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Sumário
INTRODUÇÃO 4
LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 13
O BRINCAR E O EDUCAR 15
APRENDER DANÇANDO. 38
CONCLUSÃO 47
REFERENCIAS 48
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FACUMINAS
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INTRODUÇÃO
Pelo lúdico a criança ”faz ciência”, pois trabalha com imaginação e produz uma
forma complexa de compreensão e reformulação de sua experiência cotidiana. Ao
combinar informações e percepções da realidade, problematiza, tornando-se criadora
e construtora de novos conhecimentos.
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educação, tanto nas áreas de pesquisa como no ensino, o que acontece são
diferentes posições multidisciplinares.
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Montessori e alunos: uma sala de aula fora dos padrões tradicionais
Hoje em dia, na maioria dos países, quando as crianças entram na escola, tem
no início liberdade de escolher suas próprias atividades. Em 1907, quase não se ouvia
falar disso. Era exatamente o contrário de que os professores haviam sido preparados
para fazer.
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De acordo com Montessori (1904):
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No Brasil, a infância começa a ganhar importância em 1875, surgindo no Rio
de Janeiro e em São Paulo os primeiros jardins de infância inspirados na proposta de
Froebel, os quais foram introduzidos no sistema educacional de caráter privado
visando atender às crianças filhas da emergente classe média industrial.
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Nas últimas décadas do século XIX e início do século XX, o Estado começou
a ter uma presença mais direta na questão da infância, atuando, inicialmente, como
agente fiscalizador e regulamentador dos serviços prestados pelas entidades
filantrópicas e assistenciais.
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esses benefícios em nome do bem-estar social, muita teoria e pouca prática definem
essa fase na educação.
Os requisitos básicos que não foram transmitidos pelo meio social e que seriam
necessários para garantir um aprendizado de qualidade e garantindo o sucesso
escolar indicam a necessidade da pré-escola para suprir essas carências, mas
inicialmente criadas de maneira informal, sem contratação de professores
qualificados e remuneração digna para a construção de um trabalho pedagógico
sério, eram exercidas por voluntários, que rapidamente desistiam desse trabalho.
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de construir o seu próprio conhecimento. O professor passa a assumir um novo papel,
o de mediador entre a criança e o mundo.
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Assim, a educação artística foi instituída como atividade obrigatória no
currículo escolar do 1º e 2º graus (atuais ensinos fundamental e médio), em
substituição às disciplinas “artes industriais”, “música” e “desenho”, e passando a ser
um componente da área de comunicação e expressão, a qual trabalharia as
linguagens plástica, musical e cênica. Esse entendimento foi estendido aos diversos
estados, tais como relatava a Proposta curricular para o ensino de educação artística
de São Paulo (1991).
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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
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Saúde, assumiu oficialmente responsabilidade pelo atendimento à infância, ainda que
solicitando a contribuição das instituições particulares.
Dessa forma, em São Paulo, até 1930, as instituições foram mantidas com
objetivos diferenciados no atendimento das crianças de 0 a 6 anos, fosse de forma
assistencial ou educativa e pedagógica.
Até início dos anos 60 o Brasil possuía uma rede de ensino público de
qualidade, quando o golpe de 1964 instaurou a Ditadura Militar e transformou o
cenário educacional brasileiro modificado pela política econômica adotada pelos
militares. Além do percurso histórico, as dificuldades em definir as funções da
educação infantil, as ações buscam um caráter assistencial e educacional. A função
educativa ganha força junto às crianças de zero a seis anos, contando com dois
grandes marcos: a Constituição Federal de 1988, que traz o dever do Estado de
oferecer creches e pré-escolas para todas as crianças de zero a seis anos, e o ECA
(BRASIL, 1990), enfatizando, em seus artigos 53 e 54, o direito da criança à
educação.
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O BRINCAR E O EDUCAR
Com base nos objetivos propostos pelo RCNEI, entre outros, citam-se:
Contribuir para que a criança amplie seu conhecimento de mundo, por meio do
desenvolvimento de suas capacidades cognitivas, afetivas e sociais;
Possibilitar à criança recursos e meios, a fim de que lhe seja permitido explorar
a sua infância como seu tempo presente.
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aproximação com a escola, despertando o desejo de ali permanecer, com prazer, e
tendo sucesso em seu percurso.
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Deve-se entender também que a criança necessita de orientação para o seu
desenvolvimento, perspicácia do educador levando-a a compreender que a educação
é um ato institucional que requer orientação, supervisão e mediação de um adulto.
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Os ambientes de aprendizagem podem ser classificados a partir de vários
critérios, pois há vários fatores que interferem num processo de aprendizagem, entre
eles a sistematização e a autonomia do aprendiz. A sistematização é o que estrutura
e valida o processo de aprendizagem, como avaliações, certificados e contratos entre
os sujeitos que participam do processo. Já o nível de autonomia do aprendiz expressa
o grau de controle que a organização do ambiente e os demais atores envolvidos
imprimem nas interações do aprendiz com os diferentes objetos de aprendizagem. A
caracterização de um ambiente de aprendizagem pode ser realizada a partir de uma
linha contínua em que quanto maior a sistematização e menor a autonomia, maior o
caráter formal da aprendizagem.
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Reconstruir conceitos importantes sobre o ato de brincar e sua importância no
contexto escolar é fundamental para a prática pedagógica do professor. Se ele busca
a formação de indivíduos dinâmicos, criativos, reflexivos e capazes de enfrentar
desafios, devem proporcionar condições para que as crianças brinquem de forma
espontânea, dando a elas a oportunidade de ter momentos de prazer e alegria no
ambiente escolar, tornando-se autoras de suas próprias criações. Mais uma vez
remetendo a, quando não reprimidas, a espontaneidade e a criatividade agem no
sentido de fazer as coisas, de brincar; consequentemente, as crianças alcançam a
aprendizagem.
Mas o que seria, de fato, uma aula lúdica? Para Fortuna (2000, p. 9), “uma aula
lúdica é uma aula que se assemelha ao brincar”, ou seja, é uma aula livre, criativa e
imprevisível. É aquela que desafia o aluno e o professor, colocando-os como sujeitos
do processo pedagógico. A presença da brincadeira na escola ultrapassa o ensino de
conteúdos de forma lúdica, dando aos alunos a oportunidade de aprender sem
perceber que o estão.
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O brincar estimula a inteligência porque faz com que o indivíduo solte sua
imaginação e desenvolva a criatividade, possibilitando o exercício da concentração,
da atenção e do engajamento, proporcionando, assim, desafios e motivação.
Por meio dos jogos e das brincadeiras o educando explora muito mais sua
criatividade, melhora sua conduta no processo ensino-aprendizagem e sua
autoestima, porém, o educador deve ter cuidado de como são colocados os jogos em
seus fins pedagógicos, para que não se transformem em atividade dirigida e
manipuladora. Se isso ocorrer o jogo deixará de ser jogo, pois não será caracterizado
com liberdade e espontaneidade.
Sendo assim, o jogo deve ser visto como possibilidade de ser mediador de
aprendizagens e propulsor de desenvolvimento no ensino formal, mas quando, a
atividade se torna utilitária e se subordina como meio a um fim, perde o atrativo e o
caráter de jogo. A partir do momento que a criança é obrigada a realizar um jogo, sem
nenhum interesse ou motivação, o jogo perde toda a sua característica e acaba
tornando-se mais uma atividade “séria” de sala de aula.
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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DA CRIATIVIDADE
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O lúdico é extremamente importante para o desenvolvimento do ser humano,
e pode auxiliar na aquisição de novos conhecimentos, em sala de aula, facilitando
muito no processo ensino-aprendizagem. É através de atividades lúdicas, que “o
educando” explora muito mais sua criatividade, melhora sua conduta no processo de
ensino-aprendizagem e sua autoestima.
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“Nessa junção surge o jogo educativo, um meio de instrução, um recurso de
ensino para o professor e, ao mesmo tempo, um fim em si mesmo para a criança que
só quer brincar.
Como afirma Fortuna (2008, p. 4), “defender o brincar na escola, por outro lado,
não significa negligenciar a responsabilidade sobre o ensino, a aprendizagem e o
desenvolvimento”.
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AS IMPLICAÇÕES NO ATO DE BRINCAR NO
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NO AMBIENTE
ESCOLAR
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brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal, porque ela favorece a
emergência de certos processos psicológicos e estimulam outros que começam a se
constituir.
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desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade,
inteligência, sociabilidade e criatividade.
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Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento
infantil e na vivência escolar, na medida em que a criança pode transformar e produzir
novos significados. Nas situações em que a criança é estimulada, é possível observar
que rompe com a relação de subordinação ao objeto, atribuindo-lhe um novo
significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu próprio
desenvolvimento. A introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é
muito importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois
quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e
dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
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A educação é um processo historicamente construído, e o educador possui um
papel nesse processo, que é mediar o educando a buscar sua identidade e atuar de
forma crítica e reflexiva na sociedade. Assim sendo, a formação do educador depende
da concepção que cada profissional possui sobre criança, homem, sociedade,
educação, escola, conteúdo e currículo.
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Ao abordar o lúdico na formação do professor pode-se dizer que a ludicidade
é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, e não pode ser vista apenas
como diversão ou passatempo.
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crianças com as quais se trabalha entre outros esforços por parte do professor e da
escola. Pois não é só dar qualquer jogo por ser educativo ou propor uma brincadeira,
o professor precisa mediar este processo e mesmo que não participe efetivamente,
de estar muito atento ao que acontece para saber aonde intervir, e a escola tem um
papel de muita importância com o professor, pois serve de apoio, suporte e estimulo
tanto para o professor quanto para o aluno.
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O professor deve também renunciar, modificar algumas posturas e atitudes já
incorporadas, o que se torna mais difícil, pois lidar com a mudança, com o diferente
é desafiador e nem todos estão abertos para isto.
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atividades e dinâmicas para a sala de aula. Que possa através da troca de
experiências com outros profissionais estar sempre se renovando e inovando a sua
prática fazendo com que seus alunos possam ficar cada vez mais interessados e
envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem.
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[…] A Educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como
uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na
elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o
pensamento coletivo. […] (ALMEIDA,1995,p.11).
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seu estado cognitivo, visual, tátil, motor, seu modo de aprender entra em relação com
o mundo e com as pessoas do seu convívio.
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Com o surgimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB
(1996) passa-se a se concretizar objetivo principal da Educação Infantil que é
desenvolver integralmente a criança até seis anos de idade, a fim de complementar
a ação da família e da comunidade. A respeito do desenvolvimento integral infantil, o
Plano Nacional para Educação (2000) afirma que o potencial humano deve ser
explorado por profissionais capacitados a fim de promover o seu desenvolvimento
sem desperdiçar suas habilidades.
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Alunos preparados para desempenhar funções motoras e cognitivas, bem
como relacionar-se bem com o meio social pode ser uma tarefa difícil de se executar,
quando não se coloca isto como objetivo principal. As ferramentas de trabalho caem
para os profissionais como fontes de atividade que interagem o aluno com os demais,
mostrando que a expressão é um fator decisivo no processo de aprendizagem.
A música não somente é uma simples ferramenta, sendo acessível, ela não
necessita, necessariamente, de mais nada além de alunos e professores para ser
produtiva, ser adaptável, ela precisa apenas ser ouvida, sentida, pois um som
produzido, tanto por instrumentos elétricos ou pelo corpo como assobios e palmas,
pode transportar os alunos para um mundo de aprendizado amplo em que a
intensidade deste processo varia de acordo com as diferenças individuais.
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necessariamente é preciso dispor de materiais caros. As escolas muitas vezes não
dispõem de condições de elaborar projetos com alto custo, o que não seria viável
para os professores, nem para os alunos. Isso evidencia que um trabalho criativo e
competente colaborará com a criança para desenvolver sua criatividade, socialização,
expressão e também serve como estímulo para o aluno da educação infantil aprender
mais e de forma contextualizada
Para WEIGEL (1988, p. 15) assegura que o trabalho com a música pode
proporcionar essa integração social, já que as atividades geralmente são coletivas e
o trabalho em grupo produz compreensão, cooperação e participação.
O ensino de música não precisa ser discutido e sim facilitado para que a escola
consiga influenciar o principal objetivo que é o de não necessariamente a formação
de instrumentistas, concertistas e nem dominar instrumentos ou cantar almejando
uma carreira profissional como músico. O fator de importância é que o aluno pode sim
no futuro desejar alcançar uma dessas carreiras, mas o ato do ensinar canto,
trabalhar com a música ou tocar alguns instrumentos, deve ser o de ter como objetivo
o desenvolvimento da criança, aliando a música a elementos pertinentes do currículo
da educação infantil.
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APRENDER DANÇANDO.
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Contudo percebe-se a importância de tratar o lúdico ligando a atividade do dia
a dia, fica uma aprendizagem prazerosa e divertida Para Wallon (1975) explica que
as ações cotidianas de andar, correr, saltar, são atividades dinâmicas ligadas a
necessidade de experimentar o corpo para o domínio dos movimentos e para a
construção da autonomia.
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A dança na educação infantil deve permitir que as crianças compreendam suas
ações particulares e coletivas através da linguagem corporal, visto que a
exteriorização dos sentimentos humanos também se dá pelo movimento.
Concordamos que, nesta faixa etária, o trabalho corporal em dança não deve priorizar
uma técnica padronizada por limitar os movimentos das crianças. (SILVEIRA;
LEVANDOSKI; CARDOSO, 2008)
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A DANÇA NA SALA DE AULA: PLANEJAR É
IMPORTANTE
b) faixa etária.
c)música.
e) objetos e vestimentas.
g)Participação da família.
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Ressalta-se a importância da cooperação de diversos profissionais, para torna-
se um projeto interdisciplinar pode-se trabalhar além da dança. Com história, ciências
e português, e trazer diversas temáticas, ou seja, aprender brincando.
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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE: A MÚSICA E A
DANÇA NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA
NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Desde bem pequenos observamos que a música já faz parte da vida, pelo seu
poder criador e libertador, a música torna-se um grande recurso educativo a ser
utilizado na Pré-Escola. Segundo Leda Osório (2011) estudos realizados permitem
dizer que a infância é um grande período de percepção do ambiente que nos cerca,
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pois a criança é influenciada pelo que acontece a sua volta. A música é uma
linguagem que comunica e expressa sensações, a criança desde o nascimento vive
ao mesmo tempo em um meio onde descobre coisas todo tempo, pois sua interação
com o mundo a permite desenvolver o individual.
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entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção
de integração e comunicação social, conferem um caráter significativo à linguagem
musical.
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Esses pensadores outorgaram a música como um dos principais recursos
didáticos para o sistema educacional, reconhecendo o ritmo como um elemento ativo
da música, favorecendo as atividades de expressão e criação. Para Maria Montessori
as crianças gostam de aprender, ela desenvolveu muitas ideias na época que hoje
são aceitas sem restrições. A pesquisa de Maria provou que as crianças passam por
um período mais sensitivo dos 2 anos e meio aos 6 anos, e durante essa fase sua
mente é receptiva à aprendizagem de forma diferente da de qualquer outra faixa
etária. Os materiais que ela desenvolveu e o ambiente que criou davam-lhes uma
oportunidade de ganhar independência e capacidade de reflexão mesmo com tão
pouca idade.
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respiração, aumenta a proporção de oxigênio que rega o cérebro e, portanto, modifica
a consciência do emissor. A prática do relaxamento traz muitos benefícios,
contribuindo para a saúde física e mental.
CONCLUSÃO
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ideias, relações lógicas, socializando, absorvendo o indivíduo de acordo como seu
ritmo e potencial.
REFERENCIAS
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ALMEIDA, P AULO NUNES DE . EDUCAÇÃO LÚDICA: TÉCNICAS E JOGOS
EDUCAÇÃO.DISPONÍVELEM:<FTP://FTP.FNDE .GOV.BR/WEB/FNDE/PLANO_NACION
AL_ EDUCACAO.PDF >. ACESSO EM: 03 DE NOVEMBRO DE 2017.
49
CAPRI,F.S. ROMPENDO AS BARREIRAS DO GÊNERO MASCULINO : PRÁTICA DA
50
OLIVEIRA, Z. M. R. EDUCAÇÃO INFANTIL: FUNDAMENTOS E MÉTODOS . SÃO
P AULO: CORTEZ, 2010.
JANEIRO:SPRINT,1998.
51
VERDERI, É. B. L. P. ENCANTANDO A EDUCAÇÃO FÍSICA. 2ª ED . RIO DE
52
KISHIMOTO, T. M. (ORG.). JOGO, BRINQUEDO, BRINCADEIRA E A EDUCAÇÃO. 8ª
ED. SÃO PAULO: CORTEZ, 2005.
53