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ZOOLOGIA – ANELÍDEOS

1. SISTEMÁTICA
Filo: Anelídeos (corpo dividido em anéis)
Classes: (presença e quantidade de cerdas)
1. Oligoquetos: minhocas
2. Poliquetos: vermes marinhos ou nereis.
3. Hirudíneos ou aquetos: sanguessugas.

2. POR QUE SÃO MAIS EVOLUÍDOS DO QUE OS ANELÍDEOS


São os primeiros animais com cavidade corporal verdadeira (celoma), sistema circulatório (fechado),
sistema respiratório (branquial) e com segmentação corporal verdadeira.

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
São terrestres (minhocas), dulcicolas (sanguessugas) ou marinhos (vermes marinhos). Apresentam o
corpo vermiforme dividido em anéis, com divisão corporal externa e interna. As minhocas são herbivoras, as
sanguessugas são parasitas hematófagas e os nereis são carnívoros. Embriologicamente são triblásticos,
protostômios e celomados.

4. FISIOLOGIA
Apresentam epiderme simples, protegida por uma cutícula e com anexos típicos, as cerdas e
parapódios. Possuem sustentação hidrostática facilitada pelo celoma. A locomoção é feita pela ação da
musculatura e pelas cerdas nas minhocas, para-pódios como remos nos nereis e ventosas nas sanguessugas.

A digestão é extracelular e o sistema digestivo é completo, apresentando moela (trituração) e cecos e


tiflossole intestinais que aumentam a absorção.
A respiração nas minhocas e sanguessugas é cutânea indireta, pois utiliza o sangue, que contém
pigmentos respiratórios como a hemoglobina, para transportar os gases.
Nos vermes marinhos a respiração é branquial
Nos animais a circulação pode ser aberta ou lacunar, quando o líquido circulatório abandona o trajeto
circulatório, ou fechado, quando isto não ocorre. Veja a diferença.

obs: anelídeos são os primeiros animais com sistema circulatório fechado.


A reprodução do nereis esquizogênese,
pode ser assexuada por com
desenvolvimento ou sexuada indireto
com larva trocófora.
As minhocas são hermafroditas e
fazem reprodução sexuada. Usam o
clítelo em fecundação cruzada e têm
desenvolvimento direto.

ARTRÓPODES
Os artrópodes formam um dos mais numerosos e diversificados grupos de animais: há mais espécies
de artrópodes que de todos os outros organismos animais reunidos.

Tradicionalmente, o filo Arthropoda era dividido


em cinco classes: Insecta (insetos, a mais
numerosa: besouro, mosca, formiga, borboleta,
abelha, libélula, barata, gafanhoto, mosca, etc.);
Crustácea (crustáceos: camarão, siri, caranguejo,
lagosta, craca, tatuzinho-de-jardim, etc.);
Arachnida (aracnideos: aranha, escorpião,
carrapato, etc); miriápoda uniçao de Chilopoda
(quilópodes: lacraia ou centopéia) e Diplopoda
(dipiópodes: piolho-de-cobra ou embuá).

Hoje se considera que os crustáceos formam um filo separado, o Crustácea; os aracnideos formam
uma classe do filo Chelicerata (quelicerados; “portadores de queliceras”); os insetos formam o sub-filo
Hexapoda (“seis patas” do filo Uniramia (“dotados de apêndices unirremes”, isto é, sem ramificações), que
inclui também o subfilo Myriapoda (miriápodes; “muitas patas”; mina = dez mil), com as classes Chilopoda
e Diplopoda.
Esses animais são triblásticos, celomados, com simetria bilateral. O corpo é segmentado, mas,
diferentemente dos anelídeos, os anéis se soldam (tagmatízação) e formam regiões funcionais distintas
(tagmas), Envolvendo o corpo existe uma carapaça protetora, o exoesqueleto, formada por quitina, que o
protege e impede a desidratação nos animais terrestres. No esqueleto inserem-se músculos de contração rápida
(músculos estriados), que acionam apêndices dobráveis ou articulados (dai o nome: atiro = articulação; pados
= pé) e tornam a locomoção muito eficiente. O problema de crescimento do animal é resolvido pelas mudas
ou ecdises, que consistem na troca do esqueleto velho por um novo. O sistema circulatório é aberto: o sangue
sai dos vasos e cai em lacunas, nas quais estão os órgãos. O sistema nervoso é ventral, com órgãos dos sentidos
bem desenvolvidos.
Vejamos cada grupo de artrópodes:
Insetos:
Em geral, são terrestres. A capacidade de vôo de muitas espécies permite-lhes alcançar com
facilidade fontes de alimento distantes e lhes dá grande poder de defesa e de dispersão. A epiderme
impermeável, o tipo de excreção (que economiza Água) e o ovo coberto por casca possibilitam sua
sobrevivência em ambientes secos.
O corpo apresenta três regiões:
▪ cabeça - na qual estão a boca, um par de antenas sensoriais e os olhos.
▪ tórax - com três pares de pernas e, em geral, um ou dois pares de asas.
▪ abdome - no qual está a maior parte dos órgãos internos.
O tubo digestório é completo, geralmente com tubos finos, os cecos gástricos, que produzem
enzimas. Há vários tipos de aparelho bucal com vários apêndices, incluindo um par de mandíbulas: sugador
(borboleta), mastigador (gafanhoto) lambedor (mosca), picador-sugador (mosquito).
A respiração é feita por traquéias, tubos finos que levam oxigênio para as células e trazem gás
carbônico sem que esses gases passem pelo sangue. A circulação e aberta.
A excreção é feita por aproximadamente duas centenas de pequenos tubos, os túbulos de Malpighi, que
lançam as excretas das cavidades do corpo no intestino.
Na cabeça há um par de antenas
sensoriais, dois olhos compostos (formados pela
união de várias unidades, os omatídeos) e três
ocelos ou olhos simples. Algumas espécies
possuem receptores auditivos nas pernas ou no
abdome. Há ainda um sistema de comunicação
química à base de substâncias odoríferas
(feromônios), que permitem a um inseto localizar
outro de sua espécie.
Os sexos são separados, a fecundação é interna e a maioria dos insetos sofre metamorfose, em
relação à qual podem ser divididos em:
- holometábolos - a metamorfose é completa: o inseto passa pelas etapas de larva, pupa e adulto ou imago
e este é bem diferente da larva; ocorre, por exemplo, nas borboletas e mariposas.
- hemimetábolos - a metamorfose é incompleta: o animal que sai do ovo é pouco diferente do adulto, como
ocorre com o gafanhoto, que origina uma ninfa (filhote sem asas).
- ametábolos - não sofrem metamorfose, como a traça.

Crustáceos
Em geral, são aquáticos (camarão, siri, caranguejo, lagosta e craca); algumas espécies são
terrestres, como a do tatuzinho-de-jardim. O exoesqueleto é reforçado por sais de cálcio e o corpo está
dividido em cefalotórax e abdome.
No cefalotórax há dois pares de antenas (com função
olfativa e tátil), um par de mandíbulas (entre as quais se abre
a boca), dois pares de maxilas (usadas para mastigar o
alimento) e três pares de maxilípedes, pernas usadas para
manipular o alimento e levá-lo à boca. Os grupos mais
conhecidos possuem cinco pares de pernas, chamadas de
pereiópodes e usadas na locomoção sobre o fundo. O primeiro
par pode estar transformado em quela, pinça forte usada na
apreensão do alimento e na defesa. O abdome apresenta,
frequentemente, apêndices nadadores, chamados de
pleiópodes. O último par, os urópodes (uros = cauda), forma o
telso (borda, em grego), espécie de cauda usada como remo.

A digestão mecânica é realizada pelo estômago e a química ocorre no intestino com enzimas
produzidas pelo hepatopâncreas. A respiração é feita por ramificações laterais situadas na base das patas
(brânquias). A circulação é semelhante à dos insetos, mas no sangue há pigmentos respiratórios, como a
hemocianina e, menos frequentemente, a hemoglobina.
A excreção depende das glândulas verdes ou antenares, situadas na cabeça, que retiram excretas
do sangue e as eliminam por poros na base das antenas. Há órgãos táteis e olfativos nas antenas e na
região bucal, olhos compostos, que podem localizar-se na extremidade de pedúnculos móveis, e
estatocistos, que servem como órgãos de equilíbrio. Na maioria dos casos os sexos são separados e o
desenvolvimento é geralmente indireto (com larvas).

Aracnídeos
O corpo dos aracnídeos está dividido em cefalotórax e abdome. Nos carrapatos essas partes se
fundem. Nos escorpiões o abdome está dividido em pré-abdome e pós-abdome ou cauda; na extremidade
desta, está o aguilhão, injetor de peçonha (substância tóxica que o animal injeta ou inocula em outro; animais
que, quando ingeridos, causam intoxicação não são peçonhentos, mas venenosos).
Na parte anterior do cefalotórax, há um par de quelíceras (que na aranha servem para injetar
peçonha) e pedipalpos, apêndices sensoriais na aranha e preensores no escorpião. Não há antenas nem
mandíbulas. No cefalotórax há quatro pares de pernas.

As aranhas possuem pequenos apêndices abdominais (fiandeiras), que eliminam uma secreção. Em
contato com o ar, essa secreção se transforma em fio, com o qual tecem sua teia ou fazem um casulo para
os ovos ou para armazenar alimento.
Nas aranhas e escorpiões a digestão é extracorpórea: o animal injeta o veneno em sua presa e
secreta enzimas para a digestão, sugando o produto liquido. No caso dos carrapatos, muitos são
hematófagos; alguns transmitem doenças para o gado e para o ser humano.

Miriápodes (união de quilópode e diplópode)


As miriápodes possuem uma cabeça e um tronco alongado, com muitos segmentos, que possuem
pernas. Habitam locais terrestres úmidos, pois não possuem cutícula. Vivem escondidos embaixo de pedras,
troncos e rochas. Na cabeça há ocelos, alguns representantes possuem olhos compostos, peças bucais na
região ventral, voltadas para frente.
Estes animais precisam evitar a perda de água, por isso em seu sistema traqueal os estigmas ficam fechados.
O coração é um tubo dorsal. O sistema nervoso consiste de um cordão nervoso ventral que tem um gânglio
em cada segmento.
Classe Chilopoda (Quilópodes)
Nesta classe estão as centopéias, que estão distribuídas por todo o mundo,
com cerca de 3000 espécies descritas. A maior centopéia do mundo mede 26
centímetros. Têm o hábito de viver escondidas, não só de predadores, mas
também para evitar a dessecação, portanto, possuem hábitos noturnos.
As centopéias possuem um par de pernas por segmento, garras de veneno
para se proteger e o último par de patas pode ser usado para defesa, dando
tipo uns “beliscões”. O par de patas do 1o segmento do corpo é
transformado em forcípula, estrutura que possui glândulas de veneno.
Algumas espécies produzem glândulas repugnatórias, que são chutadas
contra o inimigo, e expelem gotas adesivas.

Classe Diplopoda (Diplópodes)


Nesta classe estão os piolhos-de-cobra. Possuem 2 pares de patas por
segmento, são animais herbívoros e detritívoros, não possuindo
forcípula. Costumam viver escondidos da luz para evitar dessecação.
Existem cerca de 75.000 espécies descritas.
O tegumento destes animais está impregnado com sais de cálcio.
Normalmente a superfície é lisa, mas alguns animais têm cristas,
tubérculos, cerdas ou espinhos. A coloração da maioria dos diplópodes é
preta e marrom, existindo representantes vermelhos, alaranjados e até
manchados.

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