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CIÊNCIAS
EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇAO BIOLÓGICA
A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. Seria pouco provável que nosso planeta
tivesse permanecido por todo esse tempo idêntico, na sua forma e na sua composição, ao planeta
que hoje habitamos. Conforme a Terra sofria mudanças, surgia a vida na Terra diferente da que
conhecemos hoje, que durante bilhões de anos sofria alterações biológicas, evoluindo até os seres
vivos que habitam a Terra hoje.
É possível perceber por meio de uma série de evidências que os ancestrais dos seres
viventes eram distintos dos seres que vemos hoje. As evidências da evolução precisam ser
conhecidas para que possamos compreender a história da vida no nosso planeta.
Os órgãos homólogos são aqueles que podem ou não realizar a mesma função, porém
apresentam uma estrutura básica igual e mesmo desenvolvimento embrionário. Isso quer dizer,
portanto, que os indivíduos que apresentam esses órgãos possuem ancestralidade.
Os órgãos análogos, por sua vez, não refletem as relações de ancestralidade e dizem
respeito apenas às funções semelhantes. Essas semelhanças ocorrem devido à evolução
convergente, que leva ao surgimento de características semelhantes mesmo em indivíduos de
grupos bastante diferentes. Isso se deve ao fato de que essas características favoreceram a
sobrevivência em ambientes similares, representando, portanto, adaptações ao ambiente.
ATIVIDADE
1. A nadadeira dos golfinhos e as asas dos morcegos, apesar de serem bastante distintas e serem
adaptadas para funções diferentes, possuem origem embrionária semelhante. Por essa razão,
podemos dizer que se trata de órgãos:
a) ( ) homólogos. c) ( ) vestigiais.
b) ( ) análogos. d) ( ) divergentes.
2. Fósseis são:
a) ( ) Vestígios da atividade de organismos que viveram há muitos anos.
b) ( ) Restos de seres vivos que ficaram preservados nas rochas.
c) ( ) Marcas de animais que ficaram presos nas rochas.
d) ( ) Todas as alternativas estão corretas.
Teorias de Lamarck
O Lamarckismo foi uma teoria proposta por Jean-Baptiste Lamarck, um naturalista francês.
A Teoria de Lamarck tenta explicar a evolução das espécies. Em 1809, ele publicou o livro Filosofia
Zoológica e introduziu que o ambiente em mudança fazia com que os organismos mudassem de
comportamento.
As leis de Lamarck
O livro Filosofia Zoológica introduzia duas leis propostas por Lamarck. A primeira leia era
a Lei do uso e desuso: os organismos tendiam a desenvolver os órgãos que mais usavam e entrava
em desuso aqueles órgãos que eram menos utilizados. A inutilização de certos órgãos e utilização
massiva de outros órgãos estaria intrinsecamente ligada às mudanças no ambiente em que o
organismo estava inserido. A segunda lei era a Lei de transmissão dos caracteres adquiridos: as
características dos órgãos mais utilizados e dos menos utilizados iriam ser passados para as
gerações futuras.
Alguns exemplos das leis de Lamarck chegaram a ser propostos como o pescoço das
girafas. Ao tentarem se adaptar ao meio em que viviam e para se alimentar melhor das folhas que
ficam nas partes mais altas das árvores, as girafas começaram a esticar seus pescoços. Esta
característica e a necessidade de comer folhas em locais mais altos foram transmitidas por várias
gerações.
A Seleção natural é um dos mecanismos condutores do processo evolutivo que, por sua vez,
é a mudança das populações ao longo do tempo. Ela consiste no processo pelo qual os indivíduos
de uma população que estão mais bem adaptados a determinada condição do ambiente são
favorecidos por possuírem mais chances de sobreviver e reproduzir que aqueles menos adaptados.
Embora a maior parte dos livros didáticos atribua a elaboração da teoria da Seleção Natural
a Charles Darwin (1809-1882), muitos autores defendem que Alfred Russel Wallace (1823-1913),
outro naturalista britânico, é coautor dessa teoria.
Em 1831, Darwin iniciou uma viagem de cinco anos ao redor do mundo e, durante essa
viagem, desenvolveu a hipótese de que a diversidade de organismos existentes na natureza seria
resultado de um longo processo evolutivo, o qual seria conduzido, principalmente, por um
mecanismo que chamou de seleção natural. Darwin começou a escrever uma versão detalhada de
sua teoria em 1850 e passou anos trabalhando nela. Em 1858, foi surpreendido por uma carta de
Wallace acompanhada de um manuscrito que continha ideias muito similares às suas. Neste
mesmo ano, Darwin e Wallace fizeram uma publicação conjunta de seus artigos no Journal of the
Linnean Society of London. No ano seguinte Darwin publicou a primeira edição do seu livro A
Origem das Espécies, no qual trabalhou a ideia de descendência com modificação por meio de
seleção natural.
Para que a seleção natural ocorra, são necessárias quatro condições básicas:
Lamarckismo e Darwinismo
Para Lamarck, novas caraterísticas dos organismos eram tidas quando eles usavam mais
ou menos determinados órgãos conforme as condições que o ambiente fornecia. Darwin acreditava
que cada indivíduo apresentava características que possibilitariam a sobrevivência no ambiente.
ATIVIDADES
1) A musculação tem sido realizada por inúmeras pessoas ao redor do mundo em busca de um
corpo definido. Observe a imagem e responda:
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3) Considere a seguinte afirmação: “O gafanhoto é verde porque vive na grama”. Essa afirmativa
seria atribuída a Darwin ou a Lamarck? Explique sua escolha.
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ADAPTAÇÕES
Todos os seres vivos devem adaptar-se ou ter algumas qualidades que lhes permitam
sobreviver. Diante de mudanças súbitas no ambiente, nem todas as espécies têm essa capacidade
e, ao longo da história evolutiva, muitas foram deixadas para trás e desapareceram. Outros, apesar
da sua simplicidade, conseguiram chegar aos nossos dias.
Quando ocorrem mudanças poderosas no ambiente, os seres menos generalistas que têm
necessidades muito específicas tendem a desaparecer.
>Adaptações fisiológicas
Estas adaptações estão relacionadas com mudanças no metabolismo dos organismos. Certos
órgãos começam a funcionar de forma diferente quando ocorrem certas mudanças no ambiente.
As duas adaptações fisiológicas mais conhecidas são a hibernação e a estivação.
Em ambos os casos, seja quando a temperatura ambiente cai bem abaixo de 0ºC ou muito acima
de 40ºC, aliada à baixa umidade relativa, certos seres são capazes de diminuir o seu metabolismo
basal de tal forma que permanecem em estado de latência durante curtos ou longos períodos de
tempo, a fim de sobreviverem às estações mais devastadoras do seu ecossistema.
>Adaptações morfológicas
São estruturas externas dos animais que lhes permitem adaptar-se melhor ao seu meio ambiente
como, por exemplo, as barbatanas de animais aquáticos ou o pêlo denso em animais que vivem
em climas frios. Porém, as duas adaptações morfológicas mais atraentes são a cripsis ou
camuflagem e o mimetismo.
Os animais crípticos são aqueles que se camuflam perfeitamente com o seu ambiente e são
quase impossíveis de detectar numa paisagem, tais como o bicho-pau ou as bicho-folha. Por outro
lado, o mimetismo consiste em imitar a aparência de animais perigosos, por exemplo, as
borboletas-monarca são extremamente venenosas e não têm muitos predadores. A borboleta vice-
rei tem a mesma aparência física sem ser venenosa, mas, por ser parecida com a monarca,
também não é depredada.
>Adaptações comportamentais
As cascas dos ovos dos répteis e das aves são um exemplo de adaptação ao ambiente
terrestre, uma vez que impedem que o embrião seque. O pelo nos mamíferos é outra adaptação
ao ambiente terrestre, uma vez que serve para proteger a pele.
Os animais noturnos têm glóbulos oculares altamente desenvolvidos que lhes permitem
ver à noite. Os animais que vivem no subsolo e não dependem da luz para ver costumam carecer
de sentido de visão.
A acumulação de gordura sob a pele é uma adaptação aos climas frios. De acordo com a
regra de Allen, os animais que vivem em áreas frias têm membros, orelhas, caudas ou focinhos
mais curtos do que os animais que vivem em áreas quentes, uma vez que devem evitar a perda de
calor.
No entanto, os animais que vivem em áreas muito quentes são caracterizados, por exemplo,
por orelhas grandes que lhes permitem perder mais calor corporal e, assim, arrefecer mais.
ATIVIDADES
3) Os louva-a-deus e as esperanças são verdes e vivem em folhagens que também são verdes.
ESPECIAÇÃO E ANCESTRALIDADE
O processo de formação de novas espécies chama-se especiação. Para que esse processo
aconteça, são necessárias algumas condições:
Árvores filogenéticas
A história evolutiva dos seres vivos pode ser representada em árvores filogenéticas ou
filogenias, diagramas que indicam as relações de parentesco evolutivo entre grupos de seres
vivos. Esses grupos podem ser, por exemplo, diferentes espécies.
Quanto mais recente é o ancestral compartilhado entre dois ou mais grupos de uma árvore
filogenética, maior é o grau de parentesco evolutivo entre eles, ou seja, maior é a quantidade de
características compartilhadas.
ATIVIDADES
1) Quais são as condições para que ocorra o processo de formação de novas espécies?
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2) Na borda norte e na borda sul do Grand Canyon habitam duas populações de esquilos com
diferenças morfológicas marcantes que, em condições naturais, sem as barreiras geográficas,
não são capazes de se intercruzarem. As duas populações constituem ____________
diferentes, devido principalmente a (ao) ____________.