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FILOSOFIA DA
EDUCAÇÃO
Universidade Pedagógica
Moçambique
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copiado e/ou reproduzido por qualquer meio electrónico sem que a fonte seja citada.
Ficha técnica
Revisão linguística:
N° de Registo:
Coordenação:CEAD – Maxixe/UniSaF
Tiragem:
Agradecimentos
A todos os meus estudantes de Filosofia da Educação, que ao longo destes anos
participaram com paciência e com interesse das aulas e me enriqueceram com suas
preciosas contribuições.
Agradeço também aos meus assistentes, Dr. Ricardo Pita e Dr.ª Cristina Scuderi e
Dr. Cássamo Ussene Mussagy pela colaboração na elaboração da parte histórica.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO i
ÍNDICE
Conteúdo
Visão geral 1
Introdução ....................................................................................................................7
Lição n˚ 1 9
Introdução ....................................................................................................................9
Sumário ......................................................................................................................12
Exercícios ...................................................................................................................13
Lição n˚ 2 15
OS “AMBITOS” DA FDE.............................................................................................15
Introdução ..................................................................................................................15
Sumário ......................................................................................................................17
Exercícios ...................................................................................................................17
Lição n˚ 3 18
Introdução ..................................................................................................................18
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO ii
Sumário ......................................................................................................................23
Exercícios ...................................................................................................................24
Lição n˚ 4 25
Introdução ..................................................................................................................25
Sumário ......................................................................................................................28
Exercícios ...................................................................................................................29
Lição n˚ 5 30
Introdução ..................................................................................................................30
Sumário ......................................................................................................................33
Exercícios ...................................................................................................................34
Lição n˚ 6 35
Introdução ..................................................................................................................35
Sumário ......................................................................................................................38
Exercícios ...................................................................................................................39
Lição n˚ 7 40
Introdução ..................................................................................................................40
Sumário ......................................................................................................................42
Exercícios ...................................................................................................................42
Lição n˚ 8 43
Introdução ..................................................................................................................43
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO iii
Sumário ......................................................................................................................52
Exercícios ...................................................................................................................52
Introdução ..................................................................................................................54
Lição n˚ 1 57
Introdução ..................................................................................................................57
Sumário ......................................................................................................................71
Exercícios ...................................................................................................................71
Lição n˚ 2 73
Introdução ..................................................................................................................73
Sumário ......................................................................................................................79
Exercícios ...................................................................................................................79
Lição n˚ 3 80
Introdução ..................................................................................................................80
Sumário ......................................................................................................................86
Exercícios ...................................................................................................................96
Lição n˚ 4 97
Introdução ..................................................................................................................97
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO iv
Sumário ....................................................................................................................107
Exercícios .................................................................................................................108
Introdução ................................................................................................................110
Lição n˚ 1 111
Introdução ................................................................................................................111
Sumário ....................................................................................................................116
Exercícios .................................................................................................................117
Lição n˚ 2 119
Introdução ................................................................................................................119
Sumário ....................................................................................................................126
Exercícios .................................................................................................................127
Lição n˚ 3 128
Sumário ....................................................................................................................136
Exercícios .................................................................................................................137
Lição n˚ 4 138
Introdução ................................................................................................................138
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO v
Sumário ....................................................................................................................147
Exercícios .................................................................................................................148
Lição n˚ 5 149
Introdução ................................................................................................................149
Sumário ....................................................................................................................155
Exercícios .................................................................................................................156
Lição n˚ 6 157
Introdução ................................................................................................................157
Sumário ....................................................................................................................165
Exercícios .................................................................................................................165
Lição n˚ 7 166
Introdução ................................................................................................................166
Sumário ....................................................................................................................173
Exercícios .................................................................................................................173
Lição n˚ 8 174
Sumário ....................................................................................................................182
Exercícios .................................................................................................................183
Introdução ................................................................................................................184
Sumário ....................................................................................................................190
Exercícios .................................................................................................................191
Introdução ................................................................................................................193
Lição n˚ 1 196
Introdução ................................................................................................................196
Sumário ....................................................................................................................203
Exercícios .................................................................................................................203
Lição n˚ 2 205
Introdução ................................................................................................................205
Sumário ....................................................................................................................210
Exercícios .................................................................................................................210
Lição n˚ 3 211
Introdução ................................................................................................................211
Sumário ....................................................................................................................216
Exercícios .................................................................................................................217
Lição n˚ 4 218
Introdução ................................................................................................................218
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO vii
Sumário ....................................................................................................................224
Exercícios .................................................................................................................225
Lição n˚ 5 226
Introdução ................................................................................................................226
Sumário ....................................................................................................................234
Exercícios .................................................................................................................235
Lição n˚ 6 236
Sumário ....................................................................................................................246
Exercícios .................................................................................................................246
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 1
Visão Geral
Objectivos do Módulo
Quando terminar o módulo de Filosofia da Educação o
estudante deverá ser capaz de:
Páginas introdutórias
Ø Um índice completo.
Ø Uma visão geral detalhada do curso/módulo, resumindo
os aspectos-chave que você precisa conhecer para
completar o estudo. Recomendamos vivamente que leia
esta secção com atenção antes de começar o seu
estudo.
Conteúdo do módulo
Ícones de actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones
nas margens das folhas. Estes ícones servem para
identificar diferentes partes do processo de aprendizagem.
Podem indicar uma parcela específica de texto, uma nova
actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.
Habilidades de estudo
Caro estudante!
Precisa de apoio?
Caso enfrente alguma dúvida ao longo do curso, pode
contar, para além da ajuda do tutor de especialidade, com a
ajuda do tutor local. O tutor de especialidade encontrar-se-á
com os estudantes para duas aulas ao longo do semestre.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 6
Avaliação
Os elementos de avaliação dos estudantes serão obtidos a
partir da participação destes nas aulas, realização das
actividades de reflexão, bem como dos testes e outras
modalidades previstas no Regulamento Académico da UP.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 7
Introdução
O que é “Filosofia da Educação”?
Lição n˚ 1
As Tarefas e Métodos da
“Filosofia da Educação”
Introdução
Nesta primeira lição vamos investigar quais são as
tarefas principais da FdE. Sendo a FdE uma disciplina muito
ampla e com um estatuto epistemológico não ainda bem
definido, inevitavelmente as tarefas que são atribuídas à
esta disciplina são inúmeras.
Terminologia
Linguagem, Função crítica, Fins da educação.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 10
1 NB. É necessário porém não reduzir toda a reflexão sobre a educação à filosofia, pois existem outras fontes: é
preciso superar o rigorismo teórico da filosofia: FdE mais do que uma disciplina particular é uma atitude, um
modo particular de enfrentar os problemas educativos. Contenutisticamente FdE seria uma série de temas
filosóficos que têm um interesse preciso para com a pedagogia (por ex. a relação factos e valores; ciência e
filosofia; homem e mundo: a liberdade humana, etc.).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 12
Sumário
A FdE apresenta três tarefas importantes: esclarecer a
linguagem, enquanto analisa os textos sobre a educação;
fazer um discurso sintético sobre a educação; e define os
fins da educação. Na tentativa de zelar pelas suas tarefas na
educação, a Filosofia se vê limitada por dois motivos: o
primeiro está no facto de esta procurar a verdade na
educação, enquanto a pós-modernidade havia anunciado a
não existência da verdade; o segundo está no facto de a
Filosofia visar os princípios universais mas na realidade a
FdE está ligada aos contextos histórico-culturais
particulares.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 13
Exercícios
1. Indique as principais tarefas da FdE.
2. Através das tarefas que a FdE possui, distingue um
filósofo da educação, com um simples pedagogo.
Auto-avaliação 3. “Mais do que Filosofia da Educação devemos falar de
Filosofias da educação”. Justifique.
4. Discuta porquê não se pode reduzir toda reflexão
sobre a educação à Filosofia.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 15
Lição n˚ 2
OS “ÂMBITOS” DA FDE
Introdução
Terminologia
Epistemologia, Axiologia, Ontologia.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 16
Sumário
A FdE tem um papel radical, porque visa princípios e
fundamentos e transversal porque atravessa várias ciências
de educação. Os âmbitos da FdE são: epistémico, enquanto
reflecte sobre o saber; axiológico, pois a pedagogia se funda
em valores; Ontológico, enquanto fundamenta criticamente a
educação.
Exercícios
1. Porquê podemos avançar que a FdE tem um papel
transversal?
2. Identifique os âmbitos da FdE.
Auto-avaliação 3. Caracterize cada um deles.
4. “Sem axiologia (valores) não há pedagogia”. Comente a
afirmação.
2 Alguns autores indica um quarto âmbito, chamado de Ensaístico (por Ensaio se entende um breve texto
flexível que expõe ideias e reflexões sobre determinados temas, sem demonstrações científicas). A FdE recorre
aos Ensaios em quanto permitem uma pesquisa aberta, variegada, pluralista, não sistemática, fragmentária e
fragmentada cujo objectivo não é demonstrar mas compreender, com uma atenção estética que está aberta à
verdade. Na verdade a pedagogia não fez grande recurso “Ensaios” preferindo meios mais “pesados” como o
tratado ou o manual. O Ensaio tem a vantagem de ser mais imediato e de juntar o localismo do problema e a
universalidade da problematização. Cfr. Cambi, 20088, pp.25-45.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 18
Lição n˚ 3
CORRENTES TEÓRICAS NA
EDUCAÇÃO
Introdução
As ideias principais:
2. ENDEREÇO MARXISTA.
3. ENDEREÇO PERSONALISTA.
4. HISTORICISMO PEDAGÓGICO
6.PEDAGOGIA DA LIBERTAÇÃO
3 Contra as ideias do historicismo levantaram-se as vozes de Popper (1902-1994) e de Fukuyama (“O fim da
história”).
4 Por “Educação Bancária” freire entende uma educação onde o professor sabe tudo e o aluno não sabe nada e
vai na escola para receber algo (assim como se vai no banco para receber dinheiro).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 22
Sumário
Existem várias correntes que discutem o problema
“educação” todas representadas por ideologia (religiosa,
científica, psicológica, sociológica, trabalhista…). Enquanto a
corrente neo-iluminista laicista nega qualquer vínculo
religioso à educação, a personalista tem no centro a pessoa,
na perspectiva cristã. Por sua vez as correntes
emancipadoras e neo-radicais lutam contra as injustiças e
autoritarismo a que o homem está sujeito. A Pedagogia da
6 Existem outros endereços teóricos de crescimento humano que servem para sistematizar (visões unitárias) e
para a confrontação. Um modelo é um constructo lógico-linguístico que sistematiza os dados relevados na
experiência ao redor de uma teoria (com o risco da simplificação da complexidade da realidade). Consegue um
pluralismo de modelos (isso é algo de aceite) dependendo dos vários pontos de vista. Por isso se trata de
modelos sempre criticáveis (para que não produzam “perversidades” tornando-se totalitaristas). Este
pluralismo porém, se de um lado evita os totalistarismo, não deve esquecer a necessidade da busca de pontos
em comuns: buscar o que une, respeitando o que divide. Para este trabalho é necessária uma clara e sólida
filosofia da educação (e para os crentes, uma teologia da educação). (Cfr. Nanni, 2007, 50)
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 24
Exercícios
Lição n˚ 4
A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
NA PÓS- MODERNIDADE
Introdução
PÓS-MODERNIDADE
8 A “divisão digital” entre o mundo rico que desenvolve tecnologias digitais sempre mais avançadas, e o mundo
pobre que ficam sempre por atrás.
9 Para esta economia não existem mais trabalhos fixos ou direitos dos trabalhadores, mas trabalhos flexíveis
conforme as necessidades do mercado.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 28
Sumário
Os impactos trazidos pela pós-modernidade se repercutiram
também na educação. Essa repercussão tem o seu lado
positivo e negativo. De positivo podemos salientar o facto de
aumentar os centro de pesquisa de informações, onde os
estudantes para além das obras físicas como única fonte de
pesquisa do saber, passam a consultar manuais digitais ou
fazer pesquisas na internet e se comunicar com vários
outros estudantes de outras comunidades estudantis, podem
visitar muitos sites e muitas escolas (virtuais). Todavia, de
negativo salienta-se o risco de provocar a perca da
identidade de alguns povos, o desenraizamento cultural e
fragmentação devido à abundância de informação, o que
requer uma boa gestão pelo estudante.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 29
Exercícios
Lição n˚ 5
NOVAS TENDÊNCIAS DA
EDUCAÇÃO NO TERCEIRO MILÉNIO
Introdução
.
Terminologia
Sociedade, liberdade, formação da Personalidade.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 31
AS NOVAS TENDÊNCIAS
Sumário
As novas tendências da educação no terceiro milénio trazem
novos desafios à educação, esta deixa de ser vista como um
meio de transmissão de conhecimentos, e passa a
transmissão de valores, onde educamos para a paz, para a
liberdade e para a justiça social. A função de exercer a
educação não só é atribuída à escola, família ou instituições
religiosas, mas também surgem novos centros e meios
educativos, que exercem a função de educar. É o caso da:
sociedade, rua, entre amigos, nos jardins, etc., através dos
vários órgãos de comunicação, da internet, da televisão, etc.
Os jovens não aprendem só com o professor, aliás, o
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 34
Exercícios
1. Qual é a confiança que as novas tendências dão à
educação?
2. No terceiro milénio, a educação não se reduz
Auto-avaliação somente a escola. Concorda? Justifique.
3. “Educação não é mais só transmissão de saberes
mas é um momento de personalização”. Comente.
4. Quais são as grandes linhas educativas do Relatório
Delors?
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 35
Lição n˚ 6
PISTAS PARA A PESQUISA
TEÓRICO-PEDAGÓGICA
Introdução
Terminologia
Pesquisa, teoria, abertura.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 36
10 Neste campo a pesquisa teórico-pedagógica visa quatro sectores: 1) a educação, formação, aprendizagem,
didáctica, para mostrar os problemas e os aspectos teóricos e valoriais; 2) o discurso pedagógico, ou seja a
pesquisa epistemológica-pedagógica; 3) crítica da “paidéia” tradicional e moderna diante da complexidade da
sociedade, da globalização e da mundialização do mercado; 4) a relação entre o fazer e o agir na educação (em
seguida à irrupção da inovação tecnológica e informática, telemática, robótica, bio-tecnologia que estimulam
novas metodologias e didácticas).
Existem muita diversificação e pluralismo. Por exemplo entre os analistas (mundo anglo saxone que privilegia
métodos e temáticas analíticas, linguísticas e epistemológicas) e continentais (que privilegiam a hermenêutica
dos fenómenos e processos que consideram o património histórico-cultural adquirido) (Nanni, 2007, 94). Na
pesquisa teórica contemporânea existe sempre uma dimensão de contextualização e de subjectivismo.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 38
Sumário
Para concretizar as tarefas da FdE é preciso fazer uma
pesquisa por excelência, assim como para indagar sobre os
processos educativos. Para tal, há vários campos de
pesquisa: análise dos conceitos-chave, dos autores e obras,
das correntes teóricas, dos períodos históricos e dos
contextos educativos regionais.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 39
Exercícios
Lição n˚ 7
TEORIA PEDAGÓGICA
E FORMAÇÃO DOS DOCENTES
Introdução
Terminologia
o Filosofia, reciclagem, didáctica, reflexão.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 41
11 “O sentido e a utilidade de uma boa teoria pedagógica não sempre aparecem como evidentes a ainda hoje
nem sempre são reconhecidos na educação e pedagogia” (Nanni, 2007, 101).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 42
Sumário
Os cursos de reciclagem oferecidos dos professores, não só
deviam olhar a vertente didáctica, mas também a pesquisa
teórico-pedagógica, de modo a tornar os docentes reflexivos.
Através da filosofia, que tem um olhar mais além, uma visão
transcendental, podemos articular as complexidades da
sociedade actual na educação. Esta não vai simplesmente
repetir o que se aprendeu, mas sim vai estimular a pesquisa
de modo a abrir caminho a uma pesquisa na busca dos
fundamentos e do sentido último do agir humano.
Exercícios
Lição n˚ 8
AS PALAVRAS CHAVES DO DISCURSO
TEÓRICO-PEDAGÓGICO
Introdução
Uma das tarefas da Filosofia da Educação é a de
esclarecer as palavras-chave do discurso pedagógico.
pragmática, à hermenêutica.
Sumário
As palavras-chave do discurso teórico-pedagógico ajudam-
nos a compreender melhor o discurso pedagógico, o que
pode facilitar a assimilação dos conteúdos abordados.
Conhecer as palavras-chaves é um grande passo para
conhecer os textos e compreende-los com facilidade. Pois,
somente quem sabe do que se trata pode perceber o que se
pretende abordar, ao invés de abordar temas com conceitos
desconhecidos por parte do próprio educando.
Exercícios
Introdução
Na segunda unidade do módulo propomo-nos uma
breve introdução à história da Filosofia da Educação. Como
tal, dentro deste módulo vamos dar um breve olhar sobre os
pensamentos educacionais de alguns filósofos desde a
antiguidade até aos nossos dias.
Lição n˚ 1
O PENSAMENTO
EDUCACIONAL NA
ANTIGUIDADE
Introdução
13
Período posterior à comunidade primitiva, que se deu por dois motivos:
substituição da organização genética da sociedade por uma organização
política e também através da formação de uma linguagem escrita e de
uma literatura. É este o período que se desenvolveu a educação
chinesa, hindu e judaica.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 59
14
Servos que moravam em habitações humildes (choupanas) e feitas de
madeira ou ramos.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 60
15
Mulher que amamenta criança alheia.
16
Conflito entre Atenas e Esparta, devido ao crescimento do poder
ateniense, tendo provocado um certo medo aos espartanos.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 62
A Educação Romana
17
Sob influência dos gregos, qua nessa altura era colónia romana.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 71
Sumário
A educação grega deu mais oportunidade ao
desenvolvimento individual. E por consequência disso, surge
um novo conceito na educação, que hoje denominamos
liberal. Os ideais gregos são: liberdade política e moral;
desenvolvimento intelectual; racionalidade. Na Grécia
encontrávamos duas grandes cidades: Esparta e Atenas. O
ideal da educação espartana era a formação física e a
ateniense a formação completa da personalidade (física e
intelectual). Para Sócrates é na consciência individual que
se deve procurar os elementos determinantes da finalidade
da vida e da educação; para Platão na educação deve-se
levar em conta tanto o corpo como o espírito; e Aristóteles
desenvolve o seu conceito de educação partindo da ideia de
imitação, onde se imita os heróis, os sábios da cidade. A
educação romana divide-se em dois períodos: o primeiro
que se deu antes da conquista da Grécia, preconizava uma
educação familiar e o segundo após a conquista da Grécia
uma educação elementar.
Exercícios
Lição n˚ 2
PENSAMENTO
EDUCACIONAL MEDIEVAL
Introdução
A educação neste período teve como ponto de partida
a doutrina da Igreja. O elemento intelectual foi substituído
em muitos casos pela instrução e prática de culto.
Santo Agostinho
Sumário
A educação no período medieval teve como ponto de partida
a doutrina da Igreja. Com o cristianismo na educação passa-
se a dar maior importância ao aspecto moral, baseando-se
na ideia de caridade cristã ou amor. Com o cristianismo
surge um novo tipo histórico de educação, com novas
normas para a vida e comportamento humanos. As
universidades surgiram com o nome inicial de studium
generale e posteriormente esse nome foi substituído pelo de
universitas literarum. Para Agostinho a educação se dá
através da iluminação divina, onde o professor aparece
como um simples mediador. Para Tomás de Aquino Deus é
a luz que ilumina o ensino, mas também precisamos de uma
ajuda exterior para esse conhecimento se revelar.
Exercícios
Lição n˚ 3
PENSAMENTO
EDUCACIONAL NA IDADE
MODERNA
Introdução
Neste período, a educação é subdividida basicamente
em dois períodos: a era do renascimento que vai do século
XV ao século XVI e do século XVI ao século XVIII.
O período de renascimento
Sumário
O Renascimento visava a recuperação dos ideais da
antiguidade clássica e no campo educacional tinha como
interesse a exalação dos estudos clássicos e a busca de
uma nova educação que não esteja subordinada aos ideais
religiosos. Dentre os vários representantes do renascimento
encontra-se Feltre que defende o ensino como um sistema
gradual que deve acompanhar o desenvolvimento psíquico
do aluno e que este ocorra num ambiente de alegria e
satisfação. Lutero é um fervoroso protestante e advogava
que a educação deveria se libertar da Igreja e passar para
as mãos do Estado. Rousseau propôs uma educação que
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 96
Exercícios
1. Indique as consequências educacionais do
renascimento.
2. Qual é o ideal educativo e o método de ensino
Auto-avaliação proposto por Montaigne?
3. Quais são as finalidades e os conteúdos de educação
para Comenius?
4. Descreva as principais contribuições de Rosseau para
a educação.
5. Indique os princípios gerais metodológicos proposto
por Pestalozzi.
6. Qual é a importância da instrução para Herbart?
7. Como deve ser o jardim de infância para Froebel?
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 97
Lição n˚ 4
PENSAMENTO
EDUCACIONAL NA ERA
CONTEMPORÂNEA
Introdução
Sumário
As várias transformações verificadas na passagem da Idade
Moderna à Contemporânea levaram numerosos educadores
a propor a mudança da escola e a da educação, com base
em duas ideias centrais: o aluno como centro e sujeito da
própria educação; e os métodos activos, em que o próprio
aluno constrói o conhecimento. Whitehead discutiu a
educação sob ponto de vista prático, aquela que vai guiar o
indivíduo à arte, a arte da vida nesse caso; Dewey propôs
uma educação não só adequada ao mundo actual, mas que
fosse factor de progressão e de acção social concreta no
mundo; Maria Montessori, propôs a reconstrução, na escola,
de um mundo adaptado à criança, em que tudo tivesse as
dimensões da criança e no qual ela pudesse de numerosos
materiais didácticos que lhe possibilitassem educar-se a si
mesma; Freire propôs uma educação libertadora ao povo
oprimido, o primeiro passo para a concretização desse
modelo de educação é a abandonar a educação bancária, a
qual transforma os homens em “vasilhames”, em
“recipientes”, a serem “preenchidos” e buscar uma educação
dos homens por meio da conscientização, da desalienação e
da problematização, visando libertá-los da opressão a que
estavam submetidos.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 108
Exercícios
Introdução
Nesta unidade teremos a oportunidade de discutir
alguns grandes temas sobre umas problemáticas da
pesquisa teórico-pedagógica (FdE).
.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 111
Lição n˚ 1
OS FINS DA EDUCAÇÃO
Introdução
OS FINS DA EDUCAÇÃO
18
Nesta lição nos referimos directamente a um pedagogista italiano, Giuseppe
Vico, da corrente personalista. VICO G., Os fins da educação, ed. La Scuola,
Brescia, 1985.
19
VICO G., o.c., p. 13
20
Idem, p. 22
21
Idem, p. 25
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 113
22
Idem, p. 41
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 114
23
G.Vico pergunta se A “paideia cristã” deve calar diante de um pseudo-
ecumenismo?
24
VICO G., o.c., p. 69
25
Para Vico, a ideia de pessoa encontra o seu paradigma na encarnação de Deus.
Vico se pergunta: para onde foi a educação cristã? Se encontra ainda hoje a
tentar de educar a geração de jovens condenados pelos adultos a viver
prescindindo de Deus, da tradição, dos fortes ideais, do sentido da vida.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 115
26
Idem, p. 77
27
Idem, p. 91
28
Idem, p. 106
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 116
Sumário
A educação deve ter como fim, a formação integral da
pessoa, que envolve todas as dimensões do ser humano.
Formação integral comporta também uma visão unitária da
realidade; um raciocínio inclusivo e não exclusivo, capaz de
dialogar com todos os homens (de qualquer religião) que
estão em busca da verdade. A educação visa: a plenitude do
homem; a socialização; a reinterpretação da tradição, ao
alcance do Bem e da felicidade; a aquisição das virtudes. O
Educador é antes de mais nada um testemunha da verdade.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 117
Exercícios
1. Qual é o fim principal da Educação, na perspectiva
acima indicada?
2. Identifique os termos a que se deve conjugar na
Auto-avaliação reflexão sobre os fins da educação.
3. Que tipo de pedagogia Vico propõe?
4. Quem é educador autentico para Vico?
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 119
Lição n˚ 2
EDUCAR NO MUNDO FUTURO.
GLOCALIZAÇÃO: ENTRE GLOBALIZAÇÃO E
LOCALIZAÇÃO
Introdução
Na lição anterior discutimos sobre os fins da
educação. Agora a preocupação é como tender a esse
fim no mundo futuro. E como valorizar o saber local frente
à globalização. A resposta é a glocalização, ou seja um
mundo globalizado na solidariedade, onde se parte da
pessoa para construir a unidade com todos os outros.
GLOCALIZAÇÃO
29
Cfr. CHIOSSO G. (ed), Elementi di Pedagogia, editrice La Scuola,
Brescia, 2002, p.226-227
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 121
30
Dialéctica (tensão) que reconcilia três forças: competição que fornece
os incentivos; colaboração que fortalece; solidariedade que une. Ibidem.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 122
31
Cfr. Idem, p. 249
32
CASTIANO J.P., As transformações da educação em Moçambique,
em O pós-colonialismo na África lusófona. O Moçambique
contemporâneo, Harmattan Itália, Torino, 2006, p. 171
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 124
33
Cfr. NGOENHA S.E., Estatuto e axiologia da educação, Livreria
Universitária UEM, Maputo, 2000
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 125
Sumário
Diante do processo da globalização, que deixando de
lado os seus aspectos positivos, provoca o desenraizamento
cultural, o nivelamento das culturas e gera a tribalização do
mundo, a educação também fica afectada, onde surge uma
necessidade de adequar a educação local à globalização.
Na tentativa de conhecer o futuro, se deve ser a
globalização ou localização, a resposta é que nem um nem
outro, mas sim a glocalização, ou seja um mundo
globalizado na solidariedade, onde se parte da pessoa para
construir a unidade com todos os outros. Devemos acolher
os desafios positivos da globalização e da localização,
superando os seus limites para alcançar uma glocalização.
Somente assim alcançaremos uma educação autêntica,
aquela que visa a formação integral da pessoa.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 127
Exercícios
Lição n˚ 3
AVALIAR A TODOS,
AVALIAR A CADA UM.
UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA
Introdução
34
Para esta nossa reflexão nos inspiramos ao pedagogo, Giuseppe Bertagna, e à
sua obra “Avaliar todos, avaliar cada um. Uma perspectiva pedagógica” (Ed.La
Scuola, Brescia, 2004).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 129
35
Do termo grego Προκρούστης, Prokroustês, que significa "o
estirador"; Procusto era a alcunha deste homem cujo nome
verdadeiro era Damastes ou Polipimon.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 130
Sumário
A avaliação é concebida duma maneira errada que
acaba provocando um nivelamento nas capacidades dos
estudantes: aqueles que podem dar mais são limitados e os
outros que podem dar menos são excluídos. Isso é
provocado quando se coloca um padrão apriori, ou seja,
quando se concebe um modelo de avaliação sem conhecer
quem estamos a avaliar. Cabe aos docentes estabelecer o
tipo de avaliação ao qual submeter os seus estudantes,
depois de te-los conhecidos. Nesse caso ele poderá avaliar
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 137
Exercícios
1. “Avaliar a todos, avaliar a cada um”. Que
aprendizado tira da afirmação?
2. Porquê é necessário ter um standard aposterioiri e
Auto-avaliação não apriori da avaliação?
3. Quais são e em que consistem os princípios que
proporcionam a passagem do estatalismo à
autonomia dos estabelecimentos de ensino?
4. Qual é a crítica que se faz aos testes de avaliação?
5. Como se pode avaliar e certificar as competências
dos estudantes?
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 138
Lição n˚ 4
METODOLOGIA E COMPETÊNCIA
PEDAGÓGICA
Introdução
Na continuação da nossa pesquisa teórico-
pedagógica perguntamo-nos: o que significa para nós
educar? Estamos a educar para que? Qual é o tipo de
doutor que queremos preparar? Quais as competências que
o nosso doutor deve adquirir? Etc.
METODOLOGIA PEDAGÓGICA.
36
(Cfr. Chiosso G. (ed.), Elementi di pedagogia, La Scuola, Brescia, 2002, pp.
83-120).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 144
37
“chaque homme porte la forme entière de l’humaine condition”.
38
(Cfr. Chiosso G. (ed.), Elementi di pedagogia, La Scuola, Brescia, 2002, pp.
121-180).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 146
39
Há docentes que se vantam ter 10, 20, 30 anos de experiência na docência. Na
realidade muitos deles têm somente 1 ano de experiência repetido 10, 20, 30
vezes!
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 147
1. Formação contínua
2. Deveres com o educando
3. Responsabilidade com os colegas
4. Melhorar a qualidade da instituição
5. Relação com a família do educando
6. Relação com o território
7. Empenho político (em defesa dos mais fracos)
Sumário
O fim da educação deve olhar ao tipo de homem que
pretende educar, deve olhar para a sociedade, a política e a
religião. Todavia, a educação deve ter como fim a formação
integral do homem, esta formação integral deve abrir espaço
para que o homem reconheça o outro como homem. A
formação integral vai dotar o homem de liberdade,
responsabilidade, autonomia e justica. Nas metodologias
40
Cfr. Chiosso G. (ed.), Elementi di pedagogia, o.c., pp. 181-215.
41
Idem, p.216-218).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 148
Exercícios
Lição n˚ 5
UNIVERSIDADE DE
QUALIDADE (UQ)
Introdução
Com este termo « Universidade de Qualidade »
entende-se o alcance de um standard de qualidade
internacional avaliado com critérios objectivos e comuns.
UNIVERSIDADE DE QUALIDADE
Além disso:
3.DIMENSÕES DA UNIVERSIDADE
Docentes/estudantes
Espaços/docentes
Espaços/estudantes
Financiamentos/estudantes
Financiamentos/docentes
Custos/benefícios
4.INTERNACIONALIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE
5. OS ESTUDANTES
Sumário
É de qualidade a universidade que possui um padrão
universal e reconhecido internacionalmente. Os pontos que
ditam esta qualidade são: primeiro a qualidade dos
docentes, que é ditada pela pesquisa, pois, onde haverá
uma boa pesquisa, haverá também uma boa didáctica; a
autonomia e a avaliação, onde a Universidade deve ser
autónoma ao preparar os seus programas e planos de
estudos e recrutar os seus docentes sem nenhuma pressão
política ou social e nenhum pré-conceito partidário; a
universidade deve proporcionar um ambiente de paz entre
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 156
Exercícios
Lição n˚ 6
PROCESSO DE BOLONHA
Introdução
Requerimentos:
- Três (ou quatro) anos de estudo
- adquisição de 180 créditos (ver mais a frente o
parágrafo dos CFU)
- o estudo de pelo menos uma língua estrangeira.
Conferimentos:
- Competências de base
- Figura profissional básica para inserção no mundo do
trabalho
- Habilitação para o acesso ao Máster de 1° nível e à
Licenciatura de Especialização (Mestrado).
Requerimentos:
Conferimentos:
- Competências especializadas
- Figura profissional especializada para inserção no
mundo do trabalho
- Habilitação para o acesso ao Máster de 2° nível e ao
Doutoramento
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 161
Requerimentos:
- um ano de estudo (mais os três/quatro anos da L1)
- aquisição de 60 créditos (mais os 180 créditos da L1).
Conferimentos:
- Conhecimentos e habilidades profissionais de nível
técnico-operativo.
Requerimentos:
Conferimentos:
3. CLASSES DE LICENCIATURA
PROBLEMAS ABERTOS:
Sumário
Um dos objectivos que norteia o Processo de Bolonha
é o de criar uma maior uniformização possível a um standard
internacional dos cursos universitários. E trouxe como
novidade a duração do curso de Licenciatura em 3/4 anos +
2 de Mestrado e + 3/4 de Doutoramento, ou seja
(3/4+2+3/4). O sistema usado em Moçambique é penalizante
para os estudantes, pois estes levam muito tempo a estudar
comparativamente com os estudantes europeus que
somente levam 3 anos para adquiri o nível de licenciado e
com o número de anos que os estudantes moçambicanos
levam para fazer a licenciatura, estes fazem o mestrado. Por
via disso, os estudantes europeus pouco tem aderido aos
estudos universitários em África pois poderão levar mais
tempo comparativamente a Europa. Outra vantagem do
Bolonha Process é a mobilidade de estudantes e a
introdução do sistema de créditos.
Exercícios
Lição n˚ 7
OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO
DOS PROFESSORES NO
CONTEXTO MOÇAMBICANO
Introdução
A formação de professores é condicionada pelo
standard que o Estado define, e por sua vez a Universidade
vai formar o professor de acordo com o modelo indicado
pelo Estado.
42
Aconselhamos a visão do vídeo Another brick in the Wall (dos Pink Floyd),
pois nos indica uma “Filosofia da educação” (no sentido negativo) bem clara:
Observação preliminar:
43
(Cfr. O paradigma UE cit. em Bertagna: 44 e a Carta da CEM “Repensar a
educação em Moçambique” 20/05/2011).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 170
Sumário
A formação de professores é condicionada pelos
seguintes pressupostos: a educação deve ter como fim a
formação integral colocando no centro a pessoa; deve haver
uma formação de igual dignidade entre o Ensino Secundário
Geral e o Ensino Técnico Profissional; as políticas
educativas não devem estar ligadas a um partido, mas sim a
todas as forcas políticas e sócias e que estas devem
participar na reforma e elaboração dos programas e
currículos.
Exercícios
Lição n˚ 8
FORMAÇÃO GERAL E FORMAÇÃO
TÉCNICO-PROFISSIONAL EM
MOÇAMBIQUE
FORMAÇÃO DE IGUAL DIGNIDADE
Introdução
Terminologia
• Ensino Secundário Geral, Ensino Técnico
Profissional, Pessoa, Trabalho, Teoria e Prática.
44
(cfr. Estratégia do ESG 2009-2015 vii, 10)
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 176
45
(Cfr. Bertagna G., o.c., p. 25).
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 177
46
Idem, p. 41
47
Idem, p. 47
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 178
48
Por exemplo, houve o caso de um professor que ganhava mais como pintor de
casas do que como docente, mas escondia aos colegas esta outra profissão
porque era considerada inferior. Cfr. Bertagna, o.c., pp. 97-98.
49
Idem, p. 79
50
Se um licenciado, depois de um ano da sua formação, não estuda mais, fica
desactualizado; se ficar 5 anos sem estudar é como se nunca tivesse ido à
Universidade!
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 180
51
Idem, p. 109
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 181
Sumário
A formação de igual dignidade entre o Ensino
Secundário Geral e a Formação Técnico-Profissional implica
que, de um lado a Formação Geral tenha uma parte de
Formação Profissionalizante e por sua vez a Formação
Profissionalizante tenha uma parte do Ensino Geral, assim
chegaríamos a um único sistema formativo ou educativo
unitário que de um lado temos a “Ensino Secundário Geral
Profissionalizante” e do outro a “Formação Profissional e
Geral, colocados ao mesmo pé de igualdade, onde o ESG
dá mais enfâse à teoria e o ETP à prática. A inclusão de
uma na outra vai permitir que os estudantes do ESG
aprendam a fazer alguma coisa e os estudantes do ETP não
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 183
Exercícios
Lição n˚ 9 (apêndice)
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO DAS
UNIVERSIDADES CATÓLICAS
“EX CORDE ECCLESIAE”
Introdução
É notório que as Universidades no mundo nasceram
dentro da Igreja Católica (“Ex corde Ecclesiae”) e por isso
achamos importante ver quais são os princípios que
norteiam a Filosofia da educação das Universidades
Católicas. Tais princípios estão contidos no documento “Ex
corde Ecclesiae” de João Paulo II, que é indicado como
“Magna Carta” para as Universidades Católicas no mundo.
[...]
Sumário
A Universidade católica nasce do coração da Igreja, e
pela sua vocação, consagra-se à investigação, ao ensino e à
formação dos estudantes. Uma das características
essências de uma universidade de católica é o facto de ela
ter uma inspiração e fidelidade à mensagem cristã tal como
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 191
Exercícios
Introdução
Lição n˚ 1
HORTON, BLYDEN e
NYERERE
Introdução
Nesta nossa primeira lição, da parte contextual vamos
analisar a visão educacional de Horton, Blyden e Nyerere.
Cada ponto de vista que um desses autores trazem teve
alguma motivação extra para tal e sempre procuram dar
respostas a alguns problemas da sua época. Para Horton a
educação deve ser financiada pelo estado; Blyden quer usar
a educação para libertar os africanos do colonialismo e
Nyerere quer ensinar para melhorar o povo e as escolas
deviam ser pequenas comunidades ujamaá.
Universidades de Horton.
Opção africanista.
• Educação africanizada.
• Critica a educação europeia. Deve-se educar as
crianças a viver num mundo não dividido.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 201
vvJULIUS K. NYERERE
1. Pensamento filosófico
2. Socialismo africano.
3. Ideal educacional.
- o valor do humanismo
- a dignidade da hospitalidade
- espírito do trabalho colectivo
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 203
Sumário
Para Horton, a educação e a formação de professores
deve estar subordinada ao estado, e os africanos devem
deixar de depender dos europeus e fundarem as suas
próprias universidades. Blyden vem usar a educação como
instrumento de libertação do africano frente ao colonialismo
europeu, e por via disso critica a educação europeia,
alegando que estes sempre se esquecem de Deus, estando
mais ligado a ciência e técnica; Nyerere veio defender uma
educação para auto-segurança e auto-suficiência que devia
ensinar para melhorar o povo, não permitindo que estes
morram de fome e desenvolvam os valores do socialismo
africano. Este implementou mudanças no currículo, tendo
reduzido os anos de ingresso a escola de 8 para 5 anos.
Exercícios
Lição n˚ 2
A EDUCAÇÃO BANTU NA
ÁFRICA DO SUL
Introdução
Terminologia
Missões, apartheid, Bantu, brancos, negros.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 206
1. Contexto e antecedentes.
Sumário
A educacao Bantu, que antes era uma ideologia
política (Batu) e depois tona-se uma lei, era subordinada ao
apartheid e tinha como objectivo a nacionalizacao das
escolas por parte do Estado, com a separacao de escolas
para negros e brancos. Essa lei racista criou álguns
movimentos de resistencia, que por via disso, muitas Igrejas
(90 % das escolas frequentadas por negros eram
missionárias) fecharam as portas; houve também
resistencia dos movimentos políliticos, dos sindicatos, dos
estudantes que criam o movimento black consciousness
para negar a criacao de universidades separadas para
negros, brancos, indianos e outros milhares que manifestam
a lei segundo a qual o afrikans tinha que ser a lingua
principal de ensino no Ensino Primário e Secundário.
Exercícios
Lição n˚ 3
A EDUCAÇÃO TRADICIONAL
EM MOÇAMBIQUE
Introdução
Terminologia
Tradição, família, comunidade, iniciação, África.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 212
1. ADRIANO LANGA
Sumário
Como se avançou na introdução, a reflexão sobre a
educação tradicional olhou a perspectiva de dois teóricos. O
primeiro é Adriano Langa, que caracteriza a educação
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 217
Exercícios
Lição n˚ 4
SEVERINO ELIAS
NGOENHA
Introdução
Após termos analisado a visão de dois teólogos sobre
a educação tradicional em Moçambique, é chegada a vez de
discutir a ideias de um filósofo – pesa embora quem faz
teologia tem conhecimentos acentuados de filosofia.
52
NOGOENHA S., Estatuto e axiologia da educação, Livraria Universitária
UEM, Maputo. 2000
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 220
53
Id. p. 47
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 221
54
Id. p. 62
55
Id. p. 63
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 222
56
Id. p.186
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 224
Sumário
Exercícios
Lição n˚ 5
JOSÉ PAULINO CASTIANO
Introdução
Terminologia
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 227
Sumário
Após a independencia registaram-se mudancas no
curriculo e nos procedimentos administrativos nas escolas, e
em 1976 é fundado o MEC que tinha como meta expandir o
ensino para todos, construir novas escolas e contratar mais
novos professores, bem como desenvolver novos programas
de ensino. Mais tarde o SNE com o objectivo da formacao
do Homem. Porém, de 1987 a 1992 a educacao entrou em
crise pois o estado nao tinha condicoes de cobrir as
dispesas da educacao. A solucao do governo para sair desta
crise é a introducao do programa de Reabilitacao
Económica, que culmina com a privativacao e liberalizacao
parcial do sistema de ensino. Por via desta liberalizacao em
1992 aprova-se a lei 6/1992 que vem contrapor a lei de
1983, apresentando os seguintes novos objectivos:
erradicacao do analfabetismo, uma introducao gradual da
escolaridade obrigatória, a garantia na formacao de
professores, etc. Em 2002 o MINED introduz um novo
currículo para o ensino básico com o apoio da UNESCO e
implementado pela INDE. as aporias da nossa educacao
desde a indempendencia é optar pela quantidade e nao
qualidade, ou seja expansde a rede mas a qualidade nunca
aumenta e o estado gasta mais do que pode com isso.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 235
Exercícios
.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 236
Lição n˚ 6
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO
AFRICANA: “MUNTUISMO”
PARA UM PERSONALISMO AFRICANO
Introdução
Em conclusão do curso sobre a Filosofia da
Educação, apresentamos a seguinte reflexão do Prof. Doutor
P. Ezio Lorenzo Bono sobre a proposta de uma Filosofia da
Educação Africana que se fundamente na ideia de um
personalismo africano, definido com um neologismo:
Muntuismo.
58
É verdade que já com a época moderna e com o iluminismo introduziu-
se a contestação da ideia de Deus e da religião, mas manteve-se ainda a
pesquisa da verdade e a metafísica.
59
Basta citar os filósofos pós-modernos, entre os quais Rorty, Lyotard,
Vattimo, para aperceber-se como o critério da utilidade substituiu o da
verdade. Para Rorty, a filosofia terminou porque foi desmembrada em
várias disciplinas autónomas e mais pertinentes, de modo que as novas
ciências fazem melhor o que antes fazia a filosofia. Para Lyotard a
filosofia terminou porque o mundo antigo, dominado da ideia tipicamente
filosófica da totalidade, foi substituído pela fragmentação e
particularidade do saber prático. Para Vattimo o fim da filosofia é
marcado pela substituição do pensamento “forte” pelo pensamento
“fraco”, o qual não se baseia mais na verdade absoluta mas sobre
opiniões compartilhadas. Cfr. O meu Curso de Filosofia Contemporânea.
A Filosofia Pós-moderna, pro-manuscriptum, UniSaF, Maxixe, 2008.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 241
60
"A teologia e filosofia africanas são essencialmente personalistas.
Porque a teologia e filosofia africanas são mais antigas, e é conhecido
que alguns pensadores ocidentais antigos cujas ideias influenciaram o
personalismo actual aprenderam estas no Egipto, não é exagero dizer
que o pensamento tradicional africano gerou o personalismo" (TdA), em
BURROW R. Jr., Personalism and African Traditional Thought, in
Encounter 61.3, 2000, p.323
61
"O personalismo sustenta que o Deus da religião tradicional africana,
dos profetas do século oitavo e Jesus Cristo, é o Criador e Sustentador
de todas as pessoas. O personalismo centrar-se essencialmente na
centralidade das pessoas-em-comunidade" (TdA), Ivi, p. 324
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 244
62
Para Eboussi Boulaga, essencialismo é procurar a autenticidade
africana nas origens perdidas. Veja acima.
63
"Basta-lhe habitar a sua diversidade e a do mundo, com e no projecto
de ser para si mesmo e em virtude de si mesmo, com a mediação do ter
e do fazer. […] São estas as linhas de uma dialéctica da autenticidade,
conectada a uma história particular da liberdade racional e aberta a um
universal concreto a fazer, uma autenticidade que não é outra coisa para
o Muntu de que construir o tempo e o espaço do seu empenho, o campo
da experiência que lhe é possível num mundo que o circunda e que está
ao mesmo tempo no seu interior" (TdA), em EBOUSSI BOULAGA F., La
crise du Muntu. Authenticité africaine et philosophie, Essai, Présence
Africaine, Paris, 1977, tr.it.: Autenticitá Africana e filosofia. La crisi del
Muntu. Intelligenza, responsabilità, liberazione, ed. Mariotti, Milano, 2007,
p. 241.
FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO 245
Sumário
A ideia de pessoa na filosofia africana contemporânea
contém em si os três princípios fundamentais do
personalismo: Deus, Pessoa e Comunidade. A pessoa
africana essencialmente religiosa: a sua fé em Deus, funda a
verdade da pessoa. A comunidade é um elemento
fundamental (I am because we are…) sem o qual o indivíduo
seria desenraizado. O ponto fraco para a formulação de um
“personalismo africano” parece ser precisamente a ideia de
pessoa que desapareceria perante a supremacia da
comunidade. Atraves desses tres pilares podemos perceber
a filosofia africana. Esse personalismo é prático e é vivido na
vida concreta por todos os africanos. A pessoa africana
mantém o seu valor único graças à abertura ao
transcendente e à comunidade.
Exercícios
BIBLIOGRAFIA GERAL