Reprodução dos mamíferos

• Os Monotremata representam o grupo de mamíferos ovíparos, mas mesmo sendo ovíparos seus
ovos são pequenos comparados com os de outras espécies. Os ovócitos não tem tanto vitelo, eles
não oferecem tanto alimento. Antes da postura eles ficam retidos recebendo alimentação direta da
fêmea, porque o vitelo não sustenta. A baixa quantidade de vitelo faz com que o período de
incubação seja curto, os filhotes nascem pouco desenvolvidos e requer um grande cuidado parental.
Esse cuidado parental é fornecido principalmente pela amamentação.
• As fêmeas Metatheria tem 2 ovários, 2 tubas uterinas, 2 úteros e 2 canais vaginais que se juntam
numa vagina mediana para formar o seio urogenital. Acontece que vai se formar um 3º canal
vaginal mediano para o parto, depois do primeiro parto. A placenta não tem como sustentar o
embrião ao longo de todo o seu desenvolvimento, ela é efêmera. Os filhotes nascem prematuros e
precisam de cuidado parental. A fêmea percebe quando o parto está próximo e deixa um rastro
químico (lambida) da vagina até uma região que os filhotes sejam capazes de atingir seus mamilos
e mame. O aparato olfativo dos filhotes é muito desenvolvido e sua boca também.
• Conforme eles vão se desenvolvendo com a amamentação, no mamilo a glândula mamária altera a
composição do leite de acordo com a necessidade da faixa etária do filhote.
• Os Eutheria são os mamíferos cujo a placenta sustenta o embrião ao longo de todo o seu
desenvolvimento. Os filhotes nascem em níveis de maturidade muito diferentes. Isso gerou uma
grande vantagem adaptativa dos Eutheria sobre os Metatheria, o estabelecimento deles dizimou os
metatheria que haviam no continente. O tempo que os filhotes permanecem com os parentais
possibilita o desenvolvimento do aprendizado, aprender a caçar, aprender a espantar competidores,
a resolver/solucionar problemas. Apesar do cuidado parental parecer uma desvantagem, ele confere
um maior resultado.
• Diapausa embrionária: algo sinaliza para o corpo materno que o ambiente está hostil e o
desenvolvimento embrionário é suspenso. Conforme a situação ambiental melhora o
desenvolvimento embrionário segue. Roedores e alguns marsupiais usam dessa estratégia.
• A variação das características reprodutivas é o que define a sistemática do grupo. Falar da
organização e da reprodução é importante para entender a forma que eles estão organizados em
sistemática e em termos de história evolutiva.
• A organização do sistema reprodutor dos Monotremados em tudo duplo, resulta em uma única
vagina. Os óvulos são grandes comparados aos methateria e eutheria mas são pequenos
comparados a outras espécies.
• Nos Metatheria temos óvulos menores que o dos monotremados, tudo duplicado, 2 ovários, 2
tubas, 2 úteros, 2 vaginas laterais que se juntam para sair no seio urogenital. O canal vaginal (do
parto) só se forma no primeiro parto. Eles acabam ficando com 3 canais vaginais. Quando os
espermatozoides chegam passam pelo seio urogenital e vão pela vagina lateral até chegar nas tubas
uterinas.
• Nos Eutheria temos a presença dupla de ovários e tubas mas a fusão do útero. O útero único é
resultado da fusão de 2 úteros.

Relação da cloaca e dos seus derivados

• Cloaca: é a abertura em comum que existe entre o sistema digestório, excretor e reprodutor.
• Nos monotremado encontramos 2 aberturas, o seio urogenital e o reto se abrindo na cloaca.
• Nos machos a cloaca é mais simples uma vez que os ductos genitais se abrem em um único canal
junto com o excretor.
• Todos os machos dos mamíferos têm uma estrutura copuladora, o pênis.
• Nos Metatheria e Eutheria, na grande maioria das fêmeas não encontramos mais a cloaca, ela
derivou. A abertura do sistema digestório está independente, mas temos uma abertura única do
sistema excretor e reprodutor.

• Nos machos Eutheria e Metatheria temos a mesma configuração, só que a uretra (canal em
comum do sistema reprodutor e excretor) transpassa a estrutura peniana. Se abre depois de
percorrer toda a estrutura peniana.
• Uma configuração mais derivada que separou os 3 canais, encontramos somente em fêmeas de
primatas e de alguns roedores.