
porções de 40 mL de ácido clorídrico (1:20).

Combinar os extratos em balão volumétrico e completar o volume para 100 mL com o mesmo
solvente. Filtrar a solução, desprezando as primeiras porções do filtrado.

Calcular o teor de C16H19ClN2 .C4 H4 N4 pelas absorvâncias medidas, relacionando-as com


as concentrações das soluções.

B. Proceder conforme descrito em Cromatografia a líquido de alta eficiência.Utilizar


cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 262 nm; coluna de 250 mm de comprimento e
4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
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octadecilsilano (5 µm); mantida a temperatura ambiente; fluxo da Fase móvel de 1,0


mL/minuto.

Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido trifluoracético (70:30:0,5).

Solução amostra: transferir volume conhecido da amostra para balão volumétrico. Adicionar
água, homogeneizar, de modo a obter solução a 40 μg/mL. Filtrar

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada de maleato de dexclorfeniramina SQR


em água, de modo a obter solução a 0,4 μg/mL. Homogeneizar e filtrar.

Injetar replicatas de 20 µL da Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
sob os picos registrados não deve ser maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL da Solução padrão e da Solução amostra, registrar


os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H19ClN2 . C4 H4 O4
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
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12.REFERÊNCIAS

Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fundação Oswaldo Cruz


Volume 1. 5ª edição. Brasília 2010.

Farmacopeia Brasileira. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fundação Oswaldo Cruz


Volume 2. 5ª edição. Brasília 2010.

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