Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vannocha
Universidade Pedagógica
Nampula
2018
2
Docente
Universidade Pedagógica
3
Nampula
2018
Índice
Introdução..........................................................................................................................4
1. Breve Evolução Histórica da Família............................................................................5
2. Novas abordagens teóricas e metodológicas no estudo da família................................6
2.1. Tipos de família..........................................................................................................6
2.1.1. Quanto ao número de nubentes (noivos).................................................................6
2.1.2.Quando ao numero de membros:..............................................................................7
2.1.3. Quanto a descendência............................................................................................7
2.1.4. Outras considerações:..............................................................................................7
3. Família como fenómeno cultural...................................................................................8
4. Família em contexto de mudança em Moçambique......................................................9
Conclusão........................................................................................................................11
Bibliografia......................................................................................................................12
4
Introdução
Ao tempo da Roma antiga, a família era originada mais pela autoridade que o pater
famílias exercia sobre esta, e não por laços de sangue nem de afectividade, que embora
existisse não era levado em conta, tanto é que o marido considerado como chefe fazia
valer seu poder sobre seus filhos, sua mulher e ainda sobre os escravos, podendo fazer o
que quiser com estes, até mesmo o direito de vida e de morte. Nessa época a família era
corroborada pela religião doméstica e também o culto aos antepassados que era
submetida pelo pater. A mulher por sua vez ao casar renunciava o culto de seu seio
familiar, passando a se dedicar somente a religião e aos antepassados do seu marido.
Deste modo, na era romana o elo que ligava os demais membros da família era a
religião doméstica e o culto aos deuses e aos antepassados, não se levando em conta a
procriação e nem qualquer laço afectivo.
Entrevista
A entrevista, segundo Bogdan e Biklen (1994), consiste numa conversa intencional,
entre duas ou mais pessoas, como estratégia de recolha de dados que pode, ou não, ser
utilizada em conjunto com a observação, análise de documentos e outras técnicas.
Não existem regras que se possam aplicar constantemente a todas as situações de
entrevista, embora possam ser feitas algumas afirmações gerais. O que revela ser
mais importante é a necessidade de ouvir cuidadosamente. Oiça o que as pessoas
dizem. Encare cada palavra como se ela fosse potencialmente desvendar o
mistério que é o modo de cada sujeito olhar o mundo. (Bogdan & Biklen, 1994,
pp. 136-137).
Esta é uma técnica qualitativa interactiva, de recolha e análise de dados, que exige um
momento de interacção entre o entrevistado e o entrevistador. As entrevistas realizadas
seguem um guião estruturado, com questões pré-estabelecidas do tema em questão.
Ainda assim, Bogdan & Biklen (1994) defendem que mesmo quando existe um guião,
as entrevistas qualitativas oferecem ao entrevistador uma amplitude que lhe permite
levantar novas interrogações de forma a especificar e a desenvolver mais o tópico.
Segundo Mello (2013; 326), a família é classificada com base três critérios: quanto ao
número de nubentes (noivos), quanto ao número de membros e quanto a descendência.
Família composta: é uma unidade composta por três ou mais cônjuges e seus
filhos; Por exemplo, quando um segundo casamento dá origem as relações de
adaptação como madrasta, padrasto, enteado;
Família de orientação: MARTINEZ: (2009; 128); é aquela onde o individuo
nasceu e foi criado.
Família de procriação: inclui os cônjuges e filhos, ou mesmo, aquela que
formamos no momento do casamento, quando um se casa e tem filho;
Família consanguínea: funda-se contra um interno pronome de irmãos e irmãs
carnais e colaterais no interior de um grupo. Morgan citado por Melo.
Família punaluana: funda-se sobre matrimónio de várias irmãs carnais e
colaterais com os maridos de cada uma das outras, no interior de um grupo;
Família monoparental: composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe.
Os motivos que possibilitam essa estrutura são diversos. Englobam causas
circunstâncias (morte, abandono ou divorcio). Ou ainda, a decisão (na maior
parte dos casos uma decisão da mulher) de ter um filho de forma independente;
Família comunitária: nesta estrutura, todos membros adultos que constituem o
agregado familiar é responsável pela educação da criança;
Família arco-ires: é constituída por um casal homossexual (ou pessoa sozinha
homossexual) que tenha uma ou mais crianças ao seu cargo;
Família contemporânea: é caracterizada pela inversão dos papeis do homem e
da mulher na estrutura familiar passando a ser a mulher a chefe de família.
Abrange a família monoparental constituída por uma mãe solteira ou divorciada;
A família é quase como uma zona micro protegida onde a criança pode ser
desenvolvida. É desta originalidade e desta diversidade de famílias que depois as
famílias dão o contributo variado e original para que tenhamos uma sociedade
diversificada.
É imperioso que os membros de uma família estejam ligados, tanto por laços de afeição,
quanto por de interesse comum e que não haja disputas entre eles consideradas
reprováveis, porque, partindo do pressuposto de que é na família onde se faculta os
primeiros ensinamentos, ela tem que manter um rótulo aceitável no seio da sociedade
cultural (LINTON, 2000).
9
Para LINTON (2000), A cultura exerce uma certa influencia sobre a família, podendo
até transforma-la. existem os chamados tabus, restrições e prescrições que podem de
uma ou de outra forma deformar ou transformar a família, variando de região a região.
Por exemplo, em algumas regiões do nosso vasto país, existem restrições sexuais após o
parto que podem durar três (3) meses se tratar-se de uma criança do sexo feminino e seis
(6) se for do sexo masculino e algumas prescrições, em que na época de sementeira do
milho há proibição do contacto sexual entre os cônjuges como forma de garantir uma
boa produção.
De acordo com RELVAS e ALARCAO, (2002), citado por IRKA (2002), nos últimos
50 anos a família modificou as suas dimensões, organizou-se de formas diversas e tem
em conta novos valores. No entanto, ser família alem de ter um carácter único e de
funcionar como um todo é fazer parte integrante de um sistema de contextos, como a
comunidade e a sociedade. A estrutura familiar, organizada por papéis e funções de
cada elemento e de cada sistema, é a responsável para que não existam duas famílias
iguais. Desta forma, a família não pode ser considerada um sistema estático e
10
Conclusão
A família pode ser definida como o conjunto de pessoas ligadas pelo casamento, pela
união estável ou pelo parentesco, decorrendo este da consanguinidade, da adopção ou da
socioafectividade. Reunidos esses elementos surge a relação jurídica familiar objecto de
normas cogentes.
Numa óptica evolucionista podemos concluir que o conceito de família sofreu grandes
alterações intrínsecas oriundas do desenvolvimento das ciências, da tecnologia e dos
costumes, a partir dos quais a legislação amplia o seu carácter projectivo obedecendo a
uma realidade fáctica, contemporânea, que traduz o novo perfil que a família tem
assumido actualmente, evidenciando a primazia do individuo nas relações familiares, o
valor da afectividade, o respeito a dignidade da pessoa humana e seus direitos
fundamentais.
11
Bibliografia
MELLO, Luiz Gonzaga de: antropologia cultural: iniciação teoria e temas, 19ª ed.
Petrópolis, vozes, 2013
LINTON, Ralph, o homem, uma introducao a antropologia, Martins fontes, são Paulo,
2000
12