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ATIVIDADE A1 – ARTE URBANA

Foi somente no final do século XIX que a arte buscou romper com


a tradição de representação da realidade, também defendida pelas
escolas e academias de arte.
Na primeira metade do século XIX, uma série de acontecimentos,
dentre eles a dicotomia entre razão, emoção e a questão da natureza, é
trazida para o debate artístico, fazendo surgir novas formas de
expressão. Há um descompromisso com a questão temática, o que
gerou a ruptura com a narração.
Foi a partir do Impressionismo que os artistas abordaram as
dificuldades do homem compreender o mundo, a ênfase da prática
artística aqui, buscou novas relações que puderam ser tanto de ordem
subjetiva e perceptiva quanto de ordem técnica, e, muitas vezes, na
maioria delas, a fusão dessas duas ordens. No impressionismo, os
artistas buscavam representar a realidade através da iluminação solar,
então a pintura era de observação ao ar livre no momento exato que a
luz solar incidia sobre o objeto ou paisagem retratada. As tintas em
tubos, foi uma invenção que ajudou os artistas a trabalhar esse tipo de
pintura, que retira os contornos nítidos das figuras.
Na arte moderna, novas propostas artísticas surgiram e muitas
delas se aproximaram de uma linguagem da cultura de massa, difundida
especialmente na América do Norte e no pós-Segunda Guerra Mundial,
abrindo caminho para experiências e interações com o público. A arte
moderna rompe com as regras vigentes das academias europeias e
liberta a criatividade e emoções dos artistas. Agora, novos materiais
tornam-se apropriados para transformar a arte, como os ready-mades de
Marcel Duchamp que utiliza objetos do cotidiano para questionar o que é
arte?.
Na década de 70 surge o grafite, na cidade de Nova York, e de
acordo com Whaba (2019, p. 16), “nascido da deterioração, considerado
usurpador, e ao mesmo tempo enriquecedor e artístico, o grafite sem
dúvida, foi apropriado pelo espaço urbano”. No entanto, se pensarmos
que pintar os muros da cidade ou do território ocupado é um tipo de
expressão que o homem já fazia desde tempos muito antigos, o grafite
não seria exatamente uma nova linguagem.
Muito ligado às culturas underground, o grafite, muitas vezes, se
confunde com a pichação e pode, inclusive, partir dela. Ele é, acima de
tudo, a voz de um grupo social expresso na cidade. Com a apropriação
dos espaços públicos como a sua “tela”, o grafite usa tintas spray na sua
base, podendo também usar o estêncil base para a criação dos
desenhos. É interessante fazer a diferenciação sobre grafitagem e
pichação. O grafite é uma composição mais elaborada que se preocupa
com a técnica para passar sua mensagem, já a pichação se caracteriza
pelo gestual, por ser uma ação mais rápida, sem grandes elaborações
compositivas.

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