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FIXISMO E AS PRIMEIRAS IDEIAS SOBRE O TRANSFORMISMO

A partir do século XVIII, no entanto, o fixismo começou a ser questionado. A ideia de que os seres vivos não eram fixos, mas
se modificavam com o tempo ficou conhecida como transformismo.
LAMARCKISMO
Jean-Baptiste Pierre Antonie de Monet (1744-1829), Cavaleiro de Lamarck, também apoiava a ideia de que a diversidade dos
seres vivos se deu por meio da transformação progressiva dos organismos ocasionada por causas naturais.
Podemos apontar quatro ideias principais (ou leis) da teoria de Lamarck:
A tendência para o aumento da complexidade. De acordo com essa ideia, organismos mais simples originados a partir da matéria
inanimada progrediam a um estágio maior de complexidade, sendo que cada organismo apresentava um limite particular de
complexidade que poderia ser alcançado. 2. O surgimento de órgãos em função de necessidades. Essa ideia explicava que as
circunstâncias externas, aliadas à tendência natural ao aumento de complexidade, determinavam o desenvolvimento e a
conservação dos órgãos. 3. O desenvolvimento ou a atrofia de órgãos. Essa ideia ficou conhecida como a lei do uso ou desuso,
e explicava que o desenvolvimento dos órgãos e sua força de ação são proporcionais ao seu emprego. Quanto mais se usasse
determinado órgão, mais ele se desenvolveria, ao passa que o desuso de determinada estrutura levaria à sua atrofia e,
dependendo da situação, ao seu completo desaparecimento. 4. A herança do adquirido. Essa ideia ficou conhecida como a lei da
transmissão dos caracteres adquiridos. Segundo ela, tudo que foi adquirido durante a vida de um organismo era conservado e
transmitido aos novos descendentes. Para Lamarck, os seres vivos não eram criados por uma força divina, mas a origem da vida
era um processo físico, sobre qual atuavam as leis naturais. Além disso, ele afirmava que o ambiente era o responsável pelas
modificações dos organismos; se o ambiente se altera, os seres procuram se adaptar a ele. Ao longo do tempo, os organismos
iriam se modificando e poderiam dar origem a novas espécies. Embora não tenha usado o termo evolução para explicar suas
ideias, pois esse tinha uma conotação diferente na época – significava o desenvolvimento do indivíduo do ovo até a fase adulta
–, Lamarck apresentou uma explicação para a progressiva transformação dos seres vivos. Outra contribuição do naturalista
francês foi a introdução do termo adaptação, ao referir-se à adaptação dos organismos ao meio.
DARWINISMO
Em sua teoria, Darwin e Wallace admitem que os indivíduos de uma população não são idênticos. Em vez disso, eles
apresentam algumas variações que podem torna-los mais adaptados ou menos adaptados ao ambiente em que vivem. Como na
natureza os recursos são limitados, os indivíduos competem uns com os outros e aqueles mais aptos têm mais chances de obter
os recursos necessários, sobreviver e deixar descendentes, transmitindo à prole as características vantajosas. Por esse
pensamento, o ambiente atua sobre as variações da população, selecionando os indivíduos mais adaptados, processo chamado
de seleção natural. Com o tempo, a população vai se modificando e evoluindo por seleção natural. Embora Wallace também seja
o criador da teoria da evolução. Darwin teve maior destaque por conta da publicação de seu livro, o qual trazia diversos
argumentos para defender as ideias de ancestralidade comum e de seleção natural. Por isso, a teoria da evolução é comumente
chamada de darwinismo.
Em seu livro, Darwin apresentava duas ideias principais: 1Todos os organismos descendem de ancestrais comuns. 2. A seleção
natural é o principal agente que atua sobre as variações dos indivíduos. Ele concluiu que, da mesma forma que o ser humano
selecionava determinados organismos, com características de interesse – processo chamado seleção artificial -, a natureza
poderia fazer o mesmo, selecionando os indivíduos mais adaptados às condições do ambiente – a chamada seleção natural.
Porém, diferente da seleção feitas pelos seres humanos, a natureza não seleciona os organismos de forma intencional ou
direcionada.
EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO
Fósseis: A existência de fósseis é o mais forte indício de que o nosso planeta já foi habitado por seres que não existem mais nos
dias de hoje. Alguns fósseis apresentam semelhanças com as espécies atuais, fornecendo evidências de parentesco evolutivo.
Anatomia e embriologia comparadas: Estruturas ou órgãos que se formam de modo semelhante durante o desenvolvimento
embriológico de determinadas espécies podem indicar ancestralidade comum. Por exemplo, a asa de um morcego e o braço de
uma pessoa apresentam estruturas anatomicamente semelhantes. Sua existência nos organismos recentes é uma prova da
adaptação. Nos seres humanos, o tubérculo de Darwin, pequeno engrossamento cartilaginoso da orelha é considerado uma
estrutura vestigial. Essa estrutura pode ter tido função nos nossos ancestrais remotos, os quais tinham orelhas mais pontiagudas
e captavam os sons com frequências mais altas. O tubérculo de Darwin deixou de ser vantajoso e regrediu durante o processo
evolutivo.
Análise de DNA: A análise e a comparação do material genético de diferentes organismos podem ser usadas para estabelecer o
grau de parentesco evolutivo. Quanto maior a semelhança molecular, maior a proximidade evolutiva entre os organismos.
CAMUFLAGEM E MIMETISMO: A camuflagem é o fenômeno em que uma espécie apresenta aspectos do corpo que se
assemelham ao ambiente em que vive. Por exemplo, o bicho-folha tem o formato do corpo e a cor parecidos aos das folhas das
plantas onde vive, o que lhe permite passar despercebido no ambiente. O mimetismo, por sua vez, é o fenômeno em que duas
espécies diferentes compartilham alguma semelhança reconhecida por outras espécies, o que confere vantagens para uma ou
para ambas as espécies miméticas. Por exemplo, a falsa-coral e a serpente coral-verdadeira são espécies miméticas. A primeira
não é peçonhenta, enquanto a segunda é. Como essas espécies de serpentes apresentam padrão de listras e coloração
semelhantes, as falsas-corais se beneficiam da falsa fama de perigosa, sendo evitada por predadores.
EXPERIMENTO DE REDI: O experimento de Redi foi um dos primeiros a explicar a origem dos seres vivos, em meados do
século XVII. Francesco Redi era uma médico e cientista italiano e questionou a teoria da geração espontânea ou da abiogênese.
De acordo com essa teoria, os vermes que surgiam em cadáveres de humanos e animais eram resultados da geração
espontânea do processo de putrefação. Com objetivo de provar que os vermes não se originam espontaneamente, Redi realizou
um experimento para derrubar essa teoria.
ESPERIMENTO DE PASTEUR: Inicialmente, Pasteur preparou um caldo nutritivo e colocou esse caldo em diferentes frascos.
Ele então pegou cada frasco, aqueceu os gargalos e então os curvou, fazendo com que se tornassem semelhantes a pescoços
de cisnes. A curvatura do gargalo do recipiente permitia que o ar entrasse no local, porém impedia a entrada de partículas
presentes no ar e micro-organismos como as bactérias. Após feita a curvatura, Pasteur ferveu o caldo nutritivo. Com isso ele
esperava que todos os micro-organismos no material morressem, ou seja, ele deixou o caldo estéril. De acordo com a teoria da
abiogênese, a partir desse caldo poderia surgir vida, porém não foi isso que ocorreu.Após alguns dias do experimento, Pasteur
observou que nada havia surgido no caldo e ele permanecia estéril. Para confirmar suas hipóteses, o pesquisador resolve
quebrar o gargalo, deixando o caldo exposto ao ambiente. Com o passar dos dias, vários micro-organismos surgiram no caldo.
Ficou claro, portanto, que a vida não surgia de matéria inanimada e morta, surgia apenas de uma vida preexistente. No momento
que Pasteur quebrou o gargalo, ele deixou o caldo exposto à ação de micro-organismos presentes no ar os quais se
reproduziram no caldo. Com esse experimento a abiogênese foi finalmente derrubada e começou-se a aceitar a biogênese, ou
seja, a teoria que diz que todos os organismos devem nascer de outro ser vivo.
EXPERIMENTO ENDOSSIMBRIOSE: Segundo esta teoria, há milhares de anos atrás, as mitocôndrias e os cloroplastos das
células eucariontes teriam sido organismos procariontes de vida livre. Estes organismos foram então englobados (através do
processo de endocitose) por células maiores com as quais estabeleceram uma relação de simbiose. As mitocôndrias seriam o
resultado da endocitose de procariontes aeróbios e os cloroplastos de procariontes fotossintetizantes (possivelmente
cianobactérias). Desta forma, forneceriam energia à célula hospedeira, enquanto esta os protegeria do meio externo.
A origem do Universo: A curiosidade do ser humano e a constante busca por explicações para o que está ao nosso redor gerou
questionamentos sobre a origem do Universo, do planeta Terra, etc. Mesmo que estejamos longe de responder a muitos desses
questionamentos, o desenvolvimento de diversas áreas da Ciência, como a Cosmologia, permitiu que os cientistas elaborassem
algumas teorias sobre como o Universo foi formado.
A teoria do Big Bang: Grande parte dos astrônomos acredita que o surgimento do Universo ocorreu há aproximadamente 15
bilhões de anos a partir de uma grande expansão, o Big Bang. Segundo essa teoria, toda a matéria e energia existentes estavam
condensadas em um único ponto inicial. Ocorre então uma "explosão", que fez a matéria expandir violentamente para todos os
lados.
A FORMAÇÃO DA TERRA
De acordo com os cientistas, o planeta Terra se originou há aproximadamente 4,6 bilhões de anos
No início de formação da Terra, pequenas partículas de rochas presentes no Sistema Solar se atraíam mutuamente, formando
objetos maiores, chamados protoplanetas. Em determinado momento, o aumento da pressão e da temperatura no interior desses
protoplanetas permitiu que os diversos elementos químicos presentes apresentassem consistência líquida. 2. Após milhões de
anos, elementos químicos densos como o ferro deslocaram-se para o interior do planeta, formando o seu núcleo. Outros
elementos químicos menos densos formaram o manto, e os elementos de baixa densidade, como o silício e o alumínio, formaram
as rochas da superfície da Terra. Ao mesmo tempo, a atmosfera da Terra primitiva se modificou conforme ocorriam alterações
em sua superfície. Em determinado momento, ela era constituída de dióxido de carbono, vapor de água e nitrogênio. Essa
atmosfera foi propicia para o efeito estufa, responsável pela retenção do calor proveniente da superfície e do interior da Terra, e
também dos raios do Sol
Abiogênese: os seres vivos eram originados a partir de uma matéria bruta sem vida. Teoria derrubada através de experimentos,
contudo, a atual teoria mais aceita de Origem da Vida pode ser considerada abiogênica: a origem química. Biogênese: Os seres
vivos são originados a partir de outros seres vivos preexistentes. Atualmente aceita para explicar o surgimento dos seres vivos.
OPARIN E HALDANE: é uma hipótese explicativa da origem da vida, que afirma que a origem dos organismos vivos se encontra
no comportamento físico-químico da matéria inanimada.
MILLER E UREY: em 1950 fizeram um experimento que simulou diversas condições existentes na terra primitiva. Ao analisar o
líquido recolhido, Miller observou a formação de moléculas orgânicas que, anteriormente, acreditava-se serem produzidas
somente por células vivas (aminoácidos alanina e glicina).
PANSPERMIA: Essa teoria afirma que a vida na Terra se originou a partir de seres vivos provenientes do espaço e que aqui se
desenvolveram nas diferentes formas de vida. Ou seja, os seres vivos teriam chegado à Terra por meio de meteoritos.
Atualmente teoria da panspermia admite algumas variações. Alguns pesquisadores afirmam que a matéria biológica teria
chegado à Terra por meio de meteoroides vindos de planetas do Sistema Solar ou fora dele. Outros chegam a afirmar que essa
matéria biológica teria sido transportada propositalmente por uma civilização extraterrestre avançada. Essa afirmação tem como
evidência a detecção de matéria orgânica no espaço interestelar, principalmente em cometas
CRIACIONISMO: é a crença de que a humanidade, a vida, a Terra e o universo são criação de um agente sobrenatural.
COSMOLOGIA: é o ramo que estuda a origem, a estrutura e a evolução do Universo.
COACERVADOS: é um aglomerado de moléculas proteicas envolvidas por água em sua forma mais simples.

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