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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

SEGURANÇA NO
LABORATÓRIO

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRARIAS

LABORATÓRIO DE QUÍMICA E BIOQUÍMICA

SEGURANÇÃO EM LABORATÓRIO

Organizadores

José Alves Barbosa


Coordenação Geral

Wellington Souto Ribeiro


Coordenador Editorial

Lucas Cavalcante da Costa


Coordenador de Editoração Eletrônica

João Félix dos Santos Neto


Edmilson Igor Bernardo Almeida
Eng. Agrônoma Gilmara Gurjão Carneiro
Helder Horácio de Lucena
Apoio Técnico

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Sumário
Capitulo 1
__________________________
Por quer usar EPI?
_______________________________________________ 6

Capitulo 2
__________________________
Como vestir e retirar os EPI’S
_______________________________________________ 11

Capitulo 3
__________________________
Extintores
_______________________________________________ 30

Capitulo 4
__________________________
Responsabilidades
_______________________________________________ 37

Capitulo 5
__________________________
Armazenamento e manuseio de reagentes químicas
_______________________________________________ 41

Capitulo 6
__________________________
Cuidados a serem observados no laboratório 70
3
_______________________________________________
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Capitulo 7
__________________________
Descartes, Lavagem e manutenção 75
_______________________________________________

Capitulo 8
__________________________
Acidentes comuns no Laboratório e primeiros socorros
______________________________________________ 82

__________________________
Bibliografia
______________________________________________ 104

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CAPITULO 1
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Por quer usar EPI?
________________________

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INTRODUÇÃO

O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos


Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s). As recomendações hoje
existentes para o uso de EPI´s são bastante genéricas e padronizadas, não
considerando variáveis importantes como o tipo de equipamento utilizado na
operação, os níveis reais de exposição e até mesmo das características
ambientais e da cultura onde o produto será aplicado. Estas variáveis
acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações inadequadas e
podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo.
Estando cientes da possibilidade na recomendação de rotulagem para
assegurar a proteção do ESTÁGIARIO, BOLSISTA OU DO
VOLUNTÁRIO, elaboramos estes questionamentos com os seguintes
objetivos:

✓ Aprofundar a discussão sobre o uso adequado dos EPI´s;

✓ Otimizar os investimentos em segurança;

✓ Aumentar o conforto do utilizador;

✓ Combater o uso incorreto, que vai desde o não uso até o uso exagerado
de EPI´s;

✓ Melhorar a qualidade dos EPI´s no mercado;

✓ Incentivar o uso da receita agronômica para recomendar de forma


criteriosa os EPI´s necessários para cada aplicação;

✓ Acabar com alguns mitos.

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✓ Ao final, esperamos ajudá-lo a identificar e avaliar de forma mais


criteriosa o risco, em função dos níveis de exposição ao produto
fitossanitário e da operação a ser executada nos laboratórios e no
campo, assim como a maneira pela qual você recomenda, adquire, usa
(veste, tira, lava, guarda) e descarta os EPI´s.

POR QUE USAR EPI?

EPI’s são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do


trabalhador, individuo que utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os
riscos de intoxicações decorrentes da exposição.

As funções básicas dos EPI’s são:

✓ Proteger o organismo do produto tóxico, minimizando o risco.

✓ Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos


fitossanitários é considerada acidente de trabalho.

✓ O uso de EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira


através de suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá
acarretar em ações de responsabilidade cível e penal, além de multas
aos infratores.

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AS VIAS DE EXPOSIÇÃO SÃO:

RISCOS

O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de


uma substância química causar efeito tóxico. O Risco é uma função da
toxicidade do produto e da exposição.

Risco = f (toxicidade; exposição)

A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito


adverso à saúde. Em tese, todas as substâncias são tóxicas, e a toxicidade
depende basicamente da dose e da sensibilidade do organismo exposto.

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(Quanto mais tóxico um produto, menor é a dose necessária para causar


efeitos adversos).
Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do
produto, a única maneira concreta de reduzir o risco é através da
diminuição da exposição. Para reduzir a exposição o trabalhador deve
manusear os produtos com cuidado, usar equipamentos de aplicação bem
calibrados e em bom estado de conservação, além de vestir os EPI
adequados.

RISCO TOXICIDADE
EXPOSIÇÃO
ALTO ALTA ALTA
ALTO BAIXA ALTA
BAIXO ALTA BAIXA
BAIXO BAIXA BAIXA

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CAPITULO 2
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Como vestir e retirar os EPI’S
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USO DOS EPI

Para proteger adequadamente, os EPI deverão ser vestidos e retirados


de forma correta.

Veja como vestir os EPI:

1. Calça e Jaleco - A calça e o jaleco devem ser vestidos sobre a roupa


comum, fato que permitirá a retirada da vestimenta em locais abertos.
Os EPI podem ser usados sobre uma bermuda e camiseta de algodão,
para aumentar o conforto. O aplicador deve vestir primeiro a calça do
EPI, em seguida o jaleco, certificando-se este fique sobre a calça e
perfeitamente ajustado. O velcro deve ser fechado com os cordões para
dentro da roupa. Caso o jaleco de seu EPI possua capuz, assegure-se
que este estará devidamente vestido, pois, caso contrário, facilitará o
acúmulo e retenção de produto, servindo como um compartimento.
Vale ressaltar que o EPI deve ser compatível com o tamanho do
aplicador.

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2. Botas- Impermeáveis, devem ser calçadas sobre meias de algodão de


cano longo, para evitar atrito com os pés, tornozelos e canela. As bocas
da calça do EPI sempre devem estar para fora do cano das botas, a fim
de impedir o escorrimento do produto tóxico para o interior do calçado.

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3. Avental Impermeável - Deve ser utilizado na parte da frente do jaleco


durante o preparo da calda e pode ser usado na parte de traz do jaleco
durante as aplicações com equipamento costal. Para aplicações com
equipamento costal é fundamental que o pulverizador esteja
funcionando bem e sem apresentar vazamentos.

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4. Respirador e purificadores de ar - Deve ser colocado de forma que os


dois elásticos fiquem fixados corretamente e sem dobras, um fixado na
parte superior da cabeça e outro na parte inferior, na altura do pescoço,
sem apertar as orelhas. O respirador deve encaixar perfeitamente na
face do trabalhador, não permitindo que haja abertura para a entrada de
partículas, névoas ou vapores. Para usar o respirador, o trabalhador
deve estar sempre bem barbeado.

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CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO


RESPIRATÓRIA

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RESPIRADORES

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PURIFICADORES DE AR NÃO MOTORIZADOS

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PURIFICADORES DE AR MOTORIZADOS

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5. Viseira facial e óculos de proteção - Deve ser ajustada firmemente na


testa, mas sem apertar a cabeça do trabalhador. A viseira deve ficar um
pouco afastada do rosto para não embaçar.

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6. Boné árabe - Deve ser colocado na cabeça sobre a viseira. O velcro do


boné árabe deve ser ajustado sobre a viseira facial, assegurando que
toda a face estará protegida, assim como o pescoço e a cabeça.

7. Luvas - Último equipamento a ser vestido, devem ser usadas de forma


a evitar o contato do produto tóxico com as mãos.
As luvas devem ser compradas de acordo com o tamanho das
mãos do usuário, (não podendo ser muito justas, para facilitar a
colocação e a retirada, e nem muito grandes, para não atrapalhar o tato
e causar acidentes).
As luvas devem ser colocadas normalmente para dentro das
mangas do jaleco, com exceção de quando o trabalhador pulveriza
dirigindo o jato para alvos que estão acima da linha do seu ombro (para
o alto).

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Nesse caso, as luvas devem ser usadas para fora das mangas do
jaleco. O objetivo é evitar que o produto aplicado escorra para dentro
das luvas e atinja as mãos.

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COMO RETIRAR OS EPI

Após a aplicação, normalmente a superfície externa dos EPI está


contaminada. Portanto, na retirada dos EPI, é importante evitar o contato das
áreas mais atingidas com o corpo do usuário.Antes de começar retirar os EPI,
recomenda-se que o aplicador lave as luvas vestidas. Isto ajudará a reduzir os
riscos de exposição acidental. Veja agora a maneira correta para a retirada dos
EPI:

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Como retirar:

1. Boné árabe - Deve-se desprender o velcro e retirá-lo com cuidado.

2. Viseira facial - Deve-se desprender o velcro e colocá-la em um local


de forma a evitar arranhões

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3. Avental - Deve ser retirado desatando-se o laço e puxando-se o velcro


em seguida.

4. Jaleco - Deve-se desamarrar o cordão, em seguida curvar o tronco para


baixo e puxar a parte superior (os ombros) simultaneamente, de
maneira que o jaleco não seja virado do avesso e a parte contaminada
atinja o rosto.

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5. Botas - Durante a pulverização, principalmente com equipamento


costal, as botas são as partes mais atingidas pela calda.
Devem ser retiradas em local limpo, onde o aplicador não suje os pés.

6. Calça - Deve-se desamarrar o cordão e deslizar pelas pernas do


aplicador sem serem viradas do avesso.

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7. Luvas - Deve-se puxar a ponta dos dedos das duas luvas aos poucos, de
forma que elas possam ir se desprendendo simultaneamente.
Não devem ser viradas ao avesso, o que dificultaria o próximo
uso e contaminaria a parte interna.

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8. Respirador - Deve ser o último EPI a ser retirado, sendo guardado


separado dos demais equipamentos para evitar contaminações das
partes internas e dos filtros.

Importante: após a aplicação, o trabalhador deve tomar banho com bastante


água e sabonete, vestindo roupas LIMPAS a seguir.

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CAPITULO 3
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Extintores
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TIPOS DE EXTINTORES DE INCÊNDIO

I- EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO

O agente extintor pode ser o


BICARBONATO DE SÓDIO ou de
POTÁSSIO que recebem um tratamento
para torná-los em absorvente de umidade.
O agente propulsor pode ser o GÁS
CARBÔNICO ou NITROGÊNIO. O
agente extintor forma uma nuvem de pó
sobre a chama que visa a exclusão do
OXIGÊNIO; posteriormente são
acrescidos à nuvem, GÁS CARBÔNICO e
o VAPOR DE ÁGUA devido a queima do
PÓ.

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II- EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2)

O GÁS CARBONICO é
material não condutor de
ENERGIA ELÉTRICA. O mesmo
atua sobre o FOGO onde este
elemento (eletricidade) esta
presente.
Ao ser acionado o extintor , o
gás é liberado formando uma
nuvem que ABAFA E RESFRIA. É
empregado para extinguir
PEQUENOS focos de fogo em
líquidos inflamáveis (classe B) e em
pequenos equipamentos
energizados (classe C).

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III- EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA - PRESSÃO


PERMANENTE

Não é provido de cilindro de gás


propelente, visto que a água permanece
sob pressão dentro do aparelho. Para
funcionar, necessita apenas da abertura do
registro de passagem do líquido extintor.

Fixado na parte externa do


aparelho está um pequeno cilindro
contendo o gás propelente, cuja a
válvula deve ser aberta no ato da
utilização do extintor, a fim de
pressurizar o ambiente interno do
cilindro permitindo o seu
funcionamento. O elemento extintor
é a água, que atua através do
resfriamento da área do material em
combustão. O agente propulsor
(propelente) é o GÁS
CARBÔNICO (CO2}

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COMO UTILIZAR OS EXTINTORES DE INCÊNDIO

Verifique a tabela a seguir:

EXTINTOR (TIPO) PROCEDIMENTOS DE USO

ÁGUA PRESSURIZADA

- Retirar o pino de segurança.


- Empunhar a mangueira e apertar o gatilho,
dirigindo o jato para a base do fogo. - Só usar
em madeira, papel, fibras, plásticos e
similares.
- Não usar em equipamentos elétricos.
ÁGUA PRESSURIZÁVEL
(ÁGUA/GÁS)

- Abrir a válvula do cilindro de gás.


- Atacar o fogo, dirigindo o jato para a base
das chamas.
- Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e
similares.
- Não usar em equipamentos elétricos.
ESPUMA

- Inverter o aparelho o jato disparará


automaticamente, e só cessará quando a carga
estiver esgotada.
- Não usar em equipamentos elétricos.

GÁS CARBÔNICO (CO2)

- Retirar o pino de segurança quebrando o


lacre.
- Acionar a válvula dirigindo o jato para a
base do fogo.
- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
PÓ QUIMICO SECO (PQS)

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- Retirar o pino de segurança.


- Empunhar a pistola difusora.
- Atacar o fogo acionando o gatilho.
- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
*Utilizar o pó químico em materiais
eletrônicos, somente em último caso.
PÓ QUÍMICO SECO COM
CILINDRO DE GÁS

- Abrir a ampola de gás.


- Apertar o gatilho e dirigir a nuvem de pó à
base do fogo.
- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.
*Utilizar o pó químico em materiais
eletrônicos, somente em último caso.

ONDE USAR OS AGENTES EXTINTORES

Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na sua


química, provocando uma descontinuidade em um ou mais lados do tetraedro
do fogo, alterando as condições para que haja fogo. Os agentes extintores
podem ser encontrados nos estados sólidos, líquidos ou gasosos. Existe uma
variedade muito grande de agentes extintores. Citaremos apenas os mais
comuns, que são os que possivelmente teremos que utilizar em caso de
incêndios. Exemplos: água, espuma (química e mecânica), gás carbônico, pó
químico seco, agentes halogenados (HALON), agentes improvisados como
areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc, que normalmente extinguem o
incêndio por abafamento, ou seja, retiram todo o oxigênio a ser consumido
pelo fogo.

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Agentes Extintores
Classes de Pó Gás Carbônico
Incêndio Água Espuma
Químico (CO2)

A
Madeira,
SIM SIM SIM* SIM*
papel,
tecidos etc.

B
Gasolina,
NÃO SIM SIM SIM
álcool, ceras,
tintas etc.

C
Equipament
os e
NÃO NÃO SIM SIM
Instalações
elétricas
energizadas.

* Com restrição, pois há risco de reignição. (se possível


utilizar outro agente)

POR QUE DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM A SEGURANÇA NOS


LABORATÓRIOS?

Segundo a Declaração dos Direitos Humanos todo homem tem direito


à vida e, se temos direito à vida precisamos nos preocupar em preservá-la.
Uma forma de preservá-la é preocupar-se com a sua segurança no ambiente
de trabalho e, se você trabalha em um laboratório, precisa conhecer os riscos a
que é exposto e como melhorar suas condições de segurança.

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CAPITULO 4
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Responsabilidades
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RESPONSABILIDADES

A legislação trabalhista prevê que: É obrigação do empregador


fornecer os EPI adequados ao trabalho instruir e treinar quanto ao uso dos EPI
fiscalizar e exigir o uso dos EPI repor os EPI danificados É obrigação do
trabalhador usar e conservar os EPI.

Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado

✓ O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser


multado pelo Ministério do Trabalho.

✓ O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser


demitido por justa causa.

✓ É recomendado que o fornecimento de EPI, bem como treinamentos


ministrados, seja registrado através de documentação apropriada para
eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas.

✓ Os responsáveis pela aplicação devem ler e seguir as informações


contidas nos rótulos, bulas e nas Fichas de Informação de Segurança de

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Produto (FISPQ) fornecidas pelas indústrias, sobre os EPI que devem


ser utilizados para cada produto.

O papel do Engenheiro Agrônomo durante a emissão da receita é


fundamental para indicar os EPI adequados pois, além das características do
produto, como a toxicidade, a formulação e a embalagem, o profissional deve
considerar os equipamentos disponíveis para a aplicação (costal, trator de
cabina aberta ou fechada, tipo de pulverizadores e bicos), as etapas da
manipulação e as condições da lavoura, como o porte, a topografia do terreno,
etc. O papel do Engenheiro ou do Técnico de Segurança é fundamental para
indicar os EPI’s adequados, pois além das características do produto, como a
toxicidade, a formulação e a embalagem, o profissional deve considerar os

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equipamentos disponíveis eis para as etapas da manipulação e as condições da


lavoura, como o porte, a topografia do terreno, etc.

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CAPITULO 5
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Armazenamento e manuseio de
reagentes químicos
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ARMAZENAMENTO DE REAGENTES QUÍMICOS

• As substâncias químicas devem ser sempre armazenadas em locais


adequados como uma sala de estoque, com prateleiras fixas numa altura
razoável e armários específicos para tal fim;
• Reagentes INCOMPATÍVEIS devem ser estocados a uma determinada
distância entre si;
• Reagentes perigosos devem ser estocados de maneira particular,
considerando suas características;
• Os reagentes não identificados, sem rótulos, devem ser analisados
visando a sua identificação para o uso;
• Os rótulos dos frascos contendo substâncias químicas são muito
frágeis. Portanto, aconselha-se reforçá-los com fita adesiva
transparente, fina camada de cola ou papel Contact® transparente;
• Os rótulos das substâncias devem conter as condições de manuseio,
classe de perigo no transporte, seu grau de periculosidade, precauções
no uso, manuseio, estocagem, primeiros socorros e informações que
permiam identificar a substância presente;
• A fim de evitar a perda dos rótulos, esses devem ser vistoriados
periodicamente ;
• Os produtos químicos devem ser armazenados em locais especialmente
destinados para este fim, permanecendo no laboratório uma quantidade
mínima a ser utilizada;
• Os locais de armazenamento devem ser dotados de boa ventilação,
protegidos dos raios solares e organizados preferencialmente por
classes de substâncias. Consulte a TABELA DE
INCOMPATIBILIDADE das substâncias para evitar colocar reagentes
incompatíveis próximos uns dos outros.

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• No caso de soluções preparadas é necessário colocar etiquetas nos seus


frascos, contendo as seguintes informações: nome e concentração das
substâncias, data da preparação e nome do responsável.

TABELA DE INCOMPATIBILIDADE DE REAGENTES

Produtos químicos Incompatíveis


(Não armazenar próximo)

Substância Incompatível com


Ácido acético Óxido de cromo (VI), ácido nítrico,
alcoóis, etilenoglicol, ácido perclórico,
peróxidos e permanganatos.
Ácido nítrico concentrado Ácido acético, anilina, óxido de
cromo(VI), ácido cianídrico, sulfeto de
hidrogênio, cobre, bronze, acetona, álcool,
líquidos e gases inflamáveis.
Ácido oxálico Prata e mercúrio.
Acido perclórico Anidrido acético, ácido acético, bismuto e
suas ligas, álcoois, papel, madeira, graxas
e óleos.
Ácido sulfúrico Cloratos, percloratos e permanganatos.

Acetona Acido nítrico e ácido sulfúrico.


Amoníaco e gás amônia Mercúrio, cloro, bromo, iodo, hipoclorito
de cálcio e ácido fluorídrico.
Óxido de cálcio
Água e ácidos.
(Cal )
Cianetos Ácidos (geram ácido cianídrico).
Sais de amônio, ácidos, metais em pó,
Cloratos enxofre, substâncias inflamáveis ou
orgânicas em pó.

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Amoníaco, acetileno, butadieno, butano,


Cloro metano, propano, hidrogênio, benzina de
petróleo, benzeno e metais em pó.
Cobre Acetileno e peróxido de hidrogênio.
Guardar separado de quaisquer outros
Flúor
produtos químicos.
Enxofre e compostos que contenham
Fósforo
oxigênio (por exemplo, Cloratos).
Flúor, cloro, bromo, óxido de cromo (VI)
Hidrocarbonetos
e peróxido de sódio.
Hipocloritos Ácidos (geram cloro e ácido hipocloroso).
Iodo Acetileno, amoníaco, gás amônia e
hidrogênio.
Líquidos inflamáveis Nitrato de amônio, óxido de cromo (VI),
peróxido de hidrogênio, ácido nítrico,
(álcool etílico, éter e outros) peróxido de sódio e halogênios.
Mercúrio Acetileno e amoníaco.
Água, tetracloreto de carbono e outros
Metais alcalinos alcanos halogenados, dióxido de carbono e
halogênios.
Ácidos, metais em pó, líquidos
inflamáveis, cloratos, nitritos, enxofre e
Nitrato de amônio
substâncias orgânicas inflamáveis ou em
pó.
Sais de amônio, ácidos, metais em pó,
enxofre e substâncias orgânicas
Perclorato de potássio
inflamáveis ou substâncias orgânicas em
pó.
Glicerina, etilenoglicol, benzaldeído e
Permanganato de potássio
ácido sulfúrico
Cobre, cromo, ferro, metais, sais
metálicos, alcoóis, acetona, substâncias
Peróxido de hidrogênio orgânicas, anilina, nitrometano,
substâncias inflamáveis sólidas ou
líquidas.

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Substâncias oxidáveis, metanol, etanol,


ácido acético glacial, anidrido acético,
Peróxido de sódio dissulfeto de carbono, glicerina,
etilenoglicol, acetato de metila, acetato de
etila e benzaldeído.
Peróxidos orgânicos Ácidos orgânicos ou inorgânicos
Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico e
Prata
compostos de amônia.

Potássio Veja metais alcalinos.

Sódio Veja metais alcalinos.


Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico e gases oxidantes.
(ácido sulfídrico)
Sulfetos Ácidos (geram sulfeto de hidrogênio).

MANUSEIO DE PRODUTOS QUÍMICOS

1- Leia o rótulo antes de abrir a embalagem.


2- Verificar se a substância é realmente aquela desejada.
3- Considere o perigo de reações entre substâncias químicas e utilize
equipamentos e roupas de proteção apropriadas.
4- Abra as embalagens em área bem ventilada
5- Tome cuidado durante a manipulação e uso de substâncias químicas
perigosas utilizando métodos que reduzam o risco de inalação, ingestão e
contato com a pele, olhos e roupas.
6- Feche hermeticamente a embalagem após a utilização
7- Não coma, beba ou fume enquanto estiver manuseando substâncias
químicas.
8- Lave mão e áreas expostas regularmente, trocando as roupas contaminadas.

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9- Trate os derramamentos usando métodos e precauções apropriados, para as


substâncias perigosas.
10- Procure atendimento médico imediatamente, se afetado por substâncias
químicas e use os primeiros socorros apropriados até a chegada do médico.

REQUERIMENTOS LEGAIS

No Brasil, não existe decreto lei, que defina a obrigatoriedade da


presença e utilização de maletas ou armários de primeiros socorros nas
indústrias e laboratórios. Levando-se em consideração o risco na manipulação
e/ou transporte de produtos químicos, para cada grupo de 10 a 15
empregados, nas indústrias e laboratórios que manipulam produtos químicos
na produção, almoxarifados ou nos laboratórios de controle de qualidade.
Assim sendo, apresentamos abaixo, uma relação do material necessário para
compor cada uma dessas maletas ou armários:
1- Uma cópia do folheto comunicando os procedimento de primeiros
socorros.
2- Um número suficiente (não menor que 12) de pequenas bandagens
esterilizadas para ferimentos nos dedos.
3- Um número suficiente (não menor que 6) de bandagens esterilizadas de
tamanho médio para ferimentos nas mãos e nos pés.
4- Um número suficiente (não menor que 6) de bandagens esterilizadas de
tamanho grande para outras partes lesadas.
5- Um número suficiente (não menor que 24) de bandagens adesivas de
tamanho grande para outras partes lesadas.
6- Um número suficiente (não menor que 4) de bandagens triangulares de
algodão, descorado, medindo na dimensão maior 130 cm pelo menos e em
cada uma das outras pelo menos 90 cm.

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7- Um estoque suficiente de esparadrapos.


8- Um estoque suficiente de rolos de algodão esterilizados em pacotes de 15
gramas.
9- Um estoque suficiente de pomada para os olhos.
10- Um número suficiente (não menor que 4) de compressas esterilizadas para
óleos em pacotes selados e separados.
11- Uma bandagem de borracha ou de pressão.
12- Alfinetes de segurança.

LABORATÓRIO - PRIMEIROS SOCORROS

Os tratamentos hora sugeridos devem ser considerados como primeiros


socorros. Eles não são um substituto do atendimento médico especializado. O
tratamento imediato de todas as agressões por menor que sejam é essencial.
Ocorrendo ocasionalmente uma parada respiratória, respiração artificial deve
ser aplicada imediatamente, de forma ininterrupta, até socorro médico.
Em todos os casos de contato com substâncias químicas, uma vigorosa
irrigação ou lavagem com água deverá ser o primeiro tratamento.
Feridas, cortes ou arranhões deverão receber tratamento imediato.
Queimaduras por contato direto ou por respingo devem ser tratadas por
irrigação da parte afetada com água fria, por um período de pelo menos 15
minutos e, aplicando em seguida uma gaze estéril até chegada de socorro
médico.
Queimaduras provocadas por substâncias químicas deverão ser lavadas com
grande quantidade de água e, antes do tratamento médico, seguir o
procedimento anterior.

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PROVISÕES ADICIONAIS

Sugere-se que adicionalmente nas provisões acima citadas,


acondicionar pelo menos para cortes e queimaduras em cada maleta de
primeiros socorros o seguinte:

• Uma colher de sopa


• Um frasco de sulfato de magnésio
• Um frasco de leite de magnésia (dose: duas colheres de sopa cheias)
• Um frasco de vinagre ou solução de ácido acético 1%.

Os seguintes remédios e antídotos para substâncias químicas específicas


deverão ser incluídos na caixa se tais substâncias forem manipulados no
laboratório em questão.
Reagentes e Ácidos Corrosivos: Após a lavagem com água a superfície da
pele que entrou em contato com estes materiais, podem ser tratadas
abundantemente com magnésia/pasta de glicerol, preparada misturando-se
200 gramas de óxido de magnésio com 240 ml de glicerol. Um estoque desta
pasta será útil na maior parte dos laboratórios.
Um volume de amônia adicionado a 15 volumes de água também reduz o
grau de queimadura com Bromo, Ácido fórmico e Ácido fluorídrico.
O gel de gluconato de cálcio é usado nos primeiros socorros para tratamento
da pele em contato com o ácido fluorídrico.

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A seguir estão contidos nas tabelas os nomes dos produtos químicos,


bem como as suas respectivas classificações e códigos. Os significados de
cada código e suas classificações estão descritas no final deste catálogo.

AS CLASSIFICAÇÕES DOS PRODUTOS QUÍMICOS

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Acetaldeído Irritante 4
Acetila (cloreto e brometo) Ácido 37
Acetona ¾ 4
Acetonitrila Tóxico 6
Ácido Acético Ácido 37
Ácido Arsênico (xarope) Ácido 39
Ácido Bromídrico Ácido 37
Ácido Bromoacético Ácido 39
Ácidos Butíricos (n e iso) Ácido 39
Ácido Cianídrico Cianeto 35
Ácido Clorídrico Ácido 37
Ácido Cloroacético Ácido 39
Ácido Clorossulfônico Ácido 37
Ácido Dicloroacético Ácido 37
Ácido Fenol Sulfônico (mono e Di) Ácido 39
Ácido Fluorídrico Ácido 38
Ácido Fluorbórico e ácido fluorsilícico Ácido 37
Ácido Fórmico Ácido 37
Ácido Fosfórico Ácido 39

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PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Ácido Iodídrico Ácido 37
Ácido Iódico e Iodo Pentóxido Ácido 37
Ácido Iodoacético Ácido 39
Ácido Nítrico Ácido 37
Ácido Ortofosfórico Ácido 39
Ácido Oxálico Ácido 36
Ácido Perclórico Ácido 39
Ácido Pícrico Tóxico 28
Ácido Propiônico Ácido 39
Ácido Selênico Ácido 39
Ácidos Sulfônicos Ácido 39
Ácido Sulfúrico Ácido 39
Ácido Tricloro Acético Ácido 39
Ácido Trifluoracético e Anidrido Ácido 37
Acrilamida Tóxico 8
Acrilonitrila Cianeto 35
Acroleína (Acrilaldeído) Tóxico 23
Álcool Amílico (todos os isômeros) Perigoso 2
Álcool Alílico Tóxico 6

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Alila, Brometo de Tóxico 11
Alila, Cloreto de Tóxico 11
Alumínio Cloreto Anidro Ácido 37
Amila, Nítrico de Perigoso 9
Amônia em Solução Básico 31
Amônio, Hidrogeno difluoreto de Ácido 38
Amônio Sulfeto em solução Tóxico 6
Anidrido acético Ácido 37
Anilina Tóxico 11
Antimônio (compostos) Tóxico ¾ 11
Antimônio Tricloreto Ácido 39

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Arsênico (compostos) Tóxico 11


Bário (compostos solúveis em água) Perigoso ¾ 15
Bário Hidróxido Básico 32
Benzeno Tóxico [11]
Benzila Cloreto e Brometo Irritante 3
Benzoíla, Cloreto de Ácido 37
Benzonitrila Tóxico 11
Benzotricloreto e Trifluoreto Perigoso 3
Berílio (compostos) Tóxico 21

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Bis (2 cloro etil) éter Tóxico 11
Boro, tricloreto e tribrometo de Ácido 37
Bromo Tóxico 14
Bromoetano Perigoso 8
Bromofórmio Tóxico 11
Bromometano Tóxico 8
Butanol - 1 e Butanol - 2 Perigoso 2
Butanona (metil etil cetona) (MEK) ¾ [2]
Butilaminas Básico 32
Cálcio, óxido de (lime) Básico 32
Carbono, monóxido de Tóxico 27
Carbono, sulfeto de Tóxico 26
Carbono, tetracloreto de Tóxico [25]
Chumbo (sais de) Perigoso ¾ 15
Cianetos Cianeto 35
Ciclo-hexano e Ciclo-hexeno ¾ [3]
Ciclo-hexanol e Ciclo-hexanona Perigoso 2
Ciclo-hexilamina Básico 31
Cloro Tóxico 12
Cloroanilinas Tóxico 11

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PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Cloro Benzeno Perigoso 3
1 - Cloro 2,4 Dinitrobenzeno Tóxico 11
2 - Cloro etanol(etileno cloridrina) Tóxico 17
1 - Cloro 2,3 Epoxipropano Tóxico 25
Cloros Fenóis Fenol 41
Clorofórmio Perigoso 26
Cloronitroanilinas Tóxico 11
Cloronitrobenzenos Tóxico 11
Cobre (compostos) Perigoso 1
Cresóis Fenol 41
Cromatos e dicromatos Irritante 8
Cromo trióxido (ácido crômico) Ácido 37
Diamino etano (etilenodiamina) Básico 31
Dianisidina e seus di-hidrocloretos Tóxico 17
Diazometano Tóxico 27
1,2 Dibromo etano (etileno dibrometo) Tóxico 11
o - Diclorobenzeno Perigoso 3
1,2 Dicloroetano (etileno dicloreto) Perigoso 25
Di - (2 cloro etil) éter Tóxico 11
1,2 Dicloroetileno Perigoso 5

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Diclorometano Perigoso 9
Dietilamina Básico 30
N, N - Dietilanilina Tóxico 11
Dietil éter (éter etílico) ¾ 9
Dietil sulfato Tóxico 11
Di - isopropil éter ¾ [11]
Dimetilamina e soluções Básico 31
N, N Dimetil anilina Tóxico 17
Dimetilformamida Tóxico 6
Dimetil sulfato Tóxico 7

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Dinitro - o - cresol Fenol 41


Dinitrofenóis Fenol 41
Dioxano Perigoso 16
Disulfo Dicloreto Ácido 37
Enxofe, cloreto de (dicloreto) Ácido 37
Enxofre Dióxido Ácido 40
Epicloridrina Tóxico 25
Estanho cloreto anidro Ácido 37
Estireno Irritante 3
Etanodiol (etileno glicol) Perigoso 29

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Etilamina e soluções Básico 31
N - Etilanilina Tóxico 11
Etil Benzeno Irritante [3]
Etil cloro acetato Tóxico 11
Etil cloro formato Tóxico 11
Etileno Óxido Tóxico 24
Fenil Acetonitrila (cianeto de Benzila) Tóxico 3
Fenileno diaminas Tóxico 11
Fenihidrazina Tóxico 11
Fenol Fenol 41
Ferro III Cloreto Anidrido Ácido 37
Fluoretos Tóxico 8
Fosforila Cloreto Ácido 37
Fósforo (amarelo) Tóxico 20
Fósforo Pentacloreto Ácido 37
Fósforo Pentóxido Ácido 37
Fosgênio Tóxico 22
Fósforo Tribromo e Tricloro e Tricloreto Ácido 37
Fluorboratos e Fluorsilicatos Tóxico 8
Formaldeído em Solução (Formalina) Tóxico 8

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PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Furfuraldeído Tóxico 11
Hidrazina hidrato Tóxico 8
Hidrogênio, Peróxido de Perigoso 10
Hidrogênio, Sulfeto de (H2S) Tóxico 27
Hidroxilamonio (sais de) Perigoso 10
Iodo Perigoso 14
Iodocloreto e tricloreto Ácido 37
Iodo Metano Tóxico 11
Mercúrio (compostos) Tóxico 18
Mesitila, Óxido de Perigoso 11
Metanol (Álcool metílico) Tóxico 6
Metila, Acetato de ¾ 6
Metilamina e soluções Básico 31
N - Metil Anilina Tóxico 11
Metila Formato ¾ 6
Metila Metacrilato Irritante 3
N - Metil - N - Nitroso ¾ ¾ ¾
Tolueno - p Sulfonamida Irritante 19
2 - Metoxietanol Irritante 5
Monóxido de nitrogênio (NO) Tóxico ¾ 22

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Morfolina Perigoso 1
1 - Naftilamina e seus sais Perigoso 11
Níquel (sais de) Perigoso 3
Nitroanilinas Tóxico 11
Nitro Benzeno Tóxico 11
Nitrogênio Dióxido (NO2) Tóxico ¾ 22
Nitro Etano Irritante 3
4 - Nitrofenil Hidrazina Perigoso 11
Nitro Fenóis Fenol 41
Nitro Metano Perigoso 11

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Nitrosos (vapores) Tóxico ¾ 22


Nitrotoluenos Tóxico 11
Oleum (Ácido Sulfúrico fumegante) Ácido 37
Ósmio Tetróxido (Ácido ósmico) Ácido 37
Oxalatos Perigoso 19
Paraldeído ¾ 11
Pentacloro Etano Tóxico 11
Pentacloro Fenol Fenol 41
Picolonas Básico 30
Piperidina Básico 30

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Piridina Básico 31
Potássio Metálico Básico 34
Potássio, Cianeto de Cianeto 35
Potássio Caústica e Soda Caústica Básico 32
Potássio, Dicromato de Irritante 8
Potássio, Hidrogênio Difluoreto de Ácido 38
Potássio, Hidrogênio Sulfato de Ácido 39
Potássio, Hidróxido de Básico 32
Prata, Nitrato de Perigoso 10
Propanol (n - iso Propílico álcoois) ¾ 4
Propilaminas (n e iso) Básico 31
Propileno, Óxido de (Epoxipropano) Perigoso 6
Resorcinol Fenol 41
Selênio (compostos de) Tóxico 11
Silicone, Tetracloreto de Ácido 37
Sodamida Básico 31
Sódio (Metálico ou ligas) Básico 34
Sódio, Azida de Tóxico 7
Sódio, Bisulfato de Ácido 39

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PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Sódio, Cianeto de Cianeto 35
Sódio, Cromato de Irritante 8
Sódio, Dicromato de Irritante 8
Sódio Etóxido e metóxido Básico 33
Sódio, Fluoreto de Tóxico 6
Sódio, Hidrogeno Difluoreto de Ácido 38
Sódio, Hidrogeno Sulfato de Ácido 39
Sódio, Hidróxido de Básico 32
Sódio Hipoclorito em solução Tóxico 10
Sódio, Oxalato de Perigoso 19
Sódio, Peróxido de Básico 32
Sódio, Sulfeto de Perigoso 10
Sulfurila, Cloreto de Ácido 37
Tálio (e seus sais) Tóxico 13
Telúrio (compostos de) Perigoso 11
Tetracloro Etano Tóxico 11
Tetracloro Etileno Perigoso 3
Tetrahidro Furano Irritante 4
Tionila Cloreto Ácido 37
Titânio Tetracloreto Ácido 37

PRODUTO QUÍMICO CLASSIFICAÇÃO CÓDIGO


Tolueno Perigoso [3]
Toluidinas Tóxico 11
Tricloro Etano Perigoso 5
Trietilamina Básico 30
Trietilamina e (Soluções de) Básico 31
Urânio (Compostos de) Tóxico 8
Vinila, Acetato de ¾ 3
Xilenos Perigoso [3]
Xilenóis Fenol 41

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OS PRIMEIROS SOCORROS

OLHOS

Irrigar os olhos minuciosamente com água.

Procurar cuidados médicos nos casos severos e quando ocorrer


respingos ou contato direto. No caso de ácido fluorídrico os olhos devem ser
irrigados com água fria pelo menos por 15 minutos.

SUBSTÂNCIAS TÓXICAS, PERIGOSAS E IRRITANTES

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido

PELE - Encharcar a pele com grande quantidade de água. Remover as roupas


contaminadas e lava-las antes da reutilização. Nos casos severos procure
atendimento médico.

BOCA - Lave vigorosamente a boca com água e depois beba um pouco de


água. Procure atendimento médico.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.

PELE - Encharcar a pele com água e depois lave com água e sabão. Remover
as roupas contaminadas e lava-las antes da reutilização. Todavia se o contato
for muito pronunciado procure atendimento médico. As roupas devem ser
arejadas vigorosamente antes de lavadas.

BOCA - Lave vigorosamente a boca com água e depois beba um pouco de


água. Procure atendimento médico.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.

PELE - Encharcar a pele com água e depois lave com água e sabão. Remover
as roupas contaminadas e lava-las antes da reutilização. Todavia se o contato
for muito pronunciado procure atendimento médico. As roupas devem ser
arejadas vigorosamente antes de lavadas.

BOCA - Lave vigorosamente a boca com água . Procure atendimento médico.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.

BOCA - Lave vigorosamente a boca com água. Procure atendimento médico.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.

BOCA - Lave vigorosamente a boca com água. Procure atendimento médico.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição tiver sido grande, procure assistência
médica.

PELE - Banhe abundantemente a pele com grande quantidade de água.


Remova as vestimentas contaminadas e lave-as antes de utiliza-las
novamente.

BOCA - Lave a parte externa da boca vigorosamente com água, beba água.
Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição tiver sido prolongada, procure cuidados
médicos.

PELE - Banhe abundantemente a pele com grande quantidade de água.


Remova as vestimentas contaminadas e lave-as antes de utiliza-las
novamente. Em casos graves procure assistência médica.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

BOCA - Lave externamente com água. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves, ou de exposição prolongada, procure assistência médica.

PELE - Banhe a pele com água e lave com água e sabão. Remova as roupas
contaminadas e lave-as antes de usa-las novamente. Todavia se o contato for
pronunciado procure assistência médica.

BOCA - Lave a parte externa da boca vigorosamente com água e beba água.
Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


caso de exposição prolongada procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente a boca com água e depois beba água. Procure
atendimento médico.

Pele - Lave abundantemente com grande quantidade de água. Remova


as roupas contaminadas e lavá-las antes de usar novamente.

Boca - Lave rigorosamente a boca com água e depois beba água. Procure
assistência médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição for prolongada, procure assistência
médica.

Pele - Banhe com água e lave com água e sabão. Remova as roupas
contaminadas lavando-as antes de reutiliza-las. Todavia se o contato for
pronunciado, procure assistência médica.

[11] As roupas devem ser vigorosamente arejadas antes de lavadas.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

Boca - Lave a boca vigorosamente . Procure assistência médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição for prolongada, procure assistência
médica.

Pele - Banhe com água e lave com água e sabão. Remova as roupas
contaminadas lavando-as com água e sabão antes de usa-las novamente.
Todavia se o contato for pronunciado, procure assistência médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição tiver sido prolongada, procure
assistência médica.

Pele - Banhe com água e lave com água e sabão. Remova as roupas
contaminadas lavando-as com água e sabão antes de usa-las novamente.
Todavia se o contato for pronunciado, procure assistência médica.

Boca - Lave a boca vigorosamente . Beba grande quantidade de água, seguida


de duas colheres de sopa de sulfato de magnésio (sal de Epsom) em água.
Procure assistência médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição tiver sido prolongada, procure
assistência médica.

Pele - Banhe a pele com água e então com uma solução diluída de tiossulfato
de sódio em água. Procure assistência médica, exceto para pequenos contatos.
Remova as roupas contaminadas e lave-as antes de usar novamente.

Boca - Lave vigorosamente com água e beba grande quantidade de leite.


Procure assistência médica.

59
___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição tiver sido prolongada, procure
assistência médica.

Boca - Lave a boca vigorosamente . Beba grande quantidade de água, seguida


de duas colheres de sopa de sulfato de magnésio (sal de Epson) em água.
Procure assistência médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição tiver sido prolongada, procure
assistência médica.

Boca - Lave vigorosamente com água e beba água. Procure assistência


médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.


Procure assistência médica.

Pele - Banhe a pele com água e sabão. Remova as roupas contaminadas e lave
antes de reutiliza-las. Todavia se o contato tiver sido prolongado procure
assistência médica.

Boca - Lave vigorosamente com água. Procure assistência médica.

Pulmões - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.


Procure assistência médica

Pele - Banhe com água e sabão. Remova as roupas contaminadas e lave antes
de reutiliza-las. Todavia se o contato tiver sido prolongado procure assistência
médica.

Boca - Lave vigorosamente com água e beba grande quantidade de leite.


Procure assistência médica.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

PELE - Banhe a pele com água e lave com água e sabão. Remova as
roupas contaminadas e lave - as antes de utilizá-las. Todavia se o
contato for prolongado, procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou de exposição prolongada, procure assistência médica.

PELE - Banhe a pele com solução de bicarbonato de sódio e então pincele


com uma solução a 1% de sulfato de cobre em água. Isto converterá o fósforo
a um sal de cobre preto, que pode ser imediatamente observado e removido.
Procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.


Procure assistência médica.

PELE - Remova todas as partículas que aderiram ou penetraram e banhe a


pele com água. Todavia em contatos prolongados procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido.


Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves procure assistência médica e aplique respiração artificial se
a respiração tiver parado.

PELE - Banhe a pele com grande quantidade de água . Remova as roupas


contaminadas e lave-as antes de usar novamente. Em casos graves procure
assistência médica.

61
___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água. Procure assitência


médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves procure assistência médica e aplique respiração artificial se
a respiração tiver parado.

PELE - Banhe a pele com grande quantidade de água. Remova as roupas


contaminadas e lave - as antes de utilizá-las novamente. Em casos graves
procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves procure assistência médica e aplique respiração artificial se
a respiração tiver parado.

PELE - Banhe a pele com água e lave com água e sabão. Remova as roupas
contaminadas e lave - as antes de utilizá-las novamente. Todavia em contatos
prolongados procure assistência médica.

[25] As roupas deverão ser vigorosamente arejadas em vez de lavadas.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves procure assistência médica e aplique respiração artificial se
a respiração tiver parado.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves procure assistência médica e aplique respiração artificial se
a respiração tiver parado.

62
___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

PELE - Banhe a pele com água e lave com água e sabão. Remova as
roupas contaminadas e lave - as antes de utilizá-las novamente. Todavia
em contatos prolongados procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba grande quantidade de leite.


Procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água. Procure assistência


médica.

SUBSTÂNCIAS BÁSICAS

PULMÕES - Remova da exposição , descanse e mantenha aquecido.

PELE - Banhe a pele com grande quantidade de água. Remova as roupas


contaminadas e lave-as antes de reutiliza-las.

BOCA - Lave a boca vigorosamente com água. Beba grande quantidade de


água, seguida de vinagre ou ácido acético a 1%, ou de grande quantidade de
suco de limão. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição for prolongada, procure assistência
médica.

PELE - Banhe a pele com grande quantidade de água. Remova as roupas


contaminadas e lave-as antes de usar novamente. Em casos graves procure
assistência médica.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

BOCA - Lave a boca vigorosamente com água. Beba grande quantidade de


água, seguida de vinagre ou ácido acético a 1%, ou de grande quantidade de
suco de limão. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou se a exposição for prolongada, procure assistência
médica.

PELE - Banhe a pele com água e após com ácido acético a 1%. Bolhas ou
queimaduras devem receber especial atenção médica. Remova as roupas
contaminadas antes de reutilizá-las

BOCA - Lave vigorosamente com água. Beba grande quantidade de água


seguida de vinagre ou ácido acético, ou ainda grande quantidade de suco de
limão. Procure assistência médica.

PELE - Banhe a pele com grande quantidade de água. Remova as


roupas contaminadas e lave antes de reutilizá-las. Em casos graves
procure assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Beba grande quantidade de água,


seguida de vinagre ou ácido acético a 1%, ou ainda grande quantidade de suco
de limão. Procure assistência médica.

PELE - Remova qualquer partícula de metal aderida ou encrustada e


banhe a pele com água. Todavia se o contato for prolongado procure
assistência médica

BOCA - Lave vigorosamente com água. Beba grande quantidade de água


seguida de vinagre ou ácido acético a 1%, ou ainda grande quantidade de suco
de limão.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

CIANETOS : Ação imediata é essencial

Cianetos e Cianetos Formando Nitrilas : Cápsulas de nitrito de amila (3 no


mínimo) devem ser administradas por inalação. Se preferir consulte ajuda
médica. O seguinte antídoto/soluções eméticas devem ser imediatamente
misturadas e bebidas no caso de ingestão:

A - 158 gramas de sulfato ferroso cristalizado grau farmacêutico (B.P.)


(FeSO4.7H2O) e 3 gramas de ácido cítrico em cristais segundo B.P. são
dissolvidos em 1 litro de água destilada (esta solução deve ser regularmente
inspecionada e refeita se alguma deterioração ocorrer).

B - 60 gramas de sódio carbonato anidro (Na2CO3) dissolvido em 1 litro de


água destilada.

ð 50 ml da solução A são colocados num frasco de boca larga com volume de


175 ml, fechado com tampa de poliestileno e etiquetado claramente como:
Cianeto - Antídoto A.

ð 50 ml da solução B deve ser similarmente envasada e denominada Antídoto


B.

Ambos frascos devem apresentar a seguinte legenda:

Misture todo conteúdo interno dos frascos "A" e "B" e beba a mistura.

A vida média destas soluções é de cerca de 2 meses. Os frascos devem ser


datados e renovados constantemente.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

KELO-CYANOR KITS para o tratamento intravenoso de envenenamento por


cianetos somente por pessoal treinado, já existem e devem estar sempre à
mãos em laboratórios em que cianetos são manipulados regularmente.

IODO (após contato com a pele) sódio tiossulfato cristalizado para preparo
recente de solução 1 %.

FÓSFORO (queimaduras na pele) frasco de 500 ml contendo uma solução a 1


% de sulfato de cobre e um grande volume de solução de bicarbonato de
sódio.

PULMÕES - Procure assistência médica

Coloque em balão de oxigênio. Remova a vítima da exposição e remova todas


as vestimentas, colocando-as em lugar aberto (lavando-as antes de reutilizá-
las). Se a vítima estiver respirando, quebre a capsula de nitrito de amila e dê
para inalar 15-30 segundos a cada minuto, até que o atendimento
especializado possa administrar uma injeção de EDETATO DE COBALTO.
Se a respiração paralisar aplique respiração artificial (método SILVESTER)
como auxílio a inalação do nitrito de amila.

PELE - Procurar atendimento médico. Coloque em balão de oxigênio. Banhe


a pele afetada com água, remova toda a roupa colocando-a em lugar aberto
(lave antes de reutilizá-la). Se houver sintomas de envenenamento continue
como descrito acima.

BOCA - Procure atendimento médico

Administre nitrito de amila e proceda como descrito acima.

Se o antídoto cianeto é preferido (veja provisões adicionais) e, casualmente, é


o antídoto administrado a vítima ainda na fase consciente, quando o vomito
tiver cessado continue como descrito acima.

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SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido .


Em casos graves ou de exposição prolongada, procure assistência
médica.

PELE - Banhe a pele com grande quantidade de água. Remova as roupas


contaminadas e lave antes de reutilizá-las. Em casos graves procure
assistência médica.

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água, seguida de leite de


magnésia. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou de exposição prolongada, procure assistência médica.

PELE - Banhe a pele com água e aplique pasta de magnésia glicerol.


Empolamentos ou queimaduras deverão receber cuidados médicos. Remova
as roupas contaminadas e lave-as antes de usar novamente.

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água, seguida de leite de


magnésia. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou de exposição prolongada, procure assistência médica.

PELE - Irrigue a pele imediatamente e continuamente com água fria até a


chegada do médico. Dispense particular atenção à pele sob as unhas. Se a
assistência médica demorar, aplique o gel de Cálcio Gluconato a 2 %. E
massageie continuamente por pelo menos 15 minutos ou até chegada da
assistência médica

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água, seguida de leite de


magnésia. Procure assistência médica.

PELE - Banhe a pele com água e aplique a pasta de magnésia/glicerol.


Empolamentos e queimaduras devem receber assistência médica.
Remova as roupas contaminadas e lave-as antes de usar novamente.

BOCA - Lave vigorosamente com água e beba água, seguida de leite de


magnésia. Procure assistência médica.

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou de exposição prolongada, procure assistência médica.

FENÓIS

PULMÕES - Remova da exposição, descanse e mantenha aquecido. Em


casos graves ou de exposição prolongada, procure assistência médica.

Não aplique resorcinol.

PELE - Remova as roupas contaminadas e enxague a pele atingida com


glicerol, polietileno glicol líquido ou uma mistura de polietileno glicol líquido
e álcool metílico 70 : 30 durante pelo menos 10 minutos. (Use água se o
solvente não for imediatamente disponível). Procure assistência médica. Lave
as roupas contaminadas antes de usar novamente.

BOCA - Lave vigorosamente com água. Beba grande quantidade de água ou


leite. Procure assistência médica.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

CAPITULO 6
________________________
Cuidados a serem observados
no Laboratório
________________________

69
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TRABALHO EM EQUIPE

Todos os trabalhos DEVERÃO SER realizados por equipes de duas ou


mais pessoas;

Compreenda, pois, o seu papel e colabore para que os trabalhos realizados


sejam o resultado de um esforço conjunto. Na solução de problemas surgidos
esforce-se ao máximo para resolvê-los, consultando o professor a quem você
se encontra subordinado sempre que for preciso. Procure estar presente na
hora marcada para o início das tarefas agendadas e evite saídas desnecessárias
durante os trabalhos.

1. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

1.1. NORMAS BÁSICAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

A segurança no laboratório é uma responsabilidade que deve ser assumida


por professores, monitores, estagiários, bolsistas e voluntários. No recinto do
laboratório não é permitida brincadeiras ou atitudes que possam provocar
danos para si ou outras pessoas. Apesar disso, os laboratórios de química não
são necessariamente lugares perigosos embora muito dos perigos estejam
associados a eles. Acidentes são, na maioria das vezes, causados por falta de
cuidado, ignorância e desinteresse pelo assunto.

Embora não seja possível enumerar todas as causas de possíveis acidentes


num laboratório, existem alguns cuidados que são básicos e que, se
observados, ajudam a evitá-los.

1. É PROIBIDO comer, beber ou fumar no laboratório;

70
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2. Evite trabalhar sozinho no laboratório, a presença de outras pessoas


será sempre uma valiosa ajuda em caso de acidentes;

3. Prepare-se antes de tentar realizar os trabalhos experimentais. Procure


ler e entender os roteiros experimentais; consulte a literatura
especializada. Em caso de dúvidas, discuta o assunto com o
professor/orientador ou responsável antes de tentar fazer o
experimento;
4. Utilize, sempre que necessário, materiais que possam garantir maior
segurança no trabalho tais como: luvas, pinça, óculos (obrigatório),
jaleco (obrigatório) etc. Procure manter seu jaleco limpo;
5. Conserve sempre limpos os equipamentos, vidrarias e sua bancada de
trabalho. Evite derramar líquidos, mas se o fizer, limpe o local
imediatamente;
6. Gavetas e portas dos armários devem ser mantidas sempre fechadas
quando não estiverem sendo utilizadas;
7. Ao término do período de laboratório, lave o material utilizado, limpe
sua bancada de trabalho, seu banco, a pia e outras áreas de uso em
comum;
8. Verifique se os equipamentos estão limpos e desligados e os frascos
reagentes fechados;
9. Lave suas mãos freqüentemente durante o trabalho prático,
especialmente se algum reagente químico for respingado. Ao final do
trabalho, antes de deixar o laboratório, lave as mãos;
10. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes químicos para
evitar pegar o frasco errado. Certifique-se de que o reagente contido no
frasco é exatamente o citado no roteiro experimental;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

11. Nunca torne a colocar no frasco, o reagente não utilizado. Não coloque
objeto algum nos frascos de reagentes, exceto o conta-gotas de que
alguns são providos;
12. Evite contato físico com qualquer tipo de reagente químico. Tenha
cuidado ao manusear substâncias corrosivas como ácidos e bases use a
CAPELA;
13. A diluição de ácidos concentrados deve ser feita adicionando-se o
ácido, lentamente, com agitação constante, sobre a água - com essa
metodologia adequada, o calor gerado no processo de mistura, é
absorvido e dissipado no meio. NUNCA proceda ao contrário (água
sobre o ácido);
14. Nunca deixe frascos contendo reagentes químicos inflamáveis
próximos à chama;
15. Não deixe nenhuma substância sendo aquecida por longo tempo sem
supervisão ;
16. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos. O material
inútil (rejeito) deve ser descartado de maneira apropriada;
17. Quando for testar um produto químico pelo odor, n coloque o frasco
sobre o nariz. Desloque os vapores que se desprendem do frasco com a
mão em sua direção;
18. Use a CAPELA para experiências que envolvem o uso ou liberação
gases tóxicos ou corrosivos;
19.Não aqueça tubos de ensaio com a extremidade aberta voltada para si
mesmo ou para alguém próximo. Sempre que possível o aquecimento
deve ser feito na CAPELA;
20. Não deixe recipientes quentes em lugares em que possam ser
pegos inadvertidamente. Lembre-se de que o vidro quente tem a mesma
aparência do vidro frio;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

21. Não pipete de maneira alguma, líquidos corrosivos ou venenosos, por


sucção , com a boca. Procure usar sempre a “pêra de sucção ” para
pipetar;
22. O bico de Bunsen deve permanecer aceso somente quando estiver
sendo utilizado;
23. Em caso de possuir alguma alergia, estar grávida ou em qualquer
outra situação que possa ser afetado quando exposto a determinados
reagentes químicos, comunique o professor logo no primeiro dia de
aula;
24. Em caso de incêndio este deverá ser abafado imediatamente com uma
toalha ou, se necessário, com o auxilio do extintor de incêndio
apropriado;
25. Comunique o professor, monitor ou técnico sempre que notar algo
anormal no laboratório;
26. Faça apenas as experiências indicadas pelo professor. Caso deseje
tentar qualquer modificação roteiro experimental discuta com o
professor/Orientador ou responsável antes de fazê-lo;
27. No laboratório é OBRIGAT RIO o uso do jaleco e de óculos de
segurança (para quem não usa óculos de grau).

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

CAPITULO 7
________________________
Descartes, Lavagem e
manutenção
________________________

74
___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

DESCARTE DE REJEITOS (RESÍDUOS)

Até há pouco tempo, os laboratórios descartavam seus rejeitos


(resíduos) sem os cuidados necessários; solventes voláteis eram evaporados
(lançados para a atmosfera), sólidos eram descarregados em lixo comum e,
líquidos e soluções, eram descartados na pia. Essas práticas não são
recomendadas e, atualmente, existe uma preocupação maior no descarte de
rejeitos químicos. Existem regras estabelecidas para o descarte de rejeitos,
especialmente os perigosos; no entanto, muitas vezes são difíceis e de custo
elevado para serem implementadas. Na prática, procura-se, sempre que
possível, minimizar a quantidade de resíduos perigosos gerados nos
laboratórios de ensino/Pesquisa.
Alguns procedimentos são adotados nesse sentido, como por exemplo:

a) Redução da escala (quantidade de sustância) de produtos químicos


usados nos experimentos;

b) Substituição de reagentes perigosos por outros menos perigosos;

c) Conversão dos resíduos para uma forma menos perigosa através de


reação química, antes do descarte;

d) Redução dos volumes a serem descartados (concentrando as soluções


ou separando os componentes perigosos por precipitação);

e) Recuperação dos reagentes para novamente serem utilizados.

Instruções para descarte dos resíduos são fornecidas junto com as


experiências. Quando os resíduos gerados na experiência não forem
perigosos, poderão ser descartados na pia de acordo com as seguintes
instruções:

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1) Soluções que podem ser jogadas na pia devem ser antes diluídas com
água, ou jogar a solução vagarosamente acompanhada de água corrente;

2) Sais solúveis podem ser descartados como descrito em 1.

3) Pequenas quantidades de solventes orgânicos solúveis em água (ex:


metanol ou acetona) podem ser diluídos antes de serem jogados na pia.
Grandes quantidades desses solventes, ou outros que sejam voláteis, não
devem ser descartados dessa maneira. No caso, tentar recuperá-los.

4) Soluções ácidas e básicas devem ter seu pH ajustado na faixa de 2 a 11


antes de serem descartadas. Em caso de pequenos volumes dessas
soluções (por exemplo, 10 mL ou pouco mais), essas podem ser diluídas
e descartadas.

5) Em caso de dúvida, perguntar ao professor/ orientador ou responsável


pelo trabalho, como proceder ao descarte.

ALGUMAS ORIENTAÇÕES BÁSICAS:

I) RESÍDUO INSOLÚVEL NÃO PERIGOSO: Papel, corti a, areia,


podem ser, descartados em um cesto de lixo comum do laboratório.
Alumina, sílica gel, sulfato de sódio, sulfato de magnésio e outros,
devem ser embalados para evitar a dispersão do pó e descartados em
lixo comum. Se esses materiais estiverem contaminados com resíduos
perigosos, deverão ser manuseados de outra forma.

II) RESÍDUOS SÓLIDOS SOLÚVEIS NÃO PERIGOSOS: Alguns


compostos orgânicos (exemplo o ácido benzóico) podem ser

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

dissolvidos com bastante água e descarregados no esgoto. Podem,


também, ser descartados junto com resíduos insolúveis não perigosos.
Caso estejam contaminados com materiais mais perigosos deverão ser
manuseados de outra forma.

III) RESÍDUOS LÍQUIDOS ORGÂNICOS NÃO PERIGOSOS:


Substâncias solúveis em água podem ser descartadas no esgoto. Por
exemplo, etanol pode ser descartado na pia do laboratório; 1-butanol,
éter etílico e a maioria dos solventes e compostos que n s miscíveis em
água, n m ser descartados dessa maneira. Líquidos n miscíveis com a
água dever ser colocados em recipientes apropriados para líquidos
orgânicos, para posterior tratamento.

IV) RESIDUOS PERIGOSOS GENÉRICOS: Neste grupo estão


incluídas substâncias como hexano, tolueno, aminas (anilina,
trietilamina), amidas, ésteres, ácido clorídrico e outros. Deve-se ter
especial atenção as incompatibilidades, ou seja, algumas substâncias n
m ser colocadas juntas no mesmo recipiente devido à reação tre elas.
Por exemplo, cloreto de acetila e dietilamina reagem vigorosamente;
ambos s reagentes perigosos e seus rejeitos devem ser mantidos em
recipientes separados. Compostos halogenados como 1-bromobutano,
cloreto de t-butila e outros, também devem ser guardados em
recipientes separados dos demais compostos.

V) ÁCIDOS E BASES INORGÂNICAS FORTES: Devem ser


neutralizados, diluídos e então descartados.

VI) AGENTES OXIDANTES E REDUTORES: Oxidar os redutores e


reduzir os oxidantes antes do descarte. O professor dará informações
de como proceder.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

Esses são alguns exemplos de procedimentos de descarte de rejeitos


produzidos no Laboratório Químico. É prática comum, antes de iniciar
em experimento, buscar na literatura especializada informações sobre os
efeitos tóxicos das substâncias que ser utilizadas e os cuidados necessários
para manuseio e descarte das mesmas.

LAVAGEM E MANUTENÇÃO

Os EPI devem ser lavados e guardados corretamente, para assegurar maior


vida útil. Os EPI devem ser mantidos separados das roupas da família.

Lavagem

✓ A pessoa que for lavar os EPI deve usar luvas a base de Nitrila ou
Neoprene.

✓ As vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas


com água corrente para diluir e remover os resíduos da calda de
pulverização.

✓ A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa, preferencialmente com


sabão neutro (sabão de coco). As vestimentas não devem ficar de
molho. Em seguida, as peças devem ser bem enxaguadas para remover
todo o sabão.

✓ O uso de alvejantes não é recomendado, pois vai danificar o tratamento


do tecido.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

✓ As vestimentas devem ser secas à sombra. Atenção: somente use


máquinas de lavar ou secar, quando houver recomendações do
fabricante.

✓ As botas, as luvas e a viseira devem ser enxaguadas com água


abundante após cada uso. É importante que a VISEIRA NÃO SEJA
ESFREGADA, pois isto poderá arranhá-la, diminuindo a transparência.
Os respiradores devem ser mantidos conforme instruções específicas
que acompanham cada modelo. Respiradores com manutenção (com
filtros especiais para reposição) devem ser higienizados e armazenados
em local limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma
embalagem limpa para diminuir o contato com o ar.

CUIDADOS GERAIS

Ao chegar ao laboratório lembre-se que este é um local de trabalho onde o


cuidado e atenção são requisitos fundamentais para evitar acidentes.
Utilize sempre um guarda-pó, de preferência de algodão (os tecidos
sintéticos podem grudar na pele, quando inflamados) e de manga comprida
(para uma maior proteção). Evite calçar shorts, bermudas, saias, sandálias ou
chinelos; a pele fica mais bem protegida com calças compridas e sapato ou
tênis fechado. Cabelos compridos deverão ser presos, para evitar o risco de se
incendiarem quando próximos de um bico de gás. E faça apenas as
experiências indicadas. Caso tenha interesse em outras experiências, consulte
o seu professor sobre as ATIVIDADES AGENDADAS PARA O DIA.

Aqui vão outras dicas sobre os cuidados básicos que devemos ter no
laboratório:

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

a) Use sempre o guarda-pó (Jaleco ou bata). Use capelas sempre que


indicado. Comunique seu professor ou responsável pelo trabalho, sobre
qualquer acidente, por menor que seja;
b) Tenha cuidado com os materiais inflamáveis. Qualquer incêndio deve
ser abafado imediatamente com uma toalha ou cobertor. Na primeira vez que
entrar no laboratório procure se familiarizar com a localização dos extintores
de incêndio, toalhas ou cobertores, chuveiros, etc.
c) Nunca jogue produtos ou soluções na pia ou no lixo. Descarte os
resíduos conforme os
procedimentos indicados pelo professor;
d) Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco antes de usá-lo. Leia duas
vezes para ter certeza de que pegou o frasco certo. Anote no Caderno de
Laboratório os dados constantes nos rótulos dos reagentes;
e) Nunca use as espátulas de um frasco em outro para evitar
contaminações;
f) Se um ácido ou outra solução em uso for derramado lave o local
imediatamente com bastante água. Chame imediatamente o professor;
g) Não toque com os dedos os produtos químicos nem prove qualquer
droga ou solução;

h) Não é recomendável tentar sentir o odor de uma substância. Entretanto,


desde que o professor assim o permita, traga com as mãos pequenas porções
do vapor em sua direção;

i) Deixe qualquer objeto quente esfriar por bastante tempo. Lembre-se que
a aparência do objeto quente ou frio é a mesma.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

CAPITULO 8
________________________
Acidentes comuns no
Laboratório e primeiros
socorros
________________________

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM?

A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla, devido a


presença de substâncias letais, tóxicas, corrosivas, irritantes, inflamáveis,
além da utilização de equipamentos que fornecem determinados riscos, como
alteração de temperatura, radiações e ainda trabalhos que utilizam agentes
biológicos e patogênicos.

As causas para ocorrência de acidentes nos laboratórios são muitas, mas


resumidamente são instruções não adequadas, supervisão insuficiente do
executor e ou inapta, uso incorreto de equipamentos ou materiais de
características desconhecidas, alterações emocionais exibicionismo.

Os acidentes que advém dessas causas geralmente são

❖ Intoxicações, queimaduras térmicas,


❖ Químicas,
❖ Choques elétricos,
❖ Incêndios,
❖ Explosões, contaminações por agentes biológicos e
❖ Interações com radiações.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM LABORATÓRIOS

“A chave para o sucesso é a conscientização de todos, faça a sua parte e


colabore com nossa segurança.”

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

Segurança nos Laboratórios

Os equipamentos de segurança listados abaixo devem estar no alcance


de todos os que trabalham nos laboratórios e o funcionário deve certificar-se
de que sabe usá-los:

• Extintores de incêndio;

• Chuveiro de emergência;

• Lavador de olhos;

• Aventais e luvas contra produtos corrosivos (de PVC);

• Protetores faciais: máscara e óculos de segurança;

• Luvas e aventais de amianto e PVC;

• Máscara contra gases;

• Máscara contra pó (sílica, asbestos, etc).

SEGURANÇA DE ORDEM PESSOAL

• Trabalhe com seriedade evitando brincadeiras. Trabalhe com atenção e


calma;

• Planeje sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos,


precauções a serem tomadas e como descartar corretamente os
resíduos. Faça apenas as práticas indicadas pelo professor;

• Usar roupas adequadas como calças compridas, sapatos fechados,


avental e EPI’s O guarda-pó deve ser de manga comprida e abotoado;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

• Conservar os cabelos presos;

• Nunca abrir frascos de reagentes antes de ler o rótulo e não testar


substâncias químicas pelo odor ou Sabor;

• Não dirigir a abertura de tubos de ensaio ou frascos contra si próprio e


as outras pessoas;

• Alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos laboratórios;

• Não são permitidos ou mesmo se alimentar dentro do laboratório;

• As lentes de contato sob vapores corrosivos podem causar lesões aos


olhos;

• Ao pipetar utiliza sempre uma pêra ou pipetador;

• Não se alimentar, beber ou fumar no laboratório;

• Comunicar todos os acidentes ao superior.

SEGURANÇA REFERENTE AO LABORATÓRIO

• O laboratório deve estar sempre organizado, não deixe sobre as


bancadas materiais estranhos ao trabalho, como bolsa, livro, blusa, etc.;

• Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparada e as


amostras coletadas com nome do reagente, nome da pessoa que
preparou e data;

• Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de


conservação;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

• Antes de executar uma reação desconhecida faça uma, em menor


escala, na capela;

• Limpe imediatamente qualquer derramamento de reagentes (no caso de


ácidos e bases fortes, o produto deve ser neutralizado antes de proceder
a sua limpeza). Em caso de dúvida sobre a toxidez ou derramado,
consulte seu superior antes de efetuar a remoção;

• Ao realizar uma experiência informe a todos do laboratório.

USO DE MATERIAIS DE VIDRO

• Coloque todo o material de vidro no local que deverá ser previamente


indicado na área do laboratório;

• Não jogue caco de vidro em recipiente de lixo, mas sim em um


recipiente preparado para isto. Eles serão encaminhados a reciclagem;

• Use luvas de amianto sempre que manusear peças de vidro que estejam
quentes;

• Não utilize materiais de vidro quando trincados;

• Use luvas de amianto e óculos de segurança sempre que:

• Atravessar e remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de


borracha ou cortiça;

• Remover tampas de vidros emperradas;

• Remover cacos de vidro ( usar também pá de lixo e escova);

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

• Coloque frascos quentes sobre placas de amianto;

• Não use frascos para amostras sem certificar-se de que são adequados
ao serviço executado;

• Não inspecione o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos
sem fazer uma inspeção visual;

• Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta.

Não

USO DE CHAMAS

• De preferência, use chama na capela e somente nos laboratórios onde


for permitido;

• Ao acender o bico de busen verificar e eliminar os seguintes problemas:

▪ Vazamentos;

▪ Dobra no tubo de gás;

▪ Ajuste inadequado entre o tubo de gás e suas conexões;

▪ Existência de inflamáveis ao redor;

• Não acenda maçaricos, bico de busen, etc., com válvula de gás


combustível muito aberta;

• Apague a chama imediatamente após o término do serviço.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

USO DE CAPELAS

• Nunca inicie um serviço, sem que o sistema de exaustão esteja operando.

USO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

• Nunca ligue equipamentos elétricos sem antes verificar a voltagem correta,


só opere equipamentos quando:

• Fios, tomadas e plugues estiverem em perfeitas condições;

• O fio terra estiver ligado;

• Não opere equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas;

• Verifique periodicamente a temperatura do conjunto de plugue-tomada,


caso esteja fora do normal, desligue o equipamento e comunique ao
responsável pelo seu laboratório;

• Não use equipamentos elétricos que não tiverem identificação de


voltagem. Solicite a instrumentação que faça a média;

• Não confie completamente no controle automático de equipamentos


elétricos, inspecione-os quando em operação;

• Não deixe equipamentos elétricos ligados no laboratório fora do


expediente, sem anotar no livro de avisos;

• Remova frascos de inflamáveis das proximidades do local onde irá usar


equipamentos elétricos;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

• Combata o fogo em equipamentos elétricos somente com extintores de


CO2;

• Enxugue qualquer líquido derramado no chão antes de operar com


equipamentos elétricos.

USO DE ESTUFAS

• Não deixe a estufa aquecida ou em operação sem o aviso "estufa


quente";

• Desligue a estufa e não coloque em operação se:

• O termômetro deixar de indicar a temperatura

• A temperatura ultrapassar a ajustada.

• Não abra a porta da estufa de modo brusco quando a mesa estiver


aquecida;

• Não tente remover ou introduzir cadinhos na estufa sem utilizar:

• Pinças adequadas

• Protetor facial

• Luvas de amianto

• Aventais e protetores de braços, se necessário.

• Não evapore líquidos, nem queime óleos em estufas;

• Empregue para calcinação somente cadinhos ou cápsulas de materiais


resistentes a altas temperaturas.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS QUÍMICOS

Possui basicamente as seguintes características.

1. Rotulagem dos frascos contendo resíduos, rotulagem essa baseada na


classificação da NFPA 704M o “Diagrama de Hommel ou Diamante do
Perigo” no local de geração dos resíduos. Essa rotulagem é utilizada tanto na
classificação dos resíduos provenientes das unidades, como para a
identificação do produto após recuperação;

2. Acondicionamento dos resíduos em frascos e caixas plásticas para


transporte seguro;

3. Transporte dos resíduos ao Abrigo realizado pela unidade geradora


acompanhada por funcionário do LRQ.

4. Disposição adequada dos resíduos no Abrigo Resíduos Químicos levando-


se em conta principalmente a incompatibilidade no armazenamento.

5. Tratamento por processos físico-químicos, como destilação, decantação,


filtração, neutralização, diluição e descarte adequado, após planejamento pelo
Laboratório de Resíduos Químicos.

6. Análise química para qualificação do produto final.

ALGUNS PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS

* ÁCIDO NITRICO:
• Pode causar intoxicação por gases nitrosos;

• Líquido derramado pode causar fogo ou liberar gases perigosos.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

* ÁCIDO PERCLORICO

• Contato com outro material pode causar fogo ou explosão, especialmente


quando aquecido;

• Armazenar separadamente e evitar contato com agentes desidratastes e


outros materiais;

• Manter longe de calor;

• Em caso de derrame, lavar com muita água e remover os materiais


contaminados.

* ÁCIDO SULFURICO:

• Impedir a penetração de água no recipiente devido à reação violenta.

* ÁCIDO SULFURICO E NITRICO ( MISTURA)

• Pode causar intoxicação por gases nitrosos;

• Líquido derramado pode causar fogo ou liberar gases perigosos.

* ÁCIDO ACETICO (28%, 56%, 70%, 80%, GLACIAL)

• O ácido acético glacial a 16,7C, formando blocos duros que podem


quebrar garrafões quando movimentados;

• Armazenar em áreas com temperaturas acima de 16,7C;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

• Quando congelado descongelar levando o garrafão cuidadosamente para


uma área quente;

* ÁCIDO CLORIDRICO ANIDRO

• Gás extremamente irritante;

• Líquido e gás sob pressão;

Nota: refluxo para dentro do cilindro pode causar explosão, em nenhuma


circunstância deverá o tubo de alimentação do cilindro ser posto em contato
com um líquido ou gás, sem uma válvula a vácuo ou dispositivo de proteção
no tubo, para impedir o refluxo.

* ANIDRICO FOSFORICO ( PENTOXIDO DE FOSFORO)

• Impedir a penetração de água no recipiente devido a reação violenta;

• Usar proteção ocular ou facial, luvas de borracha e roupas de proteção, ao


manusear o produto.

* AMÔNIA, ANIDRO:

• Gás extremamente irritante;

• Líquido e gás sob pressão.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

* AMONIA, SOLUÇÃO AQUOSA:

• Vapor extremamente irritante;

• Retirar cuidadosamente a vedação antes de abrir.

* BROMETO DE METILA

• Inalação pode ser fatal ou causar lesão retardada nos pulmões;

• Líquido ou vapor causa queimaduras que podem ter efeito retardado;

• Líquido e gás sob pressão;

• Líquido e vapor extremamente perigoso sob pressão.

* CIANETO DE CALCIO:

• Libera gás venenoso;

• Manter o recipiente hermeticamente fechado e afastado de água e ácidos;

• Limpar imediatamente o líquido derramado.

* CIANETOS INORGÂNICOS ( EXETO ÁCIDO HIDROCIANICO E


CIANETO DE CALCIO)

• Contato com ácido libera gás venenoso;

• Armazenar em local seco.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

* CLORETO DE MÉRCURIO ( DICLORETO DE MÉRCURIO) ;

• Usar roupas limpas diariamente;

• Tomar banho quente após o trabalho, utilizado bastante sabão.

* CLORO:

• Líquido e gás sob pressão;

• Não aquecer os cilindros.

* DICROMATO DE AMÔNIA, DE POTASSIO E DE SODIO

• Evitar respirar poeira ou névoa da solução;

• Usar roupas limpas diariamente;

• Tomar banho após o trabalho, bastante sabão.

* ETER ETILICO, ETER BUTILICO (NORMAL)

• Pode causar lesão nos olhos ( os efeitos podem ser retardados) ;

• Pode formar peróxidos explosivos;

• Evitar repetida e prolongada do vapor;

• Não deixar evaporar até o ponto de secagem, adição de água ou agentes


redutores apropriados diminuirá a formação de peróxido;

• Evitar contato prolongado ou repetido com a pele.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

* FENOL:

• Rapidamente absorvido pela pele.

* HIDROXIDO DE AMÔNIA:

• Vapor extremamente irritante;

• Retirar cuidadosamente a vedação antes de abrir.

* HIDROXIDO DE POTASSIO, DE SODIO:

• Na preparação de soluções, adicionar os compostos lentamente, para evitar


respingos;

• Usar proteção ocular ou facial, luvas de borracha e roupas de proteção, ao


manusear o produto;

• Lavar a área com jatos de água.

* METANO

• Pode ser fatal ou causar cegueira se ingerido;

• Impossível de se tornar inócuo.

* PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO:

• Causa graves queimaduras;

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

• Os efeitos nos olhos podem ser retardados;

• Oxidante poderoso;

• Usar proteção ocular; luvas de neoprene, borracha butílica ou senil,


sapatos ou botas de neoprene e roupas limpas para proteção externa;

• Impedir contaminação oriunda de qualquer fonte, incluindo metais, poeiras


e materiais orgânicos, tal contaminação pode causar rápida decomposição,
formação de misturas explosivas, ou criação de alta pressão;

• Respingos do líquido em roupas ou materiais combustíveis podem causar


fogo;

• Não colocar nada mais nesse recipiente;

• Armazenar o recipiente original em local ventilado.

ANTÍDOTOS PARA APLICAÇÃO, ANTES DO SOCORRO MÉDICO:

a) SUBSTÂNCIAS ÁCIDAS CORROSIVAS:

• Se ingerido, não provocar vômito;

• Dar grandes quantidades de água;

• Dar, pelo menos, 30g de leite magnésio ou hidróxido de alumínio gel, com
igual quantidade de água.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

b)SUBSTÂNCIAS ALCALINAS CORROSIVAS:

• Não provocar vômito;

• Dar grandes quantidades de água;

• Dar, pelo menos, 30g de vinagre em igual quantidade de água;

• Nunca dar nada via oral a uma pessoa inconsciente.

c) CIANETOS E COMPOSTOS SIMILARES:

• Quebrar uma ampola de nitrito de anila num pedaço de pano, mantendo-o


logo abaixo do nariz, durante 15 minutos (repetir 5 vezes em intervalos de
15 minutos) .

d) ÁCIDO FLUORIDRICO, ANIDRO E AQUOSO:

• Ter sempre a mão pasta de magnésio ( óxido de magnésio e glicerina) e


caso demore o atendimento médico aplique-a;

• Lavar imediatamente o local com grandes quantidades de água fria até


remover o ácido;

• Em caso de contato com os olhos, lavá-los imediatamente com água fria


com 15 ou 30 minutos.

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POR QUE OS ACIDENTES ACONTECEM?

A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla, devido à


presença de substâncias letais, tóxicas, corrosivas, irritantes, inflamáveis,
além da utilização de equipamentos que fornecem determinados riscos, como
alteração de temperatura, radiações e ainda trabalhos que utilizam agentes
biológicos e patogênicos.
As causas para ocorrência de acidentes nos laboratórios são muitas, mas
resumidamente são instruções não adequadas, supervisões insuficientes do
executor e ou inapta, uso incorreto de equipamentos ou materiais de
características desconhecidas, alterações emocionais e exibicionismo.

Os acidentes que advém dessas causas geralmente são:

• Intoxicações, queimaduras térmicas,

• Químicas,

• Choques elétricos,

• Incêndios,

• Explosões, contaminações por agentes biológicos e,

• Interações com radiações.

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Segurança nos Laboratórios

Os equipamentos de segurança listados abaixo devem estar no alcance de


todos os que trabalhem nos laboratórios e o funcionário deve certificar-se de
que sabe usá-los:

• Extintores de incêndios;

• Chuveiro de emergência;

• Lavador de olhos;

• Aventais e luvas contra produtos corrosivos (de PVC);

• Protetores faciais: máscaras e óculos de segurança;

• Luvas e aventais de PVC;

• Máscara contra gases.

Segurança de Ordem Pessoal

• Trabalhar com seriedade evitando brincadeiras. Trabalhe com atenção e


calma.

• Planejar sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos


precauções a serem tomadas e como descartar corretamente os
resíduos.

• Usar roupas adequadas como calças compridas, sapatos fechado avental


e EP’s O guarda-pó deve ser de manga comprida e abotoada.

• Conservar os cabelos presos.

• Nunca abrir frascos reagentes antes de ler o rótulo e não testar


substâncias químicas pelo odor ou sabor.

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• Não dirigir a abertura de tubos de ensaio ou frascos contra si próprio e


as outras pessoas.

• Não colocar alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos


laboratórios.

• Não são permitidos ou mesmo se alimentar dentro do laboratório.

• As lentes de contato sob vapores corrosivos podem causar lesões aos


olhos.

• Ao pipetar utilize sempre uma pêra ou pipetado.

• Não se alimentar, beber ou fumar no laboratório.

• Comunicar todos os acidentes ao superior.

Equipamentos de Proteção Individual

• Avental ou roupas de proteção


• Luvas
• Proteção facial/ ocular
• Proteção respiratória
• Avental ou roupas de proteção
• Avental recomendado para manuseio de substâncias químicas
o Material: algodão grosso queima mais devagar, reage com ácidos
e bases
o Modelo: mangas compridas com fechamento em velcro;
comprimento até os joelhos, fechamento frontal em velcro, sem
bolsos ou “detalhes soltos”
o Deve ser usado sempre fechado.

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ACIDENTES COMUNS EM LABORATORIO E PRIMEIRO SOCORROS

I. QUEIMADURAS

a) Causadas pelo calor - quando leves, aplicar pomada de Picrato de Butesina


e, quando graves, devem ser cobertas com gaze esterilizada, previamente
umedecida com solução aquosa de bicarbonato de sódio 5%.

b) Causadas por ácidos - deve-se lavar imediatamente a regi com bastante


água durante pelo menos 5 minutos. Em seguida, tratar com solução
bicarbonato de sódio a 5% e lavar novamente com água. Secar o local e
aplicar Merthiolate.

c) Causadas por bases - proceder como em b, aplicando solução ácido acético


1%.

II. ÁCIDOS NOS OLHOS

Deve-ser lavar com bastante água durante aproximadamente 15 minutos e


aplicar solução de bicarbonato de sódio 1%.

III. BASES NOS OLHOS

Proceder como em II e aplicar solução de ácido bórico 1%.

IV. BASES NOS OLHOS

Proceder como em II e aplicar solução de ácido bórico 1%.

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V. INTOXICA ÃO POR GASES

Remover a vítima para um ambiente arejado e deixar descansar. Em caso


de asfixia fazer respiração artificial.

VI. INGESTÃO DE SUBSTÂNCIAS TÓXICAS

Recomenda-se beber muita água e em seguida beber:

a) Um copo de solução de bicarbonato de sódio 1% ou leite de magnésia,


em caso de ingestão de ácidos;
b) Um copo de solução de ácido cítrico ou ácido acético a 2%, em caso
de ingestão de bases.

ENVENENAMENTO POR VIA ORAL

A droga não chegou a ser engolida: Deve-se cuspir imediatamente e


lavar a boca com muita água. Levar o acidentado para respirar ar puro.
A droga chegou a ser engolida: Deve-se chamar um médico imediatamente.
Dar por via oral um antídoto, de acordo com a natureza do veneno.

INTOXICAÇÃO POR VIA RESPIRATÓRIA

Retirar o acidentado para um ambiente arejado, deixando-o descansar.


Dar água fresca. Se recomendado, dar o antídoto adequado.

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ATENÇÃO: "A CALMA E O BOM SENSO DO QUÍMICO SÃO AS


MELHORES PROTEÇÕES CONTRA ACIDENTES NO LABORATÓRIO".

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não


garante a proteção da saúde do trabalhador e nem evita contaminações.
Incorretamente utilizados, os EPI podem comprometer ainda mais a segurança
do trabalhador.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um
conjunto de informações e regras básicas de segurança são as ferramentas
mais importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas
individuais de proteção a saúde do trabalhador.
O uso correto dos EPI é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige
a reciclagem contínua dos profissionais que atuam na área de ciências agrárias
através de treinamentos e do acesso a informações atualizadas. Bem
informado, o profissional de ciências agrárias poderá adotar medidas cada vez
mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, além de
evitar problemas trabalhistas.

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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

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Bibliografia
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___________________________ Curso em Técnicas Laboratoriais - Segurança em Laboratório

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Acessado em 18/04/2010.

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