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Manual do Curso de

Licenciatura em Gestão de
Recursos Humanos
Contabilidade Geral

ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 2022


1º ANO : Comunicação Organizacional
CÓDIGO: ISCED11 – CONT2
TOTAL HORAS/ 2 SEMESTRE 75
CRÉDITOS (SNATCA) 3
NÚMERO DE TEMAS 7
Direitos de autor (copyright)

Este manual é propriedade da Universidade Aberta ISCED (UnISCED), e contém todos os


direitos reservados. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual,
sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação, fotocópia
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judiciais em vigor no País.

Universidade Aberta ISCED (UnISCED)


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Agradecimentos

A Universidade Aberta ISCED (UnISCED) e o autor do presente manual agradecem a


colaboração dos seguintes indivíduos e instituições na elaboração deste manual:

Pelo design Direção Académica da UnISCED

Financiamento e Logística Instituto Africano de Promoção do Ensino a


Distância (IAPED).

Dr. Edilton Alfandega


Pela Revisão:

Elaborado Por: Dr. Domingos Santana Coutinho – Mestre em Contabilidade e Auditoria, pela
Universidade Católica de Moçambique
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

ÍNDICE

Visão geral 1

Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade Geral ................................................. 1


Objectivo do Módulo ........................................................................................................ 1
Quem deveria estudar este módulo ................................................................................. 1
Como está estruturado este módulo ................................................................................ 2
Ícones de actividade ......................................................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 4
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6
Tarefas (avaliação e auto-avaliação)................................................................................. 7
Avaliação ........................................................................................................................... 8

TEMA – I: INTRODUÇÃO 11

UNIDADE Temática 1.1. A Contabilidade Geral: Natureza, Objectivos e Finalidade. ..... 11


Introdução ............................................................................................................. 11
1.1.1. Conceito de Contabilidade Geral .......................................................................... 11
1.1.2. Natureza da Contabilidade Geral .......................................................................... 12
1.1.3. Objectivo da Contabilidade Geral ......................................................................... 12
1.1.4. Finalidade da Contabilidade Geral ........................................................................ 12
1.1.5. Objecto da Contabilidade Geral ............................................................................ 12
1.1.6. Princípios Gerais da Contabilidade ....................................................................... 12
Sumário.................................................................................................................. 14
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 14
Exercícios ............................................................................................................... 15
UNIDADE Temática 1.2. A evolução e o papel da Contabilidade como instrumento de
gestão.............................................................................................................................. 15
Introdução ............................................................................................................. 15

i
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

1.2.1 Evolução da Contabilidade .................................................................................... 16


1.2.2 Contabilidade como instrumento de gestão ......................................................... 16
1.2.3 Utilizadores da Informação Contabilística ............................................................. 17
Sumário.................................................................................................................. 18
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 18
Exercícios ............................................................................................................... 18
UNIDADE Temática 1.3. Divisão da Contabilidade ......................................................... 19
Introdução ............................................................................................................. 19
1.3.1 Contabilidade Financeira ....................................................................................... 19
1.3.2 Contabilidade de Custos ........................................................................................ 20
1.3.3 Contabilidade de Gestão........................................................................................ 20
Sumário.................................................................................................................. 20
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 21
Exercícios ............................................................................................................... 21
UNIDADE Temática 1.4. Documentos Comerciais .......................................................... 21
Introdução ............................................................................................................. 21
1.4.1 Noção ..................................................................................................................... 22
1.4.2 Título de Crédito .................................................................................................... 25
1.4.3 Principais Actos Cambiários ................................................................................... 27
1.4.4 A Letra de Câmbio .................................................................................................. 28
1.4.5 A Nota Promissória ................................................................................................ 29
1.4.6 Cheque ................................................................................................................... 30
1.4.7 A Duplicata ............................................................................................................. 33
1.4.8 Livrança .................................................................................................................. 34
Sumário.................................................................................................................. 34
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 34
Exercícios ............................................................................................................... 35

TEMA – II: O PATRIMÓNIO 36

UNIDADE Temática 2.1. Introdução. Noção e classificação ........................................... 36


Introdução ............................................................................................................. 36

ii
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

2.1.1 Classificação do Património ................................................................................... 38


2.1.2 Análise Comparativa do Património ...................................................................... 38
2.1.3 Agregação dos elementos patrimoniais em conta ................................................ 39
Sumário.................................................................................................................. 39
Exercícios auto-avaliação ...................................................................................... 39
Exercícios ............................................................................................................... 40
UNIDADE Temática 2.2. Massas Patrimoniais ................................................................ 40
Introdução ............................................................................................................. 40
2.2.1 Massas Parciais do Activo ...................................................................................... 41
2.2.2 Massas Parciais do Passivo .................................................................................... 42
2.2.3 Massas Parciais do Capital Próprio ........................................................................ 43
Sumário.................................................................................................................. 43
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 44
Exercícios ............................................................................................................... 44
UNIDADE Temática 2.3. Valor do Património ................................................................. 44
Introdução ............................................................................................................. 44
2.3.1 Factos Patrimoniais ................................................................................................ 51
2.3.2 Classificação dos factos patrimoniais .................................................................... 51
Sumário.................................................................................................................. 52
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 52
Exercícios ............................................................................................................... 53
UNIDADE Temática 2.4. A Conta..................................................................................... 55
Introdução ............................................................................................................. 55
2.4.1 Partes constituintes ............................................................................................... 56
2.4.2 Requisitos ............................................................................................................... 56
2.4.3 Representação Gráfica ........................................................................................... 57
2.4.4 Disposições ............................................................................................................ 58
Sumário.................................................................................................................. 59
Exercícios de auto-avaliação ................................................................................. 59
Exercícios ............................................................................................................... 60

UNIDADE Temática 2.5. O Inventário ............................................................................. 61

iii
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Introdução ............................................................................................................. 61
2.5.1 Classificação do Inventário .................................................................................... 62
Sumário.................................................................................................................. 70
Exercícios ............................................................................................................... 70

TEMA – III: O BALANÇO 76

UNIDADE Temática 3.1. Noção do Balanço .................................................................... 76


Introdução ............................................................................................................. 76
3.1.1 Apresentação do Balanço ...................................................................................... 82
3.1.2 Rubricas integrantes no activo .............................................................................. 83
3.1.3 Rubricas integrantes no capital próprio e passivo................................................. 84
3.1.4 Classificação do Balanço ........................................................................................ 85
Sumário.................................................................................................................. 92
Exercícios ............................................................................................................... 93

TEMA – IV: LANÇAMENTOS 97

UNIDADE Temática 4.1. Noção de Lançamentos............................................................ 97


Introdução ............................................................................................................. 97
4.1.1 Método de partida dobrada .................................................................................. 99
4.1.2 Regras de movimentação das contas .................................................................. 100
4.1.3 Diário .................................................................................................................... 103
4.1.4 Razão .................................................................................................................... 104
4.1.5 Elementos do Lançamento .................................................................................. 105
Sumário................................................................................................................ 106
Exercícios ............................................................................................................. 106
UNIDADE Temática 4.2. Classificação dos lançamentos............................................... 107
Introdução ........................................................................................................... 107
4.2.1 Classificação dos lançamentos............................................................................. 107
Sumário................................................................................................................ 111
Exercícios ............................................................................................................. 111

UNIDADE Temática 4.3. Estorno ................................................................................... 114

iv
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Introdução ........................................................................................................... 114


4.3.1 Tipos de estornos ................................................................................................. 115
Sumário................................................................................................................ 119
Exercícios ............................................................................................................. 119
UNIDADE Temática 4.4. Sistema de Contabilização de Inventários ............................. 119
Introdução ........................................................................................................... 119
4.4.1 Sistema de inventário permanente ..................................................................... 120
4.4.2 Sistema de inventário intermitente ou periódico ............................................... 121
4.4.3 Cálculo do custo das mercadorias vendidas ........................................................ 121
4.4.4 Processo de fichas de armazém........................................................................... 122
Sumário................................................................................................................ 124
Exercícios ............................................................................................................. 125
UNIDADE Temática 4.5. Balancete ............................................................................... 126
Introdução ........................................................................................................... 126
Sumário................................................................................................................ 127
Exercícios ............................................................................................................. 128

TEMA – V: DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 130

UNIDADE Temática 5.1. Noção de demonstração dos resultados ............................... 130


Introdução ........................................................................................................... 130
Sumário................................................................................................................ 131
Exercícios ............................................................................................................. 132

TEMA – VI: PLANO DE CONTA 134

UNIDADE Temática 6.1. Noção de plano de conta Moçambicano ............................... 134


Introdução ........................................................................................................... 134
Sumário................................................................................................................ 135
Exercícios ............................................................................................................. 136

TEMA – VII: SISTEMA TRIBUTÁRIO MOÇAMBICANO 136

UNIDADE Temática 7.1. Noção ..................................................................................... 136

v
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Introdução ........................................................................................................... 136


7.1.1 Fins da tributação ................................................................................................ 136
7.1.2 Princípio da legalidade tributária......................................................................... 137
7.1.3 Classificação do Imposto...................................................................................... 137
7.1.4 Outros Impostos .................................................................................................. 138
Sumário................................................................................................................ 139
Exercícios ............................................................................................................. 139

VIII. EXERCÎCIOS DE CONSOLIDAÇÃO 140

IX. BIBLIOGRAFIA 155

vi
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Visão geral
Bem-vindo à Disciplina/Módulo de Contabilidade
Geral

Objectivo do Módulo

Ao terminar o estudo deste módulo de Contabilidade Geral deverá


ser capaz de: Apresentar a estrutura básica da contabilidade,
destacando seus objectivos, sua sistematização, seus
procedimentos concebidos para captar, registrar, acumular,
resumir e interpretar os fenómenos que afectam as situações
patrimoniais, financeiras e económicas das organizações.

▪ Definir Contabilidade Geral e suas aplicações.

▪ Fazer um breve percurso histórico da disciplina.

▪ Conhecer as diferentes formas de fazer auditoria;


Objectivos
Específicos
▪ Conhecer os processos de orientação do fedback;

▪ Saber Interpretar os resultados.

Quem deveria estudar este


módulo
Este Módulo foi concebido para estudantes do 1º ano do curso de
licenciatura em Contabilidade e Auditoria do UnISCED e outros
como Gestão de Recursos Humanos, Administração, etc. Poderá
ocorrer, contudo, que haja leitores que queiram se actualizar e
consolidar seus conhecimentos nessa disciplina, esses serão bem-
vindos, não sendo necessário para tal se inscrever. Mas poderá
adquirir o manual.

1
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Como está estruturado este


módulo
Este módulo de Contabilidade Geral, para estudantes do 1º ano do
curso de licenciatura em Contabilidade e Auditoria, à semelhança
dos restantes da UnISCED, está estruturado como se segue:
Páginas introdutórias

▪ Um índice completo.
▪ Uma visão geral detalhada dos conteúdos do módulo,
resumindo os aspectos-chave que você precisa conhecer para
melhor estudar. Recomendamos vivamente que leia esta
secção com atenção antes de começar o seu estudo, como
componente de habilidades de estudos.
Conteúdo desta Disciplina / módulo

Este módulo está estruturado em Temas. Cada tema, por sua vez
comporta certo número de unidades temáticas ou simplesmente
unidades. Cada unidade temática se caracteriza por conter uma
introdução, objectivos, conteúdos.
No final de cada unidade temática ou do próprio tema, são
incorporados antes o sumário, exercícios de autoavaliação, só
depois é que aparecem os exercícios de avaliação.
Os exercícios de avaliação têm as seguintes características: Puros
exercícios teóricos/Práticos, Problemas não resolvidos e
actividades práticas, incluídno estudo de caso.

Outros recursos

A equipa dos académicos e pedagogos da UnISCED, pensando em


si, num cantinho, recôndito deste nosso vasto Moçambique e
cheio de dúvidas e limitações no seu processo de aprendizagem,
apresenta uma lista de recursos didácticos adicionais ao seu
módulo para você explorar. Para tal a UnISCED disponibiliza na
biblioteca do seu centro de recursos mais material de estudos
relacionado com o seu curso como: Livros e/ou módulos, CD, CD-
ROOM, DVD. Para além deste material físico ou electrónico
disponível na biblioteca, pode ter acesso a Plataforma digital
moodle para alargar mais ainda as possibilidades dos seus
estudos.

2
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Auto-avaliação e Tarefas de avaliação

Tarefas de auto-avaliação para este módulo encontram-se no final


de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características:
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes. Segundo,
exercícios que mostram apenas respostas.

Tarefas de avaliação devem ser semelhantes às de auto-avaliação


mas sem mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a outras.
Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos de
campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos de
correcção e subsequentemente nota. Também constará do exame
do fim do módulo. Pelo que, caro estudante, fazer todos os
exercícios de avaliação é uma grande vantagem.

Comentários e sugestões

Use este espaço para dar sugestões valiosas, sobre determinados


aspectos, quer de natureza científica, quer de natureza didáctico-
Pedagógica, etc, sobre como deveriam ser ou estar apresentadas.
Pode ser que graças as suas observações que, em caso de
confiança, classificamo-las de úteis, o próximo módulo venha a ser
melhorado.

Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas
margens das folhas. Estes ícones servem para identificar
diferentes partes do processo de aprendizagem. Podem indicar
uma parcela específica de texto, uma nova actividade ou tarefa,
uma mudança de actividade, etc.

3
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Habilidades de estudo
O principal objectivo deste campo é o de ensinar aprender a
aprender. Aprender aprende-se.

Durante a formação e desenvolvimento de competências, para


facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e
eficazes. Por isso é importante saber como, onde e quando
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais esperamos
que caro estudante possa rentabilizar o tempo dedicado aos
estudos, procedendo como se segue:

1º Praticar a leitura. Aprender a Distância exige alto domínio de


leitura.

2º Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura corrida).

3º Voltar a fazer leitura, desta vez para a compreensão e


assimilação crítica dos conteúdos (ESTUDAR).

4º Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar se a sua


aprendizagem confere ou não com a dos colegas e com o padrão.

5º Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades práticas ou


as de estudo de caso se existir.

IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-espaço-tempo,


respectivamente como, onde e quando...estudar, como foi referido
no início deste item, antes de organizar os seus momentos de
estudo reflicta sobre o ambiente de estudo que seria ideal para si:
Estudo melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo
melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao longo da
semana? Estudo melhor com música/num sítio sossegado/num

4
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

sítio barulhento!? Preciso de intervalo em cada 30 minutos, em


cada hora, etc.

É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter sido


estudado durante um determinado período de tempo; Deve
estudar cada ponto da matéria em profundidade e passar só ao
seguinte quando achar que já domina bem o anterior.

Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que puder ler


e estudar, que saber tudo superficialmente! Mas a melhor opção é
juntar o útil ao agradável: Saber com profundidade todos
conteúdos de cada tema, no módulo.

Dica importante: não recomendamos estudar seguidamente por


tempo superior a uma hora. Estudar por tempo de uma hora
intercalado por 10 (dez) a 15 (quinze) minutos de descanso
(chama-se descanso à mudança de actividades). Ou seja que
durante o intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos
das actividades obrigatórias.

Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho intelectual


obrigatório, pode conduzir ao efeito contrário: baixar o rendimento
da aprendizagem. Por que o estudante acumula um elevado
volume de trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo,
criando interferência entre os conhecimento, perde sequência
lógica, por fim ao perceber que estuda tanto mas não aprende, cai
em insegurança, depressão e desespero, por se achar injustamente
incapaz!

Não estude na última da hora; quando se trate de fazer alguma


avaliação. Aprenda a ser estudante de facto (aquele que estuda
sistematicamente), não estudar apenas para responder a questões
de alguma avaliação, mas sim estude para a vida, sobre tudo,

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

estude pensando na sua utilidade como futuro profissional, na área


em que está a se formar.

Organize na sua agenda um horário onde define a que horas e que


matérias deve estudar durante a semana; Face ao tempo livre que
resta, deve decidir como o utilizar produtivamente, decidindo
quanto tempo será dedicado ao estudo e a outras actividades.

É importante identificar as ideias principais de um texto, pois será


uma necessidade para o estudo das diversas matérias que
compõem o curso: A colocação de notas nas margens pode ajudar
a estruturar a matéria de modo que seja mais fácil identificar as
partes que está a estudar e Pode escrever conclusões, exemplos,
vantagens, definições, datas, nomes, pode também utilizar a
margem para colocar comentários seus relacionados com o que
está a ler; a melhor altura para sublinhar é imediatamente a seguir
à compreensão do texto e não depois de uma primeira leitura;
Utilizar o dicionário sempre que surja um conceito cujo significado
não conhece ou não lhe é familiar;

Precisa de apoio?

Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por outra razão, o
material de estudos impresso, lhe pode suscitar algumas dúvidas
como falta de clareza, alguns erros de concordância, prováveis
erros ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, páginas
trocadas ou invertidas, etc). Nestes casos, contacte os serviços de
atendimento e apoio ao estudante do seu Centro de Recursos (CR),
via telefone, sms, E-mail, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.

Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus assistentes


(Pedagógico e Administrativo), é a de monitorar e garantir a sua

6
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

aprendizagem com qualidade e sucesso. Dai a relevância da


comunicação no Ensino a Distância (EAD), onde o recurso as TIC se
torna incontornável: entre estudantes, estudante – Tutor,
estudante – CR, etc.

As sessões presenciais são um momento em que vocês caro


estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente com staff
do seu CR, com tutores ou com parte da equipa central da UnISCED
indigitada para acompanhar as sua sessões presenciais. Neste
período pode apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza
pedagógica e/ou administrativa.

O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca de 30%


do tempo de estudos a distância, é muita importância, na medida
em que permite lhe situar, em termos do grau de aprendizagem
com relação aos outros colegas. Desta maneira ficar’a a saber se
precisa de apoio ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver
hábito de debater assuntos relacionados com os conteúdos
programáticos, constantes nos diferentes temas e unidade
temática, no módulo.

Tarefas (avaliação e auto-


avaliação)
O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto−avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejam realizadas. As tarefas devem ser entregues
duas semanas antes das sessões presenciais seguintes.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega, e o não


cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante. Tenha sempre presente que a nota dos trabalhos de
campo conta e é decisiva para ser admitido ao exame final da
disciplina/módulo.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL

Os trabalhos devem ser entregues ao Centro de Recursos (CR) e os


mesmos devem ser dirigidos ao tutor/docente.

Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa,


contudo os mesmos devem ser devidamente referenciados,
respeitando os direitos do autor.

O plágio1 é uma violação do direito intelectual do(s) autor(es). Uma


transcrição à letra de mais de 8 (oito) palavras do testo de um
autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade, humildade
científica e o respeito pelos direitos autorias devem caracterizar a
realização dos trabalhos e seu autor (estudante da UnISCED).

Avaliação
Muitos perguntam: Com é possível avaliar estudantes à distância,
estando eles fisicamente separados e muito distantes do
docente/tutor!? Nós dissemos: Sim é muito possível, talvez seja
uma avaliação mais fiável e consistente.

Você será avaliado durante os estudos à distância que contam com


um mínimo de 90% do total de tempo que precisa de estudar os
conteúdos do seu módulo. Quando o tempo de contacto presencial
conta com um máximo de 10%) do total de tempo do módulo. A
avaliação do estudante consta detalhada do regulamentado de
avaliação.

Os trabalhos de campo por si realizados, durante estudos e


aprendizagem no campo, pesam 25% e servem para a nota de
frequência para ir aos exames.

Os exames são realizados no final da cadeira disciplina ou modulo e


decorrem durante as sessões presenciais. Os exames pesam no

1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária, propriedade
intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.

8
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo: CONTABILIDADE GERAL
mínimo 75%, o que adicionado aos 25% da média de frequência,
determinam a nota final com a qual o estudante conclui a cadeira.

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da


cadeira.

Nesta cadeira o estudante deverá realizar pelo menos 2 (dois)


trabalhos e 1 (um) (exame).

Algumas actividades prácticas, relatórios e reflexões serão


utilizados como ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em


consideração a apresentação, a coerência textual, o grau de
cientificidade, a forma de conclusão dos assuntos, as
recomendações, a identificação das referências bibliográficas
utilizadas, o respeito pelos direitos do autor, entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação constam do Regulamento de


Avaliação.
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
TEMA – I: INTRODUÇÃO

UNIDADE Temática 1.1. A Contabilidade Geral: Natureza, Objectivo e


Finalidade.
UNIDADE Temática 1.2. A evolução e o papel da Contabilidade como
instrumento de gestão.
UNIDADE Temática 1.3. Divisões da Contabilidade
UNIDADE Temática 1.4. Documentos Comerciais

UNIDADE Temática 1.1. A Contabilidade Geral: Natureza, Objectivos e


Finalidade.

Introdução
Pretende-se nesta unidade temática que o estudante tenha
conhecimentos necessários a compreensão da contabilidade geral, seu
enquadramento ao nível das operações relacionados com a vida duma
entidade, sua natureza como também os objectivos e finalidade da
contabilidade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:


▪ Definir a Contabilidade Geral;
▪ Identificar os principais conceitos na Contabilidade Geral;
▪ Entender a natureza da Contabilidade Geral;
▪ Conhecer a finalidade da Contabilidade Geral;
▪ Entender e aplicar os princípios contabilísticos.

1.1.1. Conceito de Contabilidade Geral

A Contabilidade Geral é uma ciência apoiada, como em todos outros


casos, por um conjunto de técnicas específicas que têm por
finalidade a prestação de informações relevantes e confiáveis
indispensáveis ao processo de decisão na esfera dos negócios.

Segundo a resolução 13/80 PGC (Programa Geral de Contabilidade),


do boletim da República de Moçambique, a Contabilidade é definida

11
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
como GERAL definida a exercer um papel jurídico
sistema de informação de
prova e de controlo;

Também se pode dizer, que é um sistema de recolha, classificação,


interpretação e exposição de dados económicos.

1.1.2. Natureza da Contabilidade Geral

A Contabilidade Geral fornece informação de natureza económica e


financeira aos utilizadores internos e externos da entidade. Para isso,
colecta os dados económicos, avalia-os em unidades monetárias,
regista-os e sumaria-os em relatórios para serem comunicados e
poderem contribuir para a tomada de decisões.

1.1.3. Objectivo da Contabilidade Geral

A Contabilidade Geral tem como objectivo prover informação precisa


e actual ao gestor, e permitir que ele conheça a origem dos
resultados, a posição da empresa em relação a terceiros e a sua
evolução patrimonial.

1.1.4. Finalidade da Contabilidade Geral

A Contabilidade Geral tem por finalidade registar os factos e produzir


informações que possibilitem ao titular do património o planeamento
e o controle de sua acção.

1.1.5. Objecto da Contabilidade Geral

O objecto da Contabilidade Geral é, pois, o património, em torno do


qual a ciência contabilística desenvolve suas funções, como meio
para alcançar sua finalidade.

1.1.6. Princípios Gerais da Contabilidade

A informação contabilística para ser útil, terá que ser capaz de


proporcionar interpretações credíveis aos utilizadores da informação
financeira, mas para que tal aconteça, deve ser elaborada de acordo
com os Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites (PCGA),
nomeadamente:

12
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Princípio GERAL
da Continuidade
A empresa é uma entidade que opera num âmbito temporal
indefinido, entendendo-se por consequência, que não tenciona nem
necessita de entrar em liquidação.

Princípio da Consistência
A empresa mantém as suas políticas contabilísticas durante os vários
anos de exercícios, devendo indicar no anexo as alterações
consideradas materialmente relevante.

Princípio da Prudência
A empresa deve acautelar nas suas estimativas de reservas ocultas e
excessivas provisões, que afectem a quantificação de activos e
proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso.

Princípio da especialização dos exercícios


A empresa deve reconhecer os ganhos e gastos à medida que eles
ocorram, devendo incluir nas DF’s a que dizem respeito.

Princípio do custo histórico


A empresa deve efectuar os registos contabilísticos com base nos
custos de aquisição ou de produção.

Princípio da substância sobre a forma


A empresa deve contabilizar as operações com base na sua
substância e realidade financeira, e não apenas à sua forma legal. Ex:
um activo que esteja a render juros é vendido e o vendedor continuar
a usufruir dos juros. Aí não houve a realidade financeira. O
comprador, é que deve usufruir dos juros.

Princípio da materialidade
As demonstrações financeiras devem evidenciar todos os elementos
relevantes, que dizem respeito sobre o que foi realizado, sem que
seja ocultada nenhuma informação, para melhor apreciação por
parte dos utentes.

Princípio da fiabilidade
A empresa deve reportar a sua informação de maneira fidedigna ou
fiável, de todas as operações e outros acontecimentos que ela
pretende representar, isenta de erro material.
Princípio da relevância

13
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
A informação GERAL deve ser relevante para as necessidades
da empresa,
de tomada de decisões por parte dos utilizadores, para avaliar os
acontecimentos passados, presentes e futuros.

Princípio da comparabilidade
Os utilizadores, devem ser capazes de comparar as demonstrações
financeiras de uma entidade no decurso do tempo a fim de
identificarem tendências na posição financeira e no desempenho
dessa entidade.

Sumário
O conhecimento da ciência contabilística, torna-se uma ferramenta
preponderante e estratégica para o desenvolvimento da empresa,
tido como um pilar importante. É através dela que se saberá a
situação líquida da empresa, onde a informação é recolhida,
classificada, interpretada e exposta para os órgão de gestão tomarem
decisão, preparada dentro dos procedimentos dos princípios de
contabilidade geralmente aceite.

Exercícios de auto-avaliação
1. Descreva os seguintes Princípios de Contabilidade Geralmente
Aceites:

a) Da continuidade
R: A empresa é uma entidade que opera num âmbito temporal
indefinido, entendendo-se, por conseqüência, que não tenciona
nem necessita de entrar em liquidação ou de reduzir
significativamente o volume das suas operações.

b) Da consistência
R: A empresa mantém as suas políticas contabilísticas durante
os vários exercícios, devendo indicar no anexo as alterações
consideradas materialmente relevantes.

2. O que é a Contabilidade Geral?

R: A Contabilidade Geral é uma ciência apoiada, como


em todos outros casos, por um conjunto de técnicas

14
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
específicas que têm por finalidade a prestação de
informações relevantes e confiáveis indispensáveis ao
processo de decisão na esfera dos negócios.

3. Qual é o objecto da Contabilidade Geral?

R: O objecto da Contabilidade Geral é, pois, o património,


em torno do qual a ciência contabilística desenvolve suas
funções, como meio para alcançar sua finalidade.

Exercícios

1. Dê o conceito de Contabilidade Geral por palavras suas?


2. Qual é o objectivo da Contabilidade Geral?
3. Refira-se da importância da Contabilidade Geral?
4. Diferencie o princípio de continuidade do de especialização dos
exercícios?
5. Atente-se na afirmação: “Adquiriu-se um imóvel e foi registado
na contabilidade pelo custo de compra”- refira-se do princípio
contabilístico vigente na afirmação!
6. Porquê a Contabilidade Geral é considerada como fonte de
informação vital para uma empresa?

UNIDADE Temática 1.2. A evolução e o papel da Contabilidade como


instrumento de gestão.

Introdução
Desde os primórdios da humanidade a contabilidade vem avançando
de forma a demonstrar o fluxo da riqueza nas entidades. Evoluindo da
simples função de proporcionar memorização e controle para a função
de apoiar a gestão, a contabilidade vem reforçando sua função social.
Posição que confere a ela uma importância substancial para o usuário

15
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
da CONTABILIDADE GERAL
informação contabilística.
No final desta unidade, você deve dotar-se dos seguintes
conhecimentos:
▪ Perceber a evolução da Contabilidade Geral;
▪ O papel preponderante da Contabilidade Geral e
▪ Contabilidade Geral como instrumento de gestão.

1.2.1 Evolução da Contabilidade

Desde os tempos remotos, a contabilização de bens era feita pelos


habitantes, sem que tivesse noção da contabilidade.

O seu registo era feito em paredes, pedras, simbolizados através de


objectos, etc. No entanto, neste processo de contabilização existiam
devedores (sobre os quais se tinha o direito de receber) e credores
(sobre os quais se tinha o dever de pagar); que eram evidenciados o
seu tratamento para sua notarização de quem deve ao outro com
direitos e obrigações.

Com o desenvolvimento das sociedades, a contabilidade foi


conhecendo nova dinâmica pela complexidade de factos económicos.
Portanto, ela desenvolveu até aos nossos dias, a qual é administrada
por uma empresa ou sociedades comerciais.

1.2.2 Contabilidade como instrumento de gestão

A contabilidade surgiu pela necessidade do homem em ter


informações económicas e financeiras a respeito dos seus negócios. A
contabilidade tem um potencial enorme de informação, pois todos os
factos que são passíveis de expressão monetária podem ser
agrupados dentro dessa área, objectivando a uma visão sistémica da
situação da empresa.

A informação contabilística é fundamental no apoio às estratégias e


processos de tomada de decisão, bem como no controlo das
operações empresariais. Sua utilização representa uma intervenção
no processo de gestão, podendo, inclusive, provocar mudança
organizacional, à medida que afecta os diversos elementos que

16
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
compõem o sistema GERAL
de gestão.

A contabilidade de uma empresa é um pilar importante para a


empresa, porque é através dela que se saberá a situação líquida da
organização.

1.2.3 Utilizadores da Informação Contabilística

As demonstrações contabilísticas, produzidas e divulgadas pela


contabilidade, devem atender às necessidades dos utilizadores
externos e internos a entidade que são:

Utilizadores Externos

Os Investidores que procuram extrair informação para a decisão sobre


se vale a pena ou não investir na empresa;

As Instituições de Crédito (Bancos), estão interessadas em avaliar se a


empresa oferece boas perspectivas de retorno para seus empréstimos
e financiamentos;

Os Clientes/Fornecedores, tem interesse em informação acerca da


continuação de uma empresa, especialmente quando se tem um
envolvimento a prazo;

A Administração Pública, nos seus vários níveis, está interessada na


informação contabilística como base de imposição fiscal e para
estudos macroeconómicos;

Os Economistas e Analistas Financeiros estão interessados nas


agregações contabilísticas para extrair dados financeiros;

O Público em Geral, interessa ao público a ter informação acerca das


tendências e dos desenvolvimentos recentes da prosperidade da
empresa e da escala das suas actividades.

Utilizadores Internos

OS Funcionários que procuram informações sobre a capacidade da


empresa de pagar maiores salários e outros benefícios;

Os Administradores (Gestores) precisam da informação contabilística


para tomar decisões fundamentais para o desenvolvimento da
empresa.

17
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Sumário
Desde os tempos remotos, a contabilização de bens era feita pelos
habitantes, sem que tivesse noção da contabilidade.

Com o desenvolvimento das sociedades, a contabilidade foi


conhecendo nova dinâmica pela complexidade de factos económicos.
Portanto, ela desenvolveu até aos nossos dias, a qual é administrada
por uma empresa ou sociedades comerciais.

Para uma boa gestão administrativa e financeira, a informação


contabilística é tida como uma fonte de decisão sobre a vida da
empresa. Dai o interesse da sua informação, por parte dos sócios,
trabalhadores, gestores, estado, investidores, credores, população,
entre outros.

Exercícios de auto-avaliação
1. Quem são os utilizadores da informação contabilística externos
e internos?
R: Os utilizadores da informação contabilística externos, são:
Investidores, Instituições de Crédito, Economistas e Analistas
Financeiros, Administração Pública, Clientes/Fornecedores. E
os internos são: Administradores e Funcionários.

2. Do que vale a informação contabilística aos trabalhadores?


R: A informação contabilística vale aos trabalhadores, porque
procuram informações sobre a capacidade da empresa de
pagar maiores salários e outros benefícios.

Exercícios

1. Descreve a evolução da contabilidade?


2. Porquê a contabilidade é considerada instrumento de gestão?
3. Porque a informação financeira interessa ao Governo?

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
4. A informaçãoGERAL
contabilística interessa a comunidade onde a
empresa esta inserida? Justifica!

UNIDADE Temática 1.3. Divisão da Contabilidade

Introdução
A empresa é como um órgão vivo, que mantém por um lado relações
com o exterior e por outro tem a sua vida interna própria. Assim, a
contabilidade, lida com as operações de natureza comercial ou
financeira, tais como, compras, vendas, cobranças, empréstimos e
operações de carácter interno que permitem a transformação das
matérias-primas em produtos acabados. Deste modo, a contabilidade
divide-se em Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custo e
Contabilidade de Gestão.

Pretende-se que no final deste tema, o estudante seja capaz de:

▪ Conhecer as diferenças entre as contabilidades: financeira, de


custos e de gestão.

1.3.1 Contabilidade Financeira

Necessária a todas as entidades. Regista e fornece informações gerais,


a que respeitam a entidade no seu todo onde:

✓ Regista factos patrimoniais que fazem prova perante terceiro;


✓ Permite conhecer, em qualquer momento, a situação
patrimonial da empresa;
✓ Dá a conhecer, período a período os resultados derivados da
exploração feita nesse espaço de tempo;

✓ Possibilita levar a cabo análises de ordem económica e

19
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
financeira, que são importantes auxiliares dos órgãos de gestão
da empresa, para se alcançarem melhores resultados possíveis.

1.3.2 Contabilidade de Custos

Voltada para o cálculo, interpretação e controle dos custos dos bens


fabricados e comercializados e dos serviços prestados pela entidade,
onde:

✓ Fornece oportunamente os custos totais e unitários dos


produtos, subprodutos, resíduos resultantes da actividade
interna da empresa;
✓ Permite hierarquizar responsabilidades no seio da empresa,
uma vez que é possível dividi-la em secções, cada uma
funcionando como um centro de custo próprio;
✓ Possibilita levar a cabo estudos de economicidade e
rentabilidade não só internos mas também de comparação
com outras empresas do mesmo ramo de actividade,
permitindo a detecção e correcção de erros ou desvios
cometidos na fase de produção.

1.3.3 Contabilidade de Gestão

Visa suprir os gestores de um elenco maior de informações


exclusivamente para a tomada de decisões. Diferencia-se da
contabilidade financeira e de custos, por não se prender aos princípios
fundamentais da contabilidade.

Sumário

Olhando o circuito da contabilidade geral, verifica-se que se preocupa


com operações comerciais ou financeiras, a contabilidade de custo

20
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
com preocupação GERAL
de acções desenvolvidas internamente e a
contabilidade de gestão, com aquilo que são os termos relacionados
com as decisões sobre o objectivos a serem atingidos na empresa.

Exercícios de auto-avaliação

1. O que difere a contabilidade de gestão das outras?

R: Rever a matéria 1.3.3

2. Mencione as relações externas que se referem na


contabilidade financeira?

R: Rever a introdução

Exercícios

1. O define contabilidade de custos?


2. Qual é o objectivo da contabilidade de custo?
3. Qual é a relação que existe entre as três contabilidades?

UNIDADE Temática 1.4. Documentos Comerciais

Introdução

Espera-se que no final desta unidade, os estudantes saibam que,


qualquer transacção comercial, é justificada mediante um documento
de prova da operação. De referir que são variadas operações que são
desenvolvidas nas empresas, quer do ramo industrial quer do ramo
comercial, que requer o seu histórico, que consiste em registo de
documentos de transacção comercial. Todavia, os documentos em
referência, serão do uso corrente na empresa como facturas, recibos,
cheques entre outros.

21
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Pretende-se que noGERAL
final desta unidade, o estudante atinja os
seguintes objectivos:

▪ Definir os documentos comerciais;

▪ Conhecer a movimentação dos documentos comerciais;

▪ Conhecer a diferença entre documentos internos e externos;

▪ Distinguir a diferença entre nota de débito e de crédito.

1.4.1 Noção

Nenhum registro deverá ser efectuado sem existir documento


comprovativo da respectiva operação. Existem dois tipos de
documentos comerciais, a saber:

Documentos de movimento interno: são aqueles que são elaborados


na empresa para uso interno (verbetes de caixa).

Documentos de movimento externo: aqueles que provêm ou se


destinam ao exterior (facturas, recibos, notas de débito ou crédito).

Sempre que não seja possível obter documentos correspondentes a


um determinado movimento externo, deverá ser elaborado
internamente documento equivalente e assinado pelo respectivo
responsável.

Antes de registrarmos os documentos devem ser classificados


escrevendo neles contas movimentadas e quando necessário as
importâncias dos respectivos débitos e crédito.

Documentos comerciais - são impressos onde se registam fenómenos


económicos ocorridos com a indicação das suas características
qualitativas e quantitativas no tempo e espaço.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Objectivo

O seu objectivo é permitir os registos dos fenómenos ou factos


patrimoniais sucedidos para reflectir o desenvolvimento da actividade
da empresa.

Importância
A importância dos documentos comerciais reside no facto de
constituir a base legal a partir da qual se elabora toda a informação
financeira e económica duma unidade. Os documentos comerciais
vulgarmente conhecidos são eles:
✓ Nota de encomenda ou requisição
✓ Guia de remessa
✓ Talão de recepção
✓ Factura
✓ Nota de crédito e de débito
✓ Recibo ou Factura-recibo

Nota de encomenda ou requisição, documento emitido pelo


comprador, indicando a natureza (espécie e qualidade) e a quantidade
de mercadoria que pretende comprar.

Guia de remessa, documento emitido pelo vendedor ao comprador,


acompanhando as mercadorias na qual se especificam as quantidades
e qualidade das mercadorias enviadas para efeito de conferência no
acto de entrega.

Talão de recepção, documento emitido pelo comprador e geralmente


anexo a cópia de guia de remessa declarando o recebimento das
mercadorias.

Factura, documento emitido pelo vendedor onde se faz a descrição


completa das mercadorias vendidas e de todas as condições
estabelecidas no contrato da compra e venda (despesas feitas pelo
vendedor por conta do comprador, descontos ou abatimentos
efectuados, etc).

23
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Nota GERAL emitido pelo vendedor para retificação
de débito, documento do
valor da factura enviada ao comprador relativa a erros cometidos para
menos, as despesas efectuadas pelo vendedor por conta de
comprador.

Nota de crédito, documento emitido pelo vendedor que visa rectificar


para a redução do valor da factura para menos. Nele se indica a
importância que se lançou a crédito da conta do comprador referente
às mercadorias que este recusou, devolveu ou a redução do preço ou
ainda o desconto que o vendedor concedeu.

Recibo, documento que prova o pagamento que se efectua, na


operação de compra e venda. O vendedor é sempre obrigado por lei a
passar recibo nos termos do código comercial e sempre que o
comprador exigir.

RESUMO
FASES TRADICIONAIS E DOCUMENTOS DE COMPRA E VENDA

C 1ª FASE: ENCOMENDA – Nota de Encomenda V

O E

M N
2ª FASE: ENTREGA – Guia de Remessa
P D
Talão de Recepção
R E

A 3ª FASE: LIQUIDAÇÃO – Factura D

D Nota de Débito O

O R
Nota de Crédito
R

24
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

1.4.2 Título de Crédito

Título de Crédito – é o documento necessário para o exercício do


direito literal e autónomo nele mencionado.

A letra é um título de crédito pelo qual a pessoa que o emite (sacador)


dá ordem a outra (sacado) para lhe pagar a si, ou à sua ordem, uma
determinada importância em dívida.

Há assim, no momento de emissão da letra, dois intervenientes a


considerar:

O sacador, que é a pessoa que a emite e adquire os direitos


consignados na letra;

O sacado, que é a pessoa fica com a obrigação de pagar a letra na data


do seu vencimento.

1.4.2.1 Classificação

Os Títulos de Crédito podem ser classificados segundo diversos


critérios. Vejamos dois importantes critérios que se referem à
estrutura formal e ao modo de circulação dos títulos

1.4.2.2 Estrutura Formal

Analisando-se sua estrutura formal, os títulos de crédito podem


assumir a feição de ordem de pagamento ou promessa de pagamento.

Ordem de pagamento: nos títulos que contêm ordem de pagamento a


obrigação deverá ser cumprida por terceiros. Exemplo desses títulos:
cheque e letra de câmbio.

25
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
NaCONTABILIDADE GERAL podemos identificar a presença
ordem de pagamento de três
personagens cambiários. Vejamos quem são esses personagens no
caso do cheque:

O emitente: é a pessoa que assina o cheque, dando, assim, a ordem de


pagamento. Observe que no cheque vem escrito: "pague por este
cheque a quantia de". Temos, então, uma ordem ao Banco que
poderia ser traduzida nos seguintes termos: Bancos pague por este
cheque a quantia de.

O sacado: é o Banco, ou seja, a pessoa jurídica que deve cumprir a


ordem de pagamento expressa no cheque. É do Banco que será
retirado (sacado) o valor escrito no título de crédito.

O Tomador ou Beneficiário: é a pessoa que se beneficia da ordem de


pagamento. É quem recebe o valor expresso no cheque.

Promessa de pagamento: nos títulos que contêm promessa de


pagamento a obrigação deverá ser cumprida pelo próprio emitente e
não por terceiros. Exemplo desse título: a nota promissória. Observe
que na nota promissória não vem escrito pague, mas pagarei: o verbo
está na primeira pessoa do singular (eu pagarei).

Na promessa de pagamento podemos identificar a presença de,


apenas, dois personagens cambiários:

O emitente: é a pessoa que emite a promessa de pagamento em


nome próprio, isto é, na primeira pessoa do singular (eu pagarei). O
emitente é o devedor da obrigação.

O beneficiário: é a pessoa que se beneficia da promessa de


pagamento. É o credor do título.

1.4.2.3 Modo de Circulação

26
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Analisando-se o modo como circulam os títulos de crédito podemos
dividi-los em: título ao portador e título nominativo.

Título ao portador: é aquele que circula com muita facilidade,


transferindo-se de pessoa para pessoa pela simples entrega do título.
Não consta deste título o nome da pessoa beneficiada. Por isso, o seu
portador é, presumivelmente, seu proprietário. Exemplo desse título:
cheque ao portador.

Título nominativo: é aquele cujo nome do beneficiário consta no


registro do emitente. Trata-se, portanto, do título emitido em nome
de pessoa determinada. Exemplo desse título: cheque nominal.

1.4.3 Principais Actos Cambiários

Entre os principais actos cambiários podemos destacar os seguintes:

Saque: é o acto cambiário que tem por objectivo a criação de um título


de crédito. Saque é sinónimo de emissão.

Aceite ou vista: é acto cambiário pelo qual o sacado reconhece a


validade da ordem de pagamento. O aceite somente é utilizado no
caso de ordem de pagamento a prazo.

Endosso: é o ato cambiário que tem por objectivo transferir o direito


documentado pelo título de crédito de um credor para outro. O
endosso pode ser em branco ou em preto.

Endosso em branco é aquele em que o endossante (pessoa que dá o


endosso) não identifica a pessoa do endossatário (pessoa a quem se
dá o endosso). O endosso em branco consiste na assinatura do
endossante, fazendo com que o título nominal passe a circular como
se fosse título ao portador. Esse endosso deve ser conferido na parte
de trás do título.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Endosso em pretoGERAL
é aquele em que o endossante identifica
expressamente o nome do endossatário. Esse endosso pode ser
conferido na frente (face ou inverso) ou atrás (dorso ou verso) do
título.

Aval: é o acto cambiário pelo qual terceiro, denominado avalista,


garante o pagamento do título de crédito.

Avalista é a pessoa que presta o aval. Para isso, basta a sua assinatura,
em geral, na frente do título. Devemos destacar que o avalista assume
responsabilidade solidária pelo pagamento da obrigação. Isto significa
que, se o título não for pago no dia do vencimento, o credor poderá
cobrá-lo directamente do avalista, se assim o desejar.

Avalizado: é o devedor que se beneficia do aval, tendo sua dívida


garantida perante o credor. Se o avalizado não pagar o título, o
avalista terá de fazê-lo. A Lei assegura, entretanto, ao avalista o direito
de cobrar, posteriormente, o avalizado.

1.4.4 A Letra de Câmbio

Conceito

A letra de câmbio é uma ordem de pagamento, à vista ou a prazo.


Como toda ordem de pagamento, nela encontramos três personagens
cambiários:

O emitente ou sacador: pessoa que emite o título.

O sacado: pessoa que recebe a ordem e deve cumpri-la.

O tomador ou beneficiário: pessoa que se beneficia da ordem de


pagamento.

1.4.4.1 Requisitos Legais

28
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
A letra de câmbio é documento formal, devendo, por isso, obedecer a
diversos requisitos previstos em Lei. Esses requisitos são:

A denominação letra de câmbio escrita no texto do documento.

A quantia que deve ser paga.

O nome do sacado, isto é, a pessoa que deve pagar.

O nome do tomador, isto é, a pessoa a quem o título deve ser pago.

A data e o lugar onde a letra é sacada.

A assinatura do sacador, isto é, a pessoa que emite o título.

1.4.5 A Nota Promissória

Conceito

A Nota Promissória é uma promessa de pagamento pela qual o


emitente se compromete directamente com o beneficiário a pagar-lhe
certa quantia em dinheiro.

A nota promissória é diferente da letra de câmbio, fundamentalmente,


no seguinte aspecto: a nota promissória é promessa de pagamento,
enquanto a letra de câmbio é ordem de pagamento.

Sendo promessa de pagamento a nota promissória envolve apenas


dois personagens cambiários:

O emitente: é a pessoa que emite a nota promissória, na qualidade de


devedor do título.

O beneficiário: é a pessoa que se beneficia da nota promissória, na


qualidade de credor do título.

29
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
1.4.5.1 GERAL
Requisitos Legais

A Nota Promissória é o documento formal, devendo, por esta razão,


obedecer a diversos requisitos estabelecidos pela Lei.

Esses requisitos são:

A denominação nota promissória escrita no texto do documento.

A promessa pura e simples de pagar determinada quantia.

A data do vencimento (pagamento).

O nome do beneficiário ou à ordem de quem deve ser paga (não se


admite nota promissória ao portador).

O lugar onde o pagamento deve ser realizado.

A data em que a nota promissória foi emitida.

A assinatura do emitente ou subscritor.

1.4.6 Cheque

Conceito

O cheque é uma ordem de pagamento, à vista, que pode ter como


beneficiário o próprio emitente ou terceiros. Como toda ordem de
pagamento, também encontramos no cheque três personagens
cambiários:

O sacador: é a pessoa que emite, passa ou saca o cheque.

O sacado: é o banco que recebe o cheque tendo o dever de pagá-lo


com base nos fundos à disposição do sacador.

O tomador: é a pessoa em cujo benefício o cheque é emitido. O

30
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
tomador GERALou o próprio sacador.
pode ser terceiro

1.4.6.1 Os Tipos de Cheque

Existem dois tipos de cheques quanto ao modo de circulação: cheque


ao portador e cheque nominal.

O cheque ao portador é aquele que não indica expressamente o nome


do beneficiário. Deve conter a expressão ao portador ou manter em
branco o lugar que seria destinado ao nome do beneficiário.

O cheque nominal é aquele que indica expressamente o nome do


beneficiário para que o banco, no momento da apresentação do
cheque, possa conferi-lo. O cheque nominal pode ser:

Nominal à ordem: é aquele que pode ser transmitido por endosso em


branco. O beneficiário do cheque assina, no verso, autorizando seu
pagamento pelo banco.

Nominal não à ordem: é aquele que não se transmite por endosso.


Desta maneira o cheque nominal que apresenta a expressão " não à
ordem " só pode ser pago à própria pessoa do beneficiário. Exemplo: o
cheque de restituição do Imposto de Renda emitido pela Secretaria da
Receita Federal.

1.4.6.2 Os requisitos do cheque

O cheque também é um documento formal devendo ter requisitos


essenciais impostos pela Lei. São requisitos legais do cheque:

A denominação cheque escrita no texto do documento.

A ordem pura e simples de pagar determinada quantia.

O nome do sacado, isto é, o nome do Banco.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

A assinatura do sacador, isto é, da pessoa que emite o cheque.

A data em que é emitido.

O lugar onde o cheque é emitido.

Os cheques pós-datados

É interessante lembrarmos que, segundo a Lei Uniforme sobre


Cheques, este título é ordem de pagamento à vista. Desta maneira, os
cheques com data futura ao dia real da emissão não devem ser
levados em conta. A data futura não é considerada e o cheque sempre
é pagável à vista.

De acordo com o art. 28 da Lei Uniforme, o cheque apresentado a


pagamento antes do dia indicado como data da emissão é pagável no
dia da apresentação.

Cheque cruzado e cheque visado

Entre as diversas espécies de cheques podemos destacar o cheque


cruzado e o cheque visado.

Cheque cruzado: é aquele atravessado por duas linhas paralelas na


face do título. Estas linhas podem ser lançada pelo emitente ou pelo
portador do cheque. O cruzamento do cheque restringe a sua
circulação, pois o título só poderá ser pago a um Banco. Assim, quando
uma pessoa recebe cheque cruzado deverá depositá-lo em sua conta
bancária, para que o título seja " compensado" pelo serviço bancário.

Cheque visado: é aquele no qual o banco deve colocar seu " visto ",
certificando que existem fundos disponíveis na conta do emitente. Ao
visar o cheque, o Banco imediatamente debita na conta do emitente o
valor mencionado do respectivo cheque.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
O CONTABILIDADE GERAL
cheque visado pelo Banco representada uma garantia para o
portador de que o cheque tem fundos.

1.4.7 A Duplicata

Conceito

A Duplicata é o título de crédito emitido com base em obrigação


proveniente de compra e venda comercial ou prestação de certos
serviços.
Vejamos um exemplo de como surge uma duplicata:

Na venda de uma mercadoria, com prazo não inferior a 30 dias, o


vendedor deverá extrair a respectiva factura para apresentá-la ao
comprador. No momento da emissão da futura, ou após a venda, o
comerciante poderá extrair uma duplicata que, sendo assinada pelo
comprador, servirá como documento de comprovação da dívida.

1.4.7.1 Requisitos Legais

A duplicata, sendo título formal, apresenta os seguintes requisitos


previstos em Lei:

A denominação duplicata, a data de sua emissão e o número de


ordem.

O número da factura.

A data do vencimento ou a declaração de ser duplicata à vista.

O nome e o domicílio do vendedor e do comprador.

A importância a pagar, em algarismos e por extenso.

A praça de pagamento.

33
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
A cláusula à ordem. GERAL

A declaração do recebimento de sua exactidão e da obrigação depagá-


la, a ser assinada pelo comprador, como aceite cambial.

A assinatura do emitente.

1.4.8 Livrança

Livrança é uma promessa de pagamento de uma certa quantia, em


dadas condições de tempo e lugar, dado por uma determinada pessoa,
subscritor, a outra, o beneficiário o seu portador legítimo no
vencimento.

Sumário

Todas as operações comerciais que ocorrem dentro de uma unidade,


devem ser justificadas com a base legal, instrumentos designados de
documentos comerciais, os quais nos habilita a historiar o processo
transacional. São diversos tipos de documentos, onde encontra – se
diferentes e diversos intervenientes, como comprador, vendedor,
sacador, sacado, tomador, avalista, portador e as formas de execução
dos mesmo, ao nível tradicional como também ao nível das
instituições de crédito.

Exercícios de auto-avaliação

1. Diferencie os documentos de movimentação interna e


externa?
R: Os Documentos de movimento interno, são aqueles que são
elaborados na empresa para uso interno e de movimento
externo, aqueles que provêm ou se destinam ao exterior.

2. O que é uma factura?

R: documento emitido pelo vendedor onde se faz a descrição


completa das mercadorias vendidas e

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CONTABILIDADE GERAL
de todas as condições estabelecidas no contrato da compra e
venda.

3. Descreve os intervenientes duma letra?

R: Os intervenientes duma letra são: o sacador, que é a


pessoa que a emite e adquire os direitos consignados na letra
e o sacado, que é a pessoa que fica com a obrigação de pagar
a letra na data do seu vencimento.
4. Quais são os dois tipos de cheques que circulam no mercado?
R: Os dois tipos de cheque que circulam no mercado são:
Cheque ao portador, aquele que não indica expressamente o
nome do beneficiário e cheque nominal, aquele que indica
expressamente o nome do beneficiário para que o banco, no
momento da apresentação do cheque, possa conferi-lo.

Exercícios

1. Qual é a finalidade dos documentos comerciais?


2. Qual é o objecto dos documentos comerciais?
3. Há diferença entre recibo e Venda a Dinheiro (VD)? Justifica?
4. Quais os intervenientes no cheque?
5. Um saque, pertence as massas patrimoniais do activo ou
massas patrimoniais do passivo?
6. Um aceite, pertence as massas patrimoniais do activo ou
massas patrimoniais do passivo?

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CONTABILIDADE GERAL
TEMA – II: O PATRIMÓNIO

UNIDADE Temática 2.1. Introdução. Noção e classificação


UNIDADE Temática 2.2. Massas patrimoniais
UNIDADE Temática 2.3. Valor patrimonial
UNIDADE Temática 2.4. A Conta
UNIDADE Temática 2.5. O Inventário

UNIDADE Temática 2.1. Introdução. Noção e classificação.

Introdução

O Homem é um ser eminentemente social. Para fazer face as suas


necessidades, deve adquirir toda uma série de bens, os mais variados,
os quais ele irá chamar “seus”. Mas até certo ponto pode limitar-se,
quando precisa de dinheiro e não o possui. Numa situação desta
poderá recorrer a empréstimos de outra pessoa ou duma instituição
de crédito. Diz-se então, que o indivíduo contrai uma dívida, ficando
com a obrigação de pagar. Mas pode acontecer ao contrário, para
além de pedir emprestado, emprestar. Então fica com o direito de
receber sobre a pessoa a quem emprestou.

Espera-se que no final desta unidade saiba:

▪ Explicar o conceito do património;

▪ Perceber o termo Bem, Direito e Obrigação;

▪ Separar elementos patrimoniais activos de elementos patrimoniais


passivos;

Noção e classificação

O homem na sociedade, com inúmeras necessidades que tem, ele


pode adquirir toda uma série de bens, direitos e obrigações. Estes
bens, direitos e obrigações, fazem parte do seu património que por

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
suaCONTABILIDADE GERAL
vez é agrupado em activo e passivo.

Um Activo é um recurso controlado pela entidade como resultado de


acontecimentos passados e do qual se espera que fluam para a
entidade benefícios económicos futuros.

São exemplos de activos: os edifícios, os equipamentos de transporte


(viaturas), os equipamentos fabris, os computadores, as licenças, as
dívidas a receber, o dinheiro em caixa, os depósitos bancários, etc.

Um Passivo é uma obrigação presente da empresa proveniente de


acontecimentos passados, de quantias a pagar por bens e serviços
recebidos.

São exemplos de passivos: os empréstimos bancários, as dívidas ao


Estado, as dívidas a fornecedores e a outros credores.

Activo – bens e direitos

Passivo – Obrigações

Então, o que será património?

O Património de uma unidade económica, é um conjunto de valores


representados por Bens (àquilo que a unidade económica ou indivíduo
tem), Direitos (àquilo que a unidade económica ou o indivíduo tem a
receber) e Obrigações (àquilo que a unidade económica ou indivíduo
tem a pagar) pertencente a determinada entidade económica, afectos
a uma gestão e que devem ser traduzidos em unidades monetárias.
Ou

PATRIMÓNIO - Conjunto de bens, direitos e obrigações de uma


empresa, em determinada data, devidamente valorizados e utilizados
para atingir determinados objectivos.

Alguém hoje recebe dinheiro duma lotaria, compra casa, carro


mobiliário...de certeza o seu património vai mudar. A esta mutação,

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
chamamos GERAL
de dinamismo do património, razão de certa data.

2.1.1 Classificação do Património

Património Individual, conjunto de bens e direitos e obrigações


pertencente a uma entidade económica de um indivíduo.

Se um património é de uma associação de indivíduos, designa-se de


Património Social.

Património Nacional é o património da nação que integra, património


Público e do privado.

2.1.2 Análise Comparativa do Património

Suponhamos que em certa data a UnISCED tem para duas

delegações oseguinte património:

UnISCED – Beira UnISCED - Gaza

Edifício Edifício

Mini-bus Mini-bus

Mobiliário diverso Mobiliário diverso

Depósitos a ordem no bim Depósitos a ordem no bim

Empréstimo ao empregado Zunguza Empréstimo a empregada Lina

Dinheiro Dinheiro

Empréstimos obtido no Bci Empréstimos obtido no Bci

Será que as duas delegações têm o mesmo património?

Obviamente que não. Apesar dos elementos terem o mesmo nome. O

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
queCONTABILIDADE GERAL
difere é o valor de cada elemento.

2.1.3 Agregação dos elementos patrimoniais em conta

Se observarmos com atenção o património da nossa empresa,


verificamos que há elementos patrimoniais com características
semelhantes que se poderiam agrupar.

O seu agrupamento apresenta vantagens, pois, permite uma melhor


arrumação, facilitando o estudo do património empresarial.

Sumário

O património é, assim constituído de bens que uma empresa ou um


singular possui, entre móveis e imóveis, o que espera receber do seu
cliente caso seja, e das responsabilidades que tem de honrar com os
compromissos. O património difere na composição de cada elemento,
visto que cada um dele, têm o seu valor.

Exercícios auto-avaliação

1. O que é um Activo?
R: Um Activo é um recurso controlado pela entidade como
resultado de acontecimentos passados e do qual se espera que
fluam para a entidade benefícios económicos futuros.

2. O entende por dinamismo patrimonial?

R: Dinamismo patrimonial é a mutação que ocorre no


património em certa data.

3. Diferencie o património individual do nacional?

R: O Património Individual, é conjunto de bens e direitos e


obrigações pertencente a uma entidade económica de um
indivíduo. Enquanto o Património Nacional é o património da
nação que integra, património Público e do privado.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Exercícios

1. Defina Património?
2. Quais são as vantagens de agregação dos elementos
patrimoniais em conta?
3. Coloque V as afirmações Verdadeiras e F as Falsas.
1. Um empréstimo contraído é uma dívida.
2. Dívida a pagar é uma obrigação.
3. Um carro é um direito.
4. Empréstimo concedido é uma obrigação.
5. Uma dívida a cobrar é um direito.
6. Um crédito a receber é um bem.
7. Uma máquina de escrever é um bem.

UNIDADE Temática 2.2. Massas Patrimoniais

Introdução

O património é composto por uma série de elementos pertencentes a


uma entidade ou indivíduo entre bens, direitos e obrigações. Deste
modo, nem todo património é titular da entidade precisando a sua
descriminação entre Activo, Passivo e Situação Líquida. Esta descrição
do património passa pelas grandes divisões denominadas de massas
patrimoniais.

Espera-se nesta unidade, habilitar o estudante sobre o conhecimento


dos grandes grupos dos elementos patrimoniais com mesmas
características do activo, passivo e situação líquida.

Massas Patrimoniais (Massas Gerais)

Os elementos patrimoniais podem ser reunidos em grupos que


desempenham a mesma função económica ou financeira constituindo
massas patrimoniais do activo, passivo e situação líquida.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Massas Gerais

BENS

ACTIVO & OBRIGAÇÕES PASSIVO

DIREITOS

Os elementos que são representados do lado esquerdo do esquema


(Bens e Direitos), valorizam-se positivamente (sinal +) e correspondem
a Massas Gerais do Activo.

Os elementos que são representados do lado direito do esquema


(Obrigações), valorizam-se Negativamente (sinal -) e correspondem a
Massas Gerais do Passivo.

2.2.1 Massas Parciais do Activo

Nos elementos patrimoniais do activo, temos:

✓ Os elementos que são dinheiro, no cofre ou depositado em


banco os quais se encontram disponíveis ou quase disponíveis
são as disponibilidades.
✓ As dívidas a receber, o chamado crédito, representado de
títulos (letras, livranças...), elementos esses que mais cedo ou
mais tarde serão transformados em dinheiro com a respectiva
cobrança.
✓ Se o vencimento (data de cobrança), estiver compreendido no
prazo de um ano, teremos crédito a curto prazo, e a médio e
longo prazo, além de um ano.
✓ Inventários e activos biológicos, (as matérias, os produtos
fabricados, as embalagens comerciais) existente em armazém
os chamados existências elementos esses que se destinam,
naturalmente, a serem transformados em dinheiro (na venda a

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
pronto) ou a GERAL
crédito (na venda a prazo).
✓ Os elementos que ajudam a transformação das existências em
dinheiro nomeadamente mobiliário as máquinas do escritório
os edifícios os veículos e outros equipamentos, chamamos
Investimento de Capital.

Dispondo os elementos do activo em ordem teremos:

Massas parciais Elementos

Investimento de Capital Edifício, mobiliário, máquinas de


carga e descarga...

Inventários e activos biológicos Mercadorias e embalagens


comerciais...

Meios Financeiros Dinheiro no cofre e em bancos...

2.2.2 Massas Parciais do Passivo

Os elementos do passivo correspondem as dívidas a pagar,


créditos/débitos representados ou não por títulos, obrigações essas
que terão de ser satisfeitas em dinheiro no futuro.

Massas parciais Elementos

Contas a receber, contas a pagar, Dívida a pagar, tituladas em


acréscimos e deferimentos aceites, a curto, médio e longo
prazo.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
2.2.3 Massas Parciais do Capital Próprio

O capital próprio ou situação líquida pode apresentar-se desdobrada


em várias parcelas:

SL inicial determinada pela diferença entre activo inicial e passivo


inicial.

SL adquirida determinada pela diferença entre a situação líquida do


momento considerado ou seja situação líquida final e inicial.

SL retida que representa situação líquida adquirida em exercício


anterior e não distribuída, portanto retida na unidade económica
definitiva ou temporariamente.

Massas parciais Elementos

Inicial Valor inicial do património

Retida Resultado anterior não


desdobrado

Adquirida no exercício Resultado do próprio exercício

Sumário

Os elementos que desempenham a mesma função que fazem parte do


património, devem ser agrupados entre as massas do activo, passivo e
do capital próprio. Todos os bens e direitos fazem parte da massa
patrimonial activa e as obrigações da massa patrimonial passiva. E a
diferença entre a massa activa e passiva resulta na massa de capital
próprio.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Exercícios de auto-avaliação

1. O que são massas patrimoniais do Activo e Passivo?

R: As massas patrimoniais do Activo, são elementos que são


representados pelos Bens e Direitos, enquanto massas
patrimoniais do passivo, são elementos representados pelas
Obrigações.

2. Quais as parcelas constituintes da situação líquida?

R: As parcelas constituintes da situação líquida são: Situação


Líquida Inicial, Situação Líquida Adquirida e Situação Líquida
Retida.

Exercícios

1. O que são massas patrimoniais?

2. Quais os pressupostos da massa parcial do passivo?

3. Em que massa patrimonial enquadra-se o valor do património?

UNIDADE Temática 2.3. Valor do Património

Introdução

Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente ao cálculo


do valor real do património. Aqui, entre o conjunto do património que
existe, nem todo ele é pertença da empresa. Sabe-se que, o Activo é
composto de bens e direitos onde por sua vez, é reduzido pelas
obrigações, isto é, os compromissos a serem honrados, resultando no
efectivo valor patrimonial.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Espera-se GERAL
no final desta unidade, que o estudante seja capaz de:

▪ Conhecer a composição dos valores do Activo;

▪ Conhecer a composição dos valores do Passivo;

▪ Calcular o valor do património.

Valor do Património

Para obter o valor do património da empresa, temos que somar o


valor dos bens e direitos que constituem o seu Activo e subtrair o valor
das obrigações que constituem no seu conjunto o Passivo da empresa.
O valor do património, também se chama de Situação Líquida ou
Capital Próprio.

Activo – Passivo = Situação Líquida

A – P = SL

A > P → SL > 0 diz-se que a SL é activa/ positiva

A = P → SL = 0 diz-se que a SL é nula

A < P → SL < 0 diz-se que a SL é passiva/ negativa

Exemplo Prático 01

O Hospital Central da Beira, durante o mês de Janeiro findo, registou


as seguintes operações:

Camas para internamentos. ............................ 350,00 mts

Dívida a Medimoc ........................................... 100,00 mts

Edificio… ........................................................... 800,00 mts

Mobiliários diversos. ........................................ 150,00 mts

Depósitos a ordem no bim… .............................. 50,00 mts

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Empréstimos ao empregado Docoma..............120,00 mts

Dinheiro… ........................................................... 90,00 mts

Empréstimos obtido no bim. ............................ 200,00 mts

Quota na Clínica Avicena.................................... 25,00 mts

Qual é a situação líquida do Hospital Central da Beira?

Resolução

Valor Valor
Conta
Descrição Parcial Total

ACTIVO

3 INVESTIMENTO DE CAPITAL

3.1 Investimentos Financeiros

Quota na Clínica Avicena 25,00

3.2 Activos Tangíveis

Edifício 800,00

Mobiliários diversos 150,00

Camas p/ Internamentos 350,00 1.300,00

4 CONTAS A RECEBER

4.5 Outros devedores

Empréstimo ao empregado Docoma 120,00

1 MEIOS FINANCEIROS

1.2 Bancos

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
Depósito a ordem
CONTABILIDADE GERALno Bim 50,00

1.1 Caixa

Dinheiro 90,00

TOTAL DO ACTIVO 1.585,00

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

4 CONTAS A PAGAR

4.3 Empéstimos obtidos

Empréstimo obtido no Bci 200,00

4.2 Fornecedores

Dívida a Medimoc 100,00

TOTAL DO PASSIVO 300,00

SITUAÇÃO LIQUIDA 1.285,00

Valor do Activo (A) = 1.585,00

Valor do Passivo (P) = 300,00

Valor do Património = A - P

Valor do Património = 1.585,00 – 300,00

Valor do Património = 1.285,00 MTS

Exemplo Prático 02

A empresa comercial “Mobiladora do Chiveve, Lda”, apresentava o


seguinte património no início da sua actividade em 02 de Janeiro de

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
2012.

Venda a prazo de mobília para o HCB ................................... 950,00 Mts

Carrinha. ............................................................................. 3.400,00 Mts

Dinheiro em caixa. ................................................................. 100,00 Mts

Dívida do cliente J. Sousa, Lda. ............................................. 250,00 Mts

Depósito a ordem no Standart Bank...................................... 500,00 Mts

Dívida a Toyota de Moçambique. ...........................................750,00 Mts

Mobiliário do escritório. ........................................................ 870,00 Mts

Dívida do cliente Móveis Centro, SARL. .................................200,00 Mts

Mobílias em armazém. ....................................................... 5.040,00 Mts

Contribuição para o INSS ................................................... 1.050,00 Mts

Máquina fotocopiadora. .....................................................1.100,00 Mts

Depósito a prazo no BCI. ........................................................ 720,00 Mts

Ferramentas. .......................................................................... 250,00 Mts

Dívida ao fornecedor A. Amaral.......................................... 2.000,00 Mts

Edifício................................................................................. 8.500,00 Mts

Quota na Indústria Madeireira de Moçambique. ............... 1.120,00 Mts

Empréstimo obtido no bim. ................................................4.200,00 Mts

Pede-se:

1- Agrupamento dos elementos patrimoniais em conta.


2- O património da empresa em 02 de Janeiro de 2012.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Resolução

Descrição Valor Parcial Valor Total

ACTIVO

3. MEIOS IMOBILIZADOS

3.2. IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS

Edifício 8.500,00

Mobiliário do escritório 870,00

Máquina fotocopiadora 1.100,00

Carrinha 3.400,00

Ferramenta 250,00 14.120,00

3.1. IMOBILIZAÇÕES
FINANCEIRAS

Quota na Indústria Madeireira de


Moçambique 1.120,00

2. MEIOS CIRC.MATERIAIS

2.2 MERCADORIAS

Mobílias em armazém 5.040,00

1.MEIOS CIRC.FINANCEIROS

1.6 OUTROS DEVEDORES

Hospital Central da Beira 950,00

1.3 CLIENTES

Dívida do cliente J. Sousa, Lda 250,00

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Dívida GERALCentro,
do cliente Móveis
SARL 200,00 450,00

1.2 BANCOS

Depósito a prazo no BCI 720,00

Depósito a ordem no Standart


Bank 500,00 1.220,00

1.1 CAIXA

Dinheiro em caixa 100,00

TOTAL DO ACTIVO 23.000,00

PASSIVO

4. CREDORES

4.6 OUTROS CREDORES

Dívida a Toyota de Moçambique 750,00

4.4 CREDOR - ESTADO

Contribuição para o INSS 1.050,00

4.2 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Empréstimo obtido no bim 4.200,00

4.1 FORNECEDORES

Dívida ao fornecedor A. Amaral 2.000,00

TOTAL DO PASSIVO 8.000,00

SITUAÇÃO LIQUIDA 15.000,00

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Total do Activo (A) = 23.000,00

Total do Passivo (P) = 8.000,00

Situação Líquida = Activo – Passivo

SL = A - P

SL = 23.000,00 – 8.000,00

SL = 15.000,00

2.3.1 Factos Patrimoniais

O património duma empresa, não se mantém estável ou estático ao


longo dos tempos, pelo contrário, está sujeito a constantes
transformações as quais podem ser motivadas por duas espécies de
acontecimentos.

Normais que resultam das operações efectuadas voluntariamente pela


empresa, tais como: compras, vendas, pagamentos, saques, aceites,
etc. e os extraordinários, que são independentes da sua vontade tais
como: roubo incêndios quebras, sobras, etc.

Naturalmente, sempre que as variações ocorrem, há uma alteração na


composição do património e haverá ou não modificações no seu valor
constante.

Dá-se o nome de factos patrimoniais, a todas as operações ou


acontecimentos que impliquem qualquer variação na composição do e
ou no valor do património.

2.3.2 Classificação dos factos patrimoniais

Os factos patrimoniais classificam-se em :

51
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
a) CONTABILIDADE GERAL
Qualitativos/permutativos – se altera a composição do património
mas não o seu valor.
b) Quantitativos/ modificativos – se altera a composição e o valor do
património. Este pode ser negativo ou positivo consoante
impliquem a diminuição ou aumento do valor do património, como
também se considera de gasto ou perda e rendimentos ou ganhos,
respectivamente.
Negativos

Quantitativos

Factos Patrimoniais Positivo

Qualitativos

Sumário

Ao valor do património dá-se, tradicionalmente, o nome de


Situação Líquida, ou Capital Próprio. Esta designação, resulta
do facto de nos dar a conhecer a posição em que a empresa
ficaria, se, nesse momento, tivesse de saldar todas as suas
dívidas, provenientes de todos os activos subtraídos os
passivos. O conhecimento da posição financeira da empresa,
vêm do culminar de variados factos patrimoniais que são
desenvolvidos entre normais e anormais.

Exercícios de auto-avaliação

1. O património duma empresa não se mantem estático, porém,


está sujeito a constantes mutações. Justifica!
R: Obviamente, ele sofre transformações, normais, como
compra, venda e anormais, como, roubo, incendios, sobras
etc.

2. Classifique os seguintes factos patrimoniais:


o Levantamento para caixa: Factos patrimoniais
qualitativos;

52
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
o VendaGERAL
de mercadorias a pronto pagamento: Factos
patrimoniais modificativos;
o Recebeu dos clientes 40.000,00 Mts em dinheiro:
Factos patrimoniais qualitativos;
o Depósito a ordem no valor de 250,00 Mts: Factos
patrimoniais qualitativos;
o Pagamento da factura de energia: Factos patrimoniais
quantitativos.

Exercícios

1. Chingore Comercial, dedica-se a comércio geral, possui o seguinte


património.

Numerário – 100,00

Mercadorias diversas – 10.800,00

Mobiliários diversos – 500,00

Divida a receber do cliente – 200,00

Divida a pagar a fornecedores – 300,00

Empréstimo bancário – 1.000,00

Pede-se:

1. Classificação do património segundo as classes dos elementos


patrimoniais!
2. Situação Líquida da Chingore Comercial!

2. A Farmácia Vida, lda que se dedica a comercialização de produtos


hospitalares, sita na avenida Paulo Samuel Kancomba, cidade da Beira,
iniciou a sua actividade em 02 de Janeiro de 2011, com os seguintes
elementos patrimoniais:

53
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Dinheiro GERAL
em cofre .................................................................. 700,00 Mts

Viatura. ............................................................................. 45.000,00 Mts

500 embalagens de gases. ............................................... 25.250,00 Mts

Siringas. ............................................................................... 1.800,00 Mts

200 caixas de parecetamol @ ..................................................16,75 Mts

Dívida a Morfarmex, Lda..................................................... 9.510,00 Mts

Depósito a ordem. ................................................................. 750,00 Mts

Computador ...................................................................... 25.000,00 Mts

Estabelecimento. ........................................................... 650.000,00 Mts

Mobiliário............................................................................ 1.050,00 Mts

Dívida da Clínica São Lucas. .............................................. 1.500,00 Mts

Compra a prazo na Medemoc........................................... 10.250,00 Mts

Pede-se:

1 – Agrupamento dos elementos patrimaoniais e determinação da


situação líquida da empresa.

3. A Mercantil, Lda dedica-se ao comércio geral, possui o seguinte


património:

Dinheiro em caixa .................................................................. 100,00 Mts

Dívida de cliente Sousa. ..........................................................250,00 Mts

Dívida a João. .........................................................................500,00 Mts

Mercadorias diversas. ............................................................ 750,00 Mts

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Depósito a ordem noGERAL
Socremo .............................................. 300,00 Mts

Uma viatura. .......................................................................... 550,00 Mts

S/aceite. ...............................................................................1000,00 Mts

Dívida a fornecedor................................................................ 320,00 Mts

Mobiliário de escritório. ........................................................ 950,00 Mts

Acções adquiridas para revenda. ........................................... 450,00 Mts

Quota na Socimol, Lda. ...........................................................650,00 Mts

Edifícios. ............................................................................... 1500,00 Mts

Empréstimos obtidos. ............................................................400,00 Mts

Saque nº 01 sobre Sampaio ................................................... 455,00 Mts

Pretende-se:

a) Valor do Património.

UNIDADE Temática 2.4. A Conta

Introdução

Pretende-se nesta unidade munir os estudantes, ainda mais a


solidificação daquilo que vem aprendendo sobre o património. Refira-
se que o património de uma empresa é constituído pelo complexo
número de elementos de natureza diferentes. Contudo, esses
elementos podem ser mensurados (medidos) ou seja, traduzidos
numa unidade de valor comum, isto é, transformam-se os elementos
em valor possibilitando a sua mensurabilidade que é o mesmo a
comparação entre si. Dai que consoante a sua natureza ou função que
desempenha na empresa, os valores patrimoniais podem ser

55
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
agrupados em classeGERAL
com características comum conhecido de conta.

A Conta

Cada agrupamento de elementos patrimoniais com características


semelhantes forma um subconjunto do conjunto de todos os
elementos patrimoniais da empresa. A cada um deste subconjunto,
damos o nome de CONTA.

CONTA - será conjunto de elementos patrimoniais com características


semelhantes, expressos em unidades de valor.

2.4.1 Partes constituintes

Na conta há a considerar três elementos, a saber:

✓ Código (número da conta);

✓ Título (nome da conta) e

✓ Valor.

O título consiste na palavra ou expressão por que se designa a conta


ou classe de valores. Deve ser tal que revele imediatamente a
natureza dos elementos que a compõem, isto é, nos dê a conhecer o
seu conteúdo. Tem como finalidade identificar a conta e distingui-la de
todas as outras pelo que será fixa e imutável, onde deve ser claro no
que respeita a característica comum dos elementos a que diz respeito.

2.4.2 Requisitos

A conta constitui a base de toda a escrituração pós é a partir dela que


se desenvolve todo trabalho contabilístico. Toda a conta para
satisfazer o exigido pela contabilidade deve obedecer a dois requisitos
básicos:

56
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE–GERAL
HOMOGENEIDADE cada conta deve conter elementos que tenham
características comuns.

INTEGRALIDADE - todos os elementos que apresentam


características comuns devem fazer parte da mesma conta.

2.4.3 Representação Gráfica

No aspecto gráfico a conta apresenta-se normalmente na forma de um


T ou razão esquemático.

Deve Nº e Nome Haver

Lado Esquerdo Lado Direito

a) b)

Exemplo da conta:

1.2 Bancos

a) Lado esquerdo do esquema, designado por 1º membro da


conta, secção de Débito ou Deve; o acto de inscrever valor
neste lado, diz-se DEBITAR.
b) Lado direito do esquema, designado por 2º membro da conta,
secção de Crédito ou Haver; o acto de inscrever valor neste
lado, diz-se CREDITAR.

57
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
A diferença GERAL
entre o somatório dos valores inscritos a Débitos e a
Crédito duma conta, designa-se por SALDO.

Este saldo pode ser Devedor se o 1º membro for superior que o 2º


membro e Credor se o 1º membro for inferior que o 2º membro.

2.4.4 Disposições

2.4.4.1 Saldar uma Conta

Saldar uma conta consiste em lançar o saldo para que o total de débito
seja igual a total de crédito da conta.

Uma vez determinado o saldo este adiciona-se ao lado cuja soma


apresenta o menor valor, obtendo-se assim uma igualdade entre os
dois lados da conta.

Atendendo as três disposições consideradas anteriormente, teremos:

1º Débito> Crédito - Saldo Devedor, onde Débito = Crédito + Saldo


Devedor

2º Débito <Crédito - Saldo Credor, onde Crédito = Débito+ Saldo


Credor

3º Débito = Crédito Saldo Nulo, onde Débito = Crédito.

Uma conta sem saldo, diz-se uma conta saldada. O saldo de conta
corresponde a sua extensão ou valor num determinado momento.

2.4.4.2 Fechar uma Conta

Corresponde somar as colunas do débito e do crédito depois de os


saldar previamente sublinhando com dois traços a cada soma, o que
designa por trancar a conta. Nesta condição, diz-se a conta fechada.

2.4.4.3 Reabrir uma Conta

É escrever o saldo na coluna dos débitos, se na conta fechada o saldo


era devedor ou escrever o saldo na

58
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
coluna GERAL
dos créditos se o saldo era credor.

2.4.4.4 Classificação da Conta

As contas podem se classificar de diversas formas:

o Contas de valores concretos e

o Contas de valores abstratos.

As primeiras respeitam ao património, contas do activo e passivo. E as


segundas referem-se as expressões numéricas do valor do património,
são as contas do capital próprio ou da situação líquida.

Para além desta classificação, também podem ser designadas de:

o Contas colectivas e

o Contas elementares

As primeiras também designadas por contas acumulativas, são


formados pelas contas da mesma natureza, como por exemplo:
Clientes, Fornecedores, Bancos. As segundas são apelidadas de
singulares, são as que contém um único elemento, isto é, não se pode
subdividir noutras mais simples, como por exemplo: Conta Lópes,
Conta Manuel, Conta Márcia.

Sumário

A conta na sua íntegra, deve ser homogénea e integral, dado que só


poderá admitir movimentos ligados com a respectiva classe de valor,
não excluindo qualquer deles. A conta descrimina o património do
activo e do passivo, onde se evidencia a situação líquida, se é
devedora ou credora, em que procuramos saldar, fechar e reabrir para
continuidade dos factos patrimoniais.

Exercícios de auto-avaliação

59
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
1. O que é uma GERAL
conta?
R: será conjunto de elementos patrimoniais com
características semelhantes, expressos em unidades de valor.
2. Toda a conta para satisfazer o exigido pela contabilidade deve
obedecer a dois requisitos básicos. Descreve esses requisitos?

R: Os requisitos são: Homogeneidade – cada conta deve


conter elementos que tenham características comuns.
Integralidade, todos os elementos que apresentam
características comuns devem fazer parte da mesma conta.

3. Quantos membros possuem uma conta?


R: Uma conta possui dois membros. Lado esquerdo o primeiro
membro e lado direito o segundo membro.

4. Diferencie contas colectivas de elementares?


R: A diferença que existe entre contas colectivas e
elementares e de: contas colectivas conhecidas por contas
acumulativas, são formados pelas contas da mesma natureza,
como Mercadorias, Capital, Credores, Empréstimos Obtidos,
etc. Enquanto que as elementares, são apelidadas de
singulares, são as que contém um único elemento, isto é, não
se pode subdividir noutras mais simples, como por exemplo:
Conta Mendes, Conta Filipe, Conta Margarida, etc.

Exercícios

1. Quais são os elementos que compõem uma conta?


2. O que é debitar e creditar uma conta?
3. Quando se diz que a conta possui saldo credor?
4. Em que consiste cancelar uma conta?
5. Mencione quatro contas de valores concretos e de valores
abstractos?

60
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

UNIDADE Temática 2.5. O Inventário

Introdução

Pretende-se nesta unidade temática que o estudante fique dotado de


conhecimento sólido sobre a matéria de inventário, que descreve por
meio de um documento ou lista mais ou menos sistemático consoante
o grau de agregação dos seus elementos patrimoniais integrantes.
Vem ainda solidificar o conteúdo sobre o património, de forma mais
detalhada, organizado para alguns casos em grupos de contas de
todos os elementos com as mesmas características ou da mesma
família.

Os objectivos desta unidade, é permitir que o estudante saiba:


▪ Distinguir o património do inventário;
▪ Dominar as variadas classificações do inventário e

▪ Elaborar um inventário.

Noção

Para que se conheça o património de uma organização, é necessário


fazer-se o levantamento de todos os bens que ela possui, por meio de
registo feito em mapas, tabelas, no qual figurarão todas as
características dos mesmos, nomeadamente: as quantidades,
qualidades, referências, e as respectivas unidades monetárias. Este
levantamento, é feito através da contagem física, medições, etc. O
documento contabilístico que comporta a relação dos elementos

61
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
patrimoniais, GERAL
designa-se por Inventário.

Inventário – é uma relação, referida a uma determinada data, de


elementos patrimoniais (bens, direitos e obrigações) da empresa,
devidamente quantificados e valorizados.

O inventário não pode ser confundido com o património. Enquanto o


património é o conjunto dos bens, direitos e obrigações da empresa, o
inventário seria o documento em que esses bens, direitos e obrigações
são inscritos, valorados e referidos a uma determinada data.

No inventário devemos considerar três etapas a saber:

1ª Identificação: em que se verifica quais os elementos patrimoniais


existentes;

2ª Descrição e Classificação: em que os elementos são descritos e


repartidos pelas classes a que dizem respeito;

3ª Valorização: em que cada elemento é atribuído um valor.

2.5.1 Classificação do Inventário

1ª Classificação

Quanto à ordenação

Inv.simples ou corrido – quando os seus elementos se apresentam


indiscriminadamente, sem a menor preocupação de ordem ou
selecção.

Inv.classificado ou selectivo – quando os elementos activos e passivos


aparecem separados e agrupados nas respectivas contas, obedecendo
uma certa ordem.

2ª Classificação

62
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Quanto ao conteúdoGERAL
Inv. Total ou geral – quando nele estão inscritos todos os elementos
patrimoniais da empresa, em determinado momento.

Inv. Parcial – quando apenas são listados determinados elementos do


patriomónio da empresa, (como de mercadorias, de títulos de créditos
ou de imobilizados apenas).

3ª Clasificação

Quanto a apresentação

Inv. Analítico – quando além do titulo da conta, nele estão


apresentados todos os seus elementos integrantes, devidamente
valorados.

Inv. Sintéctico – quando nele apenas surgem as contas integrantes


com o respectivo titulo e extensão.

4ª Clasificação

Quanto ao momento de elaboração

Inv. Inicial – Elaborado no início de actividade económica ou no início


de cada exercício económico;

Inv. Final – Elaborado no final de cada exercício económico ou no acto


de liquidação da empresa;

Inv. Ordinário – Elaborado em períodos previamente definidos pelas


unidades económicas. Este faz parte de um conjunto de políticas
definidas a prior pelas empresas e, pode ser mensal, trimestral,
semestral, etc...

Inv. Extraordinário – Elaborado quando se verifica uma situação


anormal ou extraordinária e, a empresa necessitar de avaliar os danos
causados. A título de exemplo temos os incêndios, roubos,
inundações, entre outras instituições.

63
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Exemplo Prático 01
1. A Mercantil, Lda dedica-se ao comércio geral. No início do ano
possuía os seguintes elementos patrimoniais em 02 de Janeiro de
2014:
Dinheiro em caixa. ................................................................. 100,00 Mts
Dívida do cliente. ................................................................... 250,00 Mts
Dívida a João António. .......................................................... 500,00 Mts
Mercadorias diversas. ......................................................... 5.040,00 Mts
Depósito a ordem no Bim ...................................................... 300,00 Mts
Uma viatura. ....................................................................... 3.400,00 Mts
Dívida a fornecedores. ........................................................3.100,00 Mts
Mobiliário do escritório. ........................................................ 870,00 Mts
Edifícios. ............................................................................. 8.500,00 Mts
Empréstimos obtidos. .........................................................4.200,00 Mts

Pretende-se:
Elaboração do inventário:
a) Simples
b) Analítico e
c) Sintéctico

Resolução

a) Inventário Simples

ACTIVO VALOR
Dinheiro em caixa 100.00
Dívida do cliente 250.00
Mercadorias diversas 5,040.00
Depósito a ordem no Bim 300.00
Uma viatura 3,400.00

64
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Mobiliário GERAL
do escritório 870.00
Edifícios 8,500.00
Total do Activo 18,460.00

PASSIVO VALOR
Dívida a João António 500.00
Dívida a fornecedores 3,100.00
Empréstimos obtidos 4,200.00
Total do Passivo 7,800.00

b) Inventário Analítico
Valor Valor
Código Activo Parcial Global
3 Investimento de capital
3.2 Activos tangíveis
Edifícios 8,500.00
Mobiliário do escritório 870.00
Uma viatura 3,400.00 12,770.00
2 Inventário e activos biológicos
2.2 Mercadorias
Mercadorias diversas 5,040.00
Contas a receber, contas a pagar
4

4.1 Clientes
Dívida do cliente 250.00
1 Meios financeiros
1.1 Caixa
Dinheiro em caixa 100.00
1.2 Bancos
Depósito a ordem no Bim 300.00
Total do Activo 18,460.00

65
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL Valor Valor
Código Passivo Parcial Global
Contas a receber, contas a pagar
4

4.2 Fornecedores
Dívida a fornecedores 3,100.00
4.3 Empréstimos obtidos
Empréstimos obtidos 4,200.00
4.6 Outros credores
Dívida a João António 500.00
Total do Passivo 7,800.00

c) Inventário Sintéctico
Código Activo Valor Global
3.2 Activos tangíveis 12,770.00
2.2 Mercadorias 5,040.00
4.1 Clientes 250.00
1.1 Caixa 100.00
1.2 Bancos 300.00
Total do Activo 18,460.00
Código Passivo Valor Global
4.2 Fornecedores 3100
4.3 Empréstimos obtidos 4,200.00
4.6 Outros credores 500
Total do Passivo 7,800.00

Exemplo Prático 02
A sociedade Integral, Lda sedeada na cidade da Beira, que se dedica a
venda de material informático, apresentou o seu inventário simples a
05 de Março de 2014 nos seguintes terms:

66
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Activos:
Dinheiro em Caixa. ................................................................. 500,00 Mts
Computadores. ................................................................... 3.960,00 Mts
Impressoras......................................................................... 1.300,00 Mts
Edifícios. .......................................................................... 194.000,00 Mts
Frigoríficos. ............................................................................ 250,00 Mts
Conjunto de estante. ............................................................. 400,00 Mts
Máquinas registadoras. ...................................................... 1.120,00 Mts
Viaturas. ............................................................................ 31.200,00 Mts
Dívidas de M. Castro. ..........................................................9.030,00 Mts
Dívidas de F. Santos ......................................................... 17.750,00 Mts
Saque nº 06 sobre B. Carlos. ............................................... 6.170,00 Mts
Saque nº 07 sobre C. Matos................................................ 2.130,00 Mts
Secretárias. ......................................................................... 2.120,00 Mts
Cadeira. .................................................................................. 710,00 Mts
Depósito no bim.................................................................... 37.450, Mts
Sofas. ...................................................................................... 480,00 Mts
Equipamentos diversos. ......................................................... 430,00 Mts
Passivo:
Dívida a Omar Trading. ....................................................... 7.160,00Mts
Dívida a Mafuia Comercial. .................................................2.090,00 Mts
Aceite nº 11 saque de J.B.................................................... 5.180,00 Mts
Aceita nº 12 saque de M. Pereira. ....................................... 4.120,00Mts
Dívida a Papelaria Progresso................................................ 2.100,00Mts
Empréstimo contraído no BCI ........................................... 51.500,00 Mts
Pretende-se:
Elaboração do inventário:
a) Analítico e
b) Sintéctico

Resolução

67
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
a) Inventário Analítico
Valor Valor
Código Activo Parcial Global
3 Investimento de capital
3.2 Activos tangíveis
194,000.0
Edifícios 0
Máquina registadora 1,120.00
Frigorífico 250.00
Estantes 400.00
Cadeiras 710.00
Secretárias 2,120.00
Sofas 480.00
Viatura 31,200.00
Equipamento diverso 430.00 230,710.00
2 Inventário e activos biológicos
2.2 Mercadorias
Computadores 3,960.00
Impressoras 1,300.00 5,260.00
Contas a receber, contas a pagar
4

4.1 Clientes
Dívida de M. Castro 9,030.00
Dívida de F. Santos 17,750.00 26,780.00
4.5 Outros devedores
Saque nº 06 Sobre B. Carlos 6,170.00
Saque nº 07 Sobre C. Matos 2,130.00 8,300.00
1 Meios financeiros
1.1 Caixa
Dinheiro em caixa 500.00
1.2 Bancos

68
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Depósito no Bim 37,450.00
309,000.0
Total do Activo 0
Valor Valor
Código Passivo Parcial Global
Contas a receber, contas a pagar
4

4.2 Fornecedores
Dívida a Omar Trading 7,160.00
Dívida a Mafuia Comercial 2,090.00
Papelaria progresso 2,100.00 11,350.00
4.3 Empréstimos obtidos
Empréstimos contraído no BCI 51,500.00
4.6 Outros credores
Aceite nº 11 saque de J.B 5,180.00
Aceite nº 12 saque de M. Pereira 4,120.00 9,300.00
Total do Passivo 72,150.00

b) Inventário Sintéctico
Código Activo Valor Global
3.2 Activos tangíveis 230,710.00
2.2 Mercadorias 5,260.00
4.1 Clientes 26,780.00
4.5 Outros devedores 8,300.00
1.1 Caixa 500.00
1.2 Bancos 37,450.00
Total do Activo 309,000.00
Código Passivo Valor Global
4.2 Fornecedores 11350
4.3 Empréstimos obtidos 51,500.00

69
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
4.6 GERAL
Outros credores 9300
Total do Passivo 72,150.00

Sumário

As operações necessárias a inventariação do património, consistem,


como se disse anteriormente, no arrolamento ou seja na contagem e
discriminação dos elementos patrimoniais e ainda a sua classificação e
avaliação.

Exercícios

1. A Mercantil, Lda dedica-se ao comércio geral, possui o seguinte


património:

Dinheiro em caixa. ................................................................ 100,00 Mts

Dívida de cliente Sousa. .........................................................250,00 Mts

Dívida a João. .........................................................................500,00 Mts

Mercadoria diversas. ............................................................. 750,00 Mts

Depósito a ordem no Socremo ...............................................300,00 Mts

Uma viatura. .......................................................................... 550,00 Mts

S/aceite. ...............................................................................1000,00 Mts

Dívida a fornecedor .............................................................. 320,00 Mts

Mobiliário de escritório. ........................................................ 950,00 Mts

Acções adquiridas para revenda. ........................................... 450,00 Mts

Quota na Socimol, Lda. ..........................................................650,00 Mts

Edifícios. ............................................................................... 1500,00 Mts

Empréstimos obtidos. ............................................................ 400,00 Mts

70
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Saque GERAL ................................................... 455,00 Mts
nº 01 sobre Sampaio

Pretende-se;

Elaboração do inventário sintético.

2. O património de Ramos Sousa Comerciante de Electrodomésticos,


com sede na rua companhia das águas nº 1020 na cidade da Beira, era
constituído em 03 de Outubro de 2012, com os seguintes elementos:

Dinheiro em cofre ...........................................................125.000,00 Mts

Dívida comercial de Alberto............................................ 230.000,00 Mts

Depósito a ordem no Banco Bim. ................................... 280.000,00 Mts

Dívida Comercial a Electromundo................................... 680.000,00 Mts

10 Televisores @ ................................................................. 7.000,00 Mts

Mobiliário de escritório. ................................................. 150.000,00 Mts

Compra a 90 dias na Electroreparadora. ........................ 800.000,00 Mts

Factura da Electrónica do Indico..................................... 100.000,00 Mts

16 Frigoríficos @ .................................................................5.000,00 Mts

Dívida em imposto ao Estado. ........................................ 150.000,00 Mts

Edifício Comercial. ......................................................... 180.000,00 Mts

Empréstimo obtido no BCI a pagar dentro de um ano…130.000,00 Mts

Cheques em carteira. ...................................................... 210.000,00 Mts

20 Fogões @ ....................................................................... 2.500,00 Mts

Pretende-se:

a) Elaboração do inventário analítico e sintético.

71
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

3. Uma empresa comercial “Protea”, apresentou o seguinte


património (valores em meticais) no início da sua actividade a 02 de
Janeiro de 2011.

Dinheiro em caixa. ................................................................. 100,00 Mts

Divida do cliente J. Sousa, Lda. .............................................. 250,00 Mts

Acções adquiridas para revenda. ....................................... 7.950,00 Mts

Depósito à ordem no Standard bank .....................................500,00 Mts

Dívida a Mafuia Comercial. ....................................................750,00 Mts

Dívida do cliente Móveis Centro, SARL. ...............................200,00 Mts

Mobílias em armazém. ....................................................... 5.040,00 Mts

N/ aceite nº 001 ..................................................................... 500,00 Mts

Saque nº 002 à Mafuia Comercial....................................... 7.250,00 Mts

Maquinaria para escritório. ................................................ 1.100,00 Mts

Depósito a prazo no BCI. ........................................................ 720,00 Mts

Ferramentas. .......................................................................... 250,00 Mts

Dívidas ao fornecedor A. Amaral. ...................................... 3.100,00 Mts

Edifício................................................................................. 8.500,00 Mts


Carrinha. ............................................................................. 3.400,00 Mts

Mobiliário do escritório. ........................................................ 870,00 Mts

Trespasse. ........................................................................... 1.120,00 Mts

Aceite nº 002 Saque de J. Carlos......................................... 6.750,00 Mts

72
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Empréstimo GERAL
obtido no bim. ................................................4.200,00 Mts

Pagamento a segurança social. ........................................... 1.050,00 Mts

Pretende-se:

a) Elaboração do inventário analítico e sintéctico.

b) Cálculo do capital próprio.

4. Em 05 de Janeiro de 2009, a empresa Howany, lda que se dedica a


comércio geral, sita na avenida Suíssa, cidade da Beira, apresentou os
seguintes elementos patrimoniais:

Diversos mobiliários de escritório. ................................... 22.000,00 Mts

Débito a F. Comercial, por compra de mercadorias, a pagar em


05/04/2009. ......................................................................30.000,00 Mts

Depósito a ordem no banco Socremo. ............................. 18.000,00 Mts

Cheques em caixa. .............................................................. 6.000,00 Mts

50 Sacos de arroz @............................................................... 500,00 Mts

1000 Litros de óleo alimentar @ ............................................. 31,25 Mts

Empréstimo obtido no Banco Terra.................................. 13.000,00 Mts

Depósito no Banco Procrédito a levantar em


31/12/2010… .................................................................... 21.000,00 Mts

Empréstimo concedido ao empregado Bentos. ................. 3.450,00 Mts

50 Notas de 100,00. ............................................................ 5.000,00 Mts

Factura da Clínica Avicena, referente a assistência médica para 1º


semestre de 2009 dos seus trabalhadores.....................100.182,00 Mts

73
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Camião GERAL
Bedford ................................................................ 40.000,00 Mts

300 Kg de farinha de milho. ..............................................25.000,00 Mts

Dívida a Mafuia Comercial,. ..............................................53.030,00 Mts

Crédito sobre Borges, por venda de mercadorias, c/vencimento em


05/02/2009. ......................................................................10.000,00 Mts

Dívida do cliente F. Sousa, a cobrar em 02/05/2009 ..........1.525,00 Mts

Cheque no cofre, por depositar. ....................................... 17.000,00 Mts

Imposto em dívida ao estado. ............................................ 7.013,00 Mts

Pretende-se:

a) Elaboração do inventário analítico e sintéctico.

b) Cálculo do valor do património

5. Uma empresa comercial “Mobiladora do Chiveve, Lda”, apresentou


o seguinte património (valores em meticais) no início da sua actividade
a 02 de Janeiro de 2010.

Dinheiro em caixa. ................................................................. 100,00 Mts

Divida do cliente J. Sousa, Lda. ............................................. 250,00 Mts

Acções adquiridas para revenda. ...................................... 7.950,00 Mts

Depósito à ordem no Standard bank ....................................500,00 Mts

Dívida a Mafuia Comercial. ....................................................750,00 Mts

Dívida do cliente Móveis Centro, SARL. .................................200,00 Mts

Mobílias em armazém. ....................................................... 5.040,00 Mts

N/ aceite nº 001 ..................................................................... 500,00 Mts

74
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Saque GERAL
nº 002 à Mafuia Comercial....................................... 7.250,00 Mts

Maquinaria para escritório. ................................................ 1.100,00 Mts

Depósito a prazo no BCI. ........................................................ 720,00 Mts

Ferramentas. .......................................................................... 250,00 Mts

Dívidas ao fornecedor A. Amaral. ...................................... 3.100,00 Mts

Edifício................................................................................. 8.500,00 Mts

Carrinha. ............................................................................. 3.400,00 Mts

Mobiliário do escritório. ........................................................ 870,00 Mts

Trespasse. ........................................................................... 1.120,00 Mts

Aceite nº 002 Saque de J. Carlos......................................... 6.750,00 Mts

Empréstimo obtido no bim. ................................................4.200,00 Mts

Pagamento a segurança social. ........................................... 1.050,00 Mts

Pretende-se:

a) Elaboração do inventário analítico e sintético.

b) Cálculo da situação líquida.

75
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

TEMA – III: O BALANÇO

UNIDADE Temática 3.1. Noção do Balanço


UNIDADE Temática 3.2. Apresentação do Balanço
UNIDADE Temática 3.3. Classificação do Balanço

UNIDADE Temática 3.1. Noção do Balanço

Introdução

Nesta unidade, espera – se que o estudante esteja preparado para


interpretar de forma inicial aquilo que seria a posição financeira de
qualquer empresa, visto que no balanço é apresentado a radiografia
de toda a estrutura económica. A posição financeira de uma empresa
é mensurada pelo conjunto de três elementos que se apresentam no
balanço nomeadamente: Activos, Passivos e o capital próprio. Passivos
e capital próprio, representam as fontes de fundos alheios e dos
proprietários, respectivamente, aplicados em Activos. Esta noção dá
origem a equação fundamental da contabilidade.

No final deste tema, você deve ser capaz de:


▪ Elaborar um Balanço;
▪ Calcular o valor do capital próprio;
▪ Interpretar a posição financeira de uma empresa;
▪ Distinguir o balanço de inventário.

Noção

O Balanço, apresenta a imagem da posição financeira da entidade em


determinado momento. Trata-se de

76
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
umCONTABILIDADE GERAL
quadro (mapa) em que são descritas as rubricas, que constituem a
fotografia das diferentes contas nas quais entraram e saíram valores,
durante o período anterior à data da sua elaboração. Veja na Página
225, o Modelo do balanço, do plano de conta “Sistema de
Contabilidade para o Sector Empresarial em Moçambique”, Aprovado
pelo Decreto n.º 70/2009, de 22 de Dezembro.

O balanço é composto pelo activo, pelo passivo e pelo capital próprio.


Apresenta activo dividido em dois conjuntos de rubricas (elementos
da posição financeira), em função do tempo de permanência na
entidade, até serem convertidos em dinheiro, assim:

Aparece o primeiro conjunto, activo não corrente, é composto por


elementos que permanecem na entidade por um período superior a
um ano, após a data do balanço (no decurso normal do ciclo
operacional). São rubricas que evoluem, são renovadas muito
lentamente.

Imediatamente a seguir, aparece o segundo conjunto, activo corrente,


composto por elementos que permanecem na entidade por um
período inferior a um ano, após a data do balanço (no decurso normal
do ciclo operacional). São rubricas que evoluem, são renovadas ou
circulam muito rapidamente.

O Capital Próprio é apresentado na segunda parte do balanço, logo no


início. Os seus detentores (accionistas ou sócios) não exigem o
pagamento antes da liquidação da entidade. São, por isso os recursos
mais estáveis (duradouros) de que a entidade dispõe.

Na decomposição do capital próprio, o Capital (com o qual a entidade


iniciou a actividade) é apresentado como primeira rubrica, deduzido
das participações subscritas e ainda não realizadas.

Segue-se o Capital (adquirido, para mais ou para menos), traduzido


em reservas e em outras rubricas. O resultado líquido do período é a

77
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
última GERAL
rubrica a ser apresentada.

O Passivo é apresentado imediatamente a seguir ao capital próprio, e,


também, tal como activo, tem dois conjuntos de rubricas, em função
do grau de exigibilidade de cada rubrica.

Em primeiro é apresentado o passivo não corrente, que é composto


por elementos com grau de exigibilidade superior a um ano, após a
data do balanço.

Porém, a seguir deste, é apresentado o passivo corrente, que é


composto por elementos com grau de exigibilidade inferior a um ano,
após a data do balanço.

No início do período, cada uma das contas do balanço apresenta os


saldos do final do período anterior:

A débito, os saldos devedores, e, a crédito, os saldos credores.

Os saldos devedores de cada uma das contas representam as rubricas


do activo e os saldos credores de cada uma das contas representam as
rubricas do capital próprio e do passivo.

O Balanço, embora apresente uma situação estática – a fotografia de


um momento – compara a situação actual com a verificada no período
anterior (numa coluna apropriada para o efeito).

O activo de uma empresa é constituído pelos bens e direitos de que a


mesma é titular, e o passivo, pelas obrigações que tem para com
terceiros. A situação líquida resulta da diferença entre o activo e o
passivo, num dado momento.

Numa organização, se o activo é maior que o passivo, significa que os


bens e direitos da empresa são maiores que as suas obrigações. Se a
empresa tivesse de encerrar, neste momento, isto é, tivesse de vender
todos os bens, cobrasse os seus direitos e pagasse todas as obrigações,

78
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
ainda GERAL favorável, porque sendo:
ficava numa situação

A > P, teríamos A – P > 0

Como a situação líquida é precisamente igual a A – P, seguramente


que, neste caso, a mesma seria positiva. Quando isto acontece, diz-se
que estamos perante uma Situação Líquida Activa (SLA).

A = P + SLA

Quando A > P

Balanço

SITUACAO LIQUIDA

ACTIVA

ACTIVO

PASSIVO

A=P

Quando A - P = 0

Nesta situação, diz-se que estamos perante uma Situação Liquida

79
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Nula

Balanço

ACTIVO PASSIVO

A<P

A–P<0

A + SLP = P

Nesta situação, diz-se que estamos perante uma Situação Líquida


Passiva

Balanço

ACTIVO PASSIVO

SITUACAO LIQUIDA

PASSIVA

As deduções atrás efectuadas podem ser resumidas no seguinte


quadro:

80
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CONTABILIDADE GERAL
1º A>P Implica A–P>0 ou A=P+ Sit. Liq.
Caso seja SLA Activa

2º A=P Implica A–P=0 ou A=P Sit. Liq.


Caso seja Nula

3º A<P Implica A–P<0 ou A + SLP Sit. Liq.


Caso seja =P Passiva

Em qualquer dos três casos apresentados, chegamos sempre há uma


igualdade. Esta pode ser representada num quadro em forma de T no
qual, por convenção, do lado esquerdo- 1º membro – representamos
o activo da empresa, do lado direito, - 2º membro – o seu passivo e a
situação líquida, que é registada do lado mais fraco, a fim de que a
igualdade entre os dois membros se mantenha.

BALANÇO

Activo Passivo

1º Membro Sit.Líq. Passiva Sit.Líq. Activa 2º Membro

A igualdade entre os dois membros representados desta maneira dá-


se o nome de BALANÇO.

Como para existir um balanço terá de haver sempre uma igualdade


entre os dois membros, fácil se torna deduzir uma equação que
traduza tal igualdade, basta para tanto somar os valores inscritos nos
dois membros do balanço:

81
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A +CONTABILIDADE
SLP = P +SLA GERAL

A equação assim obtida damos o nome de Equação Geral do Balanço.

A primeira noção de balanço que apresentamos, pode agora ser


melhorada, depois desta representação concreta. Por ela vemos que
um balanço deverá:

- Indicar especificamente o que a empresa se refere ou faz;

- Apresentar a data da sua elaboração, porque mantendo a empresa


relações com o exterior, é natural que o seu património se encontre
em constante mutação. Como o balanço é uma representação estática
do património, dever-se-á indicar a que momento da vida da empresa
se refere;

- Ter, sempre, uma igualdade entre dois membros.

- Representar o património. É de notar, no entanto, que o balanço faz


uma dupla representação de património:

- Representa o património em composição e em valor;

Torna-se agora, possível dar noção de balanço mais completo:

BALANÇO – é uma igualdade entre dois membros, referida a uma


determinada data e referente a uma dada empresa e que nos
representa o seu património, quer em composição quer em valor.

3.1.1 Apresentação do Balanço

Será que as rubricas componentes do activo, passivo e capital próprio


poderão ser inscritas no balanço sem ordenação, ou, pelo contrário,
existirão determinados princípios a observar na sua feitura?

Três ordens de razões nos levam a concluir que há princípios básicos a


observar e que podem ser assim resumidos:

82
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- ACONTABILIDADE
contabilidade daGERAL
empresa deve fornecer dados claros, precisos e
concisos. Estes requisitos serão conseguidos se as rubricas integrantes
do balanço apresentarem uma disposição lógica que permita aos
interessados lê-los e analisá-los com facilidade;

- As rubricas do balanço devem obedecer determinada ordem:

- Os valores activos devem apresentar-se de cima para baixo, por


ordem crescente de liquidez, devendo, portanto, ser representados
em primeiro lugar os que se destinam a permanecer na empresa
durante vários anos;

- O valor do passivo e da situação líquida são agrupados de cima para


baixo, por ordem decrescente de prazos de exigibilidade, devendo,
portanto, ser representadas em primeiro lugar as entradas dos sócios
para a sociedade;

- A partir do momento em que a organização contabilística ficou


sujeita a regras, estabelecidas oficialmente nos chamados planos
contabilísticos, é obrigatório, num número cada vez maior de países,
que os balanços das empresas sejam elaborados de acordo com as
estruturas neles fixadas.

3.1.2 Rubricas integrantes no activo

Investimento de capital

Sob esta rubrica, incluímos todos os bens que apresentam como


características fundamentais o facto de permanecerem, durante
bastante tempo, na empresa e serem indispensáveis à actividade que
esta desenvolve.

O seu grau de liquidez é bastante reduzido, pois, sendo bens


indispensáveis ao funcionamento da empresa, não faria sentido a sua
venda em circunstâncias normais.

83
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CONTABILIDADE
Inventários e activosGERAL
biológicos

Damos o nome de inventários e activos biológicos, ao conjunto de


bens que as empresas adquirem e que constituem objecto específico
da sua actividade.

Ao classificarmos economicamente as empresas, dissemos que as


comerciais compravam mercadorias para venda, enquanto as
industriais adquirem materiais que transformam em produtos
acabados e subsidiariamente em subprodutos e resíduos.

Contas a receber

Nesta rubrica englobamos valores que representam os créditos da


empresa sobre terceiros. Estes créditos podem classificar-se em:

- Dividas de terceiros a curto prazo – quando tais dividas se vencem


dentro do prazo de um ano;

- Dívidas de terceiros a médio e longo prazo – quando o prazo de


vencimento destas dividas for superior a 1 ano.

Meios financeiros

Sob este título estão agrupados elementos patrimoniais que


apresentam mais liquidez, isto é as disponibilidades imediatas e as
aplicações de tesouraria a curto prazo, tais como títulos de créditos
adquiridos para serem revendidos.

São contas integrantes desta rubrica: caixa, depósito a ordem,


depósito a prazo, outros depósitos bancários e títulos negociáveis.

3.1.3 Rubricas integrantes no capital próprio e passivo

Capital próprio e passivo

84
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CONTABILIDADE
Para GERAL
a empresa poder iniciar a sua actividade, os seus sócios entram
para a mesma com determinados valores umas vezes só activos e
passivos.

A diferença entre os valores activos e passivos, no inicio da actividade


da empresa, chamamos de capita inicial.

As rubricas integrantes do passivo encontram-se dispostas por ordem


decrescente de prazos de exigibilidade, isto é, são registradas, em
primeiro lugar, as obrigações da empresa para com terceiros cuja data
de liquidação se encontra mais afastada no tempo.

Contas a pagar

Nesta conta integra-se as principais rubricas que são “dividas a curto


prazo”

- Fornecedores

- Estado e outros entes públicos

- Empréstimos obtidos

- Outros credores

A principal conta integrante da rubrica “dívidas a médio e longo prazo”


é empréstimo obtido (quando o prazo que falta para o vencimento do
empréstimo for superior de um ano).

3.1.4 Classificação do Balanço

Quanto ao momento da sua elaboração

- Balanço inicial – que se elabora no inicio da actividade económica;

- Balanço final – que se elabora no fim de cada exercício económico

- Balanço de liquidação - que se elabora quando a unidade deixa de


exercer as suas funções (extingue-se). Importa realçar que vários são

85
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os CONTABILIDADE GERAL
motivos que levam a liquidação de empresa, a falência, a fusão e
transformação.

Quanto à representação

O Balanço pode ser representado em dispositivo Vertical ou


Horizontal. No vertical, as rubricas componentes do balanço são
colocadas umas a seguir as outras, em sentido vertical, apresentando-
se em primeiro lugar, o activo e depois o capital próprio e passivo.

Na disposição horizontal, no primeiro membro, inscrevemos o activo


da empresa, e no segundo membro, a situação líquida e o seu passivo.

Quanto à estrutura

Se no balanço a conta vem desdobrada, se obtém informação mais


completa, não só acerca do património da empresa, mas também dos
elementos componentes de cada conta. Ao balanço que as suas contas
não se encontram desdobradas, damos o nome de balanço sintético,
enquanto que, ao balanço cujas contas se encontram desdobradas, em
sub contas, se chama de balanço analítico.

Exemplo prático 01

A Sociedade Comercial Mphonesse, lda que se dedica ao comércio


geral, sita na avenida da Suíssa, cidade da Beira, em 05 de Janeiro de
2009, apresentava os seguintes elementos patrimoniais:

Crédito sobre cliente Borges, por venda de mercadorias, c/vencimento


em 05/07/2009 ......................................................................... 10.000,00

100 Notas de 50. ......................................................................... 5.000,00

Factura da Clínica Avicena, referente a assistência médica para 1º


semestre de 2009 dos seus trabalhadores. ........................... 100.182,00

Diversos mobiliários de escritório. .......................................... 22.000,00

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CONTABILIDADE
Débito GERAL
a F. Comercial, por compra de mercadorias, a pagar em
05/04/2009… ........................................................................... 30.000,00

Depósito a ordem no banco Socremo. .................................... 18.000,00

Cheques em caixa. ..................................................................... 6.000,00

50 sacos de arroz @ ...................................................................... 500,00

Empréstimo contraído no banco Terra. ................................... 13.000,00

Cheque no cofre, por depositar. .............................................. 17.000,00

Imposto em dívida ao estado. ................................................... 7.013,00

Depósito no banco Procrédito a levantar em 05/01/2010 ...... 21.000,00

Empréstimo concedido ao empregado Bentos. ........................ 3.450,00

Camião Bedford ....................................................................... 40.000,00

7000 Kg de farinha de milho. .................................................... 25.000,00

Dívida a Mafuia Comercial,. .....................................................53.030,00

Dívida do cliente F. Sousa, a cobrar em 31/01/2009 ................. 1.525,00

1000 Litros de óleo alimentar @ .................................................... 31,25

NB: Valores em meticais

Pede-se:

a) Balanço Analítico

b) Valor do património

Resolução

Balanço da Sociedade Comercial Nphonesse, Beira, 05 /01/2009


Valores em meticais

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CONTABILIDADE GERAL
Valor
Fólio DESCRIÇÃO Parcial Valor Total

ACTIVO

3 MEIOS IMOBILIZADOS

3.2 IMOBILIZAÇÕES CORPOREAS

Diversos mobiliários de escristório 22.000,00

Camião Bedford 40.000,00 62.000,00

2 MEIOS CIRC. MATERIAIS

2.2 MERCADORIAS

50 Sacos de arroz 25.000,00

300 Kg de Farinha de milho 25.000,00

1000 ltrs de Oleo alimentar 31.250,00 81.250,00

1 MEIOS CIRC. FINANCEIROS

1.6 OUTROS DEVEDORES

Empréstimo concedido ao Bentos 3.450,00

1.3 CLIENTES

Crédito sobre cliente Borges 10.000,00

Dívida do cliente F. Sousa 1.525,00 11.525,00

1.2 BANCOS

Depósito no banco Socremo 18.000,00

Depósito no banco Procrédito 21.000,00 39.000,00

1.1 CAIXA

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CONTABILIDADE GERAL
50 notas de 100 5.000,00

Cheques no cofre 17.000,00

Cheques em caixa 6.000,00 28.000,00

TOTAL DO ACTIVO 225.225,00

CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO

5 CAPITAL E FUNDOS PRÓPRIOS

5.1 CAPITAL 22.000,00

4 CREDORES

4.6 OUTROS CREDORES

Factura da Clínica Avicena 100.182,00

4.4 CREDOR - ESTADO

Imposto em dívida ao estado 7.013,00

4.2 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Empréstimos contraído no banco


Terra 13.000,00

4.1 FORNECEDORES

Débito a F. Comercial 30.000,00

Dívida a Mafuia Comercial 53.030,00 83.030,00

TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO + PASSIVO 225.225,00

89
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VPCONTABILIDADE
=A-P GERAL

VP = 225.225,00 - 203.225,00

VP = 22.000,00

Exemplo prático 02

O Património de Ramos Sousa Comerciante de Electrodomésticos,


com sede na rua companhia das águas nº 1020 na cidade da Beira, era
constituído em 01 de Outubro de 2012, com seguintes elementos:

Assistência médica e medicamentosa da Clínica Avicena, referente ao


3º trimestre de seus colaboradores no valor de…................... 32.000,00

Factura da Electrónica do Índico............................................ 100.000,00

Dinheiro em cofre .......................................................................5.000,00

Dívida comercial de Alberto… ................................................ 230.000,00

Depósito a ordem no Banco Bim. .......................................... 280.000,00

Dívida Comercial a Electromundo.......................................... 380.000,00

25 Televisores @ ........................................................................ 7.000,00

Mobiliário de escritório. ........................................................ 150.000,00

Compra a 90 dias na Electroreparadora. .............................. 340.000,00

16 Frigoríficos @ .......................................................................25.000,00

Dívida em imposto ao Estado. ............................................... 150.000,00

Edifício Comercial. ................................................................ 180.000,00

Empréstimos obtidos no BCI a curto prazo. .......................... 130.000,00

85 Fogões @ .............................................................................. 2.500,00

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Factura GERAL
sobre o Instituto de Ciências de Saúde da Beira (Lar).83.000,00

Operações:

1- Amortiza 35% da dívida, com a banca.


2- Aquisição de uma geladeira para escritório, no valor 75.000,00.
3- Saque sobre Paraíso do Maquinino, 15% sobre total dos
fornecedores.
4- Recibo nr.º 0222/2012, de 60% da Electrónica do Indico.
Pede-se:

1- Balanço analítico.

Resolução

DESCRIÇÃO Valor Parcial Valor Total


ACTIVOS
ACTIVOS TANGIVOS
Mobiliários de escritórios 150,000.00
Edifício comercial 180,000.00
Geladeira para escritório 75,000.00 405,000.00
MERCADORIAS
25 Televisores 175,000.00
16 Frigoríficos 400,000.00
85 Fogões 212,500.00 787,500.00
CLIENTES
Dívida comercial de Alberto 230,000.00
Saque s/ Paraíso de Maquinino 123,000.00 353,000.00
OUTROS DEVEDORES
Factura s/ ICSB - Lar 83,000.00
BANCOS
Depósito a ordem no Banco bim 99,500.00
CAIXA

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Dinheiro em cofre GERAL 5,000.00
Total do activo 1,733,000.00
DESCRIÇÃO Valor Parcial Valor Total
CAP. PROPRIO + PASSIVO
Capital Próprio 706,500.00
FORNECEDORES
Factura da Electrónica do Indico 40,000.00
Dívida comercial a Electromundo 380,000.00
Compra a 90 dias na
Electroreparadora 340,000.00 760,000.00
EMPRESTIMOS OBTIDOS
Emprést. obtidos no BCI a curto
prazo 84,500.00
ESTADO
Dívida em imposto ao Estado 150,000.00
OUTROS CREDORES
Assist. Médica na Clínica Avicena 32,000.00
Total do capital próprio e passivo 1,733,000.00

Sumário

O Balanço, é reflexão de todos elementos patrimoniais pertencentes a


uma empresa, onde vislumbra o quadro em que se encontram
representadas as fontes (origens) e as aplicações dos fundos postos à
disposição da empresa. De acordo com este conceito, o segundo
membro do balanço funciona como a origem dos fundos da empresa e
o primeiro membro, como a aplicação dos fundos postos a sua
disposição. Para se manter a noção de balanço, igualdade entre dois
membros, a soma dos valores postos à disposição da empresa terá de
ser sempre igual à soma dos valores por ela aplicados.

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Exercícios

1. A empresa comercial “Mobiladora do Chiveve, Lda”, apresentava o


seguinte património no início da sua actividade em 02 de Janeiro de
2011. Valores em Meticais.

Camião. ..................................................................................... 13.400,00

Dinheiro ..................................................................................... 1100,00

Dívida do cliente Movart, Lda. .................................................... 1250,00

Bancos. ........................................................................................ 1500,00

Mobiliário diversos do escritório… ........................................... 2.870,00

Dívida do cliente Móveis, lda. .................................................... 5.200,00

Mobílias ................................................................................... 5.000,00

Segurança social....................................................................... 1.350,00

Impressora. ...............................................................................3.005,00

Ferramentas. ................................................................................ 555,00

Dívida ao fornecedor Mutende, lda. ......................................... 2.030,00

Edifício....................................................................................... 6.320,00

Quota na Indústria Madeireira de Moçambique. ....................1.000,00

Empréstimo obtido no bim. ...................................................... 6.322,00

Pede-se:

a) Balanço sintéctico.

2. A Farmácia Nrimaaka, lda que se dedica a comercialização de


produtos hospitalares, sita na avenida acordos de Lusaka, cidade da
Beira, iniciou a sua actividade em 02 de Janeiro de 2011, com os

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UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
seguintes elementosGERAL
patrimoniais:

Dinheiro em cofre ......................................................................... 500,00

Gases. ......................................................................................... 3.960,00

Seringas. ..................................................................................... 1.300,00

Edifícios. ................................................................................. 194.000,00

Frigorífico. ..................................................................................... 250,00

Conjunto de estante. .................................................................... 400,00

Máquina registadora. ............................................................... 1.120,00

Viatrura. ...................................................................................31.200,00

Dívida da Clínica Avicena ......................................................... 9.030,00

Dívida da Clínica são Lucas...................................................... 17.750,00

Saque nº 06 sobre/ HCB........................................................... 6.170,00

Saque a Faculdade de Ciências de Saúde. ................................ 2.130,00

Secretárias. ................................................................................ 2.120,00

Cadeiras. ....................................................................................... 710,00

Depósito no Banco Bim. ........................................................... 37.450,00

Sofás. ............................................................................................. 480,00

Equipamento diverso. ................................................................... 430,00

Dívida a Mozambique Cientific ................................................. 7.160,00

Dívida sobre Medimoc ................................................................ 2.090,00

Aceite nº.001 Saque de Morfarmex .......................................... 5.180,00

Aceite nº.002 Saque de Mozambique Cientific ......................... 4.120,00

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CONTABILIDADE
Dívida a Morfarmex,GERAL
lda. ........................................................... 2.100,00

Empréstimo contraído no Bci. ................................................. 51.500,00

Pretende-se:

1- Elaboração do Balanço classificado análitico e sintéctico.

3. Uma empresa comercial “Protea”, apresentou o seguinte


património (valores em meticais) no início da sua actividade a 02 de
Janeiro de 2011.

Dinheiro em caixa. ........................................................................ 100,00

Divida do cliente J. Sousa, Lda. ..................................................... 250,00

Acções adquiridas para revenda. .............................................. 7.950,00

Depósito à ordem no Standard bank ............................................. 500,00

Dívida a Mafuia Comercial. ........................................................... 750,00

Dívida do cliente Móveis Centro, SARL. ........................................200,00

Mobílias em armazém. .............................................................. 5.040,00

N/ aceite nº 001 ............................................................................ 500,00

Saque nº 002 à Mafuia Comercial.............................................. 7.250,00

Maquinaria para escritório. ....................................................... 1.100,00

Depósito a prazo no BCI. ............................................................... 720,00

Ferramentas. ................................................................................. 250,00

Dívidas ao fornecedor A. Amaral. ............................................. 3.100,00

Edifício........................................................................................ 8.500,00

95
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Carrinha. GERAL
.................................................................................... 3.400,00

Mobiliário do escritório. ............................................................... 870,00

Trespasse. .................................................................................. 1.120,00

Aceite nº 002 Saque de J. Carlos................................................ 6.750,00

Empréstimo obtido no bim. ........................................................ 4.200,00

Pagamento a segurança social. .................................................. 1.050,00

Pede-se:

1. Elaboração do balanço analítico da empresa.

2. Valor do património

3. Análise da situação financeira.

4. O património de Ramos Sousa Comerciantes de Electrodomésticos,


com sede na rua companhia das águas nº 1020 na cidade da Beira, era
constituído em 03 de Outubro de 2010, com seguintes elementos:

Dinheiro em cofre ...................................................................125.000,00

Dívida comercial de Alberto................................................... 230.000,00

Depósito a ordem no Banco Bim… ........................................ 280.000,00

Dívida Comercial a Electromundo.......................................... 680.000,00

10 Televisores @ ........................................................................ 7.000,00

Mobiliário de escritório. ........................................................ 150.000,00

Compra a 90 dias na Electroreparadora… ......................... 800.000,00

Factura da Electrónica do Indico............................................ 100.000,00

16 Frigoríficos @ ........................................................................ 5.000,00

96
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Dívida GERAL
em imposto ao estado. ............................................... 150.000,00

Edifício Comercial. ................................................................ 180.000,00

Empréstimos obtidos no BCI a pagar dentro de um ano… .. 130.000,00

Cheques em carteira. ............................................................. 210.000,00

20 Fogões @ .............................................................................. 2.500,00

Pede-se:

1- Balanço Analítico;
2- Valor do património;
3- Posição financeira empresa.

TEMA – IV: LANÇAMENTOS

UNIDADE Temática 4.1. Noção de Lançamentos


UNIDADE Temática 4.2. Classificação dos Lançamentos
UNIDADE Temática 4.3. Estorno
UNIDADE Temática 4.4. Sistema de Contabilização de Inventário
UNIDADE Temática 4.5. Balancete

UNIDADE Temática 4.1. Noção de Lançamentos

Introdução

Pretende-se, nesta unidade temática, que o estudante tenha


conhecimentos sólidos no que se refere aos fenómenos que devem
merecer o registo contabilístico para os fins de controlo de gestão do
património de uma entidade. O património como conjunto de activo e
passivo sujeitos a variações, consequência da própria empresa, urge a
necessidade de representar e inscrever em documento, livros, registos

97
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
de CONTABILIDADE
várias naturezasGERAL
os factos patrimoniais que provocam a sua
variação. A escrituração comercial será, pois, o conjunto de
documentos e livros que historiam a evolução patrimonial de qualquer
empresa.

No final desta unidade, o estudante deve:


▪ Conhecer os tipos de lançamentos,
▪ Perceber o conteúdo de partidas dobradas;
▪ Conhecer regras de movimentação das contas do activo,
passivo e de fundos próprios;
▪ Saber diferenciar diário de razão.
Noção de Lançamentos

Designa-se por lançamentos ou assento, o registo de qualquer


operação ou acontecimento nos livros ou documentos de
contabilidade. Ou ainda, lançamento seria o registo de um facto
patrimonial nos livros ou noutros suportes próprios da contabilidade.

Todo o lançamento tem de ter como base um documento


comprovativo, que pode ser uma letra, factura, recibo, uma nota de
lançamento, venda a dinheiro (VD), etc.

Assim, cada registo contabilístico deve estar fundamentado em


documento justificativo adequado, datado e susceptível de ser
apresentado quando solicitado.

Existem diversos tipos de lançamentos consoantes a natureza dos


movimentos a que respeitam:

Lançamento de abertura – refere-se ao registo de situação


patrimonial no início da escrita de um comerciante;

Lançamentos correntes – respeitam ao registo das operações


efectuada durante o exercício económico;

98
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Lançamentos GERAL– destina-se a anular ou rectificar
de estorno outros
registos. Este lançamento é de exigência legal, pois os livros de
contabilidade deverão ser cuidadosamente conservados e a sua
escrituração não pode ser efectuada com intervalo em branco,
entrelinhas, rasura ou transporte para as margens;

Lançamentos de regularização ou rectificação – servem para rectificar


os saldos que não correspondem a realidade, sendo efectuado
normalmente no final de cada ano, antes do apuramento dos
resultados.

Lançamentos de apuramento de resultados – são feitos para


transferir os saldos das contas de custos e de proveitos para as contas
de resultados;

Lançamentos de encerramento – fecham as contas que apresentam


saldos após o apuramento de resultados;

Lançamentos de reabertura – registam no começo de um exercício, os


valores iniciais das contas, ou seja, os saldos finais das contas do
exercício anterior.

4.1.1 Método de partida dobrada

De acordo com este método, a um registo de débito numa conta


corresponde sempre um ou mais registos a crédito numa ou noutras
contas e vice-versa, isto é, a um ou mais débitos corresponde sempre
um ou mais créditos de igual montante.

É essencial ter presente que a variação numa conta é sempre


equilibrada pela variação de outras contas, para que a equação
fundamental da contabilidade se mantenha.

O método de partida dupla permite que depois de efectuado o


lançamento se verifique a equivalência entre o total dos débitos e dos

99
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
créditos GERAL contabilístico.
no final do período

4.1.2 Regras de movimentação das contas

CONTAS DEBITAM – SE PELOS CREDITAM – SE


(AS) PELOS (AS)

ACTIVO Aumentos (+) Diminuições (-)

PASSIVO Diminuições (-) Aumentos (+)

FUNDOS PROPRIOS Diminuições (-) Aumentos (+)

Registo das extensões iniciais

A primeira questão que se levanta, ao pretendermos fazer um registo


numa conta, é a de sabermos em que coluna terá de se inscrever o
valor das extensões que o balanço inicial apresenta?

Todas as extensões iniciais, apresentadas pelas contas do activo, são


registadas no lado esquerdo, ou seja, do mesmo lado em que se
encontravam registadas no balanço inicial.

Na conta, o lado esquerdo corresponde à primeira coluna, ou seja, a


coluna do débito. Logo, as contas do activo são debitadas pelo registo
das extensões iniciais apresentadas.

Quanto às contas do passivo, as suas extensões iniciais são sempre


registadas no lado direito, isto é, do mesmo lado em que se
encontravam registadas no balanço inicial.

Na conta, o lado direito corresponde à segunda coluna, ou seja, a


coluna dos créditos. Logo, podemos dizer que as contas do passivo são
creditadas pelo registo das extensões iniciais que apresentam.

100
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
D Nome da contra C

DÉBITOS CRÉDITOS

4.1.2.1 Movimentação das contas do activo

Uma vez que já sabemos como são registrados os saldos iniciais em


contas do activo, iremos de seguida ver como estas contas são
movimentadas.

Regra: As contas do activo são debitadas pela sua extensão inicial e


pelos aumentos de extensão e creditadas pelas diminuições de

extensão.

D Conta do Activo C

Extensão Inicial

Diminuições de
e extensão

Aumentos de
Extensão

4.1.2.2 Movimentação das contas do passivo

Depois de termos aprendido que coluna da conta devia registar a


extensão inicial apresentada pelas contas do passivo, levanta-se o
problema de saber como registar, nestas contas, o movimento que as
afecta.

Regra: As contas do passivo são debitadas pelas diminuições de

101
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
extensão GERAL
e creditadas pala extensão inicial e pelos aumentos de
extensão.

D Conta Passivo C

Extensão Inicial

Diminuições de
extensão e

Aumentos de Extensão

4.1.2.3 Movimentação das contas de Gastos – classe Seis

Na conta, a coluna da esquerda corresponde à coluna dos débitos.


Assim, sempre que a empresa suporta um custo, debita a respectiva
conta de custo.

Regra: As contas de gastos são debitadas, sempre que se suporta um


gasto.

D Conta de Gastos C

Debita pelos custos

4.1.2.4 Movimentação das contas de Rendimentos - classe Sete

Como sabemos, na conta, fazer um registo do lado direito equivale


creditá-la. Assim, sempre que a empresa obtém um proveito credita a
respectiva conta de proveitos.

Regra: As contas de rendimentos são creditadas sempre que se

102
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
obtém GERAL
um rendimento.

Conta de
D Rendimentos C

Credita pelos
Rendimentostos

Obs: Em relação às contas da classe 6 e 7, isto é, gastos e


rendimentos, a sua natureza da variação, funcionam como as contas

do activo e passivo, respectivamente.

4.1.3 Diário

O diário é um livro onde o comerciante ou uma firma regista, dia-a-


dia, por ordem de data cada um dos seus actos que modifiquem ou
possam vir a modificar o seu património.

Estes registos, quando não forem numerosos, devem registar-se dia a


dia. Se forem numerosos, podem ser efectuados lançamentos de
resumo semanais, quinzenais ou mensais, desde que a empresa
possua livros auxiliares.

Do que atrás se disse, podemos concluir que o diário pode ser analítico
e sintético.

- Diário analítico é escriturado dia a dia;

- Diário sintético é o que reúne, ao fim de um certo período de tempo,


o movimento disperso pelos diários analíticos.

As folhas do diário apresentam o seguinte formato:

103
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

Onde:

1 – Código de contas;

2 – Preposições a (antes da conta creditada);

3 – Contas movimentadas, descrição (histórico) e a data do


lançamento;

4 – Número do fólio do razão geral;

5 – Coluna auxiliar das importâncias;

6 – Coluna principal das importâncias.

4.1.4 Razão

Razão – serve para escriturar o movimento de todas as operações do


diário, ordenadas por débito e crédito, em relação a cada uma das
respectivas contas, para se conhecer o estado e a situação de qualquer
delas, sem necessidades de se recorrer ao exame e separação de
todos os lançamentos cronologicamente escriturados no diário.

104
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADEseria:
Esquematicamente GERAL

1 1

2 2

3 3

4 4

5 5

6 6

7 7

Resumido: Conta

Onde:

1, 2 e 3 – ano, mês e dia respectivamente;

4 – preposição a (de);

5 – conta creditada (debitada);

6 – número de lançamento no diário;

7 – Importância.

4.1.5 Elementos do Lançamento

O lançamento pode ter os seguintes elementos:

105
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
DATA: GERAL
dia da ocorrência do facto patrimonial

TITULO: nome da conta ou contas a debitar e respectiva contrapartida,


ou seja, conta ou contas a creditar.

HISTÓRICO: resumo sucinto do facto patrimonial, com referencia aos


documentos que o comprovam.

IMPORTÂNCIA: corresponde ao valor das variações provocadas nas


contas.

DEBITAR UMA CONTA: significa escrever ou lançar a extensão ou valor


no lado esquerdo, do razão esquemático

CREDITAR UMA CONTA: significa escrever ou lançar a extensão ou


valor no lado direito, do razão esquemático.

Sumário

A escrituração (lançamento) em livros apropriados dos factos


patrimoniais da empresa, é fundamental, na medida em que sempre
que possível nos recorremos para constituir a história das actividades
desenvolvidas durante um certo período. Estes lançamentos podem
ser do início de uma actividade, de decorrer das operações ou da
cessação das actividades entre outros, em livros apropriados
denominados diários, em que reflecte as operações diárias que uma
empresa realiza. Esses elementos patrimoniais, também podem ser
sintetizados em razão esquemático, vulgarmente conhecido por T de
razão.

Exercícios

1. Que tipo de lançamento conhece?

2. O que entende por método de partida de dobrada?

3. Enuncie a regra de movimentação das contas de capital


próprio?

106
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
4. Quais as regras de movimentação das contas de balanço?

5. Diferencie diário de razão?

6. Quais os elementos de um lançamento?

UNIDADE Temática 4.2. Classificação dos lançamentos

Introdução

Espera-se nesta unidade um raciocínio mais amplo no que refere as


operações de registo, que a empresa desenvolve no seu dia-a-dia. O
registo de factos patrimoniais no diário, é resultado de vários factores
que podem se especificar de acordo com a sua natureza. As contas
movimentadas sustentam várias regras, onde pode-se movimentar
uma conta ou várias a débito e uma ou várias contas a crédito. A
contabilização de qualquer operação obedece forçosamente a
lançamento simples e composto.

Espera-se que no final desta unidade temática, o estudante seja capaz:

▪ Conhecer as quatro fórmulas digráficas de lançamentos.

4.2.1 Classificação dos lançamentos

Os lançamentos na sua generalidade obedecem a quatro fórmulas a


saber:

Lançamento da 1ª fórmula – este tipo de lançamento é caracterizado


por existir uma só conta a debitar, e uma só a creditar.

Exemplo:

Mponesse, Lda, com sede na Beira, depositou no banco Bim um valor


de 25.000,00 mts em dinheiro, no dia 10 de Abril de 2012.

107
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Lançamento:

Mponesse, Lda, Beira 10 de


Abril de 2012

1.2 BANCOS

1.
1 a CAIXA

25.000,0
p/depósito efectuado no Bim 0

Lançamento da 2ª fórmula – quando há apenas uma conta a debitar e


várias a creditar.

Exemplo:

Mponesse, Lda, com sede na Beira, pagou mercadoria no valor de


200.000,00 mts, metade em dinheiro e o remanescente com um
cheque s/ BCI, no dia 15 de Abril de 2012.

Lançamento:

Mponesse, Lda, Beira 15


de Abril de 2012

2.1 MERCADORIAS

108
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
a DIVERSOS

p/ compra de mercadorias

1.1 a CAIXA 100.000,00

1.2 a BANCOS 100.000,00 200.000,00

Lançamento da 3ª fórmula – quando há várias contas a debitar e uma


só a creditar.

Exemplo:

Mponesse, Lda, com sede na Beira, descontou o seu saque no Bim, no


valor de 300.000,00 mts, aceite de Mafuia Comercial, tendo despesas
bancárias no valor de 15.000,00 mts, no dia 18 de Abril de 2012.

Lançamento:

Mponesse, Lda, Beira 18


de Abril de 2012

DIVERSOS

4.1 a CLIENTES

p/ compra de
mercadorias

1.2 BANCOS 285.000,00

109
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
GASTOS E PERDAS
6.9 FINANCEIROS 15.000,00 300.000,00

Lançamento da 4ª fórmula – quando há várias contas a debitar e


Várias a creditar.

Exemplo:

Mponesse, Lda, com sede na Beira, decidiu no início do exercício de


2012, abrir sua sucursal na cidade de Chimoio, em 05 de Janeiro; com
seguintes valores activos e passivos:

Dinheiro em cofre .....................................................................80.000,00

Depósitos a ordem. ................................................................ 300.000,00

Diversa mercadoria. ............................................................... 920.000,00

Dívida a Mafuia Comercial, pela mercadoria fornecida… 100.000,00

Lançamento:

Mponesse Lda, Chimoio, 05


de Janeiro de 2010

DIVERSOS

a DIVERSOS

P/ abertura da escrita de
Mponesse lda

1.1 CAIXA 80.000,00

110
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
1.2 BANCOS 300.000,00

2.2 MERCADORIAS 920.000,00

1.300.000,00

4.2 a FORNECEDORES 100.000,00

5.1 a CAPITAL 1.200.000,00 1.300.000,00

Sumário

Os lançamentos dos factos patrimoniais devem obedecer a uma das


quatro fórmulas como anteriormente se ilustrou. Cada lançamento no
diário é fechado por um traço descontínuo. Nesta descontinuidade, se
escreve o dia e o mês do lançamento seguinte. Contudo, se o
lançamento seguinte for do mesmo mês, poderá indicar-se apenas a
data do lançamento.

Exercícios

1. A Sociedade Ekitonko lda, situada na cidade de Quelimane, que se


dedica ao comércio geral, no mês de Março de 2012, apresentava os
seguintes elementos patrimoniais:

Dinheiro em cofre .....................................................................80.000,00

Depósitos a ordem. ................................................................ 300.000,00

Diversa mercadoria. ............................................................... 920.000,00

Dívida a Mafuia Comercial, pela mercadoria


fornecida. ............................................................................... 100.000,00

E durante o mês, realizou as seguintes operações:

- dia 02 levantamento de dinheiro no Bim. ............................. 50.000,00

111
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
- dia 03 recebimentoGERAL
de um cliente. ...................................... 100.000,00

- dia 07 pagamento a um fornecedor com um cheque s/ Bim50.000,00

- dia 11 compra a prazo de mercadorias. ............................. 200.000,00

- dia 19 venda a pronto pagamento de 650.000,00 de mercadorias que

haviam custado. ..................................................................470.000,00

- dia 21 pagamento, em dinheiro, da renda de um armazém que


alugou ...................................................................................... 10.000,00

- dia 27 pagamento, em dinheiro, do prémio de seguro de acidente de


trabalho dos seus empregados. ............................................... 80.000,00

- dia 30 juros creditados na sua conta DO, referente a depósitos no


Standard Bank .......................................................................... 20.000,00

Pretende-se:

1. Lançamento das operações no diário geral.

2. A empresa Alves & Almeida, Lda., iniciou em 5 de Novembro de


2012, a sua actividade de armazenista de confecções, com os
seguintes valores patrimoniais:

Caixa… ................................................................................. 1 250 000,00

Outros credores. .....................................................................700 000,00

Deposito a ordem…................................................................ 840 000,00

Mercadorias…………....…..…………………….........................…...2 000 000,00


Estabelecimento. .................................................................... 400 000,00

Fornecedores… ....................................................................300 000,00

112
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Depósito GERAL
a prazo… .............................................................. 500.000,00

Durante o mês realizou as seguintes operações:

06/11 - Vendeu, a pronto pagamento, mercadorias no valor de


500.000,00. Custo de mercadorias vendidas: 350.000,00

07/11 - Pagou, em dinheiro, aos fornecedores 50% da sua dívida,


tendo beneficiado dum desconto de 5%.

10/11 - Depositou à ordem, no Banco Bim, 400.000,00.

13/11 - Vendeu, a prazo, mercadorias no valor de 600.000,00.

15/11 - Os clientes pagaram 100.000,00 em cheque, tendo beneficiado


dum desconto de 3%.

16/11 - Comprou, a pronto pagamento, uma máquina registadora, no


valor de 450.000,00 paga em cheque.

17/11 - Pagou de prémios de seguros de acidentes no trabalho e


doenças profissionais 100.000,00 em dinheiro.

20/11 - Pagou, em cheque, as seguintes despesas:

Material de escritório .............................. 60.000,00


Telefone… ................................................ 30.000,00
Impostos… ............................................... 50.000,00

21/11 - O Banco Standard Bank creditou a conta da empresa em


25.000,00 relativos a juros dos depósitos.

22/11 - Os clientes pagaram100.000,00 por meio de cheque.

24/11 - Comprou, a dinheiro, mercadorias no valor de 200.000,00.

25/11 - Contraiu um empréstimo, a prazo, junto do Banco BCI, no


montante de 300.000,00 para ampliação das instalações.

113
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
27/11 - Vendeu, a GERAL
pronto pagamento, mercadorias por 700.000,00
que lhe tinham custado 500.000,00

29/11 - Fez um depósito a prazo, no Banco Bim, no montante de


400.000,00

30/11 - O Banco BCI debitou-lhe 30.000,00 respeitantes aos juros de


empréstimo concedido.

Pedido:

1. Lançamento das operações no diário geral.

2. Elaboração de Balanço sintéctico.

UNIDADE Temática 4.3. Estorno

Introdução

Espera-se nesta unidade o estudante conheca os procedimentos que


são vinculados nos actos de registos dos factos patrimonias. Sendo a
escrituração comercial um meio de prova, em caso de letígio, não
deverá necessariamente apresentar irregularidades. Se se houver
cometido erro ou omissão em qualquer assento, será ressalvado por
meio de estorno. O estorno é pois o nome dado à correcção do erro
praticado na escrituração dos livros da contabilidade dum
comerciante.

Pretende-se com esta abordagem o estudante seja capaz de:

▪ Conhecer os procedimentos que são efectuados, quando se


constata um erro no lançamento.

ESTORNO

Seria à correcção do erro praticado na escrituração dos livros da

114
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
contabilidade GERAL
de uma entidade.

4.3.1 Tipos de estornos

Os estornos feitos na escrituração dos livros comerciais podem ser


motivados por:

a) Omissão de lançamento – simplesmente, fazer o registo do


lançamento omitido.
b) Inversão de contas – para se proceder a correcção, faz-se o
lançamento inverso pelo dobro do valor.
c) Duplicação de lançamento – suficiente fazer lançamento
inverso.
d) Substituição de conta – a correcção é feita através do lanés do
lançamento inverso, fazendo-se depois o correcto.
e) Alteração de importância - para a correcção deste erro, pode-
se recorrer a um dos dois processos seguintes:
✓ Anular o lançamento errado, fazendo-se de seguida o
correcto;
✓ Anular com um lançamento inverso a importância
registada a mais.
Exemplos:

Omissão de lançamento

A empresa Mcel, pagou por cheque a conta de telefone no valor de


15.000,00, tendo omitido este registo.

Estorno

FORNECIMENTO E SERVIÇOS DE TERCEIROS

a BANCOS

P/ pagamento de telefone. ................ 15.000,00

115
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Inversão de contas GERAL

A FIPAG da Beira, recebeu 50.000,00 de um cliente para pagamento


parcial da sua dívida. O registo efectuado foi:

CLIENTES

a CAIXA

P/ pagamento parcial da sua dívida. ........................... 50.000,00

Estorno

CAIXA

a CLIENTE

P/ anulação do lançamento e estorno. .................... 100.000,00

Duplicação de lançamento

A Mobiladora do Chiveve, vendeu mercadoria a pronto pagamento no


valor de 37.550,00, tendo duplicado o registo.

CAIXA

a VENDAS

P/ Venda a pronto pagamento de mercadorias… 37.550,00

//

CAIXA

a VENDAS

P/ Venda a pronto pagamento de mercadorias. 37.550,00

Estorno

116
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
VENDAS

a CAIXA

P/ anulação do lançamento nº .................................. 37.550,00

Substituição de conta

HCB adquiriu a prazo mobiliário para gabinete do Director, no valor de


75.000,00, tendo feito o seguinte registo:

MERCADORIAS

a OUTROS CREDORES

P/ compra a prazo de mobiliário p/ Gab. Do Director 75.000,00

Estorno

OUTROS CREDORES

a MERCADORIAS

P/ anulação do lançamento nº.................................... 75.000,00

//

ACTIVOS TANGIVEIS

a OUTROS CREDORES

P/ compra a prazo de mobiliário p/ Gab. Do


Director. .................................................................................... 75.000,00

OU

ACTIVOS TANGIVEIS

a MERCADORIAS

P/ estorno do lançamento nº...


..................................................................................................75.000,00

117
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Alteração GERAL
de importância

A Faculdade de Ciências de Saúde da Universidade Católica de


Moçambique, pagou por cheque, de prémio de seguro de acidentes do
pessoal no valor de 40.000,00, tendo feito o seguinte registo.

GASTOS COM PESSOAL

a BANCOS

P/ Pagamento de prémio se
seguro .................................................................................... 140.000,00

Estorno

BANCOS

a GASTOS COM PESSOAL

P/ anulação do lançamneto nº...


................................................................................................140.000,00

//

GASTOS COM PESSOAL

a BANCOS

P/ Pagamento de prémio se
seguro ...................................................................................... 40.000,00

OU

BANCOS

a GASTOS COM PESSOAL

P/ anulação parcial do lançamneto nº...


................................................................................................100.000,00

Obs: Um outro processo de correcção de erros correntemente

118
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
utilizado, GERAL
consiste em traçar a vermelho os registos errados, de tal
maneira que se consiga ler o que foi cortado, e efctuar, de seguida o
registo correcto.

Sumário

Os registos dos factos patrimoniais em livros de diário, seguem


algumas regras para efeito de transparência das operações comerciais
da empresa. O estorno está para dar lugar ao registo de todas aquelas
operações que de certo modo podem ser omissas ou registadas
erradamente, facilitando deste modo o seu registo a posterior.

Exercícios

1. Emissão de um cheque nº000456897 sobre bim para reforço


de tesouraria, no valor de 10.000,00, tendo debitado a conta
Banco e creditado a conta caixa.

2. Pagamento a um fornecedor de bens e serviços no valor de


45.000,00, tendo registado no diário 54.000,00.

Pretende-se:

Lançamento de estorno.

UNIDADE Temática 4.4. Sistema de Contabilização de Inventários

Introdução

Pretende-se com esta unidade temática, que o estudante habilite-se


em matéria de contabilização de inventários (mercadorias), bens que
as empresas adquirem para suas actividades comerciais. O registo dos
inventários, a custo histórico, torna visível a determinação do custo
das mercadorias vendidas. A contabilização que começa no acto de
compra, o armazenamento e até a sua saída para venda, são estações
diferentes onde os inventários, para

119
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
certos casos poderãoGERAL
ter o preço diferente. Tratando de bens físicos, a
determinação do seu custo pode ser por via de dois sistemas,
dependendo a escolha da empresa, que pode ser: Sistema de
inventário permanente, e Sistema de inventário intermitente ou
periódico.

Pretende-se que no final deste tema, o estudante seja capaz de:


▪ Perceber a distinção entre o sistema de inventário permanente
e períodico;
▪ Calcular contabilisticamente o custo das existências vendidas e
consumidas;
▪ Preencher as fichas de armazém segundo os diferentes
critérios de registo das existências;
▪ Interpretar os resultados obtidos com a utilização dos
diferentes processos de registo das existências, em fichas.

Noção

Sistema de contabilização dos inventários

Na contabilização dos inventários, há a considerar dois métodos:

✓ Sistema de inventário permanente, e


✓ Sistema de inventário intermitente ou periódico.

4.4.1 Sistema de inventário permanente

Permite determinar, permanentemente, o valor dos inventários da


empresa e apurar os resultados obtidos nas vendas ou produção
(obter a margem bruta). Para tal, é necessário que todas as entradas e
saídas de inventários, sejam registadas na contabilidade.

120
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Vantagens GERAL
e características

Conhecer a margem bruta obtida em cada venda, pois para cada


venda regista-se o gasto e o rendimento, e

O saldo das contas de inventários corresponde, a todo o momento, ao


valor dos inventários existentes na empresa, avaliadas ao preço de
custo, pois as entradas e saídas são sempre registadas ao preço de
custo.

4.4.2 Sistema de inventário intermitente ou periódico

Utilizado este sistema de movimentação dos inventários, só


periodicamente (em regra no final do exercício económico) se conhece
o valor dos inventários da empresa, por recurso de inventário fisico
directo.

Características

Só no final do exercício económico é que se determina e regista-se o


custo das mercadorias vendidas.

4.4.3 Cálculo do custo das mercadorias vendidas

Quando uma empresa recebe uma factura, nela vêm descriminados os


valores a pagar. Na factura a empresa suporta custos adicionais que
podem aparecer na factura ou em outros documentos, como o caso de
nota de débito. Entre estes custos adicionais há a considerar: fretes,
seguros, direitos aduaneiros...etc.

Assim temos:

CUSTO DOS INVENTÁRIOS = VALOR LIQUIDO DOS INVENTÁRIOS +


DESPESAS ADICIONAIS DE COMPRA

CIVC = I.I + C – I.F

121
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Legenda:

CIVC – Custo dos Inventários Vendidos ou Consumidos

I.I – Inventários Iniciais

C – Compras

I.F – Inventários Finais

4.4.4 Processo de fichas de armazém

Em sistema de inventário permanente, os invenários são controlados


através de registos em fichas de armazém. Para levar a cabo a
determinação do custo dos inventários, neste caso, podemos adoptar
vários critérios ou métodos.

Para o nosso estudo, veremos três métodos seguintes:

FIFO – first in first out ou PEPS

LIFO – last in first out ou UEPS

Custo Médio Ponderado.

CTinv + CTen
Cm=
Qex + Qen

Legenda:

Cm – custo médio

CTinv – custo total dos inventários

CTen – custo total das entradas

Qex – quantidades existentes

122
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Qen GERAL
– quantidades entradas.

Exemplo prático
A empresa Abílio Antunes, Lda dedica-se ao comércio a grosso de
frangos. Em 31 de Janeiro de 2014 apresentava em armazém uma
existência de 400 frangos a 20 Mts/Kg.
Durante o mês de Fevereiro, realizou os seguintes movimentos
relativamente a esta mercadoria:
Dia 08 – venda a pronto de 250kg de frangos a 25,00 Mts.
Dia 19 – compra a pronto de 400kg de frangos a 28,00Mts.
Despesas de compra: 8.000,00 Mts
Dia 21 – compra a prazo de 200kg de frangos a 32,00 Mts.
Dia 26 – venda a pronto de 600kg de frangos a 30,00Mts.
Considere que a empresa usa o método do inventário permanente no
registo contabilístico das existências. Preencha a ficha de armazém
para a mercadoria em causa, sendo as existências avaliadas:
1. Ao custo FIFO;
2. Ao custo LIFO;
3. Ao custo Médio.

Resolução
1.

Mercadoria: Frangos Critério FIFO


Entradas Saídas Saldos
Data Descrição
Qt P.U V Qt P.U V Qt P.U V
Ext.
Fev.14 1 Inicial 400 20.00 8,000.00
Vnd
8 pronto 0.00 250 20.00 5,000.00 150 20.00 3,000.00
19 Compra 400 30.00 12,000.00 0.00 150 20.00 3,000.00
0.00 400 30.00 12,000.00
21 Compra 200 32.00 6,400.00 0.00 150 20.00 3,000.00
0.00 0.00 400 30.00 12,000.00

123
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL0.00 0.00 200 32.00 6,400.00
Vnd
26 pronto 150 20.00 3,000.00
400 30.00 12,000.00
50 32 1,600.00 150 32.00 4,800.00

2.

Mercadoria: Frangos Critério LIFO


Entradas Saídas Saldos
Data Descrição
Qt P.U V Qt P.U V Qt P.U V
Fev.14 1 Ext. Inicial 400 20.00 8,000.00
Vnd
8 pronto 0.00 250 20.00 5,000.00 150 20.00 3,000.00
0.00 150 20.00 3,000.00
19 Compra 400 30.00 12,000.00 0.00 400 30.00 12,000.00
21 Compra 200 32.00 6,400.00 0.00 150 20.00 3,000.00
0.00 0.00 400 30.00 12,000.00
0.00 0.00 200 32.00 6,400.00
Vnd
26 pronto 200 20.00 4,000.00
400 30.00 12,000.00 150 20.00 3,000.00

3.

Mercadoria: Frangos Critério CM


Entradas Saídas Saldos
Data Descrição
Qt P.U V Qt P.U V Qt P.U V
Fev.14 1 Ext. Inicial 400 20.00 8,000.00
Vnd
8 pronto 0.00 250 20.00 5,000.00 150 20.00 3,000.00
19 Compra 400 30.00 12,000.00 0.00 550 27.30 15,015.00
21 Compra 200 32.00 6,400.00 0.00 750 28.50 21,375.00
Vnd
26 pronto 600 28.50 17,100.00 150 28.5 4,275.00

Sumário

A contabilização das existências por meio das fichas de armazém


permite, a qualquer momento,

124
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
conhecer GERAL
as quantidades de mercadorias existentes em armzém, em
que não há espaço para esperar um período para fazer a contagem
física. O sistema de inventário permanente, permite também a
qualquer momento custeiar as mercadoria em stock.

Exercícios

1. A empresa Bom Viver, Lda comercializa produtos da primeira


necessidades. No início do ano desenvolveu as seguintes transações:

- 02/01/2014 Saldo inicial de 2000 unidades @ 50,00 u.m;

- 04/01/2014 Compra de 6000 unidades @ 60,00u.m;

- 12/01/2014 Devolução de compra de 700 unidades;

- 13/01/2014 Requisição para produção 7000 unidades;

- 16/01/2014 Devolução para o armazém de 500 unidades;

- 22/01/2014 Compra de 600 unidades @ 70,00 u.m.

Pretende-se:

Preenchimento da ficha de armazém pelos critérios PEPS, UEPS e


Custo Médio.

2. Uma empresa que se dedica a venda de produtos da primeira


necessidades “frangos”, na cidade de Lichinga, efectuou Janeiro findo
as seguintes aquisições e consumo:

- 03/01/2014 Saldo inicial em armazém 800kg de frangos @ 100,00


u.m;

- 07/01/2014 S/ Venda-a-dinheiro nº03/2014 de 200kg de frangos @


120,00 u.m;

- 09/01/2014 Requisição nº 01/2014 de 310kg de frangos;

125
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
- 11/01/2014 GERAL
Compra a contado de 300kg de frangos @ 110,00 u.m;

- 15/01/2014 Devolução de 75kg de frangos, requisição nº 01/2014;

- 20/01/2014 Compra de 250kg de frangos @ 95,50 u.m;

- 23/01/2014 Requisição nº02/2014 de 190kg de frangos;

- 27/01/2014 Requisição nº 03/2014 de 80kg de frangos.

Pretende-se:

Preenchimento da ficha de armazém pelos critérios PEPS, UEPS e


Custo Médio.

UNIDADE Temática 4.5. Balancete

Introdução

Pretende-se nesta unidade, que o estudante perceba que toda a


operação, é lançada simultaneamente a débito duma conta e a crédito
de outra conta, e para se verificar a sua igualda dedos débitos e
créditos de todas as contas depois dos registos das respectivas
variações, utiliza-se o disposetivo designado de balancete.

No final deste tema, o estudante deve ser capaz de:


▪ Lançar todos os movimentos das operações no balancete;
▪ Elaborar balanço final a partir do balancete;
▪ Interpretar os valores apresentados no balancete.

Noção

Balancete, é um quadro recapitulativo de todas as contas do razão,


onde consta a soma de todos os débitos e de créditos de cada conta e
os respectivos saldos (devedores e

126
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
credores). GERAL
Quando feito mensalmente, designa-se por Balancete de
Verificação. Por ele consegue-se fazer uma dupla verificação:

A soma de todo o movimento registado a débito deve ser igual à soma


de todo o movimento registado a crédito.

A soma de todos os valores registados na coluna saldos devedores


deve ser igual à soma de todos os valores registados na coluna saldos
credores.

Layout do Balancete

Movimentos Saldos
Fólio Conta
Débito Crédito Devedor Credor

Total

Sumário

O balancete é um quadro resumo do razão onde a soma total do


débito e do crédito deve ser igual, coicidindo, também, com o total do
diário, onde em consequência disso, os totais da soma dos saldos
devedores e credores, devem ser iguais. Se qualquer das igualdades
não se verificar, então pode ter havido erro, sendo necessária uma
análise do trabalho realizado.

127
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Exercícios

1. A empresa Medimoc, Lda apresentava, em 30 de Novembro de


2010, o seguinte balancete de verificação. Valores em contos.

MOVIM ACUMUL
SALDO
ENTO ADO

CONTAS Débito Crédito Devedor Credor

Caixa 1.800 1.400 400

Depósito à ordem 2.050 1.850 200

Clientes 2.800 1.100 1.700

Mercadorias 4.500 2.000 2.500

Activos Tangíveis 2.900 2.900

Fornecedores 200 2.200 2.000

Capital 5.000 5.000

Custo dos Inventários 2.000 2.000

Fornec. e serviços 350 350


externos

Gasto com o pessoal 600 600

Gastos e perdas financeiros 100 100

Vendas 3.600 3.600

Rendimentos e ganhos 150 150


financeiros

128
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Total… 17.300 17.300 10.750 10.750

Durante o mês de Dezembro realizou as seguintes operações:

5/12 - Vendeu, a pronto pagamento, mercadorias no valor de 1.000.


Custo da mercadoria em armazém: 600

10/12 - Comprou, a prazo, a Registo conta, uma máquina de


fotocópias, por 150

15/12 - Fez um depósito a prazo no Banco BCI, no montante de 500

18/12 - Comprou, mercadorias a prazo, no valor de 300

20/12 - Os clientes pagaram 40% da sua divida, em cheque.

22/12 - Pagou aos fornecedores 300 em dinheiro.

23/12 - Os fornecedores concederam-lhe um desconto de 5 por


antecipação de pagamento.

24/12 - Comprou, a pronto pagamento, material de escritório, no valor


de 20

24/12 - Pagou de comissões a intermediários 75em dinheiro.

26/12 - Vendeu mercadorias a prazo, no valor de 400 que lhe tinham


custado 280

29/12 - Fez um depósito à ordem, no valor de 1.000

Pedidos:

1. Faça o registo das operações do mês de Dezembro;

2. Elabore o balancete rectificado em 31 de Dezembro de 2010;

3. Elabore o Balanço Final.

129
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

TEMA – V: DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

UNIDADE Temática 5.1. Noção

UNIDADE Temática 5.1. Noção de demonstração dos resultados

Introdução

Pretende-se nesta unidade, que o estudante saiba que as


demonstrações de resultados fazem parte integrante das
demonstrações financeiras. A demonstração de resultado é uma peça
fundamental não só para a própria empresa, mas também para todos
os que estejam interessados na sua vida. Assim, tal como fizemos para
o estudo do património da empresa em que agregamos os elementos
homogéneos em conta, também, agora, agregaremos os elementos
componentes dos gastos ou perdas e dos rendimentos ou ganhos da
empresa em conta. Serão estas contas que serão usadas para a
elaboração das demonstrações dos resultados.

Espera se que no fim deste tema, o estudante tenha o domínio como:


▪ Conhecer as contas que são movimentadas na demonstração
de resultado;
▪ Agrupar gastos e rendimentos nas respectivas contas;
▪ Interpretar os resultados apresentados na demonstração de
resultado;

Noção

A Demonstração dos Resultados aparece como uma peça fundamental


para a empresa, já que demonstra dinamicamente como a empresa

130
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
conseguiu GERAL
chegar aos resultados apresentados na situação líquida, no
balanço final.

Assim como o Balanço, também a Demonstração dos Resultados pode


ser apresentado sob a forma de um T. Do lado esquerdo registam-se
os gastos, e do lado direito, os rendimentos.

Se os gastos e perdas são menores que os rendimentos e ganhos, a


empresa apresenta um lucro no exercício, ou seja um resultado
líquido positivo, que é registado do lado esquerdo da demonstração
precedido do sinal “+”.

Demonstração dos Resultados Líquidos

Total de gastos e Total de rendimentos e

Perdas….......... 181.000,00 ganhos… ..... 181.500,00

Result. Líquid.......... +500,00

181.500,00 181.500,00

Se os gastos e perdas são maiores que os rendimentos e ganhos, a


empresa apresenta um prejuízo, no exercício, ou seja um resultado
líquido negativo, que será registado também do lado esquerdo da
demonstração, mas precedido do sinal “-”.

Demonstração dos Resultados Líquidos

Total de gastos e Total de rendimentos e

Perdas….......... 191.000,00 ganhos… ..... 190.800,00

Result. Líquid………..-200,00

190.800,00 190.800,00

Sumário

A demonstração dos resultados é composta pelos rendimentos, pelos

131
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
gastos GERAL
e pelos resultados. Numa primeira fase, apura-se o resultado da
diferença entre rendimentos e gastos antes de depreciações, gastos
de financiamentos e impostos, conhecidos por resultados
operacionais. Os resultados líquidos do período (lucro ou prejuízo), é
sempre inscrito no fim depois de apresentados os rendimentos e os
gastos.

Exercícios

1.A Morfarmex, Lda (grossista) vocacionada na venda de produtos


clínicos, iniciou a sua actividade em 02 de Janeiro de 2009, com os
seguintes elementos patrimoniais:

Dinheiro em cofre 980.000,00

Divida com estado 120.000,00

Depósito a prazo no BIM --------------------------------------- --300.000,00

Mercadorias em armazém-----------------------------------------600.000,00

Dívidas da Farmácia Beira----------------------------------------400.000,00

Trespasse ......................................................................... 500.000,00

Equipamento e maquinaria----------------------------------------750.000,00

Deposito à ordem no BIM-----------------------------------------650.000,00

Divida aos fornecedores-------------------------------------------750.000,00

Durante o mês, esta empresa efectuou os seguintes movimentos:

03/01 – factura n.º 837/09 de Medimoc, Lda relativa à aquisição de


mercadorias no valor de 850.000,00

05/01 – factura-recibo n.º 83/09 de Brithol Michcoma, relativa à


aquisição de uma máquina de escrever no valor de 70.000,00. O
pagamento foi efectuado com o cheque n.º 8371 s/ Standard Bank.

132
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
06/01 GERAL
– factura n.º 183 de Gulamo, Lda relativo a compra de
mobiliário de escritório, no valor de 400.000,00

10/01 – Recibo n.º 01 para o cliente Farmácia Nova, Lda pela


liquidação da s/ dívida no valor de 110.000,00

15/01 – factura n.º 01 para Farmácia Moderna, Lda pela venda a prazo
de 45 dias, de mercadorias no valor de 600.000,00. O custo desta
mercadoria foi de 500.000,00

19/01 – talão de depósito n.º372901 no Banco Internacional de


Moçambique, 200.000,00

20/01 – pagamento dos prémios de seguro do pessoal, em cheque, no


valor de 60.000,00

23/01 – recibo n.º 202/09, de Medimoc, Lda, referente a mercadorias


no valor de 220.000,00

26/01 – recibo n.º 03, para Brithol Michcoma relativo ao aluguer de


uma máquina registadora, por 25.000,00

28/01 – aviso de lançamento n.º1325/09, do Banco Internacional de


Moçambique, relativo aos juros de depósitos a prazo 30.000,00

30/01 – factura-recibo n.º 01, para Farmácia Ultramar pela venda de


200.000,00 de mercadorias que haviam custado 150.000,00

PEDIDOS:

1. Apresente o balanço da empresa no início da sua actividade;


2. Registe as operações no diário geral da empresa;
3. Elabore o balancete de verificação da empresa, em
31/01/2009;
4. Elabore o balanço final da empresa; e
5. Elabore o mapa de demonstração dos resultados.

133
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
TEMA – VI: PLANO DE CONTA

UNIDADE Temática 6.1. Noção

UNIDADE Temática 6.1. Noção de plano de conta Moçambicano

Introdução

Pretende-se com esta unidade, que o estudante tenha conhecimento


genérico do plano de conta, de modo a enquadrar todos os elementos
patrimoniais de uma empresa. O sistema de contabilidade para o
sector empresarial em Moçambique, consiste na lista de contas a
utilizar pela empresa, racionalmente classificada, ordenada e
codificada, com a indicação da sua compreensão e movimentação e,
incluindo também, os princípios e critério valorimétricos dos
elementos patrimoniais e dos modelos de peças contabilísticas
fundamentais como o balanço e a demonstração dos resultados.

Espera-se nesta unidade temática que o estudante seja capaz de:

▪ Conceber de forma integral o enquadramento das contas do


plano de conta;

▪ Identificar a conta de acordo com a sua natureza de


funcionalidade;

Plano de conta

O Conselho de Ministro aprovou pelo Decreto nº 70/2009 de


22 de Dezembro o sistema de contabilidade para o sector
empresarial em Moçambique, visando a adopção dum Plano
Geral de Contabilidade baseado nas Normas Internacionais de
Relato Financeiro, aplicáveis as grandes e médias empresas.

134
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
O Plano Geral de Contabilidade (PGC) tem por objectivos a
normalização da contabilidade das empresas assegurando a
homogeneidade do sistema de informação e controlo
económico necessária a direcção da economia nacional.

O PGC está estruturado por classes a saber:

o Classe 1 Meios Financeiros;

o Classe 2 Inventários e activos biológicos;

o Classe 3 Investimento de capital;

o Classe 4 Contas a receber, contas a pagar, acrescimos e


diferimentos;

o Classe 5 Capital próprio;

o Classe 6 Gastos e Perdas;

o Classe 7 Rendimentos e ganhos;

o Classe 8 Resultados.

O PGC é um dispositivo disponível para consulta e desenvolvimento


das contas para enquadramento de todos elementos patrimoniais,
favorecendo a comparabilidade do relato financeiro das empresas
nacionais com outras empresas a nível global, como também tornar a
contabilidade num instrumento mais útil para gestão.

Sumário

O Plano Geral de Contabilidade com base nas Normas Internacionais


de Relato Financeiro – PGC-NIRF, é um conjunto completo de
princípios, regras e procedimentos que possam constituir o normativo
contabilístico aplicável em Moçambique. O PGC-NIRF está para
responder o enquadramento de todos os elementos patrimoniais para
proporcionar os utilizadores a mesma interpretação.

135
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Exercícios

1. Qual é o objectivo do PGC-NIRF?

2. Descreve as sub contas de cada classe?

TEMA – VII: SISTEMA TRIBUTÁRIO MOÇAMBICANO

UNIDADE Temática 7.1. Noção

Introdução

Pretende-se nesta unidade balizar o estudante na matéria de imposto


vigente em Moçambique. O sistema tributário moçambicano consagra
o princípio de pagamento de imposto em moeda nacional, classificado
em directos e indirectos.

Com esta base da matéria sobre imposto, o estudante deve saber:

▪ Identificar os impostos directos e indirectos;

▪ Conhecer as taxas de impostos vigentes em Moçambique;

▪ Conhecer a importância do imposto.

Imposto

O imposto é uma prestação pecuniária, coactiva, definitiva, unilateral


e sem contrapartida e sem carácter de sanção, exigida pelo Estado,
com vista à satisfação de fins Públicos, (nº 2 art.3 Lei 2/06, 22 Março;
art.4 da Lei 15/02, 26 Junho).

7.1.1 Fins da tributação

136
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Visa GERAL
a satisfação das necessidades do Estado e de outras entidades
públicas e promove justiça social, a igualdade de oportunidades e a
necessária redistribuição de riqueza e do rendimento.

7.1.2 Princípio da legalidade tributária

Não há lugar á cobrança de impostos que não tenham sido


estabelecidos por lei.

7.1.3 Classificação do Imposto

Os impostos do sistema tributário nacional classificam-se em:

Tributação directa dos rendimentos e da riqueza (Cfr. Art. 56, nº 3, a)


da Lei nº 15/2002, de 26 de Junho e, ou por outra, impostos directos;
e Tributação indirecta da despesa, equivalendo a impostos indirectos.
Cfr. Art. 56, nº 3, b) da Lei nº 15/2002, de 26 de Junho.

7.1.3.1 Tributação directa

A tributação directa em Moçambique processa-se através dos


seguintes impostos:

• IRPC – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas –


Imposto estadual, directo, sobre o rendimento das pessoas
colectivas, proporcional, mesmo quando obtidos de forma
ilícita. A taxa do IRPC, é de 32%.

• IRPS – Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares,


incide sobre o valor global anual dos rendimentos, mesmo
quando provenientes de actos ilícitos, das categorias seguintes,
depois de feitas as correspondentes deduções e abatimentos.

• ISPC – Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes, é um


imposto directo e aplica-se às pessoas singulares ou colectivas
que exercem, no território moçambicano, actividades agrícolas,

137
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
industriais ouGERAL
comerciais, de pequena dimensão, tais como a
comercialização agrícola, o comércio ambulante, o comércio
geral por grosso, a retalho e misto e o comércio rural, incluindo
em bancas, barracas, quiosques, cantinas, lojas e tendas, bem
como a indústria transformadora e a prestação de serviços.
Outrossim ficam sujeitos a este imposto os exportadores e
importadores.

7.1.3.2 Tributação indirecta

A tributação indirecta em Moçambique processa-se através dos


seguintes impostos:

• IVA – Imposto Sobre o Valor Acrescentado, incide sobre o valor


das transacções de bens e prestação de serviços realizadas no
território nacional, a título oneroso, bem como sobre as
importações de bens. A taxa do IVA, é de 17%.

• ICE – Imposto Sobre Consumos Específicos, tributa de forma


selectiva, o consumo de determinados bens e incide de uma só
vez no produtor ou no importador, consoante o caso.

• Direitos Aduaneiros, Incidem sobre as mercadorias importadas


e exportadas no território aduaneiro (todo o espaço geográfico
em que Moçambique exerce sua soberania) e estão
consignadas na pauta aduaneira.

7.1.4 Outros Impostos

Na esfera de Impostos a vigorar em Moçambique são alguns, os


seguintes:

✓ Imposto de Selo;

✓ Imposto sobre sucessões e doações;

138
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERALsobre jogo;
✓ Imposto específico

✓ Imposto de reconstrução nacional;

✓ Imposto sobre veículos;

✓ Etc.

Sumário

O sistema tributário moçambicano, é estabelecido pelo Lei nº


15/2002, de 26 de Junho (Lei de Bases), que estabelece os princípios
organizativos do sistema Tributário da República de Moçambique,
onde define as garantias e obrigações do contribuinte e da
administração tributária, determinando os procedimentos básicos de
liquidação e cobrança de impostos e institui o regime geral de
infracções tributárias. O sistema tributário moçambicano, comporta-se
em directos e indirectos, onde é integrado o chamado Imposto
Simplificado para Pequenos Contribuintes, abreviadamente
denominado por ISPC, introduzido no sistema através da Lei nº
5/2009, de 12 de Janeiro.

Exercícios

1. Defina imposto?

2. Que tipo de impostos vigoram em Moçambique?

3. Difere IRPC do IVA?

4. Que diferença existe entre imposto e taxa?

5. Que imposto vigora na actividade de aluguer de casa?

6. Qual é a importância de imposto?

139
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
VIII. EXERCÎCIOS DE CONSOLIDAÇÃO

1. Define a Contabilidade.
2. Por que a contabilidade é um pilar importante para a empresa?
3. Na emissão da letra, há dois intervenientes. Quais?
4. O que são massas patrimoniais?
5. O património duma empresa não se mantém estático, porém,
está sujeito a constantes mutações. Justifique-se dando
exemplos.
6. Diferencie o património do inventário?
7. O que é um balanço?
Responda, colocando apenas F as Falsas e V as Verdadeias, as
seguintes afirmações:

1. Uma dívida de terceiro, é um passivo.

2. Um credor é uma pessoa que tem dívida para com outra pessoa.

3. Inventário, conjunto de bens, diritos e obrigações datadas e


valorizadas.

5. Créditos são dívidas a receber de terceiro.

7. Factura de Docoma lda, é um passivo.

8. Aceite de J. Santos, Lda é um crédito.

9. N/recibo, é um activo.

10. O balanço é composto por três membros (activo, passivo e


situação líquida).

11. A elaboração do balanço, não obedece a nenhum princípio.

14. A situação líquida duma empresa resulta da diferença entre


bens e obrigações.

15. Quando o activo de uma empresa é maior do que o seu

140
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERALlíquida diz-se passiva.
passivo, a sua situação

Caso prático I

A Farmácia Vida, lda que se dedica a comercialização de produtos


hospitalares, sita na avenida Paulo Samuel Kancomba, cidade da Beira,
iniciou a sua actividade em 02 de Janeiro de 2011, com os seguintes
elementos patrimoniais:

Dinheiro em cofre ..................................................................700,00 Mts

Viatura. ............................................................................. 45.000,00 Mts

500 embalagens de gases. ................................................ 25.250,00 Mts

Siringas. ............................................................................... 1.800,00 Mts

200 caixas de parecetamol @ ..................................................16,75 Mts

Dívida a Morfarmex, Lda..................................................... 9.510,00 Mts

Deposito a ordem. ............................................................... 750,00 Mts

Computador ..................................................................... 25.000,00 Mts

Estabelecimento. ........................................................... 650.000,00 Mts

Mobiliário............................................................................ 1.050,00 Mts

Dívida da Clínica São Lucas. ................................................ 1.500,00 Mts

Compra a prazo na Medemoc........................................... 10.250,00 Mts

Pede-se:

1 – Determinação da situação líquida da empresa, agrupando os


elementos patrimoniais.

Caso prático II

Uma empresa comercial “Mobiladora do Chiveve, Lda”, apresentou o


seguinte património (valores em

141
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
meticais) no início daGERAL
sua actividade a 02 de Janeiro de 2010.

Dinheiro em caixa. ........................................................................ 100,00

Divida do cliente J. Sousa, Lda. ..................................................... 250,00

Acções adquiradas para revenda. .............................................. 7.950,00

Depósito à ordem no Standard bank ............................................500,00

Dívida a Mafuia Comercial. .........................................................750,00

Dívida do cliente Móveis Centro, SARL. ........................................ 200,00

Mobílias em armazém. .............................................................. 5.040,00

N/ aceite nº 001 ............................................................................ 500,00

Saque nº 002 à Mafuia Comercial.............................................. 7.250,00

Maquinaria para escritório. ....................................................... 1.100,00

Depósito a prazo no BCI. ............................................................... 720,00

Ferramentas. ................................................................................. 250,00

Dívidas ao fornecedor A. Amaral. ............................................. 3.100,00

Edifício........................................................................................ 8.500,00

Carrinha. .................................................................................... 3.400,00

Mobiliário do escritório. .............................................................. 870,00

Trespasse. .................................................................................. 1.120,00

Aceite nº 002 Saque de J. Carlos................................................ 6.750,00

Empréstimo obtido no bim. ........................................................ 4.200,00

Pagamento a segurança social ................................................... 1.050,00

Pede-se:

142
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
1-Elaboração GERALanalítico da empresa.
do inventário

Caso prático III

A Farmácia Nrimaaka, lda que se dedica a comercialização de


produtos hospitalares, sita na avenida acordos de Lusaka, cidade da
Beira, iniciou a sua actividade em 02 de Março de 2012, com os
seguintes elementos patrimoniais: - valores em contos.

Conjunto de estante. .................................................................... 400,00

Cheques de Clientes...................................................................... 630,00

Aparelho para laboratório de análise de sangue. ...................... 4.020,00

Aceite nº. 001 Saque de Morfarmex............................................. 180,00

Celulares para colaboradores. ......................................................560,00

N/Factura sobre DPS-Sofala.......................................................... 223,00

Impostos a recuperar. ................................................................... 257,00

Edifícios. ..................................................................................... 2.000,00

Máquina registradora. ...................................................................315,00

Dívida da Clínica Avicena .............................................................. 330,00

325 ampolas diversas @ ....................................................................0.50

Saque nº 06 sobre/ HCB................................................................ 110,00

N/ Venda a Dinheiro (V D). ........................................................... 262,50

Secretárias. ................................................................................... 431,00

50 Estetoscópios @......................................................................... 15,00

Aceites........................................................................................... 357,00

Depósito no Banco Bim. ................................................................ 150,00

143
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Dívida GERAL
contraída no BCI. ................................................................ 480,00

Dívida sobre Medimoc .................................................................. 290,00

Aceite nº. 002 Saques de TCO...................................................... 720,00

295 Seringas @ ..................................................................................3,00

Segurança social referente ao mês anterior .................................. 715,00

Viatura. ......................................................................................... 215,00

Pede-se:

1 – Balanço analítico.

Caso prático IV

A Nfumo, Lda dedica-se ao comércio geral, durante o mês de Maio de


2014 realizou as seguintes operações:

02/05 - Vendeu mercadorias a prazo, no valor de 600,00 Mts que lhe


tinham custado 580,00 Mts.

03/05 - Desconto de 50,00 Mts por antecipação de pagamento


concedido pelo fornecedor.

04/05 - Recibo da APIE, pagamento em numerário de renda do


estabelecimento, referente ao mês de Abril, no valor de 50,00 Mts.

05/05 - Recibo n.º 01 para o cliente, pela liquidação da s/ dívida no


valor de 110,00 Mts.

06/05 - Pagou, através de transferência bancária, as seguintes


despesas:

Material de escritório ............................................. 60,00 Mts


Telefone… ................................................................ 30,00 Mts
Direitos aduaneiros… .............................................. 20,00 Mts

144
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
07/05 - Aquisição deGERAL
uma viatura de carga a Socarros, SA. Tendo pago
de imediato 20% do seu valor pelo que, nesta data, foi emitido um
cheque s/ bim no valor de 1.480,00 Mts

08/05 - Foi creditada na sua conta D.O o juro de depósitos a prazo, no


valor de 1.900,00 Mts

09/05 - Levantamento no Bim, para fundo de maneio no valor de


30,00 Mts.

10/05 - N/Cheque 00232500, referente ao pagamento da factura 004,


compra efectuada de mercadoria no valor de 70,00 Mts.

11/05 - Comprou na Sociedade Beta mercadoria a prazo no valor de


1.420,00 Mts.

12/05 - Vendeu a pronto pagamento, mercadorias no valor de 500,00


Mts que lhe tinham custado 450,00 Mts.

PEDIDOS:

1- Lançamentos das operações no diário geral.


2- Mapa de Demonstração dos Resultados.

Caso prático V

Assinale com x a resposta certa:

1 – creditar uma conta é:

a) Inscrever importância no lado do crédito; ( )


b) Inscrever importância no lado do débito; ( )
c) Inscrever o saldo no lado menor; ( )
d) Apurar o saldo da conta. ( )

2 – o saldo de uma conta é igual:


a) Ao total dos débitos;( )
b) Ao capital próprio; ( )

145
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
c) À diferença entre o total dos débitos e o dos créditos; ( )
d) À soma dos débitos e dos créditos. ( )

3 – o saldo de uma conta é credor quando:


a) O total dos créditos é menor do que o total dos débitos;( )
b) O total dos débitos é menor do que o total dos créditos;( )
c) O total dos débitos é igual ao total dos créditos;( )
d) O total dos débitos é diferente do total dos créditos.( )

4 – as contas do activo são debitadas

a) Pelo saldo inicial;( )


b) Pelos rendimentos;( )
c) Pelas diminuições e pelo saldo inicial; ( )
d) Pelo saldo inicial e pelos aumentos.( )

5 – as contas do passivo são creditadas:

a) Pelas diminuições de extensão e pelo saldo inicial;( )


b) Pelos aumentos de extensão;( )
c) Pelos aumentos de extensão e pelo saldo inicial;( )
d) Pelos proveitos e pelo saldo inicial.( )

6 - para se registar um pagamento a um fornecedor por cheque:

a) Debita-se a conta Caixa e credita-se a conta Fornecedores;( )


b) Debita-se a conta Fornecedores e credita-se a conta Bancos;( )
c) Credita-se a conta Rendimentos e Ganhos Financeiros e debita-
se a conta Fornecedores;( )
d) Credita-se a conta Caixa e debita-se a conta Clientes.( )

146
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

7 – o pagamento de imposto (INSS) por cheque implica:

a) Credita-se a conta Bancos e debita-se a conta Caixa;( )


b) Debita-se a conta Estado e credita-se a conta bancos;( )
c) Debita-se a conta Estado e credita-se a conta Caixa;( )
d) Debita-se a conta Bancos e credita-se a conta Estado.( )

8 - os recebimentos de juros de depósitos a prazo implica:

a)Debitar a conta Bancos e creditar a conta Rendimentos e


Ganhos Financeiros;( )
b) Creditar a conta Bancos e creditar a conta Rendimentos e
Ganhos Financeiros;( )
c) Debitar a conta Gastos e Perdas Financeiros e creditar a conta
Caixa;( )
d) Debitar a conta Bancos e creditar a conta Estado.( )

9 – o pagamento de um cliente, implica:

a) Creditar a conta Caixa e debitar a conta Clientes;( )


b) Debitar a conta Caixa e creditar a conta Clientes;( )
c) Debitar a conta Bancos e creditar a conta Clientes;( )
d) Creditar a conta Vendas e debitar a conta Clientes.( )

10 – um levantamento bancário implica:

a) Debitar a conta Bancos e creditar a conta caixa;( )


b) Creditar a conta Bancos e debitar a conta Clientes;( )
c) Debitar a conta Bancos e creditar a conta Rendimentos e Ganhos
Financeiros;( )
d) Debitar a conta Bancos e creditar a conta Rendimentos e Ganhos

147
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Financeiros.( ) GERAL

Caso prático VI

Observe!

Conta Conta
Ordem Operações debitada creditada Valor

1 Caixa Bancos 50.000,00

Amortização da
dívida, facture nr.
2 0061 Caixa 100.000,00

Aquisição de um
edifício, cheque
3 nr.001 500.000,00

Forn. e Serv.
4 Terc Bancos 20.000,00

5 Caixa Clientes 35.000,00

Empréstimo a
6 um trabalhador Caixa 150.000,00

7 Clientes Vendas 1.000.000,00

Custos dos
8 Inventários Mercadorias 780.000,00

148
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Juros GERAL
de
depósitos a Rend.e Gan.
9 ordem Bancos Fian 25.000,00

Serviços Gastos e
10 bancários Perd. Financ 10.000,00

Empréstimos
11 Bancos Obtidos 15.000,00

12 Mercadorias Fornecedores 600.000,00

Rend.e Gan.
13 Fornecedores Fian 8.000,00

Gasto com
14 pessoal Bancos 60.000,00

15 Bancos Bancos 200.000,00

Pedido:

1 – Complete os espaços em branco do quadro acima.

Caso prático VII

A Morfarmex, Lda (grossista) vocacionada na venda de produtos


clínicos, iniciou a sua actividade em 02 de Janeiro de 2009, com os
seguintes elementos patrimoniais:

Dinheiro em cofre 980.000,00

Divida com estado 120.000,00

Depósito a prazo no BIM -------------------------------------------300.000,00

149
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
Mercadorias GERAL---------------------------------------- --600.000,00
em armazém

Dívidas da Farmácia Beira-------------------------------------------400.000,00

Trespasse ............................................................................. 500.000,00

Equipamento e maquinaria------------------------------------------750.000,00

Deposito à ordem no BIM-------------------------------------------650.000,00

Divida aos fornecedores---------------------------------------------750.000,00

Durante o mês, esta empresa efectuou os seguintes movimentos:

03/01 – factura n.º 837/09 de Medimoc, Lda relativa à aquisição de


mercadorias no valor de 850.000,00

05/01 – factura-recibo n.º 83/09 de Brithol Michcoma, relativa à


aquisição de uma máquina de escrever no valor de 70.000,00. O
pagamento foi efectuado com o cheque n.º 8371 s/ Standard Bank.

06/01 – factura n.º 183 de Gulamo, Lda relativo a compra de


mobiliário de escritório, no valor de 400.000,00

10/01 – Recibo n.º 01 para o cliente Farmácia Nova, Lda pela


liquidação da s/ dívida no valor de 110.000,00

15/01 – factura n.º 01 para Farmácia Moderna, Lda pela venda a prazo
de 45 dias, de mercadorias no valor de 600.000,00. O custo desta
mercadoria foi de 500.000,00

19/01 – talão de depósito n.º372901 no Banco Internacional de


Moçambique, 200.000,00

20/01 – pagamento dos prémios de seguro do pessoal, em cheque, no


valor de 60.000,00

23/01 – recibo n.º 202/09, de Medimoc, Lda, referente a mercadorias


no valor de 220.000,00

150
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE
26/01 GERAL
– recibo n.º 03, para Brithol Michcoma relativo ao aluguer de
uma máquina registadora, por 25.000,00

28/01 – aviso de lançamento n.º1325/09, do Banco Internacional de


Moçambique, relativo aos juros de depósitos a prazo 30.000,00

30/01 – factura-recibo n.º 01, para Farmácia Ultramar pela venda de


200.000,00 de mercadorias que haviam custado 150.000,00

Pedidos:

1. Apresente o balanço da empresa no início da sua actividade;


2. Registe as operações no diário geral da empresa;
3. Elabore o balancete de verificação da empresa, em
31/01/2009;
4. Elabore o balanço final da empresa; e
5. Elabore o mapa de demonstração dos resultados.

Caso prático VIII

BALANÇO INICIAL DA BABA, Lda em 31 de Março de 2013

P ACTIVO VALO P CAPITAL VALOR


G R G PROP+PASSIVO ES
C C

INVESTIMENTO de 150.0 CAPITAL E F. 150.00


CAPITAL 0 PROPRIOS

Activos Tangíveis 150.0 Capital 150.00


0
INV.E
ACT.BIOLOGICO 75.00
CREDORES
Mercadorias 75.00 105.00

151
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
MEIOS FINANCEIRO 30.00

Caixa 8.00 Fornecedores 65.00

Banco 22.00 Créditos Bancários 40.00

Total do Activo 255.0 Total do Passivo 255.00


0

1. Durante o mês de Abril de 2013, desenvolveu as seguintes


operações:
Dia 01: Desconto do fornecedor pelo pagamento antecipado no
valor de 4,5 Mts.

Dia 02: Pagamento a pronto de imposto (veiculo), no valor de 2


Mts.

Dia 08: Processamento e pagamento em numerário de salario do


mês de Março de 2013, no valor de 8 Mts.

Dia 13: Pagamento em numerário da factura 1010 da Vodacom


Moçambique, SARL, valor de 1,5 Mts.

Dias 18:Desconto concedido ao n/ Cliente por antecipação de


pagamento, no valor 1,4 Mts.

Dia 22: N/ Factura 2020, referente a venda de Mercadoria no valor


de 28 Mts, adquiridas a 20 Mts.

Dia 25: Pagamento pela conta DO, de juro do empréstimo


contraído no BCI , no valor de 2,5 Mts.

Dia 26: N/Cheque 10101018, referente ao pagamento da factura


1034 ao Fornecedor no valor de 8 Mts.

Dia 28: N/ VD 34 referente a venda a pronto de mercadoria no


valor de 22 Mts, adquiridas a 15 Mts.

152
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
Dia 29: N/ Cheque 10101017 a EDM, referente ao pagamento de
energia de Março no valor de 2,5 Mts.

Dia 30: Factura 342 do Fornecedor referente a compra de


mercadorias, no valor de 5 Mts.

Pedido:

1. Lançamentos das operações e Balanço final da empresa,


referente ao mês de Abril de 2013.

Caso prático IX

Em 01 de Fevereiro de 2012, a Electromundo, que se dedica a


venda de aparelhos de Ar-condicionados, tinha em armazém 30
Ac, a 15.000,00 cada.

Durante o referido mês, registou o seguinte movimentos:

Dia 05 – Venda a, P.P., de 20 Ac @ 20.000,00

Dia 12 – Compra a P.P., de 40 Ac @ 16.000,00

Despesas de compra: 20.000,00

Dia 21 – Compra a prazo, de 30 Ac @ 17.000,00

Dia 28 – Venda a prazo de 30 Ac @ 20.000,00

Dia 30 – Devolução de 02 Ac vendidas no dia 28.

Tarefa:

Preencher a ficha de armazém pelos métodos:

FIFO; LIFO e CUSTO MÉDIO

Caso prático X

A empresa Telha do Norte, dedica-se a compra e venda de telhas. Da

153
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL

contabilidade apurou-se os seguintes dados para o preechimento da


ficha de armazém:

- dia 05/03/2014 adquiriu de fornecedor 200 telhas @ 120,00u.m;

- dia 08/03/2014 vendeu para seu cliente 28 telhas @ 500,00 u.m;

- dia 10/03/2014 adquiriu do mesmo fornecedor 80 telhas @113,00


u.m;

- dia 19/03/2014 comprou ainda no mesmo fornecedor 300 telhas @


159,00 u.m;

- dia 20/03/2014 devolveu ao fornecedor 20 telhas referente ao lote


nº01 do dia 05/03/2014;

- dia 24/03/2014 vendeu ao pronto pagamento 150 telhas @ 550,00


u.m

- dia 29/03/2014 recebeu em devolução 25 telhas, referente ao lote


do dia 24/03/2014.

Nota: Das aquisições das telhas, nos dias 05, 10 e 19/03/2014


custaram para Telhas de Norte, 45%, 35%, 20% respectivamente do
custo de transporte no valor global de 60.000,00 um.

Pretende-se:

Preenchimento da ficha de armazém pelos critérios PEPS, UEPS e


Custo Médio.

154
UnISCED – CURSO: GESTÃO DE RECURSOS HUMANO; 1º Ano Disciplina/Módulo:
CONTABILIDADE GERAL
IX. BIBLIOGRAFIA

1. Almeida, Marcelo Cavalcanti (2008). Curso básico de contabilidade.


5ªEdição. São Paulo, Atlas.

2. Araújo, Adriana Maria (2004). Procópio de. Introdução à


contabilidade.São Paulo, Atlas.

3. Athar, Raimundo Aben (2005). Introdução à contabilidade. São


Paulo,Prentice Hall.

4. Borges, A. et al. (2009). Sistema de Normalização Contabilística.


Casoprático. S/E, Lisboa.

5. Borges, A. et al. (2010). Elementos de contabilidade geral. 25ª


Edição. Lisboa.

6. Brito, Dalva & Ferreira, Paula (2014). Sistema de Contabilidade para


o sector Empresarial em Moçambique. 1ª Edição.

7. Crepaldi, Sílvio Aparecido.(2010) Curso básico de contabilidade,


resumo de teorias, atendendo as novas demandas da gestão
empresarial, exercícios e questões com respostas. 6ª Edição. São Paulo,
Atlas.

8. Decreto nº70/2009 de 22 de Dezembro. Sistema de Contabilidade


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9. Iudicibus, Sérgio de. Introdução a teoria de contabilidade para nível


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10. Silva, Pires DA & Ana, Cristina. (2020) SNC. Manual de


Contabilidade, Teoria e Prática. 1ª Edição.

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