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2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Fabio Darci Kowalski
657.046
K884 c Kovalski, Fabio Darci
Contabilidade avançada / Fabio Darci Kowalski.
Indaial : Uniasselvi, 2011.
227 p. il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-449-2
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1: CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO
DE EMPRESAS ............................................................................................................ 1
VII
TÓPICO 1: JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO ........................................................................... 73
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 73
2 CONCEITUALIZAÇÃO DOS JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO ..................................... 73
3 TRATAMENTO LEGAL ................................................................................................................... 76
3.1 IMPOSTO DE RENDA . ............................................................................................................... 77
3.2 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO . .................................................... 80
4 REGISTRO COMO DESPESA FINANCEIRA ............................................................................ 81
5 RESERVA DE REAVALIAÇÃO E AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL .................... 82
6 IMPOSTO DE RENDA NA FONTE ............................................................................................... 85
7 JUROS SOBRE JUROS ..................................................................................................................... 85
8 REFLEXOS NAS INVESTIDORAS ................................................................................................ 88
8.1 INVESTIDORES DIVERSOS E SUA FORMA DE TRIBUTAÇãO . ....................................... 91
8.2 CONVENIÊNCIA DA DISTRIBUIÇÃO DO PONTO DE VISTA DO ÔNUS
TRIBUTÁRIO . .................................................................................................................................... 92
9 CÁLCULO DOS JUROS PRO RATA ............................................................................................. 95
10 IMPUTAÇÃO DOS JUROS AOS DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS ................................... 98
RESUMO DO TÓPICO 1 .................................................................................................................... 100
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 101
VIII
5 EMPRESAS OBRIGADAS A ELABORAR AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
CONSOLIDADAS ............................................................................................................................ 149
6 DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS E EM SEPARADO (INDIVIDUAL)
CONFORME A RESOLUÇÃO 1.262/2009 DO CFC .................................................................... 151
7 PROCESSO DE ELABORAÇÃO .................................................................................................... 152
8 NOTAS EXPLICATIVAS .................................................................................................................. 157
9 EXEMPLOS DE CONSOLIDAÇÃO ............................................................................................... 157
RESUMO DO TÓPICO 1 .................................................................................................................... 171
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 172
IX
X
UNIDADE 1
CUSTO DE OPORTUNIDADE E
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE
EMPRESAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo está dividida em dois tópicos. Neles, você encontrará
a definição e interpretação do custo de oportunidade, bem como uma
abordagem acerca dos métodos contábeis de se avaliar uma empresa, além
de vários exemplos práticos e exercícios de fixação, que serão desenvolvidos
no decorrer dos estudos de cada tópico.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CUSTO DE OPORTUNIDADE
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico, identificaremos e interpretaremos o custo de
oportunidade.
3
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
UNI
4
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
NOTA
5
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Nos dias atuais, os recursos para investimento são cada vez mais escassos.
As empresas, os investidores etc. devem ter todas as ferramentas possíveis para
avaliar o desempenho do capital investido, eliminando, assim, as possibilidades
ou as alternativas que resultem em prejuízos. Por esta razão os gestores devem
não só conhecer o conceito do custo de oportunidade, como, também, utilizá-lo
no processo decisório.
6
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
NOTA
7
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
várias alternativas, como, por exemplo, uma aplicação segura, como no caso da
poupança que limita o rendimento à correção atual, ou uma aplicação na bolsa de
valores, na qual os rendimentos podem ser bem superiores à poupança, o que faz
o risco aumentar consideravelmente.
Martins (1998, p. 255) também faz uma reflexão sobre os riscos, pois diz
que “normalmente esse tipo de comparação tende a ser um pouco difícil, em
função, principalmente, do problema do risco”.
[...] considere uma empresa que possua um edifício, portanto que não
paga aluguel pelo espaço ocupado por seus escritórios. Será que isto
estaria significando que o custo do espaço ocupado pelos escritórios
é zero para a empresa? [...] um economista observaria que a empresa
poderia ter recebido aluguéis por tal espaço, caso o tivesse alugado a
uma outra companhia. Este aluguel não realizado corresponde ao custo
de oportunidade de utilização do espaço dos escritórios, devendo ser
inserido como parte dos custos econômicos das atividades da empresa.
8
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
9
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
10
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
4 TAXA DE OPORTUNIDADE
Para análise desta taxa devem-se levar em consideração as atividades de
uma forma abrangente, ou seja, todas as atividades são capazes de gerar resultados
econômicos e financeiros para a empresa. Neste sentido, é necessário definir quais
as taxas de oportunidade, que servirão de padrão de comparação com as operações
reais da empresa, podendo ser na remuneração dos recursos financeiros contidos no
ativo e no passivo da empresa, decorrente dos investimentos dos sócios e acionistas.
NOTA
Quando o gestor tem que tomar determinadas decisões com relação a finanças
em determinada área de atividade, ele deve considerar o custo de oportunidade e as
variações na captação ou aplicação de recursos da empresa, em relação a esse custo, que
poderá proporcionar receita ou despesa financeira da atividade de finanças, podendo ser
uma atuação interna da empresa.
5 PROCESSO DECISÓRIO
Com um mercado cada vez mais globalizado, faz-se necessário oferecer
produtos e serviços com diferenciais (benefícios), que possam atrair um maior
número de clientes possível. Cabe à empresa tomar decisões que influenciarão
em seu futuro econômico. Dessa forma, escolher a opção mais vantajosa é questão
de sucesso ou fracasso nas organizações.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
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TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
13
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
entre o custo incorrido e o custo que poderia incorrer caso tivesse sido
adotada a política correta. A contribuição desse autor consiste principalmente
na tentativa de recortar a abrangência das definições existentes sem afetar a
essência do conceito de custos de oportunidade.
NOTA
15
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
16
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
TUROS
ESTUDOS FU
O tópico Juros sobre Capital Próprio será apresentado na Unidade 2 deste Caderno
de Estudos.
17
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Assim, toda a atividade pode ser considerada distinta, desde que haja
controles necessários para seu gerenciamento.
De acordo com Pereira e Oliveira (apud CATELLI, 2001, p. 393), sob esse
enfoque, entende-se que a incorporação do conceito de preço de transferência ao
sistema de informações da empresa deve apoiar a gestão no sentido de:
18
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
NOTA
19
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
Outro caso é o estoque que permanece parado nas empresas, ou seja, este
investimento em materiais poderia ser utilizado de forma útil em outro lugar. De
acordo com Santos (1995),
21
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
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TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
23
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
termos que originam discussões acadêmicas, nem sempre férteis, e que desviam a
atenção que deveria ser absorvida por tentativas de se entender todos os aspectos
que envolvem o fenômeno, para permitir sua aplicação sistemática.
O termo EVA está registrado por Stern Stewart e Co., uma firma de
consultoria americana. A Stern Stewart e Co. desenvolveu o EVA para gestores
incorporarem dois princípios básicos de finanças dentro de suas tomadas de
decisões. O primeiro é que o objetivo financeiro primordial de qualquer empresa
deve ser maximizar a riqueza de seus acionistas. O segundo é que o valor da
companhia depende de extensão do que os investidores esperam como retorno
futuro: exceder o custo do capital. Assim, o EVA apura o valor que foi criado por
uma organização durante um determinado período para seus acionistas.
24
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
NOTA
Segundo G. Bennett Stewart III, citado por Denardin (2004, p. 7), “[...] o
EVA é a única medida de performance que está totalmente consistente com a regra
padrão de orçamento de capital: aceitar todos os investimentos cujos valores
presentes líquidos são positivos e rejeitar todos os negativos”.
25
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
16 EXEMPLOS DIVERSOS
Abordaremos, a seguir, diversos exemplos relacionados a este tópico para
melhor interpretar este assunto.
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TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
a) criação de valor
Ainda tendo como referência o caso base, imaginemos que $ 333 de excesso
de capital de giro pudesse ser retirado do negócio sem afetar o lucro operacional
líquido, assim, teríamos:
27
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
EVA = LL – C* X capital, ou
EVA = $ 50 – 15% X $ 1.000 = $ (100).
Suponha que uma unidade fabril ineficiente possa ser vendida e sua produção
parcialmente transferida para outra unidade da mesma empresa. Assuma, também,
que a venda da unidade fabril permitirá uma retirada de $ 500 líquidos de capital do
negócio, e que seu fechamento significará uma diminuição permanente de $ 25 no
lucro operacional líquido. O quadro demonstrativo dessa decisão seria:
C* 15% 15%
FONTE: O autor
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TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
Opções:
Opção (A)
Investimento em fundos R$ 100.000,00
Rendimento (6%) R$ 6.000,00
Total no final do período R$ 106.000,00
Opção (B):
Receitas: _______________________________R$ 150.000,00
CPV
Matéria-prima: R$ 70.000,00
Mão de obra: R$ 30.000,00
Depreciação: R$ 20.000,00
Outros custos: R$ 20.000,00 R$ 140.000,00
Lucro: R$ 10.000,00
Após a análise das opções, percebe-se que a opção (B) é mais vantajosa,
pois daria um resultado no final do período de R$ 10.000,00 enquanto que a opção
(A) teria, no final do mesmo período, um resultado de apenas R$ 6.000,00.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
E
IMPORTANT
30
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
Saldo Juros
330.000.00
31/jan 302.500.00 1.980.00
29/fev 275.000.00 1.815.00
31/mar 247.500.00 1.650.00
30/abr 220.000.00 1.485.00
31/mai 192.500.00 1.320.00
30/jun 165.000.00 1.155.00
31/jul 137.500.00 990.00
31/ago 110.000.00 825.00
30/set 82.500.00 660.00
31/out 55.000.00 495.00
30/Nov 27.500.00 330.00
31/dez 0.00 165.00
Total 12.870.00
FONTE: O autor
Na junção das duas opções, o ganho real poderia ser assim evidenciado:
Opção A = $ 33.000,00
Opção B = $ 12.870,00
31
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Por sua vez, com base no custo de oportunidade sob o enfoque econômico,
o resultado positivo gerado pela alternativa B foi de apenas $ 4.000, ou seja,
sob o enfoque econômico o resultado obtido na melhor opção de investimento
considera o custo de oportunidade no resultado.
TUROS
ESTUDOS FU
32
TÓPICO 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE
33
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos diversas abordagens relacionadas aos custos de
oportunidade. Pelo fato de a globalização estar cada dia mais presente no meio
gerencial, este tema merece ser refletido ainda mais, seja pelo fator econômico ou não.
34
AUTOATIVIDADE
35
4 Qual seria a finalidade do custo de oportunidade para os gestores?
36
Situação original Valores residuais
Capital
Retorno
C*
Retorno – C*
X capital
EVA
37
13 Uma empresa necessita aproximadamente 50.000 quilos de material em sua
produção anual. Essa empresa possui disponibilidade suficiente para pagar
a quantidade de materiais diretos que adquirir de uma só vez, porém há
duas possibilidades:
38
14 De acordo com a questão anterior (13), se não houvesse o custo de estocagem,
qual seria a melhor alternativa e respectivo custo de oportunidade?
Evidencie os resultados sob o enfoque econômico.
39
40
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, analisaremos algumas considerações acerca da perspectiva de
negociação do empreendimento para grupos interessados, ou de compra de acervos por
parte de nossa empresa. Que tipo de consideração deve ser realizado em tais circunstâncias
e quais informações fornecidas pela contabilidade são relevantes nesse processo, além de
todos os ajustes e meios necessários para esse fim.
2 AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Sempre quando se comenta avaliação de empresas, seja num todo, ou em
apenas numa fração, a contabilidade ou propriamente o contador, sente que o
grau de subjetividade pode acarretar barreiras na conclusão dos trabalhos. São
vários os fatores que precisam ser levados em consideração nesse cálculo, porém,
a contabilidade pode fornecer subsídios para que estes cálculos cheguem o mais
próximo da realidade.
41
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
Em resumo, por exemplo, pode-se dizer que cada comprador tem ou poderá ter
uma percepção diferente do negócio, sendo que, então, para um o valor de tal empresa poderá
ser 100, para outro poderá ser 90, dependendo da visão do negócio da cada interessado.
Pode-se dizer que o valor inicial de cada empresa tem como base o
patrimônio líquido. De acordo com Padoveze (2004, p. 567), “[...] a criação de valor
para o acionista é refletida no valor da empresa, número este que a contabilidade
financeira apresenta no balanço patrimonial sob a figura do patrimônio líquido.
Igualmente, a geração básica de valor se dá por meio do lucro obtido na venda de
produtos e serviços”.
42
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
É nesse método que teremos os valores de partida e, sem eles, de nada adiantaria
aplicar qualquer outro método de avaliação.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Ativo
Circulante 190.00
Caixa 100.00
Estoques 40.00
Despesas antecipadas 50.00
Não circulante 20.00
Realizável a LP 20.00
Investimentos 1.000.00
Imobilizado 2.000.00
(-) Depreciação acumulada (330.00)
Intangível diferido 200.00
(-) Amortização acumulada (80.00)
Total do Ativo 3.000.00
Passivo
Circulante 160.00
Fornecedores 100.00
Tributos a pagar 60.00
Não Circulante 120.00
Financiamentos 120.00
Patrimônio Líquido 2.720.00
Capital 1.720.00
Reservas de capital 200.00
Reservas de reavaliação 300.00
Reservas de lucros 100.00
Lucros a destinar 400.00
Total do Passivo 3.000.00
Neste caso, poderíamos concluir que o valor da Cia. Joy avaliado pelo
valor contábil seria:
44
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
NOTA
Lembrando que esse método é apenas uma base. Dificilmente essa empresa
seria vendida pelo valor de $ 2.550,00, sem levar em consideração outros fatores que ainda
serão vistos no decorrer deste tópico.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Ativo
Circulante 190.00
Caixa 100.00
Estoques 40.00
Despesas antecipadas 50.00
Não Circulante 20.00
Realizável a LP 20.00
Investimentos 1.000.00
Imobilizado 2.000.00
(-) Depreciação acumulada (330.00)
Intangível diferido 200.00
(-) Amortização acumulada (80.00)
Total do Ativo 3.000.00
Passivo
Circulante 160.00
Fornecedores 100.00
Tributos a pagar 60.00
Não circulante 120.00
Financiamentos 120.00
Patrimônio líquido 2.720.00
Capital 1.720.00
Reservas de capital 200.00
Reservas de reavaliação 300.00
Reservas de lucros 100.00
Lucros a destinar 400.00
Total do Passivo 3.000.00
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TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
Note que o imobilizado é avaliado pelo seu valor líquido no Balanço Patrimonial.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
• Horizonte do empreendimento.
• Lucro projetado ou fluxo de caixa projetado.
• Investimento inicial do período em que se gerar lucro, ou de cada período em
que se gerar lucro.
• Taxa de desconto adequada.
VE = L1 – C1 + L2 – C2 + ... + Ln – Cn + Vr
1+i (1 + i)2 (1 + i)n
Onde,
VE = Valor da empresa.
L1, L2... Ln são os lucros esperados.
C1, C2... Cn são os custos de oportunidade de ganhar tais lucros. Estes
custos podem ser expressos como o montante de receita que foi desprezada por
termos investido o patrimônio líquido, no início de cada período, na empresa.
i = taxa de desconto adequada.
Vr = valor de realização dos elementos tangíveis e identificáveis do
Patrimônio no momento zero.
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TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Solução:
NOTA
f CLX
1,10 ENTER
2 yx
f CLX
1,10 ENTER
3 yx , e assim por diante até terminar o cálculo.
Esta pode ser considerada uma das formas mais completas de expressar o
valor teórico da empresa.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
É certo que uma taxa deve ser utilizada nesse cálculo, mas qual seria essa
taxa? De acordo com Iudícibus (1998, p. 290), “o problema consiste em definir o
que vem a ser esta taxa i, e como pode ser mensurada. Frequentemente, esta taxa
é denominada "custo do capital".
• Empréstimos
• Ações preferenciais
• Ações ordinárias
• Lucros a destinar
NOTA
De acordo com Iudícibus (1998, p. 290), “[...] o raciocínio envolvido sob o custo
médio ponderado do capital é relativamente complexo, e alguns autores não concordam
com esta abordagem”.
50
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
Resolução:
Lucro $ 15.000
Impostos $ 3.600
Lucro final $ 11.400
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
A taxa de juros dos empréstimos passaria de 25% para apenas 19%, uma
vez que a empresa pagou agora, sem o custo dos empréstimos $ 1.200 a mais
de impostos. Esses $ 1.200 em relação aos $ 20.000 de empréstimos de terceiros
correspondem a 6%. Ou seja, o custo de um empréstimo de $ 20.000 a uma taxa
de 25% de juros ($ 5.000), na verdade, custaria apenas 19%, pois ela encareceria
em juros de $ 5.000, mas em contrapartida pagaria $ 1.200 a menos de impostos.
Vale frisar que esse cálculo vale apenas para as empresas optantes do lucro
real. E se ainda a empresa estiver obrigada a pagar o adicional de 10% de imposto
de renda, a economia poderá ser ainda maior, ou seja, poderá chegar a até a 34%.
Supondo que a taxa requerida de retorno nas ações ordinárias seja de 14%,
após os impostos, e que o custo do endividamento (empréstimos) seja de 11%,
após o imposto. Devemos supor, ainda, que todos os fundos fossem provindos:
50% de empréstimos e 50% de investimentos dos acionistas. A taxa mínima
desejada de retorno num projeto seria:
52
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Portanto, uma vez que o projeto custe $ 100.000 e que 50% dos recursos
provém de ações ordinárias e outros 50% de empréstimos, o custo de cada uma
das fontes será de $ 7.000 e $ 5.500 respectivamente.
NOTA
MP = D1, onde:
r-i
Onde:
53
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Transformando, fica:
r = D1 + i
MP
Em nosso exemplo:
Esse crescimento anual torna-se muito subjetivo, uma vez que depende
de diversos fatores que irão influenciar o resultado do investimento. Daí a
importância de sempre aplicar o conceito de custo de oportunidade.
54
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
NOTA
A atualização desses custos deve ser feita a cada novo projeto, pois a variação
defenderá das taxas cobradas pelo mercado bem como do custo de oportunidade dos
acionistas.
NOTA
Como afirma Van Horne, citado por Iudícibus (1998, p. 293), “[...] esta média
ponderada do custo do capital, se for calculada de forma cuidadosa, pode levar a excelentes
decisões no que se refere a orçamentos de capital”.
55
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Iudícibus (1998, p. 293) comenta que “[...] desde que não haja suficiente
evidência de que o horizonte de um empreendimento seja limitado no tempo,
deveremos pressupor que, na verdade, seja ilimitado. Nesse caso, o lucro a ser
projetado se transforma numa anuidade constante, e será dividido pela taxa de
desconto”.
56
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Para Iudícibus (1998, p. 294), “[...] este cálculo vai depender da hipótese
de reinvestimento adotada. Aliás, o próprio lucro deveria, a rigor, ser um lucro
após o imposto de renda. Uma forma de prever ou calcular o patrimônio líquido
inicial a ser investido é pressupor que o mesmo patrimônio que gerou o lucro
gera o custo de oportunidade”.
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UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
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TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
59
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
Por outro lado, na análise das contas constantes do balanço, chegou à conclu
são (segundo parecer de seus auditores) de que, dos $ 1.783, $ 90 eram de difícil
recebimento e $ 100 de equipamentos, embora em condições de produção, estavam
obsoletos. Após discussões, o comprador aceitou que se descontassem $ 100 dos $ 190
possíveis, com o que concordou o vendedor. Por outro lado, achou o valor do lucro
de $ 450 muito alto para ser projetado. Pediu que fosse projetado o último:
60
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
f CLX
272 g CFj
10 g Nj
10 i
f NPV
f CLX
300 g CFj
320 g CFj
330 g CFj
340 g CFj
345 g CFj
8 i
f NPV
61
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
[...]
A avaliação patrimonial das empresas tem provocado enormes discussões
acadêmicas e profissionais ao longo do tempo (séculos), confusões conceituais,
críticas quanto à relevância e à utilidade da Contabilidade, conferências, artigos
etc. (Ganhavam muito com isso os produtores de papel; agora dividem os
ganhos com os provedores e demais integrantes da cadeia da internet. Ah! Ia me
esquecendo: ganham os mestrandos e doutorandos que continuam podendo fazer
teses sobre esse assunto e os professores que temos oportunidade de pesquisar e
também escrever a respeito da matéria.)
Parece que, como fruto dessa falta de visão conjunta e abrangente, nasceu
a ideia de que os modelos são conflitantes, mutuamente excludentes; de que a
avaliação contábil nada tem a ver com a avaliação patrimonial, e avaliar uma
empresa é, primeiramente, desprezar a avaliação contábil; lucro é uma coisa,
caixa é outra e outras bobagens.
62
TÓPICO 2 | MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
63
UNIDADE 1 | CUSTO DE OPORTUNIDADE E MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE EMPRESAS
qual o seu percentual para cada uma das empresas (cada uma tem um risco)
e, se aplicado gerencialmente de forma analítica, de cada um dos diferentes
percentuais aplicáveis a cada negócio (se diferentes negócios praticados pela
mesma empresa), a cada linha de produção, a cada produto, a cada divisão etc.,
já que cada um também tem um risco diferente.
64
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste Tópico, analisamos alguns métodos para se avaliar uma empresa
numa possível negociação. Vimos o Método Contábil, Método do Patrimônio
Líquido Corrente e Método de Capitalização de Lucros. O Método de Capitalização
de Lucros é o único aconselhável, já os demais servem apenas de base. Conhecemos
as principais informações que devem ser levadas em consideração quando se
deseja analisar o valor de uma empresa. Vimos que é imprescindível calcular, da
melhor maneira possível, um lucro projetável; comparar o valor atual dos lucros
futuros com retornos de investimentos alternativos; e estimar o provável valor de
realização dos ativos identificáveis menos o passivo no momento zero.
65
AUTOATIVIDADE
1 Supondo que a taxa requerida de retorno nas ações ordinárias seja de 12%,
após os impostos, e que o custo do endividamento (empréstimos) seja de
18%, após o imposto. Devemos supor, ainda, que todos os fundos fossem
provindos: 70% de empréstimos e 30% de investimentos dos acionistas.
Qual seria a taxa mínima de retorno desejada?
5 Imagine que o dividendo esperado por ação seja de $ 31,50, o valor corrente
de mercado da ação de $ 350,00 e que se espera uma taxa de crescimento de
2% ao ano, no que se refere aos dividendos. Qual seria a taxa requerida de
retorno nas ações ordinárias?
66
Ativo 331.460.00 Passivo 331.460.00
Ativo circulante 106.960.00 Passivo circulante 36.640.00
Caixa 5.240.00 Fornecedores 14.000.00
Bancos 17.230.00 Tributos a pagar 5.300.00
Duplicatas a receber 50.600.00 Salários a pagar 9.000.00
Aplicações financeiras 12.890.00 Seguros a pagar 2.340.00
Estoque 15.000.00 Financiamentos 6.000.00
Despesas pagas 6.000.00 Passivo não 3.000.00
antecipadamente circulante
Ativo não circulante 224.500,00 Exigível a Longo 3.000.00
Prazo
Realizável a longo prazo 1.200.00 Financiamentos 3.000.00
Tributos a compensar 1.200.00 Patrimônio líquido 291.820.00
Imobilizado 221.000.00 Capital social 178.800.00
Máquinas e equipamentos 58.000.00 Capital subscrito 180.000.00
(-) Depreciação acumulada (13.000.00) (-) Capital a (1.200.00)
Integralizar
Computadores 10.000.00 Reserva de 40.000.00
reavaliação
(-) Depreciação acumulada (6.000.00) Reserva de 40.000.00
reavaliação
Terrenos 100.000.00 Reserva de lucros 12.640.00
Edificações 80.000.00 Fundo de reserva 12.640.00
(-) Depreciação acumulada (8.000.00) Reservas de Capital 10.000.00
Intangível 2.300,00 Reservas de Capital 10.000.00
Gastos pré-operacionais 3.500.00 Sobras a destinar 50.380.00
(-) Amortização acumulada (1.200.00) Sobras a destinar 50.380.00
67
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Lucros esperados 23.000 25.500 26.700 30.000 33.000
Custo de oportunidade 11.800 13.400 14.800 16.300 17.100
Taxa de desconto 12% 12% 12% 12% 12%
Valor do patrimônio 188.000
atual
VE = L1 – C1 + L2 – C2 + ... + Ln – Cn + Vr
1+i (1 + i)2 (1 + i)n
Receitas Despesas
Anos Operacionais Operacionais
1 456.000 310.000
2 590.000 380.000
3 550.000 330.000
4 480.000 310.000
5 635.000 460.000
6 640.000 500.000
7 600.000 510.000
8 655.000 460.000
9 710.000 480.000
0 790.000 520.000
68
sobre o PL. A taxa de 10% foi escolhida tendo-se em vista, aproximadamente,
uma oportunidade de investimento com risco quase nulo, e levando-se em
conta também a regularidade do histórico de lucros.
69
70
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudo divide-se em dois tópicos. Neles, você encontrará as
regras para cálculo e pagamento dos juros sobre capital próprio e sua pos-
sibilidade de dedutibilidade ou não para fins de imposto de renda e con-
tribuição social e a análise de investimentos em sociedades controladoras,
controladas e coligadas.
71
72
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico, analisaremos o conceito de cálculo e contabilização
dos juros sobre o capital próprio. Veremos sua importância para fins tributários e
a necessidade de se analisar seu pagamento ou não, tanto por parte da investida,
que é responsável pelo seu pagamento quanto por parte do investidor o qual terá
direito do crédito.
Uma pesquisa realizada entre anos de 1996 e 2005 por Ariovaldo dos Santos,
com aproximadamente 3.000 empresas, demonstrou o seguinte, a respeito da
utilização dos juros sobre capital próprio, portanto, conforme Santos (2011, p. 43):
73
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
74
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
UNI
NOTA
75
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
3 TRATAMENTO LEGAL
De acordo com Ribeiro (2005, p. 143), “ [...] tratam do assunto mais de duas
dezenas de dispositivos da legislação tributária, entre leis, decretos, Instruções
Normativas, Atos Declaratórios e outros, inclusive deliberação da CVM”. Vejam
alguns deles:
76
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
De acordo com Ribeiro (2005), a lei não obriga que as empresas provisionem
e paguem aos seus titulares os juros sobre o capital próprio, entretanto, permite
que a soma dos valores pagos a esse título seja deduzida da base de cálculo da
provisão para contribuição social e da base de cálculo da provisão para o Imposto
de Renda, desde que o respectivo valor seja calculado de acordo com a TJLP e que
existam no momento do crédito lucros ou reservas de lucros em montante igual
ou superior ao valor de duas vezes os juros a serem pagos ou creditados.
Art. 347 A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos de apuração do lucro
real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular, sócios ou
acionistas, a título de remuneração do capital próprio, calculados sobre as
contas do patrimônio líquido e limitados à variação, pro rata dia, da Taxa de
Juros de Longo Prazo – TJLP. (Lei nº 9.249, de 1995, art. 9º).
77
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
Assim, os juros sobre capital próprio podem ser pagos no período mesmo
que nesse a empresa não apresente lucros. Porém, faz-se necessário então que
essa empresa tenha lucros que venham de períodos anteriores. O valor desses
lucros deve ser em montante superior a duas vezes o valor dos juros sobre
capital próprio a ser creditado, por exemplo. Se a empresa quiser pagar $ 100 de
juros sobre capital próprio terá que ter em lucros de períodos anteriores o valor
equivalente a $ 200.
NOTA
Reserva legal
Reservas estatutárias
Reserva para contingência
Reserva de lucros a realizar.
Por sua vez, nas reservas estatutárias, a Lei 6.404/76 prevê o seguinte:
Art. 194 O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:
Art. 195. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração,
destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de
compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda
julgada provável, cujo valor possa ser estimado.
79
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
Conforme a Lei 6.404/76, art. 199, o saldo das reservas de lucros, exceto as
para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o
capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na
integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.
NOTA
A empresa poderá creditar aos seus titulares os juros sobre capital próprio, em
montante igual ao obtido pela aplicação da TJLP, porém, na etapa seguinte, terá que analisar
os limites de lucro do período ou lucros de períodos anteriores, para ver se permitem seu
pagamento. A diferença que superar o maior desses dois limites não será dedutível para o
cálculo das Provisões para CSLL e para o IRPJ, devendo ser adicionado na base de cálculo
desses tributos na apuração do lucro real.
80
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
81
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
Note que os juros sobre capital próprio são reconhecidos como despesa
financeira para fins de dedução do IRPJ e da CSLL e logo após são revertidos.
Essa reversão faz com que os juros sobre capital próprio recaiam na conta Lucros
a Destinar.
82
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
De acordo com Perez e Oliveira (2010) o texto definido pelo art. 182 da Lei
11.638/2007 é sucinto e não define exatamente o que pode ou deve ser ajustado a
valor justo, entretanto, essa correção busca expressar a realizada patrimonial de
uma empresa.
ATENCAO
Para conhecer mais sobre o que pode ser ajustado contabilmente e de que
forma proceder leia os seguintes pronunciamento contábeis disponíveis no sítio do Conselho
Federal de Contabilidade – CFC: <http://www.cfc.org.br>: CPC 02, 10, 13, 14 3 15.
83
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
Portanto, a base de cálculo dos juros sobre capital próprio que deverá ser
multiplicada pela TJLP é a seguinte:
Caso a TJLP fosse de 6% o valor dos juros sobre capital próprio seria esse:
$ 4.300.000 x 6% = 258.000
Porém, para que se possam creditar os $ 258.000 como juros sobre capital
próprio e que consequentemente sejam dedutíveis para IRPJ e CSLL seria
necessário que a empresa tivesse um lucro no período de pelo menos $ 516.000
84
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
(o dobro do valor dos juros que se pretende creditar) ou numa segunda hipótese
que se tivesse $ 516.000 em reserva de lucros (também dobro do valor dos juros
que se pretende creditar).
NOTA
Mais exemplos sobre o cálculo de juros sobre capital próprio serão vistos a
seguir, ainda nesta unidade. Por enquanto é importante que você entenda que as reservas
de reavaliação e de ajuste de avaliação patrimonial não fazem parte da base de cálculo dos
juros sobre capital próprio.
NOTA
O valor dos juros pagos ou creditados pela pessoa jurídica, a título de remuneração
do capital próprio, poderá ser imputado ao valor dos dividendos, sem prejuízo do pagamento
do imposto de renda na fonte.
85
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
2 – TJLP em 2001:
10% ao ano
a) Hipótese de lucro no período. Para que sejam pagos $ 380.000,00 é preciso que
se tenha de lucro no período o dobro desse valor, ou seja, $ 760.000,00.
86
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
Porém, pelo fato de o resultado da TJLP sobre a base de cálculo dos juros
sobre capital próprio ficar em $ 380.000,00, será desconsiderado o valor máximo
de $ 400.000,00 da hipótese “a” e pagos apenas os $ 380.000,00.
Incidirá 20% de IRRF porque os juros sobre juros estariam sendo pagos
8 meses depois do registro do crédito do principal. Caso fosse antes de 6 meses
incidiria 22,5% de IRRF conforme evidenciado anteriormente.
87
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
88
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
em decorrência do montante dos juros pagos pela Cia. ANDRADE, 60% foram
creditados à sua controladora (60% x R$ 380.000,00 = R$ 228.000,00);
do imposto retido pela Cia. ANDRADE (R$ 57.000,00), 60% corresponde aos
juros creditados à Cia. ZULIPA, ou seja, 60% x R$ 57.000,00 = RS 34.200,00;
a Cia. ZULIPA , por sua vez, efetua crédito de juros sobre o capital próprio a
seus sócios e acionistas no valor de R$ 800.000,00 e o imposto de renda na fonte
correspondente é de R$ 120.000,00 (15% x R$ 800.000,00). Ela poderá compensar
os R$ 34.200,00 retidos pela Cia. ANDRADE com os R$ 120.000,00 devidos pelo
crédito dos juros sobre seu capital próprio e recolher à Receita Federal do Brasil
apenas a diferença;
em agosto de 2002 a Cia. ZULIPA recebe os juros que lhe eram devidos pela
Cia. ANDRADE, R$ 193.800,00, acrescidos dos juros sobre juros de 2% (R$
193.800,00 x 2% = R$ 3.876,00) e deduzido o imposto de renda na fonte incidente
sobre esses últimos (R$ 3.876,00 x R$ 20% = R$ 775,20).
1 – pelo crédito dos juros pagos recebidos da Cia. ANDRADE: (60% x R$ 380.000,00
= R$ 228.000,00).
3 – crédito aos acionistas dos juros incidentes sobre o capital próprio da Cia.
ZULIPA: (pagamento ou crédito de juros sobre capital próprio no valor de R$
800.000,00).
89
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
Caso a Cia. ZULIPA não tivesse pago os juros sobre seu capital próprio, o IRRF a
compensar de R$ 34.200,00 poderia ser compensado com o imposto devido com base no
lucro real do período, ou seja seu o IRPJ.
90
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
91
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
Nesse caso pessoa física não poderia compensar os 15.000,00 de IRRF com seu
IRPF, pois seriam reconhecidos como despesa. Porém, os 100.000,00 não entrariam
na base de cálculo em sua Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF.
Nesse caso, pessoa jurídica imune receberia 100% dos juros sobre capital
próprio, sem o desconto dos 15% do IRRF. Inclusive, os 100.000,00 não entrariam
na base de seus impostos.
a empresa que resolvesse pagar juros sobre capital próprio teria que recolher
15% de IRRF, porém, diminuiria sua base tributária, gerando um ganho de 24%
ou até 34% se recair no adicional de IRPJ. Em resumo, poderia ter um ganho
líquido de 9% a 19%, desde que apurasse lucro. Se não tiver lucro não seria
vantagem pagar juros sobre capital próprio.
a empresa que não resolvesse pagar juros sobre capital próprio não recolheria
os 15% de IRRF, porém, sua base tributária ficaria normal, sem a redução da
despesa financeira de juros sobre capital próprio, Em resumo, poderia deixar
de pagar de 9% a 19%, desde que apurasse lucro.
92
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
NOTA
Se por acaso a empresa que decidiu pagar os juros sobre capital próprio
recaísse no adicional de 10% de IRPJ a economia poderia ser de até 19%.
93
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
94
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
Entretanto, a Cia. Alpha teria que inserir em sua base de cálculo de PIS e
COFINS os 18.000,00 de juros recebidos, o que de fato, tributariamente tornaria o
pagamento dos juros sobre capital próprio inviável nessa situação.
Portanto, toda a vez que pretenda pagar os juros sobre capital próprio é
obrigatório que se proceda às seguintes indagações:
Depois de estar ciente de todos esses fatos será muito mais simples decidir
se a empresa deve ou não pagar juros sobre capital próprio naquele período.
95
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
Note que, por exemplo, no mês de janeiro, a TJLP era de 17,72% a.a. Para
se chegar a TJLP foram feitos os seguintes cálculos:
F CLX
1 ENTER
12 ÷
STO 0
1,1772 ENTER
RCL O
yx
96
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
No mês de março foi preciso encontrar a TJLP para dez trinta avos, uma
vez que o capital ficou aplicado por 10 dias naquele mês. Portanto, para se chegar
aquele resultado, deve-se proceder da mesma forma que é transformada a TJLP
anual para mensal. Sendo assim, no cálculo em questão, a TJLP será transformada
de mensal para diária.
97
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
Note que neste método o cálculo é bem mais simples. Para transformar
a TJLP anual em mensal basta apenas dividi-la por 12. Da mesma forma, a TJLP
diária, onde basta apenas dividir a TJLP mensal por 30.
NOTA
Observe que o cálculo pela convenção linear tem como resultado um valor
de juros maior que o da convenção exponencial. Os cálculos foram feitos usando-se o ano
comercial (360 dias), mas não há impedimento de se usar o ano civil (365 dias) e o número
de dias exatos de cada mês transcorrido (por exemplo, 28 dias no mês de fevereiro).
98
TÓPICO 1 | JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO
NOTA
Mesmo que sejam imputados aos dividendos obrigatórios os juros sobre capital
próprio, deverão ser registrados como despesas financeiras.
99
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos a conceitualização, o cálculo, a contabilização e todos
os procedimentos legais que devem ser levados em consideração nesse tema
denominado Juros sobre Capital Próprio.
100
AUTOATIVIDADE
101
Obs.: Lucro no ano de 2006 antes dos impostos: 150.000,00. A Taxa de
Juros de Longo Prazo (TJLP) de 2006 é de 10% (valor hipotético).
3 O valor dos juros sobre o próprio capital que poderá ser deduzido na apuração
do Lucro Real pela Cia. PVSN, em 31/12/2006, e o valor do Imposto de Renda
na Fonte sobre ele incidente, são respectivamente (em R$):
a) ( ) 4.000.000,00 e 400.000,00
b) ( ) 600.000,00 e 60.000,00
c) ( ) 400.000,00 e 60.000,00
d) ( ) 60.000,00 e 400.000,00
102
6 A Companhia Fabril de Juta decidiu, em 31/12/X1, creditar Juros sobre o
Capital Próprio aos seus acionistas, considerando:
Pede-se:
103
8 Considerando as mesmas informações da Companhia Fabril de Juta (exercício
6), porém com as seguintes modificações:
Jan/Fev/Mar = 12,25
Abr/Mai/jun = 13,89
104
f) Considerar que a Livraria Saturno tem dois acionistas: Papel Bom Ltda. e
Master Papel S/A, com 30% e 70% respectivamente do capital, e optantes do
lucro real.
g) Considerar que a Master Papel S/A tenha recebido os juros, por uma questão
de negociação entre essa e a Saturno S/A, somente 8 meses depois da
provisão, ou seja, em agosto de 2006 é que foi realizado o pagamento. Sobre
esse valor foi creditado a título de juros sobre juros 10% e a alíquota do IRRF
sobre esse foi de 20%.
Pede-se:
105
106
UNIDADE 2 TÓPICO 2
AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E
COLIGADAS
1 INTRODUÇÃO
Neste segundo tópico, analisaremos a avaliação de investimentos
simples, que são avaliados contabilmente pelo método de custo. Analisaremos
também os investimentos permanentes, avaliados contabilmente pelo método de
equivalência patrimonial.
2 MÉTODO DE CUSTO
De modo geral, são avaliados pelo custo os investimentos, sob a forma
de ações ou quotas, efetuados em empresas não consideradas coligadas ou con
troladas, bem como os investimentos que não tenham influência significativa.
TUROS
ESTUDOS FU
107
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
ATIVO CIRCULANTE
DISPONIBILIDADES
Aplicações de Liquidez Imediata
INVESTIMENTOS TEMPORÁRIOS A CURTO PRAZO
Aplicações Temporárias em Ouro
Ações ou Quotas de Outras Empresas
Outros Títulos e Valores Mobiliários
(-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
INVESTIMENTOS
AVALIADOS PELO CUSTO DE AQUISIÇÃO
Participações em Outras Empresas
Participações em Fundos de Investimentos com Incentivos Fiscais
(-) Provisão para Perdas Permanentes
OUTROS INVESTIMENTOS
Aplicações Permanentes em Ouro
(-) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
Imóveis de Renda
(-) Depreciação Acumulada
Obras de Arte
108
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
NOTA
Portanto, uma vez que não haja uma participação de 20% ou mais na investida
e que não haja influência significativa, o investimento será avaliado pelo método de custo.
109
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
Mesmo que não haja participação em percentual na investida, desde que haja
evidências de influência significativa, o investimento já não será avaliado pelo método de
custo, mas, sim, pelo método de equivalência patrimonial.
110
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
NOTA
111
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
Nesse caso, uma vez que o reconhecimento do ganho se deu antes de seis
meses, a empresa Sulform S/A passará a ter registrado em sua contabilidade um
investimento na empresa Magma S/A de apenas $ 900.
112
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
Patrimônio Líquido
Capital 600.000
Reserva de lucros 300.000
Total 900.000
Contabilização:
D - Investimentos na Coligada B 120.000
C - Receitas de Participações Societárias 120.000
113
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
114
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
D – Caixa/Bancos 40.000
C – Investimentos na Coligada B 40.000
D – Caixa/Bancos 40.000
C – Dividendos a Receber 40.000
115
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
Toda a vez que se paga ao investidor o resultado obtido pelo investimento, tal
investimento se descapitaliza. Note nos exemplos que o reconhecimento de dividendos a
receber ou seu pagamento reduzem o valor do investimento.
116
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
[...]
117
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
NOTA
118
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
3.3.1 Coligadas
São coligadas as sociedades quando uma participa, com 20% ou mais, do
capital votante da outra, sem controlá-la ou quando haja influência significativa.
119
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
UNI
3.3.3 Controladas
De acordo com o CPC 18, considera-se controlada a entidade, incluindo
aquela não constituída sob a forma de sociedade tal como uma parceria, na
qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores.
120
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
reavaliações;
ajustes de avaliação patrimonial.
ATIVO
ATIVO NÃO CIRCULANTE
INVESTIMENTOS
AVALIADOS PELO MEP
Investimento em empresa X
Ágio por reavaliação em empresa X
Ágio por ajuste de avaliação patrimonial em empresa X
(-) Deságio por ajuste de avaliação patrimonial em empresa X
O valor pago pode ser considerado o custo de aquisição e, por sua vez,
a equivalência patrimonial, como já visto nesta unidade, pode ser considerada
como sendo o percentual de participação da investida na investidora sobre o
patrimônio líquido da própria investida.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 200.000
Reservas de lucros 20.000
Total 220.000
122
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
NOTA
Pois bem, uma vez que a investidora Alfa adquiriu 60% das ações
representativas da empresa Beta, serão necessários os seguintes lançamentos
para o registro contábil na investidora Alfa:
123
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
as contas que registram o deságio são de natureza credora, ou seja, são contas
retificadoras do ativo;
Nos demais casos, que não sejam constituição de empresas, mas, sim,
aquisições de coligadas e/ou controladas, será necessário calcular a equivalência
patrimonial para o possível registro do ágio ou deságio.
b) Diferença entre o valor pago e o valor de mercado dos ativos da investida. Esse
fundamento refere-se à expectativa de ganhos futuros sobre a investida, ou
seja, os possíveis lucros projetados.
124
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
NOTA
125
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
126
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
§1º Para os efeitos do inciso II deste artigo, serão considerados lucros não
realizados aqueles decorrentes de negócios com a investidora ou com outras
coligadas e controladas, quando:
TUROS
ESTUDOS FU
127
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
$
Vendas no exercício 3.000
(-) Custo das vendas, incluindo os tributos (1.700)
Lucro - Margem de 43,3% das vendas 1.300
128
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
1994 foi um ano em que mais um plano econômico foi colocado em prática.
Tratava-se do Plano Real que, ao contrário dos outros planos implantados a partir
dos anos oitenta, não vinha com congelamentos de preços, tablitas, confiscos de
contas correntes e poupanças, controle de preços etc. Sua implantação foi realizada
em duas fases distintas. A primeira delas ocorreu com a criação da Unidade Real
de Valor – URV a partir de março. Nessa fase, todos os valores da economia e
dos contratos que estavam em vigor naquele instante foram transformados nesse
novo índice da economia. Convém lembrar que a URV não era uma nova moeda,
mas, sim, uma espécie de índice que foi utilizado como conversor da moeda.
129
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
130
TÓPICO 2 | AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS E SOCIEDADES CONTROLADORAS, CONTROLADAS E COLIGADAS
I – [...]
131
UNIDADE2|JUROSSOBRECAPITALPRÓPRIOEAVALIAÇÃODEINVESTIMENTOSESOCIEDADESCONTROLADORAS,CONTROLADASECOLIGADAS
A figura dos juros sobre o Capital Próprio veio para tentar reduzir uma
iniquidade fiscal muito séria criada com a extinção da correção monetária dos
balanços. Não se trata de uma benesse ou de uma liberalidade gratuita por parte
do Governo, mas de uma tentativa (razoavelmente bem sucedida, reconheça-se)
de redução dessa iniquidade comentada. (MARTINS, 2004, p. 6).
FONTE: Adaptado de: SANTOS, Ariovaldo dos. Quem está pagando juros sobre capital próprio
no Brasil? Disponível em: <http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/30anos/ariovaldo_
pg33a44.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2011.
132
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, analisamos a avaliação de investimentos simples os quais
são avaliados contabilmente pelo método de custo. Analisaremos também os
investimentos permanentes, avaliados contabilmente pelo método de equivalência
patrimonial.
133
AUTOATIVIDADE
a) ( ) D – Investimento em Controladas
C – Caixa 500.000,00
b) ( ) D – Investimentos em Controladas
C – Caixa 480.000,00
c) ( ) C – Caixa 500.000,00
D – Investimentos em Controladas 480.000,00
D – Ágio em Investimentos 20.000,00
Total R$ 4.000,00
134
3 Na Cia. Clélia, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, o
Balancete de Verificação em 31/12/X1, antes da avaliação dos investimentos
significativos e influentes, apresentava, entre outros, os seguintes saldos:
135
4 Pode-se indicar por quanto estará avaliado o investimento no Balanço
Patrimonial da Cia. Investidora, no final do período (em R$ mil):
a) ( ) 150
b) ( ) 120
c) ( ) 90
d) ( ) 60
a) ( ) 30 mil
b) ( ) 60 mil
c) ( ) 100 mil
d) ( ) 200 mil
a) ( ) D – Caixa
C – Dividendos 15.000,00
b) ( ) D – Caixa
C – Receita 15.000,00
c) ( ) D – Caixa
C – Investimento 15.000,00
d) ( ) D – Caixa
C – Lucro 15.000,00
a) ( ) D – Caixa
C – Investimentos 100.000,00
b) ( ) C – Ágio 100.000,00
D – Caixa 10.000,00
D – Investimentos 90.000,00
c) ( ) D – Ágio 90.000,00
C – Caixa 100.000,00
D – Investimentos 10.000,00
136
d) ( ) D – Ágio 10.000,00
C – Caixa 100.000,00
D – Investimentos 90.000,00
a) ( ) R$ 190,00
b) ( ) R$ 253,00
c) ( ) R$ 100,00
d) ( ) R$ 400,00
% da investidora Preponderância
Tipo de relacionamento?
na nas deliberações
Investida B 5% Sim
Investida C 22% Não
Investida D 9% Não
Investida E 15% Sim
Investida F 21% Não
indiretamente
Empresa A Terceiros
Empresa B Empresa C
40%
137
11 A entidade ABC adquire, em fevereiro de 2003, investimento representativo
de 25% do capital votante da entidade XYZ, considerado significativo. Em
agosto de 2003, por força de acordo de acionistas, passa a exercer o controle
sobre a administração dessa entidade. A entidade ABC deve adotar o método
de equivalência patrimonial para avaliação desse investimento a partir de:
a) ( ) fevereiro de 2003.
b) ( ) agosto de 2003.
c) ( ) dezembro de 2003.
d) ( ) janeiro de 2004.
Capital
Valor do Preponderância Método de
Votante da
Investimento nas deliberações avaliação?
investida
Empresa B 3.000 13.000 Não
Empresa C 1.500 13.000 Não
Empresa D 1.500 5.000 Não
Empresa E 500 5.000 Sim
Empresa F 3.000 10.000 Sim
Empresa G 500 10.000 Não
Momento X1
Cia. Significativo
ATIVO
Investimentos
Part. na Cia. Cia. Alfa 100.000
Cia. Alfa
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital 400.000
Reserva Capital 100.000
Total 500.000
Momento X2
A Cia. Alfa obteve um Lucro Líquido de $ 150.000.
Momento X3:
A Cia. Cia. Alfa distribuiu $ 50.000 em dividendos.
Momento X4:
A Cia. Cia. Alfa reavalia seu Ativo em $ 200.000 e consequentemente aumenta
o seu Patrimônio Líquido com Reservas de Reavaliação em $ 200.000.
139
O investimento é significativo e deverá ser avaliado pelo Método da
Equivalência Patrimonial para fins de balanço. Por ocasião da operação de
compra acima descrita, a empresa investidora deverá efetuar o seguinte
lançamento contábil:
140
21 A Investidora A, proprietária de 4% das ações representativas do capital da
Sociedade Z, avaliou tal investimento pelo MEP, observando rigorosamente
as disposições contidas na Instrução CVM nº 247/1996. O procedimento da
investidora está:
141
142
UNIDADE 3
CONSOLIDAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E
CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade de estudos está dividida em dois tópicos. Neles você encontrará
os aspectos fiscais e contábeis necessários à elaboração do Balanço Patrimo-
nial e da Demonstração do Resultado do Exercício consolidada e a estrutura
das demonstrações financeiras consolidadas. Irá encontrar também as opera-
ções diversas envolvendo matriz e filial, bem como os exercícios de fixação
que serão desenvolvidos no decorrer dos estudos de cada tópico.
143
144
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico analisaremos as principais operações envolvendo a
consolidação das demonstrações financeiras.
145
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
UNI
146
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
3 TRATAMENTO LEGAL
A exigência da normatização frente às normas internacionais de
contabilidade adequou ainda mais o processo de consolidação das demonstrações
financeiras nos últimos tempos.
No art. 249 da Lei nº 11.638 foram delegados poderes para que a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) emita normas de caráter obrigatório para as
companhias de capital aberto, porém o Comitê de Pronunciamentos Contábeis,
em seu CPC 36, foi quem definiu, de fato, como, quem e de que forma as
demonstrações financeiras consolidadas devem ser elaboradas e publicadas.
147
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
148
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Art. 249 A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor
do seu patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades
controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas demonstrações
financeiras, demonstrações consolidadas nos termos do art. 250; parágrafo
único: A Comissão de Valores Mobiliários poderá expedir normas sobre as
sociedades cujas demonstrações devam ser abrangidas na consolidação, e:
Note que no art. 249 foram delegados poderes para que a Comissão
de Valores Mobiliários (CVM) emita normas de caráter obrigatório para as
companhias de capital aberto.
149
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
150
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
NOTA
151
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
7 PROCESSO DE ELABORAÇÃO
De acordo com o CPC 36, para a elaboração de demonstrações contábeis
consolidadas, a entidade controladora combina suas demonstrações contábeis
com as de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os saldos de itens
de mesma natureza: ativos, passivos, receitas e despesas, excluindo apenas as
operações e saldos que tenham reciprocidade.
152
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
UNI
Para que o processo de eliminação de saldos seja feito com eficiência é preciso
que as operações intercompanhias sejam sempre controladas.
Iudícibus et al. (2010, p. 653) comentam que “ [...] é por meio desse controle
que será possível apurar os valores das vendas, despesas, juros, comissões e
outras receitas ocorridas durante o exercício entre as empresas que integram as
demonstrações consolidadas”.
153
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
154
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
UNI
A B A+B D C AB
ATIVO
500 400 900 100 800
DIREITOS
PASSIVO
200 300 500 100 400
OBRIGAÇÕES
155
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
156
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
8 NOTAS EXPLICATIVAS
A Instrução 247/96 da CVM define o seguinte em relação às notas
explicativas sobre as demonstrações contábeis:
9 EXEMPLOS DE CONSOLIDAÇÃO
Exemplo 1, adaptado do modelo de Neves e Viceconti (2004):
Razão do ajuste:
Balanço de A
ELEMENTOS Cia. A Cia. B Eliminações consolidando
B
D C em 02/01/X2
Ativo Circulante 1.640 240 1.880
Investimentos
600
Em B 600 -o- -o-
(1)
Em outras 140 60 200
Imobilizado 440 360 800
Ajustes:
158
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço de A
ELEMENTOS Cia. A Cia. B Cia. C Eliminações
consolidando B
D C e C em 02/01/X2
Ativo Circulante 1.430 240 380 2.050
Investimentos 600
Em B 600 -o- -o- (1) -o-
Em C 210 -o- -o- 210 -o-
Em outras 140 60 -o- (2) 200
Imobilizado 440 360 220 1.020
Dados:
Empresa Empresa
CONTAS
Controladora Controlada
ATTVO
Caixa 5.000 10.000 2.500
Contas a Receber - o -20.000 - o -15.000 12.500
Clientes 32.500 20.500 - o -15.000 6.000
Mercadorias 12.000 24.000
Participações Societárias Terrenos -o-
Móveis
Máquinas
PASSIVO
Fornecedores Impostos a Recolher 15.000 25.000 7.500
Contas a Pagar Empréstimo -o- - o -10.000
Capital Social - o -40.000 15.000 30.000
Lucros a Destinar 20.000 12.500
160
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
AJUSTES
Ajuste:
Contabilização:
D – Contas a Pagar (Controlada) 10.000,00
C – Contas a Receber (Controladora) 10.000,00
Ajuste:
Contabilização:
D – Fornecedores (Controladora) 15.000,00
C – Clientes (Controlada) 15.000,00
161
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Contabilização:
D – Lucros Acumulados (Controlada) 10.000,00
C – Mercadorias em Estoque (Controladora) 10.000,00 (50% x R$ 20.000,00)
NOTA
Ajuste:
Contabilização:
C – Participação Societária (Controladora) 32.500,00
D – Capital Social (Controlada) 30.000,00
D – Lucros Acumulados (Controlada) 2.500,00
162
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
PASSIVO
Fornecedores 15.000 7.500 (2.1)15.000 7.500
Impostos a 25.000 -o- 25.000
Recolher
Contas a -o- 10.000 (1) 10.000 -0-
Pagar -o- 15.000 15.000
Empréstimo 40.000 30.000 (3) 30.000 40.000
Capital Social 20.000 12.500 (2.2) 10.000 20.000
Lucros a (3) 2.500
Destinar
163
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
CONTROLADORA A
ATIVO PASSIVO
CONTROLADA B
ATIVO PASSIVO
1. A Cia. B vende metade dos seus estoques para Cia. A por R$ 250,00, à vista;
2. A Cia. A vende, à vista, para terceiros, 60% (sessenta por cento) do estoque
adquirido de B, por R$ 220,00.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO
164
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BALANÇOS PATRIMONIAIS
CONTROLADORA A CONTROLADA B
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO
Disponível 290 PL Disponível 250 PL
Estoques 100 Capital 1.000 Estoques 200 Capital
Investimentos 30 Lucros a Destinar 100 400
Imobilizado 280 Lucros a Destinar
50
Notas
165
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
b) a Cia. B obteve uma margem de lucro de 20% sobre o preço da venda para A.
50,00 / 250,00 x 100 = 20%
c) no custo da mercadoria vendida pela Cia. A (R$ 150,00) existe uma parcela
que corresponde ao lucro interno da Cia. B na venda para a controladora A,
que é de 20% x R$ 150,00 = R$ 30,00, que deve ser excluído na consolidação da
demonstração de resultado.
A B Débito Crédito
A B Débito Crédito
Vendas 220 250 (3) 250 220
CMV (150) (200) (3) 230 120
166
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
167
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
168
TÓPICO 1 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Se uma empresa vende com lucro um ativo para outra empresa que esteja
isenta do Imposto de Renda, a eliminação será apenas do lucro bruto envolvido
na operação.
Valor 100.000,00
+ IPI 10% 10.000,00
Total da NF 110.000,00
ICMS destacado 18% 18.000,00
169
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Contabilização:
170
RESUMO DO TÓPICO 1
171
AUTOATIVIDADE
172
Depreciação Acumulada (30.000.000)
Valor de Venda 50.000.000
a) ( ) $ 30.000.000
b) ( ) $ 24.000.000
c) ( ) $ 20.000.000
d) ( ) $ 18.000.000
a) ( ) $ 18.000.000
b) ( ) $ 20.000.000
c) ( ) $ 24.000.000
d) ( ) $ 30.000.000
173
a) ( ) não há necessidade de se efetuar qualquer eliminação ou ajuste para a
consolidação das demonstrações contábeis.
b) ( ) devem ser apresentados no ativo circulante ou realizável a longo prazo
no balanço consolidado.
c) ( ) devem ser apresentados no passivo circulante ou exigível a longo prazo
no balanço consolidado.
d) ( ) devem ser apresentados no passivo, no grupo de resultados de exercícios
futuros no balanço consolidado.
Ativo Passivo
Disponibilidades 10.000,00 Fornecedores 5.000,00
Contas a Receber 30.000,00 Contas a Pagar 10.000,00
Contas a Receber – Cia. Beta 10.000,00
Ativo Passivo
Disponibilidades 5.000,00 Fornecedores 30.000,00
Contas a Receber 10.000,00 Contas a Pagar Cia. Alfa 10.000,00
Sabendo-se que a Cia. Alfa controla totalmente a Cia. Beta, o consolidado será
de:
a) ( ) Ativo Circulante de R$ 65.000,00 e Passivo Circulante de R$ 45.000,00.
b) ( ) Ativo Circulante de R$ 65.000,00 e Passivo Circulante de R$ 55.000,00.
c) ( ) Ativo Circulante de R$ 55.000,00 e Passivo Circulante de R$ 45.000,00.
d) ( ) Ativo Circulante de R$ 55.000,00 e Passivo Circulante de R$ 55.000,00.
174
b) ( ) em até 30 dias antes da data das Demonstrações Contábeis da
controladora;
c) ( ) em até 90 dias antes da data das Demonstrações Contábeis da
controladora;
d) ( ) não é admitida defasagem entre as datas das Demonstrações Contábeis
da controlada e controladora.
Controladora Controlada
ABC LM Controlada XY
Ativo Circulante
Disponibilidades 1.000.00 15.000.00 22.000.00
Valores a receber 25.000.00 5.000.00 34.000.00
Estoques 45.000.00 20.000.00
Ativo Não Circulante
Investimentos
Participações na Cia.
LM 20.000.00
Participações na Cia.
XY 60.000.00
Imobilizado Líquido 100.000.00 10.000.00 54.000.00
Total do Ativo 251.000.00 30.000.00 130.000.00
Passivo Circulante
Valores a pagar 16.000.00 5.000.00
Passivo Não Circulante
Empréstimos
Bancários 35.000.00 10.000.00 25.000.00
Patrimônio Líquido
Capital Social 200.000.00 20.000.00 100.000.00
Total do passivo 251.000.00 30.000.00 130.000.00
Outras informações:
175
• em 31/12/X7, a Cia. LM tinha a receber $ 2.000 de sua controladora.
a) ( ) $ 20.000
b) ( ) $ 100.000
c) ( ) $ 120.000
d) ( ) $ 40.000
a) ( ) $ 57.000
b) ( ) $ 64.000
c) ( ) $ 34.000
d) ( ) $ 5.000
a) ( ) $ 320.000
b) ( ) $ 200.000
c) ( ) $ 300.000
d) ( ) $ 220.000
a) ( ) $ 14.000
b) ( ) $ 70.000
c) ( ) $ 84.000
d) ( ) $ 16.000
a) ( ) $ 224.000
b) ( ) $ 234.000
c) ( ) $ 164.000
d) ( ) $ 244.000
176
19 A empresa A controla 100% do Capital Social da empresa B. A situação do
Ativo Não Circulante de ambas, no encerramento do Balanço Patrimonial, é
a seguinte (em R$):
Ativo Permanente A B
Participação em sociedade controlada 1.000,00
Imobilizado líquido 5.000,00 3.000,00
Intangível 650,00 150,00
I – Balanço Patrimonial
Controladora A Controlada B
Ativo
Disponível 95.000,00 125.000,00
Contas a receber – terceiros 120.000,00
Contas a receber – intercompanhias 140.000,00
Estoques 70.000,00 20.000,00
Investimentos na Controlada B 125.000,00
Imobilizado 350.000,00 35.000,00
Total do Ativo 760.000,00 320.000,00
Passivo
Fornecedores terceiros 50.000,00 120.000,00
Fornecedores intercompanhias 140.000,00
Outras contas a pagar 40.000,00 55.000,00
Capital 500.000,00 125.000,00
Lucros a Destinar 30.000,00 20.000,00
Total do Passivo 760.000,00 320.000,00
177
III – Outras informações adicionais:
a) ( ) 120.000,00
b) ( ) 140.000,00
c) ( ) 80.000,00
d) ( ) 260.000,00
21 Após a consolidação dos Balanços, o valor total das dívidas com terceiros é
de (em R$):
a) ( ) 95.000,00
b) ( ) 170.000,00
c) ( ) 255.000,00
d) ( ) 265.000,00
22 Após a consolidação dos Balanços, o valor dos lucros a destinar é (em R$):
a) ( ) 40.000,00
b) ( ) 30.000,00
c) ( ) 50.000,00
d) ( ) 80.000,00
a) ( ) 720.000,00
b) ( ) 815.000,00
c) ( ) 1.080.000,00
d) ( ) 795.000,00
178
a) ( ) 20.000,00
b) ( ) 40.000,00
c) ( ) 30.000,00
d) ( ) 10.000,00
a) ( ) 80.000,00
b) ( ) 140.000,00
c) ( ) 120.000,00
d) ( ) 220.000,00
a) ( ) 30.000,00
b) ( ) 70.000,00
c) ( ) 50.000,00
d) ( ) 100.000,00
a) ( ) 10.000,00
b) ( ) 30.000,00
c) ( ) 40.000,00
d) ( ) 20.000,00
179
Balanços Patrimoniais em 02/01/2007 (em R$ 1.000,00)
Balanço de A
ELEMENTOS Cia. Alfa Cia. Beta Eliminações
consolidando B
D C em 02/01/X2
Passivo 500 40
Patrimônio Líquido
Capital 1.000 400
Reservas 400 100
TOTAL DO PASSIVO 1.900 540
180
Cia. Cia. Cia. Balanço de A
ELEMENTOS Eliminações
Alfa Beta Cisne consolidando B
D C e C em 02/01/X2
Ativo Circulante 1.100 310 410
Investimentos
Em Beta 400
Em Cisne 300
Em outras 120 90 20
Imobilizado 580 330 570
Participação
minoritária
1.480 300 450
Patrimônio
Líquido
Capital 210 100 50
Reservas
181
Balanços Patrimoniais encerrados em 31/12/X1 (em R$)
Empresa Empresa
CONTAS
Controladora Controlada
ATIVO 10.000
Caixa 25.000 13.000
Contas a Receber 3.000 10.600
Clientes 42.000 30.000
Mercadorias 57.000 12.400
Participações Societárias Terrenos 23.000 22.000
Móveis 1.000 3.000
Máquinas 20.000 24.000
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
182
Na consolidação, os saldos de Contas a Receber e de Contas a Pagar se
compensam, ficando, portanto, eliminados.
Contabilização:
D – ________________________________________
C – ________________________________________
D – ________________________________________
C – ________________________________________
Contabilização:
D – ________________________________________
C – ________________________________________
Contabilização:
D – _________________________________________
D – _________________________________________
C – _________________________________________
AJUSTES
183
Empresa Empresa Saldo
CONTAS Débito Crédito
Controladora Controlada Consolidado
ATTVO
Caixa 10.000 13.000
Contas a Receber 25.000 10.600
Clientes 3.000 30.000
Mercadorias 42.000 12.400
Participações
Societárias 57.000
Terrenos 23.000 22.000
Móveis 1.000 3.000
Máquinas 20.000 24.000
184
CONTROLADORA A
ATIVO PASSIVO
Disponível 2.000 Patrimônio Líquido
Investimento 5.000 Capital 17.000
Imobilizado 10.000
CONTROLADA B
ATIVO PASSIVO
Estoques 1.000 Patrimônio Líquido
Imobilizado 4.000 Capital 5.000
1. A Cia. B vende metade dos seus estoques para Cia. A por R$ 800,00, à vista.
2. A Cia. A vende, à vista, para terceiros, 70% (setenta por cento) do estoque
adquirido de B, por R$ 750,00.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO
Itens Controladora A Controlada B
Vendas
(-) CMV
(=) Lucro Bruto
(+) Resultado da Equivalência
(=) Lucro Líquido
185
2 Faça o Balanço de cada empresa separadamente.
BALANÇOS PATRIMONIAIS
CONTROLADORA A CONTROLADA B
ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO
Disponível PL Disponível PL
Estoques Capital Estoques Capital
Investimentos Lucros a Destinar Imobilizado Lucros a Destinar
Imobilizado
TOTAIS
186
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Neste segundo momento analisaremos operações contábeis envolvendo
matriz e filial, desde conceitos até exemplos práticos envolvendo transferência de
numerários, compras e transferências de mercadorias, com ou sem lucro.
2 CONCEITUALIZAÇÃO DE MATRIZ
A matriz pode ser conceituada como sendo a empresa principal, ou seja,
aquela que gerou e é responsável por todos os demais estabelecimentos que
estejam sob o mesmo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.
187
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
NOTA
Note que os primeiros oito dígitos não se alteram e os quatro dígitos após a
barra servem para identificar se é matriz ou identificar a sequência de filiais que foram abertas
pela matriz. Portanto, se a matriz tiver 200 filiais, o CNPJ poderia estar assim representado, de
acordo com o exemplo: CNPJ 85.123.732/0200-35.
UNI
188
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
6. As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem ser
registradas na matriz e distribuídas para as unidades de acordo com critérios
da administração da entidade.
189
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
NOTA
UNI
190
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Portanto:
• o valor devido do Simples Nacional pela Matriz será (40.000 x 10,82%) + (25.000
x 15,48%) = 4.328,00 + 3.870,00 = 8.198,00;
O valor de 21.356,00 será recolhido num único DAS, porém, poderá ser
reconhecido contabilmente, separadamente.
191
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
NOTA
192
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
NOTA
• Para transferência de ICMS entre matriz e filial basta a opção pela centralização
(ou seja, há necessidade de serem do mesmo Estado). Nessa hipótese, não será
necessário pedir autorização ao fisco para fazer a transferência. A transferência
será o limite do débito do centralizador.
193
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
6 EXEMPLOS
A seguir serão apresentados três exemplos com o objetivo de evidenciar
as operações entre matriz e filial.
Contabilização na Matriz:
Contabilização na Filial:
194
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Contabilização na Filial:
Débito – Móveis e Utensílios (ANC) 6.000,00
Crédito – Bancos Conta Movimento (AC) 6.000,00
195
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
196
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Em X2, a única operação que a Vende Mais Ltda. fez foi a transferência
de todo seu estoque para sua filial, situada no Estado do Paraná, a qual até então
não tinha movimento e nem saldo. Sabe-se que há a incidência de 12% de ICMS.
Portanto, como o ICMS é calculado de dentro para fora, a matriz procedeu da
seguinte forma para que a mercadoria fosse transferida pelo preço de custo:
Para inserir o ICMS, sabendo que se calcula de dentro para fora, deve-se
proceder da seguinte forma: 100% (-) 12% = 88% ou 0,88 na forma decimal, sendo
que:
197
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Contabilização na Filial:
a) Na Matriz:
198
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Na Matriz
Débito – Receita de Vendas – matriz (DRE) 50.000,00
Crédito – ICMS s/ Vendas – matriz (DRE) 6.000,00
Crédito – CMV – da matriz (DRE) 44.000,00
199
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Perceba que não houve alteração dos saldos consolidados, uma vez que a
operação foi efetuada pelo preço de custo.
NOTA
200
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
do período o estoque estará evidenciado pelo seu preço de custo, uma vez que o
lucro nas transações entre filiais e matriz ou vice-versa deve ser eliminado.
1. Venda de todo seu estoque para sua filial, a qual até então não tinha movimento
e nem saldo. Sabe-se que o estoque foi vendido por 80.000,00 e que há incidência
de 12% de ICMS.
201
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
a) Na Matriz:
202
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Móveis e Utensílios
20.000,00
TOTAL DO
TOTAL DO ATIVO 127.000,00
PASSIVO 127.000,00
b) Na Filial:
203
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
204
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
b) Eliminação dos lucros da matriz embutido nos estoques da filial. (Lucros não
realizados) e eliminação do CMV a maior na filial:
Memória de cálculo:
Venda: 80.000,00
(-) ICMS 9.600,00
(-) Custo 44.000,00
Lucro 26.400,00
Na Matriz
Débito – Receita de Vendas – matriz (DRE) 80.000,00
Crédito – ICMS s/ Vendas – matriz (DRE) 9.600,00
Crédito – CMV – da matriz (DRE) 44.000,00
Crédito – Lucros a Destinar 26.400,00
e) Transferência do resultado do exercício da filial:
205
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Perceba que não estão sendo zeradas as contas de resultado da filial, uma
vez que tais saldos provêm de operações com terceiros. Portanto, para transferir o
resultado da Demonstração do Resultado do Exercício da filial para o patrimônio
líquido consolidado, estamos considerando uma conta transitória denominada
Resultado do Exercício. Essa conta é evidenciada na última linha da Demonstração
do Resultado do Exercício da filial.
206
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
207
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
Certifique-se de que:
208
TÓPICO 2 | CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
1. balanço patrimonial;
2. resultado do exercício;
209
UNIDADE 3 | CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E CONTABILIDADE DE MATRIZ E FILIAL
5 Notas explicativas
FONTE: Adaptado de: PEREZ, José Hernandes Junior, OLIVEIRA, Luis Martins de. Contabilidade
Avançada: textos e testes com respostas. 7. ed. São Paulo. Atlas, 2010.
210
RESUMO DO TÓPICO 2
211
AUTOATIVIDADE
3 Determinada matriz possui duas filiais. Foi optado pela apuração descentralizada.
No final do exercício contábil foram publicadas as demonstrações contábeis das
três empresas, ou seja, foram publicadas individualmente as demonstrações
contábeis da matriz e das duas filiais. Está correto proceder dessa forma?
212
BALANÇO PATRIMONIAL Abc Ltda. LEVANTADO EM 31/12/X1
ATIVO R$ PASSIVO R$
PATRIMÔNIO
ATIVO CIRCULANTE 40.000,00 50.000,00
LÍQUIDO
Bancos Conta
20.000,00 Capital Social 50.000,00
Movimento
Estoque de Mercadorias 12.000,00
ICMS a Recuperar 8.000,00
ATIVO NÃO
10.000,00
CIRCULANTE
IMOBILIZADO 10.000,00
Móveis e Utensílios 10.000,00
TOTAL DO ATIVO 50.000,00 TOTAL DO PASSIVO 50.000,00
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
213
Considerando que no exercício de X2 tenham ocorrido somente esses
fatos e que a contabilização seja descentralizada, os Balanços da matriz e da sua
filial ficarão assim:
ATIVO NÃO CIRCULANTE
REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO
IMOBILIZADO
TOTAL DO
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
NÃO CIRCULANTE
ATIVO NÃO EXIGÍVEL A LONGO
CIRCULANTE PRAZO
IMOBILIZADO
214
A escrituração da eliminação do direito e da obrigação recíprocos, no
exemplo em questão:
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
TOTAL DO
TOTAL DO ATIVO PASSIVO
215
7 Considere o seguinte Balanço Patrimonial da Sociedade Comercial Alfa Ltda.,
levantado em 31/12/X1, situada no estado de Santa Catarina.
Em X2, a única operação que a Alfa Ltda. fez foi a venda de todo seu
estoque para sua filial, situada no estado do Paraná, a qual, até então, não tinha
movimento e nem saldo. Sabe-se que há a incidência de 12% de ICMS e que a
mercadoria foi transferida pelo preço de custo.
• Vendeu 20% do saldo em estoque a terceiros por 5.800,00 a prazo com 17% de
ICMS.
216
Contabilização na Matriz pela venda:
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Contabilização na Filial (compra de mercadorias de terceiros):
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
217
a) Na Matriz:
PATRIMÔNIO
ATIVO NÃO CIRCULANTE
LÍQUIDO
REALIZÁVEL A LONGO
PRAZO
IMOBILIZADO
TOTAL DO
TOTAL DO ATIVO
PASSIVO
218
b) Na Filial
NÃO CIRCULANTE
EXIGÍVEL A LONGO
PRAZO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
219
A escrituração da eliminação do direito e da obrigação recíprocos, no
exercício em questão:
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Na Matriz
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Débito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Crédito – _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
220
BALANÇO PATRIMONIAL Alfa Ltda.
Consolidado LEVANTADO EM 31/12/X2
ATIVO R$ PASSIVO R$
PASSIVO
ATIVO CIRCULANTE
CIRCULANTE
PATRIMÔNIO
LÍQUIDO
221
REFERÊNCIAS
BEUREN, Ilse Maria. Conceituação e contabilização do custo de oportunidade:
caderno de estudos da FIPECAFI - FEA/USP, São Paulo, n. 8, p.1-18, abr. 1993.
222
______. Resolução 1.330, de 18 de março de 2011. Aprova a ITG 2000 –
Escrituração Contábil. Disponível em: <http://www.cfc.org.br/sisweb/sre/
detalhes_sre.aspx?Codigo=2011/001330>. Acesso em: 13 jul. 2011.
223
GUERREIRO, R. Modelo conceitual de sistema de informação de gestão
econômica: Uma Contribuição à Teoria da Contabilidade. São Paulo: USP, 1989.
Tese (Doutorado em Controladoria e Contabilidade), Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade. Universidade de São Paulo, l989.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
224
SANTOS, Ariovaldo dos; MACHADO, Itamar Miranda. Investimentos
avaliados pelo método de equivalência patrimonial: erro na contabilização de
dividendos quando existem lucros não realizados. Revista Contabilidade e
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SANTOS, Ariovaldo dos. Quem está pagando juros sobre capital próprio no
Brasil? Disponível em: <http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/30anos/
ariovaldo_pg33a44.pdf>. Acesso em: 13 jul. 2011.
225
ANOTAÇÕES
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