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OFICINA DE PINTURA E DE

ESCULTURAS

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Sumário

INTRODUÇÃO 4

A história da pintura 5

A Pintura na Educação Infantil 20

Uma breve história da Escultura 24

Esculturas colocam a criatividade no espaço escolar 36

CONCLUSÃO 39

REFERENCIAS 41

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FACUMINAS

A história do Instituto Facuminas, inicia com a realização do sonho de um grupo


de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Facuminas, como entidade
oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A Facuminas tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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INTRODUÇÃO

A pintura e esculturas são formas de artes a serem trabalhadas nas salas de


aula, possuem diversas técnicas de fácil elaboração. Diversos materiais de pouco
custo ajudam bastante em escolas de recursos escassos.

Na falta de tintas, o professor pode pedir aos alunos que tragam alguns
alimentos coloridos como beterraba, pó de café usado, carvão, urucum, açafrão,
papel crepom e até pasta dental branca.

Usar recursos naturais mostra como foram às primeiras pinturas, antes da


invenção e descoberta dos pigmentos que usamos hoje em dia.

Na educação infantil a pintura e a escultura precisam estar atada ao lúdico, ao


jogo, sem exigir deles a produção de algo artístico, onde a leitura de imagem ainda é
sem valor como conteúdo, porém nada impede que sejam apresentadas algumas
imagens que possam representar algum valor dentro da cultura que os alunos já
adquiriram em casa.

Os contos de fadas, folclore, personagens de histórias em quadrinhos, fazem


mais sentidos a eles do que a Mona lisa de Da Vinci. Conforme a turma escolar e
idade, a pintura vai sendo um pouco mais técnica e dirigida, enquanto que para os
pequenos o importante é e expressão e o experimento.

No ensino fundamental é quando se devem contextualizar as obras em seu


tempo e espaço dentro da História da Arte. Um cronograma como linha do tempo da
História da Arte ajuda muito na escolha dos planos de aulas.

Para as séries iniciais, as pinturas de artistas brasileiros ou local, para a leitura


de imagem, são ótimas, já que estão conhecendo um mundo maior do que aquele em
que vivem.

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Nessa fase passam a entender mais sobre a representação do artista e o tema
nacional ajuda em outras disciplinas como história, geografia, português e ciências.

No ensino fundamental final, ensino médio e jovem é o momento de apresentar


os importantes artistas que fizeram parte da História do mundo, suas técnicas,
conceitos e valores.

A história da pintura

A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmento em forma


líquida a uma superfície, a fim de colori-la, atribuindo-lhe matizes, tons e texturas.

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Em um sentido mais específico, é a arte de pintar uma superfície, tais como
papel, tela, ou uma parede (pintura mural ou de afrescos). A pintura a óleo é
considerada por muitos como um dos suportes artísticos tradicionais mais
importantes; muitas das obras de arte mais importantes do mundo, tais como a Mona
Lisa, são pinturas a óleo.

Diferencia-se do desenho pelo uso dos pigmentos líquidos e do uso constante


da cor, enquanto aquele apropria-se principalmente de materiais secos.

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No entanto, há controvérsias sobre essa definição de pintura. Com a variedade
de experiências entre diferentes meios e o uso da tecnologia digital, a idéia de que
pintura não precisa se limitar à aplicação do "pigmento em forma líquida". Atualmente
o conceito de pintura pode ser ampliado para a representação visual através das
cores. Mesmo assim, a definição tradicional de pintura não deve ser ignorada.

 Cor

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O elemento fundamental da pintura é a cor. A relação formal entre as massas
coloridas presentes em uma obra constitui sua estrutura fundamental, guiando o olhar
do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre
outros. Estas relações estão implícitas na maior parte das obras da História da Arte e
sua explicitação foi uma bandeira dos pintores abstratos. A cor é considerada por
muitos como a base da imagem.

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 História

A pintura acompanha o ser humano por toda a sua história. Ainda que durante
o período grego clássico não tenha se desenvolvido tanto quanto a escultura, a
Pintura foi uma das principais formas de representação dos povos medievais, do
Renascimento até o século XX.

Mas é a partir do século XIX com o crescimento da técnica de reprodução de


imagens, graças à Revolução Industrial, que a pintura de cavalete perde o espaço
que tinha no mercado. Até então a gravura era a única forma de reprodução de
imagens, trabalho muitas vezes realizado por pintores. Mas com o surgimento da
fotografia, a função principal da pintura de cavalete, a representação de imagens,
enfrenta uma competição difícil. Essa é, de certa maneira, a crise da imagem única e
o apogeu de reprodução em massa.

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 Gravura Pintura Fotografia

No século XX a pintura de cavalete se mantém através da difusão da galeria


de arte. Mas a técnica da pintura continua a ser valorizada por vários tipos de
designers (ilustradores, estilistas, etc.), especialmente na publicidade. Várias formas
de reprodução técnica surgem nesse século, como o vídeo e diversos avanços na
produção gráfica. A longo do século XX vários artistas experimentam com a pintura e
a fotografia, criando colagens e gravuras, artistas como os dadaístas e os membros
do pop art., só para mencionar alguns. Mas é com o advento da computação gráfica
que a técnica da pintura se une completamente à fotografia. A imagem digital, por ser
composta por pixeis, é um suporte em que se pode misturar as técnicas de pintura,
desenho, escultura (3d) e fotografia.

A partir da revolução da arte moderna e das novas tecnologias, os pintores


adaptaram técnicas tradicionais ou as abandonaram , criando novas formas de
representação e expressão visual.

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 Pintura figurativa e abstrata

Quando o artista pretende reproduzir em seu quadro uma realidade que lhe é
familiar, como sua realidade natural e sensível ou sua realidade interna, a pintura é
essencialmente a representação pictórica de um tema: é uma pintura figurativa. O
tema pode ser uma paisagem (natural ou imaginada), uma natureza morta, uma cena
mitológica ou cotidiana, mas independente disto a pintura manifestar-se-á como um
conjunto de cores e luz. Esta foi praticamente a única abordagem dada ao problema
em toda a arte ocidental até meados do início do século XX.

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A partir das pesquisas de Paul Cézanne, os artistas começaram a perceber
que era possível lidar com realidades que não necessariamente as externas,
dialogando com características dos elementos que são próprios da pintura, como a
cor, a luz e o desenho. Com o aprofundamento destas pesquisas, Wassily Kandinsky
chegou à abstração total em 1917. A pintura abstrata não procura retratar objetos ou
paisagens, pois está inserida em uma realidade própria.

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PaulCezanne

Kandinsky

A abstração pode ser, porém, construída, manifestando-se em uma realidade


concreta porém artificial. Esta foi a abordagem dos construtivistas e de movimentos
similares. Já os expressionistas abstratos, como Jackson Pollock, não construíam a
realidade, mas encontravam-na ao acaso. Este tipo de pintura abstrata resulta
diametralmente oposta à primeira: enquanto aquela busca uma certa racionalidade e
expressa apenas as relações estéticas do quadro, esta é normalmente caótica e
expressa o instinto e sensações do artista quando da pintura da obra.

 Técnica

Toda Pintura é formada por um meio líquido, chamado médium ou aglutinante,


que tem o poder de fixar os pigmentos (meio sólido e indivisível) sobre um suporte.

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A escolha dos materiais e técnica adequadas está diretamente ligada ao
resultado desejado para o trabalho e como se pretende que ele seja entendido. Desta
forma, a análise de qualquer obra artística passa pela identificação do suporte e da
técnica utilizadas.

O suporte mais comum é a tela (normalmente feita com um tecido tensionado


sobre um chassis de madeira), embora durante a Idade Média e o Renascimento o
afresco tenha tido mais importância. É possível também usar o papel (embora seja
muito pouco adequado à maior parte das tintas).

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Quanto aos materiais, a escolha é mais demorada e, normalmente, envolve
uma preferência pessoal do pintor e sua disponibilidade. O papel é suporte comum
para a aquarela e o guache, e eventualmente para a tinta acrílica.

As técnicas mais conhecidas são: a pintura a óleo, a tinta acrílica, o guache, a


aquarela, a caseína, a resina alquídica, o afresco, a encáustica e a têmpera de ovo.
É também possível lidar com pastéis e crayons, embora estes materiais estejam mais
identificados com o desenho.

 Os temas

Praticamente tudo o que há ao redor das pessoas já apareceu nas obras dos
artistas. O assunto de que trata uma obra de arte se chama tema. Na pintura, alguns
temas recebem nomes especiais, por exemplo:

• Natureza morta é uma pintura que representa objetos sem vida. Nesses quadros
não aparecem pessoas nem paisagens. Com frequência esses objetos estão sobre
uma mesa e representam coisas do cotidiano, como alimentos, por exemplo.

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• Retrato e auto-retrato é a imagem que representa uma pessoa. Às vezes é feito
com a intenção de que a pintura fique muito parecida com a pessoa que serviu de
modelo; outras vezes o artísta capta somente as formas mais essenciais, porque não
quer imitar a realidade.

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• Paisagem é um quadro que representa a natureza, como as montanhas, árvores,
rios, etc. Também há paisagens urbanas, que representam ruas, casas e edifícios
das cidades.

• Ícone é a pintura que representam cenas com personagens, para contar algum fato
religioso ou histórico, ou para mostrar uma situação do cotidiano de uma época ou de
um lugar determinados.

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 Por que se pinta

Em cada época e em cada lugar, as pinturas significaram coisa diferentes. Por


exemplo, acredita-se que as pessoas que pintaram há milhões de anos o fizeram por
motivos mágicos. As cavernas nas quais se pintavam eram lugares onde se faziam
ritos especiais. Essas pessoas pensavam que, representando ali o animal que
costumavam caçar, conseguiriam capturá-lo mais facilmente.

Outras vezes, pintavam para agradar os seus deuses. Os templos dedicados


a eles eram muito bem decorados para que os deuses ficassem contentes e
propriciassem às pessoas uma vida melhor.

A pintura também era usada com fins educativos. Na europa, no século XII,
pintava-se nas paredes das igrejas cenas da Bíblia ou da vida dos santos, para que
aqueles que não sabiam ler pudessem aprender olhando as imagens.

A pintura é uma forma de expressão muito importante. Pinta-se por muitos e


diferentes motivos: para transmitir uma idéia às outras pessoas, para expressar um
sentimento, por puro prazer, ou mesmo como uma experiência ou provocação.

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A Pintura na Educação Infantil

A educação Infantil possui o ambiente certo para o desenvolvimento da


expressão, pois possui um espaço onde a criatividade e as imaginações ganham
forma.

Fazendo com que as crianças, desde cedo possam se interagir entre elas,
sabendo assim trabalhar em grupo. A interação com o mundo dos objetos fará com
que a criança utilize a Arte como forma de manifestação espontânea.

A pintura na educação infantil possibilitará com que a criança ao tocar no pincel


e fazer movimentos no papel, possa, por exemplo, começar a conhecer e aprimorar
a sua coordenação motora, conhecer novas cores, desenvolver novas formas através
da sua imaginação e podendo explorar esta forma de arte, não apenas com o pincel,
mas com as mãos também. Tornando toda a metodologia empregada pelo professor
bem divertida.

O professor poderá ensinar dependendo da idade das crianças, por exemplo,


que combinando uma cor com a outra a criança “criará” uma nova tonalidade. Que
todas as cores, misturadas com a tinta branca, tornará a tonalidade delas mais
suaves. Dentro da aquarela de cores que o professor for levar para a sala de aula,
serão inúmeras as possibilidades de ensino para as crianças.

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Sendo assim, os principais objetivos da pintura em atuação são:

 – Cultivar e conhecer diferentes movimentos gestuais, visando à


produção de marcas gráficas;

 – Manusear diferentes materiais, de diferentes texturas e espessuras,


assim como variados suportes gráficos;

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 – Observar as possibilidades oferecidas com os materiais.

 Benefícios da pintura

A pintura é uma das expressões mais antigas que o Homem utilizou para
expressar as suas atividades diárias. Além disso, está provado que pintar é benéfico,
especialmente para as crianças. Dizemos-lhe quais as vantagens da pintura para as
crianças e como motivar o seu filho para pintar.

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A pintura, para as crianças, é um modo de expressão. Como a sua expressão
verbal não está completamente desenvolvida, as crianças conseguem exprimir-se
melhor através dos desenhos. Os especialistas aconselham os pais a prestar atenção
aos desenhos dos seus filhos, algo que também ajuda a promover a comunicação
entre pais e filho.

Além disso, pintar ajuda a melhorar a motricidade das crianças, tornando mais
fácil a aprendizagem da escrita e, pouco a pouco, ao mesmo tempo que pintam vão
aprendendo coisas, o que aumenta a sua autoestima.

Pintar é uma atividade divertida, com a qual podem aprender como se formam
as cores e criar os mundos que passam pela sua imaginação. Mas além disso, tanto
para as crianças como para os adultos, pintar relaxa e serve de terapia, utilizando-se
com sucesso, por exemplo, no tratamento do autismo.

 Motivar as crianças a pintar

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A partir do momento em que o bebé é capaz de apanhar um objeto para pintar,
começa a fazer rabiscos, uma atividade muito gratificante tanto para o bebé como
para os seus pais.

Os livros para colorir são uma boa ferramenta para motivas as crianças a
pintar. De facto, o leque de possibilidades é enorme: livros com animais, bonecos,
flores, ou personagens das suas séries de televisão preferidas, livros que também
trazem as tintas, ou que utilizam outras técnicas, como pintar com os dedos ou com
espumas.

Uma vez cumpridos os cinco ou seis anos, as crianças querem pintar de uma
forma mais pessoal e livre, e este é o momento perfeito para que utilizem diferentes
materiais, incluindo telas.

Outra maneira de os motivar é levá-los a ver exposições, o que não tem de ser
aborrecido, já que muitos museus têm visitas especiais para as crianças.

Uma breve história da Escultura


As esculturas são representações em forma de objetos e/ou seres por meio da
transformação de uma matéria bruta (gesso, madeira, marmóre etc) em uma técnica.

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A escultura, em síntese, é o modo de transformar matéria bruta (gesso,
madeira, metal, pedra etc.) na representação de formas (objetos e seres) com
significados. A sua concepção está associada à imitação da natureza, cuja intenção
principal é representar o corpo humano.

Os materiais mais utilizados para esculpir uma escultura são a argila, o bronze,
a cera, a madeira, o mármore, assim como também o ouro.

 O que é escultura?

A escultura é tida como a terceira das artes clássicas. Ela possui como técnica
representar objetos e seres por meio da reprodução de formas, criadas em três
dimensões (comprimento, largura e altura) ou em relevo.

A escultura em três dimensões consegue se manter em pé por conta própria,


além de poder ser vista por quaisquer lados. Já a escultura em relevo, ou
simplesmente relevo, por ser conectada ao fundo, não pode ser visualizada pela parte
de trás. Vale destacar que os relevos costumam ser muito empregues para ornar
paredes de edifícios.

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Para a sua produção são utilizados diferentes materiais, tais como gesso,
pedra, madeira, ferro, aço, mármore e até mesmo resinas sintéticas. Contudo, a
escolha desse material será determinada conforme a técnica empregada.

Entre as técnicas estão a cinzelação, fundição, moldagem, dobra e solda de


chapas metálicas, materiais tridimensionais ou aglomeração de partículas.

As esculturas são produzidas desde o período da pré-história, sendo que as


primeiras utilizavam materiais brutos da natureza (argila, marfim, pedra etc.). No
entanto, após 3000 a.C., iniciaram a esculpi-las em bronze e demais metais.

Durante as primeiras civilizações, as esculturas estiveram vinculadas à


religião. No Oriente Médio, na Mesopotâmia, praticamente todas eram dedicadas aos
templos.

Nesse período foram criadas esculturas gigantescas, isso para representar o


poder de cada rei e deus. Ademais, foram criadas estátuas e relevos para os túmulos.

 Escultura egípcia

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A grande maioria das esculturas do Egito Antigo eram símbolo dos faraós e
seus deuses, representados de frente, de forma estática (em pé ou sentado) e isento
de expressão facial.

De modo geral, elas seguiam uma regra de posição: quando em pé, o homem
com o pé esquerdo a frente; ou quando sentado, o homem com as pernas cruzadas
ou com a mão esquerda apoiada na coxa.

Em grande parte vinculada a arquitetura, apresentava também a construção


de templos e tumbas. Esses locais continham a parede envolta de gesso e
entalhadas, onde era permitido inserir estátuas de deuses, do rei ou rainha morto, dos
escribas, dos funcionários públicos, entre outros.

Além do mais, reproduzia-se objetos menores de uso doméstico e do cotidiano.

 Escultura grega

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No cenário da Grécia Antiga, a escultura obteve seu ápice no século V a.C..
Na ocasião, os gregos objetivavam apresentar os homens e deuses nas formas tidas
como ideais. Grande parte das estátuas gregas contém expressão e postura
tranquilas.

Elas são as mais populares e deixaram contribuições para os demais artistas,


sendo copiadas posteriormente pelos romanos.

Inicialmente estáticas, com o tempo os braços das estátuas foram ganhando


movimento. Depois, os músculos foram se destacando e outros detalhes foram
incorporados, como os cabelos.

Não só figuras humanas eram representadas, como animais, principalmente


os cavalos. Para a sua produção, o material predileto era o bronze e o mármore.

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 Escultura romana

A escultura grega deu origem à escultura romana, a qual incluiu o realismo das
formas e a representação de rostos envelhecidos. Esses antigos romanos, também,
fizeram muitas cópias das esculturas gregas, mantendo as suas tradições.

Os escultores romanos preferiam as técnicas que utilizavam como material a


pedra, os metais preciosos, o vidro e a terracota. Porém, seu traço mais notório
consistia no bronze e no mármore.

Entre as principais características da escultura romana estavam os respingos


da arte grega e etrusca, incorporando elementos dos romanos. Contudo, embora com
essa aproximação, diferente da escultura grega, a escultura romana possuía uma
representação realista e não de um ideal de beleza.

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Ademais, em alguns casos elas eram uma união entre arquitetura e escultura,
assim como reprodução dos feitos do Império Romano nas obras.

 Escultura renascentista

Durante o período da Idade Média, as estátuas eram enrijecidas, com pouco


rigor e estavam vinculadas aos edifícios.

Portanto, a partir do Renascimento a escultura reconquistou a grandiosidade


da Antiguidade Clássica. Disso, inspiraram-se grandes artistas, como Lorenzo
Ghiberti (1378- 1455), Bernardo Rosselino (1386- 1466), Donatello (1386-
1466), Andrea del Verrochio (1435-1488) e Miguel Ângelo (1475-1488).

Com alto rigor anatômico, naturalismo, realismo e humanismo, as esculturas


renascentistas eram caracterizadas. Em grande parte, retratavam a figura humana

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nua, com o objetivo de expressar paixões, sentimentos humanísticos, sustentando-
se na Bíblia, na natureza e na mitologia.

No Renascimento, também passaram a reger os materiais empregados nas


técnicas (bronze, mármore, madeira, pedra ou terracota). Também foi a partir dessa
escultura que desenvolveu-se estudos de perspectiva.

 Escultura barroca

Após o século III d.C., o cristianismo passou a ser fonte de inspiração dos
artistas. Inclusive, no período da Idade Média, grande parte das esculturas europeias
estiveram interligadas com a arquitetura dos templos.

Portanto, a escultura barroca integra o movimento barroco. Esse teve início em


Roma, em aproximadamente 1600, e foi expandido por toda a Europa, influenciando
a arquitetura, a literatura, a música e a pintura.

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Propagado pela Igreja Católica e parte da contra-reforma artística, o barroco
visava apresentar obras que apresentasse o drama na representação das cenas
religiosas, sendo o mais convincente.

Além disso, é possível identificar a exuberância das formas, o movimento, as


expressões teatrais e a perfeição estética.

Na Itália, sublinha-se o trabalho da escultura barroca de Gian Lourenzo


Bernini. Em Portugal, António Ferreira e Machado Castro foram os artistas de maior
notoriedade. Já no Brasil, o título fica por conta de Antônio Francisco de Lisboa
(Aleijadinho).

 Escultura africana

Na escultura africana destaca-se o material em madeira, que consiste na


criação de diferentes figuras em atributo às divindades. Essas podem ser cabeças de
animais, figuras alusivas, fatos, entre outros. Essas muito se assemelham
às máscaras africanas.

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Além desses, podem ser representados objetos que delineiam poder, como
são os casos das insígnias, as espadas e lanças esculpidas em madeira e envoltas
por ouro. Também, utensílios de uso diário, porta, portais, cadeiras etc.

Outro material usado nas esculturas são os objetos criados com pedaços de
vidro, ainda que escassos, em diferentes cores.

 Escultura moderna

No final do século XIX, Auguste Rodin instigou a escultura, ao apresentar uma


figura humana com tensão e emoções.

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Em alguns momentos, utilizava-se superfícies com textura, o que elevava a
perspectiva de vida e movimento. Desse modo, a escultura de Rodin diversifica da
tradição clássica, nas quais as obras eram impessoais, frias e lisas.

Ao conseguir o poder e o drama nas obras, Rodin acabou por influir no trabalho
de outros escultores do período, assim como seus sucessores.

Entretanto, nos séculos XX e XXI, os escultores passaram a experimentar


novos materiais e formas. Foram criadas esculturas abstratas, cujo objetivo não era
retratar nada realisticamente, objetivando mais as formas. Entre os artistas de autoria
dessas esculturas estão Constantin Brancusi, Henry Moore, Barbara Hepworth e
Raymond Duchamp-Villon.

Em alguns casos, os objetos já eram do cotidiano, mas foram postos para


serem enxergados por um olhar distinto. Um exemplo é a escultura de Marcel
Duchamp, Roda de bicicleta.

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 Escultura

Considerada a terceira das artes clássicas, a escultura é a técnica de


representar objetos e seres através da reprodução de formas. Utiliza-se de materiais
como gesso, pedra, madeira, resinas sintéticas, aço, ferro, mármore e das seguintes
técnicas: cinzelação, fundição, moldagem ou a aglomeração de partículas. Sua
origem baseia-se na imitação da natureza, com o intuito maior de representar o corpo
humano.

A escolha do material envolve a técnica utilizada. Novas técnicas como dobra


e solda de chapas metálicas, moldagens com resinas, plásticos, materiais
tridimensionais tem sido empregadas.

A escultura na Pré-História foi associada à magia e à religião. No período


paleolítico, o objetivo era moldar animais e figuras humanas, geralmente femininas.

A escultura, como é conhecida atualmente, surgiu no Oriente Médio, foi uma


das últimas artes a serem desenvolvidas durante a Idade Média, talvez pelo apelo
sensual.

A Grécia Clássica é o berço ocidental da arte de esculpir, desde os seus


primeiros artefatos em mármore ou bronze a partir do século 10 a.C., até o apogeu
da era de Péricles, com as esculturas da Acrópole de Atenas. Posteriormente, os
romanos aderiram à cultura clássica e continuaram a produzir esculturas até o fim do
império, difundindo o trabalho em mármore por todo o império.

Foi no Renascimento que a escultura se destacou, com a famosa estátua de


Davi, de Michelangelo. Donatello e Verocchio foram outros mestres importantes do
período. Entre os séculos XIX e XX, destacam-se os artistas Constantin Brancuse e
August Rodin, dois mestres da escultura que influenciaram vários outros artistas.

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Estátua de Davi, de Michelangelo

Esculturas colocam a criatividade no espaço escolar

A diversidade de técnicas e materiais simples, como arame e sabão de coco,


pode ajudar o professor que decide explorar a tridimensionalidade para dar forma à
produção dos alunos

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Na sala de aula, o aprendizado começa pela história da arte. Pode-se
apresentar fotografias que permitiram à turma conhecer vários estilos e escultores.
como o Renascimento, trabalhou aspectos como as proporções do corpo humano
no Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci (1452-1519), e se focou no estudo da
linha e do seu papel na composição visual das obras de arte planas, como as pinturas

Um exemplo de como fazer esculturas : Com arame os estudantes podem


moldar os bonecos, depois cobertos com papel e cola. Tintas e tecidos podem ser
utilizados no acabamento, outro elemento ainda mais fácil de trabalhar que o arame
e que pode ser uma boa alternativa na produção de esculturas com a classe é o sabão
de coco. Sua cor, semelhante à do mármore, tão presente nas peças de artistas como
Auguste Rodin (1840-1917) e outros mestres dessa técnica, inspira ainda mais aos
alunos após conhecer obras dos artistas.

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A variedade de técnicas de escultura permite uma viagem ao tempo dos
grandes artistas dessa linguagem. Falando sobre os usos do bronze e do mármore,
pode-se visitar os períodos grego, romano e renascentista. As criações do mestre
Aleijadinho (1730-1814) com pedra-sabão convidam a conhecer as obras barrocas e
entender as expressões da cultura popular. Mais um salto histórico e chega-se à
Semana de Arte Moderna de 1922, com a terracota usada por Victor Brecheret (1894-
1955). Obras cinéticas e tecnológicas chamam à reflexão sobre a arte
contemporânea.

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Enfim a várias técnicas e os materiais a serem utilizados nas aulas, mas
sempre importante introduzir obras dos artistas ou artesãos para que o aluno também
agregue conhecimento à prática realizada.

CONCLUSÃO

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Pela arte lança-se um olhar além dos interesses imediatos, além da realidade
material. Percebe-se a verdadeira dimensão do ser. a assumir amplamente a
identidade não apenas como indivíduos pertencentes a uma sociedade em
determinado tempo ou lugar, mas como seres cósmicos, pertencentes à grande
família humana.

A Arte se faz presente e presença na sala de aula, visando a possibilitar ao


aluno novas experiências, novas vivências, novas formas de pensar o mundo, de se
tornar crítico e observador. Arte, como a pintura e esculturas , cumpre com excelência
essa função.

A Arte implica em agir. E, como toda criação, sempre representará


sentimentos, pensamentos e visões de mundo de quem a criou. A arte é, em seu
fazer, a materialização da unidade pensamento/sentimento, significando a própria
integração do ser. Nesse contexto, deve-se trabalhar arte de modo a propiciar
momentos de total significância para os alunos, consolidando a compreensão da Arte
como processo de extrema cultura. Explorar a multiplicidade de benefícios por ela
oferecidos, como modo de expressão da vida, associada ao processo de criação e
transformação do ser.

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REFERENCIAS

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