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ESCOLA ESTADUAL CORONEL JOSÉ ALVES RIBEIRO

DISCIPLINA BIOLOGIA – PROFESSOR JOSÉ AMÉRICO


3º SJ

LUCAS SANTOS E CLÁUDIO MARQUES

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
SEMANA A SEMANA, DA FECUNDAÇÃO AO PARTO

AQUIDAUANA/MS
ABRIL – 2020

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LUCAS SANTOS E CLÁUDIO MARQUES

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
SEMANA A SEMANA, DA FECUNDAÇÃO AO PARTO

Trabalho para obtenção de nota parcial


referente a disciplina de Biologia da
Escola Estadual José Alves Ribeiro,
orientado pelo Professor José Américo

AQUIDAUANA/MS
ABRIL - 2020

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................... 04
1 DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO ..................................................... 05
1.1 Fases do Desenvolvimento Embrionário .............................................. 06
1.2 Fecundação ............................................................................................ 06
1.3 A primeira semana ............................................................................... 07
1.4 A segunda semana ............................................................................... 08
1.5 Súmula da implantação ....................................................................... 09
1.6 Terceira semana ..................................................................................... 10
1.7 Neurulação ........................................................................................... 10
1.8 Da quarta a oitava semana .................................................................... 11
1.9 Da nona semana até o nascimento ........................................................ 12
CONCLUSÃO .............................................................................................. 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 16

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INTRODUÇÃO

O desenvolvimento embrionário consiste em um desenrolar contínuo de


eventos, didaticamente dividido em etapas.
Os momentos iniciais da embriogênese têm aspectos semelhantes para todos
os vertebrados. Todavia, etapas posteriores têm particularidades próprias de cada
classe, que serão abordadas apenas superficialmente neste estudo.

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1. O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO

O zigoto é portador do material genético fornecido pelo espermatozoide e pelo


óvulo. Um vez formado o zigoto irá se dividir muitas vezes por mitose até originar um
novo indivíduo. Assim, todas as células que formam o corpo de um indivíduo
possuem o mesmo patrimônio genético que existia no zigoto.
Apesar disso, ao longo do desenvolvimento embrionário as células passam
por um processo de diferenciação celular em que alguns genes são “ativados” e
outros são “desativados”, sendo que somente os “ativados” coordenam as
funções das células.
Surgem dessa maneira tipos celulares com formatos e funções distintos, que
se organizam em tecidos. Conjuntos de tecidos reunidos formam os órgãos. Os
grupos de órgãos formam os sistemas que, por sua vez, formam o organismo.

Células – tecidos – órgãos – sistemas – organismos

A ciência que estuda esse processo de desenvolvimento do indivíduo a partir


do zigoto é a Embriologia.

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1.1. Fases do desenvolvimento embrionário

Os animais apresentam grande diversidade de desenvolvimento embrionário,


mas, de modo geral, em praticamente todos ocorrem três fases
consecutivas: segmentação, gastrulação e organogênese.
Na segmentação, mesmo com o aumento do número de células,
praticamente não há aumento do volume total do embrião, pois as divisões celulares
são muito rápidas e as células não têm tempo para crescer.
Na fase seguinte, que é a gastrulação, o aumento do número de células é
acompanhada do aumento do volume total. Inicia-se nessa fase a diferenciação
celular, ocorrendo a formação dos folhetos germinativos ou folhetos embrionários,
que darão origem aos tecidos do indivíduo.
No estágio seguinte, que é a organogênese, ocorre a diferenciação dos
órgãos.
Vamos analisar cada uma dessas fases para os animais em geral e depois comentar
o desenvolvimento embrionário humano.

1.2. Fecundação

A Fecundação ou fertilização é o processo que ocorre quando os gametas


masculinos e femininos encontram-se e o espermatozoide penetra o óvulo. Quando
isto acontece, os nucléolos dessas células haploides (1n) fundem-se num só,
formando a primeira célula diploide (2n) do novo ser vivo, o ovo ou zigoto.

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Fecundação do óvulo

Ao penetrar o óvulo, o espermatozoide perde seu flagelo e passa a ser


chamado pronúcleo masculino.
A união dos pronúcleos masculinos e femininos chama-se cariogamia ou
anfimixia (do grego amphi, dois, mixis, mistura).

1.3. A primeira semana

(SEGMENTAÇÃO ou CLIVAGEM DO ZIGOTO)

A clivagem consiste em repetidas divisões do zigoto, resultando em um rápido


aumento do número de células. Primeiro, o zigoto se divide em duas células
conhecidas como blastômeros; estas então se dividem em quatro blastômeros, oito
blastômeros, e assim por diante.
A clivagem normalmente ocorre enquanto o zigoto atravessa a tuba uterina,
rumo ao útero. O zigoto ainda se encontra contido pela substância gelatinosa muito
espessa, a zona pelúcida, deste modo, ocorre um aumento no número de células
sem que aumente a massa citoplasmática.
A divisão do zigoto em blastômeros começa cerca de 30 horas após a
fertilização. Divisões subsequentes vão se seguindo e formam blastômeros
progressivamente menores. Os blastômeros mudam de forma e se alinham,
apertando-se uns contra os outros para formar uma esfera compacta de células
conhecida como mórula. Este fenômeno, chamado de compactação, é
provavelmente mediado por glicoproteínas de adesão da superfície celular.
A compactação permite uma maior interação célula-a-célula e constitui um
pré-requisito para a segregação das células internas que formam o embrioblasto ou
massa celular interna do blastocisto. A mórula (do latim, morus, amora), uma bola
sólida de 12 ou mais blastômeros, é formada três dias após a fertilização e penetra
no útero. Seu nome provém da sua semelhança com o fruto amoreira.

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1.4. A segunda semana

(FORMAÇÃO DA BLÁSTULA E IMPLANTAÇÃO DO BLASTOCISTO)

A blástula é o estágio de desenvolvimento embrionário em que, após


sucessivas clivagens, centenas de células da mórula reorganizam-se agregadas e
formam uma espécie de bola, com uma cavidade central repleta de líquido que
denomina-se blastocele. Essas células formam uma camada celular chamada
blastoderme.
A blástula sucede a mórula e antecede a gástrula. É, portanto, umas das
primeiras fases de formação, antes que o embrião seja propriamente constituído.
Não se sabe exatamente quanto tempo o óvulo gasta para atravessar a
trompa (oviduto). Presume-se que esse tempo seja de três a quatro dias. No sexto
dia da fecundação, o blastocisto “fixa-se” no endométrio do útero, iniciando a fase de
implantação. Nessa fase, o embrião vive à custa do material difusível através do
endométrio, uma vez que suas reservas nutritivas (vitelo) são mínimas.
A implantação ocorre normalmente na parede posterior do corpo do útero, no
espaço entre a abertura de glândulas do endométrio. Não é raro, porém, o
blastocisto implantar-se em locais anormais, fora do corpo do útero. Em geral isso
leva à morte do embrião, e a mãe sofre severa hemorragia durante o primeiro ou
segundo mês de gestação.

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1.5. Súmula da implantação

A implantação do blastocisto começa no fim da primeira semana e termina


antes do final do segundo. O processo pode ser sumariado como se segue:
A zona pelúcida degenera (quinto dia). O desaparecimento da zona pelúcida
resulta do aumento de tamanho do blastocisto e da degeneração causada por lise
enzimática. As enzimas líticas são liberadas pelos acrossomos dos muitos
espermatozoides que rodeiam e penetram parcialmente na zona pelúcida.
O blastocisto se liga ao epitélio endometrial (sexto dia).
O texofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas, o suncicioblasto e
o citotrofoblasto (sétimo dia).
O sincíciotrofiblasto evade os tecidos endometriais (capilares, glândulas,
estroma) e o blastocisto começa a se implantar no endométrio (oitavo dia).
Aparecem no sinciciotrofoblasto lacunas repletas de sangue (novo dia)
O blastocisto penetra abaixo do epitélio endometrial
Redes lacunares são formadas pela fusão de lacunas adjacentes (décimo e
décimo primeiro dias).
O sinciciotrofoblasto continua a erodir vasos sanguíneos endometriais,
fazendo com que o sangue materno flua para fora das redes lacunares, e se
estabelece, assim, uma circulação uteroplacentária primitiva. (décimo primeiro e
décimo segundo dias)

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A falha no epitélio endometrial desaparece gradualmente, enquanto o epitélio
superficial se regenera. (décimo segundo e décimo terceiro dias).
 Desenvolvem-se as vilosidades coriônicas primárias (décimo terceiro e
décimo quarto dias).

1.6. A terceira semana

Este é o inicio do período embrionário, que termina ao final da oitava semana.


O rápido desenvolvimento do embrião a partir do disco embrionário, como resultado
de numerosos eventos morfogenéticos, é caracterizado pela formação da linha
primitiva, da notocorda e de três camadas germinativas a partir dos quais todos os
tecidos e órgãos embrionários se desenvolvem.

1.7. Neurulação

Aos processos envolvidos na formação da placa neural, das pregas neurais e


no fechamento delas para formar o tubo neural dá-se o nome de neurulação. Estes
processos estão completados pelo fim da quarta semana, quando ocorre o
fechamento do neurósporo caudal. Durante a neurulação, o embrião pode ser
chamado de neurula.
FORMAÇÃO DO TUBO NEURAL: A placa neural aparece como espaçamento
do ectoderma embrionário localizado cefalicamente em relação ao nó primitivo. A
placa neural é induzida a formar-se pela notocorda em desenvolvimento e pelo
mesênquima adjacente. Um sulco neural, longitudinal, desenvolve-se na placa
neural; o sulco neural ladeado pelas pregas neurais, que se juntam e se fundem
para originar o tubo neural. O desenvolvimento da placa neural e seu dobramento
para formar o tubo neural é chamado neurulação.
FORMAÇÃO DA CRISTA NEURAL: Com a fusão das pregas neurais para
formar o tubo neural, células neuroctodérmicas migram ventrolateralmente para
constituir a crista neural, entre o ectoderma superficial e o tubo neural. A crista
neural logo se divide em duas massas que dão origem aos gânglios sensitivos dos
nervos cranianos e espinhas. Outras células da crista neural migram do tubo neural
e dão origem a varias estruturas.

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1.8. Da quarta à oitava semana

Essas cinco semanas constituem a maior parte do período embrionário, que


se estende da terceira a oitava semana. Durante estas cinco semanas, que
representam a maior parte do período embrionário, os principais órgãos e sistemas
do corpo são formados a partir das três camadas germinativas.
No inicio da quarta semana, as dobras nos planos mediano e horizontal
convertem o disco embrionário achatado em um embrião cilíndrico em forma de “C”.
a formação das dobras cefálica caudal e laterais constitui uma sequência contínua
de eventos que resultam numa constrição entre o embrião e o saco vitelino.
Durante o dobramento, a parte dorsal do saco vitelino é incorporado pelo
embrião e dá origem ao intestino primitivo. Quando a região da cabeça se dobra
ventralmente, parte do saco vitelino é incorporado pela cabeça embrionária em
desenvolvimento como o intestino anterior. O dobramento da região da cabeça
também faz com que a membrana orofaríngea e o coração sejam deslocados
ventralmente, e que o encéfalo em desenvolvimento se transforme na parte mais
cefálica do embrião.

Quarta semana de gestação

Enquanto a região caudal se dobra ventralmente, uma parte do saco vitelino é


incorporada à extremidade caudal do embrião, compondo o intestino posterior. A
porção terminal do intestino posterior expande-se para constituir a cloaca. O
dobramento da região caudal também resulta na membrana cloacal, na alantoide, e
no deslocamento do pedículo do embrião para a superfície ventral dele.

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O dobramento do embrião no plano horizontal incorpora parte do saco vitelino
como intestino médio. O saco vitelino permanece ligado ao intestino médio por um
estreito ducto vitelino. Durante o dobramento no plano horizontal, Formam-se os
primórdios das paredes laterais e ventral do corpo.
Ao se expandir, o âmnio envolve o pedículo do embrião, o saco vitelino e a
alantoide, compondo então um revestimento epitelial para nova estrutura chamada
cordão umbilical.
As três camadas germinativas diferenciam-se em vários tecidos e órgãos, de
modo que, ao final do período embrionário, estejam estabelecidos os primórdios dos
principais sistemas de órgãos. A aparência externa do embrião é muito afetada pela
formação do encéfalo, coração, fígado, somitos, membros, ouvidos, nariz e olhos.
Com o desenvolvimento das estruturas, a aparência do embrião vai se alterando, e
estas peculiaridades caracterizam o embrião como inquestionavelmente humano.
Com os primórdios das estruturas internas e externas essenciais se formam
durante o período embrionário, a fase compreendia entre a quarta e a oitava semana
constitui o período mais crítico do desenvolvimento. Distúrbios do desenvolvimento
nesta altura podem originar grandes malformações congênitas no embrião.

1.9. Da nona semana até o nascimento (O PERÍODO FETAL)

O período fetal, que começa nove semanas após a fertilização e termina com
o nascimento, caracteriza-se pelo rápido crescimento corporal e diferenciação dos
tecidos e órgãos. Uma mudança obvia é a diminuição relativa da velocidade de
crescimento da cabeça, em comparação com o resto do corpo.
No início da vigésima semana aparece o lanugo e o cabelo, e a pele é
recoberta pela vernix caseosa. As pálpebras permanecem fechadas na maior parte
do período fetal, mas começam a se abrir por volta da vigésima sexta semana. Até
então, o feto é usualmente incapaz de sobreviver fora do útero principalmente por
causa da imaturidade do seu sistema respiratório.

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25ª semana de gestação

Até cerca da trigésima semana, o feto tem aparência avermelhada e


enrugada por causa de sua pele fina e da relativa ausência de gordura subcutânea.
Em geral, a gordura se forma rapidamente ao longo das últimas seis a oito semanas,
dando ao feto um aspecto liso e rechonchudo. Esse período final (“de acabamento”)
é dedicado principalmente à formação dos tecidos e à preparação dos sistemas
envolvidos na transição do meio intra-uterino para o extrauterino, particularmente o
sistema respiratório e cardiovascular. Fetos prematuros nascidos entre a vigésima
sexta e a trigésima sexta semana em geral sobrevivem, mas fetos a termo têm
maiores chances de sobrevivência.
As alterações que ocorrem no período fetal não são dramáticas quanto as do
período embrionário, mas são muito importantes. O feto é menos vulnerável aos
efeitos teratogênicos das drogas, vírus e radiação, mas estes fatores podem
interferir com o desenvolvimento funcional normal, sobretudo do cérebro e dos
olhos.
Existem várias técnicas disponíveis para avaliar as condições do feto e para
diagnosticar certas moléstias antes do parto e anormalidades do desenvolvimento.
Hoje em dia o médico pode determinar se um feto possui ou não certa doença ou
uma malformação congênita, utilizando, por exemplo, a amniocentese e a
ultrassonografia. O diagnóstico pré-natal pode ser realizado cedo o bastante para
permitir o aborto seletivo de um feto defeituoso, se esta for a decisão da mãe e se o

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procedimento for legal; por exemplo quando forem diagnosticadas anomalias sérias,
incompatíveis com a vida pós-natal.

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CONCLUSÃO

Desde a fecundação até ao nascimento, o desenvolvimento humano é


contínuo, dinâmico e complexo. Novas descobertas sobre esse fascinante processo,
mostram o impacto vital do desenvolvimento embrionário para a saúde do individuo,
ao longo da vida. Deste modo, o estudo do desenvolvimento embrionário e a sua
compreensão são fundamentais para um melhor entendimento da nossa vida,
enquanto embriões e humanos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

https://biomania.com.br/artigo/desenvolvimento-embrionario 14/04/2020
https://www.coladaweb.com/biologia/desenvolvimento/embriologia-humana
14/04/2020
https://brainly.com.br/tarefa/7709626 14/04/2020

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