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Escola secundaria 16 de Junho Pemba

Trabalho de pesquisa em grupo

Tema: Resíduos Sólidos em Restaurantes

Elementos do Grupo
Nome Número
Inusso Amir 39
Joana Aufi 45
Tima Abujate 84
Zalfa Momade 91

Pemba, Julho de 2023

Escola secundaria 16 de Junho Pemba


Trabalho de pesquisa em grupo

Tema: Resíduos Sólidos em Restaurantes

Elementos do Grupo
Nome Número
Inusso Amir 39
Joana Aufi 45
Tima Abujate 84
Zalfa Momade 91

Trabalho de pesquisa individual, realizado no âmbito das


avaliações de estudos independentes na disciplina de
geografia, sob a orientação da docente da disciplina:

O Docente
__________________________________________

Pemba, Julho de 2023

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Índice
1. Introdução..................................................................................................................4
2. Resíduos sólidos.........................................................................................................5
2.1. Tipos de resíduos sólidos....................................................................................5
i. Resíduos Industriais................................................................................................5
ii. Resíduos Hospitalares............................................................................................6
iii. Resíduos Sólidos Urbanos..................................................................................6
iv. Resíduos de Construção Civil................................................................................6
v. Resíduos Nucleares................................................................................................6
3. Formas de colecta e tratamento de resíduos sólidos..................................................7
4. Vantagens e desvantagens dos resíduos sólidos.........................................................7
5. Gestão de resíduos em restaurantes............................................................................7
5.1. Importância da gestão dos resíduos sólidos nos restaurantes.................................8
5.2. Práticas de gestão de resíduos para adotar em restaurantes................................8
5.2.1. limpeza no restaurante.....................................................................................8
5.2.2. Redução de custos com pessoal e equipamento..............................................8
5.2.3. Colocar lixeiras próximas aos locais que geram resíduos...............................8
5.2.4. Promover uma separação adequada dos resíduos sólidos...............................9
5.2.5. Utilizar o CONAMA.......................................................................................9
5.2.6. Disponibilizar contêineres adequados para descarte e coleta.........................9
5.2.7. Treinar a equipe...............................................................................................9
6. Reciclagem.................................................................................................................9
7. O consumo consciente..............................................................................................10
8. Conclusão.................................................................................................................11
9. Referencias bibliográficas........................................................................................12
1. Introdução

A temática relacionada aos Resíduos Sólidos é frequentemente discutida nas últimas décadas por
decorrência do aumento de seus impactos negativos ao meio ambiente. Com o desenvolvimento
urbano e o crescimento econômico, novos padrões de produção e consumo se estabeleceram,
fragilizando o meio ambiente e assim, destacando a importância de repensar as práticas de
consumo da sociedade na esfera ambiental, ecológica e social. Esta busca por boas práticas e
pelo manejo correto dos resíduos tem se tornado indispensável com a constatação dos danos à
saúde coletiva, o equilíbrio ecológico e o bem-estar dos seres vivos devido à destinação
inadequada dos resíduos sólidos. O presente trabalho aborda sobre definições e apresenta a
quantificação e a qualificação dos resíduos orgânicos gerados em Restaurantes e a forma da
gestão e gerenciamento dos mesmos, indicando as suas vantagens e sua desvantagem.

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2. Resíduos sólidos

Resíduo sólido é todo e qualquer material resultante das atividades diárias do homem (Bidone,
1999). O acelerado ritmo de crescimento da população juntamente com o modelo de consumo
atual está gerando uma quantidade cada vez maior de resíduos sólidos, acarretando o aumento
das áreas ocupadas por lixões e/ou aterros sanitários. Os municípios, como responsáveis por
grande parte dos resíduos, enfrentam graves problemas, tanto em relação ao meio ambiente,
quanto à saúde pública (Costa, 2004). O não tratamento desses resíduos, assim como o aumento
na geração dos mesmos pode contribuir de forma significativa para a degradação da biosfera,
afetando negativamente a qualidade de vida no planeta (Lima, 1995), ou seja:

Resíduos sólidos são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultam de atividades da
comunidade, de origem: industrial, doméstica, de serviços de saúde, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Consideram-se também resíduos sólidos os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de
poluição, bem como determinados líquidos, cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpo d'água, ou exijam para isso soluções técnicas e
economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.

Numa definição mais abrangente os resíduos sólidos são os restos de produtos que, normalmente,
são considerados lixos. Ou seja, toda matéria sólida ou semissólida que é descartada, como
galhos, produtos eletroeletrônicos, plástico, embalagem, papelão, galhos, entre outros.
Normalmente, eles são gerados a partir de diferentes atividades, como doméstica, hospitalar,
industrial, agrícola, comercial e varrição.

2.1. Tipos de resíduos sólidos

A partir da definição dessa classe de resíduos surgem os tipos de materiais, que são divididos a
partir dos seus setores. No geral são 5 tipos (grupos de resíduos sólidos) segundo a norma
internacional, vejamos a seguir:

i. Resíduos Industriais

Os resíduos industriais - estão entre os maiores poluidores do meio ambiente. Segundo a


Resolução CONAMA 313, são considerados lixos industriais todo aquele que esteja nos estados
sólido, semissólido, gasoso ou líquido.

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Esse grupo possui características que tornam inviável o seu descarte na rede pública de esgoto
ou em corrente d’água, ou que necessitem de soluções técnicas ou economicamente inviáveis
para o descarte. Entre eles estão lodos gerados por sistemas de tratamento de efluentes líquidos e
também os materiais gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição.

ii. Resíduos Hospitalares

Os resíduos de serviço de saúde, chamados também de hospitais, são aqueles provenientes de


atividades ligadas ao tratamento e prevenção de saúde. Nesse sentido, eles são em classificados
em 5 grupos:

a) Grupo A: resíduos potencialmente infectantes, como bolsas de sangue contaminadas,


restos de órgãos, vacinas de microrganismos vivos, entre outros.
b) Grupo B: resíduos químicos, como, substâncias de revelação de filmes de Raios-X,
resíduos com metais pesados, desinfetantes, entre outros.
c) Grupo C: resíduos radioativos, como exames de medicina nuclear.
d) Grupo D: resíduos comuns, como gesso, luvas, gazes e outros.
e) Grupo E: resíduos perfurocortantes, como bisturis, agulhas, lâminas e agulhas.

iii. Resíduos Sólidos Urbanos

Os resíduos sólidos urbanos são gerados por residências, comércios, limpeza pública urbana e de
prestadores de serviços.

Normalmente são compostos por materiais de natureza orgânica, recicláveis e inorgânicos,


como metais, isopor e espumas.

iv. Resíduos de Construção Civil

São materiais provenientes de obras civis, como construções, reformas, demolições, reformas,
ampliações, entre outros. Dentro dessa categoria estão tijolos, blocos, telhas, argamassa,
concreto, placas de revestimento, etc.

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v. Resíduos Nucleares

Esse é um dos tipos de resíduos sólidos que devem obedecer às normas da Comissão Nacional
de Energia Nuclear, que institui critérios de geração até a destinação final do resíduo. Fazem
parte desse grupo rejeitos radioativos ou contaminados com radionuclídeos, serviços de medicina
nuclear, provenientes de laboratórios de análises clínicas e radioterapia.

3. Formas de colecta e tratamento de resíduos sólidos

a. Coleta comum - Esse tipo de coleta faz o recolhimento dos resíduos orgânicos e
inorgânicos de pequeno porte diretamente nos locais onde foram gerados. Após a coleta,
a destinação é feita pelos órgãos públicos regionais.

b. Coleta seletiva - A coleta seletiva é bem-parecida com o recolhimento comum, com


retirada do material diretamente no gerador ou em pontos de coleta. No entanto, esse
trabalho é feito apenas para resíduos inorgânicos que possam ser reciclados.

c. Coleta informal - Na gestão de resíduos sólidos, temos ainda a coleta informal, que é
realizada por meio de recolhimento manual, geralmente, feita por catadores de lixo nos
lixões e também nas ruas.

4. Vantagens e desvantagens dos resíduos sólidos

Mais de 50% dos resíduos domésticos gerados são constituídos por Resíduos Sólidos Orgânicos
(RSO), os quais podem ser decompostos por diferentes organismos. Geralmente em aterros ou
lixões, esses RSO se decompõem anaerobicamente, gerando sérios problemas ambientais e
nenhuma vantagem ambiental, social ou econômica.

5. Gestão de resíduos em restaurantes

A gestão de resíduos em restaurantes também é tema da sustentabilidade e do meio ambiente,


pautas atuais em todos os segmentos de mercado. Por isso, as empresas acabam tendo de se
adaptar, tanto por questões ambientais, quanto por questões internas como, por exemplo,
reputação, redução de custos, higienização e outros pontos relativos à gestão de resíduos. A
gestão de resíduos nada mais é do que uma série de ações que envolvem as etapas de coleta,
transporte, transbordo, tratamento, destinação e sua respectiva disposição no meio ambiente, de
forma em que esteja totalmente adequado.

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Assim, entendemos que a gestão de resíduos envolve o mapeamento de processos de uma
organização. Mas não é só isso. É preciso existir uma análise do tipo de resíduo gerado em cada
processo, assim como uma classificação e quantificação dos mesmos. Com identificação e
armazenamento, a destinação dos resíduos poderá ser feita de maneira sustentável e eficiente.

5.1. Importância da gestão dos resíduos sólidos nos restaurantes

Para entender a importância desse processo em um restaurante basta perceber como os


problemas ambientais são noticiados com frequência em diferentes veículos de comunicação.
Isso faz com que a sociedade esteja mais informada a respeito da prática de processos
sustentáveis e, consequentemente, faz com que as pessoas acabem dando preferência a empresas
que adotam práticas nesse sentido. Com base nesse cenário, podemos encontrar diferentes
vantagens de adotar uma gestão de resíduos eficiente.

5.2. Práticas de gestão de resíduos para adotar em restaurantes

5.2.1. limpeza no restaurante

Assim como simplifica a limpeza do estabelecimento e a torna menos onerosa, o processo ainda
ajuda a reduzir odores, acúmulos de restos, moscas, baratas e até ratos no local. Além disso, evita
a poluição decorrente do acúmulo de resíduos no restaurante, com isso o ambiente fica mais
agradável de modo geral.

5.2.2. Redução de custos com pessoal e equipamento

Com uma gestão de resíduos o fluxo de trabalho fica mais eficiente, uma vez que a determinação
da quantidade de resíduos já acaba permitindo definições de processos mais otimizados. Na
prática, as chances são de uma economia não só em recursos físicos, como contêineres e lixeiras,
como também em recursos pessoais, pois reduz o tempo dedicado a uma atividade e libera tempo
para execução de outras. Sendo assim podemos fazer o seguinte:

5.2.3. Colocar lixeiras próximas aos locais que geram resíduos

Busque instalar coletores de lixo próximo a lugares que tendem a gerar resíduos sólidos. No caso
dos restaurantes, uma ótima ação seria deixar recipientes para realizar a coleta seletiva na
cozinha, onde o fluxo de descarte de materiais recicláveis e não recicláveis é mais intenso. Dessa
forma, os colaboradores que estão responsáveis por essa área do restaurante vão ter menos

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dificuldade para separar os materiais recicláveis do resíduo orgânico.

5.2.4. Promover uma separação adequada dos resíduos sólidos

Para que a gestão de resíduos ocorra de maneira eficiente, também é necessário separar os
materiais que devem ser descartados. Isso porque a segmentação é um processo muito
importante na reciclagem, então, sem o devido cuidado no descarte, diversos materiais que
poderiam ser reutilizados irão para aterros sanitários.

5.2.5. Utilizar o CONAMA

Utilizar as cores intituladas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) é uma
forma prática e bastante conhecida para favorecer a gestão de resíduos, pois as cores ajudam a
orientar o descarte adequado de resíduos.

5.2.6. Disponibilizar contêineres adequados para descarte e coleta

A instalação de containers serve tanto para facilitar a coleta de resíduos quanto para impedir que
o lixo descartado pelo restaurante seja simplesmente jogado na rua. Em algumas cidades, o uso
desses containers é uma medida obrigatória, a fim de que bares e restaurantes fiquem adequados
à legislação municipal.

5.2.7. Treinar a equipe

Muito antes de adotar as práticas da gestão de resíduos no restaurante, é possível fazer com que
os colaboradores desenvolvam habilidades e competências a fim de conseguir executar esse
processo profissionalmente. Por esse motivo, vale a pena investir em treinamentos, palestras,
workshops e outras alternativas de aprendizado. A ideia é favorecer a compreensão desse tipo de
gestão e ensinar como aplicá-la na prática.

6. Reciclagem

A reciclagem é o processo de reaproveitamento de resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos. É


considerado o melhor método de destinação do lixo, em relação ao meio ambiente, uma vez que
diminui a quantidade de resíduos enviados a aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração
de matéria-prima diretamente da natureza. Porém, muitos materiais não podem ser reciclados
continuadamente (fibras, em especial). A reciclagem de certos materiais é viável, mas pouco
praticada, pois muitas vezes não é comercialmente interessante. Alguns materiais, entretanto, em

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especial o chamado lixo tóxico e o lixo hospitalar, não podem ser reciclados, devendo ser
eliminados ou confinados. Fraldas descartáveis são recicláveis. No processo de reciclagem, que
além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o
vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa
da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma
forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes
cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para
manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade
nos centros urbanos em Moçambique.

7. O consumo consciente

O consumo consciente já é muito incentivado nas empresas privadas. Hoje muitas empresas
estão procurando reaproveitas toda a matéria prima utilizada nos seus processos, de diferentes
formas como por exemplo gerar energia de volta para a fabrica. As empresas que estão aderindo
a essa mudança de reaproveitamento dos resíduos da sua matéria prima, estão gerando mais
lucros por gerar energia a partir do que antes era lixo e descartado de forma não proveitosa para a
empresa.

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8. Conclusão

A gestão adequada dos resíduos sólidos deve ser efetivada com a máxima urgência. A
inexistência de uma política para o setor tem desencadeado ações públicas desarticuladas que,
além de impedirem o equacionamento dos problemas, geram desperdícios significativos na
aplicação de recursos públicos. Se compararmos a eficácia dos serviços de coleta, transporte,
recuperação, qualidade de tratamento e destinação final existentes em Moçambique e em
partícula na cidade de Pemba, tem sido muito críticos, vendo cada vez mais reduzidas nossas
possibilidades de uma maior inserção no mercado internacional, que gradativamente restringe o
comércio de produtos que não são gerados através de tecnologias limpas.

A destinação correta dos resíduos sólidos vem se tornando cada vez mais importante e valorizada
não só por órgãos públicos, mas também pela população. Isso acontece pela crescente
preocupação com o meio ambiente, uma vez que a produção e descarte inadequado de resíduos
são grandes responsáveis pela poluição encontrada no solo, nos rios e no ar. Além da poluição
ambiental ser preocupação de grande parte das pessoas atualmente, resíduos sólidos também são
responsáveis por afetar diretamente a saúde da população. Dessa forma, a conscientização e o
descarte adequado de resíduos sólidos deve ser cada vez mais difundida.

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9. Referencias bibliográficas

BIDONE, Francisco Ricardo Andrade; POVINELLI, Jurandyr. Conceitos Básicos de Resíduos


Sólidos. São Carlos: EESC/USP, 1999. 120 p.

CORRÊA, M. S. ; LANGE, L. C. Gestão de Resíduos Sólidos no Setor de Refeição Coletiva.


ISSN 1984-6983, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 29 – 54, jan. /mar., 2001.

COSTA, Marcus A. G. Poluição ambiental: heranças para gerações futuras. Santa Maria: Orium,
2004. 256 p.

FONSECA, M. P. da ; MANFRIDINI, L. A. ; SÃO JOSÉ J. F. B. de ; TOMAZINI A. P. B. ;


MARTINI, H. S. D. ; RIBEIRO R. C. L. ; SANT’ANA H. M. P. Avaliação das Condições Físico-
Funcionais de Restaurantes Comerciais para Implementação das Boas Práticas . Alim. Nutr.,
Araraquara. v. 21, n. 2, p. 251-257, abr./jun. 2010

IPEA, 2012. Diagnóstico dos Resíduos Sólidos Urbanos: Relatório de Pesquisa Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/relatoriopesquisa/121009_relator
io_residuos_solidos_urbanos.pdf> Acessado em 05 nov. 2013.

LEITE, P. R. Logística reversa: meio ambiente e competitividade. São Paulo: Prentice Hall,
2003. 250 p.

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