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Aula Prática: 02/04/2024

Desenvolvimento Embrionário (quinta a oitava semana)

e desenvolvimento Fetal (nona semana ao nascimento)

– Estimativa de idade

O desenvolvimento embrionário é o período definido até a oitava semana


de desenvolvimento. Durante esse período ocorre a morfogênese e
organogênese rudimentar (neurulação, somitogênese/metamerização do
mesoderma e formação do intestino primitivo/modelagem do embrião). O
desenvolvimento fetal marca as mudanças no desenvolvimento embrionário,
onde o indivíduo em desenvolvimento adquiriu as características da sua
espécie, com formação de todos os sistemas importantes. A principal
característica dessa fase é o rápido crescimento do corpo, diminuição do
crescimento relativo da cabeça, acompanhado de diferenciação de órgãos e
sistemas.
A idade do embrião e do feto podem ser estimadas por características da
morfologia externa e medidas de comprimento. Na primeira semana ocorre
a clivagem e início da implantação. O concepto é chamado de blastocisto, uma
massa celular com cavidade blastocística, e com duas camadas: trofoblasto e
embrioblasto (futuro embrião); no término da primeira semana o blastocisto
está aderido superficialmente ao endométrio pela diferenciação do trofoblasto
em sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto, e o embrioblasto forma o
hipoblasto (endoderma extraembrionário/primitivo). Na segunda semana o
blastocisto termina a implantação e o embrioblasto forma um disco bilaminar
composto por epiblasto e hipoblasto. O epiblasto forma a cavidade
amniótica e a membrana amniótica e o hipoblasto forma o revestimento da
cavidade exocelômica/saco vitelino primitivo, esse revestimento forma a
membrana exocelômica; entre a membrana exocelômica e citotrofoblasto se
forma o mesoderma extra-embrionário, que coalesce para formar a cavidade
exocelômica/celoma extra embrionário/cavidade coriônica; no final da
segunda semana o concepto é formado pelo cório (mesoderma
somatopleura/parietal extra-embrionária (=placa coriônica) + citotrofoblasto +
sinciciotrofiblasto), saco/cavidade amniótica, saco vitelino/umbilical e
pedículo de ligação do embrião. Estas estruturas, exceto o pedículo, formam
as membranas extraembrionárias. Na terceira semana ocorre a formação
da linha primitiva, gastrulação, notocorda, neurulação e somitogênese,
formação do alantoide, celoma intraembrionário, vasculogênese e
angiogênese, capa citotrofoblástica). Na quarta semana ocorre o
dobramentos longitudinal (pregas cefálica e caudal) e transversal
(fechamento da superfície ventral do embrião) para formar o embrião
tubular. As características morfológicas externas da terceira e quarta
semana podem ser observadas nos slides da aula, e a medida utilizada para
estes estágios é o maior comprimento (MC) devido ao embrião ser reto. A
medida para embriões da oitava semana é o comprimento topo da cabeça-
calcanhar (CH). Para o período fetal a medida mais usual é a altura na posição
sentada ou comprimento topo da cabeça-nádegas (CR) (Figura 5-23). O
Sistema Carnegie de Estagiamento de Embriões é usado
internacionalmente e utilizado para fazer comparações entre achados de
diferentes indivíduos até a oitava semana de desenvolvimento (Tabela 5-1).
Para o desenvolvimento fetal são utilizadas a CR, o comprimento do pé e
a estimativa de peso (Tabela 6-1) e as características morfológicas externas
são apresentadas nos slides da aula. As estimativas de idade são realizadas
com auxílio de ultrassom e são necessárias para fazer a previsão confiável da
data provável do parto (DPP) e para detectar anomalias.
A gestação é dividida em três trimestres. No primeiro trimestre (12
semanas) os principais sistemas já se formaram e a principal medida utilizada é
a CR. No segundo semestre é possível observar detalhes anatômicos. No
início do terceiro semestre o feto pode sobreviver se nascer prematuramente.
Na segunda e terceira semana são utilizadas outras medidas: diâmetro da
cabeça entre as duas saliências parietais (DBP), circunferência da cabeça,
circunferência abdominal, comprimento do fêmur, comprimento do pé (é
correlacionado com o CR).
De posse destas informações: 1- caracterize morfológica e
morfometricamente o desenvolvimento embrionário e fetal; 2- estime as
respectivas idades; 3- Ilustre o desenvolvimento por semana/dias e indique nas
imagens as principais características morfológicas, CR e peso da respectiva
semana; 4- na legenda das figuras indique informações clínicas relacionadas
ao desenvolvimento.
OBJETIVOS
1. Caracterizar, Ilustrar e identificar as etapas do desenvolvimento embrionário e
fetal;
2. Estimar a idade do embrião e do feto utilizando características morfológicas e
morfométricas;
3. Compreender a importância da estimativa da idade do desenvolvimento para
gerar a DPP, correlacionar com retardo do desenvolvimento uterino, detectar
anomalias congênitas;
4. Identificar as partes da placenta e cório;
5. Identificar o tipo de gestação gemelar;
6. Discutir situações clínicas relacionadas ao desenvolvimento humano.

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