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Índice

Introdução........................................................................................................................................4
Fundamentação Teórica...................................................................................................................5
Ciências naturais..............................................................................................................................5
História............................................................................................................................................5
Campos da Ciências naturais...........................................................................................................5
Astronomia......................................................................................................................................5
Biologia............................................................................................................................................6
Física................................................................................................................................................6
Química............................................................................................................................................6
Ciência da Terra...............................................................................................................................6
Ensino Primário Integrado em Moçambique...................................................................................7
MULTIDISCIPLINARIDADE.......................................................................................................7
INTERDISCIPLINARIDADE........................................................................................................8
TRANSDISCIPLINARIDADE.......................................................................................................9
Metodologia...................................................................................................................................10
Resultados e Discussão..................................................................................................................10
Conclusão......................................................................................................................................11
Referencias Bibliográficas.............................................................................................................12
Introdução
O presente trabalho teve como tema integração curricular de conteúdos de Ciências
Naturais da 6a classe do Ensino primário. A pesquisa teve como objectivo analisar como os
conteudos estão integrado no livro didatico da Ciências Naturais no livro didáctico da 6 a classe
do Ensino primário selecionado pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano da
Republica de Moçambique para uso em todas as escolas.

Entre vários estudos sobre os livros didácticos existe uma preocupação na avaliação da
qualidade desse recurso didáctico. Na maioria das escolas é o único recurso utilizado pelos
professores. Assim Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE) vigente em
Moçambique utiliza critérios para selecionar os conteúdos.

Para atingir o objetivo proposto fez-se uma pesquisa quantitativa sobre os seguintes
aspectos: Multidisciplinaridade; Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade dos conteúdos do
livro didáctico da 6a classe de Ciências Naturais, selecionado pelo Instituto Nacional de
Desenvolvimento da Educação (INDE) vigente em Moçambique. O critério selecionado para a
análise foi a observação dos conteúdos de Biologia, Física, Química de cada unidade que
compõe o livro didáctico.

Enfim, busca-se contribuir com a avaliação dos livros didáctico sobre inteiração dos conteúdos
supracitado por ser um recurso bastante utilizados pelos docentes que se não forem bem
selecionados podem comprometer o processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
Fundamentação Teórica
Ciências naturais
As ciências naturais ou ciências da natureza constituem numa classificação que abarca as áreas
da ciência que visam a estudar a natureza em seus aspectos mais gerais e fundamentais, isso é, o
universo como um todo, que é entendido como regulado por regras ou leis de origem natural e
com validade universal, fazendo-o de forma a focar-se nos aspectos físicos e não no homem ou
em aspectos comportamentais.
Além do uso tradicional, a expressão ciências naturais é por vezes usada no dia-a-dia como
sinônimo história natural. Neste sentido, "ciência natural" pode estar subentendendo biologia e
talvez alguma das Ciências da Terra, em oposição às então ditas ciências físicas, como
astronomia, física e química.

História
Em tempos antigos e medievais, o estudo objetivo da natureza era conhecido como filosofia
natural. No final dos tempos medievais e início dos tempos modernos, a interpretação filosófica
da natureza foi sendo gradualmente substituída por uma aproximação mais científica usando o
método indutivo. Os trabalhos de Ibn al-Haytham e Sir Francis Bacon popularizaram esse modo
de aproximação, e assim ajudando a forjar a revolução científica.
No século XIX o estudo a ciência recebeu uma atenção maior dos profissionais e instituições, e
ao fazê-lo gradualmente surgiu o nome mais moderno de ciência natural. O termo cientista foi
criado por William Whewell em 1834.

Campos da Ciências naturais


Astronomia
Essa disciplina é a ciência dos objetos celestes e fenômenos que se originam fora da atmosfera
terrestre. Ela se preocupa com a evolução, física, química, meteorologia, e movimento dos
objetos celestes, assim como a formação e desenvolvimento do universo. A astronomia inclui a
examinação, estudo e modelagem de estrelas, planetas, cometas, galáxias e o cosmos. A maioria
das informações usadas por astrônomos é reunida por observação remota, apesar de alguns
laboratórios reproduzirem fenômenos celestes (como a química molecular do meio interestelar).
Biologia
Esse campo abrange um grupo de disciplinas que examinam os fenômenos relacionados aos
organismos vivos. A escala de estudos pode variar de subcomponentes biofísicos até completos
sistemas ecológicos. A biologia se interessa com as características, classificação e
comportamento dos organismos, assim como o modo que as espécies foram formadas e as
interações entre cada uma e com o ambiente.
A biologia moderna é dividida em sub-disciplinas de acordo com o tipo de organismo e a escala
usada nos estudos. A biologia molecular é o estudo da química fundamental da vida, enquanto a
biologia celular é o exame das células, os blocos construtores básicos de toda a vida. Em um
nível mais acima, a fisiologia observa as estruturas internas do organismo, enquanto a ecologia o
modo que os vários organismos se inter-relacionam.

Física
A física encorpora o estudo dos constituintes fundamentais do universo, as forças e as interações
que elas exercem entre si, e os resultados produzidos por essas interações. Em geral, a física é
considerada como a ciência fundamental já que as outras ciências naturais utilizam e obedecem
os princípios e leis estabelecidas por este campo. A física depende consideravelmente da
matemática como uma ferramenta de trabalho lógico para a formulação e quantificação dos
princípios.
Química
Constituindo o estudo científico da matéria na escala atômica e molecular, a química liga
principalmente com coleções de átomos, como os gases, moléculas, cristais, e metais. São
estudados a composição, propriedades estatísticas, transformações e reações desses materiais. A
química também envolve o entendimento das propriedades e interações de átomos individuais
para uso em aplicação em escalas maiores. A maioria dos processos químicos pode ser estudadas
diretamente em laboratório, usando uma série de técnicas para manipulação de materiais. A
química é às vezes chamada de "a ciência central", porque tem o papel de conectar as outras
ciências naturais.
Ciência da Terra
Ciência da Terra (também conhecida como geociência) é um termo para todas as ciências
relacionadas com o planeta Terra, incluindo geologia, geofísica, hidrologia, meteorologia,
geografia física, oceanografia, e ciência do solo.
Ensino Primário Integrado em Moçambique
O Ensino Primário Integrado caracteriza-se por permitir que o aluno desenvolva competências
de forma articulada e integrada, em todas as áreas de aprendizagem que compõem o currículo.
Esta abordagem é complementada por actividades co-curriculares e suportada por um sistema de
avaliação que integra as componentes diagnóstica, sumativa e formativa.
A integração resultou na redução do número de disciplinas pela incorporação de competências e
conteúdos de umas disciplinas para outras, assim sendo:
a) Ensino Monolingue

 Na 1ª e 2ª classes – de seis (6) para três (3) disciplinas;


 Na 3ª classe – de oito (8) para três (3) disciplinas;
 Na 4ª e 5ª classes – de nove (9) para seis (6) e sete (7) disciplinas, respectivamente;
 Na 6ª classe – de onze (11) para sete (7) disciplinas.
b) Ensino Bilingue
 Na 1ª e 2ª classes – de sete (7) para quatro (4) disciplinas;
 Na 3ª classe – de nove (9) para quatro (4) disciplinas;
 Na 4ª e 5ª classes – de dez (10) para sete (7) e oito (8) disciplinas, respectivamente;
 Na 6ª classe – de doze (12) para sete (7) disciplinas.
A integração disciplinar permitiu o aumento da carga horária na leccionação das disciplinas do
currículo.

Multidisciplinaridade
A Multidisciplinaridade trata da integração de diferentes conteúdos de uma mesma
disciplina, porém sem nenhuma preocupação de seus temas comuns sob sua própria ótica,
articulando algumas vezes bibliografia, técnicas de ensino e procedimentos de avaliação de
conteúdos. Nogueira (2001, p. 140) mostra que “não existe nenhuma relação entre as disciplinas,
assim como todas estariam no mesmo nível sem a prática de um trabalho cooperativo”. E
Almeida, (1997, p. 86) acrescenta “Poder-se-ia dizer que na Multidisciplinaridade as pessoas, no
caso as disciplinas do currículo escolar, estudam perto, mas não juntas. A idéia aqui é de
justaposição”.
Na Multidisciplinaridade recorremos a informações de várias matérias para estudar um
determinado elemento, sem a preocupação de interligar as disciplinas entre si.
Neste caso, cada matéria contribui com suas informações pertinentes ao seu campo de
conhecimento, sem que houvesse uma real integração entre elas. Essa forma de relacionamento
entre as disciplinas é a menos eficaz para a transferência de conhecimentos para os alunos, visto
que não ocorre nenhuma relação de trabalho cooperativo entre as disciplinas, sem troca de
informações, de diálogo (as disciplinas são tratadas separadamente).

Interdisciplinaridade
Na Interdisciplinaridade, essas discussões tomaram corpo nos anos setenta, propondo
desde daí uma integração teórica e prática numa perspectiva da totalidade. Frigotto (1995ª op.cit,
p. 55) defende que a Interdisciplinaridade é “uma necessidade relacionada à realidade concreta,
histórica e cultural, constituindo-se assim como um problema ético-político, econômico, cultural
e epistemológico”.
Nesta pedagogia existe uma real cooperação e troca de informações na sala de aula,
aberto ao diálogo e a planificação. A fragmentação e compartimentação das diferentes
disciplinas não contarão mais, a questão problema levará à unificação do conhecimento. “É
necessária uma coordenação que integre objectivos, actividades, procedimentos, atitudes,
planificação e que proporcione o intercâmbio, a troca, o diálogo, etc”. (NOGUEIRA, op.cit. p.
143).

As disciplinas interagem entre si em distintas conexões, existe uma coordenação. O


professor tentará formar o seu aluno a partir de tudo que ele estudou na sua vida. O
Ensino/Aprendizagem baseado na Interdisciplinaridade proporciona uma aprendizagem bem
estruturada e rica, pois os conceitos estão organizados em torno de unidades mais globais, de
estruturas conceituais e metodológicas
compartilhadas por várias disciplinas, cabendo ao aluno a realização de sínteses sobre os temas
estudados.

Transdisciplinaridade
Quanto à Transdisciplinaridade, ela é uma pedagogia de educação proposta recentemente,
com vinculação à complexidade, ao pensamento complexo e epistêmico, sendo tratado com
muita propriedade por Edgar Morin. Nesta pedagogia, as relações não iriam apenas de
integração das diferentes disciplinas. Esta nova elaboração do Ensino/Aprendizagem vai muito
além; para ela não devem existir fronteiras entre áreas do conhecimento e à interação chega a um
nível tão elevado que é praticamente impossível distinguir onde começa e onde termina cada
disciplina.
Nesta pedagogia, as relações entre as disciplinas consistem em proporcionar aos alunos,
aos adolescentes que vão enfrentar o mundo do terceiro milênio, uma cultura, que lhes
possibilitará articular, religar, contextualizar, situar-se num contexto e, se possível, globalizar,
reunir os conhecimentos que foram adquiridos em toda a sua vida.

Nogueira (op.cit. p. 145), coloca que “a finalidade a ser atingida é comum a todas
disciplinas e interdisciplinas”. A Transdisciplinaridade insere-se na busca atual de um novo
paradigma para as ciências da educação, buscando como referenciais teóricos a teoria da
complexidade, com a idéia de rede, ou de comunicação entre os diferentes campos disciplinares.

Esse novo paradigma da complexidade e a Transdisciplinaridade implicam na reforma do


pensamento dentro do processo de ensino/aprendizagem – aqui se direciona ao da disciplina
Física – traz consigo causa/conseqüências existenciais, éticas e cívicas. Essa reforma do
pensamento do Ensino/Aprendizagem da Física, portanto, deve gerar-se a partir dos próprios
professores e não do exterior, também contém uma necessidade social-chave, que é colocada por
Morin (op.cit., p. 34.) “formar cidadãos capazes de enfrentar os problemas de seu tempo”. Edgar
Morin destaca também (op.cit, p. 36.), “essa reforma deve começar no ensino dos professores”,
ou seja, no processo da sua formação, nas universidades.

Esta prática exige uma nova postura daqueles que desenvolvem estudos científicos e
daqueles que trabalham com o processo de construção do conhecimento nas instituições de
educação, propondo uma mudança de pensamento de todo o sistema educacional, uma reforma
na educação e conseqüentemente no Ensino/Aprendizagem de qualquer disciplina do currículo
escolar. Portanto, há que se buscar construir outros referenciais que norteiem as práticas
educativas, oportunizando aos estudantes atividades mais atraentes e contextualizadas.

Metodologia
A pesquisa teve uma abordagem quantitativa. A análise sobre integração Curricular dos conteúdo
de Ciências Naturais foi realizada em um (1) livro didáctico de Ciências Naturais da 6 a classe a
serem escolhidos pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação (INDE) vigente em
Moçambique. A análise levou em consideração os seguintes aspectos: Multidisciplinaridade;
Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade. As análises foram avaliadas como fraco, regular,
bom e excelente de acordo com critérios estabelecidos por Vasconcelos e Souto (2003).

Resultados e Discussão
Analisando o livro didáctico de Ciências Naturais da 6a classe, referentes à 2o ciclo do
Ensino primário, observou-se no critério adequação à série que somente o livro B foi
considerado excelente. Os livros A, C e E foram considerados bons e o livro D, regular. No
critério clareza do texto somente o livro C foi observado como excelente. Já os livros A, B e D
foram considerados bons e o livro E, regular. Em relação ao nível de actualização dos textos, os
livros A, B e C foram satisfatórios, enquanto os livros D e E foram regulares. Por fim, no grau de
coerência entre as informações apresentadas, os livros A, B e C foram considerados bons,
enquanto os livros D e E regulares. Dessa forma, verificou-se que os livros com melhores
desempenhos entre os critérios avaliados foram os livros B e C, no tempo em que os livros com
maiores critérios regulares foram os livros D e E (Figura 1).
Nos critérios de avaliação dos LD, procurou-se voltar nossa atenção para o conteúdo específico,
equiparando os aspectos educacionais como por exemplo, adequação a série e clareza de texto,
estímulo da problematização, dentre outros. A partir desse ponto, entendemos que as
informações contidas nos LD devem ter enfoque principalmente na realidade no qual os alunos
estão inseridos (VASCONCELOS; SOUTO, 2003).
Conclusão
Referencias Bibliográficas
1. NOGUEIRA, Nildo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada Interdisciplinar
rumo ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. São Paulo: Érica, 2001.

2. MORIN, Edgar. Educação e complexidade: Os setes saberes e outros ensaios. São


Paulo: Cortez, 2002.

3. FRIGOTTO, G. A Interdisciplinaridade como necessidade e como problema nas


ciências sociais. In: BIANCHETTI. L. , JANTSCH. A. Interdisciplinaridade: para
além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes. 1995a. p. 20- 62.

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