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NOSSA HISTÓRIA
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Sumário
Introdução .................................................................................................................. 3
Referências .............................................................................................................. 27
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Introdução
Compreender e conscientizar-nos das implicações de nossas relações com o meio
ambiente nunca foram tão importantes como na atualidade.
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Figura 2 – Desenvolvimento sustentável
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Meio ambiente
O meio ambiente, comumente chamado apenas de ambiente, envolve todas as coisas
vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os
ecossistemas e a vida dos humanos.
Tomando por base a Constituição Federal (CF) de 1988, o meio ambiente é dividido
em físico ou natural, cultural, artificial e do trabalho:
a) Meio ambiente natural – Formado pelo solo, a água, o ar, flora, fauna e todos
os demais elementos naturais responsáveis pelo equilíbrio dinâmico entre os
seres vivos e o meio em que vivem (CF, 1988, art.225, caput e §1º);
Como podemos perceber, o conceito de meio ambiente pode ser identificado por seus
componentes:
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b) Recursos e fenômenos físicos universais que não possuem um limite claro,
como ar, água, e clima, assim como energia, radiação, descarga elétrica, e
magnetismo, que não se originam de atividades humanas.
Ecologia – É o estudo do lugar onde se vive, com ênfase sobre a totalidade ou padrão
de relações entre os organismos e o seu ambiente. Deriva do grego “oikos” = casa e
“logos” = estudo, ou seja, o estudo do meio ambiente onde vivemos e a sua relação e
interação com todos os seres vivos.
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secas na Índia, no Nordeste do Brasil, na Austrália, Indonésia e África podem ser
decorrentes do fenômeno, assim como algumas enchentes no Sul e Sudeste do Brasil,
Peru, Equador e no Meio Oeste dos Estados Unidos. Em algumas áreas, observam-
se temperaturas mais elevadas que o normal (como é o caso das regiões central e
Sudeste do Brasil, durante o inverno), enquanto em outras ocorrem frio e neve em
excesso. Especificamente no Brasil, o El Niño provoca chuvas intensas no Sul e secas
mais severas no Norte e Nordeste. O Estado de São Paulo está localizado numa zona
de transição, onde o El Niño provoca chuvas ligeiramente acima do normal, mas
também provoca uma melhor distribuição de chuvas em alguns meses (setembro,
novembro, abril e maio). Isso significa que o fenômeno pode apresentar aspectos
negativos, como a maior possibilidade de ocorrência de inundações, mas também
pode ser benéfico, desde que se esteja convenientemente preparado para enfrentá-
lo. Assim, a melhor distribuição de chuvas pode beneficiar a agricultura. Do ponto de
vista hidrológico, o El Niño aumenta a chance de ocorrência de vazões mais elevadas
em rios do Estado de São Paulo. Isso pode provocar enchentes e inundações, mas
ao mesmo tempo, também com o aumento da vazão dos rios, melhora as condições
de geração de energia e abastecimento de água. O ciclo normal das chuvas está
sendo alterado não pelo el-nino, mas sim pela mão do homem. Observe a Amazonas:
ainda temos uma densa biodiversidade de elementos vegetais, a quantidade de
floresta é imensa e úmida, o que provoca chuvas torrenciais quase todos os dias,
embora o solo seja muito pobre, a floresta é rica em vida animal. As árvores seguram
o vento não deixando que circule livremente sendo que em uma área aberta ele cria
força transformando em furacão. A influência dos ventos sem a umidade necessária
das árvores, os rios e nascente secam mais rapidamente e o vento se encube de levar
esta evaporação para lugares distantes, esta é a umidade do solo que causa a chuva.
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Flora Silvestre – É o conjunto de vegetais naturais de uma região ou país. Vegetais
nativos do lugar.
Flora exótica – É o conjunto de vegetais não nativos de uma região, que foi adaptado
ao local ou importado.
Mangue – Formação típica de litoral, sob ação direta das marés, com solos limosos
de regiões estuárias. Constitui-se de único estrato de porte arbóreo e diversidade
muito restrita. Neste ambiente salobro desenvolvem-se espécies adaptadas à essas
condições, ora dominado por gramíneas o que lhe confere uma fisionomia herbácea;
ora dominado por espécies arbóreas. O mangue abriga grande variedade de espécies
da fauna brasileira, como tapicuru, guará, crustáceos, sapos, insetos, garça, entre
outros. O mangue, devido ao acúmulo de material orgânico, característica importante
desse ambiente, garante alimento e proteção para a reprodução de inúmeras espécies
marinhas e terrestres.
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Reservas biológicas – São áreas delimitadas com a finalidade de preservação e
proteção integral da fauna e flora, para fins científicos e educativos, onde é proibida
qualquer forma de exploração dos seus recursos naturais.
▪ Espaço ambiental
Segundo Mineiro (2001), o ambiente da Terra é agrupado em Espaço ambiental,
pegada ecológica e capacidade de suporte.
Há que se ressaltar que o espaço ambiental diz respeito à quantidade de recursos não
renováveis, energia e terras que se pode obter da Biosfera, de maneira
ambientalmente sustentável. Indica o consumo per capita destes recursos dentro de
um intervalo que não ultrapasse um teto (quantidade máxima per capita) e um piso
(quantidade mínima per capita). Pelo princípio da equidade, todo ser humano teria
direito ao uso equitativo dos recursos naturais, patrimônio comum da Humanidade,
considerando a finitude destes recursos.
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▪ Pegada ecológica e capacidade de suporte
A pegada ecológica, por sua vez, pode ser definida como a área de terra e água
ecologicamente produtiva que se necessita de forma contínua para proporcionar os
recursos energéticos e materiais consumidos, e absorver todos os resíduos gerados
por esta população.
O WWF Brazil (2020) explica que para calcular as pegadas foi preciso estudar os
vários tipos de territórios produtivos (agrícola, pastagens, oceanos, florestas, áreas
construídas) e as diversas formas de consumo (alimentação, habitação, energia, bens
e serviços, transporte e outros). As tecnologias usadas, os tamanhos das populações
e outros dados, também entraram na conta.
Cada tipo de consumo é convertido, por meio de tabelas específicas, em uma área
medida em hectares. Além disso, é preciso incluir as áreas usadas para receber os
detritos e resíduos gerados e reservar uma quantidade de terra e água para a própria
natureza, ou seja, para os animais, as plantas e os ecossistemas onde vivem,
garantindo a manutenção da biodiversidade.
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O consumo das comunidades, empresas e governos entram no cálculo, pois a pegada
ecológica busca mensurar as demandas de capital natural da população em questão
em relação ao território que ocupa. O tamanho da pegada não é fixo, mas depende
do ingresso financeiro e valores socioculturais, assim como do estado da tecnologia
disponível. Ao contrário do espaço ambiental, o cálculo da pegada demonstra que não
existe um piso nem um teto ambiental.
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Tabela 1: Variáveis mais utilizadas no método da PE e suas justificativas
VARIÁVEIS JUSTIFICATIVAS
A cobertura vegetal é de fundamental importância para que haja equilíbrio entre o solo e o
clima, interferindo no processo de absorção e escoamento das águas pluviais, minimizando
Área Verde
as altas temperaturas, tendo assim, um efeito positivo no balanço microclimático Além disso,
deve-se considerar o papel que a cobertura vegetal exerce na absorção do CO2.
Responsável pela emissão de gases que provocam o efeito estufa, principalmente o gás
Combustível
carbônico. Automóveis são responsáveis por 88% do 1,5 milhão de toneladas de monóxido de
Fóssil
carbono despejadas diariamente na atmosfera.
É tomado como parâmetro no Brasil, por ser abastecida de energia provinda de usinas
Eletricidade hidroelétricas. A área alagada na represa de uma usina deixa de absorver CO2, aumentando
a Pegada Ecológica.
O total de água utilizada para consumo humano provém de rios, açudes e poços que estavam
Água em equilíbrio ecológico e ao ser consumida retorna ao ambiente natural poluída tornando difícil
sua absorção pela natureza.
Criações de gado bovino são responsáveis pela emissão de 80 milhões de toneladas anuais
de metano para atmosfera durante a ruminação. E o esterco acrescenta mais 25 milhões de
Carne Bovina toneladas. Cada molécula de metano é 23 vezes mais eficaz para aquecer a atmosfera que a
do gás carbônico. No Brasil a pecuária bovina é a maior responsável pelo desmatamento e
consome grande parte da produção de grãos para seu alimento.
Representam terras aráveis para o cultivo de alimento com baixa absorção de CO2. Na
agricultura são utilizados mais de 141 milhões de toneladas de pesticidas e fertilizantes no
Alimentos
mundo para a produção de alimentos. Geração de grande quantidade de embalagens não
recicláveis para seu armazenamento.
Áreas de São áreas com impacto ambiental significativo ocasionado pelas ocupações ilegais incluídas
Ocupação em áreas de APPs. Entre elas estão as favelas, nascentes e fundos de vales ocupados e áreas
Ilegal urbanizadas em terrenos com declividade acima de 45%.
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Anote aí:
De acordo com Vidal (2004) essa visão sistêmica compreende a realidade como uma
teia de relações, um todo integrado, um sistema vivo, constituído pelos organismos
individuais, os sistemas sociais, incluindo as organizações e os ecossistemas. A
natureza de todo sistema vivo deriva das relações entre suas partes componentes e
das relações do sistema todo com seu ambiente. Essa visão amplia o entendimento
sobre a questão ambiental.
Então, para exemplificar os problemas que devem ser compreendidos nessa visão
sistêmica, encontramos em Morin (2001, p. 72), uma relação desses problemas e o
alerta de que eles constituem ameaça para todos os seres vivos e seus ecossistemas:
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micróbios antigos fortalecidos [...] é a barbárie anônima e fria do mundo técnico-
econômico.
Segundo George (1998) talvez um começo desses problemas tenha se dado com o
início da Revolução Industrial, quando os níveis de dióxido de carbono chegaram a
níveis alarmantes. A queima de carvão e petróleo para suprir a infraestrutura industrial
produz dióxido de carbono em larga escala. O metano, que também provoca o efeito
estufa, tem aumentado significativamente em função da atividade humana. Produzido
no interior dos cupinzeiros, o metano tem aumentado em quantidade em função da
destruição das florestas tropicais, cujos restos alimentam os cupins. O uso excessivo
de produtos à base de cloro também causa a destruição do ozônio. As florestas,
depósitos naturais de carbono, estão sendo destruídas em larga escala.
Dias (2002) mostra como o modelo de “desenvolvimento” usado nas últimas décadas,
seguiu dois caminhos conflitantes que levam à “degradação ambiental”. De um lado,
a “exclusão social”, o desemprego, a miséria, a fome, a violência; de outro, a
concentração da renda, a opulência, o consumismo e o desperdício.
Guimarães (2000) também fala da relação da crise ambiental como reflexo do modelo
de sociedade urbano-industrial que potencializa, dentro da sua lógica, valores
individualistas, consumistas, antropocêntricos, e ainda como componente desta lógica,
as relações de poder que provocam dominação e exclusão, não só nas relações
sociais como também nas relações sociedade-natureza.
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Boff (2002) elenca alguns sintomas da crise civilizacional:
• Os desempregados e aposentados;
• A coisa pública, especialmente no nível moral, uma vez que é marcada pela
corrupção e pelo jogo de poder;
Boff (2002, p. 19) ainda nos alerta ainda que “ao continuar esse processo, até meados
do século XXI terão desaparecido, definitivamente, mais da metade das espécies
animais e vegetais atualmente existentes”.
Precisamos concordar com Krüger (2001, p.6), quando ele diz que a natureza dos
problemas ambientais nos tem mostrado que estes não se restringem apenas a
localidades específicas nem se manifestam linearmente em relações de causa e efeito
onde os agentes causadores do impacto são perfeitamente reconhecíveis. Temos
inúmeros exemplos atuais e que aconteceram em todos os cantos do mundo:
enchentes no Peru; seca no nordeste e sul do Brasil; nevascas homéricas na Europa;
os terremotos no Chile, na Itália e na China.
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Anote aí:
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Desenvolvimento sustentável
Partindo do princípio de que todos os seres vivos têm direito a viver em um ambiente
saudável e ecologicamente equilibrado, esse nosso meio ambiente precisa ser
utilizado com consciência, sendo dever de todos nós cuidarmos dele.
Nós sabemos que sua destruição, aqui entendido como desmatamento, uso dos
recursos de maneira indiscriminada, matança de animais e poluição dos rios, lagoas,
matas, etc. são ações prejudiciais para toda a cadeia de animais e plantas que fazem
parte do meio ambiente, inclusive nós, seres humanos.
Alguns dos recursos que encontramos na natureza podem ser renováveis, é fato, mas
grande parte deles se esgota com a retirada indiscriminada pelas mãos do homem,
portanto devemos conhecer a dinâmica do meio ambiente para preservar e respeitar.
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se adaptar à mudança endógena ou exógena por tempo indeterminado, e, além disso,
o desenvolvimento sustentável é uma via de mudança intencional e melhoria que
mantém ou aumenta esse atributo do sistema, ao responder às necessidades da
população presente.
Anote aí:
Segundo Dias (2009) foi na última década do século XX que se consolidou essa nova
visão de desenvolvimento que não somente envolve o meio ambiente natural, mas
também inclui os aspectos socioculturais numa posição de destaque, revelando que
a qualidade de vida dos seres humanos passa a ser a condição para o progresso. As
propostas de desenvolvimento sustentável estão baseadas na perspectiva de
utilização atual dos recursos naturais desde que sejam preservados para as gerações
futuras.
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Figura 5 – Representação do modelo Triple Bottom Line
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Essencialmente, a ideia do tripé da sustentabilidade é que as empresas obtenham
sua licença para operar não somente satisfazendo os seus acionistas através de
lucros e dividendos (tripé econômico), mas pela satisfação simultânea de outros
stakeholders da sociedade (empregados, comunidades, clientes e outros), através do
melhor desempenho nos tripés ambiental e social (SIGMA PROJECT, 2002 apud
GOMES, 2005).
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Figura 6 – Dimensões da sustentabilidade
Marinho (2001) citando O’Riordan e Voisey (1998) afirma que a transição para a
sustentabilidade é um processo permanente, uma vez que a “sustentabilidade pura”
nunca será, de fato, alcançada.
• Educação.
• Mudança cultural.
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Anote aí:
Nas propostas apresentadas pelo Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (Pnuma), emprega-se o termo “desenvolvimento sustentável” significando
“melhorar a qualidade da vida humana dentro dos limites da capacidade de suporte
dos ecossistemas”. Isso implica, entre outros requisitos, o uso sustentável dos
recursos renováveis — ou seja, de forma qualitativamente adequada e em
quantidades compatíveis com sua capacidade de renovação (DIAS, 2009).
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indispensável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo menos uma
de suas metas: a participação da população.
Numa ampliação desse conceito, tanto nos meios científicos quanto no cotidiano dos
meios de comunicação, ela serve para tratar da variabilidade genética (diferença
existente entre indivíduos da mesma espécie quanto a características específicas,
como a cor dos olhos) como da diversidade biológica (número de espécies) e dos
processos biológicos existentes em algum local (MENDES, 2007).
Embora seja de extrema importância conhecer a diversidade, uma vez ser ela fonte
de imensas riquezas materiais (tais como a fauna e a flora) ainda não exploradas, seja
sob a forma de alimentos, medicamentos ou bem-estar, ainda não tem sido tratada
com a seriedade necessária.
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descoberta mas já declarada pela ONU como área emergencial para a conservação
(SCHIAVETTI, 2007).
É preciso conservá-la como forma de assegurar seu uso, pelo ser humano, dos
benefícios atuais e futuros como os produtos farmacêuticos e industriais
(SCHIAVETTI, 2007).
Assim, o EIA avalia para planejar. Isto permite que desenvolvimento econômico e
qualidade de vida possam estar caminhando juntas (SOARES, 2007).
Quatro pontos básicos são premissas do EIA para que depois se faça um estudo e
avaliação mais específica. São eles:
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1. Desenvolver uma compreensão daquilo que está sendo proposto, o que será
feito e o tipo de material usado;
O EIA também deve atender à legislação expressa na lei de Política Nacional do Meio
Ambiente. São elas:
Soares (2007) lembra ainda que é imprescindível que o EIA seja feito por vários
profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto, ponderando que esta
visão multidisciplinar é rica para que o estudo seja feito de forma completa e de
maneira competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.
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Deve também respeitar o sigilo industrial (se este for solicitado) e pode ser acessível
ao público. Para isso, deve constar no relatório:
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Referências
ABREU, C. Conceito de Sustentabilidade em Empreendimentos da Construção
Civil (2008). Disponível em:
<http://www.atitudessustentaveis.com.br/sustentabilidade/conceito-sustentabilidade-
empreendimentos-construcao-civil/
BOFF, L. Saber cuidar: Ética do humano – compaixão pela terra. 10 ed. Rio de
Janeiro: Vozes, 2002.
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FERREIRA, A. B. de H. Miniaurélio Século XXI escolar: o minidicionário da língua
portuguesa. 4 ed. rev ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
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MINEIRO, P. A crise anunciada. Revista Senac e a Gestão Ambiental, Rio de
Janeiro, nº 2, 2001.
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WWFBrasil. O que compõe a pegada? Disponível em:
https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/o_que_comp
oe_a_pegada/
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