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Universidade do Oeste de Santa Catarina – UNOESC

Química dos materiais

LIGAÇÕES QUÍMICAS
LIGAÇÕES QUÍMICAS

 Ligação química: força que une dois


ou mais átomos formando moléculas,
agrupamento de átomos ou sólidos
iônicos. ÁGUA AMÔNIA

Para ocorrer uma ligação química é necessário que os átomos


percam ou ganhem elétrons, ou, então, compartilhem seus
elétrons de sua última camada
LIGAÇÕES QUÍMICAS

Perdem elétrons são os metais dos grupos 1, 2 e 13

Recebem elétrons são ametais dos grupos 15, 16 e 17

Compartilham elétrons são não-metais, semi-metais e o hidrogênio

Os átomos que participam da ligação covalente são


LIGAÇÕES QUÍMICAS

Um átomo que satisfaz A TEORIA DO OCTETO é estável e é


aplicada principalmente para os elementos do subgrupo A
(representativos) da tabela periódica

H (Z = 1) 1s1 INSTÁVEL

He (Z = 2) 1s2 ESTÁVEL

F (Z = 9) 1s2 2s2 2p5 INSTÁVEL

Ne (Z = 10) 1s2 2s2 2p6 ESTÁVEL

Na (Z = 11) 1s2 2s2 2p6 3s1 INSTÁVEL


LIGAÇÕES QUÍMICAS

 Quando ocorre uma ligação química, o arranjo resultante possui menos energia
do que cada átomo separadamente.

 Se o abaixamento de energia for obtido pela transferência completa de um ou


mais elétrons formam-se íons e o composto mantém-se pela atração eletrostática
entre eles chamada ligação iônica.

O SÓDIO PERDEU + – O CLORO GANHOU


Na Cl
ELÉTRON ELÉTRON

 Se a diminuição de energia pode ser atingida pelo compartilhamento de


elétrons, os átomos unem-se por uma ligação covalente, para formar moléculas
discretas.

H H

OS ÁTOMOS DE HIDROGÊNIO COMPARTILHARAM ELÉTRONS


LIGAÇÕES QUÍMICAS
LIGAÇÕES IÔNICAS

Perdem elétrons são os metais das famílias 1, 2 e 13

Recebem elétrons são ametais das famílias 15, 16 e 17


LIGAÇÕES IÔNICAS

 Podemos visualizar a formação de uma ligação iônica típica entre 2 átomos


hipotéticos M (um metal) e X (um não-metal) como:

M(g) M+(g) + e- (baixa energia de ionização, perde elétron, forma cátion)

X(g) + e- X-(g) (alta afinidade eletrônica, ganha elétron, forma ânion)

M(g) + X(g) M+(g) + X-(g) (elétron perdido por M é ganho por X)

M+(g) + X-(g) [M+X-](g) (cargas opostas, atração eletrostática, forma par iônico)

Ex.: formação do cloreto de sódio ocorre por uma ligação iônica.


ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES IÔNICAS

 A estrutura de Lewis para um átomo consiste no seu símbolo químico, rodeado por
um n° de pontos que correspondem ao n° de elétrons da camada de valência do
átomo.
ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES IÔNICAS

Mg (Z = 12) 1s2 2s2 2p6 3s2

Mg

Al (Z = 13) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1

Al
ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES IÔNICAS

LIGAÇÃO ENTRE O SÓDIO (Z = 11) E CLORO (Z = 17)


Na (Z = 11) 1s2 2s2 2p6 3s1

PERDE 1 ELÉTRON

Cl (Z = 17) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5

RECEBE 1 ELÉTRON

+ –
Na Cl

CLORETO DE SÓDIO
ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES IÔNICAS
-

Cl + e- Cl
+
Na Na + e-
-
+
Na Cl ESTRUTURA DE LEWIS PARA
CLORETO DE SÓDIO
Na 2-
O O + 2e- O
Na

2-
ESTRUTURA DE LEWIS PARA O
+
2Na O
ÓXIDO DE SÓDIO
FÓRMULA EMPÍRICA DE COMPOSTOS IÔNICOS

Através da avaliação da estrutura de Lewis dos compostos


iônicos podemos construir a sua fórmula empírica.

Cloreto de Sódio: NaCl (precisou um átomo de cada para


completar a estrutura
Óxido de Sódio: Na2O (precisou 2 átomos de Na para completar
a estrutura)

Outra forma de determinar a fórmula empírica de compostos


iônicos é através da proporção entre os cátions e ânions de
modo que o somatório das cargas seja zero.

NaCl (1 átomo x carga 1+ e 1 átomo x carga 1- logo o somatório=


zero)

Na2O (2x1+=2+ e 1x2-=2- logo o somatório=zero)


LIGAÇÃO COVALENTE OU MOLECULAR

A principal característica desta ligação é o


compartilhamento (formação de pares) de elétrons
entre os dois átomos ligantes

A ligação covalente ocorre quando os 2 átomos


têm a mesma tendência de ganhar e perder
elétrons, não ocorre a transferência do elétron.

Os átomos que participam da ligação covalente são

não-metais, semi-metais e o hidrogênio


ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES COVALENTES

H H H H
ÁTOMOS DE H ISOLADOS MOLÉCULA DE H2

H F H F
ÁTOMOS DE ISOLADOS MOLÉCULA DE HF

H
H
H C H H C H
H
H
ÁTOMOS DE ISOLADOS MOLÉCULA DE CH4
ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES COVALENTES

 Quando um elemento estiver presente com um único átomo, ele será o elemento
central na estrutura de Lewis.

 Átomos dos grupos IIA, IIIA, IV A e VA geralmente são elementos centrais.

Ex.: tetracloreto de carbono.

Cl
Cl

Cl C Cl Cl C Cl
Cl
Cl
ESTRUTURA DE LEWIS NAS LIGAÇÕES COVALENTES
 Dois átomos podem compartilhar mais de um par de elétrons.

 Uma ligação com 2 pares compartilhados é denominada ligação dupla.

 Uma ligação com 3 pares compartilhados é denominada ligação tripla.


LIGAÇÃO COVALENTE NORMAL E DATIVA

Ligação Covalente Normal: É quando cada um dos átomos


ligantes contribui com um elétron para a formação do par

Ex.: H2, HF, CH4, CCl4 vistos nos slides anteriores

Ligação Covalente Dativa ou Ligação Covalente Coordenada: É


quando apenas um dos átomos contribuir com os dois elétrons
do par

S O O S O
O
FÓRMULA EMPÍRICA DE LIGAÇÕES COVALENTES

Pode ser construída através da estrutura de Lewis.

Tetracloreto de carbono: CCl4 (precisou 4 átomos de cloro para


completar a estrutura de um átomo de carbono

Dióxido de Carbono: CO2 (precisou 2 átomos de oxigênio para


completar a estrutura de um átomo de carbono)

Gás Nitrogênio: N2 (precisou 2 átomos de nitrogênio para


completar a estrutura)

Dióxido de Enxofre: SO2 (precisou 2 átomos de oxigênio para


completar a estrutura de um átomo de enxofre)
ELETRONEGATIVIDADE

 Eletronegatividade: é definida como a tendência relativa mostrada por um átomo


ligado em atrair o par de elétrons.

 O átomo que for mais eletronegativo irá atrais a nuvem eletrônica mais para perto
de si.
ELETRONEGATIVIDADE E TIPO DE LIGAÇÃO

 Átomos idênticos possuem a mesma eletronegatividade.

 Uma vez que cada lado da molécula é eletrostaticamente igual ao outro, ela é
denominada não-polar.

 Uma ligação covalente onde os átomos possuem a mesma eletronegatividade é


denominada não-polar.
ELETRONEGATIVIDADE E TIPO DE LIGAÇÃO

 Átomos de elementos diferentes possuem diferentes eletronegatividades.

 Uma ligação covalente onde o par de elétrons não é compartilhado igualmente ou


seja, possui eletronegatividades diferentes, é dita ligação covalente polar.

 No exemplo abaixo o flúor possui maior eletronegatividade do que o hidrogênio.


ELETRONEGATIVIDADE E TIPO DE LIGAÇÃO

 Se a diferença de eletronegatividade for muito grande, a ligação será iônica.

 Assim podemos descrever uma ligação iônica como sendo uma ligação covalente
extremanente polar, ou seja com pouco compartilhamento de elétrons.

 No exemplo abaixo o flúor possui eletronegatividade muito maior do que o lítio.


POLARIDADE

 O conceito de polaridade está relacionado com a eletronegatividade e com a


atração da nuvem eletrônica.

 Uma molécula não-polar é aquela em que a posição média de todas as cargas


positivas coincide com a posição média de todas as cargas negativas, ou seja a
nuvem eletrônica está igualmente distribuída.

 Numa molécula polar existe uma separação de cargas, ou seja, os dois centros
não coincidem. Em outras palavras podemos dizer que a nuvem eletrônica esta
deslocada.
REPULSÃO DE PARES ELETRÔNICOS

 A repulsão dos pares eletrônicos é que determina qual será a geometria da


molécula.

 Em uma ligação estão envolvidos elétrons, que possuem carga negativa, ao


mesmo tempo que eles se atraem para formar a ligação (devido as
propriedades já estudadas eletronegatividade, energia de ionização, afinidade
eletrônica), os elétrons do par tendem a se repelirem entre si.

 A molécula fica na sua forma estável


quando encontra-se a repulsão mínima
entre os elétrons do par.

 Estabilidade na estrutura de Lewis.


ENERGIA DE LIGAÇÃO

 A força de uma ligação química é medida pela energia necessária para rompê-la.

 Uma ligação forte apresenta uma grande energia de ligação.

 Dois tipos de energia são importantes: a energia de ligação e a energia média


de ligação.

 Energia de Ligação: é a energia necessária para romper uma ligação específica


numa molécula. Podem ser usadas para calcular os calores de reação quando
reagentes e produtos são moléculas diatômicas.

 Energia de Ligação Média: é a média das medidas das energias de ligação feitas
com compostos diferentes que contêm a ligação em questão. São úteis na
obtenção do ΔH° para reações cujos calores de formação não são conhecidos.
BALANÇO DE CARGAS E NÚMERO DE OXIDAÇÃO

 Na tabela periódica observa-se a ocorrência do número de oxidação para os


elementos.

 Isso é necessário para fazer o balanço de cargas de um composto, para que


seja possível realizar o balanceamento de uma reação.

 Antes de fazer o balanceamento de uma reação, deve-se saber fazer o balanço


de cargas através do NOX.

 Regras para atribuir o n° de oxidação (NOX):

1. Nos compostos sempre é atribuído ao Flúor NOX -1.


BALANÇO DE CARGAS E NÚMERO DE OXIDAÇÃO

2. Nos compostos é atribuído ao Oxigênio NOX -2. Exceções:


Peróxido (-1) e superóxido (-1/2).
Fluoreto de Oxigênio devido a regra 1.

3. Nos compostos é atribuído ao Hidrogênio NOX +1. Exceções: Hidretos


metálicos é -1.

4. Elementos combinados do grupo IA e IIA, quase sempre exibem NOX +1 e +2,


respectivamente. Elementos combinados do grupo IIIA usualmente exibem NOX
+3.

5. Na fórmula de uma substância ou de uma espécie individual (íon, átomo,


molécula), a soma dos NOX de todos os átomos é igual a carga elétrica mostrada
como parte da fórmula.
BALANÇO DE CARGAS E NÚMERO DE OXIDAÇÃO
BALANÇO DE CARGAS E NÚMERO DE OXIDAÇÃO

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