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CONDIÇÕES DE EVACUAÇÃO

CRITÉRIOS DE SEGURANÇA

 Os espaços interiores dos edifícios e dos recintos


devem ser organizados por forma a permitir que, em
caso de incêndio, os ocupantes possam alcançar um
local seguro no exterior pelos seus próprios meios,
de modo fácil, rápido e seguro

 De maneira a alcançar tais objectivos:

 Os locais de permanência, os edifícios e os recintos


devem dispor de saídas, em número e largura
suficientes, convenientemente distribuídas e
devidamente sinalizadas

 As vias de evacuação devem ter largura


adequada e, quando necessário, ser protegidas
contra o fogo, o fumo e os gases de combustão

 As distâncias a percorrer devem ser limitadas

 Em situações particulares, a evacuação pode pro-


cessar-se para espaços de edifícios temporariamente
seguros, designados por «zonas de refúgio»

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CONDIÇÕES DE EVACUAÇÃO

CÁLCULO DO EFECTIVO

 O efectivo dos edifícios e recintos é o somatório dos efectivos


de todos os seus espaços susceptíveis de ocupação
 O cálculo do efectivo de cada espaço é feito:
 Com base na capacidade instalada dos diferentes
espaços – salas com lugares fixos (conferências, ensino,
espectáculos, etc.), locais de dormida (segundo o número
de camas), etc.
 Com base nos índices de ocupação dos diferentes
espaços, medidos em pessoas por metro quadrado, em
função da sua finalidade e reportados à área útil (índices
tabelados no RG-SCIE)
 Com base nos índices de ocupação dos diferentes
espaços, medidos em pessoas por metro linear (de
banco, bancada, frente), em função da sua finalidade
(índices tabelados no RG-SCIE)
 O efectivo de crianças com idade não superior a três anos ou de
pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de
percepção e reacção a um alarme, deve ser corrigido pelo
factor 1,3
 Para o cálculo do efectivo de espaços polivalentes, a
densidade de ocupação a considerar deve ser a mais elevada
das utilizações susceptíveis de classificação
 Sempre que seja previsível, para um dado local ou zona de um
edifício ou de um recinto, um índice de ocupação superior aos
tabelados, o seu efectivo deve ser o correspondente a esse
índice
 Nas situações em que, numa mesma utilização-tipo, existam
locais distintos que sejam ocupados pelas mesmas pessoas em
horários diferentes, o efectivo total a considerar para a
globalidade dessa utilização-tipo pode ter em conta que esses
efectivos parciais não coexistam em simultâneo

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CONDIÇÕES DE EVACUAÇÃO

CÁLCULO DO EFECTIVO
(continuação)

 Efectivo atendendo à tipologia dos apartamentos turísticos


T0 T1 T2 T3 T4 Tn
2 4 6 8 10 2 (n+1)

 Número de ocupantes por unidade de área em função do uso


dos espaços
Índices
Espaços
«pessoas/m2»
Balneários e vestiários utilizados por público 1,00
Balneários e vestiários exclusivos para funcionários 0,30
Bares «zona de consumo com lugares em pé» 2,00
Circulações horizontais e espaços comuns de estabelecimentos
0,20
comerciais
Espaços afectos a pistas de dança em salões e discotecas 3,00
Espaços de ensino não especializado 0,60
Espaços de exposição de galerias de arte 0,70
Espaços de exposição de museus 0,35
Espaços de exposição destinados à divulgação científica e técnica 0,35
Espaços em oceanários, aquários, jardins e parques zoológicos ou
1,00
botânicos
Espaços ocupados pelo público em outros locais de exposição ou
3,00
feiras
Espaços reservados a lugares de pé, em edifícios, tendas ou
estruturas insufláveis, de salas de conferências, de reunião e de
3,00
espectáculos, de recintos desportivos «galerias, terraços e zonas de
peão», auditórios ou de locais de culto religioso
Gabinetes de consulta e bancos de urgência 0,30
Gabinetes de escritório 0,10
Locais de venda de baixa ocupação de público 0,20

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Índices
Espaços
«pessoas/m2»
Locais de venda localizados até um piso acima ou abaixo do plano
0,35
de referência
Locais de venda localizados mais de um piso acima do plano de
0,20
referência
Locais de venda localizados no piso do plano de referência com área
0,50
inferior ou igual a 300 m2
Locais de venda localizados no piso do plano de referência com área
0,65
superior a 300 m2
Plataformas de embarque 3,00
Salas de convívio, refeitórios e zonas de restauração e bebidas com
lugares sentados, permanentes ou eventuais, com ou sem 1,00
espectáculo
Salas de desenho e laboratórios 0,20
Salas de diagnóstico e terapêutica 0,20
Salas de escritório e secretarias 0,20
Salas de espera de exames e de consultas 1,00
Salas de espera em gares e salas de embarque 1,00
Salas de intervenção cirúrgica e de partos 0,10
Salas de jogo e de diversão «espaços afectos ao público» 1,00
Salas de leitura sem lugares fixos em bibliotecas 0,20
Salas de reunião, de estudo e de leitura sem lugares fixos ou salas
0,50
de estar
Zona de actividades «gimnodesportivos» 0,15

 Número de ocupantes por unidade de comprimento


Espaços Índices
Espaços com lugares sentados não
Duas pessoas por
individualizados de salas de conferências, de
metro de banco ou
reunião e de espectáculos, de recintos
bancada
desportivos e de locais de culto religioso
Espaços reservados a lugares de pé numa única
frente de salas de conferências, de reunião e de Cinco pessoas por
espectáculos, de recintos desportivos e de locais metro de frente
de culto religioso

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CONDIÇÕES DE EVACUAÇÃO

CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO

 O dimensionamento dos caminhos de evacuação e das


saídas deve ser feito por forma a obter, sempre que
possível, uma densidade de fluxo constante de
pessoas em qualquer secção das vias de evacuação no
seu movimento em direcção às saídas, tendo em conta
as distâncias a percorrer e as velocidades das
pessoas de acordo com a sua condição física, de
modo a conseguir tempos de evacuação convenientes

 O dimensionamento dos caminhos de evacuação e das


saídas pode ser efectuado, de forma expedita,
utilizando o conceito das unidades de passagem (UP)

 O dimensionamento pode também ser efectuado com


recurso a métodos ou modelos de cálculo, desde que
os mesmos estejam aprovados pela ANPC

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EVACUAÇÃO DOS LOCAIS

A – LARGURA DAS SAÍDAS

A1 – Unidades de passagem - conceito

A2 – Número mínimo de unidades de passagem em espaços cobertos

Efectivo Número mínimo de UP


1 a 50 Uma
51 a 500 Uma por 100 pessoas ou fracção, mais uma
Mais de 500 Uma por 100 pessoas ou fracção

A3 – Número mínimo de unidades de passagem em recintos ao ar livre

Efectivo Número mínimo de UP


1 a 150 Uma
151 a 1500 Uma por 300 pessoas ou fracção, mais uma
Mais de 1500 Uma por 300 pessoas ou fracção

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EVACUAÇÃO DOS LOCAIS

B – NÚMERO DE SAÍDAS

B1 – Número mínimo de saídas de locais cobertos

Efectivo Número mínimo de saídas


1 a 50 Uma
51 a 1500 Uma por 500 pessoas ou fracção, mais uma
1501 a 3000 Uma por 500 pessoas ou fracção
Número condicionado pelas distâncias a
Mais de 3000
percorrer no local, com um mínimo de seis

B2 – Número mínimo de saídas de recintos ao ar livre

Efectivo Número mínimo de saídas


1 a 150 Uma
151 a 4500 Uma por 1500 pessoas ou fracção, mais uma
4501 a 9000 Uma por 1500 pessoas ou fracção
Número condicionado pelas distâncias a
Mais de 9000
percorrer no local, com um mínimo de seis

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CONDIÇÕES DE EVACUAÇÃO

DISTÂNCIAS A PERCORRER NOS LOCAIS

 Os caminhos horizontais de evacuação devem proporcionar o


acesso rápido e seguro às saídas de piso através de
encaminhamentos claramente traçados, preferencialmente
rectilíneos, com um número mínimo de mudanças de direcção
e tão curtos quanto possível

 Distância máxima a percorrer nos locais de permanência (até


ser atingida a saída mais próxima, para o exterior ou para uma
via de evacuação protegida)

LOCAIS
SITUAÇÕES
Em edifícios Ao ar livre
Em impasse (1) 15 m (2) 30 m
Com acesso a saídas distintas (3) 30 m (4) 60 m

(1) – Com excepção das UT´s II e XII, a que são aplicáveis con-
dições específicas (Título IX)
(2) – Com excepção dos edifícios da UT I, unifamiliares, da 1.ª
categoria de risco
(3) – Com excepção das UT´s II, VIII, X e XII, a que são aplicá-
veis condições específicas (Título IX)
(4) – Em locais amplos cobertos, com área superior a 800 m2, no
piso do plano de referência com saídas directas para o
exterior, é admissível que a distância seja aumentada em
50 %.

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