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PLATELMINTAS

Simetria bilateral – Evolução! Indica formação de uma cabeça, ou seja, presença de


cérebro (primordial – zona concentração de estruturas sensoriais), ao contrário dos
cnidários.
Aberturas oral e genital na superfície ventral.

Corpo sólido, sem cavidade interna. Os espaços vazios no interior do corpo são
preenchidos por parênquima (tecido conectivo).

Cavidade gastrovascular presente (sistema digestivo incompleto) mas mais ramificada e


complexa.

Filamentos intestinais maiores que os dos cnidários (as dimensões das platelmintas
também são maiores).
Sistema nervoso com um par de gânglios anteriores e cordões nervosos longitudinais
ligados por outros transversais.
Orgãos sensoriais simples.
Sistema excretor: células chama – Evolução! Animais mais simples a possuir sistema
excretor.
Ausência de estruturas esqueléticas, sistemas circulatório e respiratório.
A maioria possui os 2 sexos: sistema reprodutor complexo, fertilização interna,
desenvolvimento direto em formas de vida livre e indireto em parasistas (que têm ciclos
de vida complexos).

❖ CLASSE TURBELLARIA
A maioria é marinha, algumas de água doce e terrestres (zonas húmidas).
A sua região anterior possui muitas estruturas sensoriais, ou seja, possui um cérebro
primordial.
Superfície do corpo bastante superior ao volume, o que condiciona a fisiologia dos
indivíduos.
A sua epiderme é ciliada, porvocando um “turbilhão” na água quando o animal se mexe.
É deste facto que surge o nome da classe.
Têm uma musculatura complexa quen permite que nadem e se desloquem sobre o
fundo com sucesso.
O parênquima é uma matriz gelatinosa que possui: células de substutuição de células da
epiderme; células de fixação (ocupam os espaços vazios do corpo); neoblastos (células
totipotentes); cromatóforos.

Alimentação: carnívoros, detritívoros, necrófagos, herbívoros, alguns com simbiontes.


A boa localiza-se a meio do animal e projeta uma pequena faringe para o exterior que,
tal como a boca, alarga enormente para engolir alimentos.
Espécies de água doce podem ficar durante muito tempo sem se alimentarem. Na
ausência de alimento, são absorvidas células intestinais e de todo o parênquima.

As trocas gasosas e o transporte interno é feito por difusão.

O sistema excretor possui células chama (protonefrídeos) que funcionam na eliminação


de outros metabolitos que não a amónia (com isso ajudam no balanço de água). Há
presença de cílios que, com o seu movimento, vão empurrando a água para dentro da
célula-chama, que é porosa e acaba por excretá-la (a água e a amónia).

Os órgãos sensoriais presentes são os estatocistos (planária não tem), os recetores


ciliares (tentáculos, aurículas), as depressões ciliares (cílios ou microvilosidades) e os
ocelos (orientam o animal em relação à luz).

Reprodução assexuada ocorre por fissão binária transversal – o porgenitor fica, por
exemplo, preso a uma rocha e um filho continua a nadar, formando-se 2 indivíduos.
Reprodução sexuada ocorre em casulos que são colocados presos nas rochas.

Até agora, a fertilização era interna, o que resultava com organismos grandes ou que
viviam em colónia. Um animal tão pequeno como a plánária não consegue ter
fertilização externa e então esta passou a ser interna.
Geralmente não ocorre autofecundação, ocorrendo sempre copulação: o contacto da
superfície de um animal com o órgão copulador de outro é o suficiente para haver
fecundação (os espermatozóides entram no animal e migram para o sistema
reprodutor).
A reprodução pode ser controlada pela duração do dia e pela tempetura. Planárias de
água doce, por exemplo, reproduzem-se assexuadamente durante o Verão e
sexuadamente durante o Inverno, estimuladas pelos dias curtos e pelas baixas
temperaturas.
Todos os turbelários são hermafroditas (primeiro desenvolvem o sistema reprodutor
masculino e só depois o feminino – mais complexo) e, como são pequenos e os ovos têm
um limite de 50 mm, os animais põem poucos ovos. Os sistemas reprodutores são muito
complexos.

Toda a parte feminina se encontra dentro de uma câmara onde se dá a fecundação.

Uma parte dos ovários produz óvulos, e outra produz vitelários.

❖ PARASITISMO: CLASSES TREMATODA E CESTODA


A forma mais comum de simbiose é o parasitismo, relação em que o hospedeiro é
sempre prejudicado pelo simbionte (parasita).
Estas duas classes são classes de endoparasitismo. A classe Trematoda afeta sobretudo
o sistema digestivo, pulmões e canais biliares ou pancreáticos e a classe Cestoda parasita
o sistema digestivo de vertebrados.
O facto de serem endoparsitas implica que estes animais tenham que sobreviver a sucos
gástricos ácidos. Além disso, têm que existir estruturas de fixação fortes para que não
sejam eliminados, por exemplo, através das fezes do animal que parasitam.
Também tem que haver uma enorme capacidade de reprodução e expulsão dos
embriões para o exterior que, por sua vez, têm que se contactar e reconhecer um
hospedeiro apropriado.
Têm que saber manter-se em ambientes por vezes pobres ou mesmo sem oxigénio
disponível. Além disso, necessitam de evitar ser destruídos pelo sistema imunitário do
hospedeiro.
Têm que saber evitar matar o hospedeiro, pelo menos até à reprodução estar
assegurada, uma vez que necessitam dele vivo para sobreviverem. Nenhum parasita
mata o seu hospedeiro a não ser que esteja pronto para passar ao estágio larvar
seguinte.
A alimentação (tecidos ou fluídos corporais; restos de alimentos deixados pelo
hospedeiro) é o grande benefício retirado pelo parasita, ou seja, normalmente estes
vivem no sistema digestivo do hospedeiro. No caso dos endoparasitas, a proteção
também é um outro benefício, precisando de sistema de transporte interno para se
movimentarem dentro do hospedeiro se necessário.

É a partir do tegumento que ocorrem trocas gasosas, difusão de produtos nitrogenados


e absorção de glucose e aminoácidos, fundamentais à síntese de proteínas para a
produção de ovos. Esta estrutura também portege de ácidos e enzimas do hospedeiro,
bem como do seu sistema imunitário.
As estruturas de fixação são, usualmentem ventosas (orais e/ou ventrais).
Podem ser anaeróbios facultativos – o teor em oxigénio utilizado na respiração depende
do local onde o parasita se encontra e do estágio de desenvolvimento do parasita.
CLASSE TREMATODA
Gerlamente são hermafroditas (salvo raras exceções).

Os sistemas reprodutores são complexos, e há aparecimento de um útero (na parte


reprodutora feminina) onde são armazenados os óvulos.

As Glândulas de Mehlis têm forma circular e circundam o útero.


A capacidade de reprodução destes animais é enorme e, felizmente, nem todos
sobrevivem.

Estágios larvares de Tremátodes:


Ovo → Miracídio → Esporocisto → Rédias → Cercárias → Metacercárias

Cada um destes estágios larvares possui cílios de modo a encontrarem um hospediro


intermediário até se transformarem no próximo estágio larvar (com a ajuda de células
germinativas).
A cercária, caso não consiga arranjar um hospediro intermediário, perde a cauda e fica
à espera que algum hospedeiro (definitivo) se aproxime para o poder parasitar – se isto
acontecer passamos logo para o estágio larvar seguinte (metacercária).
CLASSE CESTODA
Esta é a classe mais especializada de Platelmintas parasitas.

Não possuem sistema digestivo.


Os adultos são endoparasitas no sistema digestivo e ductos associados de vários
vertebrados, incluindo o Homem. As larvas infetam tanto vertebrados como
invertebrados, e também não se restringem ao sistema digestivo.

O escoléx (escólices no plural) contem


estruturas de fixação – principalmente
ganchos e ventosas.
Existe, após a zona de brotamento ou
“pescoço” um conjunto de
proglotídeos (à medida que evoluem
vão sendo transferidos para a parte
posterior do corpo) que formam o
corpo do indivíduo – estróbilo.
O poro genital encontra-se no final da
região posterior.

O proglotídeo maduro, localizado na região merediana do estróbilo, contem os sistemas


reprodutores ( o masculino desenvolve-se primeiro que o feminino).
Tal como os tremátodes, também os céstodes têm uma grande capacidade de
reprodução, típica de parasitas. No entanto, também neste classe, nem todos os
indivíduos conseguem completar o ciclo de vida (felizmente).

Os céstodes possuem um tegumento cujas funções são muito idênticas ao tegumento


dos tremátodes: proteção contra ácidos e enzimas do hospedeiro, difusão de produtos
nitrogenados, trocas gasosas e absorção de glucose e aminoácidos (fundamentais à
síntese de proteínas para a produção de ovos).

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