Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIGITAL DE IMAGENS
1
Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3
Introdução ................................................................................................ 4
Histórico ................................................................................................... 6
1
2
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 42
2
3
NOSSA HISTÓRIA
3
4
Introdução
A fotografia, RAY(1963), é um registro instantâneo dos detalhes do
terreno que se determina principalmente pela distância focal da lente da câmara,
pela altura de voo do avião no momento da exposição e pelo filme e filtros
usados. A fotografia aérea é uma perspectiva geometricamente relacionada com
o tipo de câmara usada; ela pode ser ou uma fotografia vertical, figura 1, tirada
com o eixo da câmara apontado para baixo(ponto nadir; extremidade inferior de
uma direção que coincide com a linha de gravidade) essencialmente na vertical,
ou uma fotografia oblíqua, figura 2, tirada com o eixo da câmara propositalmente
inclinado em relação à vertical do lugar(linha de gravidade). Os fatores que
afetam a imagem fotográfica podem ser divididos em dois grupos; a.
influenciados pelo ser humano tais como a distância focal da lente, altura de voo,
combinações de filmes, filtros e ângulo da lente e influenciados pela ação da
natureza, a exemplo a cor dos objetos fotografados, posição de um objeto com
respeito ao ângulo de incidência do sol, bruma atmosférica entre outros.
4
5
sensibilidade da emulsão quando ela for feita de modo que todo ou somente
partes selecionadas do espectro visível sejam registradas, ou de modo que parte
do espectro invisível, como a luz infravermelha, seja registrada. Por outro lado,
é possível estabelecer uma seleção do comprimento de onda de luz refletida de
um objeto e realmente registrada.
5
6
Histórico
Os desenvolvimentos que conduziram ao presente estado da arte da
Fotogrametria são muito anteriores ao invento da fotografia. Aristóteles, em 350
A.C. já mencionava como projetar imagens por meio ótico. Leonardo da Vinci,
em 1492 demonstrou graficamente os princípios da aerodinâmica e da projeção
ótica. Também projetou mecanismos para o polimento de lentes.
6
7
7
8
8
9
Conceitos Básicos
Pode-se definir fotogrametria como “a ciência e a arte de se obterem
medidas dignas de confiança por meio de fotografias” (MARCHETTI; GARCIA,
1989, p. 13). Já Loch e Lapolli (1989, p. 5) ampliam esse conceito e definem
fotogrametria como sendo “a ciência e a tecnologia de obter informações seguras
acerca de objetos físicos e do meio, através de processos de registro, medição
e interpretação das imagens fotográficas”. Para Fagundes e Tavares (1991),
fotogrametria é a ciência aplicada que se propõe a registrar, por meio de
fotografias métricas, imagens e objetos que poderão ser medidos e
interpretados. A American Society of Photogrametry (WOLF, 1983) define
fotogrametria como a arte, ciência e tecnologia de obter informações de
confiança sobre objetos físicos e meio ambiente, através de processos de
registros, medição e interpretação de imagens fotográficas e padrões de
registros de energia eletromagnética irradiada e outros fenômenos.
9
10
Fotogrametria interpretativa
A fotogrametria interpretativa objetiva principalmente o reconhecimento e
identificação de objetos e o julgamento do seu significado, a partir de uma análise
sistemática e cuidadosa de fotografias. A interpretação de fotos é o ato de
examinar as imagens fotográficas com o propósito de identificar os objetos e
determinar sua significância. A esta definição deve-se adicionar o conceito de
identificar o ambiente, porque muitos fatores críticos exigem que o processo seja
mais do que simplesmente identificar objetos individualmente. De um modo
geral, há vários estágios consecutivos durante a interpretação de fotos. As
imagens ou condições específicas, segundo CARVER(1982) devem ser
detectadas preliminarmente, identificadas e finalmente julgadas para então , ser
avaliada sua significância.
Métodos de fotointerpretação
Podem ser usadas várias técnicas de exames de fotos para se conseguir
a informação desejada. Estas técnicas podem variar de simples às mais
complexas, tais como a:
• Foto-leitura,
• Foto-análise e
• Foto-dedução
10
11
11
12
12
13
Fotogrametria métrica
A fotogrametria, figura 7, métrica consiste na feitura de medições de fotos
e outras fontes de informação para determinar, de um modo geral, o
posicionamento relativo de pontos. É possível determinar, em razão de técnicas
e processos correntes da fotogrametria métrica: a.distâncias, ângulos, áreas,
volumes, elevações e, tamanhos e formas de objetos; b.cartas planimétricas e
altimétricas, mosaicos, ortofotos e demais subprodutos das fotografias tomadas.
13
14
Estereoscopia
É a propriedade que estuda os métodos e técnicas que permitem a visão
em perspectiva, quer dizer, a percepção de objetos com todas as modificações
aparentes, ou com os diversos aspectos que a sua posição e situação
determinam com relação à figura e à luz. Segundo WOLF(1983), diariamente há
atividades que mede-se inconscientemente a profundidade ou julga-se
distâncias relativas de um vasto número de objetos em relação a outros. Os
métodos de julgamento de profundidade podem ser classificados como
estereoscópico ou monoscópico. As pessoas com visão normal, i.é, capazes de
ver com ambos os olhos simultaneamente, são ditas com visão binocular, e a
percepção de profundidade desta forma é denominada de visão estereoscópica.
Já a visão monocular é o termo aplicado para a observação com apenas um dos
olhos e, o método de julgamento de distância é denominado monoscópico. A
distância entre objetos ou profundidade pode ser obtida monoscopicamente à
consideração do:
14
15
Áreas de Aplicação
Vamos agora apresentar alguns exemplos de aplicações importantes da
fotogrametria, lembrando que o resultado desses estudos se apresenta sempre
em forma de mapas.
15
16
Classificações da Fotogrametria
• Fotogrametria terrestre: as fotografias utilizadas são obtidas a partir
de estações fixas sobre a superfície do terreno; o eixo ótico da
câmara é na horizontal.
• Fotogrametria aérea: as fotografias utilizadas são obtidas através
de estações móveis no espaço (avião, ultraleve ou balão), com o
eixo ótico da câmara na posição vertical ou inclinado.
• Fotogrametria espacial: as imagens utilizadas são obtidas por
estações móveis externas à atmosfera terrestre; utiliza-se,
também, fotografias feitas com câmaras balísticas (câmaras fixas
na superfície da Terra e/ou da Lua).
16
17
17
18
Os ângulos de campo representados pela letra α podem ser: α < 50º (pequeno
angular); 50º ≤ α < 75º (normal); 75º ≤ α < 100º (grande-angular); α ≥ 100º (super-
grande-angular). As principais características estão listadas no quadro a seguir.
18
19
QUANTO AO FORMATO
1. Câmara com formato: Existência das marcas fiduciais (laterais ou nos
cantos da fotografia). As marcas fiduciais podem ter: 1818cm, 1218cm e
2323cm, ou ainda 2346cm (formato especial).
Tipos:
19
20
20
21
Fotogrametria digital
A fotogrametria digital, HEIPKE(1995), é uma tecnologia de informação
usada para gerar informações geométricas, radiométricas e de semântica sobre
objetos no universo 3D(tridimensional) obtidas de imagens digitais 2D(planas)
destes objetos. Nas últimas cinco décadas verificou-se que, a fotogrametria teve
um crescimento surpreendente, seja como arte, seja como ciência, e se
consolidou como instrumento fundamental para a edição de cartas em todo o
mundo. A evolução nos instrumentos fotogramétricos para o processo de
restituição, não foi diferente. Observou-se durante este intervalo de tempo, o
crescimento e o declínio dos instrumentos estereorestituidores óticos-
mecânicos, a expansão da triangulação analítica, os ajustes de bloco e a
ascensão dos estereorestituidores analíticos.
21
22
A visualização das imagens, figura 11, digitais pode ser alcançada por
intermédio de um sistema ótico similar aos estereoscópios de espelhos ou
alternativas mais sofisticadas tais como os óculos de cristal líquido (liquid crystal
shutter glasses). O uso do software aliado ao sistema estereoscópico, permite
ao usuário proceder as extrações planimétricas e altimétricas da imagem, bem
como na determinação, em tempo real(informa ao operador a qualquer instante
as coordenadas do cursor), das medidas das coordenadas X, Y e Z das imagens
planas à esquerda e à direita no vídeo. A imagem estereoscópica torna possível
o uso combinado de técnicas de visualização e mensuração. Segundo GAGNON
e alii(1993), a versatilidade e a flexibilidade do aplicativo possibilita ao usuário
desprovido de conhecimentos específicos de fotogrametria, atuar nas operações
de edição e atualização de cartas com o uso da superposição ótica de imagens
22
23
c) o planejamento regional e
23
24
24
25
25
26
26
27
27
28
Organização do Tutorial
O tutorial está estruturado em duas partes: a primeira parte (principal) trata
dos fundamentos de PDI e a segunda (complementar) apresenta exemplos de
aplicações. As próximas duas seções contemplam a parte de fundamentos,
incluindo o processo de formação da imagem e uma seleção de operações
típicas sobre imagens. A Seção 4 apresenta alguns exemplos de aplicações.
Finalmente, na Seção 5 estão as considerações finais.
Conceitos Fundamentais
Natureza da luz
Sendo radiação eletromagnética, a luz apresenta um comportamento
ondulatório caracterizado por sua frequência (f) e comprimento de onda (λ). A
faixa do espectro eletromagnético à qual o sistema visual humano é sensível se
estende aproximadamente de 400 a 770 nm e denomina-se luz visível. Radiação
eletromagnética com comprimentos de onda fora desta faixa não é percebida
pelo olho humano. Dentro dessa faixa, o olho percebe comprimentos de onda
diferentes como cores distintas, sendo que fontes de radiação com um único
comprimento de onda denominam-se monocromáticas e a cor da radiação
denomina-se cor espectral pura. O espectro eletromagnético é a distribuição da
intensidade da radiação eletromagnética com relação ao seu comprimento de
onda e/ ou frequência. Na Fig. 13, apresenta-se uma síntese do espectro
eletromagnético, destacando-se a faixa de luz visível.
28
29
Fig. 14 - Olho humano: (A) visão geral; e (B) detalhamento dos componentes.
29
30
30
31
Modelos Cromáticos
Objetos que emitem luz visível são percebidos em função da soma das
cores espectrais emitidas. Tal processo de formação é denominado aditivo. O
processo aditivo pode ser interpretado como uma combinação variável em
proporção de componentes monocromáticas nas faixas espectrais associadas
às sensações de cor verde, vermelho e azul, as quais são responsáveis pela
formação de todas as demais sensações de cores registradas pelo olho humano.
Assim, as cores verde, vermelho e azul são ditas cores primárias. Este processo
de geração suscitou a concepção de um modelo cromático denominado RGB
(Red, Green, e Blue), para o qual a Comissão Internacional de Iluminação (CIE)
estabeleceu as faixas de comprimento de onda das cores primárias. A
combinação dessas cores, duas a duas e em igual intensidade, produz as cores
secundárias, Ciano, Magenta e Amarelo (ver Fig. 16).
31
32
A cor oposta a uma determinada cor secundária é a cor primária que não
entra em sua composição. Assim, o verde é oposto ao magenta, o vermelho ao
ciano e o azul ao amarelo. A cor branca é gerada pela combinação balanceada
de vermelho, verde e azul, assim como pela combinação de qualquer cor
secundária com sua oposta. Objetos que não emitem radiação eletromagnética
visível própria são, em contraposição, percebidos em função dos pigmentos que
os compõem. Assim sendo, objetos diferentemente pigmentados absorvem (ou
subtraem) da radiação eletromagnética incidente uma faixa do espectro visível,
refletindo o restante. O processo de composição cromática pode ser interpretado
como a absorção ou reflexão, em proporções variáveis, das componentes verde,
vermelho e azul da radiação eletromagnética visível incidente. Tome-se como
exemplo um objeto amarelo. As componentes vermelha e verde da luz branca
incidente são refletidas, enquanto a componente azul é subtraída por absorção
pelo objeto. Assim, a cor amarela pode ser encarada como o resultado da
subtração do azul da cor branca. As cores primárias no modelo CMY são
definidas em função da absorção de uma cor primária da luz branca incidente e
da reflexão das demais componentes, ou seja, as cores primárias são as
secundárias do modelo RGB - Ciano, Magenta e Amarelo (Fig. 17).
32
33
33
34
f(x,y) = i(x,y).r(x,y)
na qual 0 < i(x,y) < ∞ e 0 < r(x,y) < 1, sendo i(x,y) dependente das
características da fonte de iluminação, enquanto r(x,y) dependente das
características das superfícies dos objetos.
Em uma imagem digital colorida no sistema RGB, um pixel pode ser visto
como um vetor cujas componentes representam as intensidades de vermelho,
34
35
verde e azul de sua cor. A imagem colorida pode ser vista como a composição
de três imagens monocromáticas, i.e.:
Amostragem e Quantização
Como já foi anteriormente mencionado, para que uma imagem possa ser
armazenada e/ ou processada em um computador, torna-se necessária sua
discretização tanto em nível de coordenadas espaciais quanto de valores de
brilho. O processo de discretização das coordenadas espaciais denomina-se
amostragem, enquanto a discretização dos valores de brilho denomina-se
quantização. Usualmente, ambos os processos são uniformes, o que implica a
amostragem da imagem f(x,y) em pontos igualmente espaçados, distribuídos na
forma de uma matriz M x N, na qual cada elemento é uma aproximação do nível
35
36
b=MxNxl
36
37
b = M x N x (lR + lG + lB)
37
38
38
39
39
40
40
41
41
42
REFERÊNCIAS
GONZALEZ, R., WOODS, P. Digital Image Processing. Prentice Hall, 2002, 2nd
ed.
RUSS, J. C. The image processing handbook. CRC Press LLC, 2000 3rd ed.
42
43
GALO, M.; TOZZI, C.L. The concept of matching paralelepid and its use in the
correspondence problem. In: Proceedings of the ICIP99-International
Conference on Image Processing, Kope, Japão, 1999.
43