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2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
Prof.ª Josiane Elias Nicolodi
Prof. Roberto Nicolodi
516.3
N651g Nicolodi, Josiane Elias
Geometria Analítica / Josiane Elias Nicolodi, Roberto Nicolodi.
Indaial : Uniasselvi, 2013.
215 p. : il
ISBN 978-85-7830-850-6
Para tanto contamos com a sua dedicação, com o tempo para a leitura,
realização das autoatividades sugeridas. Com o seu comprometimento de
realmente utilizar a representação geométrica para comprovar a representação
algébrica.
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO .............................................. 1
VII
4 EQUAÇÃO GERAL DA CIRCUNFERÊNCIA ................................................................................ 91
6 O SOFTWARE WINPLOT NA REPRESENTAÇÃO DE CIRCUNFERÊNCIAS ....................... 99
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 104
VIII
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 207
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 211
IX
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Caro(a) acadêmico(a)! Com esta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles, você
encontrará atividades que favorecerão a fixação dos assuntos apresentados.
Bons estudos!
TÓPICO 3 – A RETA
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
A geometria é um dos ramos mais antigos da matemática, seus princípios
baseiam-se nos estudos do ponto, da reta e do plano, que estão fundamentados em
axiomas, postulados, definições e teoremas, compilados pelo filósofo e matemático
grego Euclides, por volta do ano 300 a.C.
Nesta disciplina, nosso foco de estudos será uma área ainda mais específica
da geometria, a geometria analítica. Área esta, também chamada geometria de
coordenadas e de geometria cartesiana, em que o estudo da geometria é realizado
por meio de um sistema de coordenadas e dos princípios da álgebra.
NOTA
3
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
UNI
UNI
Você sabia?
Que podemos associar o Plano Cartesiano com a latitude e a longitude? Esses temas
relacionados aos estudos geográficos e à criação do atual sistema de posicionamento, o GPS.
O Sistema de Posicionamento Global permite que saibamos nossa localização exata na terra,
desde que tenhamos em mãos um receptor de sinais GPS, informando a latitude, a longitude e
a altitude com o auxílio de satélites em órbita da Terra. Os aviões são um exemplo da utilização
do GPS, pois para não se colidirem são monitorados e informados em qual rota devem seguir
sua viagem.
3 PARES ORDENADOS
A representação dos pontos no plano é feita através de pares ordenados,
indicados entre parênteses, a abscissa (x) e a ordenada (y) respectivamente, e esse
par ordenado (x, y) representa as coordenadas de um ponto, o qual é representado
por uma letra maiúscula do alfabeto P(x, y).
P(x,y)
Eixo das abscissas
FONTE: Os autores
5
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
E
IMPORTANT
ATENCAO
6
TÓPICO 1 | SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL
NOTA
4 OS QUADRANTES
É a denotação utilizada para as quatro regiões do plano resultante da
divisão do eixo x e do eixo y, conforme observamos na Figura 4.
7
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
NOTA
FIGURA 4 – QUADRANTES
Assim:
8
TÓPICO 1 | SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL
E
IMPORTANT
Quando um ponto (par ordenado) está localizado sobre o eixo das abscissas (eixo
x), o eixo das ordenadas (eixo y), ou sobre a origem do sistema, não se encontra em nenhum
quadrante.
9
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
E
IMPORTANT
10
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico, você estudou o Sistema Cartesiano Ortogonal. Em seguida,
a localização dos pontos e a posição dos mesmos de acordo com os quadrantes.
• A representação dos pontos no plano é feita através de pares ordenados (x, y), a
abscissa (x) e a ordenada (y) respectivamente que representa as coordenadas de
um ponto.
11
AUTOATIVIDADE
2 No exercício anterior:
a) Quais são os pontos que pertencem ao 1º quadrante? ______________________
b) Quais são os pontos que pertencem ao 2º quadrante? ______________________
c) Quais são os pontos que pertencem ao 3º quadrante? ______________________
d) Quais são os pontos que pertencem ao 4º quadrante? ______________________
a) A(2, 0)_____________________________________________________________
b) B(-1, -1)____________________________________________________________
c) C(0, 3)_____________________________________________________________
d) D(2, -3)____________________________________________________________
e) E(0, 0)_____________________________________________________________
f) F(-1, 0)_____________________________________________________________
g) G(0, -2)____________________________________________________________
4 No exercício anterior:
a) Quais pontos estão localizados sobre o eixo das abscissas?
b) Quais pontos estão localizados sobre o eixo das ordenadas?
12
5 Complete utilizando os símbolos = (igual) ou ≠ (diferente):
a) A(2,0)......... M(0,2)
b) B(3, -1)......... N(3,-1)
c) C(2,5)................ P(6/3,10/2)
d) C(-2,1)............... Q(1,-2)
e) E(-3,-2).......... R(-2,-3)
6 Determine x e y nos pares ordenados, para que cada uma das igualdades
sejam verdadeiras:
13
8 Para que o ponto P(-3m +5, 2m+10) pertença à bissetriz dos quadrantes
ímpares, m deverá ser:
a) - 1
b) 5/3
c) - 5
d) 1
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
No tópico anterior, vimos a representação de um ponto no sistema
cartesiano. Neste tópico vamos analisar as relações que podemos estabelecer entre
dois ou mais pontos, como a distância entre dois pontos, o ponto médio de um
segmento, a condição de alinhamento de três pontos e como utilizar o software
Winplot para representar geometricamente essas relações.
Sabemos que na geometria a menor distância entre dois pontos é dada por
uma reta, já na geometria analítica esses pontos são representados por coordenadas
no sistema cartesiano ortogonal, e por meio dessas coordenadas podemos encontrar
o valor da distância entre os dois pontos.
15
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
y
B
yB
dAB
A C
yA
xA xB x
FONTE: Adaptado de: <https://www.google.com.br/
search?q=com+a+dist%c3%a2ncia+entre+dois+pontos>. Acesso em: 10
maio 2013.
UNI
Temos os pontos: A(xA, yA), com abscissa (xA) e ordenada (yA); e o ponto B(xB,
yB), com abscissa (xB) e coordenada (yB), ligando esses dois pontos com uma
reta, podemos formar o triângulo ABC retângulo em C, em que temos o lado BC
(cateto), o lado AC (cateto) e o lado AB (hipotenusa).
y
B
yB
A C
yA
xA xB x
FONTE: Adaptado de: <http://www.mundoeducacao.com.br/matematica/
distancia-entre-dois-pontos.htm>. Acesso em: 10 maio 2013.
16
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
FONTE: Os autores
ATENCAO
Exemplo 1: Dados os pontos A (1, -2) e B (4, 2), determine a distância entre
eles e represente geometricamente.
17
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
Solução: Temos xA = -1 e yA = 4, e xB = 1 e yB = - 4.
D = √68
68 2
34 2
17 17
1 2².17
Representação geométrica
FONTE: Os autores
19
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
20
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
AM AN
=
AB AP
Sendo AB = 2(AM) pois M é o ponto Médio de AB
AM AN
Vamos subtituir AB = 2(AM) na expressão =
AB AP
AM AN
=
2AM AP
Simplificando e multiplicando meios e extremos teremos:
1 AN
=
2 AP
Logo, AP = 2(AN)
UNI
Temos: AP = 2( AN )
x P − x A = 2( x N − x A ) portanto se x p = x B e x N = x M logo:
x B − 2 x M = − x A , isolando o xM :
21
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
x A + xB
xM =
2 essa é a fórmula para o cálculo da abscissa (x) do ponto
médio (M), de forma análoga define-se a fórmula do cálculo da ordenada (y) do
ponto médio (M):
y A + yB
yM =
2
x A + xB y A + y B
Portanto M ( , )
2 2
ATENCAO
x A + xB y A + yB
xM = yM =
2 2
4 + (−2) 2 (−1) + 5 4
xM = = =1 yM = = =2
2 2 2 2
Representação Geométrica:
22
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
FONTE: Os autores
x A + xB y A + yB
xM = yM =
2 2
(−2) + x B 3 + yB
−1 = −3=
2 2
23
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
24
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
Observemos a Figura 16, onde temos os pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC,
yC), três pontos distintos em linha reta, ou seja, colineares (alinhados). Temos que
os triângulos ABD e BCE são retângulos em D e E, respectivamente, bem como
apresentam lados proporcionais, logo são semelhantes.
UNI
C
YC
B
YB E
A
YA D
XA XB XC
FONTE: Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/matematica/condicao-
de-alinhamento-de-tres-pontos.html>. Acesso em: 10 maio 2013.
25
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
Agrupando xa e ya temos:
(xa yb -xa yc )+(xc ya -xb ya )+(xb yc -xc yb )=0
xa ya 1
xb yb 1 = 0
xc yc 1
Três pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC, yC), estão alinhados ou colineares,
xa ya 1
se e somente se, o determinante xb yb 1 = 0 . Quando o determinante não for
xc yc 1
igual à zero, é porque os pontos A (xA, yA), B (xB, yB) e C (xC, yC), são vértices de
triângulo.
xa ya 1
xb yb 1=0
Substituindo as coordenadas dos pontos na matriz e
xc yc 1
aplicando a Regra de Sarrus, já vista no ensino médio, podemos verificar se o
determinante dessa matriz é igual a zero, se for, os pontos são colineares, se não
for igual a zero é porque os pontos não são colineares (formam um triângulo).
26
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
UNI
xa ya 1
xb yb 1=0
xc yc 1
xa ya 1 xa ya
xb yb 1 xb yb =0
xc yc 1 xc yc
( xa ·yb ·1+ya ·1·xc +1·xb ·yc ) - ( xc ·yb ·1+yc ·1·xa +1·xb ·ya ) =0
FONTE: Os autores
27
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
temos: 2 5 1 xc yc 1
3 7 1=0
5 11 1
2 5 12 5
3 7 13 7 =0
5 11 1 5 11
2 5 1 2 5
3 7 1 3 7 = 0 teremos Dp = (2.7.1) + (5.1.5) + (1.3.11)
Dp = 14 + 25+ 33 = 72
5 11 1 5 11
2 5 1 2 5
3 7 1 3 7 = 0 teremos Ds = (1.7.5) + (2.1.11) + (5.3.1)
Ds = 35 + 22+ 15 = 72
5 11 1 5 11
D = Dp - Ds = 72 -72 = 0
28
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
Exemplo 2: Considerando os pontos A(2, 2), B(–2, –1) e C(–3, 1), verifique
se eles estão alinhados e represente geometricamente.
2 2 1 2 2
− 2 −1 1 − 2 −1 = 0
−3 1 1 −3 1
2 2 1 2 2
teremos Dp = [2.(-1).1] + [2.1.(-3)] + [1.(-
− 2 −1 1 − 2 − 1 = 0 2).1]
−3 1 1 −3 1 Dp = -2 + (-6)+ (-2) = -10
2 2 1 2 2
− 2 −1 1 − 2 −1 = 0 teremos Ds = [1.(-1).(-3)] + (2.1.1) + [2.(-2).1]
Ds = 3 + 2+ (-4) = 1
−3 1 1 −3 1
29
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
D = Dp - Ds = -10 -1 = -11
Portanto, os pontos A, B e C não estão alinhados, ou seja, não são colineares.
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
30
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
DICAS
FONTE: Os autores
31
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
32
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
33
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
34
TÓPICO 2 | ESTUDO DOS PONTOS
FONTE: Os autores
NOTA
35
RESUMO DO TÓPICO 2
Nesse tópico, você verificou a distância entre os pontos, o ponto médio e a
condição de alinhamento de pontos.
D = ( x B − x A )² + ( y B − y A )²
x A + xB
xM =
2
Fórmula do cálculo da ordenada (y) do ponto médio (M):
y A + yB
yM =
2
x A + xB y A + yB
M
2 ,
2
36
AUTOATIVIDADE
3 Dados os pontos A (5, -2), B (3, 0), C (1 , -5) e D (-8, -1), determine as
coordenadas dos pontos médios dos segmentos:
a) AB_______________________ b) AD___________________________
c) BD_______________________ d) AC __________________________
e) CD ______________________
37
8 Sabendo que os pontos A (x, y), B (-3, 2) e M (3, 5) são colineares, e M é o
ponto médio de AB, determine as coordenadas do ponto A.
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
A RETA
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! Você estudou nos tópicos anteriores as definições
em relação ao ponto. Agora chegou a hora de conhecer as definições em relação
à reta. No postulado básico da Geometria, temos que pôr dois ou mais pontos
alinhados para poder passar uma reta, logo se faz necessário conhecer a equação
da reta, compreender como os seus coeficientes são importantes para analisar o
seu posicionamento no Sistema Cartesiano Ortogonal, possibilitando verificar sua
inclinação e os pontos onde a reta intercepta (corta) os eixos do Sistema Cartesiano
Ortogonal (eixo x e eixo y).
2 EQUAÇÕES DA RETA
Conseguimos determinar a equação da reta do sistema cartesiano ortogonal
quando são conhecidos: um ponto e o coeficiente angular da reta ou dois pontos
da reta.
NOTA
39
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
ATENCAO
Uma das formas de representar uma reta r do Sistema Cartesiano Ortogonal por
meio de uma equação é conhecendo um ponto dessa reta e a sua inclinação (coeficiente
angular).
Temos a reta r (não vertical) que passa pelo ponto A (xA, yA) e tem coeficiente
angular (m), para obter a equação dessa reta, é preciso o ponto P(x, y) tal que o
ponto P seja diferente do ponto A (P ≠ A).
m = tg α
cateto oposto
tg =
Sendo que cateto adjacente logo podemos escrever:
40
TÓPICO 3 | A RETA
y − yA
m= multiplicando meios e extremos:
x − xA
y − y A = m( x − x A ) essa é a fórmula da equação geral da reta.
Exemplo1: Determine a equação geral da reta r que passa pelo ponto A (2,
1), e tem coeficiente angular igual a 2 (m = 2).
Solução1: Temos xA = 2, yA = 1 e m = 2.
Substituindo em y − y A = m( x − x A ) teremos:
ATENCAO
Sabemos pelos estudos da geometria que por dois pontos distintos passa uma
única reta. Assim também podemos determinar a equação da reta quando são conhecidos
dois de seus pontos.
x y 1
xA yA 1 = 0
xB yB 1
41
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
yA – yB = a
xB - xA= b
xAyB – xByA = c
ATENCAO
Solução: Temos xA = 2, yA = 5 e xB = 3, yB = 7.
1º Passo: Substituir as coordenados dos pontos na fórmula e resolver:
x y 1 x y 1 x y 1 x y
xA yA 1=0 2 5 1=0 2 5 1 2 5 =0
xB yB 1 3 7 1 3 7 1 3 7
Como temos DP - Ds = 0:
42
TÓPICO 3 | A RETA
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
a c
by = - ax - c y=− x−
b b
43
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
NOTA
Quando já temos a equação geral da reta, basta isolarmos y para termos a equação
reduzida da reta.
Solução: Temos xA = 2, yA = 5 e xB = 3, yB = 7.
Já resolvemos esse exemplo anteriormente onde encontramos a equação
geral dessa reta pela condição de alinhamento dos pontos. Agora vamos primeiro
y − yA
determinar o coeficiente angular usando a fórmula: m = em x e y, nesse
x − xA
caso são xB e yB, logo:
7−5 2
m= = =2
3−2 1 considerando o ponto A (2, 5) e substituindo na fórmula
y − y A = m( x − x A ) , temos:
y − 5 = 2( x − 2) resolvendo:
y − 5 = 2 x − 4 isolando y:
y = 2x – 4 + 5, resolvendo:
y = 2x + 1, essa é a equação reduzida da reta que passa pelos pontos A (2, 5) e B (3,
7), e tem coeficiente angular 2 e coeficiente linear 1.
E
IMPORTANT
44
TÓPICO 3 | A RETA
A (0, q)
B (p, 0)
x
r
FONTE: Os autores
x y 1
0 q 1=0 x y
+ =1
p 0 1 resolvendo encontramos a equação p q , onde p e q
são os valores onde a reta intercepta os respectivos eixos, da abscissa (x) e eixo da
ordenada (y).
2 x 3 y 12
+ = , efetuando as simplificações temos:
12 12 12
x y
+ =1
6 4 , essa é a equação segmentária da reta, onde os pontos que
interceptam os eixo y e x são: A (0, 4) e B (6,0).
45
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
ATENCAO
Sempre que não for indicado no texto, é porque a equação da reta está na sua
forma geral, quando for equação reduzida ou equação segmentária estará especificado no
texto.
UNI
46
TÓPICO 3 | A RETA
tgα r − tgα s m − ms
tg β = ⇒ tgβ = r
1 + tgα r .tgα s 1 + mr .m s
47
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
ms − mr
tgβ =
1 + m s .m r
Quando uma reta for vertical e a outra oblíqua, ou seja, uma das retas é
perpendicular ao eixo x, não temos coeficiente angular de uma das retas, pois a tg
90º não existe.
Caro acadêmico! Como você pode observar na figura 34, β e α são ângulos
r
1
complementares, assim podemos escrever que tg β = , consequentemente,
1 tgα r
β=
mr .
E
IMPORTANT
Ângulos complementares são dois ângulos que somados totalizam 90º, isto é,
um é complemento do outro.
48
TÓPICO 3 | A RETA
ms − mr
substituir na fórmula do ângulo entre duas retas: tgβ =
1 + m s .m r
− 1 − (−1)
tgβ = 2 , resolvendo os sinais e a multiplicação, teremos:
1 + − 1 .(−1)
2
−1 +1
tgβ = 2 , resolvendo as frações, (lembre os denominadores diferentes)
1+ 1
2 −1 2 1
−1 +1 + =
precisamos resolvê-las por fração equivalente: 2 = 2 2 2
1
tgβ = 2 , efetuando a divisão entra as frações (mantemos a fração do
3
2
numerador e invertemos a fração do denominador, efetuando uma multiplicação
entre elas):
1 2 2 1 1
tgβ = . = = =
2 3 6 3 3
Para determinarmos o ângulo α , fazemos arc tg 1 , ou seja,
3
aproximadamente 18º.
49
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
UNI
Representação geométrica:
FIGURA 35– SOLUÇÃO DO EXEMPLO 1: ÂNGULO ENTRE DUAS RETAS
FONTE: Os autores
UNI
FONTE: Os autores
No triângulo PAB, temos sua área determinada por base vezes altura,
divididos por 2.
b·h
A=
2
Substituindo pelas coordenadas da Figura 37, temos:
dAB ·d
A=
2
D
dAB ·d=D d= 1
Definindo e isolando d, obtemos: dAB .
a2 =b2 +c2
dAB 2 =(xA -xB )2 +(yA -yB )2
dAB = √ (xA -xB )2 +(yA -yB )2
• Cálculo de D
52
TÓPICO 3 | A RETA
ATENCAO
As coordenadas dos vértices do triângulo PAB, são: (xP ,yP) , (xA ,xA) e (xB ,yB )
respectivamente.
xP yP 1 xP yP
xA yA 1 xA yA
xB yB 1 xB yB
D = ( xP ·yA ·1+yP ·1·xB +1·xA ·yB) – ( xB ·yA ·1+yB ·1·xP +1·xA ·yP )
Colocando xP e yP em evidência:
D=xP (yA -yB )+yP (xB -xA )+(xA yB -xB yA )
53
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
ax1 + by1 + c
a reta d = , teremos:
Pr
a ² + b²
1.1 + 2.1 + 1
d pr = , resolvendo as multiplicações e as potências:
1² + 2²
1+ 2 +1
d pr = , efetuando os cálculos de adição:
1+ 4
4
d pr =
5 , racionalizando (multiplicando o numerador e o denominador pela raiz
quadrada):
4 5 4 5
d pr = . =
5 5 5
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
54
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você conheceu as equações da reta, o ângulo formado entre
as retas e a distância entre o ponto e uma reta.
x y
• Equação segmentária da reta + = 1 , onde p e q são os valores que a reta
p q
intercepta os respectivos eixos, da abscissa (x) e eixo da ordenada (y).
ax1 + by1 + c
• A distância entre o ponto e a reta é dada pela fórmula d Pr = .
a ² + b²
55
AUTOATIVIDADE
1 Encontre a equação geral da reta que passa pelos pontos (2,3) e (1,5) e faça a
representação geométrica.
a) Apenas I é verdadeira.
b) Apenas III é verdadeira.
c) Nenhuma é falsa.
d) Apenas I é falsa.
e) Nenhuma das alternativas.
3 Verifique a equação reduzida da reta que passa pelos pontos A(-3, 2) e B(5,
-4), e confirme com a representação geométrica.
56
6 Verifique a equação geral e reduzida da reta representada no gráfico:
9 Determine a distância do ponto P(1,3) à reta que passa pelos pontos (-1,1) e
(3, 1).
a) (r) 2x – 2y + 6 = 0 e (s) – 4x + 4y – 1 = 0
b) (r) – 4x + 2y - 1 = 0 e (s) 2x – 5y - 4= 0
57
58
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
As posições relativas correspondem a posições entre duas ou mais retas do
plano. Duas retas podem ser paralelas, concorrentes, coincidentes ou concorrentes
perpendiculares, como veremos nesse tópico.
2 RETAS PARALELAS
ATENCAO
Sabemos que duas retas são paralelas quando não possuem nenhum ponto em
comum, ou seja, são equidistantes durante toda sua extensão.
59
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
− 2x 7 −2
y= + , logo mr = .
3 3 3
2x −2
y=− + 3 , logo ms = .
3 3
Concluímos que os coeficientes angulares são iguais (mr = ms), portanto, as
retas r: 2x + 3y – 7 = 0 e s: – 2x – 3y + 9 = 0 são paralelas.
60
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
Representação geométrica:
FIGURA 40 – REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DO EXEMPLO 1: RETAS PARALELAS
FONTE: Os autores
Exemplo 2: Determine a equação geral da reta t que passa pelo ponto P(2,
2) e é paralela à reta r de equação x – y + 2 = 0. Faça a representação geométrica.
61
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
• Equação da reta t:
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
62
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
63
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
3 RETAS CONCORRENTES
Duas retas são concorrentes no sistema cartesiano ortogonal quando
possuem um ponto P(x0, y0) em comum e coeficientes angulares diferentes, ou
seja, se duas retas distintas e coplanares tiverem um único ponto em comum são
denominadas concorrentes e seus gráficos concorrem neste ponto.
FIGURA 43 – RETAS CONCORRENTES
ATENCAO
Duas retas são concorrentes quando seus coeficientes angulares são diferentes.
64
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
2x 6 2
y=− + , logo ms = − .
3 3 3
Concluímos que os coeficientes angulares são diferentes (mr ≠ ms), portanto,
as retas r: 2x – y + 6 = 0 e s: 2x + 3y – 6 = 0 são concorrentes.
Representação geométrica:
2x – y + 6 = 0
2x + 3y – 6 = 0
FONTE: Os autores
65
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
66
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
ATENCAO
Duas retas são perpendiculares quando o produto dos seus coeficientes angulares
for igual a um negativo (mr . ms = -1).
x 3 −1
y=− − , logo mr =
2 2 2
16 x 10
y= − , simplificando:
8 8
5
y = 2 x − , logo ms = 2.
4
67
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
1 −2
− .2 = = −1
2 2
Logo, as retas r: x + 2y + 3 = 0 e s: - 16x + 8y + 10 = 0 são perpendiculares.
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
68
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
Vamos utilizar o método da substituição para resolver o sistema linear, mas você
pode utilizar outro método que preferir para resolução de sistemas lineares.
x+y–1=0
y=1–x
– 2x – y + 2 = 0
- 2x – (1 – x) + 2 = 0
- 2x - 1 + x + 2 = 0
-2x + x -1 + 2 = 0
-x + 1 = 0
- x = -1
x=1
3º Passo: Substituir o valor de x em na equação isolada que é o resultado do 1º
passo.
y=1–x
y=1–1=0
69
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
70
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
FONTE: Os autores
Quando a opção reta for selecionada, o programa abrirá uma nova tela
para você inserir as informações dos coeficientes (a, b e c) da equação da reta, veja
na Figura 50.
FIGURA 50 – INFORMAÇÕES DA EQUAÇÃO DA RETA NO WINPLOT
FONTE: Os autores
71
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
Quando você clicar em Ok, a reta será projeta, e uma nova tela, inventário
apresentará as informações da reta.
FIGURA 51 – PROJEÇÃO DA RETA NO WINPLOT
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
72
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
73
UNIDADE 1 | ESTUDO DA RETA NO SISTEMA CARTESIANO
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
Aproveite essa ferramenta (Winplot) para conferir seus cálculos com a confirmação
na representação geométrica.
LEITURA COMPLEMENTAR
Hygino H. Domingues
A Geometria, como ciência dedutiva, foi criada pelos gregos. Mas, apesar
do seu brilhantismo faltava operacionalidade à geometria grega. E isto só iria ser
conseguido mediante a Álgebra como princípio unificador. Os gregos, porém, não
74
TÓPICO 4 | POSIÇÕES RELATIVAS DE DUAS RETAS
eram muito bons em álgebra. Mais do que isso, somente no século XVII a álgebra
estaria razoavelmente aparelhada para uma fusão criativa com a geometria.
Ocorre que o fato de haver condições para uma descoberta não exclui o
toque de genialidade de alguém. E no caso da geometria analítica, fruto dessa
fusão, o mérito não foi de uma só pessoa. Dois franceses, Pierre de Fermat (1601-
1665) e René Descartes (1596-1650), curiosamente ambos graduados em Direito,
nenhum deles matemático profissional, são os responsáveis por esse grande avanço
científico: o primeiro movido basicamente por seu grande amor, a matemática e o
segundo por razões filosóficas. E, diga-se de passagem, não trabalharam juntos: a
geometria analítica é um dos muitos casos, em ciência, de descobertas simultâneas
e independentes.
76
RESUMO DO TÓPICO 4
Nesse tópico, você conheceu as posições relativas de duas retas, como
determinar o ponto de interseção de duas retas e como projetar retas no programa
Winplot.
• Duas retas são concorrentes quando possuem um ponto P(x0, y0) em comum e
coeficientes angulares diferentes.
77
AUTOATIVIDADE
4 Encontre a equação da reduzida da reta r, que passa pelo ponto P(2, -2) e é
paralela à retas: 2x – 3y -6 = 0.
6 Escreva a equação geral da reta que passa pelo ponto P(1, 5) e é perpendicular
à reta de equação x + 3y - 12 = 0, e confirme o resultado com a representação
geométrica.
7 Determine a equação da reta que passa pelo ponto (-2,5) e é paralela à reta s: y = 4x
+ 3 e utilize o programa Winplot para confirmar o resultado com a representação
geométrica.
78
UNIDADE 2
O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você
encontrará atividades que favorecerão a fixação dos assuntos apresentados.
Bons estudos!
79
80
UNIDADE 2
TÓPICO 1
EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
1 INTRODUÇÃO
2 EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
E
IMPORTANT
A circunferência pode ser considerada uma linha curva fechada, onde a distância
entre a extremidade e qualquer ponto possui medida igual, denominada diâmetro. Enquanto
que o círculo é a figura plana delimitada pela circunferência, conforme podemos verificar na
Figura 56.
81
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
diametro E
C A
O
raio
FIGURA 57 – CIRCUNFERÊNCIA
P(x,y)
82
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
D ² C , P = ( x − a )² + ( y − b)²
ATENCAO
Representação geométrica
FIGURA 58 – CIRCUNFERÊNCIA DO EXEMPLO 1
FONTE: Os autores
83
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
84
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FIGURA 60 – CIRCUNFERÊNCIA DO EXEMPLO 3
FONTE: Os autores
85
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
DC , P = 2
Representação geométrica:
FONTE: Os autores
86
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
Representação geométrica:
87
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
FIGURA 64 – EXEMPLO 7
FONTE: Os autores
FIGURA 65 – EXEMPLO 8
(x,y) = (-3,4)
FONTE: Os autores
89
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
90
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
NOTA
(x – a)² + (y – b)² = R²
(x² - 2ax + a²) + (y² - 2by +b²) = R²
x 2 − 2ax + a 2 + y 2 − 2by + b 2 = R 2
x 2 + y 2 − 2ax − 2by + a 2 + b 2 − R 2 = 0
91
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
(resolvendo as potências);
Representação geométrica
FONTE: Os autores
92
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
(resolvendo os sinais);
(resolvendo as potências);
Representação geométrica
FONTE: Os autores
93
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
x ² + y ² - 6x - 4y - 36 = 0
R= 49 = 7
94
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
ATENCAO
95
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Caso não atenda a uma das restrições é porque não é a equação de uma
circunferência.
2 2 2
1º Passo: Vamos verificar a primeira restrição: R > 0 ou a + b − γ >0
para isso precisamos encontrar o valor das coordenadas do centro, de a e b.
x 2 + y 2 + αx + β y + γ = 0
α β
x ² + y ² - 6x - 8y + 49 = 0, logo α = −6 e β = −8 como a = - eb=-
2 2
(−6) (−8)
a=- eb = -
2 2
a = 3e b = 4
Substituindo em a 2 + b 2 − γ > 0 , saberemos se R > 0, logo:
3 2 + 4 2 − 49 > 0
9 + 16 − 49 > 0
− 24 > 0
96
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
Solução: É preciso verificar todas as condições, mas nesse caso pela segunda
restrição (os coeficientes de x² e y² forem iguais) já identificamos que não é uma
equação de circunferência, pois os coeficientes são diferentes de x² = 1 e de y² = 2.
Representação geométrica
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
x 2 + y 2 + αx + β y + γ = 0
α β
x² + y² - 8x - 7 = 0, logo α = −8 , β = 0 e γ = −7 como a = - e b = - :
2 2
(−8) 0
a=- eb = -
2 2
a = 4 e b = 0
98
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: OS AUTORES
99
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
100
TÓPICO 1 | EQUAÇÃO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
101
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
ATENCAO
Para representar a potência você deve digitar o acento circunflexo (^), como
na Figura 79. É possível também nessa janela mudar a cor e a espessura da linha
da circunferência.
102
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico, você observou a equação da circunferência. Em seguida, o
reconhecimento de uma equação e a representação da circunferência no sistema
cartesiano ortogonal com a utilização do software Winplot.
α β
• Será um ponto se: R = 0 ou a 2 + b 2 − γ = 0, é o próprio centro C − ,−
2 2
{
• Será um conjunto vazio se: R < 0 ou a 2 + b2 − γ < 0 a equação não será
satisfeita por nenhum ponto do plano.
103
AUTOATIVIDADE
a) C(-2,5) e r = 3.
b) C(1, -4) e r = 2.
c) C(1,2) e r = 4.
d) C( -1, - 4) e r = 5.
a) x²+ y² + 4x -8y = 0
b) 4x²+ 4y² - 8x + 8y - 28 = 0
c) x²+ y² - 10x - 4y + 25 = 0
a) ( x + 1)² + (y – 1)² = 3
b) ( x - 4)² + y² = 6
a) x² - y² + 4x -8y = 0
b) x² + y² - 10x - 4y = 0
c) x² + y² + x + 4y + 10= 0
104
8 Verifique se a equação – x² - y² - 8x + 7 = 0 pode ser considerada uma equação
da circunferência.
a) x2 +y2 -8x+6y+29=0
b) 2x2 +2y2 -6x+10y+7=0
c) 4x2 +4y2 +28x-8y+53=0
d) 16x2 +16y2 -64x+8y+177=0
e)9x2 +9y2 +72x-12y+103=0
105
106
UNIDADE 2 TÓPICO 2
POSIÇÕES RELATIVAS
1 INTRODUÇÃO
Caro(a) acadêmico(a)! No tópico anterior estudamos como representar
uma circunferência na forma analítica e na geométrica. Agora veremos as posições
relativas ao sistema cartesiano ortogonal entre circunferências e pontos, entre duas
circunferências e circunferências e retas.
107
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
C
R
A
FONTE: Os autores
R
A
C
FONTE: Os autores
R
A
C
FONTE: Os autores
108
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
• Ponto A (2,3)
(x + 2)² + (y – 1)² = 16
(2 + 2)² + (3 – 1)² = 16
4² + 2² = 16
16 + 4 = 16
20> 16, logo o ponto A é externo a circunferência.
• Ponto B (3,3)
(x + 2)² + (y – 1)² = 16
(3 + 2)² + (3 – 1)² = 16
5² + 2² = 16
25 + 4 = 16
29 >16, logo o ponto B também é externo a circunferência.
• Ponto C (2,1)
(x + 2)² + (y – 1)² = 16
(2 + 2)² + (1 – 1)² = 16
4² + 0² = 16
16 + 0 = 16
16 = 16, logo o ponto C pertence à circunferência.
• Ponto D (-1,-1)
(x + 2)² + (y – 1)² = 16
(-1 + 2)² + (-1 – 1)² = 16
1² + (-2)² = 16
1 + 4 = 16
5< 16, logo o ponto C é interno à circunferência.
109
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
• Ponto A (2,1)
x² + y² + 4x - 8y = 0.
2² + 1² + 4. 2 – 8. 1 = 0
4 + 1+ 8 – 8 = 0
5 > 0, portanto o ponto A é externo à circunferência.
• Ponto B (0,0)
x² + y ² + 4x - 8y = 0.
0² + 0² + 4. 0 – 8. 0 = 0
0 + 0+ 0 – 0 = 0
0 = 0, o ponto B pertence à circunferência.
• Ponto C (-3,1)
x² + y² + 4x - 8y = 0.
(-3)² + 1² + 4. (-3) – 8. 1 = 0
9 + 1+ (-12) – 8 = 0
-10 < 0, o ponto C interno à circunferência.
110
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
• Ponto D (-4,0)
x² + y² + 4x - 8y = 0.
(-4)² + 0² + 4. (-4) – 8. 0 = 0
16 + 0 + (-16) – 0 = 0
0 = 0, o ponto D pertence à circunferência.
Representação geométrica
FONTE: Os autores
D = ( x B − x A )² + ( y B − y A )²
DCA = ( x A − xC )² + ( y A − y C )²
DCA = (1 − 2)² + (1 − 2)²
111
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
112
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
FONTE: Os autores
• A reta é tangente à circunferência
FONTE: Os autores
113
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
ax1 + by1 + c
D pr =
a ² + b²
114
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
FONTE: Os autores
ax1 + by1 + c
D pr =
a ² + b²
115
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
ax1 + by1 + c
D pr =
a ² + b²
116
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
FONTE: Os autores
DICAS
117
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
R1 R2
O c
FONTE: Os autores
DOC = ( xC − xO )² + ( y C − y O )²
118
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
Representação geométrica
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
representação geométrica.
13
(x - 2)² + (y - 1)² = 4 x − ² + (y - 1)² = 2
5
13
O(2, 1) R1 = 4=2 C( ,1 = C(2.6; 1) e R2 = 2 ≅ 1,43
5
Calculando a distância entre os centros das circunferências, temos:
DOC = ( xC − xO )² + ( y C − y O )²
DOC = [(2,6) − 2)]² + (1 − 1)² = (0,6)² + 0² = 0,36 = 0,6
Representação geométrica
FONTE: Os autores
• Circunferências externas
FONTE: Os autores
121
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
• Circunferências secantes
FONTE: Os autores
122
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
DOC = ( xC − xO )² + ( y C − y O )²
DOC = [(0) − 2)]² + (1 − 1)² = (−2)² + 0² = 4 = 2
Agora, vamos verificar se as circunferências são secantes:
DOC < R1 + R2
2 < 2 + 1,43
2 < 3,43, logo as circunferências são secantes.
Representação geométrica
FONTE: Os autores
• Circunferências internas
Quando duas circunferências não possuem pontos em comum e uma está
localizada no interior da outra são consideradas internas. Para que isso ocorra
a distância entre os centros das circunferências deve ser equivalente (igual) à
diferença entre as medidas de seus raios (DOC = R1 - R2).
FONTE: Os autores
123
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
DOC = ( xC − xO )² + ( y C − y O )²
DOC = (1 − 2)² + (1 − 1)² = (−1)² + 0² = 1 = 1
Representação geométrica
FONTE: Os autores
• Circunferências concêntricas
124
TÓPICO 2 | POSIÇÕES RELATIVAS
FONTE: Os autores
Portanto, para circunferência ser concêntrica a essa tem que ter o centro em
C(2, 1).
Representação geométrica
FONTE: Os autores
125
RESUMO DO TÓPICO 2
126
• As circunferências são concêntricas quando possuem o centro em comum. (DOC =
0).
127
AUTOATIVIDADE
Agora chegou a sua vez de colocar em prática o que foi estudo no Tópico
2, lembre-se das orientações referente à posição do ponto, reta e circunferência
em relação à circunferência.
3 Verifique às posições relativas dos pontos A(-2,2), B(-4,1), D(1,1), E(- 4, -1) em
relação à circunferência de equação (x + 1)² + (y + 1)² = 9 e faça a representação
geométrica.
a) (1, -4)
b) (4, 5)
c) (1, 1)
a) 3x + y + 2 = 0
b) 4x + 3x + 5 = 0
c) 4x – y – 8 = 0
128
UNIDADE 2
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Você verificou nos tópicos anteriores as equações das circunferências e suas
posições relativas. Neste tópico vamos verificar algumas curiosidades relacionadas
às circunferências, como: traçar polígonos regulares, medir o comprimento de uma
circunferência e a área do círculo e o que é o número PI.
ATENCAO
129
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
FONTE: Os autores
Em seguida, definir quantos lados deve ter o polígono que você quer
desenhar inscrito na circunferência. Por exemplo, vamos traçar um polígono com
5 lados iguais. Para isso, vamos dividir 360º (pois a circunferência representa 360º)
por 5 (número de lados do polígono regular que desejamos traçar), temos então
que 360º dividido por 5 será é igual a 72º.
130
TÓPICO 3 | CURIOSIDADES SOBRE A CIRCUNFERÊNCIA
Dessa mesma forma, você pode traçar qualquer polígono regular como, por
exemplo, de 17 lados e fazer isso em uma madeira colocando pregos nos vértices
do polígono e traçar as diagonais com linha, como na Figura 107.
FIGURA 107 – DIAGONAIS DO POLÍGONO TRAÇADAS COM LINHA
DICAS
131
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
DICAS
Como sugestão para a futura prática pedagógica, conheça mais sobre o número pi,
leia mais em: <https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/RYXMQMJTVEXB.pdf>.
E
IMPORTANT
Para qualquer que seja a região circular, quando dividimos o comprimento pela
medida do diâmetro, encontraremos o valor correspondente a 3,14 aproximadamente, o
número pi. Faça o teste!
C = 2R π = C = 2 π R
Portanto, o comprimento da circunferência é calculado através da
expressão matemática C = 2. π.R, em que C é o comprimento da região circular, π
aproximadamente igual a 3,14 e R a medida do raio da região circular.
132
TÓPICO 3 | CURIOSIDADES SOBRE A CIRCUNFERÊNCIA
C = 2. π.R
C = 2.3,14.1570
C = 250m
D
R=
2
R = 22/2 = 11 cm
4 ÁREA DO CÍRCULO
E
IMPORTANT
133
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
NOTA
Circunferência
Circulo
134
TÓPICO 3 | CURIOSIDADES SOBRE A CIRCUNFERÊNCIA
Solução:
Calculamos a área de um círculo com raio ROA
A1 = π. (ROA)2
A1 = 3,14 . 102
A1 = 314 cm2
A2 = π. (ROB)2
A2 = π. 42
A2 = 3,14 . 16
A = 50, 24 cm2
A = A1 - A2
A = 314 - 50, 24
A = 263, 76 cm2
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
136
TÓPICO 3 | CURIOSIDADES SOBRE A CIRCUNFERÊNCIA
O papiro Rhind é uma fonte primária rica sobre a matemática egípcia antiga;
descreve os métodos de multiplicação e divisão dos egípcios, o uso que faziam
das frações unitárias, seu emprego da regra da falsa posição, sua solução para o
problema da determinação da área do círculo e muitas aplicações da matemática a
problemas práticos (p. 70).
Problema 50: Um campo circular tem 9 khet de diâmetro. Qual é a sua área?
Tira 1/9 do diâmetro do seu diâmetro, isto é 1 Khet. O resto é 8 Khet. Multiplica 8
por 8; o que faz 64. Por isso, contém 64 setat de terra.
137
UNIDADE 2 | O ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA
Referências
BERGGREN, L.; BORWEIN, J.; BORWEIN, P. Pi: a source book. 3 ed. New York:
Springer, 2004.
138
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você observou algumas curiosidades sobre a circunferência
e o círculo.
139
AUTOATIVIDADE
1 Qual é o comprimento de uma circunferência que tem raio igual a 10,4 cm?
(Utilize π = 3,14).
3 Calcule a área de uma coroa circular onde o raio menor mede 4 cm e o raio
maior é o triplo do raio menor (Utilize π = 3,14).
10
6
140
FIGURA 113 – COMPRIMENTO DA CIRCUNFERÊNCIAS
(2,1)
x
(5, -3)
141
142
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No final de cada um deles, você
encontrará atividades que favorecerão a fixação dos assuntos apresentados.
Bons estudos!
TÓPICO 1 – PARÁBOLA
TÓPICO 2 – ELIPSE
TÓPICO 3 – HIPÉRBOLE
143
144
UNIDADE 3
TÓPICO 1
PARÁBOLA
1 INTRODUÇÃO
145
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
2 A PARÁBOLA
Na Grécia Antiga, as cônicas eram obtidas secionando um cone por um
plano, como visto na Figura 114, que é a curvatura formada entre os pontos E, A e
F descreve uma parábola.
FONTE: Os autores
146
TÓPICO 1 | PARÁBOLA
Elementos da Parábola
NOTA
3 EQUAÇÕES DA PARÁBOLA
As particularidades das equações da parábola estão intrinsicamente
relacionadas à sua representação no sistema cartesiano ortogonal.
147
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
d y
P1
P(x,y)
V F x
FONTE: Os autores
ATENCAO
148
TÓPICO 1 | PARÁBOLA
FONTE: Os autores
E
IMPORTANT
149
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Representação geométrica
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
150
TÓPICO 1 | PARÁBOLA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
151
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
VF = p/2
2 = p/2
2.2 = p
p=4
152
TÓPICO 1 | PARÁBOLA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
153
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Representação geométrica
FONTE: Os autores
154
TÓPICO 1 | PARÁBOLA
Representação geométrica
FONTE: Os autores
155
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Representação geométrica
FIGURA 123 – RESOLUÇÃO DO EXEMPLO 1 DA PARÁBOLA DE EIXO VERTICAL E VÉRTICE NO
PONTO
FONTE: Os autores
156
TÓPICO 1 | PARÁBOLA
Representação geométrica
FIGURA 124 – RESOLUÇÃO DO EXEMPLO 2 DA PARÁBOLA DE EIXO VERTICAL E VÉRTICE NO
PONTO (H,K)
FONTE: Os autores
157
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Solução: x2 – 6x + 5y – 11 = 0
158
RESUMO DO TÓPICO 1
159
AUTOATIVIDADE
ELIPSE
1 INTRODUÇÃO
Nesse tópico, você conhecerá outra importante curva cônica, a elipse. Assim
como a parábola, a elipse pode estar representada no sistema cartesiano ortogonal
com centro na origem ou não, para isso será necessário conhecer a definição da
elipse, as regularidades das suas equações e representações geométricas.
2 A ELIPSE
É o lugar geométrico de um plano onde a soma da distância de sua
extremidade a dois pontos fixos, chamados de focos, F1 e F2, resulta em uma
constante 2a, onde 2a > 2c, como você pode observar na Figura 125.
Elementos da elipse:
161
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
E
IMPORTANT
162
TÓPICO 2 | ELIPSE
3 EQUAÇÕES DA ELIPSE
A equação da elipse está relacionada à sua representação geométrica no
sistema cartesiano ortogonal, quando o centro está ou não na origem e os focos
estão sobre o eixo da abscissa (eixo x) ou quando estão sobre o eixo da ordenada
(eixo y), veremos a seguir a denotação dessas equações.
163
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
, colocando os termos em
evidência:
, como:
B1
b a
C c F2
164
TÓPICO 4 | APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA
x² y ²
+ = 1 → Equação reduzida da Elipse com C(0, 0) e eixo maior sobre o eixo x.
a ² b²
A medida do eixo maior ‘a’ está dividindo x² o que indica que a elipse tem
o foco no eixo x.
x² y ²
+ =1
3² 2²
x² y ²
+ =1
9 4
Representação geométrica
FONTE: Os autores
165
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Solução: Vamos dividir ambos os membros da equação por 225, para que
tenhamos a equação igual 1, como na fórmula da equação da elipse (fórmula
x² y ²
genérica) + = 1 teremos:
a ² b²
9x ² + 25y ² = 225
9 x ² 25 y ² 225
+ =
225 225 225
x² y ²
+ =1
25 9
Representação geométrica
FONTE: Os autores
166
TÓPICO 2 | ELIPSE
16 x ² 25 y ² 400
+ =
400 400 400
x² y ²
+ =1
25 16
Representação geométrica
FONTE: Os autores
167
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
• Elipse com centro na origem, eixo maior vertical e com focos sobre o eixo y
y ² x²
+ =1
a ² b²
-b b x
-c
-a
A medida do eixo maior ‘a’ nesse caso está dividindo y², o que indica que
a elipse tem o foco no eixo y.
a² = 8, a = 8 = = 2, 83
Assim, a equação reduzida da elipse será:
168
TÓPICO 2 | ELIPSE
y ² x²
+ =1
a ² b²
y² x²
+ =1
8² 2²
y ² x²
+ =1
8 4
Representação geométrica
FONTE: Os autores
169
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
12
x
5
FONTE: Os autores
a² = b² + c²
a² = 5² + 12²
a² = 25 + 144
a² = 169
a = 13
y ² x²
+ =1
a ² b²
y² x²
+ =1
13² 5²
y² x²
+ =1
169 25
170
TÓPICO 2 | ELIPSE
FONTE: Os autores
a² = b² + c²
4² = 3² + c²
16 – 9 = c²
7 = c²
c = 7 , portanto, a distância focal é 2 7 .
• Como a elipse tem o eixo maior paralelo ao eixo as coordenadas dos focos (±c,
0)+(h, k)
F1(- 7 +(-1), 0 + (-2)) e F2( 7 + (-1),0+ (-2))
F1(-3,64, -2) e F2(1,64,-2)
A excentricidade da elipse é; e = c/a, e = 7 /4 = 0,66.
171
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Representação geométrica:
FIGURA 133– ELIPSE CENTRO FORA DA ORIGEM E EIXO MAIOR PARALELO AO EIXO X
FONTE: Os autores
(´x − h)² ( y − k )²
+ =1
b² a²
FIGURA 134 – ELIPSE COM CENTRO FORA DA ORIGEM E EIXO MAIOR
PARALELO AO EIXO Y
y
A1
F1
k C
F2
A2
x
h
C= (h,k)
FONTE: Os autores
172
TÓPICO 2 | ELIPSE
c= 3 , como a = 2c, a = 2 3
( x − h)² ( y − k )²
+ =1
b² a²
( x − 4)² ( y − (−2))²
+ =1
3² (2 3) ²
( x − 4)² ( y + 2)²
+ =1
9 12
Se desenvolvermos os quadrados, vamos encontrar a equação geral da
elipse
173
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
1 1
( x ² − 8 x + 16) + ( y ² + 4 y + 4) − 1 = 0
9 12
x ² 8 x 16 y ² y 1
− + + + + − 1 = 0 , resolvendo os termos semelhantes:
9 9 9 12 3 3
x² 8x y ² y
− + + + 3 = 0 , resolvendo o mínio múltiplo comum,
9 9 12 3
4x² -32x +3y² + 12y + 108 = 0, essa é a equação geral da elipse.
Representação geométrica
FIGURA 135 – EXEMPLO DE ELIPSE COM CENTRO FORA DA ORIGEM E EIXO MAIOR PARALELO
AO EIXO Y
FONTE: Os autores
174
RESUMO DO TÓPICO 2
• Elementos da elipse:
• F1 e F2 → são os focos
• C → Centro da elipse
• 2c → distância focal
• 2a → medida do eixo maior
• 2b → medida do eixo menor
• c/a → excentricidade
• Há uma relação entre os valores a, b e c→ a² = b² + c²
• A equação da elipse com eixo maior vertical e com focos sobre o eixo y é:
y ² x²
+ = 1 , com focos: F1(0, -c) e F2(0 , c).
a ² b²
( x − h)² ( y − k )²
+ = 1.
b² a²
( x − h)² ( y − k )²
+ = 1.
a² b²
175
QUADRO 4 – ELIPSE COM CENTRO FORA DA ORIGEM
176
AUTOATIVIDADE
2 Calcular a distância focal e a excentricidade da elipse 25x ² + 169y ² = 4225.
3 Os vértices de uma elipse são os pontos (4, 0) e (-4, 0) e seus focos são os
pontos (3, 0) e (-3, 0), determine a equação dessa elipse.
x2 y2
a) + =1
25 9
b)
c)
a) 4 e 3 b) 4 e 2 c) 4 e 1 d) 3 e 2 e) 3 e 1
2 2
6 Na figura, tem-se a elipse de equação x + y = 1 inscrita no retângulo
ABCD. O perímetro do retângulo é: 12 3
177
a) 24 b) 18 c) 12 3 d) 6 3 e) 3 3
a) 3x² + 4y² - 8y – 8 = 0
b) x² + 4y² - 6x – 8y – 3 = 0
c) x² + 4y² + 2x – 12y + 6 = 0
178
UNIDADE 3
TÓPICO 3
HIPÉRBOLE
1 INTRODUÇÃO
Aplicações das hipérboles não são tão fáceis de serem encontradas no
nosso cotidiano, assim com a parábola. No entanto, alguns cometas podem ter
órbitas hiperbólicas em vez de elípticas.
179
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
2 A HIPÉRBOLE
É o conjunto dos pontos tais que o módulo das distâncias (2a) a dois pontos
fixos (F1 e F2) seja menor que a distância (2c) entre os pontos (0 < 2a < 2c). A esses
pontos fixos chamamos de focos e a constante (2c) é o comprimento do eixo real
(transverso), o eixo que contém os focos.
E
IMPORTANT
180
TÓPICO 3 | HIPÉRBOLE
Elementos da hipérbole
E
IMPORTANT
181
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
FONTE: Os autores
FONTE: Os autores
3 EQUAÇÕES DA HIPÉRBOLE
A hipérbole pode ter os focos sobre o eixo x ou sobre o eixo y, e sua equação
varia em cada um dos casos, vamos verificar a equação para cada representação
geométrica.
182
TÓPICO 3 | HIPÉRBOLE
elevando os dois
termos da equação ao quadrado:
, aplicando a propriedade
distributiva:
, colocando os termos
em evidência:
como:
Como c²= a²+ b², então b² = c²- a², substituindo temos:
183
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Equação reduzida x² y ²
− =1
a ² b²
Focos (-c, 0); (c, 0)
Vértices (-a, 0); (a, 0)
Eixo real 2a
Eixo imaginário 2b
Diretrizes
Excentricidade
Assíntotas
184
TÓPICO 3 | HIPÉRBOLE
25 = 16 + b²
25 – 16 = b²
b² = 9, b = 3
x² y ²
Assim a equação reduzida será: − =1
a ² b²
x² y ²
− =1
4² 3²
x² y ²
− =1
16 9
FONTE: Os autores
O eixo real da hipérbole coincide com o eixo y, os focos estão sobre o eixo
y e terão coordenadas F1(0, -c) e F2(0, c), quando a hipérbole estiver com centro na
origem do sistema cartesiano ortogonal, sua equação reduzida será:
y ² x²
− =1
b² a ²
185
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
Equação reduzida
Diretrizes
Excentricidade
Assíntotas
FONTE: Os autores
186
TÓPICO 3 | HIPÉRBOLE
c² = a² + b²
10² = 5² + b²
100 = 25 + b2
100 - 25 = b²
b² = 75, b = 75
Assim, a equação reduzida da hipérbole será dada por:
y ² x²
− =1
ab² ba ²
y² x²
− =1
5² ( 75 )²
y ² x²
− =1
25 75
Representação geométrica
FONTE: Os autores
187
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
( x − h)² ( y − k )²
− =1
a² b²
E
IMPORTANT
FONTE: Os autores
188
TÓPICO 3 | HIPÉRBOLE
(x - 1)² (y + 2)²
− =1
9 4
A partir da equação da hipérbole podemos determinar as coordenadas do
centro, h e k.
C( h, k ) = C(1, -2), a ² = 9, a = 3 e b ² = 4, b = 2.
c 3,61
e= = = 1,20
a 3
Representação geométrica
FIGURA 145 – EXEMPLO DA EQUAÇÃO DA HIPÉRBOLE DE CENTRO EM (H,K) E EIXO
REAL PARALELO AO EIXO X
FONTE: Os autores
189
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
( y − k )² ( x − h)²
− =1
a² b²
F1 (h, k+ c)
V1 (h, k+a)
(h, k) 0 V2 (h, k-a)
F2 (h, k - c)
x
FONTE: Os autores
C (h, K) = C(0, 5)
Temos a ² = 1, a = 1 e b ² = 3, b = 3 = 1,73.
Portanto, a medida do eixo real será 2.a = 2. 1 = 2, e do eixo imaginário 2.b
=2 3 =3,46.
Para determinar a excentricidade, precisamos encontrar o valor de c, e
vamos utilizar a relação fundamental: c ² = a ² + b ²:
c ² = 1² + ( 3 )²
c²=1+3=4
c=2
Assim, e = c/a, e = 2/1 = 2, como você pode observar na figura 25 a
excentricidade é a distância entre os vértices da hipérbole.
190
TÓPICO 3 | HIPÉRBOLE
Representação geométrica
FONTE: Os autores
191
RESUMO DO TÓPICO 3
Nesse tópico, você conheceu as equações da hipérbole de acordo com sua
representação no sistema cartesiano ortogonal.
192
AUTOATIVIDADE
a)
x2 y2
b) − =1
5 4
c)
x2 y2
d) − =1
9 9
2 Escreva a equação reduzida da hipérbole, dados:
a) os vértices (± 2; 0) e os focos (-3; 0);
b) as retas assíntotas y = -x e um ponto da hipérbole (5; 9):
193
FONTE DAS IMAGENS: Disponível em: <https://www.google.com.
br/#q=determine+o+centro%2c+as+medidas+do+eixo+real+e+do+eixo>. Acesso em: 7
mar. 2014.
194
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Para entender melhor a importância das cônicas para o ser humano, vamos
iniciar conhecendo um pouco da história da Geometria Analítica em relação
às cônicas, desde a sua descoberta, perpassando por todos matemáticos que
contribuíram para que hoje possamos ter essas definições e aplicações.
195
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
197
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
• circular apenas no caso em que o copo está apoiado em uma superfície horizontal;
• elíptica quando estiver apoiado em uma base inclinada;
• paraboloide, quando agitamos o copo com um movimento rotativo sobre si
próprio, a superfície do líquido nele inserido será a de um paraboloide.
198
TÓPICO 4 | APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA
199
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
UNI
200
TÓPICO 4 | APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA
LEITURA COMPLEMENTAR
201
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
202
TÓPICO 4 | APLICAÇÕES DA GEOMETRIA ANALÍTICA
• Rotação e precessão
203
UNIDADE 3 | O ESTUDO DAS CÔNICAS
205
RESUMO DO TÓPICO 4
Nesse tópico, você conheceu um pouco da história da Geometria relacionada
às cônicas e suas aplicações.
• Foi há matemática pura de Apolônio, que possibilitou cerca de 1.800 anos mais
tarde, a lei da gravitação de Newton matematizar as descobertas empíricas de
Kepler e, a partir do século dezessete, possibilitou o estudo analítico das cônicas
e das suas aplicações aos movimentos no espaço.
206
AUTOATIVIDADE
1 A Terra move-se à volta do Sol com uma órbita elíptica e o Sol ocupa um
dos focos. O comprimento do eixo maior é 14957000 Km e a excentricidade é
0,0167. Determine uma distância a que a Terra fica do Sol.
2 O teto de uma igreja tem 30 metros de largura e a forma de uma semielipse.
No centro da igreja a altura é de 16 metros e as paredes laterais têm de altura
10 metros. Determine a altura da igreja a 5 metros de uma das paredes
laterais.
207
FONTE: Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/
icm27/problemas.htm>. Acesso em: 20 maio 2013.
208
6 Os cabos de suspensão da ponte (na figura) estão presos a duas torres que
distam 480m e têm 60m de altura. Os cabos tocam a ponte no centro. Determine
a equação da parábola que tem a forma dos cabos.
209
FONTE: Disponível em: <http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm27/
problemas.htm>. Acesso em: 20 maio 2013.
210
REFERÊNCIAS
CONDE, Antônio. Geometria analítica. São Paulo: Atlas, 2004.
REIS, Genésio Lima dos. Geometria analítica. 2. ed. Rio de Janeiro: 2008.
211
ANOTAÇÕES
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____________________________________________________________
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212
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213
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214
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